Ed.12 - Série Especial A Força do Conhecimento: Conectado com ano novo - semana 01 - Janeiro 2020 - ISSN 2525-801X
REVISTA ADMINIS TRAÇÃO E CIÊNCIAS
Janeiro 2020 semana 2
Ano 3 Série Especial A Força do Conhecimento Edição 12
ARTIGOS SOBRE
COAC HING
ISSN 2525-801X
Revista Administração e Ciências
Curitiba, 2a Edição Série Especial A Força do Conhecimento: Conhecimento é Poder.Semana 01 - Junho de 2019
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# ANO NOVO !1
Ed.12 - Série Especial A Força do Conhecimento: Conectado com ano novo - semana 01 - Janeiro 2020 - ISSN 2525-801X
Revista de Administração e Ciências ISSN: 2525-801X ORCIDE: 0000-0001-8789-7698 Publicação da área de Ciências Humanas
As opiniões emitidas nos artigos são de inteira responsabilidade de seus autores. All articles are full responsability of their authors. Solicita-se permute
Catalogação Periodicidade Semanal ISSN 2525-801X
CDD 100
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Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Correspondência e Assinatura / Letters and subscription Revista de Administração e Ciências Rua Nicolau Vorobi 244 CIC – Curitiba – Paraná CEP.: 81250-210 E-mail: kozoski@gmail.com
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Editorial Esta é a décima segunda edição da série especial sobre a força do conhecimento. A série especial está publicando artigos científicos produzidos por profissionais e estudiosos das ciências da Administração e da metodologia Coaching. Prof. Morôni Kozoski
Está edição tem como título: Conectado com o ano novo. O processo de estudo e aprendizado é completo quando o resultados da pesquisa realizada podem ser compartilhados publicamente.
Sua opinião é muito importante para nós. Se desejar fazer elogios, comentários, críticas ou saber mais sobre os trabalhos realizados por cada autor, poderá fazê-lo no nosso WhatsApp 41 99986-8566.
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PÁGINA 7 PLANEJAMENTO NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS COM BASE EM PROCESSO DE COACHING Valmoci Martins Garcia
PÁGINA 20
O COACHING NO ÂMBITO DOS PEQUENOS EMPREENDEDORES Raul Luiz Theodoro de Oliveira Asaiag Ribeiro
PÁGINA 36
“MINDSET” DE CRESCIMENTO PARA CONCURSOS PÚBLICOS Gabriel Aparecido Cerone Molinari
PÁGINA 49
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - 7 HÁBITOS PARA DESENVOLVÊ-LA Polyana Rodrigues de Oliveira
PÁGINA 64 A DIFICULDADE NA IMPLANTAÇÃO E ACEITAÇÃO DO PROCESSO DE COACHING Altair Marcelo Siquiero
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PÁGINA 73 FERRAMENTAS FUNDAMENTAIS PARA UM PROCESSO DE COACHING FINANCEIRO DE SUCESSO Luciana Scavassa
PÁGINA 88 COACHING EDUCACIONAL Renata Emilia Casula
PÁGINA 97
A importância do processo de Life Coaching no emagrecimento Selma Marques
PÁGINA 105
A IMPORTÂNCIA DO COACHING NAS ORGANIZAÇÕES Liliane de Fatima Borges
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PLANEJAMENTO NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS COM BASE EM PROCESSO DE COACHING
Valmoci Martins Garcia
"O sucesso da liderança depende do resultado produzido pelo trabalho em equipe".
