Coolhunting // Experience & Sharing + Focus Group

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COOLHUNTING EXPERIENCE & SHARING

CAMERA EATS FIRST: IS INSTAGRAM CHANGING THE WAY WE EAT?


EXPERIENCE & SHARING

Coolhunting / Tredhunting

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Contextualização e Análise do Consumidor Cultural Socio Económico Lifestyle e Valores Politico/Ambiental

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Experiência & Partilha Trend Alert Partilha Experiência

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What’s New Brunch Arquitectura

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Conclusão

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Validação de Tendência - Focus Group

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Bibliografia

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Lecionado por Mafalda Ferreira No ambito da disciplina Comportamento do consumidor Team Amir Dakhlia Inna Neshkova Lucas Viegas Monique Gasparelli Tamara Montijo Vitor Morgado


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BACKSTORY COOLHUNTING / TRENDHUNTING O termo tendência está relacionado a uma possibilidade, a algo que possui uma incerteza, mas também pode ser empregado como “orientação” e “movimento”, associado a um grupo de pessoas.

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Pode ser definida como a direção que algo (de caráter emocional, intelectual e até mesmo espiritual) tende a mover-se e que possui um impacto consequencial na cultura, sociedade ou setor de negócios. Indivíduos criativos que combinam as suas ideias aos interesses mercantis, num determinado momento, e a transformam em desejo para um coletivo – que pode ser desde um grupo urbano, uma comunidade, uma sociedade – conseguem dissipar tendências de uma maneira estratégica. Coolhunting é um fenômeno de pesquisa do consumidor que surgiu na década de 1990 e tornou-se amplamente utilizado pelos grandes produtores capitalistas de bens culturalmente relevantes para reunir informações sobre as tendências emergentes do consumidor. O ato de observar e a partir da recolha e interpretação dos dados observados desenvolver o “novo” através do que já existe: os produtos, as formas de utilização dos produtos, os mercados, os serviços, entre outros, todos estes são trabalhados e re-apresentados como novidade.

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CONTEXTUALIZAÇÃO & ANÁLISE Para dar início ao processo de coolhunting, definimos um ambiente típico português para ser analisado: os cafés. O café desempenha um papel importante no quotidiano dos Portugueses, tornou-se uma das características predominantes no dia-a-dia do cidadão, não só no âmbito da socialização mas também como uma influência na cultura e na parte histórica do País.

Chegou a Portugal à cerca de 200 anos, resultado da relação próxima de Portugal com o Brasil. Os primeiros cafés públicos foram inspirados nas tertúlias francesas e desde cedo se tornaram locais privilegiados de convívio e partilha para artistas, políticos e escritores. Cafés como A Pastelaria Suíça, A Confeitaria Nacional ou até mesmo A Brasileira (café que Fernando Pessoa frequentava) tornaram-se “imortais” principalmente pela sua representação cultural.

Há quem diga que em Portugal tudo envolve um café, desde uma conversa séria a um encontro romântico, passando por qualquer refeição, de tal forma que muitas vezes as pessoas utilizam a expressão “beber um café” como sinónimo de encontro. Se nos cruzamos com alguém que não víamos há muito tempo, temos de combinar um café, se combinamos ir sair com os amigos, encontramo-nos no café, e se um amigo está a ter um dia mau, anda, pago-te um café. 06


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SOCIO ECONÓMICO Tal como já referimos o ir ao café é fundamental na cultura social dos Portugueses, faz parte do dia-a-dia e é inconscientemente distinguido como uma das facetas principais de encontros sociais, de qualquer tipo.

A relação social com a económica é interessante, pois visa mais uma vez a importância do café como intrínseca e é muitas vezes definido como o primeiro objecto de estudo do consumidor para uma avaliação dos preços praticados pelos estabelecimentos. O preço do café pode significar a integração de diferentes tipos de classes sociais e consequentemente de um público alvo diferente.

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LIFESTYLE O estilo de vida dos Portugueses é muitas vezes acompanhado por uma ida ao café, é lá que, muitas vezes, se definem os planos do dia-a-dia, se combina encontros, se fala de assuntos políticos (ou qualquer outro ) e se passa o tempo. Um café no sentido de estabelecimento, compactua com o lifestyle de diferentes classes sociais, um café mais “requintado” irá atrair um público com um estilo de vida mais exuberante assim como o contrário também se aplica.

VALORES

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Um café que sirva os valores idealizados pelos consumidores assenta no propósito da socialização acima de tudo, na descontração, na credibilidade e na confiança sendo estes valores globais para qualquer tipo de estabelecimento, não mencionando os valores mais específicos do tipo de estabelecimento (tradicional ou moderno, etc).


