Concurso de Redações 2016

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CONCURSO DE

REDAÇÃO

ENSINO FUNDAMENTAL II

2016


PROFESSORES

Elis Sezana Spyker da Costa Evelin Azambuja Augusto COORDENAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL II

Heloize Charret DIREÇÃO PEDAGÓGICA

Thelma Polon DIREÇÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA

Monique Ghelman Bitter

©2016 Escola Eliezer Steinbarg Max Nordau www.eliezermax.com.br


APRESENTAÇÃO DO PROJETO

A fim de incentivar e valorizar a produção literária dos nossos alunos, foi realizado um concurso de redações envolvendo os discentes do sexto ao oitavo anos do Fundamental II do Eliezer Max. A leitura e a escrita são atividades fundamentais para o ser humano e, com as novas tecnologias, fazem-se cada vez mais necessárias. A boa escrita e o desenvolvimento crítico da leitura são de fundamental importância para a orientação de nossos jovens. O concurso de redação foi idealizado para promover de forma lúdica e desafiadora os hábitos de escrita do estudante do Fundamental II. A principal intenção do concurso é aumentar o tempo que cada aluno dedica à produção textual, pois a Escola Eliezer Max acredita que, através da prática constante, os alunos se tornam cada vez mais capazes de construir e interpretar textos em múltiplas linguagens. Sendo assim, todas as redações foram avaliadas pelas professoras, que, além disso, oportunizaram aos alunos a prática da reescrita nos casos em que os textos ainda precisavam de ajustes. Tal prática foi orientada a partir dos apontamentos das professoras, objetivando desenvolver o hábito da crítica ao texto produzido. Nas páginas que se seguem, apresentamos os cinco melhores textos de cada série na etapa final, além dos dez melhores textos do segmento nas primeiras etapas do concurso.



Sumário 6 Redações 4ª fase - 6º ano LETICIA G. VALDETARO NINA LERNER LARA PRINCE ALICE GROSMAN GABRIEL ARCALJI

15 Redações 4ª fase - 7º ano CAROLINA PINES TALLY SALOMÃO LETÍCIA SUKMAN BRUNA AMORIM JULIA BRAFMAN

23 Redações 4ª fase - 8º ano BIANCA REZNIK LETÍCIA JARLICHT JULIA ROSENTHAL TATIANA MAIA

32 Redações de fases anteriores GUSTAVO MAYER GIOVANNA GARBER CAROLINA CHALOM VITÓRIA DURÃO RAFAELA NEUMAN TABATHA MAYR PERES GUILI SVARTMAN GABRIELA ROTHSTEIN LETÍCIA PTAK


Redações 4ª fase 6º ano

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Flashlight – Embalos dos anos 80 LETICIA G. VALDETARO (602)

– Vocês, fãs da rádio Dance, acabaram de ouvir o maior sucesso das discotecas atuais! – disse o locutor da rádio. Coloquei meus brincos favoritos: argolas de brilhante penduradas na orelha. Passei a mão nos meus cabelos, que não chegavam a parecer um capacete, mas eram cheios e crespos. Peguei minha bolsa e me olhei no espelho. Com minhas calças meio boca-de-sino, eu estava fantástica. – Estou saindo, mãe! – gritei, para que minha mãe, que estava na cozinha, me ouvisse. – Está bem, querida. – respondeu ela, saindo da cozinha e indo em minha direção. – Tome cuidado, Lenny. Abri a porta de casa e saí, me despedindo de minha mãe. Peguei o elevador, que estava vazio, até a portaria. Lá, peguei um táxi para um de meus lugares favoritos: o Flashlight. Flashlight é uma discoteca perto da minha casa. É um lugar velho, que minha mãe frequentava até alguns anos atrás. – Oi, Josh. – disse, entrando. (Eu era amiga de alguns dos funcionários). – E aí, Lenny?! Como vão as coisas? – respondeu o barman – Vai querer o quê? – O de sempre, Josh. – respondi. – Batido de frutas da casa, saindo! – replicou ele. Josh pegou algumas frutas (como groselha e uvas) no balcão com uma velocidade típica de barmans treinados, e logo a bebida estava em minhas mãos. Ficamos conversando no bar por um tempo, até que vi uma pessoa na pista de dança que chamou minha atenção. – Josh, quem é aquele gato ali na pista de dança? – perguntei. (Josh me conhecia o suficiente para saber que eu falava o que pensava).

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– Ah, o Max? É um amigo meu. Vai lá falar com ele? – perguntou o barman. Fui até a pista de dança e falei com o cara. – Você é que é o Max, amigo do barman? – ele assentiu – Gostei de você. Meu nome é Lenny. – Prazer, Lenny. Quer dançar? – (É óbvio que concordei. Que adolescente não gostaria de dançar com um cara bonito daqueles?) Dançamos muito. Ele gostava das mesmas músicas que eu, e sabia todas as coreografias. Além disso, era gentil e dançava bem. Olhei para o bar, e vi Josh sorrindo para nós. Sorri de volta, e me deixei levar pela música. Eu me sentia nas nuvens. A pista estava cheia, mas eu não me importava, para mim havia só nós dois. A luz do globo refletia em nossos rostos, enquanto dançávamos ao som da música, em uma noite no Flashlight.

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O dia de Rodi NINA LERNER (601)