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PLANEJAMENTO NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS COM BASE EM PROCESSO DE COACHING Valmoci Martins Garcia Morôni Kozoski RESUMO O presente artigo descreve um breve relato sobre os passos para que se desenvolva o planejamento de micro e pequenas empresas, partindo de uma visão de desenvolvimento pessoal (referente ao indivíduo), ampliando essa perspectiva para o desenvolvimento global com objetivo de estruturar um empreendimento de forma sustentável e próspera. Descreve ferramentas e procedimentos no âmbito da gestão pessoal, empresarial, organizacional e estratégica. Descreve metodologias e procedimentos a serem adotados com intuito de servir de modelo para uma empresa desenvolver sua estrutura de forma sólida e lucrativa, tendo como base o processo de coaching. Também estabelece alguns pontos necessários para o desenvolvimento de um espírito empreendedor e de liderança, sendo características intrínsecas ou passíveis de se desenvolverem por todo indivíduo que opta pela magnífica condição de empreendedor. Este artigo tem como base bibliográfica literaturas que tratam de desenvolvimento pessoal e gestão empresarial bastante conhecidas e adotadas por empresários ao redor do mundo. Palavras-chave:
Coaching. Coaching Empresarial. Life Coaching.
Liderança. Planejamento Estratégico. Planejamento Organizacional. INTRODUÇÃO Tempos de crise, favorecem a atuação do coach empresarial, visto que estruturar ou reestruturar a organização aparece como alternativa concreta para voltar a ter lucros quando a empresa se encontra endividada ou estagnada. Conforme pesquisa divulgada pelo SEBRAE publicada em 2016, cerca de 49% das microempresas brasileiras fecham as portas apenas 3 anos após o início das atividades. O coaching empresarial é uma alternativa tanto para empresas ainda na fase embrionária quanto para empresas que já estão no mercado há algum tempo, mas que apresentem alguma deficiência tendo como consequência o declínio financeiro, perca de clientes, estagnação, desorganização ou até mesmo empresas que possuem um bom andamento,
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no entanto, o dono não consegue se ausentar do ambiente empresarial sob o risco de que a produção ou os serviços prestados paralisem. O objetivo do coaching empresarial é preparar o dono da empresa de forma que ele desenvolva uma visão ampla da organização, busca auxiliar no desenvolvimento do empreendedor para que ele seja capaz de construir uma estrutura que obtenha o lucro esperado, de forma organizada e mantendo um determinado padrão de procedimentos, atendimento e serviços. O coach é responsável por conduzir e supervisionar o coachee (empresário) durante esta caminhada através do conhecimento, em busca da construção de uma empresa saudável e próspera. Quando o dono não tem a visão ampliada do seu negócio e acredita que a única solução para manter a empresa em pleno funcionamento é estar sempre presente, o coach deve auxilia-lo para que amplie sua visão, desenvolvendo um pensamento evolutivo neste aspecto, com base em um planejamento sólido e eficaz. Toda mudança terá início a partir do desenvolvimento de um mindset de crescimento por parte do empresário, o que irá resultar em um novo comportamento. A orientação e acompanhamento do coachee pelo coach, auxilia nesta construção.
LIFE COACHING: O INÍCIO DE TUDO! O empresário precisa entender que sua qualidade de vida, é muito mais importante do que sua empresa. Portanto, a empresa é a visão de futuro e não sua missão de vida. Depois de reconhecer que o propósito da sua vida não é servir à sua empresa, mas o objetivo principal da sua empresa é servir à sua vida, você pode começar a trabalhar pela empresa, e não nela, sabendo da absoluta necessidade de que seja assim (GERBER, 2011, Pág. 82).
O ideal é que o trabalho do coach inicie pelas percepções do coachee através da construção da missão, visão e valores pessoais do coachee. Por
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conseguinte, essas características pessoais irão contribuir para a construção da missão, visão e valores empresariais. Conforme Hill (2015, pág. 78) “Você é o que você pensa. Seus pensamentos são avaliados por sua atitude positiva ou negativa”. A empresa deve ser capaz de sustentar financeiramente a família do empresário mesmo que ele falte por motivos de doença ou até mesmo se vir a falecer, funcionando de forma independente. O empreendimento que funciona de forma autônoma, permite que seu dono se aposente e continue usufruindo da renda que ele gera. Quando uma empresa funciona somente com a presença do dono, onde o mesmo permanece horas “apagando incêndios” em prol da sobrevivência do negócio, algumas consequências desta rotina exaustiva como a redução significativa da sua qualidade de vida, causada por restringir ou banir seus momentos de descanso e lazer, podem vir a prejudicar seu equilíbrio emocional. Por vezes o empresário acaba desenvolvendo doenças emocionais com ansiedade e insônia, devido a conexão permanente que mantém com as preocupações da empresa. A desmotivação dos funcionários e demais envolvidos no processo, é um fator que colabora para o mau funcionamento do negócio. A empresa, deve existir para satisfazer todos os envolvidos, desde o cliente, o empresário, os colaboradores, os parceiros e até mesmo seus fornecedores. Relacionamentos saudáveis entre os responsáveis pela organização, os empregados, os fornecedores, parceiros e clientes, são características de um negócio com tendência a prosperar.
