Conselho Editorial Diretor:
Pon
Prof. Dr. Marcio Neres dos Santos cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Brasil
Profa. Dra. Lisnéia Fabiani Bock Centro Universitário Metodista IPA, Porto Alegre. Brasil Profa. Dra. Maria Ribeiro Lacerda Universidade Federal do Paraná. Brasil
Cuidados de Enfermagem em Neonatologia Regina Gema Santini Costenaro Darci Aparecida Martins Corrêa Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato Organizadoras
1a edição – 2017 Porto Alegre – RS
Os autores e a editora se empenharam para dar os devidos créditos e citar adequadamente a todos os detentores de direitos autorais de qualquer material u lizado neste livro, dispondo-se a possíveis acertos posteriores, caso, involuntária e inadver damente, a iden ficação de algum deles tenha sido omi da. Todas as fotos que ilustram o livro foram autorizadas para publicação e uso cien fico pelos pacientes e/ou familiares na forma de consen mento livre e informado, seguindo as normas preconizadas pela resolução 196 / 96, do Conselho Nacional de Saúde. Diagramação e capa: Formato Artes Gráficas Revisão de Português: Annelise Silva da Rocha Imagem da capa : Shu erstock ID 80732239
1ª Edição – 2017 Todos os direitos de reprodução reservados para MORIÁ EDITORA LTDA. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, em quaisquer formas ou por quaisquer meios (mecânico, eletrônico, fotocópia, gravação, distribuição pela internet ou outros), sem permissão, por escrito, da MORIÁ EDITORA LTDA. Endereço para correspondência: Av do Forte, 1573 Caixa Postal 21603 Vila Ipiranga – Porto Alegre /RS CEP: 91.360-970 – Tel:51.98604.3597/99116.9298 moriaeditora@gmail.com www.moriaeditora.com.br Dados Internacionais para Catalogação na Publicação CIP C966
Cuidados de enfermagem em neonatologia / Organizadoras: Regina Gema San ni Costenaro, Darci Aparecida Mar ns Corrêa, Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato. – Porto Alegre: Moriá, 2017. 615 p. : il. ISBN 978-85-99238-25-7 1. Cuidados de enfermagem 2. Neonatologia I. Costenaro, Regina Gema San ni II. Corrêa, Darci Aparecida Mar ns III. Ichisato, Sueli Mutsumi Tsukuda NLM WY157.3 Catalogação na fonte: Rubens da Costa Silva Filho – CRB10/1761
Autores
ORGANIZADORAS Regina Gema San ni Costenaro Enfermeira. Doutora em enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Docente do curso de graduação em enfermagem e dos programas de pós-graduação mestrado profissional em enfermagem materno infan l e no programa de residência em enfermagem obstétrica do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria/RS. Líder do grupo interdisciplinar de pesquisa em saúde (GIPES). Darci Aparecida Mar ns Corrêa Enfermeira. Doutora em ciências da religião pela Universidade metodista de São Paulo (UMESP) SP. Professora associada do departamento de enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Coordenadora do projeto mãe canguru do Hospital Universitário Regional de Maringá (HURM), PR. Coordenadora do curso de especialização em neonatologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato Enfermeira. Doutora em saúde pública pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.(EERP/USP). Especialista em neonatologia pela Sociedade Brasileira de Enfermeiros Pediatras(SOBEP). Professora associada do departamento de enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR.
Gema San ni Costenaro, Darci Aparecida Mar ns Corrêa, vi Regina Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato (Orgs.)
AUTORES Aldenisia Bento de Freitas Giovanni Enfermeira. Especialista em enfermagem neonatal. Coordenadora do curso técnico em enfermagem do Colégio Estadual Santa Maria Gore . Atua como enfermeira assistencial no Hospital e Maternidade Santa Rita de Maringá/PR. Alessandra Marin San ni Enfermeira. Mestranda no programa de pós-graduação e mestrado profissional em saúde materno infan l no Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria/RS. Enfermeira assistencial da unidade de terapia intensiva pediátrica do Hospital Universitário de Santa Maria – Universidade Federal de Santa Maria (HUSM/UFSM), RS. Alexandre Antônio Naujorks Médico cardiologista. Doutor em ciência médicas-cardiologia. Mestre em pediatria pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), RS. Especialista em cardiologia-ecocardiografia e ecografia vascular. Médico cardiologista do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Maria – Universidade Federal de Santa Maria (HUSM/UFSM), RS. Professor adjunto do curso de graduação em medicina e no programa de pós-graduação – mestrado profissional em saúde materno infan l do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria (UNIFRA), RS. Aline Alves Veleda Enfermeira. Doutora em enfermagem. Docente da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS. Aline Aparecida da Silva Piero o Enfermeira. Mestre em saúde da criança, pós-graduada em enfermagem materno infan l, professora de saúde da criança e do adolescente na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), RS. Coordenadora do curso de graduação em enfermagem da UNISINOS. Aline Carla Hennemann Enfermeira. Especialista na área materno infan l pelo Ins tuto de Ensino e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento (IEP/HMV), RS. Mestre em pediatria e saúde da criança pela Pon cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC /RS). Vice-presidente execu va da Associação Brasileira de pais e bebês prematuros – ONG Prematuridade.com Aliny de Lima Santos Enfermeira. Mestre e doutora em enfermagem pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Professora do curso de medicina do Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR), PR. Membro do núcleo de estudos, pesquisa, assistência e apoio à família (NEPAAF).
Cuidados de Enfermagem em Neonatologia vii Aline Medianeira Gomes Correa Enfermeira assistencial na unidade de terapia intensiva pediátrica no Hospital Universitário de Santa Maria – Universidade Federal de Santa Maria (HUSM/UFSM), RS. Amanda Ber Enfermeira. Especialista em terapia intensiva neonatal pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Enfermeira do Hospital Paraná, Maringá/PR. Amélia Natália Marques Ceren ni Enfermeira. Mestre em desenvolvimento regional pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), RS. Especialista em enfermagem neonatal e administração hospitalar. Coordenadora e docente do curso de enfermagem da UNISC. Ana Carolina Terrazzan Nutricionista. Especialista em nutrição materno infan l pelo Ins tuto de Ensino e Pesquisa – Hospital Moinhos de Vento (IEP/MV), Porto Alegre/RS. Mestre e doutoranda em saúde da criança e do adolescente pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), RS. Ana Claudia Vieira Doutora em saúde da criança pela Pon cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS). Mestre em enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora associada da universidade de enfermagem da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), RS. Bolsista CAPES de pós-doutorado na University of O awa, Faculty of Health Science and School of Nursing. Ana Lúcia de Lourenzi Bonilha Enfermeira. Doutora em enfermagem pela Universidade de São Paulo (USP), SP. Professora tular do departamento de enfermagem materno infan l da escola de enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em enfermagem obstétrica, pediatria e pediatria social. Ana Paula Vilcinski Oliva Enfermeira. Professora associada e coordenadora do departamento de enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Anaelí Brandelli Peruzzo Enfermeira. Especialista em enfermagem em estomaterapia pela Universidade do Vale Rio dos Sinos (UNISINOS), RS. Coordenadora da comissão de pele do Hospital Nossa Senhora do Conceição – Grupo Hospitalar Conceição (HNSC/GHC/MS), RS. Andressa Mar ns Dias Ferreira Enfermeira. Especialista em gerência de serviços de enfermagem. Mestranda em enfermagem pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR.
