Revista Aliança de Misericórdia MAR2014

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revista

alian莽ademiseric贸rdia www.misericordia.com.pt

Mar/2014 - N潞 31 - ano V

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Caríssimos Leitores

Quem somos

Este mês celebramos uma grande festa! O 6º aniversário da Comunidade

Aliança de Misericórdia em Portugal. Saiba que sua doação e sua presença foram e são fundamentais para que esta obra permaneça e cresça ainda mais neste país. Ao longo deste ano meditaremos um pouco em nossas revistas sobre a Devoção dos 5 primeiros sábados à luz da Misericórdia Divina. Trazemos também nesta edição alguns dos vários testemunhos acerca do Movimento Aliança de Misericórdia. Esperamos que apreciem a revista e que esta leitura possa unir-nos de coração e alma nesta família Aliança de Misericórdia afim de evangelizar para transformar! Deus abençoe. Fraternidade João Paulo II

Sumário

Eles são Aliança!

Espiritualidade

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Palavra do Mês

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Aliança em Ação

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Agenda

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DONA FILOMENA AJUDE-NOS A EVANGELIZAR!

Amiga voluntária Almada - PT

Precisamos da sua ajuda para anunciar a Misericórdia a tantas pessoas.

“E quem vos der de beber um copo de água porque sois de Cristo, digo-vos em verdade: não perderá a sua recompensa.” Mc 9, 41

DOAÇÕES: Banco BPI - Portugal NIB: 0010 0000 425 821 70001 16

JOANA

Jovem - amiga missionária Seixal - PT

ATIVIDADES FIXAS • Evangelização junto aos sem-abrigo, jovens e nos sítios de prostituição: semanalmente nas ruas de Lisboa e Seixal; • Grupo de Louvor São Miguel: encontro semanal de ensinamento e oração realizado na Igreja do Sacramento em Lisboa às 20h nas quartas-feiras; • Evangelização no Bairro Social Casal da Mira: visitas porta a porta, capelinhas de Jesus Misericordioso, entronização do quadro e consagração das famílias ao Sagrado Coração de Jesus, grupo para crianças, jovens e adultos, estudo bíblico e vigílias de oração; • Escola de Jesus: encontro de formação e oração para todos que desejam aprofundar-se no carisma, realizado todo 1º domingo de cada mês na Casa de Missão em Seixal; • Evangelização na Guarda: grupo de louvor mensal.

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undada no Brasil em janeiro do ano 2000, por dois sacerdotes italianos, Pe. Antonello Cadeddu, Pe. Enrico Porcu e irmã Maria Paola, a Aliança de Misericórdia tem como carisma tornar-se uma expressão viva do amor misericordioso, que brota do coração do nosso Deus, para com os mais pobres material e espiritualmente. A família Aliança de Misericórdia acolhe e une forças de homens e mulheres, celibatários e casados, leigos e clérigos, chamados por Deus que, confiantes na potência do Espírito Santo, realizam as obras de Misericórdia através de diversas atividades de evangelização em bairros sociais, encontro com jovens, cristoteca (discoteca cristã), visita aos sem-abrigo e em sítios de prostituição nos finais de semana, assembleias de oração e grupos de louvor. Chamados a “Evangelizar para Transformar”, desejam que todo evangelizado torne-se um evangelizador, desejando assim, ser ponte entre pobres e ricos, centro e periferia, pequenos e grandes, ação evangelizadora e promoção humana, vida de oração e de ação, porque “ninguém é tão pobre que não tenha algo para dar e nem tão rico que não tenha algo para receber”. Acolhida no Patriarcado de Lisboa no início de 2008, pelo então Cardeal Patriarca Dom José Policarpo, a comunidade iniciou suas atividades em solo lusitano com o desejo de olhar com os olhos de Deus, excluindo qualquer preconceito ou distância: junto das prostitutas e dos sem-abrigo, levar palavras de esperança e de comunhão; acolhendo imigrantes ou gentes da terra, todos juntos como irmãos.

