Revista Mormaii #16

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REVISTA MORMAII #16 NESTA EDIÇÃO:

/// ORANG ORANG /// ISABELLE NALU, PELO MUNDO /// Deslizando sobre a neve brasileira /// NA ONDA MORMAII.COM.BR


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REVISTA MORMAII #16 setembro - 2013 CAPA: MARCO GIORGI FOTO: JAMES THISTED

/// FRAME

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/// NEWS

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/// #sintasemormaii

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/// RRR

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//// COLUNA DO DR.

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/// CONCHA ACÚSTICA

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/// MORMAII TRENDS

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/// MORMAII SHOP

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/// SECRET SPOT

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/// Orang Orang

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/// ISABELLE NALU

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/// DESLIZANDO SOBRE A NEVE

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/// NA ONDA

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/// ENSAIO MORMAII

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/// SINTA-SE MORMAII

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/// ROOTS

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/// MORMAII ARTS

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/// EARLY DAYS

90 Foto: Pedro Felizardo



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MiPRESIDENTE

REVISÃO

Marco Aurélio Raymundo

Equipe Noize Comunicação

EDITOR

CONTATO

José Barone (MTB 3425)

mormaii@noize.com.br

DIRETOR DE MARKETING

COLABORADORES

Gerson Vignoli Perrenoud

James Thisted Pedro Felizardo

DIREÇÃO DE CRIAÇÃO Carlos Carpinelli

DIREÇÃO DE ARTE

Fabiano Tissot Juliana Dutra Yago Roese Renata Krás Sylvio Mancusi Fabiana Nigol Álvaro Martins

Rafa Rocha

Fernanda Bittencourt Silmara Polleto

DESIGN Guilherme Borges

Realização NOIZE Entretenimento Supervisão MXM Marketing



FRAME ///06

Fotos: Pedro Felizardo Te x t o : F a b i a n o T i s s o t


Marco Giorgi /// Com inúmeras viagens internacionais na bagagem, Marco Giorgi é um dos melhores “tube riders” do planeta. Sua técnica para surfar de backside já foi testada e aprovada nas poderosas ondas de Teahupoo, Fiji e Desert Point. Já nas Mentawaii, Marco encontrou direitas perfeitas para variar um pouco seu repertório. Sem desperdiçar a chance, ele caiu pra dentro dos tubos de Thunders. O resultado foi essa sequência impressionante feita pelo fotógrafo Pedro Felizardo. Se somássemos os quilômetros de tubo rodados dessa dupla, seria difícil calcular o resultado. Então, o melhor é aproveitar o show de imagens que eles proporcionam e desfrutar confortavelmente um dos momentos mais sublimes do surf.


News

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/// BURLE SURFA UMA DAS MAIORES ONDAS DO MUNDO Foto: Rafael Tapia

#MORMAII #CARLOSBURLE #BIGWAVE #CHILE

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u a samibais

cliq

No norte do Chile, o surfista pegou a onda que pode ser a maior já surfada no mundo até hoje. Feito que já realizado pelo big rider doze anos atrás, ao dropar uma morra de 68 pés em Mavericks. Burle calcula: “Analisando as fotos eu posso dizer que a onda tem 80 pés. E acho que tem potencial para bater o recorde mundial”.


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/// RALLY SERRA MAR

/// CONCURSO HIPPIE CHIC

Foto: Divulgação

Foto: Reprodução

Foto: Divulgação

#MORMAII #RALLY #VT250

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u a st assviídeo cliq o

Nos dias 2, 3 e 4 de maio, mais de 200 pilotos disputaram a prova, en-

Nossos amigos do Instagram

tre as cidades de Gravatal e Garopaba, no estado de Santa Catarina.

publicaram suas fotos no melhor

A principal dificuldade encontrada pelos pilotos foi o cansaço acu-

estilo paz e amor, utilizando a tag

mulado dos três dias de evento, que foram retribuídas pelas belas

#HippieChicMormaii. Três pessoas

paisagens do litoral catarinense.

levaram para casa um relógio da

Assim como nos dois primeiros dias, o Suzuki SX4 Mormaii e a Mor-

nossa coleção para dar um toque

maii VT 250 acompanharam a equipe de apoio do Rally.

todo especial no look.

e ique

a samibais

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/// SUCESSO ONLINE A Mormaii está entre as 50 franquias que mais se destacam em compartilhamentos e comentários no Facebook, sendo a única empresa na lista dentro da categoria “roupas e artigos esportivos”. A pesquisa foi realizada pela Revista Exame PME e pela consultora Dito, entre as redes de franquias listadas na Associação Brasileira de Franchising.