Gema San ni Costenaro, Darci Aparecida Mar ns Corrêa, viii Regina Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato (Orgs.)
Ariane Pereira Enfermeira. Coordenadora na unidade de terapia intensiva neonatal e pediátrica do Hospital e Maternidade Santa Rita Saúde, Maringá/PR. Bibiana Sales Antunes Enfermeira. Mestre em enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), RS. Docente do curso de graduação em enfermagem, medicina e odontologia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria RS. Bruna Carvalho Regolin Enfermeira. Especialista em unidade de terapia intensiva neonatal pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Bruna Dedavid Da Rocha Enfermeira. Residência em enfermagem obstétrica pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), RS. Mestranda em saúde materno Infan l pela UNIFRA. Camila da Silva Marques Badaró Enfermeira. Mestranda em enfermagem do programa de pós-graduação em enfermagem pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), MG. Camila Lehnhart Vargas Nutricionista. Especialista em nutrição clínica pelo Colégio Brasileiro de Estudos Sistêmicos (CBES), Porto Alegre/RS. Mestre e doutoranda em distúrbios da comunicação humana pela Universidade Federal de Santa Maria, (UFSM), RS. Docente do curso de nutrição da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), Ijuí/ RS. Carine Alves Gomes Enfermeira. Responsável pelo controle de infecção hospitalar e pela unidade de pronto atendimento e educação permanente do Hospital Casa de Saúde (HCS), Santa Maria/RS. Especialista em pediatria e neonatologia. Mestranda em saúde materno infantil do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria (UNIFRA), RS. Cecília Drebes Pedron Enfermeira. Doutora em enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora adjunta do curso de enfermagem da Universidade Luterana do Brasil – Campus Gravataí (Ulbra), RS. Mestre em enfermagem pela Escola de Enfermagem da UFRGS. Especialista em docência em saúde pela UFRGS. Cín a Vanuza de Souza Nascimento Gonza Enfermeira. Atua na unidade de terapia intensiva pediátrica do Hospital Universitário de Santa Maria – Universidade Federal de Santa Maria, (HUSM/UFSM), RS.
Cuidados de Enfermagem em Neonatologia ix Cléia Aparecida Macente de Abreu Enfermeira. Especialista em saúde da família. Atua como enfermeira assistencial da unidade de terapia intensiva neonatal do Hospital Universitário Regional de Maringá/PR. Cris ane Raupp Nunes Enfermeira. Especialista em enfermagem obstétrica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), RS. Especialista em enfermagem neonatal pelo Centro Educacional São Camilo (CESC), RS. Mestre em enfermagem pela UFRGS. Doutoranda em saúde da criança e do adolescente pela UFRGS. Enfermeira assistencial na unidade de terapia intensiva neonatal do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. Daniela Oliveira Teixeira Medica. Docente no curso de medicina do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) Santa Maria, RS. Medica neurorradiologista no Hospital de Caridade Dr Astrogildo de Azevedo (HCAA) e do Hospital Universitário – Universidade Federal de Santa Maria, (HUSM/UFSM), RS. Débora Fernandes Coelho Enfermeira. Docente da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Deliane Vilela de Oliveira Enfermeira. Mestre em enfermagem pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), MG. Especialista em gestão em enfermagem pela Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP), SP. Atua como enfermeira assistencial na unidade de terapia intensiva neonatal do Hospital Dr. João Penido da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Rede FEHMIG). Denise Harrison Enfermeira. Professora assistente na Faculdade de Ciências da Saúde – Universidade de O awa e no Children’s Hospital of Eastern Ontario (CHEO), O awa / Canadá. Murdoch Children’s Research Ins tute e da universidade de Melborne, Victoria / Austrália. Denise Suguitani Nutricionista. Mestre em nutrição clínica pela Universidade de Surrey, Inglaterra. Fundadora e diretora execu va da Associação Brasileira de pais e bebês prematuros – ONG Prematuridade.com Diani de Oliveira Machado Enfermeira. Mestre em enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua como enfermeira da comissão de pele do Hospital Nossa Senhora da Conceição – Grupo Hospitalar Conceição (HNSC/GHC/MS), RS.
Gema San ni Costenaro, Darci Aparecida Mar ns Corrêa, x Regina Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato (Orgs.)
Edson Roberto Arpini Miguel Médico. Intensivista pediátrico e neonatal pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação de Medicina Intensiva Brasileira (SPB/AMIB). Mestre em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Docente do curso de medicina Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Elaine Cris na Cremon Enfermeira. Pós-graduanda em enfermagem em neonatologia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Atua como enfermeira nível V na unidade neonatal do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Maringá, PR. Eloa Silvestre Reis Enfermeira. Especialista em terapia intensiva pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), RS. Atua na unidade de terapia intensiva pediátrica do Hospital Universitário de Santa Maria – Universidade Federal de Santa Maria, (HUSM/UFSM), RS. Fábio Massai Tokunaga Médico. Residência em o almologia pelo Hospital das Clinicas da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (USP), SP. Membro tular da Sociedade Europeia de especialistas em re na. Professor do departamento de o almologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Pós- graduando nível doutorado pela faculdade de medicina da universidade de São Paulo (FMUSP), SP. Franceliane Jobim Benede Nutricionista. Mestre e Doutora em saúde da criança e do adolescente pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), RS. Docente do curso de nutrição e do mestrado profissional materno infan l do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria/ RS. Franciane Vilela Réche da Mo a Enfermeira. Pós-graduada na modalidade de Residência em saúde do adulto pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Pós-graduanda Strictu Sensu na UFJF. Fernanda Portela Pereira Enfermeira. Mestranda em enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), RS. Especialista em gestão e atenção hospitalar em sistema público de saúde pela UFSM. Atua na unidade de terapia intensiva pediátrica do Hospital Universitário de Santa Maria – Universidade Federal de Santa Maria, (HUSM/UFSM), RS. Gilmar Rabat Enfermeiro. Especialista em enfermagem do trabalho, oncologia clínica e obstetrícia. Licenciatura plena em enfermagem. Atua na unidade de terapia intensiva pediátrica do Hospital Universitário de Santa Maria – Universidade Federal de Santa Maria, (HUSM/UFSM), RS.