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POLÍTICO/AMBIENTAL Em termos políticos e ambientais os cafés devem reger-se por noções propostas pelo Governo e por instituições de higiene (ASAE) que respeitem tanto questões tributárias como regras aplicadas à totalidade dos estabelecimentos como sendo indispensáveis, um incumprimento destas regras pode levar ao encerramento efectivo de qualquer atividade. Deste modo, os cafés devem, e normalmente respeitam estas normas. A realização de auditorias por parte de órgãos responsáveis é feita, muitas vezes sem aviso prévio, e como tal devem ser respeitadas as regras impostas em todos os momentos.

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-NOVEMBRO 2017-

EXPERIÊNCIA

& PARTILHA


#TRENDALERT

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O brunch, mais que um pequeno-almoço, é um momento de partilha entre amigos e/ou familiares. Em volta de uma mesa, trocam-se histórias, atualizam-se as novidades e se vive um momento de confraternização. A renovação arquitetônica dos cafés, por sua vez, torna o ambiente mais aconchegante, trazendo uma nova experiência para os seus frequentadores, além de “ficar bem na foto”. O que esses dois pontos têm em comum: valorizam a experiência do consumidor e a partilha.

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Experience & Sharing

PARTILHA Agora os clientes consideram ser um grande atrativo social poderem partilhar facilmente aspetos como a comida e o espaço nos restaurantes que visitam. Uma preferência que responde às mudanças que estão a ser vividas na maioria das indústrias, que agora centram os seus produtos nas pessoas, no “humano”. Estamos a viver a passagem de uma gastronomia clássica e formal para uma gastronomia espontânea, de entretenimento e de convívio, onde os clientes se inclinam para as reservas em restaurantes que lhes permitam ter este tipo de experiências.

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A

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EXPERIÊNCIA Entre as principais transformações promovidas pela era digital está a busca pela inovação constante em relação aos produtos e serviços ofertados e a mudança na forma como as pessoas passaram a se relacionar com as organizações. Agora, os usuários esperam por experiências agradáveis e que atendam às suas expectativas, o que faz com que as empresas passem a olhar com mais atenção para as questões que envolvem interação e contato com o consumidor.

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what’s

NEW?

BRUNCH O brunch (ainda) não é um hábito, mas anda na boca de alguns. A origem é norte-americana, um pequeno-almoço (breakfast) que se une a um almoço (lunch) e resulta em um brunch. Chegou a Portugal despercebido, mas começa a querer sair do armário como ritual urbano - de fim-de-semana, sobretudo, porque se há coisa que o brunch exige é tempo para degustar o que pode ser uma refeição variada e apresentada em forma buffet.

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EMENTA Pães Ovos mexidos Queijo Fiambre Panquecas

Waffles Croissants Sumos naturais Mel Iogurte

Doces Cappuccino Cafelatte Brownies Frutas, etc.

PREÇO MÉDIO 9-20€

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ARQUITECTURA //DECO Outra tendência que vem ganhando espaço nos novos cafés de Lisboa é a preocupação com a arquitetura e decoração do espaço interior. Tudo grita uma modernidade ao estilo “casa/jardim” incorporando um conceito minimalista e que fica bem na foto.

Essa preocupação com a imagem por parte dos cafés pode ser associada ao que chamamos de geração “instagramer”. Tudo (o espaço, a comida, o cardápio...) é pensado para que possa sair bem na foto e dessa forma aumentar o número de posts nas redes sociais gerando interesse social em frequentar o espaço.

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CONCLUSÃO A globalização é um fenômeno que atua no mundo de uma maneira tão significativa, que se torna impossível idealizar o futuro sem ter em conta os seus efeitos. Atualmente, deixou de ser uma escolha a ser tomada e passou a ser característica própria do desenvolvimento das sociedades, pois este desenvolvimento acontece, na maioria das vezes, acompanhando a velocidade das trocas de informação.

As empresas que trabalham com as metodologias de coolhunting, interpretam a partir da análise do movimento dos grupos sociais e mapeiam quais serão os futuros desejos e práticas de consumo, conseguem obter um maior acerto nos produtos e serviços ofertados. 18

A internet é a grande ferramenta responsável por proporcionar rapidez nas trocas de informações e é a aliada fundamental, quase que indispensável, quando se deseja difundir uma ideia ou conceito. As empresas aproveitam-se da superexposição dos indivíduos na “rede”, para analisar os seus estilos de vida e práticas de consumo e, desse modo, conseguem planificar e desenvolver mercados.


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mĂŠtodo PARA VALIDAR 19


FOCUS GROUP

ETAPAS QUEBRA DE GELO cada participante se apresenta e fala um pouco sobre si.

