Duo Mulher 2018

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Ano 9 | n° 58 | Maio 2018


Duran Móveis Sob Medida Rua Blumenau - 735 - América 3433.1020 98897.1921



EM CARTAGENA



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Democratização e Acessibilidade

C

omo forma de homenagem e reconhecimento trago as boasvindas a você mulher! Mãe, dona de casa, profissional exemplar, amiga, fiel, pessoa que consegue trabalhar o dia inteiro, ir pra academia, chegar em casa, cuidar do filho, do marido, da casa, fazer comida, lavar roupa... Ufa, cansei! A Duo já trouxe como tema o empoderamento feminino, a valorização da mulher. Agora o tema é DEMOCRATIZAÇÃO. Seja na moda, na beleza... tudo para todos os tipos, gostos, estilos e credos. Você precisa realçar o que tem em você e assumir: sejam as curvas, os cabelos cacheados, as sardas ou a barriguinha. Hoje em dia, tudo isso é normal, desde que você se sinta bem, se posicione e diga: eu sou feliz assim. A Duo, sempre ligada nas ações globais, transformando elas para nossa realidade local. Antenada a isso traz as editorias de moda, make, cabelos, saúde, cultura, todas voltadas

para a democratização e para a acessibilidade. Casa e decoração traz dicas de cores e acessórios que vão deixar o ambiente feminino e lindo. A matéria sobre o Dia das Mães é sobre “mães das mães”: como está o cenário das avós de hoje, cada vez mais modernas, antenadas e aceleradas, já que a agulha e crochê ficaram pra trás? Uma pauta super legal sobre transtorno de ansiedade, outra sobre mulher atrás das grades também interessará sua leitura. As comidinhas das mamães também estão no cardápio da Duo. Por fim, tem bastante conteúdo interessante pra você mulher. Sinta- se abraçada por toda nossa equipe e ótima leitura! ■

DIAGRAMAÇÃO

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FOTOGRAFIA Diego Tripadalli

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Beleza: Paula Bernardes

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Modelo: Leticia Guedes (Gas Models)

Produção: Revista Duo

Agradecimentos: Holz Hotel Look Completo: Yacamim

Artur Caminha, Alexandre Simas, Castilhos, Elaine Almeida, Johny

Camila Barros

Jablonski, Ivanise Vieira Ogliari,

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Ricardo Ferreira, Rodrigo Domingos,

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Marileia Wilke, Paula Bernardes, Vanessa Alexi.

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A Revista DUO não se responsabiliza por materiais publicados nos anúncios e opiniões dos colunistas.

EDITORIAL



ÍNDICE 2018 78

CULTURA A arte de ser mulher artista

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MATÉRIA PRINCIPAL A mãe da mãe

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CASA E DECORAÇÃO Feminino moderno

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EXTRA Liderança feminina

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MODA GLAMOUR BARROCO

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SAÚDE Transtorno de ansiedade SABORES Quem faz a melhor comida do mundo? CASE DE SUCESSO Conheça a Clínica Virtuosa SOCIAL



CASA E DECORAÇÃO

FEMININO MODERNO Libere-se e deixe a casa com a sua cara.

POR RICARDO FERREIRA – ARQUITETO ricferrarqint@yahoo.com FOTOS BANCO DE IMAGENS

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á que a edição da Duo é especial para as mulheres, nada mais justo do que fazer um texto com dicas decorativas para uma composição bem feminina, certo? Cores, acessórios e tudo que a mulherada gosta quando falamos em decoração. Seja um apartamento para uma solteira ou uma casa compartilhada com a família. Então, vamos lá! Dica 1 As cores de uma casa feminina variam bastante. Até porque, apesar da grande parte ser fã dos tons como rosa, roxo, vermelho e lilás, outra enorme parcela simplesmente não está nem aí para elas. Então, como deixar um ambiente mais feminino? O ideal é usar a cor da sua preferência e depois apostar em estampas românticas e acessórios. Dica 2 Uma casa feminina é aquela bem cuidada e com muitos detalhes, repleta de acessórios decorativos e pequenas coisas de grande valor sentimental. Por isso, não deixe de decorar a sua casa com fotos alegres, presentinhos e lembranças de viagens: pedaços da sua história que servirão para deixar sua casa ainda mais bonita. Dica 3 A estampa floral e o poá são escolhas bem delicadas que podem trazer a um lar de qualquer estilo, um toque romântico e feminino. Aposte na escolha deles em alguns pequenos detalhes, como na cortina, capa da almofada, roupa de cama, molduras etc.

Dica 4 Além da estampa floral, espalhe flores verdadeiras pela sua casa! Além delas trazerem vida para seu espaço, cuidar de plantas, seja no jardim ou em pequenos vasos espalhados pelos ambientes, é uma verdadeira terapia. Use-as para embelezar a sala de jantar, o hall de entrada ou sala de estar. Escolha alguns vasos bonitos e aproveite! Caso prefira plantas artificiais, procure as que são de tecido, que se assemelham muito mais às verdadeiras do que aquelas que são de plástico. Dica 5 Para dar um toque de sofisticação na sua casa use elementos de cor dourada. Isso pode ser feito de várias formas: use tinta spray para mudar a cara de algum móvel ou objeto, forre superfícies com papel dourado ou corte bolinhas de papel, que podem ser adesivos para facilitar o trabalho, e preencha uma parede, porta ou um móvel com elas. Dica 6 Na internet existem vários sites e blogs para baixar pôsteres gratuitamente, mas se mesmo assim, você ainda não encontrar nenhum que lhe agrade, procure imagens avulsas na mesma cartela de cores que você escolheu para os seus ambientes, ou crie frases com letras bem bonitas, imprima e emoldure. Você terá vários quadros personalizados para sua casa que conversarão com sua decoração e com o seu estado de espírito. Dica 7 Para as mulheres que fazem parte de uma família – mesmo que esta família seja ainda só o casal – decorar deixando a feminilidade aflorar é um pouco mais difícil, afinal é preciso conciliar o seu gosto com o outro morador. Porém, mesmo assim é possível ter alguns objetos, tecidos e cores que podem imprimir a personalidade de ambos e garantir o aconchego. ■

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LIDERANÇA

MARILEIA M. WILKE

COMO EQUILIBRAR NOSSOS DIFERENTES PAPÉIS NO DIA A DIA?

Buscar o equilíbrio na nossa vida é essencial! Não adianta estarmos bem no trabalho e com problemas em casa, ou vice-versa, porque para obtermos resultados, termos relações saudáveis e produzirmos, é preciso estar em equilíbrio, mas na correria nem sempre é possível. Então como podemos manter o equilíbrio de nossa vida? Como sermos boas mães, esposas, filhas, amigas, profissionais? Como conseguir iniciar uma jornada para uma vida mais leve, tranquila e em equilíbrio? Proponho para você um exercício, que visa entender e gerenciar melhor sua vida pessoal e profissional, respondendo as seguintes perguntas: 1. Quais são seus papéis? Relacione todos os que você exerce no seu dia a dia. Saber quais são eles é o primeiro passo para buscar equilíbrio. 14

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2. Quais tarefas exerce em cada papel? Relacione as atividades. Ter clareza disso te ajudará a ser mais produtiva. 3. Quais exigências de cada papel sobre você? Relacione o que é preciso para você desempenhar, o que cada um exige de você e de seu tempo. O equilíbrio também vem da nossa capacidade de dizer não. 4. Você age ou reage? Analise se você tem conseguido realizar tudo que deseja e precisa. Já parou para pensar como usa seu tempo, se você realiza ou apaga incêndios? Descobrir se você realiza ou apaga incêndios é preciso para equilibrar sua vida. Gerando o autoconhecimento e percepção sobre sua vida e sobre você, isso vai lhe auxiliar a encontrar equilíbrio. Faz sentido para você? Quer saber mais e entender mais sobre seus papéis? Entre em contato comigo! MARILEIA WILKE COACHING Life & Professional Coach marileiamw@globo.com 47 9 9913-0247 ■

Fotos: Banco de Imagens

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ocê já percebeu que na nossa vida pessoal, profissional e social, desempenhamos diferentes papéis? E que para manter nossa saúde emocional, física e de nossas relações, é importante gerenciarmos estes papéis no nosso dia a dia?



COMPORTAMENTO

ELAINE ALMEIDA

TABUS O

lhando para o passado, percebemos que a mulher conquistou muito espaço: direitos, visibilidade, mais poder e voz. Porém, parte dessa liberdade não é alcançada frente à cultura de uma sociedade que impõe diversos tabus. Ainda que possamos comemorar algumas conquistas, o universo feminino precisa superar variadas imposições sociais que afetam cotidianamente a vida das mulheres. Romper alguns tabus faz parte dessa modificação e reconstrução de pensamentos. O julgamento da roupa, por exemplo, pode oscilar entre o vulgar e o sensual, o indecente e o decente, o desleixado e o exagerado. Entre outras comparações, é possível que adjetivos e apelidos surjam em comentários, apenas por uma saia curta ou roupas justas, quando o que importa é o conforto e a identificação da

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mulher com o que ela veste. A opinião alheia não tem, ou não deveria ter mais espaço do que o nosso direito de escolha. Além das vestimentas, outras críticas contribuem para os tabus femininos, como a relação com uma beleza idealizada. As grandes mídias expõem com frequência a imagem de uma mulher sem celulite, magra, com unhas bem-feitas e todas as características que conhecemos. Contudo, não é essa a realidade da maioria delas e com certeza esse padrão não deveria ser tão mentalizado como referência. A beleza feminina mais verdadeira não impõe um padrão físico, mas uma série de qualidades internas que caracterizam uma linda mulher. A mulher deve ter o poder de decisão e a

Foto: Banco de Imagens

Quebrando


liberdade de escolha. A mulher pode ser o que quiser (se estiver de acordo com suas próprias diretrizes de vida).

perguntou se é realmente isso que quer para a sua vida? Nossas escolhas particulares só dizem respeito a cada uma de nós.

Sim! Podem ser caminhoneiras, mecânicas, policiais, mestre de obras, presidentes e muito mais. Ela pode tomar a iniciativa em relacionamentos, puxar uma conversa com alguém que tenha interesse, sem a mentalidade de que só cabe ao homem a aproximação. Ela pode explorar o próprio corpo e conhecer melhor sua intimidade, prevenindo-se de doenças e entendendo melhor os seus momentos de prazer. Ela tem a capacidade de ser o que ela quiser ser. Quer que o seu trabalho seja reconhecido, profissional e financeiramente. Quer se divertir ao lado das amigas na balada. Ela quer rir alto, viajar sozinha, falar de futebol e de política. Ela pode ser bela, desbocada e do bar ou bela, recatada e do lar, não importa! Porque ela é mulher.

É uma visão míope e intolerante, que se propõe a defender um modelo feminino tido como o certo e o melhor para todas.

Quem nunca escutou alguma vez na vida, perguntas como: você vai prestar vestibular quando? Quando vais começar a trabalhar? Por que você ainda não tem um namorado? Quando você vai casar? Quando vem o bebê? Vai viajar sozinha? Uma série de questionamentos que a sociedade realiza desde a infância como se você tivesse que seguir com esse padrão social pré-estabelecido.

Nosso desafio enquanto sociedade e enquanto mulheres formadoras das próximas gerações, é ofertar o poder de decisão às próprias mulheres, mostrando a elas que todos os caminhos são possíveis, permitidos e legais. E que elas sigam com liberdade e dignidade o que mais lhes agradar.

Muitas vezes, ao vivenciar essas situações passamos a nos questionar o porquê seguimos pelas imposições da sociedade (o que às vezes ocorre de forma automática, sem nos darmos conta do que realmente queremos para nossa vida) ou o porquê deixamos de seguir o padrão social. Será que o fato de você não ter um namorado significa que está infeliz? Pois então, as cobranças percebidas também são associadas, muitas vezes, à infelicidade, sob o olhar do outro. E como está a sua autocobrança em relação a ter um namorado? Você já se

Todas as lutas e batalhas que as mulheres já travaram devem servir para dar a essas mesmas mulheres o direito de serem como elas quiserem. A verdadeira luta feminista é a que concede à mulher o poder de ser o que ela bem entender, com consciência e determinação.

“A mulher deve ter o poder de decisão e a liberdade de escolha”.

Para sermos respeitadas, precisamos respeitar. Meu desejo maior é que cada uma de nós seja livre para escolher sua jornada. E que nós, mulheres, sejamos unidas e saibamos aceitar a opção de cada uma, com suas particularidades, preferências e diferenças. Faço minhas as palavras de uma escritora que admiro demais, Mariliz Pereira Jorge, e que considero uma das vozes mais sensatas da minha geração: “Não preciso que ninguém me represente ou me diga como eu devo ser. Eu sou a mulher que consigo ser apesar de tudo. Eu sou a mulher que consigo ser graças a tudo. Mas eu sou a mulher que sou principalmente graças a mim”. ■ DUO MULHER

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MODA

VANESSA ALEXI

Foto: Banco de Imagens

Viva a democratização da moda!

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s ruas são passarelas. Mas, por quê? Porque a moda, estilos e tendências já não se restringem a públicos específicos. Você pode comprar uma camisa estampada no Brás e encontrar uma peça similar numa das melhores grifes. Não estamos falando de pirataria, mas sim da democratização da moda. O mercado se expandiu de tal maneira que o mundo digital tem aproximado cada vez mais as culturas e o que é novidade na Itália, nas passarelas de Milão, chega às vitrines da sua cidade num estalar de dedos. Basta um clique no seu mouse ou smartphone que o vestido dos sonhos, a camisa deslumbrante, chegam via internet e em poucas horas. Ah, como a democratização da moda tem feito bem! E não somente ao mundo feminino. Ao público masculino, infantil e muito, muito mais. Porém, vamos nos ater somente no mundo das mulheres e viajar juntas por lugares que há pouco tempo ainda eram inóspitos pela moda. Faltava a democratização, ela fez almas se colorirem, novos sorrisos verteram. O empoderamento passou a andar lado a lado com a democratização e tornou-se o 20

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amigo mais íntimo das mulheres de todas as etnias, idades, tamanhos e formas. As portas se abriram e libertaram os corpos que estavam presos a estereótipos que a sociedade impunha. Caiu por terra o padrão “Gisele”, o mundo parou de girar em torno do manequim de 1,70m e cinquenta e poucos quilos, ou menos. Acabou! Você é dona de você, cabe no que bem quiser vestir e escolhe a cor que mais gosta. Sim, a mulher se ama. Agora a gordinha é valorizada, que o diga o mercado plus size e suas belas modelos. E a terceira idade? Como é lindo ver mulheres tão experientes ousando no look , montadas, cheias de acessórios - lembremos da visionária e vigorosa Iris Apfel, o mais puro exemplo da democratização da moda. E veio ainda a sacada da moda de inclusão, cadeirantes, pessoas especiais também ganharam atenção como um nicho específico de mercado. A moda inclusiva tratou de revolucionar também a inclusão social. Numa visão ampliada podemos dizer que a economia do Brasil fez com que os criadores, estilistas e designers abrissem os olhos e garimpassem novos alvos. E assim seguimos. Hoje, sim, tudo pode. Todos podem. Você pode! ■



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Liderança feminina Em meio às desigualdades, conheça mulheres que apesar das diferenças, venceram no mundo corporativo. POR ARACELI HARDT FOTOS ARQUIVO PESSOAL E BANCO DE IMAGENS

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s diferenças de gênero no local de trabalho persistirão por mais 217 anos. Essa assustadora constatação é do Fórum Econômico Mundial (FEM) que anualmente divulga o Relatório de Desigualdade Global de Gênero, um estudo produzido todos os anos desde 2006. Nele, a desigualdade entre homens e mulheres é avaliada em quatro áreas (participação econômica e oportunidade, acesso à educação, saúde e sobrevivência e empoderamento político) em 144 países. Nesse cenário o Brasil figura na 90ª posição. E isso não parece justo quando os números mostram que no país as mulheres são responsáveis por 42% da renda familiar e respondem por mais de 46% da população economicamente ativa, segundo Movimento

Brasil 360. 52% de micro e pequenas empresas são lideradas por mulheres atualmente. Na educação, elas têm melhores indicadores. Para cada estudante homem do ensino superior brasileiro, as mulheres ocupam 1,4 vaga. E mesmo assim a mulher brasileira recebe 30% menos que o homem. Porém, mesmo diante de uma condição tão desfavorável, a mulher brasileira luta para conquistar espaço e provar seu valor. A gaúcha Silvia Maria Coleraus, de 44 anos é um exemplo. Atualmente é sócia da Maná do Brasil, empresa referência em refeições coletivas de Joinville (SC). Ela está à frente da diretoria comercial da empresa, participa da diretoria de assuntos estratégicos do Conselho Estadual da Mulher Empresária (CEME) e é vice-presidente do Núcleo de