News

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/// IRON MAN BRASIL Foto: Divulgação

#MORMAII #TRIATHLON #IRONMAN

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A 15ª edição do Ironman Brasil foi realizada no dia 26 de maio, em Florianópolis (SC). Mais de 2 mil atletas, de 35 países diferentes, largaram para a principal competição do triathlon mundial, exatamente, às 7 horas da manhã. O clima de alegria do público e a superação dos milhares de atletas a cada metro percorrido, transformaram a cidade. A capital catarinense respirou o Ironman durante toda a semana e viu um show contagiante, que só o esporte pode proporcionar. A Mormaii, apoiadora oficial, parabeniza e se orgulha de todos que, de alguma forma, contribuíram e participaram do evento, que é o maior da América Latina no Triathlon.


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/// REI E RAINHA DO MAR ee

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As águas e areias de Copacabana foram o palco

bem e conseguiu a 3ª colocação.

de diversas provas em um lindo domingo de

Durante a tarde foi a vez das pranchas de stand

outono no Rio de Janeiro, no dia 5 de maio de

up paddle entrarem no mar. A Fun Race, prova

2013. Milhares de atletas inscritos em várias pro-

de 2km, foi realizada às 13h e reuniu os amantes

vas, de diferentes categorias, deram um show de

do SUP. Com a entrada do vento forte, a Mid

alegria e superação.

Race, de 6km, e a Top Race, de 12km, tiveram

O dia começou às 7h da manhã com a Beach

seus percursos alterados.

Run, uma corrida de praia percorrendo 5km pela

Para os atletas não percorrerem uma longa

areia fofa; seguida do beach biathlon, onde os

distância contra o vento avassalador que entrava

atletas nadavam 1km e corriam 2,5km.

de sudoeste, as bóias de marcação foram reposi-

Às 8h30 foi a vez do Sprint, uma prova rápida de

cionadas mais próximas à praia e abrigadas pelo

natação de 1km. Mas o momento mais aguarda-

forte de Copacabana. Com o remanejamento, a

do do domingo foi a Challenge, prova de 3,5km

Top Race ficou um pouco mais curta e teve um

onde os atletas nadaram do Leme ao Pontal de

total de 9km, o que não diminuiu a festa de cada

Copacabana.

um na chegada.

O clima era de festa e superação, com homens e

O sol se pôs por trás dos prédios da Av. Atlântica

mulheres de várias idades elevando seus limites

e fechou com chave de ouro o incrível domingo

em busca de uma vitória pessoal. Rafael Gon-

de sol na Cidade Maravilhosa.

çalves, atleta da equipe Mormaii, nadou muito

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

#MORMAII #RIODEJANEIRO #TRIATHLON


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# sintasemormaii

#sintasemormaii Siga nossos atletas no Instagram e acompanhe o dia a dia da nossa equipe transformado em imagens.


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@caiogebarava @m_giorgi @marcelocunhakite @marcosgabriell @nalupelomundo @sylviomauka @takeosurf @yg91


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R R R / Te x t o : Ya g o R o e s e

10 dicas para uma trip ecologicamente correta #MORMAII #RRR #ECOLOGIA #VIAGEM

Viajar faz parte de nossa filosofia, seja em busca de novos lugares, ondas intocadas ou culturas diferentes. Ao percorrer este caminho, por mais curto que seja, devemos ter alguns cuidados para preservar a natureza e as essências do local. Ao embarcar na próxima viagem, não esqueça de seguir estas orientações!


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Fontes: Passaporte Sustentรกvel e Planeta Sustentรกvel


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Coluna do Doutor / Por Dr. Morongo

COLUNA DO

DOUTOR Quando chegamos ao fim de

tolões”, quando não tretas

um ciclo é comum apare-

e conchavos, e praticando o

cerem sinais reveladores

clássico “jeitinho” quando for

daquilo que deve ser revisto,

conveniente. Iniciamos agora

digerido ou mudado.

a perceber que isso pode ser

Nesse momento, o mundo

ruim, principalmente quando

todo passa por este processo

praticado “pelos outros”, pois

e nosso país não iria escapar

é muito dolorido aceitarmos

das convulsões e mudanças

que temos os mesmos defei-

que são necessárias depois

tos. Sempre é mais fácil culpar

de escancarados os desman-

os outros!