Tenho que admitir que não é nada fácil viver por aqui. É difícil morar em cavernas. É difícil conseguir comida. É difícil adquirir água. Enfim, é difícil sobreviver... Mas, a gente dá um jeito. Meu nome é Rodi, tenho 11 anos e vivo com meu pai, Kiran. Minha mãe, bem... Não sei muito sobre ela, nunca a vi, e prefiro não falar a respeito dela. Não sei se ficou muito claro, mas eu vivo no tempo das cavernas. E hoje é um dia muito especial, pois é o dia da carne! Acredito que você não saiba do que estou falando... Bom, vou explicar. O dia da carne é uma espécie de festival onde os homens se reúnem e vão para a floresta juntos caçar animais. No final de tudo, como o próprio nome já diz, nós comemos muita carne e... É muuuito bom! Os homens já saíram e todos aqui na aldeia estão superansiosos! A pessoa que cuida dos que não vão para a floresta, como eu, é o Kaisan, chefe geral de nossa aldeia. (Depois de algumas horas...) Os homens chegaram com muita carne, porém, segundo eles, um dos nossos havia ficado para trás, e ninguém sabia exatamente por qual motivo. Depois de analisar cada homem, concluí que quem havia sido deixado para trás era ninguém menos que meu pai! Saí em disparada na direção da floresta e, enquanto corria, só conseguia ter este pensamento em mente: “Eu já perdi a minha mãe, me lembro de como foi difícil aceitar essa perda, e não quero que se repita com o meu pai! Hoje não!” Quando eu estava no meio da floresta, depois de alguns minutos correndo, ouvi uma voz familiar gritando e pedindo socorro. Concluí que era ele, meu pai. Sem dizer nada, fui em direção a ele me guiando pela sua voz, até encontrá-lo caído, dentro de um buraco. Eu não consegui dizer nada, mas fiz o maior esforço para tirar meu

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pai dali. Juro, um esforço que eu nunca tinha feito antes. Por sorte, nenhum animal selvagem se aproximou de nós, e o resultado final foi positivo: consegui tirar meu pai do buraco e chegamos na aldeia em segurança. Assim que chegamos, a atenção foi toda para nós. Todos fazendo milhões de perguntas, mas a única coisa que consegui fazer naquele momento foi abraçar meu pai e agradecer muito por ele estar vivo, com um sorriso no rosto. E a melhor parte é que eu fiz tudo isso enquanto todos na aldeia aplaudiam e gritavam: Rodi! Rodi! Rodi! Rodi!...

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O senhor topetinho LARA PRINCE (602)

Era 1950, estava em uma danceteria com um vestido deslumbrante, quadriculado e marcado na cintura, um batom vermelho forte e um coque alto. Sem querer me gabar, mas eu estava mais bonita que a minha amiga Stacy. Por volta de 23:00 horas, estava conversando com a Stacy, até que um cara do outro lado da pista, com um topete maravilhoso, olhou para mim. E eu para ele. Fui falar com o garoto: – Oi, quer dançar? – perguntei. – Claro! – ele disse. Dançamos a noite inteira, conversamos e cantamos. Foi uma noite inesquecível! Até que, de repente, Stacy chegou gritando, acabando com o clima. Ela disse que minha mãe havia telefonado para a discoteca pedindo que nós voltássemos, pois no dia seguinte teríamos prova na faculdade. Fui correndo para casa. Quando acordei, lembrei da noite fantástica que tivera. Até que me toquei de que não sabia nada sobre ele, o nome, o telefone, onde morava. Só sabia que tinha um topete! Passei dias, semanas, meses pensando nele. Minhas amigas já até tinham inventado um apelido: o senhor topetinho! Chorava e chorava (eu era um pouquinho exagerada!); chegava a nem fazer as provas direito! Achava que nunca iria curar aquela dor, até que um dia, meses depois, estava voltando do mercado quando tropecei e as sacolas se esparramaram todas no chão! Um rapaz veio me ajudar. Quando olhei para ele para dizer obrigada, não acreditei. Era o rapaz da danceteria, não estava acreditando, e ele também não! – Sou a Ária, lembra de mim? – disse. – Como eu não lembraria? Sou o Nick. Bom, crianças, foi assim que eu conheci seu pai.

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Na pré-história ALICE GROSMAN (602)

Olá, meu nome é Julio. Tenho vinte anos e sou um cientista. Eu já inventei muita coisa legal, por exemplo: uma máquina do tempo. Um dia, chamei meu amigo Jonh, que tinha a minha idade, para ver a máquina do tempo que eu fiz. Ele adorou. Eu tive uma ideia e falei: – Jonh, que tal, depois do lanche, a gente viajar para o passado? E ele respondeu dizendo: – Boa ideia! Mas para onde vamos viajar? E falei para a gente decidir depois do lanche. Então, lanchamos. Logo depois, pensamos e pensamos... E tomamos uma decisão. A gente decidiu viajar para a pré-história. Eu falei: – Quero conhecer muito os dinossauros! – Eu também quero! – disse Jonh. Então, entramos na máquina do tempo. Eu fiquei com um pouco de medo, pois pensei que ia dar errado. Mas, felizmente, ela funcionou. Aliás, aconteceu tudo muito rápido. Meu amigo também estava com um pouco de medo, mas não por causa da máquina do tempo. Ele pensou: “E se não der para voltar para casa?”. Eu praticamente li o pensamento dele e falei para ficar calmo. Quando abrimos a porta da máquina do tempo, vimos tudo: lá era cheio de dinossauros, muito bonito e não tinha nenhum ser humano. Então, saltamos da máquina do tempo e fomos conhecer o lugar. Era cheio de florestas. Aconteceu um problema: tinha um dinossauro carnívoro e ele estava morrendo de fome. Começamos a correr, mas fui para um lado e meu amigo, para outro. Então, quando percebi, eu tinha me perdido do meu amigo Jonh e da máquina do tempo. E pensei: “E agora?! No meio da floresta eu estou perdido! Mas pelo menos me livrei do dinossauro grande. Quer saber? Vou procurá-lo.”

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Comecei a procurar e não achei. Estava começando a ficar tarde e eu estava muito cansado. Começou a chover. De repente, vi o Jonh, gritando “socorro”. Quando fui até ele, a pedra começou a rachar. A gente, nessa hora, estava na montanha. Tentei pular para o lado em que o Jonh estava, mas não consegui. Eu ia cair no abismo! Mas, por sorte, um pterodátilo passou voando e me salvou, me levando para o outro lado. Fiquei muito feliz e meu amigo, preocupado até aquele momento, ficou muito satisfeito e feliz. Antes de voltar no tempo, ficamos comentando sobre a viagem. Eu falei: – Foi muito legal! Amei ter conhecido os dinossauros, mesmo aquele que queria comer a gente. Meu amigo Jonh disse: – Eu fiquei morrendo de medo! Quando voltamos no tempo, reparamos que tinham-se passado trinta anos! Não acreditamos e ficamos rindo. Então foi assim que terminou essa aventura!