Silvia Maria Coleraus

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EXTRA Mulheres Empreendedoras da Associação Comercial e Industrial de Joinville (ACIJ). “Na minha criação são dois valores importantes: o trabalho e o estudo. Pra sair de um estado de muita pobreza, pra você vencer na vida, tem que estudar. Na minha casa não se cogitava parar de estudar e na agricultura a gente começa a trabalhar muito cedo”, relembra Silvia. Ela veio para Santa Catarina aos 22 anos, quando a clínica em que trabalhava se estabeleceu em Balneário Camboriú. Em 1998 (aos 26 anos) recebeu uma proposta de trabalho para atuar na Perdigão, em Joinville. “Foi uma escola. Trabalhei seis anos na empresa. Foram muitos desafios, pois os compradores eram sempre homens. A gente assume papel de homem mesmo. Eu me recordo de um comprador que me assediava bastante, mas eu era muito política e sempre dava uma desculpa porque achava que se eu fosse mais incisiva eu podia me prejudicar. Eu sempre usei da diplomacia, não expus pra pessoa não ser prejudicada. Aprendi muito com esse universo masculino na Perdigão”, relembra. Silvia sempre teve a sensação de que precisava mostrar mais a competência dela e, automaticamente, que seria mais cobrada. Foi no período em que atuava na Perdigão que Silvia teve contato com a Maná do Brasil, era sua cliente na época. “A mesma atenção que eu tinha para com um grande cliente, tinha para um cliente pequeno. Alberto (meu atual sócio) gostava da minha atuação, da minha postura, de ser insistente e foi aí que surgiu o convite para eu prestar serviços na área comercial. Alberto foi muito inteligente. Viu que eu gostava de desafios e eu comecei a prestar alguns trabalhos para Maná fora do meu horário de trabalho”, conta sobre o início dos os trabalhos. Quando iniciou os trabalhos na Maná do Brasil, a empresa servia 390 refeições por dia. Atualmente, serve 470 mil refeições por mês. Ao todo são 480 funcionários e desse total, 95% são mulheres. 34

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“Pensa no meu orgulho!”, brinca ela. Silvia é formada em contabilidade, pós-graduada na área de marketing e comunicação para negócios, pósgraduada pela Sociedade Brasileira de Dinâmica de Grupo, formada em análise transacional, em coaching. Atualmente é estudante de antroposofia e g arante que não para por aí. Está sempre à procura de alguma coisa nova. “Tenho obsessão por estudos. Enquanto as minhas amigas idealizavam o casamento perfeito, eu só tinha um desejo: de que seria executiva, teria independência financeira e autonomia. E assim eu fui construindo”, conclui satisfeita.

MÃE DO EMANUEL “Emanuel está com 11 anos e se criou junto aos meus trabalhos da Maná. Ele sempre esteve muito presente em tudo. A maternidade me dá muita satisfação. Consegui amamentar ele até os 7 meses e experimentei a maternidade na totalidade: parto normal, amamentação, dedicação total, maternidade e trabalho. Depois minha mãe veio morar pra cá e isso facilitou bastante, para me ajudar”, conta com carinho. Ao relembrar da primeira viagem que fez sozinha, diz que se sentiu bem culpada, com o filho ainda pequeno, mas que logo tudo voltou ao normal, pois são as etapas da maternidade. Agora, todos os anos, nas férias de julho, é Emanoel que escolhe o destino: “é um momento nosso”. Silvia defende que as mulheres não podem ser excludentes. “Uma coisa não exclui a outra. Você pode ser uma boa mãe, boa profissional, boa líder, continuar investindo em si e no seu desenvolvimento. Eu percebo essa angústia nas mulheres. Mesmo as que trabalham comigo, que são líderes e que não querem ser mãe e eu tenho conversado muito sobre isso com elas. Que dá sim para incluir a maternidade nos planos”, incentiva Silvia.


“...eu só tinha um desejo: de que seria executiva, teria independência financeira e autonomia”. Para Tania Giesel Carneiro Lins, casada há 22 anos, diretora de relações com o mercado da Embrasp, a maternidade veio aos 40 anos e Tania nunca deixou de conciliar trabalho e maternidade. Hoje o filho tem 16 anos. Ela trabalhou até 15 dias antes do parto e conseguia sair a cada três horas para amamentar o filho. Para ela, um desafio, mas que ao mesmo tempo dava ainda mais ânimo para voltar ao trabalho. Natural de Joinville (SC), Tania trabalha há 17 anos na Embrasp, uma empresa familiar, presidida por seu irmão Cezar Roberto Giesel. “Eu fiz graduação em psicologia, foi a primeira turma do Guimbala (atual ACE). Depois fiz pós-graduação em RH, pós-graduação em marketing. Eu nunca parei de estudar”, conta. Fiz vários cursos dentro da área de segurança e de gestão.

de risco etc). Manter o cliente, fidelizar, atender e entender da melhor forma possível seus questionamentos. É transmitir confiança. Ao todo, temos mais de mil colaboradores, com matriz em Joinville, e filiais de São Paulo e Florianópolis, além de um escritório em Itajaí”, conta Tania.

IMPORTÂNCIA DO ASSOCIATIVISMO PARA AS MULHERES EMPREENDEDORAS Presidente do Núcleo de Mulheres Empreendedoras da Associação Comercial e Industrial de Joinville (ACIJ), ela havia sido convidada algumas vezes para participar do grupo, pegou gosto, começou a participar de algumas comissões e logo estava como vice-presidente, agora está encerrando o seu segundo mandato consecutivo na presidência.

No mercado de trabalho desde os 15 anos, iniciou na área administrativa e depois trabalhou muito tempo em agência bancária, trabalhou em recrutamento e seleção de uma empresa e depois migrou para área comercial, onde se identifica. Garante que a psicologia sempre ajuda muito nesse aspecto, pois é utilizada em diversos momentos de uma negociação, saber conhecer e lidar com cada cliente. “Aqui na Embrasp faço contato com grandes corporações e sou responsável pelo relacionamento com os clientes. A Embrasp é especialista em segurança patrimonial e eletrônica (consultoria, análise DUO MULHER

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EXTRA

À frente do Núcleo, Tania defende a participação ativa das mulheres em todos os campos sociais, políticos e econômicos. “Gosto muito da palavra sororidade, que em latim significa “soror”, (irmandade, fraternidade). O nosso lema é ‘Juntas somos mais fortes’. No Núcleo, temos muitas empreendedoras e executivas. O que nós queremos é auxiliar, contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional delas. Fazemos planos de negócios, temos momentos institucionais, capacitações, programamos visitas técnicas, rodadas de negócios e benchmarking. Uma auxilia a outra para que as empresas cresçam e dessa forma geramos negócios entre nós”, explica. “Quando comecei eram 20 mulheres e agora estamos com quase 50. Em dois anos conseguimos dobrar o número de nucleadas. Isso se dá devido às ações que começamos a fazer. Criamos um grupo muito profissional e trouxemos as mulheres empreendedoras para perto de nós. Elas começaram a participar pelo clima e pela maneira de tratamento, pelas comissões de 36

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“Quando comecei eram 22 mulheres e agora estamos com quase 50. Em dois anos conseguimos dobrar o número”. trabalho e pelo planejamento estratégico. O núcleo auxilia no desenvolvimento de lideranças das mulheres”, conta orgulhosa. Além desse trabalho junto à entidade, Tania ainda participa da vice-presidência do Conselho Estadual da Mulher Empresária (CEME). “Eu estou sempre indo atrás dos objetivos. Hoje, aos 56 anos, me sinto realizada”, completa. ■



PUBLIEDITORIAL

Mulheres empreendedoras O Bazar Mulheres Empreendedoras de Joinville nasceu para inspirar aquelas que têm o desejo de empreender e crescer profissionalmente. POR TATY FEUSER FOTOS DIEGO TRIDAPALLI

MARILISE KELLA, 50 ANOS Trabalhei durante 20 anos como promotora de vendas. Há pouco mais de um ano fui demitida. Fiquei perdida. Como conseguiria outro trabalho com 50 anos? Decidi, então, abrir um brechó com minha mãe. Os dias passavam, mas não me sentia feliz, pois ficar parada não é meu perfil. Um dia, ao olhar certa sala grande ao lado do brechó tive um insight: fazer um bazar entre amigas! Fiz uma publicação no Facebook. Foi um sucesso! Muitas mulheres queriam divulgar e vender seus produtos. Foi um bazar atrás do outro. Decidi criar, então, o Bazar das Mulheres Empreendedoras de Joinville. O grupo cresce a cada dia. O Bazar Mulheres Empreendedoras se tornou uma porta para aquelas pequenas empresárias que têm a necessidade de divulgar seus produtos e assim ajudar na renda familiar. Também ajuda outras que têm o desejo de crescer profissionalmente 38

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como empreendedoras. Somos um grupo de vinte expositoras fixas e há pelo menos outras trinta mulheres que querem fazer parte do grupo. Temos expositoras de 20 anos e até uma vovó de 91 anos que faz lindos tapetes, sua cuidadora os leva para os bazares. O bazar se tonou itinerante, já fizemos até uma edição de verão e outra de Carnaval na praia, em Barra Velha (SC). Me redescobri aos 50!

MARILISE KELLA

Organizadora do Bazar Mulheres Empreendedoras Joinville /bazarmulheresempreendedorasjoinville (47) 9 9219-4810


Conheça algumas das empresárias Joinnvilenses que fazem parte do Bazar Mulheres Empreendedoras.

1 - QUITUTES DALLINNI Aline Ouriques Naumann

Tenho formação técnica em administração. Sou casada, mãe de um casal lindo, pré-adolescentes. Decidi voltar ao mercado de trabalho depois de anos afastada. Mas, adequar a vida familiar com um emprego não seria fácil. Então, empreender foi uma ótima saída. Muitas ideias surgiram e depois de várias análises e alguns testes, a conclusão foi: alfajor! Receita de uma querida amiga, o alfajor agradou a todos que o provaram. Gratidão e motivação são as palavras fundamentais nesses seis meses de negócio! Rua: Iririú, 790 - Iririú CEP: 89227-045 3043-6501 / 9 9672-9812 aline.naumann@gmail.com /quitutesdallinni @quitutesdallinni

2 - CASA FORMOSA

Sheila Rodrigues Reinert e Simone Rodrigues Ramos A Casa Formosa Decorações nasceu da paixão pela decoração. Trabalhamos com peças minunciosamente selecionadas, zelando pelo requinte e bom gosto. casaformosadecoracoes@gmail.com (47) 9 8813-2257 c/ Simone (47) 9 9902-7100 c/ Sheila /CasaFormosaDecorações @casa.formosa

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PUBLIEDITORIAL 3 - FLOR DE CHEIRO ATELIER Michele Nunes Moreira

Meus filhos são minha inspiração. Em 2009, me envolvi totalmente no mundo dos acessórios infantis e amei. Todo o trabalho é artesanal. A dedicação, amor e exclusividade nas peças fizeram com que o passatempo se transformasse em marca de sucesso nacional e internacional.

/flordecheiroatelier @flordecheiroatelier (47) 9 9265-6898 Galeria 9 de março, sala 8, rua 9 de março, 774, Centro - Joinville/SC

5 - SENHORITA PRIM 4 – TIA ANA KIDS

Ana Cláudia Salfer Maciel Tia Ana Kids surgiu para facilitar a vida das mamães. Tudo começou em 2006 com a criação de um perfil no saudoso Orkut. Assim como as crianças, meu negócio também cresceu. São pelo menos 4,5 mil itens disponíveis todos os meses na loja física à Rua Silva Jardim, 137 - Glória e na loja virtual. tiaanakids.com (47) 9 8834-5232 /tiaanakids @tiaanakids

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Heloiza Prim Wegner

A minha história começou com a vontade de fazer novas amizades, assim que me tornei mãe pela segunda vez. Eu vendia roupas por conta. Em dezembro de 2017 surgiu a Senhorita Prim. Trabalho com bolsas, mochilas, nécessaires e carteiras. Senhorita Prim: buscando além de clientes, amigas! E para celebrar a amizade, promovo reuniões, aulas de automaquiagem e happy hours para nos divertirmos. Atendimento somente com horário agendado. Rua Aubé 1450 - Boa Vista Joinville/SC /senhoritaprim (47) 9 9948-1168


6 - TOQUE FEMININO ACESSÓRIOS Nise Cabral

A Toque Feminino Acessórios está há seis anos no mercado de bijuterias e acessórios femininos. Comecei o negócio na época da faculdade com objetivo de ter uma renda extra. Sempre me envolvi muito com o público feminino. Com o passar do tempo a Toque Feminino Acessórios expandiu. Por isso, conto agora com revendedoras. Eu as ajudo e elas me ajudam. Trabalhamos com valores justos para melhor atender nossas clientes, os preços variam entre R$ 10,00 e R$ 79,90. Nosso espaço está localizado no bairro Costa e Silva, atendimento com hora marcada. (47) 9 8891-6943

/toquefemininoacessorio @toquefemininoacessorioo

7 - MAÇÃ VERDE

Leiriane Tournier e Maria Helena Tournier Mãe e filha compartilhando do mesmo sonho e o tornando real! Nossa marca Maçã Verde Moda Feminina começou com o desejo de voltar ao mercado de trabalho, conciliando família e o lado profissional. No início (agosto/2017) atendíamos somente em domicílio. Com os bazares, nossa marca ganhou mais força. Hoje, em nosso Instagram, temos mais de 2 mil seguidores. Somos muito gratas ao grupo e a cada um de nossos clientes que tem feito nosso sonho se tornar real! Rua Inambú , 786 - Costa e Silva Joinville/SC (Atendimento com hora marcada) @macaverdejoinville /macaverdejoinville (47) 9 9198-9092

8 – APUÃ

Francieli Correa Trabalho com acessórios artesanais. É tudo feito a mão, com muito carinho. O design é exclusivo. Procuro sempre oferecer peças bonitas e de qualidade. Para maior satisfação dos clientes ofereço um ano de garantia nos produtos. /apuaacessorios @apua.acessorios (47) 9 9629-1915

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PUBLIEDITORIAL

9 - MULHER ÚNICA CALÇADOS Carla Rocha

Depois de 15 anos de trabalho em uma empresa de Joinville resolvi buscar uma nova oportunidade. Minha experiência profissional, a formação em marketing e a paixão pela área comercial formaram a combinação perfeita para eu investir no meu próprio negócio. Escolhi vender uma das minhas maiores paixões: calçados! Faço atendimento em domicílio ou em minha residência. Trabalho com horários agendados e quando recebo grupos sempre ofereço um coffee break . carla.rocha.comercial@bol.com.br /Carla Rocha Mulher única Calçados e Acessorios (47) 9 9912-3079

10 - BELLA FORMAS Franciely Bona, 35 anos

Meu negócio começou quando fui desligada da empresa onde trabalhava. Não conseguia me ver parada e estava com dificuldades para arrumar outro emprego. Decidi vender lingeries para amigas e vizinhas. Gosto muito de estar com pessoas, fazer amizades e a venda de lingeries proporciona a junção do útil ao agradável. O número de clientes começou a aumentar. Fico muito satisfeita por poder levar um produto de qualidade e facilitar a vida das pessoas com o atendimento em domicílio.

francielybona@hotmail.com /Franciely Bona (47) 9 9978-4333 ■

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SAÚDE

Transtorno de

ANSIEDADE Considerada por especialistas como um mal dos tempos modernos, ela atinge uma em cada 20 mulheres no mundo. Por que será que estamos tão ansiosas?

POR TATY FEUSER FOTOS BANCO DE IMAGENS

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odas as pessoas, sejam elas crianças ou adultas, já se sentiram ansiosas em algum momento da vida. Isso é normal. A ansiedade moderada gera bons resultados. Ela move quem está desempregado a procurar trabalho, por exemplo. É como um combustível para a pessoa. Promove esse movimento da busca, de correr atrás, lutar por uma nova realidade. Mas, e quando alguém nunca relaxa? É aí que surge um sinal de alerta! A pessoa está o tempo todo aflita e inquieta. Está comendo, daí levanta da mesa para olhar o celular, depois volta a comer. Ou nunca para de falar, não para para ouvir o outro. Fica movimentando pernas, pés, braços e mãos sempre, têm cacoetes, trejeitos faciais: essas pessoas podem estar sofrendo do transtorno de ansiedade. E não são poucas. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que no mundo, 33% da população sofre de ansiedade. No Brasil são 20 milhões de pessoas vítimas dessa doença e a maioria são mulheres. “Quem tem o transtorno não agride os outros, mas a si mesmo”, é o que afirma Ana Cristina Colin Storrer, psicóloga e terapeuta sistêmica. Ela tem consultório em Joinville (SC) e 30 anos de experiência profissional. “Entre 2015 e 2018, tenho observado um aumento nos casos de transtorno de ansiedade, 40% dos meus pacientes sofrem desse mal”, revela.