CONTATO /aliancademisericordia.portugal www.misericordia.com.pt portugal@misericordia.com.br 216 051 936 / 926 711 401 ASSOCIAÇÃO ALIANÇA DE MISERICÓRDIA Responsáveis: Padres Antonello e João Henrique Coordenação: Luiz Paulo Editor: Guilherme Diagramação: Guilherme Revisora: Maria Inês Impressão: Grafilário Artes Gráficas Tiragem: 250 exemplares Periodicidade bimestral Endereço: Quinta do Álamo - Av. dos Metalúrgicos, 68 - Arrentela - Seixal

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5 PRIMEIROS SÁBADOS: UMA DEVOÇÃO DE MISERICÓRDIA Num tempo de profundas crises,

num mundo que ainda respirava os sofrimentos de uma terrível guerra e já a sentir os nervos de uma possível outra grande tormenta, poderíamos nos questionar, teria Deus abandonado o seu Povo? Teria Deus se esquecido dos seus filhos? A resposta a esses questionamentos acontece por meio de Maria, a Mãe dos Sofredores, que nos convida a fazermos um caminho de esperança. Esta devoção dos 5 primeiros sábados chega até nós por Nossa Senhora que pede à Irmã Lúcia a 10-12-1925, em Pontevedra, Espanha. Disse então: “Olha, minha filha, o meu coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfémias e ingratidões. Tu, ao menos, procura consolar-me e diz que prometo assistir na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação, a todos os que, no Primeiro Sábado de cinco meses seguidos, se confessarem, receberem a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem companhia durante quinze minutos, meditando nos 15 mistérios do Rosário com o fim de me desagravar”. Jesus nos dois anos seguintes aparecendo à irmã Lúcia em 15 de Fe-

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vereiro de 1926 e 17 de Dezembro de 1927, insiste para que se propague esta devoção. Lúcia escreveu: “Da prática da devoção dos Primeiros Sábados, unida à consagração ao Imaculado Coração de Maria, depende a guerra ou a paz do mundo”. Falamos de 5 primeiros sábados, pois se refere as cinco grandes ofensas e blasfémias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria, como escreve a própria irmã Lúcia: “Na noite de 29 de maio de 1930 foi-me revelado por Nosso Senhor o que se segue: Minha filha, o motivo é simples: porque são cinco as espécies de ofensas e blasfémias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria: 1 - As blasfémias contra a Imaculada Conceição; 2 - Contra a sua virgindade; 3 - Contra a maternidade divina, recusando-A, ao mesmo tempo, como Mãe dos Homens; 4 - Os que infundem nos corações das crianças a indiferença, o desprezo e o ódio contra essa Mãe Imaculada; 5 - Os que A ultrajam directamente nas Suas imagens sacras. Iniciando assim essa peregrinação somos convidados a estar aos pés de Maria, vivendo com fé cada primeiro sábado, numa postura de recolhimento, pois é um tempo de silêncio e oração em busca de unidade com Deus, e quem melhor do que Nossa Senhora para nos ensinar este recolhimento? Nós como Aliança de Misericórdia temos em Maria a fundadora da obra, acreditamos que ela é a Mãe da Divina Misericórdia e a via mais rápida para alcançarmos esta misericórdia que jorra do coração de Jesus. Um exemplo disto é esta devoção, pois se refere a uma devoção de misericórdia, é

missionários Diego Xavier e Luís Paulo

uma prática de salvação pessoal para a salvação da humanidade. É neste ponto que ficamos maravilhados com a Bondade de Deus pois vemos que estas mensagens colocam todos os povos como irmãos. Aqui, o Céu vai até aos limites da indulgência, e as profecias mais sublimes transformam-se em pedidos muito pequenos, claros e precisos, pedidos fáceis que não dão lugar à dúvida. Uma “pequena devoção”, praticada de coração generoso, é suficiente para todos nós recebermos infalivelmente esta graça, ex opere operato – quer dizer, faço por Amor e recebo por Graça. Ao praticarmos o recolhimento, ou seja, silêncio e oração, damos início junto com Maria a um processo de silêncio das nossas lutas interiores, ao caminhar deste modo, Maria nos ajuda a perceber que o silêncio e a oração são a melhor forma de vencer tanto as nossas guerras interiores quanto as guerras travadas pela sociedade como um todo. Maria nos convida a viver o recolhimento em busca da santidade, em busca da salvação pessoal e da salvação da humanidade. Peçamos que Maria nos ajude a viver este tempo de recolhimento.