Cuidados de Enfermagem em Neonatologia xi Hedi Crecência Heckler de Siqueira Enfermeira. Doutora em enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Docente do programa de pós-graduação mestrado e doutorado em enfermagem da Universidade do Rio Grande (FURG), RS. Docente do programa de mestrado profissional em saúde materno infan l do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), RS. Professora Emérita da FURG/RS. Membro líder do Grupo de Estudo e Pesquisa (GEPS). Hilda Maria Barbosa de Freitas Enfermeira. Doutora em enfermagem pela Universidade Federal do estado de São Paulo (UNIFESP), SP. Atua como enfermeira assistencial na unidade de terapia intensiva pediátrica do Hospital Universitário de Santa Maria – Universidade Federal de Santa Maria, (HUSM/UFSM), RS. Ieda Harumi Higarashi Enfermeira. Doutora em educação. Docente do departamento de enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Coordenadora do programa de pós-graduação em enfermagem da UEM. Ingre Paz Enfermeira. Docente do curso de enfermagem da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), RS. Mestre em educação. Especialista em terapia intensiva pela UNISC. Jean Pierre Paraboni Ilha Médico. Especialista em pediatria pela Pon cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Chefe e médico intensivista na unidade de terapia intensiva pediátrica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Maria (HUSM-UFSM), RS e do Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo (HCAA), Santa Maria/RS. Mestrando no programa de pós-graduação mestrado profissional em saúde materno infan l do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria/RS. Jéssica Machado Teles Enfermeira Obstetra. Mestre em enfermagem pela escola de enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutoranda em enfermagem da UFRGS. Josefa Rafaela Fernandes de Lima Enfermeira. Atua na unidade de terapia intensiva neonatal e pediátrica do Hospital e Maternidade Santa Rita Saúde, Maringá – PR. Josiane Lieberknecht Wathier Abaid Psicóloga. Doutora em psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), RS. Docente do curso de psicologia e do mestrado profissional em saúde materno infan l do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), RS.
Gema San ni Costenaro, Darci Aparecida Mar ns Corrêa, xii Regina Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato (Orgs.)
Jucélia Lins dos Santos Oliveira Enfermeira. Atua da unidade de terapia intensiva neonatal do Hospital Universitário Regional de Maringá/PR. Juliana Silveira Bordignon Enfermeira. Mestranda do programa de pós-graduação mestrado profissional em saúde materno infan l do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), RS. Juliane Ayres Baena Enfermeira. Especialista em enfermagem neonatal. Mestranda pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Ka a Renata Antunes Kochla Enfermeira. Doutora em enfermagem. Especialista em magistério superior e saúde cole va. Diretora do departamento de urgência e emergência da Prefeitura Municipal de Araucária/PR. Coordenadora do curso de enfermagem e professora tular da Universidade Posi vo (UP), PR. Integrante do núcleo de estudos cuidado e ensino em saúde (NECES – UP), PR. Ka a Cris na Andrade Dias Enfermeira. Especialista em terapia intensiva neonatal e pediátrica pela Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, e em enfermagem obstétrica pela IESP. Kelly Dayane Stochero Velozo Enfermeira. Doutoranda em ciências médicas – pediatria. Professora assistente da Faculdade de Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição (FAENFI) da Pon cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Enfermeira do serviço materno infanl do Hospital Moinhos de Vento (HMV), RS. Larissa Carolina Segan ni Felipin Enfermeira. Mestranda em enfermagem pela Universidade Estadual de Maringá/ PR (UEM). Lenise Dutra da Silva Acadêmica do curso de graduação em enfermagem do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), RS. Membro do grupo interdisciplinar de pesquisa em saúde (GIPES/UNIFRA), RS. Ligia Luciene Sbizera Enfermeira. Especialista em saúde cole va/educação para saúde em enfermagem. Atua na unidade de terapia intensiva neonatal do Hospital Universitário Regional de Maringá, PR.
Cuidados de Enfermagem em Neonatologia xiii Ligia Regina Pe m de Oliveira Psicóloga pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), RS. Luciane Favero Enfermeira. Doutora em enfermagem. Especialista em enfermagem neonatal e pediátrica com ênfase em terapia intensiva. Professora tular da Universidade Posi vo (UP), PR. Vice-líder do núcleo de estudos cuidado e ensino em saúde (NECES – UP), PR. Luiz Alexandre Marquez Wiirzler Farmacêu co. Especialista em farmacologia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Doutor em ciências farmacêu cas pela UEM. Pós-doutorando em ciências farmacêu cas CAPES/UEM. Marcio Neres dos Santos Enfermeiro. Doutor em biologia celular e molecular. Professor adjunto da Faculdade de Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição (FAENFI) da Pon cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Enfermeiro emergencista do serviço de emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Grupo Hospitalar Conceição (HNSC/GHC/MS), RS. Maria Cris na Lore Schilling Enfermeira. Doutoranda em comunicação social. Professora adjunta da Faculdade de Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição (FAENFI) da Pon cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Coordenadora do curso de especialização em prá ca em terapia intensiva do Hospital São Lucas da PUCRS. Maria Cris ana Pereira Farias Pinto Enfermeira. Especialista em viabilidade tecidual e tratamento de feridas. Mestre em enfermagem pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Docente da Faculdade Ingá-Uningá, PR. Coordenadora de enfermagem da unidade de terapia intensiva neonatal no Hospital Universitário Regional de Maringá, PR. Maria Luiza Guzzo Vist Enfermeira. Especialista em urgência e emergência pelo Ins tuto Brasileiro de Pósgraduação e Extensão (IBPE) e em saúde e educação pela escola nacional de saúde Sergio Arouca. Atua como enfermeira assistencial do Hospital da Criança Conceição, Grupo Hospitalar Conceição (HNSC/GHC/MS), RS. Maria Vitória Hoffmann Enfermeira. Doutora em enfermagem. Professora do departamento de enfermagem materno infan l e saúde pública da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais (UFJF/MG).
Gema San ni Costenaro, Darci Aparecida Mar ns Corrêa, xiv Regina Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato (Orgs.)
