Os mortos de Penaguião na Grande Guerra - Homenagem

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D. Thedom e D. Rausendo - 1000 Annos de História e Estórias

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ARMISTÍCIO 100º ANIVERSÁRIO [MORTOS NA GRANDE GUERRA - ESTUDO] [EM HOMENAGEM AOS NOSSOS MORTOS]

Monteiro deQueiroz (ESTUDOS & RECOLHAS) Douro, Novembro de 2018 by Douro Sensibility - LUAgares D’Ouro - Notícias do Douro D. Thedom e D. Rausendo - 1000 Annos de História e Estórias

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PRIMEIRA GRANDE GUERRA MUNDIAL EM HOMENAGEM AOS NOSSOS MORTOS Passam a 11 de Novembro de 2018 100 anos do Armistício, a cerimóniatratado político obtido entre a vitoriosa França e a derrotada Alemanha que pôs fim à 1ª Grande Guerra Mundial e que assolou a nossa Europa para além de outros locais deste nosso planeta. O nosso país contribuiu para o esforço de guerra através do Corpo Expedicionário Português (CEP) e do Corpo de Artilharia Pesada Independente (CAPI) com milhares de soldados escolhidos entre os mais novos e valorosos membros do nosso laborioso povo português. O nosso povo chorou os seus mortos. Alguns valorosos cidadãos ainda os recordam. A grande maioria esqueceu-os ou simplesmente desconhecem que alguma vez existiram.

Lamego - Foto www.dourovalley.eu

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Em alguns lugares deste nosso país existem estátuas erigidas ao “soldado desconhecido”, placas colocadas em sítios nobres de edifícios a lembrar os seus mortos e locais nos cemitérios destinados aos nossos combatentes. Organismos oficiais, por vezes autárquicos, têm feito um trabalho de pesquisa identificando os seus mortos e organizando inclusivamente exposições sobre o assunto. Diversos Núcleos da Liga dos Combatentes espalhados pelo país têm feito um importante e meritório trabalho de estudo e pesquisa. Havendo dificuldade em estudar e organizar uma lista de militares falecidos na Grande Guerra naturais das Terras de Penaguião, é mesmo assim intenção fazê-lo pelo que será necessário trabalhar nesse sentido com algumas instituições e/ou pegar no trabalho já elaborado. Todos os contributos serão aceites e devidamente agradecidos. E para que os nossos antepassados, mortos ou sobreviventes da Grande Guerra, desta ou de outras, vítimas de desequilibrados que têm gerido este nosso mundo, deixem de ser ‘Soldados Desconhecidos’, agradecemos todos os vossos contributos.

***** LISTA DE MILITARES MORTOS NA GRANDE GUERRA JÁ IDENTIFICADOS

A NOSSA HOMENAGEM AD PERPETUAM REI MEMORIAM

MUNICÍPIO DE MESÃO FRIO Ao Soldado Desconhecido mesãofriense! [Em estudo…]

MUNICÍPIO DE SANTA MARTA DE PENAGUIÃO Ao Soldado Desconhecido penaguiota! [Em estudo…] 3

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MUNICÍPIO DE PESO DA RÉGUA Ao Soldado Desconhecido reguense, se ainda os houver! Aos Soldados Conhecidos reguenses! Em 9 de Abril de 1936 o Município do Peso da Régua, na presença de uma Delegação da Liga dos Combatentes da Grande Guerra - L.C.G.G. homenageou os seus mortos afixando uma placa em mármore junto à porta do edifício camarário. De tal placa constam os nossos valorosos “MORTOS PELA PÁTRIA”: Em África: ANTÓNIO GOUVEIA, de Loureiro; ARTUR TAVARES, de Poiares; CUSTÓDIO PEDROSA, da Régua; FRANCISCO R. FERREIRA, da Régua; JOAQUIM RODRIGUES, de Sedielos; JOSÉ LOURENÇO, de Fontelas; SIMEÃO O. MEIRELES, da Régua; Em França: VICENTE LOPES, de Poiares; ANTÓNIO MESQUITA, da Régua; DEMÉTRIO PEREIRA, de Moura Morta; FIRMINO DA SILVA, de Vinhós; JOÃO TIAGO, de Poiares; JOAQUIM RODRIGUES, de Loureiro.