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O melhor momento da minha vida nos U.S.A. GABRIEL ARCALJI (602)

Era o ano de 1885 e eu estava nos Estados Unidos vivendo tranquilamente minha vida de índio, com minha tribo, minha oca e todas essas coisas de índio. Infelizmente, minha vida não era tão tranquila assim, pois nós vivíamos em uma constante guerra contra os americanos. Eu treinava para guerrear desde os meus 10 anos, e eu odiava isso com todas as minhas forças, porque, para mim, a pior coisa que existe são seres humanos se matando por algo que poderia ser decidido apenas com uma conversa e um aperto de mãos. Naquele momento, eu estava com 18 anos, que era a idade que todo índio menino precisava ter para ir para a guerra. Para todos na minha tribo, quando se completava 18 anos, era uma data de orgulho, pois todos se sentiam bem nessas guerras. Mas eu era diferente, eu odiava guerra com todas as minhas forças. Enfim, chegou o dia da minha primeira batalha. Eu não queria, porém, era inevitável, eu tinha que lutar pela minha tribo. Nós fomos correndo com nossos cavalos até encontrarmos os americanos. Naquele momento, eu estava muito triste, pois eu não queria matar ninguém. Mas, se eu não fizesse isso, morreria. Eu e minha tribo chegamos na batalha e não acreditamos no que vimos. Os americanos estavam sem armas, sem cavalos, sem nada. Apenas com uma carta com um pedido de paz. Aquela foi a melhor sensação que já tive, pois, por causa de tanta força de vontade que eu tinha, acabei não tendo que lutar. E ninguém nunca mais teve pelo resto da minha vida.

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Redações 4ª fase 7º ano

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Jornal Isto É CAROLINA PINES

ONG ARRECADA MUITO DINHEIRO PARA INSTITUIÇÃO Um grande evento financiado por ONG criada pelos professores de Língua Portuguesa Leila Souza e Rodrigo Miler arrecada mais de quinhentos mil reais para instituição de integração de crianças com Síndrome de Down na sociedade. por carolina pines

No último sábado (3), a ONG criada pelos professores Leila e Rodrigo realizou uma grande “feira” em que as pessoas poderiam deixar alimentos, brinquedos e dinheiro para a Instituição ICCSD, que significa Integração de Crianças com Síndrome de Down na Sociedade. O evento arrecadou mais de mil brinquedos, cinco mil alimentos, como arroz, feijão, leite em pó e farinha de trigo, e quinhentos mil reais. A feira, organizada no Leblon, atraiu grande parte de moradores e turistas do Rio de Janeiro, deixando os criadores da ONG orgulhosos. “Não esperávamos conseguir tanto dinheiro, estamos muito orgulhosos, e isso é uma prova de que o povo brasileiro consegue ser solidário e ajudar o próximo” - disse Leila. A ICCSD ajuda mais de dez mil crianças por ano, conseguindo integrá-las em escolas de forma correta, fazendo com que tenham uma infância alegre, como a de qualquer outra criança, e com que se tornem adultos capazes de fazer a maioria das tarefas que um adulto “normal” pode fazer. Os membros da instituição ICCSD nos disseram que estavam muito agradecidos e que cada centavo faz diferença no mundo, todos podem ajudar. “Participem do próximo evento de arrecadação de dinheiro no dia 27 do mês de outubro” - disse a diretora do ICCSD.

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A Escola Eliezer Max, em Laranjeiras, gostou da ideia e juntou os alunos para um show, em que teriam que “trabalhar para arrecadar dinheiro para uma escola na África”. “Nós amamos a ideia e também quisemos ajudar o próximo, portanto, organizamos um show para ajudar crianças de uma escola na África. Queremos dar o exemplo para outras escolas” - disse Thelma Polon, diretora pedagógica da escola.

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Jornal Do Bem TALLY SALOMÃO

A SOLIDARIEDADE DOS BRASILEIROS NÃO ACABOU Criança da escola judaica Eliezer Max cria projeto que ajudará a fundação Obra do Berço da Lagoa. por elis salomão

Nesta terça, 19, a aluna Tally Salomão e seus colegas visitaram a fundação Obra do Berço. Foi essa fundação que Tally, de apenas 12 anos, resolveu ajudar. Conseguimos entrar em contato com ela, que nos deu um depoimento: “Me interessei por essa fundação, pois todo os dias passo por ela para ir à escola.” Tally também nos contou que uma professora muito especial a ajudou a ter essa ideia. Carla Habif, sua professora de História, foi quem lhe deu o impulso. A professora nos contou um pouco sobre de onde essa ideia surgiu: “Em uma sexta-feira, depois da minha aula, Tally veio me procurar. Ela me disse que estava se sentindo muito vazia e que queria fazer algo para as crianças, pois gostava de vê-las sorrindo. Então ela me contou sobre essa fundação, e eu entrei com contato.” A Obra do Berço ajuda mães que, durante a semana, trabalham e não têm com quem deixar os filhos. Eles ficam no local de segunda a sexta. Lá eles estudam, comem e dormem. A ideia do projeto é doar cadernos, material escolar, brinquedos, alimentos não perecíveis e roupas para as crianças. Esse é um exemplo muito bonito de que ainda existe solidariedade no Brasil e de que algumas pessoas ainda pensam no próximo.

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Jornal LETÍCIA SUKMAN

ESCOLA AGE COM O CORAÇÃO E INICIA CAMPANHA “CABIDE NÃO SENTE FRIO” Criança da escola judaica Eliezer Max cria projeto que ajudará a fundação Obra do Berço da Lagoa. por letícia sukman

A Escola Israelita Brasileira Eliezer Steinberg Max Nordau deu início a uma campanha chamada “Cabide não sente frio”, que tem como objetivo ajudar abrigos de crianças perdidas, doando a elas casacos dos alunos da escola que, hoje em dia, não estão sendo muito utilizados, mas que se encontram em bom estado. Conversamos com a diretora da escola, que foi responsável pelo início do projeto: “Essa campanha é um gesto de bondade e generosidade, pois precisamos mostrar para esse Brasil que podemos mudar essa nossa imagem de não sermos solidários e ajudarmos os necessitados” - diz Thelma Polon. Os alunos estão bastante envolvidos com essa causa e um deles, Daniel de Saboya, afirma já ter doado 14 casacos: “Eles estavam jogados lá em casa faz tempo. Alguns são de quando eu tinha 7 anos, e outros são mais recentes”. Ao chegar ao local onde se encontra a caixa com os casacos que vão ser doados, pode-se ver tamanha importância que alunos, professores e diretores estão dando a esse incrível projeto. Já foram arrecadados mais de 100 casacos e, até o prazo do dia 5 de maio, todos esperam um número ainda maior.