Mariana Bueno Enfermeira. Especialista em enfermagem neonatal. Mestre e Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP), SP. Professora Doutora do departamento de enfermagem materno infan l e psiquiátrica da EEUSP. Marilaini Vizioli de Castro Enfermeira. Atua como enfermeira assistencial na unidade de terapia intensiva neonatal e pediátrica do Hospital Metropolitano de Sarandi/PR. Marli Aparecida Joaquim Balan Enfermeira. Especialista em tratamento de feridas e estomatoterapia. Mestre em enfermagem pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Diretora de enfermagem do Hospital Universitário Regional de Maringá/PR. Martha Luisa Rauber Enfermeira. Especialista em enfermagem neonatal pela Escola de Saúde Publica do Rio Grande do Sul (ESP/RS). Atua como enfermeira assistencial do Hospital da Criança Conceição – Grupo Hospitalar Conceição (HNSC/GHC/MS), RS. Melani Cris ne Zafonato Enfermeira. Atua na unidade de terapia intensiva neonatal do Hospital Universitário Regional de Maringá/PR. Meliana Gisleine de Paula Enfermeira. Atua na unidade de terapia intensiva neonatal do Hospital Universitário Regional de Maringá/PR. Nataly Barbosa Alves Borghesan Enfermeira. Mestre em enfermagem pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Natalina Maria da Rosa Enfermeira. Mestre em enfermagem pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Nilda Emiko Nozaki Israel Fisioterapeuta. Mestre em ciências da saúde pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Atua na unidade de terapia intensiva neonatal e pediátrica do Hospital Universitário de Maringá, PR. Paula Kieling Ries Mestre em saúde materna e infan l. Especialista em oncologia pediátrica. Médica assistencial no Hospital Universitário de Santa Maria – Universidade Federal de Santa Maria (HUSM/UFSM), RS.
Cuidados de Enfermagem em Neonatologia xv Raquel Nascimento Tamez Enfermeira. Especialista em enfermagem médico cirúrgica. Enfermeira assistencial na unidade de terapia intensiva neonatal Loma Linda University Children’s Hospital, Califórnia (USA). Ricardo Alexandre Spironello Enfermeiro. Mestre em ciências da saúde pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Doutorando em ciências da saúde da UEM. Roberto Kenji Nakamura Cuman Farmacêu co. Mestre e doutor em farmacologia pela Universidade de São Paulo (USP), SP. Professor associado da Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Bolsista produ vidade em pesquisa, nível 1D, CNPq. Docente permanente dos programas de pós-graduação em ciências da saúde e ciências farmacêu cas da UEM. Roselaine dos Santos Félix Enfermeira. Especialista em saúde pública com ênfase em serviços pela Universidade do Contestado (UNC), SC. Mestranda no mestrado profissional de saúde materno infan l do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), RS. Atua como enfermeira assistencial no Hospital Universitário de Santa Maria – Universidade Federal de Santa Maria, (HUSM/UFSM), RS. Rosiane Filipin Rangel Enfermeira. Especialista em enfermagem neonatal pelo Centro Educacional São Camilo, Porto Alegre/RS. Mestre e doutoranda em enfermagem pelo programa de pósgraduação em enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande (PPGEnf/FURG), RS. Docente do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria /RS. Sandra Regina Mira Enfermeira. Especialista em saúde do trabalhador. Saulo Euclides Silva Filho Farmacêu co. Especialista em farmacologia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Mestre em ciências farmacêu cas pela UEM. Doutorando em ciências farmacêu cas. Silomar Ilha Enfermeiro. Especialista em urgência, emergência e trauma, gerontologia e saúde mental. Mestre em enfermagem pelo programa de pós-graduação em enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), RS. Doutor em enfermagem pela FURG. Docente do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), RS. Membro do grupo de estudo e pesquisa em gerontogeriatria; enfermagem/saúde e educação da FURG.
Gema San ni Costenaro, Darci Aparecida Mar ns Corrêa, xvi Regina Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato (Orgs.)
Sonia Silva Marcon Enfermeira. Doutora em filosofia da enfermagem. Docente da graduação e pósgraduação em enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Coordenadora do núcleo de estudos, pesquisa, assistência e apoio à família (NEPAAF). Pesquisador 1C – do CNPq. Taline Mayara Nery Enfermeira. Pós-graduanda em enfermagem em neonatologia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Atua na maternidade e berçário do Hospital Paraná. Talita Tolen no Ronqui Médica. Mestre e professora assistente do departamento de medicina da Universidade Estadual de Maringá (UEM), PR. Plantonista na unidade de terapia intensiva neonatal do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), PR. Instrutora do curso de reanimação neonatal pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Viviane Ramos da Silva Psicóloga. Mestranda do mestrado profissional em saúde materno infan l do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), RS. Zuleyce Maria Lessa Pacheco Enfermeira. Doutora em enfermagem. Docente do departamento de enfermagem materno infan l e saúde pública da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais (UFJF/MG).
Sumário
Apresentação ......................................................................................
23
Prefácio ...............................................................................................
27
1
29
Há se eu pudesse falar... O que eu diria para quem me cuida? .. Regina Gema San ni Costenaro
2
Atendimento e reanimação do recém-nascido ...........................
43
Darci Aparecida Mar ns Corrêa e Talita Tolen no Ronqui
3
Recepção do recém-nascido na unidade de terapia intensiva neonatal: exame sico .....................................
61
Darci Aparecida Mar ns Corrêa, Marilaini Vizioli de Castro e Aldenisia Bento de Freitas Giovanni
4
Ambiente, luz e ruído em neonatologia ......................................
73
Ariane Pereira, Josefa Rafaela Fernandes de Lima e Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato
5
Controle de sinais vitais em neonatologia...................................
87
Anaelí Brandelli Peruzzo, Maria Luiza Guzzo Vist e Martha Luisa Rauber
6
Higiene do neonato prematuro, a termo e pós-termo ................ Aline Aparecida da Silva Piero o
99
Gema San ni Costenaro, Darci Aparecida Mar ns Corrêa, xviii Regina Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato (Orgs.)
7
Conforto do recém-nascido e alivio da dor .................................
109
Ana Claudia Vieira, Denise Harrison e Mariana Bueno
8
Cuidado neuroprotetor em neonatologia....................................
119
Melani Cris ne Zafonato, Bibiana Sales Antunes, Regina Gema San ni Costenaro e Raquel Nascimento Tamez
9
Sondagem gástrica e entérica em neonatologia .........................
129
Juliane Ayres Baena, Larissa Carolina Segan ni Felipin, Nataly Barbosa Alves Borghesan e Ieda Harumi Higarashi
10 Sondagem vesical em neonatologia ............................................
139
Juliane Ayres Baena, Larissa Carolina Segan ni Felipin, Nataly Barbosa Alves Borghesan, Ieda Harumi Higarashi
11 Punção pleural e drenagem torácica em neonatologia ...............
149
Nataly Barbosa Alves Borghesan, Juliane Ayres Baena e Ieda Harumi Higarashi
12 Avaliação do risco de lesões de pele do recém-nascido na unidade de tratamento intensivo neonatal ............................
161
Anaelí Brandelli Peruzzo e Diani de Oliveira Machado
13 Cuidados com a pele do recém – nascido prematuro ................
175
Cléia Aparecida Macente de Abreu, Maria Cris ana Pereira Farias Pinto e Marli Aparecida Joaquim Balan
14 Prematuridade tardia: cuidados de enfermagem e de saúde da teoria à prá ca ......................................................
187
Jéssica Machado Teles, Ana Lúcia de Lourenzi Bonilha e Cecília Drebes Pedron
15 Nutrição do recém nascido pré-termo: da teoria á prá
ca .........