dos éticos, morais e institu-

Mas, a verdade é que “eles”

cionais.

são “nós” e “nós” somos

É muito difícil transformar

“eles”. Todos partes do mes-

nosso país, um grande cor-

mo corpo chamado Brasil.

po, sem antes curar as partes

Portanto, a coisa é simples; ou

que o compõem.

mudamos e definimos quem

Quem são as células deste

somos ou nada será mudado.

corpo? Nós, cada um de nós

Aquilo que cobramos dos ou-

brasileiros!

tros devemos antes cobrar de

Sofremos de um grande pro-

nós mesmos, simples assim!

blema de identidade, pois

Aumentar o nível de consci-

queremos grandes mudanças

ência é fundamental, pois não

para os outros, mas pouco

adianta quebrar portas e vidros

repensamos nossas próprias

dos outros sem antes quebrar-

formas de agir ou pensar.

mos nossa maneira de ser.

Continuamos usando “pis-



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C o n c h a A c ú s t i c a / Te x t o : Ya g o R o e s e

/// 5 MÚSICAS PARA ANDAR DE SKATE Foto: Bárbara Muller

#MORMAII #MUSICA #CONHCAACUSTICA #marcosgabriel #sk8

Deixe a música fluir e inspirar sua mente. Recarregue as energias, pegue seu skate e saia pra rua, mas não esqueça dos fones de ouvido. Pensando nisso, pedimos emprestado o MP4 Mormaii do Marcos Gabriel e encontramos uma playlist ideal pro seu rolê. Pra acordar no rip nada como My Michele, Guns N’ Roses. Antes de uma sessão, aumente o volume para Ain’t My Bitch, Metallica. Um som que marcou a história do Marcos Gabriel e também pode marcar a sua é Bom é quando faz mal, do Matanza. Bloodstains, do Agent Orange é muito skateboard, palavras do especialista. E pra finalizar, nada como Fire, Kasabian, para relaxar.



M o r m a i i Tr e n d s

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/// arte para seu mobile #MORMAII #mormaiishop #TOMVEIGA

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Mormaii Shop

/// O WETSUIT IDEAL TEM UMA NOVIDADE PARA VOCÊ # mormaii #mormaitrends #wetsuit

Com Orbixxx 3/2mm você surfa protegido e ainda ganha um presente! Você já escolheu com que roupa de borracha vai cair no mar? Para aqueles dias de água fria, o long John é indispensável. Mas precisa ser um bom equipamento para que você se mantenha aquecido e seu surf flua solto. Essa é a receita do Orbixxx 3/2mm, total flexibilidade e 100% de vedação. Porque a Orbixxx tem super stretch em toda a roupa, costura com vedação Blindstitch, chest zip e liquid seal sob camada na aba. Entre outros atributos que caracterizam o diferencial desta roupa. E levando um Orbixxx para casa, você ganha uma super mochila Mormaii, enquanto durar o estoque! A preferida pelos profissionais Em suas trips em busca por ondas perfeitas, o freessurfer Marco Giorgi encontra pela frente mares bem gelados, como em sua experiência recente pelo inverno europeu. Veja o que ele tem a dizer sobre a roupa: “Para mim, Orbix é a roupa perfeita para os dias de água fria! É confortável, fácil de colocar, flexível e quente, tudo que eu gosto em um roupa de borracha. Levo comigo duas, uma para o surf da manhã e outra para o surf da tarde, assim tenho sempre uma sequinha!”


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SECRET SPOT Foto:James Thisted Te x t o : F a b i a n o T i s s o t


/// Secret Spots são picos sagrados do surf. Tesouros guardados à sete chaves pelos seus desbravadores. Alguns demandam um longo trajeto para alcança-los, caminhadas cansativas, aventuras inesperadas e até a liberação de acesso por parte dos locais. Outros, para serem contemplados, necessitam embarcações, conhecimentos precisos de navegação e a sorte de estar no lugar certo, na hora certa, pois não adianta todo esse empenho se, ao chegar no pico, a ondulação não tiver comparecido. Mas são imagens como essa, com uma onda quebrando sozinha em um paraíso perdido, que renovam as energias dos surfistas em busca dos seus sonhos. Basta uma foto, um desenho ou lendas locais para aguçar a imaginação e disparar o gatilho de mais uma expedição em busca do espírito do surf e suas aventuras incríveis.