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Jornal Da Tarde BRUNA AMORIM

IDOSA PASSA SUA APOSENTADORIA COSTURANDO ROUPAS PARA MORADORES DE RUA Senhora é encontrada entregando agasalhos para mendigos no bairro do Leblon nesta terça-feira. por bruna amorim

Vera de Campos, mais conhecida como Dona Verinha, completa oitenta e dois anos na semana que vem e, mesmo assim, continua fazendo o bem. Verinha gosta de costurar roupas para pessoas necessitadas e entregar a elas. Diferentemente da maioria das pessoas da terceira idade, dona Vera não cozinha nem passa todo o seu tempo com sua família. O que ela ama fazer é costurar roupas para mendigos. De acordo com a idosa, ela pratica essa ação solidária desde seus setenta anos - sua mãe lhe ensinou a costurar com treze anos. Com cinquenta anos, mudou-se para o Leblon e ficou impressionada com a condição precária dos mendigos, que hoje a idolatram. Perguntamos à Verinha por que ela faz essas coisas. Ela respondeu que eles precisam disso, e o importante é fazer o bem, não importa a quem. Dona Vera serve de exemplo para todo mundo, inclusive sua família. Sua neta, Íris de Campos, de apenas 5 anos, começou a doar os brinquedos de que não gosta mais para instituições de caridade. Além de seu filho, José de Campos, de 45 anos, que sempre ajudou um orfanato. A história de Vera ficou famosa até na internet, com internautas dizendo que o mundo precisa de mais gente como ela.

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Notícias Já JULIA BRAFMAN

ESCOLA AJUDA NA RECONSTRUÇÃO DE CASA DE FUNCIONÁRIA Escola Eliezer Max arrecada dinheiro para reconstrução da casa da funcionária após grande chuva. por julia brafman

No dia 24 de junho de 2016, Rosângela, funcionária da Escola Eliezer Max, teve sua casa devastada por conta de grandes chuvas. Ela não tinha dinheiro para pagar a reconstrução de sua casa, que tinha sido muito destruída, e os gastos não foram os que ela desejou. “Minha casa era muito simples e a comprei por um bom valor, mas, por conta dessa inflação, não tenho como pagar. O valor dobrou, e não sei o que vou fazer” - disse Rosângela. Quando os diretores da escola souberam dessa notícia, pensaram no que poderiam fazer para ajudá-la e chegaram à conclusão de que poderiam fazer uma grande feira com objetos dos alunos que eles não usassem mais. Uns alunos, além de darem objetos, também deram pouca quantidade de dinheiro para contribuir. Todos ajudaram. “Estamos conseguindo chegar ao valor desejado, todos estão contribuindo, alunos, professores, até alguns funcionários. Estamos com grandes expectativas para o final da venda” - disse a diretora da escola. No dia 7 de julho, que era o último dia de venda, a escola conseguiu ganhar mais do que o valor necessário. A arrecadação foi tão boa que sobrou dinheiro. “Nós conseguimos 1.000,00 reais a mais do que a construção precisava” - disseram os coordenadores. O resto do dinheiro, a escola deu para Rosângela ajudar os mais necessitados da comunidade em que vive, cujas casas também haviam sido derrubadas.

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“Fico muito feliz de trabalhar para uma escola que me ajudará na hora em que eu precisar, de que gosto e em que confio” - disse Rosângela. Para mais notícias, acesse nosso site: www.noticiasja.com.br .

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Redações 4ª fase 8º ano

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A necessidade do esporte em nossas vidas BIANCA REZNIK

Está claro, para todos nós, que a prática de esportes é extremamente benéfica para nossa saúde, porém nem sempre percebemos o quão importante ela é para o nosso desenvolvimento como pessoas. É provado que, ao praticar esportes, aprendemos a conviver, respeitar, liderar, entre diversas outras qualidades importantíssimas para nossas vidas. Não importa se o estamos praticando profissionalmente ou apenas por diversão, aprendemos essas lições de qualquer forma. Além das lições de convivência em sociedade, ao exercermos alguma atividade esportiva, nossa autoestima aumenta e a chance de termos qualquer doença relacionada à imagem do corpo, como anorexia e bulimia, diminui. Ou seja, o esporte é benéfico para nossas vidas em geral. Se você está se perguntando como aprendemos tudo isso simplesmente praticando um esporte, então imagine que a vida é um jogo de futebol. Os jogadores de um time são uma comunidade. Eles precisam se respeitar, ajudar-se, ter uma boa convivência e trabalhar bem juntos se quiserem ganhar. Porém, eles também têm que respeitar o outro time – uma outra comunidade –, mesmo acreditando em coisas diferentes, se quiserem ter um jogo bom e justo. O capitão, do time ou de uma empresa, tem que saber como liderar para que seus jogadores, ou funcionários, tenham um bom desempenho. Todos os atletas precisam ter um pensamento rápido, para saberem o que fazer quando pegarem a bola. Assim como na vida, um jogo de futebol tem seus altos e baixos. Às vezes você faz um gol, às vezes leva um, mas os jogadores têm de saber lidar com isso e continuarem firmes e fortes para tentarem ganhar no final. Apesar de não ser o único meio, a prática de esportes é fundamental para nosso desenvolvimento como pessoas corretas, inteligentes, persistentes e saudáveis. Na minha opinião, todos deveriam

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praticar ao menos uma atividade esportiva, porém, para que isso possa acontecer, devemos antes solucionar problemas maiores, como a fome e a educação pública.