197
pré-termo pós-alta hospitalar ......................................................
209
Jucélia Lins dos Santos Oliveira, Meliana Gisleine de Paula e Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato
16 Nutrição do recém-nascido a termo e Ana Carolina Terrazzan, Camila Lehnhart Vargas, Franceliane Jobim Benede e Rosiane Filipin Rangel
Cuidados de Enfermagem em Neonatologia xix
17 Nutrição parenteral em neonatologia .........................................
223
Juliane Ayres Baena, Nataly Barbosa Alves Borghesan e Ieda Harumi Higarashi
18 Terapia intravenosa e o uso de cateter central de inserção periférica (ccip) em neonatologia ............................
233
Maria Cris ana Pereira Farias Pinto, Natalina Maria da Rosa, Nataly Barbosa Alves Borghesan e Ieda Harumi Higarashi
19 Terapia transfusional no período neonatal .................................
259
Alessandra Marin San ni, Paula Kieling Ries, Roselaine dos Santos Félix e Regina Gema San ni Costenaro
20 Interações medicamentosas em neonatologia............................
277
Ricardo Alexandre Spironello, Saulo Euclides Silva Filho, Luiz Alexandre Marques Wiirzler e Roberto Kenji Nakamura Cuman
21 Assistência medicamentosa em unidade de terapia intensiva pediátrica: relato de experiência .....................
289
Hilda Maria Barbosa de Freitas, Aline Medianeira Gomes Correa, Cín a Vanuza de Souza, Nascimento Gonza , Eloa Silvestre Reis, Fernanda Portela Pereira e Gilmar Rabat
22 Microcefalia e suas consequências na neonatologia ..................
317
Ká a Renata Antunes Kochla, Luciane Favero e Regina Gema San ni Costenaro
23 Mielomeningocele e Meningocele: conhecimento clínico e os cuidados de enfermagem ..........................................
343
Zuleyce Maria Lessa Pacheco, Camila da Silva Marques Badaró e Deliane Vilela de Oliveira
24 Hemorragia intracraniana em neonatologia ...............................
359
Daniela Oliveira Teixeira, Amélia Natália Marques Ceren ni, Ingre Paz e Regina Gema San ni Costenaro
25 Insuficiência Respiratória: principais doenças que acometem o recém-nascido e os cuidados com o suporte de oxigênio................................................................... Nilda Emiko Nozaki Israel e Edson Roberto Arpini Miguel
369
Gema San ni Costenaro, Darci Aparecida Mar ns Corrêa, xx Regina Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato (Orgs.)
26 Atresia e
stula de esôfago em neonatologia .............................
391
Darci Aparecida Mar ns Corrêa, Marilaini Vizioli de Castro e Raquel Nascimento Tamez
27 Gastrosquise e Onfalocele: conhecimento clínico e cuidados de enfermagem ..........................................................
403
Zuleyce Maria Lessa Pacheco, Maria Vitória Hoffmann, Ka a Cris na Andrade Dias e Franciane Vilela Réche da Mo a
28 Cardiopa
as em neonatologia: conhecimento clínico e cuidados de enfermagem ..............................................
419
Alexandre Naujorks, Regina Gema San ni Costenaro, Bruna Dedavid da Rocha e Juliana Silveira Bordignon
29 Re
nopa a da prematuridade.....................................................
439
Ariane Pereira, Josefa Rafaela Fernandes de Lima, Darci Aparecida Mar ns Corrêa, Talita Tolen no Ronqui e Fábio Massai Tokunaga
30 Hiperbilirrubinemia: efe
vidade da fototerapia .........................
449
Ligia Luciene Sbizera, Sandra Regina Mira e Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato
31 Sepse neonatal .............................................................................
459
Ricardo Alexandre Spironello, Saulo Euclides Silva Filho Luiz Alexandre Marques Wiirzler e Roberto Kenji Nakamura Cuman
32 Sepse pediátrica ...........................................................................
469
Jean Pierre Parobini Ilha, Hilda Maria Barbosa de Freitas, Alessandra Marin San ni e Carine Alves Gomes
33 Cuidados palia
vos em neonatologia: desafios, possibilidades e prá cas baseadas em evidências ......................
481
Aline Alves Veleda e Débora Fernandes Coelho
34 Transporte intra e extra-hospitalar em neonatologia ................. Darci Aparecida Mar ns Corrêa, Elaine Cris na Cremon, Taline Mayara Nery, Talita Tolen no Ronqui e Andressa Mar ns Dias Ferreira
495
Cuidados de Enfermagem em Neonatologia xxi
35 Diagnós
cos de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal ..........................................................
509
Marilaini Vizioli de Castro, Ana Paula Vilcinski Oliva Darci Aparecida Mar ns Corrêa e Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato
36 Um olhar para a família na unidade de terapia intensiva neonatal ...........................................................
523
Aldenisia Bento de Freitas Giovanni, Aliny de Lima Santos e Sonia Silva Marcon
37 Triagem neonatal: cuidado necessário para promoção da saúde do neonato ..................................................
541
Amanda Ber , Bruna Carvalho Regolin, Bibiana Sales Antunes e Regina Gema San ni Costenaro
38 Urgências e emergências em neonatologia pós-alta hospitalar ...
551
Márcio Neres dos Santos, Maria Cris na Lore Schilling e Kelly Dayane Stochero Velozo
39 Humanização da assistência em unidade de terapia intensiva neonatal ......................................................
569
Rosiane Filipin Rangel, Hedi Crecência Heckler de Siqueira, Silomar Ilha, Lenise Dutra da Silva e Cris ane Raupp Nunes
40 ONGs que atuam em Neonatologia .............................................
581
Aline Carla Hennemann e Denise Sugitani
41 Mãe, porque ele vem? O vínculo mãe-primogênito diante da chegada do irmão ........................................................
591
Ligia Regina Pe m de Oliveira, Viviane Ramos da Silva e Josiane Lieberknecht Wathier Abaid
Casos clínicos para estudo ..................................................................
607
Apresentação
Não é difícil imaginar que no mundo milhões de pessoas já estiveram envolvidas em episódios de saúde que requereram internação hospitalar. Sejam quais forem os recursos econômicos ou os meios sociais e culturais dos quais vieram as pessoas, é possível afirmar que todos já estivemos – ou conhecemos várias pessoas – que já estiveram em situação de necessitar de cuidados médicos em um hospital. O mesmo se aplica às crianças recém-nascidas (RN). Com ênfase no trabalho realizado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), a enfermagem neonatal é o assunto norteador deste trabalho. O rápido desenvolvimento tecnológico havido nas últimas décadas tem facilitado a sobrevivência de RN e prematuros com graves problemas de saúde. Porém, o ambiente em uma UTIN pode parecer hostil, agrupando em um mesmo espaço os recursos humanos e os recursos tecnológicos indispensáveis para a salvação da vida dos bebês. De mesma forma, a enfermagem neonatal tem sofrido mudanças profundas. A compreensão de que apenas o advento das novas tecnologias não seria suficiente para a modernização da enfermagem, trouxe a necessidade inequívoca da humanização da assistência ao RN. Assim, chegamos ao ponto onde o foco não está apenas na evolução tecnológica, mas, principalmente, no bem-estar e na seguran-
Gema San ni Costenaro, Darci Aparecida Mar ns Corrêa, 24 Regina Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato (Orgs.)