SINTOMAS O transtorno de ansiedade pode ser leve ou grave e é bem difícil de controlar, pois atinge um alto grau de intensidade em poucos minutos. Além disso, pode durar muito tempo e, geralmente, está acompanhado de sintomas físicos. Angústia, dores no peito, casos de compulsão como transtornos alimentares (bulimia, anorexia) ou necessidade de consumir bebida

alcoólica ou ainda abuso de drogas, como maconha e até ansiolíticos (medicamentos para dormir), distúrbios gástricos, cutâneos (de pele), alérgicos. Tudo isso tem como plano de fundo o transtorno de ansiedade. Então, o paciente normalmente busca os profissionais de saúde por conta desses sintomas clínicos. Valkiria da Silva, 35 anos, luta diariamente contra esse mal há dez anos. Lembra bem quando sofreu a primeira crise, era véspera de Natal. Ela recebeu os familiares e amigos em casa. Estava sozinha com os convidados naquela ocasião. O esposo trabalhou à noite. Depois do jantar ela tomou banho, mas não conseguiu dormir. Lembra-se de sentir uma dor física intensa: sensação de sufocamento, angústia, palpitação e um aperto no peito. Não dormiu até o marido chegar, no outro dia pela manhã. Os dias seguintes foram igualmente desconfortáveis. Continuou a sentir-se mal. Foi apenas antes do Ano Novo que decidiu procurar ajuda médica porque pensou que estava com problemas cardíacos. O diagnóstico, porém, era outro: crise de ansiedade. Ela foi medicada e liberada. Os remédios a fizeram adormecer no carro a caminho de casa. De repente, acordou num sobressalto dentro do veículo. Começou a gritar, queria voltar para o hospital porque achava que somente lá estaria segura. “Meu marido me acalmou e disse que os médicos haviam receitado remédios e indicado um psiquiatra para eu me consultar”, disse ela. Ela teve dificuldade em aceitar o diagnóstico. Conta que ficou alterada durante a consulta com o especialista, porque achava que a ansiedade não podia dominá-la daquele jeito. Valkiria relata que desde criança sofre com ansiedade. Mas, nunca foi como agora na vida adulta. “Fico ansiosa e nem sei por quê. Isso acontece do nada. Posso estar num restaurante, shopping, qualquer lugar. Uma vez eu estava comprando ovos de Páscoa para os meus sobrinhos, coloquei os chocolates no DUO MULHER

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SAÚDE carrinho, quando de repente fui tomada por uma ansiedade muito forte. Fui obrigada a sair da loja, peguei na mão do meu esposo e fui para a rua. Eu olhava e nem reconhecia onde estava. Meu coração acelerou tanto que eu achei que iria morrer”, relata ela. Aos poucos Valkiria foi compreendendo a doença. A cada consulta com o psiquiatra, ela entendia mais sobre o transtorno. Começou a ler livros sobre o assunto e além do uso de medicamento, começou a fazer terapia em 2017. “Eu entendi que não é frescura. Sou uma pessoa normal, mas que precisa de ajuda”, conclui.

O QUE FAZ A ANSIEDADE SE TORNAR UM PROBLEMA DE SAÚDE? A terapeuta sistêmica Ana Cristina Colin Storrer observa duas situações principais no século XXI que levam muita gente ao transtorno de ansiedade: o excesso de tecnologia e a busca incessante por bens e dinheiro. Para a especialista, a preocupação com o capital, a busca por acumular bens e dinheiro e a cobrança, estão deixando as pessoas cada vez mais ansiosas. “Porque estamos vivendo um tempo que é muito visual, se vê o que a pessoa tem e não a essência dela”, afirma a psicóloga. O mundo moderno está marcado pela má qualidade de vida. “Vejo pessoas cansadas, estressadas, ansiosas, insatisfeitas e com a saúde péssima”, avalia. A tecnologia moderna trouxe os e-books, o videogame, o smartphone e a obrigação de se estar sempre conectado. Com isso, veio também a viciante possibilidade de nunca se desligar. Estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo faz com que algumas pessoas sofram uma espécie de ansiedade tecnológica, em situações onde há falta de controle emocional. “Estamos cada vez mais sujeitos às máquinas. 46

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O ser humano adulto coloca a tecnologia nas mãos das crianças e acaba provocando um vício. Pais não conversam mais com os filhos, fica cada um no seu celular. É um alerta para a sociedade: para que fim as redes sociais e a internet estão sendo utilizadas e qual é a necessidade real? Não somos contra, mas o uso excessivo não é bom”, alerta Ana. As crianças não sobem mais em árvores, não pescam, não brincam com amigos, nem na rua, nem no jardim de casa ou do condomínio. Não se senta mais para comer e socializar com a família, não se tem mais tempo para dedicar aos amigos. As pessoas se abandonam, não fazem atividade física, se alimentam mal, não buscam mais o bem-estar. “Recebo pessoas no meu consultório que não sabem qual é o sonho do filho, não conversam com a esposa, ou seja, coabitam, não convivem. Lar é convívio familiar. As pessoas estão perdendo isso”, lamenta a especialista.

O QUE FAZER Quando a pessoa está em um pico muito alto de ansiedade o caminho é consultar o psiquiatra. Pode ser o caso para uso de medicamentos. Se ela estiver em um nível mediano, a terapeuta sistêmica Ana Cristina Colin Storrer recomenda atividade física. “A pessoa precisa de uma válvula de escape, de preferência uma atividade que não foque só na questão estética, mas que permita a pessoa se livrar daquele estresse e que ela sinta prazer de fazer. Só encaminho para o psiquiatra em caso extremo, quando a terapia não dá conta”, afirma. Ana Cristina ressalta ainda que é importante a pessoa descobrir o que a levou a esse transtorno, porque não adianta camuflar o sintoma real com medicamento. “Ninguém nasce ansioso, mas torna-se ansioso. Então, preciso me entender, saber o que me levou a chegar nessa situação e criar ferramentas internas para lidar com isso e aí conseguir equacionar - equilibrar a vida”, complementa.


um cardiologista frequentemente, porque a sensação que tinha, quando vinha a crise, é de que estava sofrendo um enfarte. Foi na terceira ida ao mesmo hospital, pelo mesmo motivo, que então o médico perguntou se já havia consultado um psicólogo ou psiquiatra. Ele recomendou que ela buscasse ajuda desses profissionais. Vivian marcou consulta para dia seguinte. “O primeiro psiquiatra que me atendeu receitou medicamento. Mas, para mim não resolveu. Eu chorava compulsivamente. É uma coisa muito séria, mexe com toda a tua estrutura, eu sempre achava que ia morrer”, disse ela. (Vivian se emocionou muito durante a entrevista ao relembrar os fatos).

Vivian Venturi

Valkiria da Silva

A empresária Vivian Venturi, 59 anos, sempre foi muito exigente consigo mesma. Queria provar para sua família que dava conta de tudo. Havia sobre ela uma sobrecarga. Como era muito responsável, tudo que começava, tinha que terminar. Em 2001 o corpo respondeu a essa cobrança excessiva de si mesma. Ela passou pelos maiores picos de sua ansiedade. “Eu sentia palpitações e com o passar do tempo elas ficaram mais frequentes. Eu achava que era normal, por causa dos problemas do dia a dia. Mas, um dia a situação ficou tão difícil que eu disse para o meu marido me levar ao pronto-socorro. Liguei para a minha mãe e pedi para ela cuidar das minhas filhas, porque eu estava morrendo”, relata. No hospital fizeram inúmeros exames. Nada foi detectado. Ela foi liberada cerca de três horas depois. As crises, porém, não paravam. Chegou um dia em que ela desmaiou. Não havia horário e nem local para as crises. “Passei por isso um dia de madrugada. Meu marido não estava em casa. Um vizinho me ajudou. Eu estava sem força, precisei ser levada na cadeira de rodas para dentro do hospital”, lembra Vivian. Na época passou a consultar

A empresária consultou outro psiquiatra, para uma segunda opinião. Recebeu uma nova medicação. As crises começaram a ficar mais esparsas. Uma após 15 dias, depois uma por mês e assim seguiu diminuindo. Tomou remédios até meados de 2015. “Estou há três anos sem tomar medicação. Eu mesma quis parar. Decidi que precisava lidar com o problema sem a medicação. Comecei a caminhar na rua, ver pessoas, olhar o céu e as plantas, busquei grupos de oração. Tenho muita fé, leio coisas positivas, não vejo TV - pelo menos não aqueles programas que só trazem informação negativa - nada que desperte medo em mim. Faço também respiração profunda. Enfim, me agarrei em tudo que pude para poder melhorar”, conta a empresária. Sair de casa a ajudou bastante. Ver pessoas, ir à praia e colocar os pés na areia. Isso faz ela se sentir renovada. Vivian agora faz consultas com o psiquiatra a cada quatro meses. “Eu digo até que sou uma vencedora porque eu não desisti de mim”, conclui orgulhosa. A questão espiritual fez toda a diferença para o tratamento de Vivian e é recomendada pelos especialistas. Independente de religião, a fé é individual. “Somos uma composição espiritual, psicológica e corporal. Mente sã, corpo são. Se eu estou em perfeito equilíbrio comigo mesmo a minha autoestima, identidade, o que eu quero - certamente eu não serei ansioso”, conclui a terapeuta sistêmica Ana Cristina Colin Storrer. ■ DUO MULHER

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PUBLIEDITORIAL

Novidades em reabilitação de sorrisos Com a agenda cheia de cursos e especializações, o Dr. Pedro Jaime Rosa Jr traz a Joinville atendimento personalizado e novas técnicas em implantodontia. POR TÁBATA KADUR FOTOS BANCO DE IMAGENS

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om mais de 10 anos de experiência em implantes dentários, especialista na área, pós-graduado em ortodontia, mestrando em periodontia, além de trabalhar com planejamento virtual de sorrisos e bichectomia, o Dr. Pedro Jaime Rosa Jr. não para e preparou muitas novidades para este ano. Nós conversamos com ele e trouxemos, exclusivamente, todos os principais motivos para você agendar uma consulta com ele agora mesmo. Confira:

ESTUDO E APERFEIÇOAMENTO Buscar conhecimento sempre foi uma constante na vida profissional do Dr. Pedro, mas neste ano, segundo ele, será um ano de muito estudo e mais aprendizado. Uma das parcerias mais importantes para ele, é com a empresa suíça Straumann, líder no mercado mundial de implantes. Com este novo projeto, além de trazer tecnologia de ponta para seu consultório com implantes estéticos em zircônio, que garantem sorrisos completamente brancos ao contrário dos convencionais acinzentados, Dr. Pedro foi convidado ser speaker da empresa suíça, ou 48

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seja, um palestrante oficial da Straumann no Brasil. “Me sinto honrando com o convite, pois mostra o quão importante é o esforço em estar sempre buscando ser um profissional ainda melhor, com técnica e estudo para garantir reabilitações cada vez melhores para os meus pacientes”, conta. As novidades não param por aí. Neste ano, o ortodontista inicia um mestrado com o Dr. Júlio César Joly, especialista, mestre e doutor em periodontia. Além disso, com o mesmo especialista, Dr. Pedro também vai mergulhar em curso master avançado sobre manipulação de tecido mole na gengiva. Todas essas novidades devem ser divulgadas em pesquisas científicas no decorrer dos próximos meses.

NOVIDADES NA CLÍNICA É claro que tantas novidades só poderiam refletir na clínica onde Dr. Pedro atua em conjunto com mais dois colegas: a especialista em odontologia estética Tininha Gomes e o especialista em próteses Reinaldo Nascimento. O trio de profissionais firmou uma parceria de sucesso e está trabalhando para atender os pacientes de forma abrangente, colocando ao dispor de quem visita a Idea Clinic, o melhor que cada um pode oferecer em sua área de especialização. Para isso, o consultório ganhou cara nova e está sendo reformado para atender ainda melhor cada paciente, contando com laboratório próprio para realização de exames. Outra novidade é que agora, o espaço também se torna um espaço de aprendizado. Vários cursos serão oferecidos pelos três doutores a outros cirurgiões que desejam

conhecer novas técnicas. Então quando um cirurgião estiver operando, uma câmera instalada na parte superior da sala irá filmar e o procedimento será transmitido a cirurgiões que poderão acompanhar em uma sala ao lado, enquanto estudam as técnicas. Os alunos vêm de todo o Brasil todo e às vezes, até de fora do país. Para participar, é só ficar de olho nos cursos que são sempre divulgados via Instagram do Dr. Pedro (@ drpedro.rosa), da Dra. Tininha (@tinhagomes) e do Dr. Reinaldo (@ideaceramicbyreinaldo).

ATENDIMENTO PERSONALIZADO Com mais de 10 anos de profissão e 8 mil implantes já feitos, Dr. Pedro acredita que o segredo para um atendimento bem feito é o cuidado com cada paciente. Segundo ele, a maioria dos casos que chegam na clínica é de retratamento, ou seja, de tratamentos em andamento que não deram certo e precisam de atenção especial. Por esse motivo, cada um que entra no consultório do especialista é atendido de maneira única e leva pelo menos uma hora conversando e analisando o caso. “Eu costumo dizer que trato pacientes e não clientes, por isso a minha dedicação com cada um é muito importante para mim”, explica o doutor. ■

DR. PEDRO JAIME ROSA JÚNIOR IDEA CLINIC Rua Paraíba, 157 - Anita Garibaldi, Joinville - SC Telefone para agendamentos: (47) 999291415

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PUBLIEDITORIAL

Ana Cristina Rocha Gomes, mas pode me chamar de

Tininha!

POR ASSESSORIA TININHA GOMES FOTOS ESTÚDIO REVERSA

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cenário da saúde contemporânea é repleto de protocolos, códigos, avanços, tecnologias e linguagem específica. Falar em saúde, no entanto, é também falar de algumas histórias de empreendedorismo que se tornam emblemas de superação, força de vontade e fé. Ana Cristina Rocha Gomes é dessas mulheres que, ao assumir o protagonismo da própria vida, ultrapassou todos os limites impostos pela sua condição cultural, familiar, e fez das barreiras o trampolim que a consolidou no cenário odontológico no Brasil e no

mundo. Nascida em Guarapari, no Estado do Espírito Santo, desde muito cedo mostrava sua inquietude e o seu desejo de ultrapassar as fronteiras do possível. Estudou próteses dentárias, com afinco (área esta que contribuiu para seus diferenciais), se graduou fisioterapeuta, mas foi com a odontologia que Dra. Tininha chegou ao lugar almejado: hoje ela é um ícone quando o assunto diz respeito a cursos de morfologia dental, resinas compostas e oclusão. Autora do livro “Pérolas, o colar artístico da Morfologia” (publicado pela Quintessence DUO MULHER

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PUBLIEDITORIAL

“Equacionar os desafios da carreira é para ela um constante motivo para ir além”. simultaneamente em português e espanhol) sua rotina é dividida entre aeroportos e incontáveis horas de ensino, e mesmo driblando a saudade e ausência, consegue ser a imagem inspiradora do marido Reinaldo e das filhas Ana e Luiza. “Tininha” escolheu assim ser chamada pelos pacientes, alunos e amigos. Essa quebra de formalidade é uma das políticas gestoras quando o assunto é a sua imagem.

a falta de humanização e o distanciamento imposto por alguns profissionais que esqueceram que vestir um jaleco não os torna melhores do que ninguém. O amor que sinto pelo meu ofício é que me fez ser a Tininha. Uma mulher que antes de mais nada ama seu semelhante e o acolhe, incondicionalmente”, explica a entusiasmada e sorridente dentista.