Fonte: Os cinco primeiros sábados: A promessa do Imaculado Coração de Maria. Lisboa: Paulus Editora, 2009

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“TU ÉS O MEU FILHO AMADO, EM TI ME COMPRAZO” Mc 1,11 S

im, estas são as palavras que o Pai proclama, na hora do batismo, sobre o Seu Filho Jesus. Ele as proclama continuamente para mim e para você, na sua vida, pois em Cristo você também, independentemente da sua condição, miséria ou pecado... é o filho amado no qual Ele se compraz! Tome posse desta Palavra de benção, desta maravilhosa declaração de Amor, que é capaz de transformar sua vida! São Paulo fala que “nada poderá nos separar do Amor de Deus” (Rm 8,39) e que onde abunda o pecado superabunda a graça (cf. Rm 5,20). O próprio Senhor nos revelou que Ele não veio para condenar, mas para salvar aqueles que estavam perdidos (cf. Jo 3,17), para que tenham vida e vida em abundância! (cf. Jo 10,10); Não veio para os santos, mas para os pecadores, não veio para os sãos, mas para os doentes (cf. Mt 9,13). Este amor é incondicional, total, infinito, gratuito. É um amor “que chega à loucura”, como dizia Santa Terezinha do Menino Jesus. Ele nos ama porque somos filhos! Filhos gerados pelo Seu amor e para o amor, “recriados” nas entranhas da Sua Misericórdia, quando caímos no pecado. Ele nos ama com amor misericordioso, apaixonado. Um dia uma senhora foi pedir ajuda a um sacerdote amigo meu. O filho dela roubava tudo em casa e às vezes a espancava por causa da droga. O padre aconselhou de mandá-lo embora de casa para que caísse em si, pedisse ajuda e pudesse ser acolhido numa casa de recuperação. A mãe olhou maravilhada para o padre e exclamou: “Mas é meu filho! Meu filho amado!” Ela não via um drogado, um perigo para sua vida, ela via o filho querido, amado. De forma análoga, mas infinitamente mais profunda e misericordiosa, age o Coração do Pai do céu! Ele não vê o pecador, o homem prostituto, viciado, destruído pelo pecado... Ele vê o filho, o filho amado, cuja existência alegra o coração do Pai. Eis porque Jesus encontrando Mateus ao banco dos impostos não vê um ladrão que roubava o povo, mas o apostolo amado que Seu amor chamou. Ele se levantou daquela vida perdida e a Misericórdia de Deus o tornou santo, apóstolo e evangelista. Jesus não via Maria Madalena como pecadora, da qual tinham saído sete demônios (cf.

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Lc 8,2), mas a apóstola dos apóstolos, aquela que a Sua Misericórdia transformou na primeira testemunha de Sua ressurreição. Por isso Santo Agostinho chega a dizer que Deus não nos ama porque somos bons, mas que é o amor d’Ele que nos torna bons! São Paulo diz que somos “santos e imaculados diante dEle em amor” (Ef 1,4). Entenda que não é pelo amor que temos por Ele, mas pelo amor que Ele tem por nós! Sim, mesmo parecendo absurdo, a Palavra chega a dizer que “do céu o Senhor nos contempla e vê todos os filhos de Adão, Ele forma o coração de cada um e por todos os seus atos se interessa” (cf. Sl 33,13-15). Sim, o Senhor “nos contempla”... Ele se alegra com a vida de cada um e continuamente, independentemente dos nossos méritos, incessantemente repete: “Tu és o meu filho amado, em ti me comprazo” (Mc 1,11)