ça do neonato, bem como de seus familiares. A humanização desse atendimento tem sido contemplada pelas políticas públicas de saúde, considerando a individualidade de cada um dos envolvidos. Este livro, constituído a partir da feliz reunião de profissionais de enfermagem neonatal, médicos e fisioterapeutas, tem como preocupação primordial a prestação de cuidados com alta qualidade técnica e humana. Em 41 capítulos os autores tratam da humanização da assistência, do cuidado com o bem-estar, da importância do diagnóstico de enfermagem, RN de risco e alto risco, icterícia, nutrição, reanimação, retinopatia, higiene, conforto, controle de sinais vitais e de outros aspectos de vital importância para a sobrevivência do RN. Em outras palavras, a padronização dos novos procedimentos, o treinamento para o uso dos recursos tecnológicos e a adequação às novas necessidades de humanização da assistência são os pontos abordados pelos autores. Mesmo estando todos nós inseridos em uma sociedade individualizada, os profissionais da enfermagem neonatal consideram que se fez necessária a adoção de medidas que diminuam a diferença entre o que já é feito e o que é possível fazer. Em uma linguagem simples, os diversos aspectos de atendimento ao RN em UTIN foram focalizados de maneira que fosse acessível à maioria das pessoas com interesse na leitura. Conscientes de que o ambiente da UTIN pode acarretar distúrbios relacionados ao estresse, e também de que são os profissionais responsáveis pelos cuidados clínicos do RN, a enfermagem neonatal esforça-se para que a associação da técnica e da sensibilidade funcione, a fim de que tanto o neonato quanto seus familiares se sintam menos inseguros e fragilizados no ambiente hospitalar. Os autores se preocupam, no decorrer dos capítulos, em trazer ideias atuais e condizentes com o cuidado integral ao neonato nas diferentes situações vivenciadas no cenário de uma UTIN. O Capítulo 1 expressa a vivência de um RN durante as infindáveis 24 horas de internação em uma UTIN. Seguindo com os capítulos, os autores descrevem o atendimento e a reanimação do RN, a recepção do mesmo na UTIN, a realização do exame físico, o controle de sinais vitais em neonatologia e a interferência do ambiente, da luz e do ruído na recuperação do RN.
Cuidados de Enfermagem em Neonatologia 25
Nos capítulos a seguir, é destacado o cuidado com a higiene do neonato prematuro, a termo e pós-termo, além da importância de promover o conforto e o alivio da dor. Seguindo, são enfatizados os cuidados na sondagem gástrica e entérica, bem como na sondagem vesical em neonatologia. Continuando, no capitulo 11 são mencionadas a fisiopatologia e as condutas na punção pleural e drenagem torácica neonatal. Os autores descrevem, com propriedade, sobre a importância de avaliar os riscos de lesões de pele do RN internado em UTIN, cuidados com a pele do recém-nascido prematuro (RNPMT) e também conhecimentos que envolvem a teoria e a prática na prematuridade tardia. Os temas relacionados à nutrição do RNPMT, intra e pós-alta hospitalar do RN a termo e pré-termo, bem como conhecimentos básicos de nutrição parenteral em neonatologia, são apresentados de maneira clara e com subsídios científicos. A complexidade da terapia intravenosa, o uso de Cateter Central de Inserção Periférica (CCIP) em neonatologia e a assistência medicamentosa em terapia intensiva pediátrica exigem conhecimentos de farmacologia e farmacodinâmica. Assim, são mencionados cuidados da equipe de saúde nestas situações. As doenças relacionadas às malformações neurológicas são revistas na fisiopatologia e nos cuidados de enfermagem na mielomeningocele, meningocele e também na hemorragia intracraniana em neonatologia. O livro também apresenta as principais doenças relacionadas à insuficiência respiratória, as quais acometem o RN, bem como os cuidados com o suporte de oxigênio. Além disso, faz referência à fisiopatologia e aos cuidados com o RN portador de gastrosquise e onfalocele, ao conhecimento clínico e aos cuidados com o RN portador de cardiopatias, bem como à retinopatia da prematuridade. Seguindo, iniciam-se as discussões sobre a hiperbilirrubinemia e a efetividade da fototerapia e também sobre a sepse neonatal e pediátrica. Continuando, os autores expõem sobre o diagnóstico de enfermagem e triagem neonatal como um cuidado necessário para promoção da saúde do neonato; falam também sobre a importância de um olhar diferenciado para a família na UTIN.
Gema San ni Costenaro, Darci Aparecida Mar ns Corrêa, 26 Regina Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato (Orgs.)
Nos demais capítulos são abordados temas relacionados ao cuidado no transporte intra e extra-hospitalar em neonatologia, urgências e emergências neonatológicas pós-alta hospitalar, bem como a humanização da assistência em UTIN, terminando com uma discussão sobre as funções das ONGs que atuam em neonatologia. Desejamos uma ótima leitura para todos vocês que, com muita sensibilidade, zelo, desvelo e dedicação, se preocupam em atender às necessidades do RN enfermo. Acreditamos que, como profissionais do cuidado e inundados de sentimento humano e de muita solidariedade e espiritualidade, temos uma responsabilidade e um compromisso profissional em amenizar a dor e confortar o coração desses pequenos seres e de suas famílias. As organizadoras.
Prefácio
Ao ter sido convidada para prefaciar o livro, gen lmente cedido em primeira mão para que eu pudesse me apropriar do que ele contém, fui levada a refle r sobre a importância da qualificação dos profissionais que atuam na área da enfermagem neonatológica. Nela, vivenciamos a alegria pelo nascimento e as turbulências diante de intercorrências nem sempre desejadas ou previamente iden ficadas. Cada pequeno ser traz consigo um universo a ser apreendido, a ser compreendido. Junto com ele vem, igualmente, o desafio de cuidarmos da família. Esta o espera com grande expecta va e, às vezes, se vê diante de situações que precisam ser ressignificadas. Em cada instante, uma vida que se abre em inúmeras outras. Portanto, a sensibilidade no cuidar, a competência técnica e a qualificação profissional alicerçada em conhecimentos atualizados diante dos avanços tecnológicos que temos são critérios importantes para os desdobramentos do viver dos neonatos e de seus familiares. O movimento da vida nos reserva surpresas. Estas, às vezes, trazem consigo inúmeros desafios que precisam ser enfrentados com coragem e determinação. Atributos estes que estão presentes em cada capítulo deste livro. É possível constatar a preocupação com o aprimoramento técnico e cien fico com o qual os textos fo-
Gema San ni Costenaro, Darci Aparecida Mar ns Corrêa, 28 Regina Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato (Orgs.)