“Meu conhecimento científico, minha respeitabilidade e tudo que solidifiquei em anos de trajetória não está condicionado ao tratamento “doutora”. O mundo sofre com

Equacionar os desafios da carreira é para ela um constante motivo para ir além. Tininha se prepara para mais um livro, desta vez contando como construiu uma marca de

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sucesso. Sua clínica em Joinville atende as especialidades de estética, reabilitação e prótese atendendo pacientes que buscam exatamente aquilo que ela tem de melhor, a capacidade de resgatar autoestimas e fazer de um tratamento odontológico um capítulo de resgate físico e emocional. Antenada com tudo que acontece na atualidade, ainda encontra tempo para se dedicar as redes sociais, interagir, responder as dúvidas, auxiliar alunos e colegas e promover de forma encantadora a profissão que a tornou uma mulher referência. “Eu posso dizer que a fórmula do sucesso é

“Amo estudar, conhecer, me aprimorar e acima de tudo permitir que as pessoas se apaixonem pela odontologia tendo um olhar diferente do que experimentam”.

multifatorial. Tenho uma base forte, um marido e filhas que também fizeram concessões e renúncias para que eu estivesse onde estou hoje. E, de minha parte, a dedicação constante para que facilmente se perceba que acomodação e vaidade não me traduzem. Amo estudar, conhecer, me aprimorar e acima de tudo permitir que as pessoas se apaixonem pela odontologia tendo um olhar diferente do que experimentam”, conclui Tininha. ■

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PUBLIEDITORIAL

A mulher moderna e sua

coluna

POR JOHNY JABLONSKI FOTOS BANCO DE IMAGENS

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este mês em que comemoram as noivas e as mamães, trouxemos à tona suas principais causas de dores na coluna, como prevenílas e como tratá-las. Afinal, a evolução social contemporânea obriga as mulheres a serem boas filhas, esposas, mães, estudantes e profissionais de sucesso, onde muitas vezes vivem jornadas duplas de trabalho dentro e fora de seus lares, levando o mundo em suas costas e deixando de lado a preocupação com sua integridade física e psíquica, o que posteriormente poderá refletir em sua coluna ou o contrário, aquelas mulheres que são aceleradas, fazem milhares de atividades e em nome da estética e do retardo ao envelhecimento e se prejudicam pelo excesso. A maior parte das queixas no consultório de dor nas costas vem do sexo feminino. Muitas mulheres sofrem diariamente com esse mal. Salto alto, bolsas, estresse, fumo, gestação e má postura são fatores que podem desencadear uma série de desconfortos, mas são facilmente resolvidos 54

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com a mudança de alguns hábitos diários e o tratamento certo. Existem ainda algumas patologias típicas do sexo feminino, além das alterações posturais decorrentes de períodos gestacionais. Até porque só pensamos nas gestantes durante os noves meses da sua gestação e as alterações que as acometem, sendo que o pior serão os próximos dois anos seguintes ao desenvolvimento do seu filho, com as posturas compensatórias, as sobrecargas imensas continuadas e todos os afazeres extras para darem conta. A qualidade de vida e da saúde têm uma relação muito mais direta do que a maioria das pessoas imagina. A dieta balanceada ao longo do mês, por exemplo, influencia no bem-estar geral da mulher, inclusive na fase mais crítica: os dias que antecedem a menstruação. Nesta fase, as mulheres também apresentam deficiência de alguns nutrientes. A simples reposição desses componentes na alimentação já pode ser suficiente para fazer desaparecer ou diminuir os sintomas da TPM. Temas como TPM, climatério (popularmente chamado de menopausa), cânceres como o de mama e o de colo de útero, doenças degenerativas como artroses, hérnias de disco, desalinhamentos como as escolioses e as lordoses, dores reumáticas, ciáticas, bursites, tendinopatias como tantas outras estão constantemente em pauta no universo feminino. Pudera, pois desequilíbrios físicos e emocionais causados pelos sintomas destas doenças ou disfunções ocasionam desconfortos generalizados, deixando as mulheres numa condição muito aquém de suas possibilidades

de produzir, relacionar-se e sentir-se feliz. Lembrando que consultas periódicas aos fisioterapeutas são importantes para controle

“A qualidade de vida e da saúde têm uma relação muito mais direta do que a maioria das pessoas imagina”. de algumas doenças e aos especializados para cuidar das questões mecânicas e posturais da maioria das doenças. Sendo que mais de 90% das doenças são mecânicas a fisioterapia passa a ter um papel fundamental no controle da saúde integral. E cada vez mais está passando a ser agente de saúde de primeiro contato somando força na saúde. A FISIOTHERA/ITC VERTEBRAL tem muito orgulho de fazer isso há 20 anos em Joinville e Balneário Camboriú cuidando das colunas e de tantas outras doenças. Cada vez mais mulheres recebem todo o nosso carinho! Atenção! Neste mês de maio todas as noivas e mamães que vierem através desta matéria da revista DUO, terão um tratamento especial e diferenciado para se tratarem. Entrem em contato conosco, livrem-se das dores e tenham muitas felicidades nessas novas etapas das suas vidas como esposas e mamães. ■

DR. JOHNY WILLIAM JABLONSKI

Diretor Regional da Associação Brasileira de Reabilitação da Coluna Joinville: Rua Dr. João Colin, 1702 - América | 47 3029-3037 joinville@clinicafisiothera.com.br | herniadedisco.com.br Balneário Camboriú: Rua Andorinha, 76F - Aririba | 47 3081-3037 balneariocamboriu@clinicafisiothera.com.br | itcvertebral.com.br DUO MULHER

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MAKE

PAULA BERNARDES

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uito se fala em tipos de maquiagem, produtos e tratamentos. Cada dia surge uma alternativa nova, infalível e imperdível. Sempre estamos correndo atrás de ser mais e melhor, mas isso está fugindo um pouco do controle, causando ansiedade. E se o melhor de nós for simplesmente nos aceitarmos como somos, sem tantos produtos? Aceitar as rugas, as marcas do tempo, as características pessoais que nos tornam únicos: a boca maior ou menor, olhos grandes ou pequenos, nariz fino ou torto. Escuto sempre das minhas clientes sobre a insatisfação: magra, gorda, rosto fino, largo, muita sobrancelha ou pouca. Sempre há um “defeito”. Não somos todos iguais e nem deveríamos ser. Mas que papo é esse, vindo de uma maquiadora profissional? Justamente por

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Foto: Banco de Imagens

Linda e única como você é! isso: qual seria a graça de maquiar sempre o mesmo rosto, orientar sempre a mesma automaquiagem? Somos diferentes e devemos nos aceitar como somos. Se não nos amarmos, quem vai? E isso significa não mudar o que incomoda? Não, de forma alguma! Você pode e deve buscar se automelhorar. O sentido da vida está nisso. Mas evitar a autossabotagem. Querer mudar ao ponto de se parecer outra pessoa? Nesse caso o senso estético do profissional que vai te orientar deve ser apurado, com inspiração natural. Corrija as falhas que você acredita serem importantes, sem neura, mas não esqueça de acentuar o que tem de melhor. Procure produtos menos artificiais, em que você se goste, em que você ainda se veja como é quando se olha no espelho. Um brinde ao amor próprio! ■




CONTABILIDADE

IVANISE VIEIRA OGLIARI

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que você faria se passasse a ganhar 30% a menos que seus colegas de trabalho? É essa a realidade para a maioria das mulheres no Brasil atualmente. Uma pesquisa do Catho revelou que mulheres ganham menos que homens em todos os cargos analisados. A maior diferença está no cargo de consultor, que chega à surpreendente marca de 62,5%.

Um cenário que, além de preocupante, reflete uma sociedade desigual. Existe um gap visível entre os dois gêneros e os poucos anos que se seguiram, após o início da luta pela igualdade começar, não foram suficientes para provocar uma equiparação. A herança cultural machista, a entrada tardia das mulheres no mercado de trabalho (por volta dos anos 1960), a falta de apoio e estímulo para que mulheres sigam carreiras com salários mais altos, a crença de que apenas as mulheres são

responsáveis pela administração e cuidado com a casa e os filhos, o fato de que pouquíssimos homens se dedicam a ajudar suas parceiras em atividades domésticas e a falta de confiança na hora de contratar uma mulher para cargos de liderança, são apenas alguns dos fatores que contribuem com esse gap.

Foto: Banco de Imagens

Cargos e salários das mulheres

A grande dúvida é: até quando isso fará parte do dia a dia de tantas profissionais? Embora já exista uma cobrança por parte da sociedade e muitas empresas estejam respondendo a isso, ainda teremos muitos anos de mudanças pela frente. Cada vez mais as mulheres estão conquistando seu espaço, provando seu valor e quebrando estereótipos com a mesma maestria que conquistaram seus direitos. Resta ao mercado estar preparado para atender essa exigência tão necessária: 30% a menos não dá! ■ DUO MULHER

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CABELOS

Como regra, mais que tendência, prefira cabelos saudáveis, com balanço, brilho e maciez. Busque a saúde dos fios e jamais cabelos estáticos por processo disciplinadores. É preciso ensinar as mulheres a explorar características naturais e não criar uma relação de conflito com seu cabelo.

TENDÊNCIAS PARA 2018

Cabelos curtos e cheios de estilo

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uando olhamos para as tendências, precisamos adequá-las ao estilo individual, personalidade, biotipo e a rotina de cada mulher. O profissional visagista avalia e entende o quanto cada mudança no corte e na cor pode influenciar o comportamento da mulher. Clientes satisfeitas são as que estudaram, planejaram e foram orientadas a adequar uma nova rotina e cuidados quando fazem essa mudança, seja nos produtos ou forma de secá-los.

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O estilo pixie cut merece espaço em 2018. Apesar desse look ter feito muito sucesso nos anos 1980, ele voltou com tudo e se tornou mais que um corte de cabelo. Um estilo de vida para mulheres que querem evidenciar uma beleza mais moderna. Ele é cabelo curto atrás e longo na frente, com pontas desconectadas. Para um visual bagunçadinho, você pode conseguir textura com um xampu seco. Essa proposta também é interessante para quem deseja esconder o volume da testa, por exemplo. O blunt cut é a solução para mulheres desapegadas do cabelo longo. Ele é simplesmente um corte de base reta na altura dos ombros, sem assimetria entre as mechas ou pontas repicadas. É um estilo maravilhoso para todos os tipos de rosto. Se quiser dar um plus no look , recomendo usar produtos texturizadores, como os surf sprays. Quem gosta de se destacar na multidão vai adorar combinar o cabelo long bob com franjas curtas, cortadas acima da linha das sobrancelhas. Ela deixa o rosto em evidência e dá um ar estiloso e original ao visual. O truque é mantê-la sempre aparada e penteada, para contrastar com o volume do resto do cabelo. O corte chanel nunca sai de moda, é verdade. Mas em cada momento ele ganha detalhes que fazem toda a diferença. A novidade agora é o graduated bob, no qual a nuca fica num comprimento mais curto, batido. ■

Foto: Banco de Imagens

ALEXANDRE SIMAS



DIREITO

ARTUR CAMINHA

FASHION LAW

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Foto: Banco de Imagens

A nova tendência do


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mercado do vestuário sempre esteve em voga, aliado à alta competitividade e dinamicidade no lançamento das coleções.

Nos últimos tempos, o mercado da moda junto com o mercado de luxo, entrou em ascensão exponencial e passou a ser pauta constante no mundo jurídico, por conta das várias situações específicas encontradas nesse segmento de mercado. Em razão do incentivo ao empreendedorismo jovem e pela influência das grandes grifes, passamos a ver com maior frequência a criação de novas marcas e produtos por profissionais independentes, aumentando a participação e oportunidades relacionadas ao mercado da moda.

Apesar de não considerarmos como uma área do direito propriamente dita, o fashion law se preocupa em estudar as situações jurídicas do mercado e da indústria da moda. Ou seja, surgem complicações específicas decorrentes da cadeia produtiva da moda que envolvem, em geral, as áreas de direito tributário, propriedade intelectual, direito do trabalho e contratos. Unido a uma boa estruturação do negócio, é importante preocupar-se com a redação e formalização dos contratos de compra e venda de produtos, importação de matériaprima, contratação de serviços no Brasil e no exterior, bem como os complexos contratos internacionais de parceria comercial. Os principais casos tratam de

discussões contratuais com fornecedores e relacionados à exportação de produtos, assim como conflitos de direitos autorais. Outro tema sensível, mas recorrente, é a escravidão e o trabalho infantil. Isso porque muitas das empresas que atuam nesse mercado realizam parcerias comerciais para a agregação de valor na cadeia produtiva. Como forma de mitigar esse risco, não basta uma boa área jurídica especializada em contratos comerciais e internacionais, mas necessários investimentos em compliance e governança corporativa. No Brasil, em especial, a atenção à legislação ambiental deve ser redobrada, justamente em razão da Política Nacional de Resíduos Sólidos que atribui responsabilidades a todos os participantes da cadeia produtiva, até sua destinação final. A tendência é atender os requisitos legais conjuntamente com um plano de posicionamento de marca para a adoção de padrões sustentáveis. A reciclagem de produtos e reutilização de peças usadas resta por ser uma excelente oportunidade para as companhias se reestruturarem com a visão voltada para o futuro e o bem-estar social. O mercado oferece grandes oportunidades de crescimento, mas é preciso ter em mente que os tribunais brasileiros estão pouco familiarizados com alguns dos assuntos trazidos pelo fashion law. O importante é reduzir os riscos e não deixar que a falta de prevenção legal prejudique o tão almejado sucesso da marca. ■

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SEXO

Que tal experimentar um “brinquedo” nas suas relações?

Quando você ouve falar em vibrador quais são as primeiras imagens que surgem na sua mente? E se trocarmos a palavra vibrador por massageador? Qual imagem vem a sua mente? Você sabia que existem massageadores íntimos que já ganharam prêmio de design pela sua beleza e sofisticação? Você acredita na ideia mistificada de que este objeto é algo usado apenas pelas mulheres? E se eu te disser que ele pode e deve ser usado pelos homens e proporcionarão muito prazer ao homem e ao casal? E você? É daqueles que pensa que um brinquedo pode ser um adereço que vai comprometer sua virilidade ou competir com a sua performance? Então é hora de desmistificarmos e desconstruirmos algumas crenças! POR CLÁUDIA PETRY FOTOS BANCO DE IMAGENS

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A

s pessoas brincam com provérbios populares como, por exemplo, “o sutiã é o amigo do peito”, “o cachorro é o melhor amigo do homem” etc. Por isso, eu tomo a liberdade de dizer que o vibrador é sim o melhor amigo da mulher (e ao final desta matéria talvez vocês possam desmistificar e compreender que ele também é o melhor amigo do homem). Afinal, entre quatro paredes e de forma consensual, a imaginação de um casal pode e muito extrapolar fronteiras e bloqueios que até algum tempo atrás eram impostas pela religião ou cultura, não é mesmo? Liberdade, felicidade, prazer, maturidade e consenso são palavras fundamentais na hora do sexo. Para começar, vamos refletir rapidamente: vibradores, como o próprio nome indica, são objetos vibrantes. Ou seja: vibram, dão movimento, estimulam. Só a ideia já nos remete a algo que todo ser humano ama: ter prazer. Quem não gosta de ser massageado, abraçado, tocado? Pela manhã ao acordar, ou ao anoitecer, depois de um dia de trabalho cansativo. Ah! Ninguém pode negar, é extremamente revigorante! O motivo para usá-los pode ser muito variado e depende de cada pessoa ou casal, embora, sem dúvida, existam vários

benefícios trazidos pelo uso. Afinal, eles colaboram para que homens e mulheres tenham uma vida sexual plena, mais ativa e estimulam de forma muito efetiva a saúde sexual. Aqui citamos alguns dos benefícios destes “brinquedos” maravilhosos: Fortalecimento do sistema imunológico; aumento do fluxo sanguíneo; fortalecimento do sistema cardiovascular; alívio natural de dores; padrões de sono mais revigorantes (costumo brincar chamando os vibradores de Rivotril natural); melhora a aparência (quem nunca escutou falar que sexo faz bem à pele?); aumento da sensação de bem-estar; possibilidade de descobrir novas sensações usando novos recursos sexuais; autoconhecimento; melhora a intimidade e a comunicação como casal, pois nos convida a dialogar e negociar. Além de tudo isso, nos faz rir! Melhora o sentido do humor e nos faz esquecer as preocupações e obrigações; pois o sexo libera neurotransmissores responsáveis pelo prazer e bem-estar; torna o sexo divertido e cria sempre novas expectativas e experiências a quem se permite; prolonga as relações sexuais sem se concentrar exclusivamente nas posições, normas ou acomodações na rotina sexual; e, claro, melhora nossa saúde física, não só com o exercício que estamos fazendo, mas DUO MULHER