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/// Marco Giorgi sente-se Ă vontade nos tubos.


No mês de abril, nossos atletas passaram onze dias embarcados nas Mentawai para viver momentos épicos de surf. Só não contavam com as intempéries do clima, nem com algumas coincidências que fariam toda a diferença na viagem.

Foto: Pedro Felizardo


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O r a n g O r a n g / Te x t o : J u l i a n a D u t r a

Quem não sonha com sessões alucinantes de ondas perfeitas e uma fartura de tubos na companhia dos amigos? Pois a Mormaii reuniu em um barco alguns dos melhores surfistas do Brasil para uma trip inesquecível no arquipélago das Mentawai, marcada por encontros casuais e acontecimentos inusitados. A bordo, Marcos Giorgi, Heitor Alves e João Paulo Abreu protagonizaram momentos inspiradores, com manobras de alto nível, linhas redondas e tubos intermináveis sobre a afiada bancada de corais. Comandando o barco “Sibou”, Diogo Guerreiro, o experiente capitão do Destino Azul, guiou a galera pelos acessos mais desejados da região, valendose da experiência de quem conhece muito bem o local e já deu a volta ao mundo em um veleiro.

/// João Paulo emoldurado pelo azul da Indonésia.


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/// O capitão Diogo Guerreiro conhece o caminho das ondas.

/// Carlos Carpinelli, diretor de criação da Mormaii, buscando inspiração profunda.

Foto: James Thisted

Foto: Pedro Felizardo


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/// A magia manifestando suas cores.

M a r c o s G a b r i e l / E u r o p e S k a t e To u r 2 0 1 1


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Foto: James Thisted


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/// O quadro na parede de Joao Paulo Abreu jรก estรก garantido.

Foto: James Thisted


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/// Heitor preenchendo o tempo fora d’água.

O resultado dessa aventura foi registrado em um

Foto: Pedro Felizardo

viagem com suas experiências.

filme. O título “Orang Orang” significa “pessoas”, um nome muito apropriado, já que este

Pelo caminho, a mão abençoada do destino uniu

não é um filme de surf, mas um documentário

outros amigos à barca, na busca das cobiçadas

sobre surfistas e suas perspectivas do mar. Aliás,

ondas de Macaronis, Cobras, Thunders, Rag’s e

em se tratando de perspectivas a Mormaii fez

Greenbush. Mas até desfrutarem da perfeição,

questão de convidar dois mestres das lentes para

o seleto grupo passou por tempestades, ventos

participar da trip. Os profissionais James Thisted

fortes e o maior temor de qualquer surfista… o

e Pedro Felizardo enriqueceram e eternizaram a

flat total.


/// Heitor voando alto no ritmo do seu mp4 Mormaii à prova d’água.


Foto: James Thisted


/// Marco Giorgi e Vrinda Hamal a caminho do outside.

Foto: James Thisted


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“Este não é um filme de surf, mas um documentário sobre surfistas e suas perspectivas do mar.” A recompensa, no entanto, chegou quase no fim da trip, em forma de séries sólidas e tubulares de 6 pés, compartilhadas entre amigos durante longas sessões de surf. Depois de dias de espera e clima tenso, as lembranças que ficam são ondas perfeitas e bons momentos, regados à muito surf e amizade, no melhor estilo sintase Mormaii.


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/// Marco entre o cĂŠu e o mar.

I W C eMoa rMc o u ns dGi aalbdr iee lS /t aEnudr oUppe /STe k axt teo To : F au br i 2a n0o1 1 T i s s o t


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Foto: James Thisted




Isabelle Nalu, conhecida como Belinha, desde que nasceu viaja o planeta e vive muitas aventuras na companhia dos pais, o surfista profissional Everaldo Pato e a cinegrafista Fabiana Nigol. Apesar de possuir apenas cinco anos de idade, ela já está gravando sua oitava temporada do programa Nalu Pelo Mundo, que vai ao ar no Multishow e conta as histórias da família pelo globo.


/// Coroada no Taiti, aos 4 anos.


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/// Surfando em Barbados, no Caribe.