DESENVOLVENDO UM PERFIL EMPREENDEDOR Em todo negócio deve ser levado em consideração, a satisfação dos funcionários, dos clientes, dos fornecedores e dos seus investidores. É importante que o empreendedor saiba suprir as necessidades dos seus colaboradores, não confundindo as verdadeiras necessidades com meras vontades de seus liderados.
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Segundo Elrod (2016, pág. 39) “Sempre que você escolhe fazer a coisa fácil em vez da coisa certa, você está moldando sua identidade, tornando-se aquele que faz o que é fácil, e não o que é certo”. Conforme Hunter (1998) são necessários quatro estágios para adquirir novos hábitos e habilidades. Estágio Um: Inconsciente e Sem Habilidade - Este é o estágio em que você ignora o comportamento e o hábito. Você está inconsciente ou desinteressado em aprender a prática e, obviamente, despreparado. Estágio Dois: Consciente e Sem Habilidade - Este é o estágio em que você toma consciência de um novo comportamento, mas ainda não desenvolveu a prática. É quando sua mãe começa a sugerir o vaso sanitário; você fumou seu primeiro cigarro, ou bebeu, e isso caiu mal; você pegou os esquis, tentou fazer uma cesta, sentou-se à máquina de escrever ou ao piano pela primeira vez. Tudo é muito desajeitado, antinatural e até assustador. Mas, se você continuar a lidar com isso, irá para o terceiro estágio. Estágio Três: Consciente e Habilidoso - Este é o estágio em que você está se tornando cada vez mais experiente e se sente confortável com o novo comportamento ou prática. É quando a criança quase sempre consegue se controlar, quando você saboreia os cigarros e a bebida, quando já consegue esquiar razoavelmente, quando o datilógrafo e o pianista não precisam mais olhar para o teclado. Você está "adquirindo o jeito da coisa" neste estágio. Estágio Quatro: Inconsciente e Habilidoso - Este é o estágio em que você já não tem que pensar. É o estágio em que escovar os dentes e usar o vaso sanitário de manhã é a coisa mais natural do mundo. Este estágio também serve para os datilógrafos e os pianistas altamente eficientes, que não pensam em seus dedos batendo no teclado. Tornou-se natural para eles. Este é o estágio em que os líderes conseguiram incorporar seu comportamento aos hábitos e à sua verdadeira natureza (HUNTER, 1998, Pág. 88, 89, 90).