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SEXO

pela alegria que estamos dando ao corpo. Lembrando, que ambos podem ter muito prazer com os massageadores. Existem vários modelos que servem para que homens e mulheres possam se beneficiar e muito com o uso deles. O assunto pode até ser polêmico em alguns círculos, mas é comprovado que muitas mulheres conseguem atingir o orgasmo somente por estimulação interna, quando a atenção é voltada para a parede dianteira (frontal) da vagina. Conhecido como ponto G, essa zona erógena pode oferecer orgasmos e sensações inesquecíveis quando estimulada pelos vibradores feitos para a estimulação do ponto G. Estes possuem uma curvatura para alcançar com facilidade a cavidade interna que proporciona mais prazer ao corpo da mulher. Mulheres, em média, precisam de 20 minutos de excitação para chegar à fase chamada “plataforma orgásmica”, momento em que o clitóris está mais sensível e o corpo está pronto para a estimulação. Sem este estágio, muitas mulheres encontram dificuldades para atingir o clímax. É, portanto, o momento certo para experimentar os massageadores clitorianos externos, usados para estimular o clitóris (onde existem muitas terminações 66

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nervosas - por isso, muita sensibilidade e grande prazer) e criar sensações que levam a uma experiência mais plena. E há vibradores para homens que podem proporcionar um prazer mais duradouro. Seja devido a doenças (como a diabetes), dieta, estresse ou pelo processo natural de envelhecimento, o fluxo sanguíneo para o pênis pode às vezes diminuir, e isso pode ter efeitos negativos sobre o ego e a autoconfiança do homem. Neste momento ressalto a importância dos anéis penianos para casais. Eles têm a função de contrair delicadamente o fluxo sanguíneo do pênis, mantendo-o ereto por mais tempo e proporcionando uma presença mais completa e duradoura. Além disso, os anéis vibradores atrasam o orgasmo, proporcionando mais vigor para o homem ao mesmo tempo em que os próprios parceiros usufruem do estímulo prazeroso da vibração. O ideal é que cada pessoa se sinta confortável para escolher aquele que a faz sorrir, que faz seus olhos brilharem. Seja um “curiosex” e se permita experimentar a novas (e deliciosas) sensações. Até a próxima! Claudia Maria Petry. Empresária e educadora sexual com especialização em sexologia clínica e terapia cognitiva sexual. ■



TECNOLOGIA

Tecnologia a favor do sonho de ser mãe

Ter filhos nem sempre é possível de maneira natural. Por, isso a medicina se especializa cada dia mais para dar uma mãozinha na concretização desse desejo de muitas mulheres. POR TATY FEUSER FOTOS BANCO DE IMAGENS

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ma mineira se tornou mãe com 64 anos em abril desse ano. Há três décadas, a procuradora jurídica Norma Maria, sonhava com a maternidade, mas nunca teve sucesso pelas vias normais. Em 2017, ela passou por uma fertilização in vitro. O óvulo veio de uma doadora anônima e o espermatozoide do companheiro de Norma, de 45 anos. O procedimento deu certo já na primeira tentativa, o que surpreendeu a equipe médica. Esse é o resultado do avanço da tecnologia.

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Com o progresso da ciência, os problemas para ter um filho foram deixados no passado, principalmente com a evolução da reprodução assistida. Ela funciona pela manipulação de, pelo menos, um dos gametas (espermatozoides e/ ou óvulos) e dos meios de fecundação, preparando as condições ideais para que o processo ocorra da maneira planejada. Confira quais são as cinco técnicas mais utilizadas e como cada uma delas funciona:


1. Relação Sexual Programada – Coito Programado Nesse método, a parceira faz um tratamento com hormônios para estimular o desenvolvimento do (s) folículo (s), que contêm um óvulo cada em seu interior. Quando ele atinge o tamanho ideal, a mulher utiliza outro hormônio para induzir a liberação do óvulo (ovulação). O tratamento é acompanhado por ultrassonografia para controle do crescimento. Após a indução da ovulação, o casal deverá manter relações sexuais próximas ao momento da ovulação, isto é, 36 horas após a injeção. 2. Inseminação Intrauterina (IIU) Artificial A inseminação intrauterina é um dos métodos mais comuns devido à baixa complexidade, pois apenas um dos gametas é manipulado: o espermatozoide. Para que ocorra, é importante que os espermatozoides, depois de coletados, sejam devidamente capacitados. A capacitação é um processo determinante, pois permite a separação dos espermatozoides mais ativos e aptos a fertilizar o óvulo. Tendo a quantidade desejável de gametas masculinos, o médico, então, deposita-os na cavidade uterina para que ocorra a fecundação in vivo nas trompas uterinas. Nesse tratamento, a mulher recebe a mesma estimulação ovariana da realizada na relação sexual programada. 3. Fertilização in vitro (FIV) Essa foi à técnica usada pela cantora baiana Ivete Sangalo e que resultou na gravidez das gêmeas Marina e Helena. Inicialmente, a mulher passa pela estimulação ovariana, com a administração de hormônios, para aumentar o número de óvulos disponíveis para a fertilização. O controle do desenvolvimento folicular é acompanhado por meio de exames de ultrassom e de sangue para dosagem hormonal. Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é feita a coleta dos óvulos e do sêmen. Aproximadamente 40 mil espermatozoides serão colocados

juntos a cada óvulo para que ocorra a fertilização, no laboratório. Os embriões formados e selecionados serão transferidos para o útero, para que a gestação tenha seu prosseguimento de forma natural. As taxas de sucesso ficam entre 5% e 55% por tentativa, dependendo de cada caso e, principalmente, da idade da mulher. 4. Injeção Intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) Semelhante à FIV, a injeção intracitoplasmática difere-se apenas na etapa final, já que, nesse caso, a inseminação (colocação do espermatozoide junto do óvulo) é feita por injeção diretamente dentro do óvulo. Com o auxílio de micromanipuladores e utilizando-se de uma agulha finíssima, o espermatozoide é colocado diretamente no interior do óvulo. 5. Doação de Óvulos Essa técnica é indicada para mulheres que não tenham mais óvulos ou possuam uma quantidade muito reduzida associada à baixa qualidade. Isso ocorre em idade avançada, menopausa precoce ou problemas relacionados à produção de óvulos. A doação é feita por uma mulher desconhecida, que também está em tratamento e compartilha os óvulos excedentes. A receptora é preparada com o uso de medicamentos que preparam seu útero para receber o embrião. A fecundação ocorre in vitro com os espermatozoides do marido. Outra opção para aquelas mulheres que querem adiar o sonho de ser mão ou ainda não têm certeza sobre a maternidade, é o congelamento dos próprios óvulos. A mulher deve se submeter a uma estimulação ovariana e coleta dos óvulos para o congelamento. O ideal é fazer isso até os 35 anos. Isso, porque a partir dessa idade a reserva ovariana começa a diminuir gradativamente e os óvulos apresentam perda de qualidade. O preço do congelamento de óvulos varia de acordo com o profissional e com o laboratório escolhido. ■ DUO MULHER

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MATÉRIA PRINCIPAL

A MÃE DA MÃE Aquela que cuida e compreende a fragilidade que é ser uma mãe de primeira viagem.

POR TATY FEUSER FOTOS TIAGO CAZANIGA E BANCO DE IMAGENS

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uando nasce um bebê, nasce uma mãe. Parece clichê, mas é essa a introdução perfeita para mostrar que essa mulher, assim como o recém-nascido, também encara um novo mundo. E em meio a tantas transformações físicas e emocionais, ela precisa de alguém que possa com palavras, gestos e com a própria experiência ser o acalento. Que a compreenda mais do que ninguém. Essa pessoa é a Mãe da Mãe. A Duo encontrou em Joinville duas mulheres que experimentam pela primeira vez a linda viagem que é ser avó. E você vai conhecer agora um pouco sobre esse percurso!

MARLENE VIRGINIA REIS (LENE), 59 ANOS Ela é realizada profissionalmente, orgulhosa da mãe que se tornou, espiritualizada, forte, está plena e se sente recompensada pela vida. É mãe da Gabriela, 34 anos e do João Gabriel, 28 anos e avó do Eric, 11 meses. 72

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Foi no dia 17 de maio de 2017 que nasceu o Eric, a mãe Gabriela e a vó Lene. Na memória dessa avó coruja está não apenas esse momento, mas todos que antecederam essa data. Toda a preparação para a chegada do primeiro neto. E ela participou de cada etapa. “Em outubro de 2016 a Gabriela descobriu que estava grávida. Ela e o esposo haviam programado uma viagem para dezembro. Quando ela veio contar sobre a viagem, disse que tinha outra coisa para falar também. Quando eu ouvi a frase: mãe, eu tô grávida! Foi uma emoção muito grande!”, conta com brilho nos olhos a Dona Lene. Passada a euforia, veio a preocupação em relação à viagem. Se seria um bom momento. Porque mãe é isso, sinônimo de preocupação. O filho pode ter 60 anos. Mas, mãe se preocupa sempre. Gabriela e o esposo passariam um mês na Alemanha. Mas, o médico disse que como ela já estaria no terceiro mês de gestação, então não haveria problema. E assim foi. A viagem transcorreu bem. Na volta ao Brasil, muita coisa para organizar até a chegada do bebê. “Acompanhei de pertinho toda a gravidez, fui junto ao médico, vi todos


os ultrassons. Já comecei a conhecer o Eric ainda na barriga dela, quando ele estava se formando. Cada vez que via as imagens era uma emoção, sentir o bebê se mexendo. Foi nostálgico, revivi as minhas gestações, a minha própria experiência”, lembra a avó. Quando chegou a hora do Eric vir ao mundo. Lene passou o dia na maternidade. Gabriela queria parto normal e tentou até o último minuto, mas infelizmente não foi possível. Marcaram a cesárea para o final da tarde. “Eu fiquei na sala de espera. Estava tão curiosa! Logo que nasceu a gente já pode ver aquele rostinho tão lindo. Foi pura emoção”, conta Lene. A avó orgulhosa acompanhou e ajudou a filha em toda a recuperação. Aliás, o último ano tem sido de dedicação total à nova mãe e ao netinho. “Auxiliei nas primeiras mamadas

“... o último ano ano tem sido de dedicação total à nova mãe e ao netinho...” do bebê. Se a amamentação estava dando certo, se o Eric ficava bem alimentado. Eu parecia uma médica no quarto do hospital, ficava monitorando tudo, acho que a Gabriela ficou mais segura”, completa dona Lene. Quando Gabriela e Eric deixaram o hospital, a avó passava o dia com eles. Só saia à noite quando o neto dormia e a filha já estava descansando. “A avó é fundamental nessa hora, pois a recuperação emocional e física da nova mãe é muito difícil, então você faz tudo que pode, para tornar esse momento DUO MULHER

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MATÉRIA PRINCIPAL mais leve”, diz ela. Eric teve muito cólica. Foram quatro meses de muito choro e pouco sono para a Gabriela. Às vezes ele não conseguia mamar. “Ela se sentia muito culpada nesses momentos, a filha chorava junto com ele, então eu a abraçava e dizia que tudo ia passar, que isso é parte do processo de adaptação, fazia tudo para que a minha filha, mãe de primeira viagem, se sentisse segura”, lembra Lene.

como não pode aproveitar a dos filhos. Perdeu o marido há 17 anos, então assumiu todas as responsabilidades da casa e com a educação dos filhos. Ela trabalhou por 35 anos na área de educação. Foi professora. Passou 13 anos em sala de aula, depois atuou na área administrativa da Coordenadoria Regional de Educação e foi diretora de escola. Está aposentada há dois anos.

E assim os meses foram passando até passar a licença maternidade e um novo desafio surgir: o retorno de Gabriela ao trabalho. Para poder aproveitar mais o filho, ela optou por reduzir a carga horária. Passou a trabalhar meio período. E a partir daquele momento, a presença da avó foi fundamental mais uma vez. Dona Lene cuida do Eric todos os dias pela manhã. Os

Atua agora como voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer. Faz palestras sobre prevenção em escolas, empresas e instituições. “Quando a gente tem os filhos é muita preocupação na cabeça, era uma correria. Hoje consigo aproveitar, me deslumbro com cada atitude do meu neto, é uma contemplação mesmo. Essa fase está complementando a minha vida, faz a gente refletir sobre toda a nossa existência, com um olhar de gratidão, de ter podido chegar até aqui para viver essa experiência”, completa. Além de curtir o neto, dona Lene é uma mulher que gosta de sair com as amigas, ir à praia, viaja bastante. “Vou à academia, faço caminhadas, principalmente no Morro do Mirante. Adoro contemplar aquela vista, eu aprecio tudo que posso ao ar livre, enfim amo a vida que eu levo”, conclui.

“Essa fase está complementando a minha vida...” momentos de afastamento, principalmente no início, foram difíceis. “Ela saía de casa chorando”, conta. A avó ajudou muito nessa fase também. E a tecnologia foi fundamental. “Enquanto ela estava no trabalho eu mandava fotos, vídeos dele pra ela ver que o Eric estava bem, que já tinha se alimentado, que estava se divertindo e assim a Gabriela podia se sentir tranquila”, diz satisfeita. A partir do segundo semestre Eric deve ir para creche, portanto a dona Lene aproveita cada momento com o netinho. “Faço a papinha e dou de comer, brinco muito. Ele começou a caminhar com dez meses, então anda pela casa toda e eu atrás dele, como um anjo da guarda. Ele tem muito energia, gosta de explorar tudo pela casa, é muito curioso. É uma rotina puxada, mas tudo isso é muito gostoso, eu curto demais, sou muito coruja”, fala orgulhosa. Dona Lene aproveita a infância do neto 74

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CRISTINA PEREIRA LEITE, 46 ANOS Ela é alto astral, bem humorada, ativa e uma mulher orgulhosa pela família que construiu. Mãe da Aryadnes, 21 anos e das gêmeas Aline e Agatha, 14 anos – Avó da Ana Vitória, 1 ano e 6 meses. Cristina foi mãe aos 27 anos, a gravidez foi super planejada. Foi avó aos 44 anos e isso foi uma surpresa! (Conta aos risos). A filha Aryadnes acabava de entrar na faculdade de biologia, na Univille. A família morava em Indaiatuba (SP) há cerca de três anos, mas estava planejando a mudança de volta para Joinville. Por causa da faculdade e do início das aulas, a filha veio na frente, sozinha.


“Ela já estava aqui um mês e meio e eu de longe querendo controlar tudo, saída para balada, barzinho. Ela querendo explorar a vida nova. Aí tinha o namoradinho e era uma paixão intensa. Foi difícil romper o cordão umbilical, a gente corta sem cortar”, conta Cristina. Foi nesse ritmo de soltar a filha para a vida e ao mesmo tempo tentar por freios que a vida seguiu. Toda a mudança para Joinville aconteceu. Se tem uma coisa que as mulheres da família têm em comum é a personalidade forte e o temperamento delas gera discussões volta e meia. “Uma semana depois que a Aryadnes completou 19 anos, estávamos numa discussão. Eu disse pra ela: você está muito nervosa filha, deve estar grávida! Aquilo mexeu com ela, chorou. E eu disse, vamos lá fazer o exame”, lembra Cristina. Na coleta do sangue, Aryadnes

tapou os olhos para não ver o sangue e nem a agulha. “Era o meu bebê ali”, recorda a mãe. Veio o resultado. Deu positivo! “Foi um misto de emoções. Eu tinha a intuição de que ia ser avó cedo. Parece que eu esperava já. Mas, em meio a tanta alegria eu tinha que me centrar e analisar tudo como mãe, chamar a minha filha para conversar, explicar como tudo mudaria a partir daquele momento”, conta Cristina que é uma mulher super prática. Nas palavras da mãe, um misto de choque de realidade com a magia, que é a maternidade. “Não precisava temer. Por mais difíceis que fossem os dias, seriam muito felizes também. Ela entenderia que os filhos dão força pra gente, é uma energia que se renova, são eles que fazem a gente se levantar todos os dias e continuar, como se Deus dissesse, esse é o teu guia e é por ele que você vai lutar”, conta a avó.