DESCANSAI EM PAZ REQUIESCAT IN PACE NÓS, NÃO VOS ESQUECEREMOS! 4

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Placa colocada em 9 de Abril de 1936 no frontispício da Câmara Municipal do Peso da Régua com a presença de uma Delegação dos Combatentes da Grande Guerra – Foto MdQ

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100 anos depois HOMENAGEM AOS REGUENSES COMBATENTES NA I GUERRA MUNDIAL [A 9 de abril de 2018 - 100 anos após a batalha de La Lys, a Câmara Municipal do Peso da Régua cumpriu o dever de homenagear os cerca de trezentos reguenses que combateram na I Guerra Mundial. Após a visita ao cemitério do Peso, onde o Arcipreste Luís Marçal evocou a memória dos reguenses combatentes na I Grande Guerra, teve lugar a cerimónia militar na Praça do Município, com a presença de militares do Centro de Tropas e Operações Especiais, de Lamego. José Manuel Gonçalves, Presidente da Câmara Municipal do Peso da Régua, sublinha a importância de homenagear os que nos precederam, num ato de justiça pela importância do seu contributo, não só para a consolidação da identidade de Peso da Régua, mas, neste caso em particular, de toda a Nação. A batalha de La Lys deixou no povo português a evidência do sofrimento vivido nas trincheiras, o horror dos ataques com gases tóxicos e as marcas físicas de toda a violência. Portugal contou 600 mortos, 1500 feridos e 6 mil prisioneiros. Em memória de todos, dezenas de reguenses participaram na homenagem promovida pela Câmara Municipal do Peso da Régua.] (transcrição)

Consultado e recolhido em www.cm-pesoregua.pt, [10nov2018] 6

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Fotos: NET 7

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RECOLHAS EFECTUADAS

AD PERPETUAM REI MEMORIAM

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DIA DO ARMISTÍCIO

[O Dia do Armistício é uma comemoração do fim simbólico da Primeira Guerra Mundial em 11 de Novembro de 1918. A data comemora o Armistício de Compiègne, assinado entre os Aliados e o Império Alemão em Compiègne, na França, pelo fim das hostilidades na Frente Ocidental, o qual teve efeito às 11 horas da manhã - a "undécima hora do undécimo dia do undécimo mês". Apesar de esta data oficial ter marcado o fim da guerra, reflectindo no cessar-fogo na Frente Ocidental, as hostilidades continuaram em outras regiões, especialmente por entre o Império Russo e partes do antigo Império Otomano.] Consultado e recolhido em www.wikipedia.org, [11nov2018]; Fotos da Net

Imagem da Liga dos Combatentes, [11nov2018] 9

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CEMITÉRIO MILITAR PORTUGUÊS DE RICHEBOURG [O cemitério militar português de Richebourg é um cemitério militar da Primeira Guerra Mundial, localizado no território do município de Richebourg, no departamento francês de Pas-de-Calais. É o único cemitério militar exclusivamente português em França. O cemitério é um dos "locais funerários e memoriais da Primeira Guerra Mundial (Frente Ocidental)" que integraram, em Abril de 2014, a lista indicativa de França para futuras candidaturas a património da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. O cemitério, juntamente com a fronteira Capela de Nossa Senhora de Fátima, em Lorgies, está em sétimo lugar da lista, que integra oitenta locais. História Em 1916, Portugal entra na Primeira Guerra Mundial. É formado o Corpo Expedicionário Português, com 56.500 efectivos, chegando a França a 2 de Fevereiro de 1917, e logo colocado sob comando britânico. A partir de Maio de 1917, estas tropas ocupam uma área perto de Neuve-Chapelle de Saint-Venant, onde estava situado o estado-maior. Embora as forças portuguesas tenham sido dispensadas a 9 de Abril de 1918, viriam a sofrer muitas perdas ao enfrentar a ofensiva alemã durante a batalha de La Lys. A 10 de Novembro de 1928, França e Portugal inauguraram solenemente um memorial, localizado ao fundo do cemitério. História do cemitério No cemitério de Richebourg reuniram-se, entre 1924 e 1938, 1 831 corpos provenientes de vários cemitérios em França: Le Touret, Ambleteuse, Brest, e Tournai, na Bélgica, assim como dos prisioneiros de guerra mortos na Alemanha. Com cerca de 1.500 sepulturas já identificadas no cemitério, o cônsul português em Arras, M. Lantoine, executou melhoramentos no local, após 13 de Fevereiro de 1935, fazendo levantar uma parede para o delimitar, assim como uma porta monumental construída com materiais provenientes de Portugal. Faz igualmente sepultar neste cemitério os corpos dos soldados portugueses que morreram em combate, então espalhados por vários cemitérios franceses. Ao todo, encontram-se 1.831 corpos neste cemitério, o único existente em França. Atualmente 238 sepulturas permanecem por identificar. O cemitério foi visitado pelos presidentes da República Portuguesa, Jorge Sampaio, em 2004, e Marcelo Rebelo de Sousa, em Junho de 2016. No aniversário do centenário da Batalha de La Lys (dia 9 de Abril de 1918), o cemitério voltou a receber a visita do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa e Emmanuel Macron, bem como o primeiro-ministro, António Costa. Perto do cemitério Capela de Nossa Senhora de Fátima Em frente ao cemitério foi construída em 1976, a Capela de Nossa Senhora de Fátima, para perpetuar a memória dos soldados que sofreram na ofensiva alemã de Abril de 1918. Monumento de La Couture La Couture - Monumento aos soldados portugueses Em La Couture, onde os soldados portugueses resistiram bravamente à ofensiva alemã, a Associação France-Portugal fez levantar um monumento dedicado aos soldados do Corpo Expedicionário Português. O Cristo das Trincheiras, com o seu calvário mutilado por 10