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Cidadãos melhores GABRIELA ORENBUCH

No século XXI, já está mais que comprovado a influência fundamental do esporte na construção da cidadania dos jovens. Podemos comprovar isso por meio de um exemplo recente, que ocorre de quatro em quatro anos, em diferentes lugares do mundo, e que abre oportunidade para que cada vez mais jovens possam competir e defender seus respectivos países. Muitos dos jovens que atuam nesses jogos, na maioria das vezes, são pessoas que vieram de comunidades carentes, das ruas, ou até de países em guerra. Esses jovens são resgatados por projetos sociais que educam através do esporte. Podemos analisar o exemplo da judoca Rafaela Silva, que veio de uma comunidade carente do Rio de Janeiro e há pouco tempo conquistou uma medalha de ouro nos jogos “Rio 2016”. Rafaela começou no esporte bem pequena, em função de uma ONG que estimula o esporte. Por esse e por outros exemplos, podemos observar como o esporte retira pessoas de ambientes ruins, lugares muitas vezes perigosos, onde jovens são submetidos a futuros de risco, como o tráfico, o uso de drogas, a falta de saúde e educação. Inserindo-os em centros esportivos, eles estão sendo, por meio da prática do esporte, educados, disciplinados, estão aprendendo a respeitar o outro e, acima de tudo, tornando-se cidadãos melhores. Assim, é evidente que o investimento no esporte é muito importante, nem que o jovem o pratique uma vez por semana, pois, mesmo que por pouco tempo, a prática o retira de um lugar que nem sempre possui boas condições. O esporte desvia o pensamento para coisas melhores, além de aumentar a atenção, capacidades intelectuais, e fortalecer a saúde contra doenças. De fato, é bem mais inteligente investir no incentivo ao esporte do que, depois, milhões em saúde, o que nem sempre acontece. O esporte é uma oportunidade enorme de formar cidadãos melhores para uma sociedade com futuros brilhantes.

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Esporte: o nosso salva-vidas LETÍCIA JARLICHT

Um tema muito discutido nas conferências de nutrição é o esporte. Ele, em muitos lugares, não tem muita importância, mas isso já foi muito pior. No Brasil, nem todos têm acesso ao esporte, por conta de sua qualidade de vida, falta de recursos. Porém, o Brasil vem tentando ampliar o sistema do esporte. Este ano, com o país sediando as Olimpíadas, o número de crianças, adolescentes e adultos que gostam e querem praticar esportes vai crescer, o que é muito bom, pois os esportes têm diversos benefícios. Essa atividade contém benefícios para a saúde, educação, socialização (companheirismo, aceitação) e, além disso, é um ótimo entretenimento para todas as idades. Para muitos, os esportes não são tão benéficos, mas eles estão totalmente enganados. Com relação à saúde, o esporte previne muitas doenças; na educação, ajuda a reconhecer o espaço e aprender coisas novas; na socialização, é essencialmente para aprender conceitos importantes para a vida, como companheirismo, aceitação (acabar com falas como “ele é diferente de mim, então deve aprender separado de mim”), mais precisamente aceitação em torno da deficiência e o preconceito (entre negros e brancos, pobres e ricos). No entretenimento, ajuda as pessoas a saírem de casa e fazer algo com o outro, divertir-se em vez de ficar sozinho em casa vendo televisão ou mexendo no celular. Bom, nota-se que há muitos benefícios no esporte que, realmente, ajudam a sociedade a crescer. Os esportes não estão totalmente inseridos na sociedade, o que eu acho muito errado. Nota-se que eles têm milhões de benefícios, que acabariam com doenças como obesidade infantil, diabetes, maior de chance de ataques cardíacos. Acabaria com o preconceito ou pelo menos diminuiria sua ocorrência. Diminuiria o bullying nas escolas, aumentaria a inclusão de deficientes físicos e mentais, e com

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certeza melhoraria nosso país em muitas coisas. Acho que deveriam haver programas sociais com esportes, para que todos tenham acesso: pessoas negras e brancas, índios, pessoas de baixa e alta rendas, deficientes; enfim, para todos. Com certeza, melhoraria a vida e os hábitos da sociedade. Espero que, após essa bela Olimpíada, o Brasil mude sua posição em relação ao esporte. Esportes têm, sim, sua importância e deveriam ser colocados como prioridade, pois mudariam muitas vidas para melhor. Não são apenas entretenimentos, são nossos salva-vidas, pois, sem eles, a nossa sociedade estaria muito pior. Eles devem ser aceitos e adotados por todos, para se fazer uma cidade, um estado, um país, um mundo melhor.

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Vamos falar sobre esportes... JULIA ROSENTHAL

Hoje em dia, o esporte recebe uma relevância maior do que recebia antes. Após descobrirem que ajuda na saúde e proporciona o cultivo do trabalho em equipe, o esporte foi mais valorizado. Porém, na maioria dos países, ou até no mundo inteiro, apenas um esporte é valorizado: o futebol. Por mais que seja um esporte bom e que ajude bastante na saúde, não é o único esporte que existe. Mas não estou aqui para falar disso. Estou aqui para falar de sua relação com a cidadania. Nós vivemos em um mundo agressivo e violento, onde alguns países já passaram ou estão passando por guerras. E como o esporte auxilia nisso? É simples. No esporte, o importante é o trabalho de equipe e o cultivo do respeito. A Olimpíada é um exemplo claro disso, já que, a partir do momento em que os jogadores entram em quadra, o respeito deve ser cultivado, “o que acontece na quadra fica na quadra”. Como uma pessoa que apoia muito o esporte e joga handball, sou testemunha de que o esporte é muito importante para a população. Ele traz experiência únicas, por exemplo: assim que acaba o jogo, os jogadores se abraçam e são educados uns com os outros. Sinceramente, gostaria muito que o país valorizasse mais os esportes em geral, e não apenas o futebol e, no máximo, o vôlei. Assim, conclui-se que nunca se deve deixar de praticar esporte, ou ao menos tentar. Uma coisa que proporciona tantas experiências e ensinamentos não deve ser desvalorizada. A cidadania precisa disso e ajudará muito. A partir do momento em que duas pessoas não se respeitam e mudam isso através do esporte, já acontece uma mudança na sociedade. O esporte é algo para ser cultivado e ensinado às crianças e jovens, que são o futuro da nação. Com isso, concluo que, mesmo que esta redação não esteja de acordo com a proposta, ela expressou minha opinião. A cidadania precisa do es-

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porte, com ele temos como reverter o fato de haver muita violĂŞncia e preconceito.