I s a b e l l e N a l u , P e l o M u n d o / Te x t o : F a b i a n o T i s s o t

Foto: James Jenkins


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Nascida no Havaí, sua primeira viagem foi com vinte dias de vida, direto para o Brasil conhecer os avós. Aos cinco anos, Belinha já possui um passaporte recheado com carimbos de vinte e cinco países diferentes, de todos os continentes. Ou melhor, possui dois passaportes, um americano e outro brasileiro. Mas como qualquer criança da sua idade ela adora brincar, têm seu bichinho de pelúcia preferido e muitos sonhos. Conheça um pouco mais sobre essa pequena moça que em poucos anos de vida, e com um programa de TV desde que nasceu, conquistou o carinho e a admiração de crianças, jovens e adultos em todo o Brasil.


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I s a b e l l e N a l u , P e l o M u n d o / Te x t o : F a b i a n o T i s s o t

/// Na Australia, já mostrando intimidade com a câmera.

1. Oi Belinha, tudo bem com você?

4. E nessas viagens todas, quem é seu melhor

Oi, tudo bem.

amiguinho (a)? É o Keke, eu vou lá no Havaí ver ele!

2. Poderia contar uma coisa pra nós? De tantas viagens que você já fez, se pudesse escolher,

5. Você já imaginou o que vai ser quando cres-

qual lugar você gostaria de estar agora?

cer?

Na minha vó. Porque tem a minha prima, minhas

Eu vou ser surfista e skatista. Surfista poque é

amigas. Tem a minha vó e meu vô, o Willy. Lá é

muito legal, vai na água e é tão legal… porque vai

calor e tem piscina... por isso!

no tubo e é “mó” coisa legal. E skatista porque faz manobras bem legais.

3. Legal, e lá tem sua comida preferida?

6. Você tem um brinquedo favorito?

Sim, picanha.

Sim, o Pimpão, um ursinho que peguei numa máquina de moedas. Ele já viajou muito…


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/// “Pescando” durante a segunda temporada de Nalu Pelo Mundo, na Austrália.


Eu queria voltar pra China. Lá tem coisas estranhas e passeios legais… e coisas legais… e tem sorvete. 7. E por quantos países você já viajou? Um monte, minha mãe sabe… Foi… Brasil, Chile, Peru, Argentina, Panamá, EUA, Bahamas, República Dominicana, Portugal, Espanha, França, China, Papua Nova Guiné, Australia, Indonesia, Hong Kong, Fiji, Tahiti, Dominica, Santa Lúcia, Barbados, Granada, Trinidad & Tobago, San Vincent e San Martin. 8. Sim, um monte mesmo… E qual o animal que você viu que mais gostou? O que eu gosto são todos. 9. E por um acaso você sentiu medo de algum? Sim, do dragão de comodo…

/// As florzinhas do Bonete, litoral paulista.



/// Bons ventos no templo chinĂŞs.



/// Bela, com cinco anos, surfando em Chocolate Point, no Havaí.

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10. E pra falar de coisas legais, qual o progra-

11. Então você deve gostar de

ma Nalu Pelo Mundo que você mais gostou?

joguinhos, qual seu favorito?

Foi num hotel na Bahia que tinha brincadeira de

Jogo da memória.

manhã, de tarde e de noite com os monitores!


12. E música, você gosta de ouvir?

13. E qual o lugar que você viajou que mais tem

Sim, gosto da Adele; de uma música que eu fiz

vontade de voltar um dia?

pedalando até chegar no mar; de uma música

Eu queria voltar pra China. Lá tem coisas estra-

do DVD Nalu (Viajar o mundo inteiro pra ver, pra

nhas e passeios legais… e coisas legais… e tem

ver como o mundo é grande…) e aquela da Katy

sorvete.

Perry (Wide Wake).


O dia 23 de julho de 2013 ficou marcado na história do país. Pela primeira vez alguém praticou snowboard em solo brasileiro. O feito foi realizado pelo tetracampeão mundial de sandboard, Digiácomo Dias, acompanhado pelo fotógrafo James Thisted, que registrou cada momento dessa gélida aventura em Santa Catarina. Ficou curioso? Descubra o que essa dupla tem a dizer.



/// Digi rasgando sobre o gelo.