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MATÉRIA PRINCIPAL minuto perto da neta. Canta, dá banho, brinca. E é um prazer pra ela. “Depois que a Aryadnes terminar a faculdade, em 2019 gostaria que ela reservasse pelo menos seis meses para curtir a filha integralmente. Porque quando a gente vê já tem menininho batendo na porta. E é ‘mãe tô indo pra lá, mãe tô indo pra cá’. O bebê cresceu e muito rápido”, complementa ela. A mãe da Cristina tem 83 anos. E é a sua inspiração e maior exemplo. Educou seis filhos e lutou para que todos pudessem estudar. Porque ela não pode. “Quando eu era jovem, dizia que ela não sabia de nada, hoje eu vejo que ela sabe de tudo. Ela é uma campeã. Eu vejo a sabedoria que ela tem e dou valor”, conclui. Disse para a filha que alguns sonhos teriam que ser adiados. Viajar para a Austrália para aprofundar os conhecimentos em biologia, por exemplo. Mas, o filho não iria atrapalhar. Os projetos seriam melhor planejados. “O filho vem no momento certo. Na hora certa. Te força a amadurecer”, diz ela. O lado ruim de não ter planejado o filho é ter que correr atrás para organizar tudo para a chegada dele. Redirecionar recursos. “O dinheiro da balada e da cerveja agora vai para fraldas e para o leite”, diz aos risos. A família optou por manter Aryadnes em casa, por causa dos estudos. Não queriam que ela parasse. Ao invés da filha sair, chegaram um genro e uma neta. A família aumentou e a alegria também. “Ela sai do quarto, descabelada, com cara de sono, mas com um sorrisão no rosto. Vem tomar café com a gente. Ana é muito divertida. Ela finge que dorme, ronca. É bagunceira, esperta. É muito alegre. No jeito de andar, na mãozinha, na boquinha, no biquinho, eu vejo a minha filha na minha neta. É como se Deus me desse uma nova chance de curtir a Aryadnes. Porque quando ela era pequena, eu estava no ápice do trabalho. E hoje eu me arrependo de não ter ficado os dois primeiros anos da vida delas em casa, curtindo”, completa nostálgica. O corre-corre da vida fez Cristina abrir mão desse momento. Por isso, ela aproveita cada 76

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O que deixa Cristina feliz é ver que a Aryadnes é muito presente na vida da Ana. E ela se diverte ao contar que: “Aryadnes se transformou em mim. Ela dizia: eu nunca vou fazer isso ou aquilo com a minha filha! Mas, hoje ela faz exatamente o que eu fazia. Então, isso mostra que ela me tem como exemplo”, conta satisfeita. Cristina é uma mãe e avó que mima muito e admite: “eu gosto de sair do trabalho, vir para casa, dar um banho na minha neta para deixar ela pronta para a Aryadnes. Quando eu vou no mercado trago chocolates para todas, filhas e neta. É um mimo que eu faço e mãe tem que mimar. Eu dou colo para elas. Pego e puxo pra junto de mim. Tô aqui, esse é o significado do meu gesto”, revela. E ela é daquelas avós que cuida da neta para que os pais possam sair. “Cuido da Ana com o maior prazer para que a Aryadnes possa sair e se divertir um pouco com o marido e com os amigos. Ela rala muito e pra mim é uma alegria. Tem valor pra ela que pode sair e aproveitar e tem valor pra mim que posso dormir com um cheirinho de bebê na minha cama. Rola ciúme das gêmeas daí, mas a gente é tudo ciumento aqui em casa. É um ciúme saudável”, diz a avó coruja. Apesar dos mimos, a avó garante que na educação da neta ela não interfere. “O pacote é de vocês, o presente é meu”, diz para a filha e o genro. Ou seja, ela gosta da diversão e pouco liga se tem brinquedos por todo o chão da casa. “Eu não troco o meu mundo bagunçado por um vaso no lugar”, enfatiza. ■



CULTURA

A arte de ser

mulher artista F

ui convidado para escrever sobre mulheres artistas, que fazem e produzem arte. Para mim é uma honra escrever para essa edição especial da Revista Duo Mulher, nesse mês especial, cada vez mais simbólico e importante. Decidi escolher para representar a força da mulher, a atitude e o espírito guerreiro, quatro mulheres que há muitos anos exercem papel

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fundamental na cultura joinvilense: Marina Mosimann, Albertina Tuma, Fabricia Piva e Rita de Cássia. Quatro vertentes da arte: artes visuais, produção cultural, música e literatura. Parabéns a todas as mulheres independentes e principalmente que buscam seu espaço no mercado de trabalho, seja ele qual for. Confira minha entrevista e inspire-se.

Fotos: André Kopsch, Relicário fotografia, Daniel Machado, Arquivo Pessoal e banco de imagem

RODRIGO DOMINGOS


surgiu a Galeria de Arte Lascaux. Você ainda continua na ativa, sendo uma das maiores referências culturais catarinenses. Como você se sente? Marina: Tranquila. Fiz exatamente o que queria e percebo que colaborei com toda esta nova geração da área cultural.

MARINA MOSIMANN

Produtora cultural e marchand O começo de tudo foi no ano de 1970, quando a blumenauense Marina fixou residência em Joinville. Logo no ano seguinte, com a vontade e empolgação latente dos artistas locais, teve o surgimento da 1ª Coletiva de Artistas. Foi dela a primeira galeria profissional da cidade, tendo na inauguração, uma coletiva de artistas catarinenses. Passaram pela galeria grandes expoentes da arte nacional e também internacional. Marina sempre preocupou-se em fomentar a arte local. Ela foi a grande incentivadora de artistas como: Juarez Machado, Índio Negreiros, Nilson Delai, Moa, Antonio Mir e o que até hoje é conhecido como o maior “artista de arte contemporânea catarinense”: Luiz Henrique Schwanke.

O que é ser mulher para você? Marina: É saber equilibrar todos os papéis que desempenhamos. É saber ser feliz e ter objetivo na vida. Como você vê o futuro da mulher e seu papel na evolução do mundo? Marina: Desejo que todos percebam que a nossa evolução é resultado do que fazemos agora, que todos saibam se colocar no lugar do outro.

Marina continua ativa, incentiva novos artistas e nesse ano foi lançada sua biografia: “Superlativa Marina” escrita pela jornalista cultural Néri Pedroso, uma aula e uma história das artes visuais, catarinense e brasileira. Como foi para você ser uma das precursoras em produzir exposições em Santa Catarina e ter uma das primeiras galerias de arte catarinense?

ALBERTINA TUMA

Marina: Foi tranquilo. Eu era jovem, curiosa e com poucas referências culturais aqui no estado. Não tive censura em buscar, questionar pessoas na procura de informações, que me ajudassem a construir um novo cenário artístico. Percebi que os joinvilenses estavam tão sedentos de consumirem arte quanto eu e neste instante

A produtora Albertina Tuma é uma das idealizadoras do Festival de Dança de Joinville, em 1983, junto ao professor de balé Carlos Tafur. Atualmente, é uma das grandes produtoras culturais do estado, produzindo peças de teatro, shows e concertos musicais com artistas do mundo inteiro.

Produtora cultural

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Como é produzir arte em Santa Catarina? Albertina: Tenho uma vida inteira dedicada à produção cultural. Desde muito jovem, como artista plástica e, depois, à frente de um sem número de projetos na área. Posso dizer que fazer arte e cultura em Santa Catarina como em todo o país, é um grande e complexo desafio, a que poucos conseguem responder bem. A impressão que se tem é a de que arte e cultura nunca foram consideradas prioridades – ainda mais considerando esses tempos de sucessivas crises econômicas e políticas. O setor público, independentemente de cor partidária, não olha ou não consegue olhar para a cultura, como parte indissolúvel da formação educacional, intelectual, da construção de cidadania de um povo. Há, sempre, outras prioridades. Reconheço alguns avanços, claro, em políticas que beneficiam projetos culturais através de isenções fiscais. Estive um bom tempo à frente da Casa da Cultura e posso dizer que sei bem do que estou falando.Mas também vejo, com muito entusiasmo, o setor privado a cada dia mais engajado em arte e cultura. Aplaudo e comemoro, como por exemplo, a parceria com Shopping Mueller, que tem apoiado e sediado várias iniciativas culturais ao longo dos anos. Outra iniciativa de extrema relevância é da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) que, por meio do Sesi, instituiu o Fundo Social, que oferece gestão de projetos por legislações de renúncia fiscal. Sou uma pessoa otimista – e acho que algum dia a própria sociedade vai dar o real valor à sua arte e cultura, que são raízes de sua própria identidade.

bem mais do que o homem para percorrer o mesmo caminho. Como você vê o futuro da mulher e seu papel na evolução do mundo? Albertina: A mulher já é, e deve seguir sendo, a protagonista de sua própria história – mas, sobretudo, sujeito e objeto das muitas transformações sociais que ainda precisam ser feitas. Somos destaque nas ciências, nas artes, nos esportes, na ecologia, na filosofia, na política, em tecnologia e, muito especialmente, em tudo que se refere à humanidade. Mas ainda temos muitos degraus a subir, para conquistar a tão sonhada igualdade. Posso me orgulhar de pertencer a uma geração que promoveu grandes avanços. E são esses exemplos que devemos deixar para as gerações futuras: não temer desafios, ser grata a Deus pelo dom da vida e todas as nossas conquistas, valorizar e respeitar todas as pessoas, do jeitinho que são, ter serenidade e fé diante das dificuldades, compreender que todos fazemos parte de um mesmo universo – que precisa estar em harmonia e paz.

O que é ser mulher para você?

FABRICIA PIVA

Albertina: Para mim, ser mulher é uma benção, um privilégio. O ser feminino, ao longo do tempo, enfrenta uma caminhada histórica plena de lutas e de grandes bandeiras pelas quais o homem não teve de se mobilizar. Não há que se fazer, agora, uma análise antropológica da questão feminina, mas todos sabemos que a mulher ainda precisa andar

A maestrina Fabricia Piva começou a estudar piano, flauta doce, violino e viola e em seguida optou pela regência. Em 1999, criou a orquestra Experimental da Escola de Música Villa Lobos, idealizando vários projetos culturais: De Chiquinha a Chico, a breve história da MPB, Historia do Ouvir,

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Musicista


Inserções Sonoras, Noites Brasileiras. Criou dezenas de trilhas sonoras para teatro e foi regente da Orquestra Sociesc e da Orquestra de Espetáculos de Joinville. Em 2012, iniciou sua pesquisa de doutorado em Música pela UNESP e participou da masterclass em Londres. Já em 2013, foi uma 16 selecionadas para participar do curso internacional de regência orquestral com maestro da Brasov Philarmonic Orchestra, Cristian Orosanu. À frente da Orquestra Cidade de Joinville desde 2013 a 2015, somou importantes conquistas, como a implementação da primeira Orquestra Municipal de Joinville, Orquestra Jovem Cidade de Joinville e coral cidade de Joinville. E tambem abriu oficinas de música para a comunidade, que fez parte doprograma de extensão da Casa da Cultura que constituiu em 115 vagas para aulas de iniciação musical em instrumentos de orquestra. Em 2017, regeu a Orquestra Filarmônica da SCAR com a participação da cantora Karina K. Atualmente é professora de violino da casa da cultura e do curso técnico em dança do estado de Santa Catarina. Além disso, participa da Orquestra Filarmônica de Jaragua do Sul e Sinfônica de Santa Catarina. Como é produzir arte em Santa Catarina, no seu caso música? Fabricia: Vivemos um momento de grandes transformações sociais, econômicas, tecnológicas e políticas. E manter viva a cultura de um povo é fundamental. O século XXI começa com o ano 2000, com os temores do milênio, pessimismo do fim do mundo a antitese obscura do ataque do 11 de setembro de 2001, que se tornou um grande marco do novo tempo. Além disso, a internet proporcionou um ecletismo globalizado, tudo isso fez ampliar-se os questionamentos e maneiras de se fazer e pensar a música. A partir do século, XXI com a tendência voraz de se explorar as culturas e a difusão pelos meios de comunicação, torna-se dominante o abandono com preocupações tradicionais da música. O fazer musical procura a descontração e a fruição musical visa construir formas de

entretenimento. Também o espaço para se fazer música no mundo mudou. Não existe mais a preocupação de realizar espetáculos apenas em teatros e salas de concertos. No início do novo milênio, espaços informais e urbanos se transformam em espaços artísticos, como estacionamentos, praças, terminais de ônibus e trem etc.Observa-se que no novo milênio se valoriza o relaxamento e a descontração, procurando estabelecer um desligamento com as preocupações sociais que são crescentes. Assim sendo, a música se integra aos espaços de lazer. Então é fundamental ter grupos, orquestras, banda, realização de festivais, shows e concertos. O que é ser mulher pra você? Fabricia: Ser mulher é ser um ser humano igual a qualquer outro. A feminilidade é uma força. Uma força que muitos acham que é ‘sexo frágil’. Mulheres cor de oliva, brancas, amarelas, negras, lésbicas, bi, trans, ricas, pobres, novas, maduras... Todas as mulheres vivem e também são sobreviventes neste mundo feito por homens e mulheres, que vivem para ampliar os seus horizontes.Estamos girando na mesma velocidade com o planeta terra, e precisamos lutar contra as resistências e contra a crise de valores que estamos vivendo no mundo. Como você vê o futuro da mulher e seu papel na evolução do mundo? Fabricia: Acredito que a mulher precisa se desenvolver mais nos movimentos políticos. Não podemos achar que somos inferiores, e as mulheres precisam apoiar as próprias mulheres. Essa história de mulher batalhar por espaço na sociedade é coisa velha, mas precisa ser relembrado, para que não se acentue a diferença entre mulher e homem. Acredito que o espaço somos nós mesmos que criamos. Muitas mulheres não querem batalhar e gostam de permanecer com a imagem de boazinhas e manter a imagem de ‘sexo frágil’. Mas acredito que já ampliamos a conscientização do papel da mulher na sociedade.

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Como é produzir literatura em Santa Catarina?

RITA DE CÁSSIA ALVES Escritora

Rita de Cássia Alves é joinvilense, pós-graduada em Letras e Pedagogia. Divulgou seus poemas por meio do Grupo de Poetas Zaragata, dos Projetos Poesia em Trânsito e Pão com Poesia. Integrante da Confraria do Escritor e da Associação Confraria das Letras, que reúnem autores Joinvilenses interessados pela vivência socioliterária. Recebeu algumas premiações, entre elas: 1º lugar no Prêmio Barueri de Literatura (SP); 1º lugar no II Concurso Nacional de Poesia José Gonçalves/Sociedade dos Poetas Vivos e Afins (Natal, RN); 1º lugar na 7ª Edição do Concurso Expressão Literária Mercado de Comunicação (Joinville, SC); 2º lugar no 16º Festival de Poemas de Cerquilho (SP); 3º lugar no 1º Festival Aberto de Poesia Falada (São Fidélis, RJ); 5º lugar no Concurso Nacional de Poesia Lindolf Bell (Timbó, SC). É autora tem oito publicações: Simplesmente Vida – Edição do Autor – 1982, Espaço do Coração – Edição do Autor – 1984, Ensaio de Pérolas – Concurso Estadual de Poesias. Fundação Cultural de Itajaí Jornal Cultural - O Papa-Siri – 2004, Pele Submersa – Coleção Ipsis Litteris – Editora da Universidade Federal de Santa Catarina – 2005, Denúncia de Pétalas – Projeto Périplo Literário - Editora Letradágua – 2011, Fios de Agora – Apoio Editora de Textos – 2012, Dor de Passarinho – Editora Nova Letra – 2013, Sem pressa, vamos a biblioteca? – Editora Camus – 2014. 82

DUO MULHER

Rita de Cássia: A literatura é um rito de passagem: de palavra em palavra a arte literária constrói sua história. Somos o que compartilhamos: a leitura e a escrita, com suas diferentes ferramentas, nos permitem estar solitários e solidários com o texto coletivo. Participo de segmentos muito significativos em Joinville, e que se estendem em nível estadual e além-fronteiras: Confraria do Escritor; Associação das Letras; Instituto de Cultura e Educação, que organiza a Feira do Livro, em sua décima quinta edição este ano, e Academia de Artes e Letras de São Francisco do Sul. Dentre tantos parceiros, a Academia Joinvilense de Letras também cumpre seu papel agregador e há um significativo propósito em todos esses braços: o fomento ao desenvolvimento cultural, por meio de projetos e atividades criativas, produção, apoio e divulgação literária não somente em Joinville, mas em Santa Catarina e no Brasil. O que é ser mulher? Respondo com o abraço dos meus versos: Nome de mulher possui todos os aromas. Conjuga o buquê repleto de delicadezas. Calendários cabem em sua bolsa e nos instantes em que ela se recolhe: A fé sinaliza sua garra, seu ventre e a força que dela irradia. Como você vê o futuro da mulher e seu papel na evolução do mundo? Rita de Cássia: A mulher é proativa, revoluciona seu cotidiano nos pequenos detalhes e isso é atemporal. Seu papel dobra as intenções: é guerreira, audaz no que almeja. Somente uma escuta qualificada e uma visão ampliada de mundo, para dar conta dessas pequenas sutilezas e grandes exemplos que a mulher inspira, em constante evolução. ■


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ESTÉTICA

Muito além da aparência: Veja como os procedimentos estéticos influenciam na autoestima das mulheres.