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O poder do esporte TATIANA MAIA

O esporte é algo que tem um poder imenso no meio social. Muitas pessoas possuem um talento especial e, hoje, têm a oportunidade de trabalhar e se sustentar com isso. É preciso muita dedicação para, um dia, tornar-se um esportista como Neymar Jr. e Usain Bolt. Você precisará focar nisso todos os dias, afinal as vidas de atletas não param nunca, estão sempre treinando e cuidando de seus corpos. A saúde é o maior benefício que o esporte fornece. Sedentarismo é uma palavra que não existe no vocabulário dos atletas. Além da saúde, o esporte também dá a oportunidade de pessoas trabalharem enquanto se divertem e fazem o que amam e, é claro, sempre seguindo as regras e jogando de maneira justa. Movimentos como as Olimpíadas e a Copa do Mundo fazem o público parar tudo para assistir a um representante de seu país fazendo o melhor que pode para ganhar uma medalha. Há muitos anos, o esporte vem crescendo e ganhando mais a atenção do mundo. Vários jovens sonham em, um dia, tornar-se atletas. Muitas histórias de superação são conhecidas através do esporte. Eu diria que é uma inspiração para a humanidade aprender que, no fim do dia, todos vivemos no mesmo planeta e temos o mesmo coração. Tudo se trata de trabalho em equipe.

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Redaçþes de fases anteriores

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Michel, o flash GUSTAVO MAYER (601)

Acordei, e estava um dia lindo, ensolarado, com pássaros cantando… Eu não estava cansado, pelo contrário, estava muito motivado para ir à escola, o que é estranho, pois odeio a escola. - Michel, vem tomar café, meu filho! Depois que tomei café e escovei os dentes, fui para a escola. Peguei a bicicleta e, quando comecei a pedalar, ela foi acelerando muito, mas eu nem fiz muita força. Quando fui ver, já estava na escola em segundos. Fiquei muito assustado. Durante todos os tempos de aula (inclusive no recreio) fiquei pensando: “Como fiz aquilo?” Essa pergunta rodeava minha cabeça. Fui ver se conseguia fazer de novo. Numa rua deserta, comecei a correr. A rua era longa, tinha uns cinco quilômetros, eu acho. Num piscar de olhos, atravessei a rua inteira. - Ai, meu Deus! Eu adquiri superpoderes! Esse sempre foi meu sonho! Peguei a bicicleta e fui para casa, num piscar de olhos, é claro! Cheguei em casa, contei para minha mãe, mas, é óbvio, ela, como todo adulto, não acreditou. Até eu mostrar pra ela! Ficou impressionada. Na escola, falei com meus amigos e mostrei para eles. Virei a atenção. Fiz até um uniforme de super-herói. Nos tempos livres, de agora em diante, eu seria o “Flash”!

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(falta título) GIOVANNA GARBER (601)

Um dia acordei e pensei: “Como as pessoas ganham superpoderes? Deve ser muito legal. Eu gostaria de ser a Mulher D+. Queria ter todos os tipos de superpoderes e queria saber qual era o critério para escolher os superpoderosos e os esquecidos.” Mais um dia de aula chato e cansativo. Quando voltei para casa, tive aula de inglês, fisioterapia, natação e, depois de tudo isso, me matei para fazer todos os deveres. Fui dormir e caí durinha na cama. Quando deu 3h da manhã, acordei com uma sensação estranha: estava sentindo muito frio. Não gostei do que senti, mas voltei a dormir. Logo que acordei, fiquei superfeliz porque no primeiro tempo tinha aula de educação física. Ao chegar na escola, fui correndo para o campão e vi que fui rápida demais e não me cansei. Achei aquilo muito estranho. Fomos jogar pique-corrente, me puxaram de um lado, me puxaram do outro, e eu fui me esticando, esticando... Até que cheguei à conclusão de que tinha ganhado superpoderes. Meus amigos começaram a me zoar, mas eu nem liguei, fiquei muito feliz. Mas, com um dia de trabalho de super-heroína, descobri que não é legal. Eu subi paredes, escalei montanhas, fui para a China. Foi um dia muito cansativo. Rezei e pedi que meus superpoderes acabassem. Quando acordei, chequei tudo e tinha dado certo. E nunca mais sonhei com uma vida de super-herói.

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Meu desejo virou realidade CAROLINA CHALOM (601)

Olá! Meu nome é Carolina Chalom, tenho dez anos, estudo na escola Eliezer Max, e minha matéria favorita é matemática. Sempre adorei matemática. Eu sempre tive um desejo desde pequena: ser uma sereia, com escama, com cardume e tudo mais. Eu tenho muitos motivos convincentes para virar sereia. Um deles é nadar no mar (eu o acho lindo, tem tanta diversidade de animais marinhos, de corais, é tão maravilhoso...). O outro é poder ficar tanto tempo embaixo d’água, porque, desde criança, meu pai sempre me estimulou a fazer essa técnica. Ele adora o mar que nem eu, sempre mergulha e sempre fala que é lindo. A sereia de que estou falando é aquela com superpoderes de esquentar e congelar a água. Aquele poder em que você estica o braço e consegue, com o poder da mente, puxar algo para a sua mão. Enfim, esse é meu grande sonho. Num dia qualquer, eu estava indo para a escola, parei em uma lanchonete chamada “Nectarsucos” e falei: - Moça, você pode me dar uma água com gás, por favor? - Claro. Deu três reais. Quando fui pegar a água, ela veio até minha mão, e eu achei superestranho. Depois, quando encostei na garrafa, ela congelou. Logo depois, quando deixei a mesa e fechei a mão, ela descongelou. Com isso, pensei: “Será que meu desejo virou realidade? Não pode ser! Vou virar uma SEREIA! Na escola ocorreu tudo normal, não comentei com ninguém. Quando cheguei em casa, fui tomar banho de banheira e, do nada, minhas pernas viraram caldas, com escamas, e concluí: “Sou uma sereia! Yeah!” No dia seguinte, cheguei na escola e contei para minha melhor amiga, Haley, o que estava acontecendo. Ela não acreditou definiti-

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vamente, então eu mostrei, e ela disse: - Que legal! Tenho uma amiga sereia! - Qualquer dia desses te levo para passear! Logo depois fui para casa com minha amiga estudar para uma prova, e ela dormiu lá. Conversamos a noite inteira sobre minha transformação, foi muito legal.