Digiácomo Dias: 1- De onde surgiu a ideia de praticar snowboard em Santa Catarina? A ideia surgiu quando vimos as notícias sobre a neve no estado. No outro dia, quando acordei, vi que tinha nevado em Rancho Queimado, local próximo a Florianópolis. Nisso, liguei para o Eduardo Mesquita e ele também tinha visto o morro do Cambirela com neve. Um colocou pilha no outro, convidamos mais um amigo, o Ire Phillippe e fomos junto com o fotógrafo James Thisted. 2- Como foi essa experiência de trocar areia por neve? A experiência posso dizer que foi alucinante, por estar tão próximo de casa e deslizando na neve.

3- Por que decidiram ir para Rancho Queimado? Por que vimos fotos e vídeos que estava tudo branco, coberto de neve, e era mais perto de casa. Na verdade já tínhamos pensando em ir para Urubici, mas combinamos com a equipe da RBS TV, afiliada Rede Globo, de nos encontrar na praça de Rancho Queimado. Quando chegamos vimos um pasto perfeito, sem pedras, coberto por uma camada de neve. 4- Algum dia imaginou que seria possível praticar snowboard em solo brasileiro com neve de verdade? Jamais imaginei isso, ainda mais em um local tão próximo a Floripa. Nós sempre imaginávamos nisso, mas parecia um sonho impossível.


Foto: James Thisted

5- Você já disputou torneios de snowboard. Para você que desliza sobre a areia, qual sua relação com a modalidade? O sandboard é muito parecido com o snowboard, tanto que dizemos que o sand é a versão tropical do snow. As manobras são as mesmas e a prancha também é muito parecida. Muda um pouco a técnica de descida, mas não tem muita diferença. 6- Este foi um feito histórico. Qual a sensação de ter sido o primeiro a praticar snowboard no Brasil? Foi muito legal saber que fui o primeiro a fazer snow no Brasil. Talvez muitas pessoas tenham pensado, mas não acreditaram, e nós sim. Tanto que fomos atrás disso. Tivemos a felicidade de dar certo e entrar para a história!

7- A população local ficou fascinada com esse fato. O que você vai levar dessa experiência? A galera de Rancho Queimado não entendeu nada quando chegamos com as pranchas. Como a sessão foi ao lado da praça, todos podiam nos ver descendo. A cidade parou pra ver. Todo mundo ficou olhando, sem acreditar no que estava acontecendo. Rancho queimado ficou mais conhecida, muitas pessoas de lá me procuraram para dar os parabéns e agradecer pela nossa iniciativa. Uma experiência que nunca vou esquecer!


D e s l i z a n d o S o b r e a N e v e B r a s i l e i r a / Te x t o : R e n a t a K r á s

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/// A praça do município virou rampa de decolagem

Foto: James Thisted


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James Thisted: 1- O que você estava fazendo quando recebeu o convite para fotografar snowboard e o que passou pela sua cabeça? Como tinha acabado de ver nos boletins de ondas que o mar estava bom, comecei a ligar para os surfistas que normalmente fotografo para saber onde seria a investida do dia. Aí, recebi a ligação da galera falando da ideia do Digi, de ir tentar fazer snowboard em Rancho Queimado. Aceitei o convite na hora, pois sabia que aquela era uma oportunidade única, mesmo sabendo que poderia ser um tiro no escuro, pois não tínhamos certeza se conseguiríamos achar a condição ideal para praticar snowboard. A gente tinha que tentar... 2- Como foi a experiência de trocar a beira da praia para ir em busca de um pico com neve para ser fotografado? Basicamente a barca foi parecida com as que faço para fotografar surf. Juntamos a galera e fomos a procura do melhor lugar para praticar e fotografar. Mas os equipamentos que precisaria levar seriam diferentes. Para começar, não precisava levar o equipamento de dentro d’água (caixa estanque, pés de pato e roupa de borracha). A primeira coisa que me veio a cabeça foi: o que vestir para me proteger do frio? Como não tenho um par de botas para neve, separei um outro par de tênis, pois sabia que assim que pisasse na neve o pé afundaria e ficaria molhado e gelado. Não deu outra, fiquei me achando “o cara” quando, na hora de ir embora, tinha outro par de tênis para trocar.