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batismo de Jesus representa o começo da Sua vida pública e a maravilhosa revelação do Amor Misericordioso de nosso Deus para a humanidade. Jesus não somente não exclui os pecadores, mas Ele desce nas águas do rio Jordão (simbolizando o mistério da sua morte e ressurreição) e, ao subir, o Espírito desce sobre Ele, ungindo-O de poder para sua missão, como diz São Pedro em Atos 10,38. Nesta altura se ouve a voz do Pai que proclama “Tu és o meu filho amado, em ti me comprazo” (Mc 1,11). Nestas palavras se realiza a profecia do profeta Isaias sobre o servo sofredor “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em que tenho prazer” (Is 42,1), servo que carrega sobre si nossas enfermidades, iniquidades, sofrimentos, castigos, misérias (cf. Is 53,3-4). Assim se manifesta o Amor do Pai e o poder do Espírito: no seu perdão, na sua Misericórdia! Esta é a alegria de Deus! Ele se alegra em poder nos perdoar, como diz o Papa Francisco em momentos da Evangelii Gaudium “principalmente nisto Ele nos mostra a Sua onipotência” (n.37), “da alegria trazida pelo Senhor, ninguém é excluído... quando se dá um pequeno passo em direção a Jesus, descobre-se que Ele já aguardava de braços abertos a sua chegada... Deus nunca cansa de nos perdoar, somos nós que cansamos de pedir a Sua Misericórdia” (n.3). O Papa nos impulsiona a tomarmos posse, na força do Espírito Santo, desta alegria da Misericórdia do Senhor, que precisa ser irradiada neste mundo que multiplica as ocasiões de prazer, mas não consegue proporcionar alegria. “Enche-me de vida reler este texto” nos confidencia citando a passagem de Sofonias: “O Senhor, o teu Deus está no meio de ti, um herói que salva! Ele exulta de alegria por tua causa, renovar-te-á por seu amor, Ele se regozija por tua causa com gritos de alegria, como nos dias de festa” (Sof 3,17-18). É uma alegria transbordante que não podemos conter. É a alegria do Espírito Santo que é Amor Misericordioso, um amor que transforma os pecadores em santos, um amor que renova a nossa vida, que nos faz passar do pecado à

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graça, da morte à vida, do desespero à festa do perdão! Esta alegria resplandecente e irradiante é o anuncio que o mundo precisa neste tempo e que cabe a nós testemunhar! Precisamos gritar a cada homem que está entorpecido por Satanás, paralisado nos vícios e esmagado pelo peso dos seus pecados: “Tu és o meu filho amado, em ti me comprazo” (Mc 1,11)

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omo Aliança de Misericórdia, não anunciamos o “fim dos tempos”, mas o começo de um “novo tempo”: é o tempo do Pentecostes de Misericórdia! Tempo do triunfo do Coração Imaculado de Maria. Papa João Paulo II consagrou o terceiro milênio à Misericórdia divina. Cremos que o Espírito Santo, “que vem em socorro das nossas fraquezas” (Rm 8,26), será derramado, como nunca, neste tempo, pois nunca antes o homem havia vivido tão enfermo, deprimido e sem vida! “TEMPO DE GRANDE MISÉRIA, TEMPO DE GRANDE MISERICÓRDIA”. Jesus dizia a Santa Faustina que a Misericórdia é capaz de transformar os pecadores em santos e que é urgente anunciar ao mundo a Sua Misericórdia, pois o mundo não encontrará paz até que volte à Sua Misericórdia e que, assim, Ele preparará o mundo para a Sua última vinda (Diário n.367-378-429). E ainda o Senhor revelou a Santa Gertrudes que a manifestação da Sua Misericórdia seria reservada para os últimos tempos quando “a esta voz, o mundo envelhecido rejuvenescerá, sairá do torpor e o calor divino o inflamará ainda” (Revelações de Santa Gertrudes, livro 4, cânon 4). Cremos que o Senhor nos chama, como Aliança de Misericórdia, a anunciar este Pentecostes e a experimentar as primícias deste tempo de graça. É na fraqueza que o Senhor manifesta o Seu poder. Podemos testemunhar, com ousadia e sinceridade, o quanto o Senhor opera e tem operado com Seu Espírito através de curas, milagres, libertações e conversões extraordinárias: assassinos, traficantes, prostitutas... que alcançados pela Misericórdia do Senhor, têm visto Jesus, têm sido batizados no Espírito Santo e são, hoje, também testemunhas desta Misericórdia que transforma os pecadores em santos! Não tenhamos medo: tempo de grande miséria, tempo de grande Misericórdia. O Espírito do Senhor está sobre nós, Ele nos ungiu e nos envia para anunciar uma boa nova aos pobres (cf. Lc 4,18)... assim como esteve com Jesus. Ele, hoje, ontem e sempre, confirma a nossa Palavra com os sinais que a acompanham (cf. Mc. 16,20). Nunca esquecerei as palavras de uma prostituta que evangelizamos em Woodstock (na Polônia) e que, após ter repousado no Espírito Santo, levantou e, como Maria Madalena, disse: “Eu vi Jesus! Ele está vivo! Eu vim aqui para me prostituir e encontrei o Senhor!”. Ela mesma, transbordante de alegria, começou a anunciar