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VITÓRIA DURÃO (601)

Era um dia comum na vida de André, até ele ir escovar os dentes. Ele abriu a torneira e, quando foi molhar a escova, bum! Escorregou e caiu. Depois foi tomar café e saiu de casa. Ele morava de frente pro mar e, todo dia, depois da escola, ele dava uma nadadinha. Ele foi para a escola normalmente, e, quando chegou em casa, trocou de roupa, desceu e caiu na água. André deve ter ficado horas lá, e, quando foi sair, teve uma surpresa. Começou a sentir dores nas pernas, se sentir mal, até uma hora em que ele desmaiou na água mesmo. Na hora em que acordou, tentou levantar, mas não conseguiu e, quando olhou para baixo, viu que no lugar das pernas tinha uma calda. Ele esfregou o rosto, jogou água e tentou ver se tinha sumido, mas não, continuava com aquela estranha calda. Ele tentou sair da água de novo e conseguiu! Esperou se secar e viu como funcionava. Era só ele se secar que recebia as pernas de volta. Passaram-se meses, anos, e ele só foi se aprimorando. Chegou um dia em que ele descobriu que tinha como controlar a água. André conseguia transformá-la em sólido, líquido e vapor. Quando começou a treinar, não queria parar! Ele viu que conseguia respirar debaixo d’água e nadar bem mais rápido. Ele era praticamente o rei do mar. Então começou a viver e a construir sua vida lá. André adorava ser tritão.

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Autoestima RAFAELA NEUMAN (701)

Era um dia muito frustrante para Luana, uma garota bastante tímida, pois naquele dia cada aluno do 7º ano apresentaria uma pesquisa de História na frente da turma inteira. Ela nunca conseguia falar direito, ficava gaguejando muito, principalmente naquele ano, em que havia entrado na escola um garoto pelo qual ela ficou perdidamente apaixonada. Luana não conseguia olhar nos olhos dele enquanto falava, mas era tentador, pois ele era muito atraente para ela. Na hora da apresentação das pesquisas, Luana foi a quinta a falar, antes mesmo de Pedro, o garoto “apaixonante”. Ela sempre ficava muito envergonhada nessas horas, pois tinha medo de fazer papel de burra na frente de todos, mas era justamente o contrário, Luana era muito inteligente. Infelizmente, ela não conseguiu se segurar e, no meio de sua fala, acabou olhando nos olhos de Pedro. Ficou parada por alguns segundos, e, imediatamente, todo mundo percebeu que ela estava caidinha por ele, inclusive o próprio. A partir daquele dia, todos os seus colegas começaram a zombar dela, porque, para os outros, ele era um completo idiota. Só Luana conseguiu ver, desde o primeiro dia de aula, o quão Pedro era legal por dentro. Ele percebeu o brilho nos olhos dela enquanto o olhava, sentiu que ela era uma garota muito especial e também se apaixonou naquele exato momento. Luana sofreu muito bullying, até começou a ficar feia, todos começaram a xingá-la. Pedro foi quem acabou com aquela palhaçada, ajudou-a a se recuperar do que havia acontecido e disse a ela que temos que seguir o que o nosso coração manda, sem ligar pra opinião dos outros. Depois de alguns dias, ele a pediu em namoro, e ela aceitou imediatamente. Hoje, eles estão no nono ano, ainda namorando, e sempre que veem uma situação como a que viveram, eles dão o seguinte conselho: faça o que o seu coração mandar.

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A festa de aniversário TABATHA MAYR PERES (701)

Sérgio é pai de Marcelo, e faltava uma semana para seu filho comemorar seu aniversário de 10 anos. A família estava organizando a festa, tinham que encomendar bolo, comprar a decoração, arranjar uma atração pra festa e comprar os presentes. Era muita coisa para só Sérgio e sua mulher, Martha, organizarem até o grande dia. Não satisfeito com todo o trabalho que tinham que fazer, Sérgio quis fazer uma surpresa para o seu filho, uma coisa de que ele se lembraria pra sempre. Foi quando ele lembrou que seu filho adorava aviões, então ele teve uma ideia. Ele iria saltar de um avião com uma placa “Feliz aniversário! ”. Sua ideia era brilhante! Não pensou duas vezes, saiu à procura de uma empresa que fizesse um pulo de paraquedas. Assinou todos os contratos necessários e pagou a quantia, que não era nem um pouco barata, mas iria valer a pena. Depois contou para toda a família sobre a sua incrível surpresa para Marcelo, e disse para seu filho que a sua surpresa de aniversário teria ligação com avião. Já estava tudo pronto para o dia. Sérgio deixou Martha com os preparativos finais, pois, como era o dia da festa, ele teria que se preparar para o “grande pulo”. Junto com Sérgio, foi o seu irmão Jonas, que só iria acompanhá-lo no avião. Eles colocaram o equipamento necessário e entraram no avião. Mas, quando Sérgio já estava lá em cima, pronto para pular com a placa, bateu o medo, foi naquela hora que ele descobriu que tinha medo de altura. Ele não conseguia pular, mas já tinha gastado muito dinheiro com isso, então pediu para Jonas pular com o cartaz. E ele pulou. Marcelo e seus amigos ficaram deslumbrados, foi muito legal! Só que o “herói” de Marcelo foi seu tio, e não seu pai, que tinha preparado tudo aquilo para ele se lembrar do dia em que seu pai tinha feito a grande surpresa em seu aniversário.