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obuses, recolhidos pelos soldados portugueses, foi reedificado em Neuve-Chapelle, após a guerra. O monumento, de pedra e bronze, obra do escultor António Teixeira Lopes, foi erguido por trabalhadores lusófonos. Numa secção de uma igreja gótica arruinada pela guerra, uma alegoria da Pátria, empunhando a espada de Nuno Álvares Pereira o Condestável de Portugal cuja vitória em Aljubarrota sobre os espanhóis, em 1385, permitiu a Portugal manter a sua independência, vem em auxílio de um soldado de infantaria português que, com golpes de cruz, está tentando vencer a Morte. A primeira pedra do monumento foi lançada a 11 de Novembro de 1923, na presença de marechal Joffre. A inauguração ocorreu a 10 de Novembro de 1928.] Consultado e recolhido em www. pt.wikipedia.org, [04nov2018]

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CERIMÓNIA MILITAR | EVOCATIVA DO FIM DA GRANDE GUERRA 04nov2018

[Quando passam cem anos sobre o fim do conflito da 1ª Guerra Mundial, conflito que foi penosamente longo e militarmente mortífero, as Forças Armadas, evocando o Centenário do Armistício, prestam homenagem a todos os portugueses que se bateram nos campos de batalha de África e da Europa, na defesa da sua Pátria, sendo que sobre todos se levanta a memória daqueles que caíram e deram a vida por Portugal. Este momento pretende não só honrar a memória de todos os mortos no cumprimento do dever, mas também homenagear a paz e a entrega de tantos que, pela sua doação, contribuíram e contribuem todos os dias para a edificação da paz, da segurança e da liberdade e da coesão nacional. Com este objectivo, antigos combatentes, militares dos três ramos das Forças Armadas, a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública, reúnem-se numa grande parada militar no próximo dia 4 de Novembro, às 11h00, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.] (transcrição) Consultado e recolhido em www.emgfa.pt, [04nov2018] ESTADO-MAIOR-GENERAL DAS FORÇAS ARMADAS

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PROGRAMA DA CERIMÓNIA [10h10: Formatura pronta 11h00: Chegada da Entidade que preside à cerimónia; Honras Militares; Revista às Forças em parada. 11h10: Homenagem aos Militares Mortos em campanha (Deposição de coroa flores no Monumento aos militares mortos na Grande Guerra e passagem de aeronaves) 11h35: Imposição de condecorações aos Estandartes dos Ramos 12h00: Início do desfile Em Agosto de 1914 os poderes europeus lançaram-se num conflito armado de enormes dimensões, que se prolongou até Novembro de 1918. Além de defenderam o Continente e as Ilhas Atlânticas, os soldados portugueses estiveram presentes na frente de Angola, em 1914-1915; em Moçambique, entre 1914 e 1918; e em França, em 1917 e 1918.

Corpo Expedicionário Português (CEP) marcha em treinos militares Pela primeira vez a guerra assumiu uma dimensão global e total ficando por isso conhecida até aos nossos dias pela "Grande Guerra", tendo Portugal participado com cerca de 100.000 homens. Na memória de todos estão os 7.492 homens que tombaram pela Pátria. um verdadeiro sacrifício para a Nação. A nossa participação na Grande Guerra foi sem margem para dúvidas um hino ao sacrifício, ao patriotismo, à vontade de uma Nação e de um povo que, como sempre aconteceu ao longo da nossa história, nunca voltou as costas à adversidade. 13

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A Grande Guerra teve importante significado na história contemporânea portuguesa, com reflexos sociais que excederam largamente o campo militar.

Corpo Expedicionário Português (CEP) entrincheirado durante a Grande Guerra

Corpo Expedicionário Português (CEP) no desfile da vitória em Paris

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Entre o Marquês de Pombal e os Restauradores, mas também a partir do ar e no rio Tejo, saiba o que vai acontecer no domingo de 4 de Novembro, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.] (transcrição) Consultado e recolhido em www.emgfa.pt, [04nov2018] ESTADO-MAIOR-GENERAL DAS FORÇAS ARMADAS

***** INSTRUMENTOS DE PESQUISA Recursos de consulta online www.wikipedia.org www.emgfa.pt www.ligacombatentes.org.pt www.cm-pesoregua.pt

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Versão 01.2018.02 ***** Penaguião, 11.de Novembro de 2018

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