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Jesus Resuscitado para os jovens que estavam ali para se prostituir e se drogar. Então força, coragem, “desperta povo meu!” anunciem a todos, a todo homem que anda pelas trevas da morte: “Tu és o meu filho amado, em ti me comprazo” (Mc 1,11).

Pe. João Henrique

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6 ANOS DE MISERICÓRDIA para melhor crer. E para melhor poder e dever testemunhar. É VERDADE! Dr. João Abrunhosa

Conheço a Aliança da Misericórdia desde 2008, quando me foi pedido pela Igreja, como responsável , então, por uma Instituição cristã de apoio aos pobres que recebesse uns missionários chegados do Brasil, com a abertura e generosidade possíveis. Assim fiz. Primeiro por educação e respeito. E, logo depois, por curiosidade, por surpresa, por desejo de conhecer, de conhecer melhor, de conhecer melhor e mais de perto, de conviver, de partilhar pensamentos e sentimentos sobre tudo: a vida, o mundo e, necessariamente, Deus. São rapazes e raparigas de inesquecível e marcante mas serena e terna radicalidade espiritual, vindos do hemisfério sul, com convicções, modos e compromissos nos antípodas da tibieza e cepticismo relativista, vigente nesta Europa ex-missionária. Trazem sonhos e propósitos assumidos de reenvangelização europeia. Sediados na península de Setúbal, Portugal, imediatamente se difundiram pela Polónia, Bélgica, Itália, Luxemburgo… Participo vinculadamente com a Nita, de alma e coração, neste testemunho de Fé e autenticidade de vida. Vivem da Providência, dia a dia. Aqui como no Brasil, na Venezuela e República Dominicana vivem o ilógico e inexplicável milagre da Fé. A Nita e eu fomos a S.Paulo, às origens deste movimento da Aliança de Misericórdia. Fomos ver e conviver

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Padre há quase 14 anos, Deus é para mim, naturalmente, esse poço inesgotável que embeleza a existência. Assim, meio desafiado, meio curioso, passei alguns dias na fraternidade João Paulo II da Aliança de Misericórdia. Queria ver de mais perto o milagre da Misericórdia divina em rostos e corações humanos. Encontrei um grupo de jovens, todos mais novos que eu. Ainda hoje me pergunto como é que em tão poucos dias me senti um irmão entre irmãos, partindo cheio de saudades. Afinal, a perfeição de vida dos primeiros cristãos (relatada em Actos 2,42) continua a ser verdade. Na Aliança percebi a união fraterna, alimentada pela fracção do pão e na oração. Mas se Deus é quem nos une, também é Ele que nos envia a outros irmãos, filhos predilectos do Reino, ovelhas perdidas no deserto da cidade. Com o olhar de Deus, não mais é possível o preconceito ou a distância: junto das prostitutas e dos sem abrigo, partilhámos palavras de esperança e de comunhão; acolhendo imigrantes ou gentes da terra, todos nos reconhecemos peregrinos em busca do mesmo poço. Foram muitos os nomes e os rostos que deram cor à minha breve mas intensa experiência. Através dela, reconheci definitivamente a omnipresença da Misericórdia divina na minha vida. Como escreveu João Paulo II, na sua encíclica Dives in Misericordia, “a conversão a Deus consiste sempre na descoberta da sua misericórdia”. É uma conversão feita de passos quotidianos, perseverantes e esperançosos, sedentos de fraternidade, justiça e amor.

