MANTER A REJEIÇÃO DA PROPOSTA É RESISTIR AOS ATAQUES DA ECT. A maioria dos sindicatos filiados à FENTECT aprovou a proposta de Acordo Coletivo apresentada pelos Correios. Dos 30 sindicatos existentes, 16 já o aprovaram. Para atingir o quórum que permite a assinatura do acordo pela FENTECT, são necessárias 2/3 das entidades, ou seja, 20 sindicatos. Até o dia 2 de outubro, mais cinco sindicatos realizarão assembleias para reavaliar a proposta de acordo. Entre os sindicatos que já aprovaram a proposta, quatorze são do setor governista. Esse setor já havia aprovado o acordo desde o dia 24 de setembro, durante reunião no TST -Tribunal Superior do Trabalho, abandonando qualquer resistência aos ataques da empresa. A direção dos Correios, ligada ao PT, faz uma forte pressão para garantir a assinatura do acordo, inclusive com ameaças de deixar os trabalhadores sem benefícios caso não aprovem o acordo. No entanto, sabemos que é insustentável juridicamente manter parte da categoria com um acordo diferente dos demais. Por isso, a direção dos Correios entrou com o dissídio de extensão. Significa que, caso a FENTECT não assine o acordo, o TST terá que indicar um relator para o processo que posteriormente será julgado no Pleno do Tribunal, sendo que a data sequer foi definida até o momento. Um setor da categoria tem cedido às ameças e assédio da ECT e reproduzido a pressão para que o acordo seja aprovado. Estes trabalhadores não conseguem enxergar outra saída para a resolução do impasse. Queremos dialogar com os ecetistas e as direções dos sindicatos de luta. Caso esta proposta seja aprovada, grandes ataques serão implementados na categoria em curto e médio prazo. Um exemplo é o contrato por tempo determinado. Com essa medida, a ECT flexibiliza os contratos de trabalho e institui duas categorias de funcionários: os efetivos e os temporários. É uma divisão que dificulta ainda mais a união dos trabalhadores para as lutas. A decisão passa pelo SNNP (Sistema Nacional de Negociação Permanente), que substitui a extinta MNNP (Mesa Nacional de Negociação Permanente), outro ataque à categoria. Sendo assim, a decisão não passa por assembleias e os acordos são firmados pela cúpula dos dirigentes sindicais, retirando o poder de decisão dos ecetistas. Este ano o reajuste será ZERO, com a criação da GIP (Gratificação de Incentivo à Produtividade), no valor de R$ 200, incorporados ao salário à partir de maio de 2015. Porém, parte da incorporação depende do lucro da ECT. Como vimos em 2013, o faturamento da empresa foi positivo. Apesar disso, a ECT alegou que o lucro caiu mais de três vezes em relação ao ano de 2012, devido aos “gastos” que sua diretoria realizou. Com estes “gastos”, a tendência é que o lucro seja sempre baixo, comprometendo a incorporação total prevista para maio de 2016. A direção petista dos Correios já preparou outro ataque aos lutadores. O desconto dos dias da greve de 2014 contra a Postal Saúde já está pronto. Só não foi feito este mês para não causar revolta na categoria às vésperas da eleição. A nossa resistência é importante, pois a cada dia os ataques aumentam. Além do PT agir através da diretoria da ECT e tentar impor um acordo sem reajuste este ano, ainda obriga a categoria a fazer campanha eleitoral, entregando os “santinhos” da Dilma. A direção dos Correios impôs péssimos salários à categoria, que está endividada, com uma situação econômica complicada. Porém, a empresa acha que a categoria está “morrendo de fome” e vai aceitar um acordo rebaixado que, praticamente, dará apenas o reajuste no Vale alimentação/Refeição e Cesta. Este acordo é um ataque, que além do reajuste zero, referenda os trabalhadores temporários. Vamos nos manter firmes! Seremos aqueles que não “baixaram a cabeça” às imposições do Partido dos Trabalhadores nos Correios. Juntos somos bem mais fortes!