INTRODUÇÃO AO TEMA os moderadores colocam questões sobre hábitos e preferências alimentares.

APROFUNDAMENTO perguntas perspectivas

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sobre

percepções

e


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VALIDAÇÃO DE TENDÊNCIA Optamos por validar atráves de um Focus Group.

JANEIRO

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1H

6

Realizado dia 18/01/2018, às 1h pm, no Iade, com 6 participantes.

Maria Marques, 24 anos, Designer, Portugal

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Emma Malooney, 23 anos, Organizadora de Eventos, Portugal

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Mariana Areiro, 28 anos, Jornalista, Brasil

Israel Mesquita, 28 anos, Designer, Brasil

5

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Vessina Vassileva, 27 anos, Estudante, Bulgária

Guilherme Floriano 27 anos, Arquitecto, Brasil

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6


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#PERGUNTAS


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Algumas das perguntas realizadas aos participantes do Focus Group foram:

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#PADRÕES IDENTIFICADOS

UNIR O PEQUENO ALMOÇO COM ALMOÇO (BRUNCH) “Normalmente não tomo pequeno almoço”. - Vessina “Eu faço brunch muitas vezes porque mesmo quando acordo cedo como fora da hora do almoço!” - Maria 23


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HEALTHY FOOD

“Prefiro padarias e sítios que tenham comida saudável” -Vessina

PERSONALIZAÇÃO

“Existem restaurantes em que podemos escolher várias combinações da ementa para fazer o nosso prato. Penso que é algo bastante bom.” -Vessina

COMPANHIA É UM FATOR CHAVE

“Prefiro o almoço porque é a altura onde tenho mais companhia. Ter alguém para comer muda a experiência.” -Israel. “Muitas vezes junto-me com os amigos para comer alguma coisa à tarde ao sábado e ao domingo.” -Mariana "Gosto muito dessa ideia atual do brunch, é suposto ser para socializar e penso que não deve ser diário deve ser só ao fim de semana porque muitas pessoas trabalham." -Israel 25


PREOCUPAÇÃO COM A ESTÉTICA

“Os restaurantes estão cada vez a apostar mais na apresentação da comida para que as pessoas depois possam compartilhar a comida que comem. (...) Muitas vezes a comida não é tão boa de sabor mas as pessoas partilham pela sua imagem" -Guilherme.

REDES SOCIAIS INFLUENCIANDO ONDE E O QUE COMEM

"Adoro ver o que é partilhado, muitas vezes acabo por ir comer a esses sítios publicados com amigos." - Maria

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"Eu sigo chefs de cozinha e gosto bastante de ver os pratos que eles fazem para tentar reproduzir ou conhecer o restaurante." -Guilherme


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O ESPAÇO E ARQUITECTURA COMO PARTE DA EXPERIÊNCIA

“Muitas vezes eu gosto de capturar a decoração do restaurante e não só a comida. Gosto de ir beber um copo e ter uma boa paisagem” -Emma "Muitas vezes também se partilha o espaço do restaurante é importante que capturem o momento". -Israel

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#RESULTADOS

Após coletados, os dados foram analisados através de padrões. Podemos perceber que a maioria dos participantes mencionaram, se interessam ou se interessaram pelos assuntos abordados.

Tendências foram validadas


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BIBLIOGRAFIA

FERREIRA, Márcio. A importância do café na origem da economia brasileira. https://jornalggn.com.br/noticia/a-importancia-do-cafe-na-origem-da-eco nomia-brasileira-por-marcio-ferreira. Acessado em Novembro de 2017. MENDES, Laila; BROEGA, Ana Cristina; SANTANNA, Patricia. COOLHUNTING: METODOLOGIA DE PESQUISA DE TENDÊNCIAS DE MODA IN LOCO. Http://bit.ly/2DZ5B34. Acessado em Novembro de 2017. MORGAN, David. (1997) The Focus Group Guidebook. London, United Kingdom. SAGE Publications Inc. J. (2006). Bebemos um café? .Http://www.tugabox.pt/beber-cafe. Acessado em Novembro de 2017. PEREIRA, Andreia (2011). A hora do Brunch. https://www.publico.pt/2011/07/16/jornal/a-hora-do-brunch-22465481. Acessado em Novembro de 2017. Lakshminarasimhan, Suba (2011). How Effective Are Focus Groups In Your Organization? http://www.brighthubpm.com/project-planning/114349-how-effective-are-focus-groups-in-your-organization/. Acessado em Janeiro 2018.

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The Brunch Issue

Vai um cafĂŠzinho?


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