Junto da Aliança de Misericórdia encontrei um lar sem portas, pois ela tem o tamanho do coração da Trindade. E, embora com sotaque brasileiro, o brilho dos olhos e os abraços têm a cor da mesma fome, a fome de um Deus que se dá sem medida, a todos e a cada um… através de todos e de cada um. Nesses dias, entendi melhor as palavras de Santa Teresa do Menino Jesus, quando disse que “amar é dar tudo, e dar-se a si mesmo”. A Misericórdia de Deus é assim mesmo e desafia-nos a fazer o mesmo. Agradeço a Deus o testemunho dos meus irmãos brasileiros que, comigo, comprovaram a verdade do poço misericordioso que é Deus no meio dos nossos desertos. Quando voltar a ter sede, saberei onde ir beber... Serafim, padre

Eu sou o Mário Deque tenho 21 anos e conheci a Família Aliança de Misericórdia a 4 anos no encontro para os jovens Thalita Kum, foi a melhor experiência da minha vida. Conheci a verdadeira potência do Espírito Santo e como Deus muda as nossas vidas, agradeço a todos vocês. Será que eu podia viver sem comunidade?! Poder até podia mas não seria a mesma coisa.

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Me chamo Bernadete e sinto-me muito feliz por fazer parte desta comunidade, dou graças a Deus por seu cuidado por enviar a comunidade Aliança de Misericórdia na Europa e em especial aqui em Portugal. Nestes seis anos, eu posso afirmar, que houve uma mudança e transformação em minha vida, todos os temas, ensinamentos, evangelizações, são muito importantes para formação cristã em minha vida. Vi, vivi e tenho experimentado a ser expressão de misericórdia onde eu estiver, aprendi a estar próximo e a ser sal e luz. É uma comunidade que me ajuda a testemunhar e aprofundar a minha fé, tenho visto muitos frutos pela ação e perseverança, e tenho muito a agradecer a comunidade.

“Hoje estou muito contente Porque Deus me está a ajudar Pois todos os dias de manhã Eu tenho que caminhar Eu tenho que caminhar Não tenho outra solução Por isso é o melhor remédio Para o meu pobre coração

Chamo-me Joana Rafaela, tenho 21 anos. Conheço a Comunidade a 2 anos. Durante este período, através do testemunho, da partilha, do cuidado e da doação dos missionários descobri o olhar misericordioso de Jesus para comigo e para com o mundo. É bonito ver como Maria encaminha a comunidade a resgatar e a acolher filhos amados por Jesus, para o seu jardim. Com humildade me insiro neste jardim com um desejo profundo de transformar a minha vida e o meu querer num instrumento de Deus.

Para o meu pobre coração O que não me é diferente Pois eu fico muito triste Porque Deus anda muito doente” palavras de um sem-abrigo evangelizado pela Aliança de Misericórdia

“Que a Aliança de Misericórdia sinta-se em casa, como filhos recém chegados, confiando a Maria vossa caminhada, estando atentos aos pobres e sendo pobres em seus corações, que possam ser para nós o rosto de Deus e juntos como Igreja aprendermos a viver a Misericórdia” Dom Gilberto - bispo da Diocese de Setúbal

LOUVAMOS A DEUS PELO SEU SIM NESTES ANOS. A ALIANÇA DE MISERICÓRDIA SÓ EXISTE PORQUE VOCÊ EXISTE.

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Confira mais informaçþes acerca dos eventos em www.facebook.com/aliancademisericordia.portugal

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