3- Qual o equipamento que você utilizou para o registro? Usei a minha Canon 7D e as minhas lentes 10-22, 35-80 e 70-200. 4- Já registrou algum outro momento histórico, comparado a esse? Já registrei alguns momentos históricos do surf, ondas que decidiram campeonatos mundiais ou que ficaram marcadas na história do esporte. Assim rapidinho me vem a cabeça aquela onda que o Kelly Slater dropou em Teahupoo com uma latinha de cerveja na mão, abriu, deu uns goles dentro do tubo e saiu para vencer a etapa. Ou aquela do Rob Machado numa bateria do Pipe Master contra o Kelly que ele saiu do tubo e faz um “give me five” com o Kelly, também valendo título mundial. Mas nevar tanto e tão perto de Floripa pode ser uma vez só na vida. 5- Já havia fotografado na neve? Onde? Estive uma vez em Vale Nevado, no Chile, fotografando alguns surfistas e snowboarders. 6- Qual a sensação de participar de um feito como este, que ficará marcado na história do país? É gratificante saber que você fez parte de algo que poderá ficar marcado na história. 7- Se você pudesse descrever esta sensação em uma palavra, qual seria? “Irado” seria uma palavra que descreveria bem esse dia.





Eu tinha 17 anos quando desci pela primeira vez a ‘’Pinneaple Road’’, famosa estrada que dá acesso ao ‘’North Shore’’ havaiano. Era minha primeira temporada no arquipélago e esse momento ficou guardado carinhosamente na minha alma. Como um ‘’dejavu’’, dezenas de temporadas depois, me vi ali novamente naquela estrada. Só que agora com minha esposa Bia Silveira e uma criança nos braços. Nosso bebê havia nascido há três dias no hospital de Honolulu.


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Na Onda / Por Sylvio Mancusi

O amor ao oceano trilhou minha vida por caminhos repletos de emoção, mas não existe felicidade sem suor e essa é uma das lições de vida que pretendo passar ao pequeno Benjamin. Foi na minha terceira temporada havaiana, em 1998, uma das primeiras vezes que senti a presença de Deus no oceano. Segundo gráficos e testemunhas, aquelas foram algumas das maiores ondas já registradas no planeta. O jet-ski naquele dia era a única esperança para entrar no mar. A nossa experiência não foi muito longa, já que depois de duas séries nos encontrávamos na praia com os dois jets quebrados, mas vivos. No final de tarde outros surfistas entraram no mar e Ken Bradshaw surfou, em Log Cabins, uma onda que muitos afirmam ser a maior já pega no Havaí. Em 2001, como um dos integrantes da equipe brasileira no mundial de tow-in, comecei um outro lado da minha carreira de surfista. Depois de surfar Jaws gigante, sentei em uma mesa de hotel onde tive acesso a internet, algo que na época era uma nova e desconhecida tecnologia de comunicação. Fui o primeiro surfista a usar essa ferramenta para passar informações diárias do outside havaiano para o Brasil. Em seguida, comprei minha primeira câmera profissional e comecei a produzir matérias para o SporTV.

/// Mauka em uma das maiores ondas já surfadas em Jaws, no Havaí.


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/// Pronto para encarar os ventos da Africa.

Na Onda / Por Sylvio Mancusiâ‰


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“Segundo gráficos e testemunhas, aquelas foram algumas das maiores ondas já registradas no planeta.”

Nessa época o kite apareceu em minha vida. Lem-

Onda”, foram muitas as trips pelo planeta, algu-

bro muito bem das primeiras sessões de kitesurf

mas para lugares impensados para um surfista

em ondas realmente grandes no Havaí, acima dos

tradicional, como Irlanda, Noruega, Marrocos e

15 pés.

Itália.

Certa vez, peguei uma onda que fechou Sunset

Acredito que o ‘’novo’’ mais uma vez foi uma das

com o outside de Kammieland, caí da prancha

âncoras do sucesso dessas temporadas. Nessa

(uma 7 pés de tow-in da época) e perdi o kite.

batida cheia de desafios, estou vivendo mais uma

Um helicóptero me acompanhou por um tempo

emoção sem tamanho na minha vida… a emoção

até que cheguei na praia. Usava o primeiro colete

de ser pai.

exclusivo da Mormaii para ondas grandes e isso ajudou muito.

Em um desses devaneios sobre o assunto, descendo a “Estrada do Abacaxi’’, sentido North Shore,

Em seguida migrei para o Multishow, sob o

passou pela minha cabeça o seguinte: ‘Espero que

comando do diretor Guilherme Zattar, um wind-

meu filho acredite nos seus sonhos e faça tudo

surfista dos anos 70. Na época ele já tinha o sonho

com amor.’ Creio que essa é a receita de todo

de colocar no ar um canal que transmitisse o life-

homem de sucesso.

style dos esportes radicais. Bem vindo ao mundo Benjamin, papai te ama e te O sonho dele se realizou e hoje fazemos parte do

apoiará em sua própria estrada, seja ela qual for.