POR EDNA CASTILHOS FOTO: BANCO DE IMAGENS

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ma pesquisa que usou como modelo um questionário da Organização Mundial de Saúde (OMS), mostrou como a aparência interfere nas relações sociais dos brasileiros. Depois de passarem por diferentes tratamentos estéticos, os voluntários que participaram do estudo, perceberam mudanças que foram além da aparência. Eles relataram melhora na qualidade do sono e até na vida sexual. De 116 pacientes entrevistados, 88% eram mulheres. A Duo traz exemplos de como cuidar da aparência deixa as mulheres mais confiantes e seguras. A administradora Samantha Medeiros, 23 anos, acredita que os tratamentos estão aí para ajudar, já que a maioria das pessoas não consegue um resultado imediato com dieta e treino, escolhe antes recorrer a uma cirurgia: os conhecidos procedimentos estéticos. Desde tirar uma mancha de pele, até algum tratamento para redução de peso. “Isso afeta em acreditar no próprio potencial, ser bem-sucedida e feliz em todos os campos da vida”, revela Samantha. Pensa assim também a doutora em Odontologia

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Raíssa Moxotó. Ela acredita que a estética está ligada diretamente à personalidade e o que queremos expressar sobre ela. É uma ferramenta importante para a autoestima e o desempenho pessoal. “Como nós somos nosso melhor cartão de visita, interfere sim! Atrai oportunidades profissionais, afetividade e bem-estar próprio”, garante Raíssa. Ela relata a própria experiência. Entre os procedimentos que fez, o que mais gostou foi biomodelação nasal com ácido hialurônico. “Eu tinha impressão que todos olhavam para meu nariz e isso me causava desconforto. Depois que passei a fazer esse procedimento, parei com essas ‘neuras’ e me senti mais segura e confiante”, declara. A esteticista Mary Iaczinski Francisco sugere que as pessoas busquem, antes de tudo, saber mais sobre as clínicas, procedimentos e as máquinas. “Os procedimentos estéticos estão relacionados diretamente a recuperar a autoestima, confiança, bem-estar e alegria das pessoas”, afirma Mary.■



SABORES

Quem faz a melhor comida do mundo? Pode ser até pão com o ovo, mas se for feito pelas mãos da nossa mãe, será a melhor comida do mundo! POR TATY FEUSER FOTOS BANCO DE IMAGENS E ARQUIVO PESSOAL

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la não precisa ser grande chef de cozinha ou ter curso de gastronomia pra fazer a melhor comida. É só dela aquele prato especial que alimenta e é reconfortante ao mesmo tempo. Por

Iára Lucia de Sá, 59 anos A comida da minha mãe é a melhor do mundo porque ela é a e inspiração e maior atrativo das reuniões entre as filhas e genros. Na hora que ela diz que terá no cardápio o frango com creme de milho ou o empadão de camarão, todos bloqueiam seus compromissos nas agendas para garantir que estarão lá para saborear as especialidades da dona Iára. Por Helena Cristina Guisasola, 37 anos – filha

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isso, a Duo traz nessa edição, uma matéria em forma de homenagem. Aos leitores que contribuíram, nosso muito obrigado! Se prepare para ficar com água na boca!


Maria Bernadete Silva, 63 anos

Lindamir Batista, 65 anos

Minha mãe é a melhor cozinheira do mundo porque ela simplesmente ama fazer comida pra família. Em diversos momentos foi o tempero dela que trouxe o sustento para a nossa família. Fazia marmitas para vender. A carne de panela dela é sem explicação. A farofa, então, eu como até pura! Mas ela faz o banquete completo: carne, farofa e os docinhos de sobremesa. Tem brigadeiro e beijinho de panela. Tudo delicioso! Minha mãe é demais! Uma super chef! Por Talita

A comida da minha mãe é a melhor do mundo, por que ela cozinha com amor e talento. Sua especialidade: macarrão de forno. Por Roberto dos Santos, 37 anos – filho

Anderson Oliveira, 32 anos - a filha mais orgulhosa

Marlene Rosa dos Santos, 81 anos A melhor comida é da minha mãe. Porque ela faz tudo com tanto prazer e amor para ver filhos, netos e bisnetos em volta da mesa saboreando seus deliciosos quitutes. Ela é a nossa rainha, uma mulher de mão cheia. Tudo que minha mãe faz é gostoso! Ela foi doceira por muitos anos. A torta de castanha dela é pra lá de especial! Por Alair Rosa Pavanello, 61 anos – filha

Ana Cristina Spyra, 60 anos A comida da minha mãe é a melhor do mundo porque ela tem o dom e muitos anos de experiência na cozinha profissional. Além do fato de fazer tudo com muito amor, o que eu creio que seja o principal tempero do sucesso. Meu prato favorito que ela faz é: rondelli de tomate seco ao molho rosê. Por Theóphilo Spyra, 34 anos – filho DUO MULHER

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SABORES Ursula Muller Wilke, 59 anos Comida de mãe é feita com amor e dedicação. É a comida que no remete aos momentos de felicidade, aconchego, colo, amor genuíno. Por trazer lembranças aconchegantes, amor, paz, felicidade, a comida da minha mãe é a melhor do mundo! O peixe de forno dela é pra lá de especial! Por Marileia Muller Wilke e Elviane Luana Wilke - filhas

Isolete Romilda Arndt, 56 anos A melhor comida do mundo é da minha sogra, porque ela faz com amor e sem esforço. Toda a família é simplesmente apaixonada pelos pratos. Pode ser um jantar pra muitas pessoas, ela dá conta com total destreza. Um em especial é o pato recheado que comi quando fui pela primeira vez na casa dela. Além de uma mão abençoada na cozinha, ela tem mãos de fada pra costura: fez o meu vestido de noiva, o da minha cunhada, daminhas e o os próprios vestidos para as duas festas de casamento. Minha sogra é um arraso dentro e fora da cozinha! Por Silvania Franzoi Arndt, 39 anos – nora

Laura Meireles Gomes Moura, 60 anos Primeiro de tudo, a feijoada da dona Laura serve tranquilamente para toda a família e a marmita para as próximas três semanas. Não somente a quantidade, mas todo o cuidado no preparo, várias etapas desde a madrugada do dia anterior até o saboroso momento do almoço em família e com aquele cheirinho irresistível. Ah! Mas não termina por aí, são pelo menos, sem exagerar, seis deliciosas sobremesas e sempre tendo a sua marca registrada: o famoso bolo de chocolate de dar água na boca de qualquer um! Por Suelen Sueli da Costa, 28 anos - nora

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Denise Silva, 54 anos

Alair Rosa Pavanello, 61 anos

Ela cozinha tudo muito bem! É difícil escolher um prato só. Eu não sou filha de sangue dela, mas de coração. A melhor comida do mundo ela quem sabe fazer, porque é como se fosse uma comida ‘persuasiva’. Ainda que você esteja de regime, não irá resistir e vai comer até o último pedaço ou colherada. O empadão dela é super especial! Por Fernanda

Ela é um arraso na cozinha! Quando elabora seus pratos é sinal de casa cheia e família reunida, com filhos, genro, noras, netos, cachorros e passarinhos. A melhor comida do mundo é da minha mãe porque tem um ingrediente especial, muito amor! Tudo que ela faz é especial, regado com muito carinho e felicidade. É difícil escolher um só prato, mas a família adora as sopas e feijoadas que ela faz. Estar com minha mãe e apreciar seus pratos sãos momentos especiais para mim e toda a família. Por Janaina Pavanello, 34 anos - filha

Andrade Amaral, 29 anos - filha postiça

Neuza Barbosa de Barros, 58 anos Minha mãe faz a melhor comida do mundo! Todos os filhos, sobrinhos, tios amam a comida dela. Quando ela chega à casa de alguém, já pedem pra ela cozinhar. E sinceramente falando, qualquer prato que a dona Neuza faça, fica melhor do que de qualquer restaurante. E não há um em especial, todos são especiais! Por Camila Barros - filha ■

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EXTRA

Mulheres atrás das grades: ELAS SÃO MÃES, ESPOSAS E FILHAS A Duo traz o relato de uma mulher que perdeu muito, mas ainda tem esperança de uma vida melhor. POR TATY FEUSER FOTOS BANCO DE IMAGENS

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o ano 2000, havia 5.601 mulheres presas no país. Em 2018, são 41.087 detentas. Um aumento de mais de 600%, segundo dados oficiais divulgados pelo Sistema Integrado de Informações Penitenciárias. Os crimes cometidos por 64% delas estão relacionados ao tráfico de drogas. Alzira Batista, 53 anos é parte dessa estatística. Ela é de Joinville, mora no bairro Nova Brasília e esteve presa entre os anos 2002 e 2004. Na época da prisão ela foi presa em flagrante com drogas. Conta que os entorpecentes eram do homem com quem ela se relacionava. Mas, quando a polícia apareceu na casa para fazer busca e apreensão, estavam no imóvel Alzira, a mãe, a avó e o 90

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filho dele. Havia haxixe, crack e maconha. Alzira assumiu a posse das drogas: “Não queria que as duas senhoras fossem presas. No interrogatório o juiz me deu três chances para dizer de quem era a droga. “Mas eu não o entreguei”, disse ela. Assim passou um ano, oito meses e 25 dias, presa. “Quem sofreu mais com a minha prisão foi a minha mãe. Eu era a companhia dela, sempre”, conta Alzira. Durante o tempo em que ficou detida, ela recebia a visita de uma sobrinha e do filho. “Cortei a visita da minha mãe na prisão. Eu não queria que ela passasse pela humilhação que é uma revista no presídio, ter que ficar sem roupa. Eu que errei, não ela”, admitiu.


A ROTINA NA PRISÃO Alzira conta que a cela com seis metros quadrados tinha três beliches, algumas mulheres precisavam dormir no chão. Era um ambiente sem privacidade. “O banheiro era um buraco no canto, dentro da própria cela e o chuveiro ficava nesse mesmo espaço”, lembra ela. Como tinha bom comportamento, passava o dia fora daquele cubículo. Alzira fazia faxina nos escritórios e na sala do diretor. Saia da cela às 7h da manhã e voltava às 20h, só para dormir. Também montava bolsas para lojas de Joinville. Elas chegavam semiprontas. As detentas colavam e colocavam as alças. “Minha pena reduziu, eu ainda ganhei um dinheirinho e assim o tempo passou mais rápido”, disse.

A VIDA FORA DO PRESÍDIO Ao deixar o presídio em 2004, Alzira se emocionou muito. Conta que voltou a morar com a mãe, com o filho e com o irmão deficiente. A mãe morreu no dia 29 de julho de 2011. E enquanto sofria com essa perda tinha que lidar com as dificuldades de ter um filho usuário de drogas. “Eu sofria muito na mão dele, a minha casa era um lixão, era uma bagunça. Ele quebrou as janelas, um dia colocou fogo no meu quarto pra poder entrar. Ele queria dinheiro, queria pegar as coisas para vender e poder comprar droga, me ameaçava, era um inferno”, relata.

dela no dia seguinte. Mas, às 5h me ligaram, dizendo que o meu filho havia matado meu marido a facadas. Foi uma tragédia”, relata. O filho ficou preso durante um mês. Voltou para a casa e com ele vieram os problemas relacionados ao uso de drogas. Há seis meses, Alzira que já não tinha esperanças na recuperação do filho, o perdeu de vez. Ele foi morto dia 1º de novembro de 2017 por arma de fogo dentro da casa dela. Tinha 24 anos. “Eu fui ao mercado aquele dia, ele estava dormindo quando eu saí. Ao retornar, encontrei ele no sofá. Achei que ainda dormia, mas daí vi uma poça de sangue no chão, toquei nele e vi que estava morto”, relembra.

Alzira teve quatro filhos do seu primeiro relacionamento. Duas moram no Rio de Janeiro. Outra no Bairro Rio Bonito, em Joinville e o filho que morava com ela. Depois que saiu da prisão arrumou outro companheiro, mas ele era alcoólatra. “Meu filho não gostava dele, eles viviam brigando”, desabafou. E o que ela não imaginava é que essa relação não ia terminar nada bem.

“Agora que eu estou sabendo o que é viver. Eu tive mais presa na mão do meu filho do que cadeia”, desabafa. E numa casa marcada por duas mortes violentas, Alzira seguiu a vida com o irmão. Mas, não por muito tempo. Poucos meses se passaram e ela teve que lidar com mais uma perda. O irmão foi atropelado no dia 28 de janeiro. Ele ficou acamado, precisava usar fraldas e de muitos cuidados. Devido à gravidade do quadro, ele não resistiu. No dia 15 de fevereiro morreu. “Meu irmão era muito carinhoso comigo, sinto muito a falta dele”, confessa ela.

O rapaz matou o padrasto no dia 5 de agosto de 2016. “Eu estava fora, dormi na casa da minha sobrinha para fazer faxina na casa

Depois de tantas tragédias, Alzira sonha em recomeçar a vida em outro lugar. A casa humilde onde viveu tanta dor está à venda. ■ DUO MULHER

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CASE DE SUCESSO

Virtuosa Conheça a história da mulher guiada por três “Fs”: fé, foco e força. POR EDNA CASTILHOS FOTOS ARQUIVO VIRTUOSA

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ma mulher que casou aos 16 anos, teve seu primeiro filho aos 18 anos e ficou viúva aos 20. Maio é um mês muito especial para ela, que acaba de inaugurar a sua primeira clínica de estética fora de Joinville. Comemora com essa conquista, nove anos de muita luta e dedicação. O nome dela é Marines Iaczinksi Francisco, 30 anos, proprietária da clínica de estética Virtuosa. Ao todo são quatro em Joinville, uma franquia em Jaraguá do Sul e emprega 80 pessoas. Mary, assim como é chamada por todos da

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DUO MULHER

cidade, conta que precisou se aprofundar nos estudos, logo após o falecimento do primeiro marido. Precisava seguir em frente, principalmente pelo seu filho Erick, que tinha dois anos. Ela estudava no período matutino e trabalhava numa central de cópias à tarde e à noite, até 22h. O negócio começou pequeno em 2009. Aos finais de semana e à noite, depois do expediente, Mary atendia em domicílio como esteticista: fazia limpeza de pele e massagem. Ela carregava todos os equipamentos necessários (maca desmontável e uma bolsa


cheia de produtos) de um lado para o outro. Com o passar do tempo o número de clientes só crescia. Então, saiu do trabalho que tinha na central de cópias para se dedicar ao seu sonho. Passou a atender em espaço próprio, no bairro Vila Nova, em Joinville e mantinha o atendimento em domicílio. Administrar o tempo no trabalho, continuar o aperfeiçoamento profissional e cuidar do filho Erick era um desafio. Mary comenta que muitas vezes precisou leválo, por não conseguir alguém para cuidar dele. Sorte que tinha um veículo próprio

para se locomover. Lembra com carinho do Celta vermelho que a levava lá e cá. Nesse ritmo Mary seguiu. Após três anos, ela conheceu Adriano Jorge Francisco, homem que se tornaria seu maior parceiro na vida e nos negócios. Ele trabalhava no ramo da ferramentaria. Adriano era um grande incentivador de Mary. Os dois se casaram. Ela abriu então, sua primeira clínica de estética. O local escolhido foi o bairro Guanabara. Na infraestrutura havia duas macas, dois puffs, um endermo (aparelho para estética) e DUO MULHER

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CASE DE SUCESSO

cremes. Trabalhava das 8h às 22h, todos os dias. O negócio prosperava. Como o número de clientes aumentava, ela precisou de um local maior para suprir a alta demanda, então inaugurou o novo espaço no bairro Itaum. Com uma fachada bonita, cinco macas, uma recepção e bastante trabalho, Mary conseguiu comprar o primeiro aparelho da clínica, um ultrassom. Atendia com apoio de uma auxiliar. O marido Adriano auxiliava na limpeza da clínica todos os dias depois do expediente. Mary é uma pessoa de muita fé. O nome da clínica tem inspiração bíblica, inclusive. Se encontra em Provérbios 31:10 “Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis.” Em um retiro que fez, promovido por sua igreja, Mary encontrou forças para seguir com seu sonho. “Deus estaria sempre comigo, ajudando a tornar minha empresa conhecida em toda Joinville”, conta ela satisfeita. “Parecia difícil porque tínhamos poucos recursos naquela época, mas confiei”, comenta impressionada, Mary. Além, da certeza de que toda a luta no 94

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“Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis”. (Provérbios 31:10) trabalho valeria a pena, depois do retiro, Mary descobriu que estava grávida do segundo filho. Pedro estava a caminho. “Trabalhei grávida até o último dia. O bebê nasceu e a clínica continuava a crescer, precisamos procurar outro local para atender as clientes”, relata a esteticista orgulhosa. A família se mudou então para o bairro Anita Garibaldi, próximo à rodoviária. “Ali meu sonho se concretizava. Montamos a clínica com uma bonita decoração e mais salas para atendimento”, lembra Mary. A família morava no piso superior e a clínica ficava embaixo. “Passamos por várias dificuldades e problemas, porém nossa confiança sempre esteve em Deus”, diz a esteticista. Quando o filho Pedro estava com dez meses, ela descobriu que estava grávida novamente. Parecia não ser o melhor momento. “Meu


mundo desmoronou”, recorda. Ela tinha acabado de adquirir mais um aparelho. Foi nessa época que Adriano decidiu deixar a ferramentaria para se dedicar à família e ajudar na clínica. “Trabalhávamos juntos e foi muito bom. Eu estava grávida, em nenhum momento tive preguiça de trabalhar. Atendia das 5h às 23h todos os dias, sábados, domingos, sem parar. Foi aí que começamos a crescer e conquistar novos clientes, por termos muitas indicações. Passei a ser conhecida como “a grávida”, relata Mary.

