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Eduardo cobra CPI da Petrobras e busca diálogo sobre o Arco Governador insinua que o Congresso estaria com medo de apurar os investimentos desastrosos feitos pela estatal. Mas ameniza críticas relacionadas à suspensão da obra do Arco Metropolitano. k página 6 e economia 1


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economia Recife I 27 de março de 2014 I quinta-feira

Arco: Eduardo busca diálogo

TRANSPORTE Governador evita confronto com o PT sobre a suspensão do projeto, mas mostra que Estado não errou Jumariana Oliveira joliveira@jc.com.br

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Guga Matos/JC Imagem

epois de muitas interrogações e respostas esvaziadas envolvendo a suspensão da licitação do Arco Metropolitano, o governo de Pernambuco decidiu se pronunciar sobre o caso. Governador e pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB) adotou um tom de diálogo para evitar teor político do caso, sem deixar, porém, de mandar um recado para os defensores do governo federal. Erros na elaboração do projeto foram atribuídos ao governo do Estado por aliados da presidente Dilma Rousseff (PT), provável adversária de Eduardo nas eleições de outubro. Para desfazer a versão, o governo do Estado divulgou ontem um ofício enviado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) à gestão estadual em novembro do ano passado. No documento, o órgão federal diz que “o anteprojeto (referente ao Arco Metropolitano) reúne informações necessárias e suficientes sobre a obra que se deseja licitar no regime de RDC integrado”. A versão de que o Estado teria apresentado um projeto com falhas foi dita pelo senador Humberto Costa, líder do PT no Senado.

Depois de apresentar o ofício, Eduardo Campos afirmou que o caso não pode se tornar objeto de disputa entre as gestões. “Eu acho que a gente deveria ver com tranquilidade essa questão, não tentar fazer isso um ‘cavalo de batalha’. Temos que cuidar de efetivamente ajudar o governo federal a dar conta do seu compromisso de licitar a obra. A gente tem que ter maturidade para resolver a obra, fora isso é a velha política”, disse o governador. O governador destacou que, após a finalização da proposta, a presidente Dilma fez questão de assumir a responsabilidade da obra. “Mostramos ter a maturidade para, tendo ou não divergências, fazer uma estrada que é necessária”, disse. O socialista ainda destacou que a obra será realizada com “dinheiro do povo”. A suspensão da licitação do Arco Metropolitano levanta o questionamento sobre uma possível retaliação do governo federal a Pernambuco, já que Eduardo é provável adversário de Dilma. Presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse à Rádio JC News, que há uma tentativa de politizar a questão. “Não há um indício da administração de Lula e Dilma que qualquer governo estadual ou municipal tenha sido alvo de discriminação”, afirmou.

XADREZ Eduardo adota tom conciliador, mas manda o recado

Secretário vai ao Dnit colher dados Dois dias após a informação de que a licitação do Arco Metropolitano foi suspensa, o governo estadual decidiu colher mais informações sobre o caso. Hoje, o secretário estadual de Infraestrutura, João Bosco Almeida, terá uma audiência com representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit) e dos responsáveis pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para conhecer os motivos que levaram o governo federal a suspender o andamento do projeto. O secretário estadual de Governo, Milton Coelho, e um representante da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) também foram escalados para a reunião. A licitação do Arco Metropoli-

tano foi suspensa na última sexta-feira e ainda não há previsão para a retomada do projeto. O anel viário vai criar uma rota alternativa que vai ligar a BR-101 sul, nas imediações da fábrica ca Caninha 51, à BR-101 norte, no municípios de Igarassu. A construção do Arco é estratégica para grandes empreendimentos econômicos em Pernambuco, como a Fiat. A obra está orçada em R$ 1,2 bilhão. Na última terça-feira, após reportagem do JC sobre a suspensão da licitação, o DNIT alegou que decisão foi técnica e que o órgão seguiu orientações do Tribunal de Contas da União (TCU). O Tribunal, no entanto, informou que não há nenhuma deliberação sobre o caso no na instituição. (J.O.)


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