ram organizados, os quais trazem importantes contribuições e levam a refle r sobre a magnitude do que existe no universo do cuidado ao neonato, sob múl plos olhares. O olhar interdisciplinar pode ser encontrado na discussão da maioria dos conteúdos, sem que, com isso, a atuação profissional do enfermeiro seja minimizada. Ao contrário, ela ganha conotações ainda mais importantes por tecer, em conjunto com os demais profissionais, o que lhe compete no processo de cuidar. Os temas abordados, atuais e relevantes para o desempenho profissional, precisam ser constantemente revisitados a fim de que se consolide a interlocução entre teoria e prá ca. A enfermagem em neonatologia ganha um precioso material que precisa ser disseminado entre estudantes e profissionais, a fim de que estes possam u lizar os conhecimentos con dos e discu dos nos capítulos que aqui são apresentados. Durante a formação profissional, seja no período da graduação ou de nível médio, os conhecimentos da área neonatológica nem sempre podem ser ampliados, reforçando a importância deste livro para a con nuidade do processo forma vo. A empreitada na produção de textos que contribuam para a qualidade do cuidado prestado, aliado à capacidade de gerar reflexão nos leitores, são os pontos fortes desse grupo de colegas que, unidos, idealizaram e conceberam o fio condutor que se encontra permeado nos conteúdos explanados. Que estes possam, como sementes levadas pelo vento, cair em terreno fér l. Que possam ser adubados pelo interesse, pela disposição dos leitores, para, assim, dar flores e frutos, perpetuando a importante tarefa da semeadura. Assim, mul plicaremos as sementes e elas germinarão por outros caminhos. Esta é a missão da semente. Enquanto profissionais, somos semeadores, guardiões de tudo que germina, eclode e nasce. Somos cuidadores do que mais importa: a Vida! Que estes textos nos ajudem a preservá-la sempre mais. Ana Izabel Jatobá de Souza Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
1 Há se eu pudesse falar... O que eu diria para quem me cuida? Regina Gema Santini Costenaro
O nascimento de um ser humano pode ser considerado um acontecimento emocional, fisiológico marcante e exaus vo para a mãe e o recém-nascido (RN). Isso se deve à maneira como os seres humanos vêm ao mundo. Na maioria das vezes, os partos ocorrem sem anormalidades. Mesmo assim, a dinâmica do nascimento é considerada um momento complexo, delicado e permeado por sofrimento, devido às alterações fisiológicas orgânicas a que o ser humano é subme do. Assim, para que esse processo ocorra normalmente, é natural que o neonato passe por modificações extremas, visto que saiu de um ambiente acolhedor aquá co, termoestável, com sonoridade própria, que fornecia es mulação sinestésica livre, dentro das limitações do tamanho uterino. Além disso, na maioria das vezes, o bebê conta com um suporte nutricional que lhe fornecia condições para o viver. Essas mudanças bruscas podem causar no neonato estresse de natureza e intensidade dis ntas, mas sempre suficientes para causar choque obstétrico, embora tudo tenha transcorrido normalmente(1). Em outras ocasiões, além desse processo “normal”, os bebês podem nascer prematuramente e/ ou serem portadores de patologias ou distúrbios orgânicos. O significado fisiológico do nascimento, que inicia com a expulsão do bebê, seguida pelo clampeamento e secção do cordão
3 Recepção do recém-nascido na unidade de terapia intensiva neonatal: exame físico Darci Aparecida Martins Corrêa, Marilaini Vizioli de Castro e Aldenisia Bento de Freitas Giovanni
O nascimento de um bebê antes do esperado pode gerar momentos de crises, conflitos e confusão para os pais que não conseguem responder adequadamente a este processo. Este bebê geralmente possui várias complicações que podem comprometer a sua vida, sendo, portanto, necessário seu internamento na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Os recém-nascidos (RN) cons tuem uma população de grande vulnerabilidade biológica, exigindo de nós enfermeiros um saber e fazer específicos com competência, cien ficidade, espiritualidade e sensibilidade no seu cuidado. Esse cuidado diferenciado e humanizado com os bebes de risco corrobora na diminuição das taxas de mortalidade no período neonatal, o que ainda hoje é um grande desafio para enfermagem neonatal. As principais causas da mortalidade neonatal têm a sua incidência na prematuridade, no baixo peso ao nascimento, nas infecções neonatais, malformações congênitas e condições de nascimento com circular de cordão. Sofrimento fetal também está ganhando destaque nos úl mos anos(1,2). Após o nascimento nas primeiras 24 horas de vida, vários cuidados são feitos ao RN para ajudar a manter sua adaptação ao meio
7 Conforto do recém-nascido e alivio da dor Ana Claudia Vieira, Denise Harrison e Mariana Bueno
“Pequenos pacientes, grande dor”
A vulnerabilidade e a frágil estrutura dos RN necessitam ser consideradas diante da magnitude e prevalência dos procedimentos invasivos dolorosos ou potencialmente dolorosos aos quais são submeƟdos desde os primeiros dias de vida e/ou durante a permanência em Unidades de Cuidados Intensivo ou Semi-Intensivo. A despeito do incremento exponencial de evidências cienơficas sobre as especificidades da dor e suas repercussões em neonatos, ainda persistem barreiras e lacunas na incorporação das práƟcas baseadas em evidências nos cenários de assistência. Esse desafio se apresenta aos profissionais de saúde, gestores insƟtucionais e pesquisadores, com vistas a transformar práƟcas de cuidado e, assim, prevenir os efeitos potencialmente deletérios da dor e do estresse sobre o sistema nervoso em desenvolvimento. Desse modo, a tradução do conhecimento (knowledge translaƟon)* se configura como uma tentaƟva de aproximar o conheci* Knowledge TranslaƟon é um processo dinâmico e interaƟvo que inclui a síntese, disseminação, troca e aplicação éƟca válida do conhecimento para melhorar a saúde, prover serviços e produtos de saúde mais eficazes e fortalecer o sistema de saúde.