“Fizemos aquisições grandes, buscamos lançamentos, locação de aparelhos como o laser e criolipólise, sentimos que era hora de ampliar a clínica”, afirma Mary. Foi então, que surgiu a clínica do bairro Glória. “Fomos conhecer a casa me apaixonei, quando entrei eu disse: ‘Deus eu quero ela’, começamos a orar e as coisas começaram a dar certo, aí nos mudamos. Foi como se subíssemos uma escada. Crescemos muito, depois da nossa mudança para o Glória”, relata orgulhosa a esteticista.

Adriano começou a procurar novidades, fazia a recepção e cuidava do setor administrativo da clínica. A limpeza ainda ficava por conta do casal, mesmo tendo contratado duas funcionárias. De repente os nove meses se passaram e era hora da Raquel vir ao mundo. O ritmo de trabalho de Mary seguia o mesmo. Ela trabalhou até sábado. Raquel nasceu na segunda-feira. E quando a pequena completou dez dias, Mary voltou para a clínica. Foi um tempo de muitas novidades e crescimento.

A equipe era composta pelo casal e mais sete funcionárias. Pela primeira vez no quadro de colaboradores havia uma recepcionista. Mary e Adriano, juntos fizeram crescer cada vez mais a clínica. Após oito meses, ela ficou grávida da Sophia, mais uma vez a gravidez não a impediu de continuar ativa. A caçula nasceu. Depois de três dias do parto, Mary voltou ao trabalho. Quatro meses depois, mais uma clínica passou a fazer parte da Virtuosa, essa sediada no bairro Costa e Silva. DUO MULHER

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CASE DE SUCESSO

“Tudo isso devo a Deus, pois ele moveu nossa vida a conseguir tudo que temos hoje. Sou apaixonada pelo que faço e amo minhas clientes. Tenho muitas clientes que estão desde o meu início, quando atendia em domicílio”, comenta emocionada Mary.

RELATOS DE PESSOAS PRESENTES NA VIDA DE MARY Para a Pastora Fabiana Affonso, Mary se destaca por trabalhar sempre com muita fé e acreditar em Deus. “Mary não mede esforços para ajudar as pessoas. A clínica é a realização de um sonho de Deus e dela”, afirma. A Virtuosa não privilegia alguns. “Quando você olha para uma clínica de estética, você acha que só quem tem um poder aquisitivo elevado pode fazer um tratamento, mas na Virtuosa, Mary realiza os sonhos de todas as mulheres, ela trabalha com a autoestima de cada uma independente da condição”, diz a pastora. Ela ressalta ainda que Mary e Adriano oferecem oportunidades para os funcionários, abrem as portas para o desenvolvimento profissional de cada um. A colaboradora Izabela Karoline diz que a 96

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Mary é uma mulher guerreira que acreditou em seus sonhos e não mediu esforços para realizá-los. Ela lembra bem do dia em que a Mary contou que iria comprar uma nova clínica, a do Glória. “Nós comemoramos como duas crianças. Foi uma felicidade que é impossível medir”, diz empolgada. Para ela, a clínica representa um recomeço, onde recebeu várias oportunidades de crescimento profissional e conheceu pessoas maravilhosas que pretende levar para a vida toda. A cliente Luana Luiza Schaldag, 28 anos, diz convicta que Mary é uma das mulheres mais empreendedora de Joinville. Ela conta que acompanha a trajetória da esteticista desde que atendia em uma pequena sala e com poucos recursos. Trabalhava sozinha, tinha o filho pequeno e batalhava para crescer, se sustentar, fazia tudo com muito amor, sempre muito positiva. “Nunca ouvi ela reclamar de nada, sempre com a mão na massa. Sem dúvida, admiro demais ela e tudo que conquistou foi com muito esforço e sempre colocando Deus no seu caminho”, afirma a cliente. “É excelente. Eu sempre levo amigas para conhecer e elas se apaixonam. Eu adoro todos os procedimentos. Já fiz todos e ainda faço. Sou cliente de carteirinha. Realmente só tenho elogios a clínica e a pessoa humilde


Profissão: eu tenho muito amor pela minha profissão Fé: creio em Deus acima de tudo Família: presente de Deus Lazer: estar com meus filhos Livro: a Bíblia Viagem: Israel e abençoada que é a Mary”, completa ela.

Medo de algo: não tenho

A gerente, que é sua irmã, Patrícia Maria João Oszika, descreve Mary como uma mulher vencedora e guerreira. “Tenho muito orgulho de tê-la como irmã. O crescimento da clínica é o resultado de todo o esforço e comprometimento da Mary”, conclui Patrícia.

Um sonho: que os meus filhos deem sequência no caminho que eu os ensinei Mary por Mary: uma mulher guerreira que confia 100 % em Deus e nos planos dele

Por fim, não podia faltar o depoimento de Adriano Jorge Francisco, esposo de Mary e parceiro na clínica. Ele conta que a conheceu na igreja. Ela era tímida e reservada. Ao ver uma publicação dela numa rede social, Adriano encontrou o motivo perfeito para se aproximar. Falaram sobre um tratamento de pele, como seria e logo marcaram uma sessão

Filial I | Matriz

R. Evaristo Veiga, 485 Glória - Joinville/SC (47) 3029-3308 (47) 9 9283-5913

Filial II

R. Teresina, 115 Saguaçu - Joinville/SC (47) 3033-3333 (47) 9 9962-2737

para ele. Foram se conhecendo melhor e por fim, o que começou como um relacionamento profissional/cliente se tornou algo mais profundo. “A Mary é uma mulher muito linda, perfeita, com quem me realizo por completo, admiro muito sua garra e determinação diante de obstáculos. Uma mulher temente a Deus e com um coração maravilhoso. Foi através da estética que nos aproximamos e hoje somos parceiros também no trabalho. Sou muito grato a Deus por ela ser minha esposa”, completa Adriano. E para finalizar “Mary, eu te amo muito!”, declara o marido. ■

Filial III

R. Anita Garibaldi, 788 Anita Garibaldi - Joinville/SC (47) 3013-1848 (47) 9 9672-4761

Filial IV

R. Marquês de Olinda, 550 Costa e Silva - Joinville/SC (47) 3227-7511 (47) 9 9726-6446 DUO MULHER

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SOCIAL DUO Talk Show - Carmem Steffens A Revista Duo prestigiou um Talk Show oferecido para os clientes Carmem Steffens que foi um sucesso. Fotรณgrafa: Sabrina Klug Consultor de Relacionamento e imagem do evento: Lucas Pires.

Thaise Carvalho (gerente), Deisi Mara Zago (cliente), Lucas Pires.

Lucas Pires (consultor de relacionamento e imagem) e Alice Duwe (cliente). Lucas Pires, Alice Duwe, Scheila de Farias (consultora de moda).

Equipe Carmen Steffens.

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Alice Duwe e Lucas Pires.


Lucas Pires, Bruna Gonรงalves (consultora de moda), Cristiane Benvenutti (cliente), Thaise Carvalho.

Marjori Orbem (cliente)

Lucas Pires e Thaise Carvalho

Cristiane Benvenutti

Elieth Dambros (cliente)

Clientes recebendo um presente especial.

Clientes e Lucas Pires

Clientes Talk Show

Clientes Talk Show e equipe Carmen Steffens DUO MULHER

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SOCIAL FABÍOLA BERNARDES E-mail: fabiolacolunista@terra.com.br Site: www.fabiolabernardes.com.br Twitter: @FabiolaBernarde | Facebook: Fabíola Bernardes 1. Inauguração do novo espaço Perfil Hair

1.

Perfil Hair já existe há 6 anos com uma estrutura bem montada. Tivemos o prazer de estar presentes na inauguração do seu novo espaço, agora muito maior para receber seus clientes com mais conforto. Fotos: Claudio Verplotz 2. Palestra “Mulheres de Salto” na Grendelli Premium

Convidadas - Fotos Claudio Verplotz

A Grendelli Premium abriu suas portas para uma noite de conhecimento para as mulheres. Tivemos uma palestra sobre mulheres de salto alto com o fisioterapeuta Jonhy Jablonski, onde explicou os mitos e verdades sobre o uso de salto alto. A nova coleção da Grendelli Premium está maravilhosa e fazendo maior sucesso!

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Rosangela Silva e Fabiola Bernardes

Sandra Lima e Bruna Buzzi Strauhs Ferreira

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3.

Johny Jablonski

Jackson e Minéia Paul

3. Desfile Turma da Cuca Comemoração dos 20 anos de sucesso da Turma da Cuca com desfile de moda infantil e infanto-juvenil. Parabéns Minéia e Jackson! 4. Influenciadores do bem Entrega oficial do valor arrecadado no “Bazar Influenciadores do Bem” do Garten Shopping para comprar as televisões para os leitos infantis do Hospital Infantil de Joinville. Estou imensamente grata e honrada em fazer parte desse time. 5. Vip Day VR Collezioni na Expressiva Homem A Expressiva e a VR receberam clientes e amigos em um descontraído coquetel para o lançamento da nova coleção. Versátil e elegante, a coleção outono inverno 18 da VR Collezioni valoriza o homem contemporâneo sempre em movimento. Fotos: Adriano Bissoli

5.

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Digital Influencers

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Minéia Giacomelli Paul, Patricia G. Giacomelli, Clécio Giacomelli, Clarice Giacomelli R. da Silva e Luciana Giacomelli Nezzi


conforto

A sua nova referência em

2018

FORNECEDOR

A palavra aconchego ganha significados ainda mais intensos com o colchão Duetto. Nele, cada hora de sono transforma-se em uma experiência única e revigorante – em meio a um design feito para encantar.

LOJA 01: Rua Anita Garibaldi, 705 - Joinville/SC - (47) 3433.9724 LOJA 02: Rua 292, 306 - Itapema/SC - (47) 3360.9037 LOJA 03: Rua Max Colin, 143 - Joinville/SC - (47) 3432.7839


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Patricia G. Giacomelli, Beto Pimentel e Clécio Giacomelli

Irmãos Feitosa e Clécio Giacomelli

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Omar Ghanem Filho, Fabiola Bernardes e Regis Bessa - Foto Max Schwoelk

Gina e Adhemar Devienne Foto Max Schwoelk

Sandro Ferreira Guisso, Christiane Schramm e Clecio Giacomelli

6. Aniversariantes Parabéns aos nossos queridos amigos e amigas que trocaram de idade.

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7. Incentivadores da Leitura Mais uma grande etapa do projeto dos Incentivadores da Leitura concluído! Iniciamos agora o planejamento estratégico! Junte-se a nós. 6.

Aniversário de Seir Berto

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Aniversário da Cláudia Heinig

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Incentivadores da Leitura


Na hora de montar a casa nova tem que ter Flamingo.

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8. Lançamento Livro Mensagens da Alma

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Claudine Zattar, advogada e empresária lança seu livro “Mensagens da Alma” para um público enorme no Garten Shopping. A noite foi muito prestigiada por diversos amigos, familiares e principalmente pelas entidades beneficentes da cidade. O livro está supreendendo a todos por ter uma linguagem acessível e com temas importantes. Estamos muito felizes com o resultado do trabalho que surgiu com um quadro do Programa Fabiola Bernardes. Os livros “Mensagens da Alma” e “Doses Diárias – Mensagens da Alma” podem ser encontrados nas principais livrarias da cidade

Terezinha Ghanem Zattar, Donalda Kalef e Fabiola Bernardes - Foto Edson Scharf

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Jurema Melo, Cristina Tiergarten, Celina Gomes de Chiara, Mirian Anversi e Celestina Rocha - Foto Edson Scharf

Sarah Mello, Terezinha Ernst, Carmen Mello e Padre Ivam Francisco Macieski - Foto Edson Scharf

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Michelline Zambon e Claudine Zattar - Foto Edson Scharf

Claudine Zattar e Ludmila Vodianitskaia - Foto Edson Scharf

Mirele Gelbcke, Andreza Iolanda e Paulo Zattar Ribeiro - Foto Edson Scharf

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Jack Simoneia e equipe - Foto Edson Scharf

Bárbara Ziehmann, Maria Aparecida Castanho, Claudine Zattar, Donalda Kalef e Terezinha Ghanem Zattar - Foto Edson Scharf

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Arthur e Virginia Zattar Foto Edson Scharf

Claudine Zattar com Melissa e Sérgio Trauer - Foto Edson Scharf

Valquiria Yamashita e Rodrigo Coelho - Foto Edson Scharf

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Claudine Zattar e Gilda Balsini - Foto Edson Scharf

Claudine Zattar e Holoisa Schwartz - Foto Edson Scharf

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Claudine e Alfredo Zattar Foto Edson Scharf

Fabiola Bernardes @Fabiola Bernarde Fabiola Bernardes

Claudine Zattar, Padre Ivam Francisco Macieski e Fabiola Bernardes - Foto Edson Scharf

Claudine Zattar com Virginia Zattar - Foto Edson Scharf

Assista diariamente na TV da Cidade canal 20 da NET Segunda, terça e quinta - 00h30 e 21h Quarta - 00h30 e 20h Sexta - 00h30, 16h30 e 21h Sábado - 16h

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Fabiola Bernardes, Clarice Giacomelli da Silva, Adriane Borges e Ludmila Vodianitskaia - Foto Edson Scharf DUO MULHER

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Maio mês das mães com homenagem Samantha Teenkids

Fotos: Tiago Cazaniga

(47) 3027.3326 - 3028.3326 Rua Alexandre Dohler, 75 | Centro | Joinville/SC

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Vi tri ne Garten

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por dentro de tudo

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Garten Shopping.

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Tatiana Carvalho e o filho Rafae Vieram de Cocal do Sul curtir a

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Eliza Magrin - Digital Influencer, produtora de moda e personal s Curtindo as novidades da Jorge

Michelline Zambon, Marc Engler, Paula Góes e Paulo Mario Lopes Machado no Leilão AMA no Garten Lu Areias e Franciele Hoeckele


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TATY FEUSER

Mãe de

coração

U

m ventre vazio. Um coração partido. Mas, logo aquela menininha que adorava embalar e cuidar dos bebês das tias? Que sonhava em ter uma família grande, por quê? Recém-casada, cheia de planos, acabava de descobrir que seu útero jamais carregaria uma vida. Parecia um castigo! Só que Deus tinha para ela outros planos. Sim! Uma missão! Ela teria milhares de filhos. A bondade em seu coração a levava sempre ao encontro de famílias humildes. E nelas, crianças que precisavam de comida, roupinhas, o mínimo para terem uma chance na vida.

Primeiro foram ações individuais. Costurar roupinhas na própria casa. Encher o portamalas do carro de alimentos colhidos de porta em porta na vizinhança. Doar tudo para famílias carentes com bebês pequenos. O coração dela se preenchia. Ela ajudava a salvar vidas. Com o passar dos anos o movimento cresceu. Amigas se engajaram na mesma causa. Nascia o Mutirão do Amor. O nome não poderia ser diferente. Porque havia naquele coração um amor infinito por cada criança joinvilense que ela ajudava a se desenvolver. Mery Paul é o nome dela, 81 anos é sua idade, a vitalidade permanece. Em seus olhos se encontra aquela jovem que sonhou em ser mãe e que se tornou mãe. Não da maneira tradicional, mas de coração. ■

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Foto: Banco de Imagem e Arquivo Pessoal

Conheça a história de Mery Paul.



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