Canal OFF, o primeiro direcionado exclusivamente

Foi assim que meu pai me ensinou e é assim que

para o lifestyle radical. À frente do programa “Na

esse legado continuará.


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ENSAIO MORMAII Fotos: Carlos Carpinelli M o d e l o : Vr i n d a Ha m a l







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sinta-se mormaii


/// A natureza é nossa maior inspiração.

Foto: James Thisted


/// Vrinda Hamal voando na Indonésia

/// Netão de olho nas ondas.

Foto: James Thisted

/// Vrinda colocando seu equilíbrio em teste.

Foto: James Thisted


/// João Paulo se preparando pra pular n’água.


/// João Paulo e Marco Giorgi de olho na série.

/// Yuri Gonçalves caçando as ondas de Lobitos.

Foto: James Thisted


/// Jo達o Paulo Abreu e Caio Vaz aprovando as wetsuits Mormaii.

Foto: James Thisted


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RO OTS

/// Marco Giorgi aprimorando o repert贸rio.


Foto: James Thisted


/// Linahs e curvas bem enquadradas por James Thisted.


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Mormaii Arts / Pietro Montanari / Fotos: Arquivo Pessoal

MORMAII ARTS Pietro Montanari

Sonhar alto pode ser sinônimo de vida simples e feliz. É assim que o designer gráfico Pietro Paradeda Montanari , também conhecido como Pi, se vê hoje. Depois de concluir a graduação na Uniritter de Porto Alegre, colocou o currículo em baixo do braço e, decidido, foi até Garopaba, em busca de suas metas. Bateu na porta da Mormaii e teve seu trabalho reconhecido por Carlos Carpinelli, diretor de criação da MXM: “A Mormaii é uma ótima empresa de se trabalhar, agora sim me sinto em casa”, declarou Pietro.


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No escritório, ele desenha para a confecção, realizando um trabalho primoroso para a marca. Mas, quando coloca o pé pra fora, a inspiração se volta para as pranchas. Desde pequeno, Pietro pinta seu quiver, mas foi há cerca de três anos, quando chegou a Garopaba, que começou a desenhar dedicadamente, por influência de um amigo. Hoje, aos 27 anos, já ilustrou pranchas como a do surfista Marco Giorgi e expôs seus trabalhos no Banx, complexo de skate em Porto Alegre que mistura esporte, gastronomia e arte. “Expor é uma sensação maravilhosa. É uma massagem no ego. Ver seus amigos e outras pessoas comparecendo a um evento para apreciar o seu trabalho não tem preço”, afirma. Para Pietro, desenhar é um hobby e funciona como terapia. “Geralmente quando eu pinto, minha casa está cheia, som rolando e o astral lá em cima. Não tem coisa melhor”. Além das amizades, as belas paisagens do litoral ao seu redor também contribuem para sua criatividade. As inspirações vem das mais diferentes fontes, mas boa parte é fruto da música. Ele também se inspira em alguns ilustradores, tanto os mais antigos, quanto os da atualidade. Entre eles estão Rick RIetveld, Johnny Crap, Hydro 74 e Godmachine. Para dar vida aos desenhos, Pietro utiliza spray, posca, pincéis e uma tinta a base d’água, seu xodó. Portanto, se você encontrar um cara pelas areias de Garopaba, sentado sobre uma prancha e desenhando com alma, este cara pode ser Pietro Montanari.


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E a r l y D a y s / Te x t o : F a b i a n o T i s s o t

MORMAII EARLY DAYS Ao longo da sua história, a Mormaii ficou marcada no coração das pessoas por diversos motivos. Foram muitos eventos, campeonatos, atletas e lembranças em torno de uma gama variada de esportes e produtos.

/// Não é tarefa fácil encontrar

Sendo assim, para celebrar

um brasileiro que jamais teve

algumas dessas lembranças

contato com a marca. Fosse

especiais, trouxemos o conjun-

através de sua infância na

to dos logotipos que marca-

praia, de algum esporte livre,

ram a história da Mormaii por

uma imagem de ação ou, até

gerações. Traços e cores que

mesmo, um inspirador anúncio

refletem um pouco da sua

de revista ou TV.

época, aflorando emoções e bons sentimentos em cada um de nós.




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