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Uma péssima alimentação LUÍSA NIGRI (701)

Laura vive com sua mãe e seu pai em São Paulo. Desde pequena, Laura nunca gostou de comer coisas saudáveis, e sua mãe, para não perder a paciência com a menina, sempre liberou o que a menina desejasse comer: batatas, chocolates, salgados entre outros. Todos os dias, Laura tomava de café da manhã uma pizza com muito queijo e um toddy. De almoço, comia um miojo e, de jantar, uma pipoca cheia de manteiga e bacon. Sua alimentação era péssima. Até que, um dia, Laura, cansada de suas roupas não caberem mais e de sempre ter dores na barriga, foi convencida por sua prima de procurar uma nutricionista para ajudá-la com a alimentação. A primeira consulta de Laura foi no dia seguinte. Ela e seus pais foram ao consultório da Doutora Paula a pé. Quando chegaram lá, a Doutora explicou para a menina como seria a sua nova alimentação. Nada de biscoitos, bolos, miojos, ovos fritos, pipoca, bacon e tortas. No lugar disso, pães integrais, frutas, saladas, barras de cereais, uvas-passas e legumes. No começo, Laura não gostou nada da ideia. Mesmo com as dores e sem as roupas, Laura gostava muito daquelas porcarias. A menina fez um esforço para seguir as regras da nutricionista e conseguiu! Laura se acostumou com a situação e aprendeu como uma criança precisa de uma alimentação saudável. Agora, Laura é uma menina saudável e com muita energia! Nada de dores na barriga e cheia de roupas.

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A tentação GUILI SVARTMAN (701)

Era uma vez Pedro, um garoto de classe baixa. Ele era muito gordinho, pois não resistia a um docinho. Pedro morava na Rocinha e ia todos os dias comer o “hambúrguer do João”. Ele tinha 11 anos e não sabia que esses hambúrgueres faziam tão mal para sua saúde. Até que, um dia, Pedro observou, através de sua janela, que havia um moço lhe observando com uma prancheta na mão. Com fome, desceu a rua e foi comer seu hambúrguer. E lá estava o moço. No dia seguinte, bateram em sua porta, e sua mãe não estava em casa. Pedro foi abrir. Lá estava o moço, mas, dessa vez, com uma carta na mão e uma blusa da prefeitura. Ele disse: “Pedro, entregue isso para sua mãe quando ela chegar” e foi-se embora. A mãe de Pedro lhe avisou que, depois da escola, deveria ir direto para a casa 6 da rua 2. Logo que a escola acabou, Pedro foi para o tal local. Rapidamente, o menino percebeu que a prefeitura havia selecionado algumas crianças para um projeto. O seu nome era “Alimentação saudável” e tinha o objetivo de incentivar as crianças a terem uma alimentação saudável. Após alguns meses, Pedro começou a trocar o hambúrguer por arroz e feijão. Depois ele começou a preferir arroz e feijão e, por último, acrescentou frango e salada. Hoje, Pedro é bem magrinho, pois não resiste ao arroz e feijãozinho.

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A sua idade representa a sua capacidade? GABRIELA ROTHSTEIN (801)

Havia uma empresa muito bem sucedida que, finalmente, depois de anos, resolveu fazer um concurso para recrutar novos empregados. Ter esse emprego era o sonho de muitos, então o número de candidatos era grande. A primeira etapa para ser selecionado era mandar o currículo e, então, sessenta pessoas eram escolhidas para participar de uma entrevista ao vivo. Isso lhes demandava muito foco e fluência na fala. Sendo assim, um critério muito rígido para a escolha de um empregado. A maioria dos candidatos tinha entre 25 e 45 anos, mas no meio deles havia um idoso de 72 anos de idade. Não esperavam muito daquele homem, mas achavam que não custava nada deixá-lo tentar. No dia da entrevista, ao entrar na sala de espera, o velho ouviu várias pessoas cochichando, e até dando risadas em um tom de voz baixo. Ele não ficou surpreso, porque sabia que a sociedade atual não valoriza os idosos. O homem estava calado, mas, de repente, teve uma vontade imensa de defender todos aqueles que sofriam com essa falta de respeito cometida pelos mais jovens. O velho falou sobre a desvalorização que sentia, e também se mostrou capaz, e não um coitadinho. Quando chegou a hora da sua entrevista, deparou-se com o mesmo comportamento dos jovens, mas, dessa vez, por parte de seu avaliador. O senhor ignorou a atitude do homem e, em sua entrevista, demonstrou sabedoria e confiança, como nenhum jovem conseguiu, provando que ele, apesar da idade, tinha toda capacidade para conseguir o trabalho. A entrevista do idoso foi impressionante, e algumas semanas depois recebeu a notícia de que o emprego era dele. A sua maior felicidade não foi o resultado, mas o fato de ter conseguido mostrar a importância do idoso para as pessoas.

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Ter respeito é o básico! LETÍCIA PTAK (801)

Em um belo e ensolarado domingo, uma idosa de 92 anos, chamada Olga, estava praticando seu hobby preferido: correr na praia. Ela estava curtindo demais e o tempo estava agradável. Tomava um sorvete e, depois disso, pretendia dar um mergulho no mar. Enquanto Olga corria, uma jovem de aproximadamente 20 anos perguntou: - O que você está fazendo aqui? - Estou praticando meu hobby preferido, correr na praia! E estou pensando em depois dar um mergulho na água - disse. - Ha Ha! Até parece que você tem idade para fazer tudo isso. - Como assim tenho idade? A minha idade e a minha aparência não dizem o que eu posso ou não fazer. Até porque tem pessoas da sua idade que não conseguem fazer metade das coisas que eu faço. Após a fala de Olga, a jovem ficou envergonhada, pois todos ao redor haviam escutado o que Olga disse. Com isso, a menina saiu correndo de tanta vergonha. Depois de alguns dias, Dona Olga estava em casa lendo o jornal quando alguém bate na porta. Olga abre a porta e… Adivinhem quem era? A menina que havia desrespeitado a idosa. A jovem desculpou-se, dizendo que sua atitude foi um grande erro e falta de respeito, pois ela também não gostaria de ser tratada assim. Olga desculpou a menina e as duas viraram superamigas, independente da idade, é claro! Sempre vão correr, tomar sorvete e mergulhar no mar juntas. Todos já conhecem a dupla, e elas dizem que são inseparáveis.

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A leitura e a escrita são atividades fundamentais para o ser humano e, com as novas tecnologias, fazem-se cada vez mais necessárias. A boa escrita e o desenvolvimento crítico da leitura são de fundamental importância para a orientação de nossos jovens. O concurso de redação do Eliezer Max foi idealizado para promover de forma lúdica e desafiadora os hábitos de escrita do estudante do Ensino Fundamental II.

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