14 Prematuridade tardia: cuidados de enfermagem e de saúde da teoria à prática Jéssica Machado Teles, Ana Lúcia de Lourenzi Bonilha e Cecília Drebes Pedron
CONCEITO E OCORRÊNCIA DA PREMATURIDADE TARDIA O nascimento entre 34 e 36 semanas e seis dias são considerados prematuros tardios. Estes representam cerca de 74% dos prematuros nos Estados Unidos(1). Pesquisa realizada em Hospital Universitário, na Cidade de Porto Alegre (Brasil), iden ficou uma taxa de prematuros tardios de 71,3% dentre os nascimentos prematuros, o que vai ao encontro da literatura internacional em que esta taxa se encontra entre 71% e 74%(2,3). Nascem cerca de 15 milhões de prematuros por ano no mundo. Destes, aproximadamente 75% são prematuros tardios; es ma-se que 1,1 milhão dos prematuros vão a óbito por complicações referentes à prematuridade(4). Dentre as causas da prematuridade tardia destacam-se: infecções maternas (infecção do trato urinário e infecções sexualmente transmissíveis), síndromes hipertensivas maternas (quando ocasionam ruptura prematura de membranas e trabalho de parto prematuro) e cesarianas ele vas(5).
22 Microcefalia e suas consequências na neonatologia Kátia Renata Antunes Kochla, Luciane Favero e Regina Gema Santini Costenaro
Este capítulo aborda a microcefalia neonatal, seus conceitos, sua fisiopatologia e as e ologias mais comuns para a sua ocorrência. Também apresenta a classificação das craniossinostoses e a influência do Vírus Zika na microcefalia, suas manifestações clínicas e, por úl mo, os principais diagnós cos e intervenções de enfermagem para o neonato com microcefalia.
CAUSAS RELACIONADAS A MICROCEFALIA NEONATAL A microcefalia é um agravo complexo e mul causal, podendo estar relacionada a diversos fatores, sejam gené cos ou não. Entre os fatores gené cos destacam-se as síndromes ou mutações gené cas, as quais podem ser representadas por anomalias cromossômicas ou defeitos em genes específicos. Entre os fatores não gené cos citam-se as infecções intrauterinas, a craniossinostose, as doenças maternas, o uso de substâncias possivelmente teratogênicas durante a o período gestacional e, ainda, as microcefalias secundárias a danos cerebrais peri ou pós-natais.1 Uma classificação recente e muito aceita é a que divide as microcefalias em primárias ou congênitas2, que são assim denomina-
28 Cardiopatias em neonatologia: conhecimento clínico e cuidados de enfermagem Alexandre Antônio Naujorks, Regina Gema Santini Costenaro, Bruna Dedavid da Rocha e Juliana Silveira Bordignon
INTRODUÇÃO No período neonatal, o compromeƟmento da função cardíaca é frequente e representa grande desafio para o manejo, especialmente no contexto de unidade de terapia intensiva (UTI). Manifestando-se na forma de sopro, cianose, colapso hemodinâmico ou arritmias, isoladamente ou associadas a outras condições clínicas frequentes no período neonatal, como prematuridade, sepse e hipertensão pulmonar. Fundamental considerar os seguintes tópicos, que serão mais extensamente discuƟdos ao longo deste capítulo: 1. As cardiopa as no período neonatal podem ser primárias (estruturais) ou secundárias (funcionais): o compromeƟmento cardíaco pode ser decorrente de uma malformação própria do coração e dos grandes vasos cardíacos (aorta e artéria pulmonar, veias pulmonares e veias cava inferior e cava superior), sendo assim chamadas de cardiopaƟas congênitas (CCs). Por outro lado, mesmo corações estruturalmente normais podem apresentar disfunção grave (insuficiência cardíaca) secundariamente a várias condições clínicas
38 Urgências e emergências em neonatologia pós-alta hospitalar Márcio Neres dos Santos, Maria Cristina Lore Schilling e Kelly Dayane Stochero Velozo
INTRODUÇÃO O cuidado em neonatologia em uma situação aguda pós-alta hospitalar é singular, pois representa um verdadeiro desafio para a maioria das equipes assistenciais que não possuam a experƟse nesse Ɵpo de atendimento, devido a inúmeros fatores que envolvem as diferenças anatômicas, fisiológicas e de desenvolvimento nesse período de vida. Além disso, pode ocorrer alguma tensão causada pela dificuldade de controle emocional, dificuldade de interação com o recém-nascido (RN) e da própria capacidade de acolher os pais ou familiares nessas situações adversas. Uma das caracterísƟcas marcantes da atenção às urgências em neonatologia é o atendimento a pacientes vistos pela primeira vez pela equipe assistencial, num pequeno espaço de tempo, dificultando a idenƟficação do RN de risco a parƟr da invesƟgação das condições maternas, fatores sociais e da própria história obstétrica e clínica deste RN, a fim de facilitar uma avaliação sistemáƟca, rápida e meƟculosa. O RN sob situação de estresse tem dificuldades de interação com estranhos, e soma-se a este fato a possibilidade da presença de dor que dificultará a realização do exame İsico ou de qualquer outro procedimento.
40 ONGs que atuam em neonatologia Aline Carla Hennemann e Denise Sugitani
INTRODUÇÃO A temáƟca neonatologia vem cada vez mais sendo discuƟda, tendo em vista o aumento de casos em todo o mundo. As insƟtuições hospitalares e as redes publicas vêm se dedicando a estudar e criar diretrizes e protocolos que possam atender a esta demanda. Sabe-se que mesmo com todos estes esforços é preciso mais. Criar formas de auxiliar as famílias bem como os cuidadores e profissionais da saúde que atendem esta população, buscar maneiras de diminuir o número de nascimentos prematuros e trabalhar com educação em saúde, em parceria com o poder publico e privado, contribuem para essa área e são alguns dos moƟvos que jusƟficam o surgimento de organizações não governamentais (ONGs), que acabam por se tornar um elo entre o paciente e o mundo ao seu redor.
CONCEITO DE ONGS E UM BREVE HISTÓRICO As ONGs fazem parte do chamado “terceiro setor”, que consiste em uma variedade de organizações da sociedade civil, sem fins
Casos clínicos para estudo
Caso 1 Jéssica Machado Teles, Ana Lúcia de Lourenzi Bonilha e Cecília Drebes Pedron (capitulo 14). RN prematuro com 35 semanas de idade gestacional, peso 2635g, sexo masculino, índice de Apgar 8/9, nascido de parto normal, com clampeamento oportuno do cordão, permanecendo em contato pele-a-pele com a mãe na primeira hora de vida. Mãe com 8 consultas de pré-natal, tipagem sanguínea A+, GIPO. História de infecção urinária de repetição durante o pré-natal sendo tratado. Bolsa rota de 12 horas com líquido amniótico claro. Interna junto com sua mãe no alojamento conjunto de 18 horas após o nascimento, ao exame tisico, encontra-se hipoativo e letárgico, sucção débil, Tax 36,1ºC, FC 152bpm, FR 44mpm e saturando 98% de oxigênio. Não apresentou sucção efetiva em seio materno, pois se encontra sonolento desde o nascimento. Glicemia capilar 35mg/dL. Fontanela anterior deprimida, hipocorado. Ausculta pulmonar sem ruídos adventícios, discreta tiragem subcostal. Ausculta cardíaca com bulhas normofonéticas, 2 tempos sem