É importante que o empresário invista em desenvolvimento pessoal, para si e para seus colaboradores. É imprescindível investir também em treinamentos, assim, os colaboradores exercerão suas funções de forma correta e sentindo-se responsáveis. A função do processo de coaching para desenvolvimento de aspectos pessoais necessários ao empreendedor, resume-se na condução e supervisão das atividades que são executadas pelo coachee (empresário) com base nas técnicas adotadas, contribuindo para que ele se mantenha em direção ao objetivo a ser alcançado. Ao final de cada sessão é importante a ressignificação, onde o cliente irá expor verbalmente qual foi a importância da sessão de acordo com sua própria percepção. Essa verbalização quando executada pelo coachee, !11
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reforça em seu subconsciente os comportamentos e habilidades trabalhados durante a sessão, contribuindo para que inicie o processo de construção dos hábitos desejados. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Para que tudo funcione conforme planejado, o empresário deve ter conhecimento sobre o planejamento estratégico da empresa, implantando sistemas e práticas que possibilitam seu pleno funcionamento em qualquer cenário, independente do dono estar ou não presente. Para que se implante de forma satisfatória a estrutura estratégica empresarial, o empreendedor deve ter desenvolvido o mindset de crescimento, pois sendo ele o dono da empresa, precisa saber como funcionam os processos de forma global. Segundo Carol S. Dweck (2017, pág. 11) “A paixão pela busca de seu desenvolvimento e por prosseguir nesse caminho, mesmo (e especialmente) quando as coisas não vão bem, é o marco distintivo do mindset de crescimento”. Somente quando tiver uma visão sistêmica, e implantar as ferramentas adequadas, o empreendedor será capaz de contratar e desenvolver subordinados que tenham o perfil técnico para executar todas as atividades necessárias dentro da organização com a devida competência. Também será capaz de delegar atividades de forma assertiva. A missão da empresa deve estar clara para todos, tem que ter um significado profundo para os clientes e para os colaboradores, deve proporcionar um sentido de existir para o colaborador com relação a empresa. Da mesma forma, a visão de futuro também deve ser compartilhada com todos os empregados, clientes, parceiros e fornecedores. A visão de futuro é uma projeção de para onde vai o negócio, onde ele pretende chegar. A frase que representa a visão de futuro deve definir quais os objetivos da empresa a longo prazo.
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Os valores são as crenças positivas da empresa, as quais todos os funcionários devem ser apresentados desde o momento da sua contratação. Diferente das crenças sabotadoras, os valores são crenças positivas e construtivas, que levam a equipe e a empresa em frente. Os valores devem ser praticados pelo dono da empresa, servindo assim de exemplo aos demais colaboradores. Enfim, a missão, a visão e os valores da empresa, após implantados, devem ser amplamente divulgados e disseminados dentro e fora da organização. O empreendedor deve buscar realizar os seus sonhos, que deverão ser custeados pelos lucros advindos da empresa. Isto é, a empresa deve ser encarada como sua missão de vida, e seu lucro deve servir para pagar os sonhos pessoais do empresário. Através da construção do Modelo CANVAS, idealizado por Alexander Osterwalder, é possível obter uma visão global do plano de negócios da empresa, demonstrado em uma única “folha”. Este modelo representa de forma macro, o mapa estratégico da empresa. De posse do modelo CANVAS da empresa, é possível avaliar a viabilidade do negócio, identificar aspectos importantes como proposta de valor, segmento de mercado, canais de interação entre empresa e cliente, canais de capitalização de dinheiro, fontes de receitas, infraestrutura necessária, recursos necessários, identificar parceiros, fornecedores, etc. Um mapa estratégico desenvolvido com base no modelo CANVAS, serve como um guia para elaborar os planos de ação para cada etapa do negócio. Todo negócio para prosperar necessita ser desenvolvido e idealizado como um protótipo, isto é, estruturado de forma que possa ser facilmente reproduzido. Ao mesmo tempo, esse protótipo precisa ser revisto e atualizado sempre que ocorrerem mudanças no segmento de atuação da empresa. Segundo Michael E. Gerber (2011) uma empresa sustentável deve funcionar no “piloto automático”, possibilitando dessa forma expandir-se no formato de franquias, agregando valor ao negócio. Uma empresa que depende exclusivamente de pessoas para funcionar, acaba sendo influenciada pelos vícios dessas pessoas, tornando-se
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também uma empresa de certa forma “viciada”. Os vícios muitas vezes, engessam um processo de uma forma bastante equivocada o que normalmente reflete em prejuízos à corporação. Uma empresa que funciona através de processos sem a interferência do dono, é bem vista pelo mercado porque agrega valor ao negócio, podendo ser conduzida por qualquer pessoa que venha adquiri-la. Os processos, com base em sistemas automatizados quando implantados adequadamente, propiciam que a empresa funcione no piloto automático e sem a necessidade da presença do dono. Para todo sistema implantado na empresa, deve-se desenvolver indicadores com o intuito de controlar os processos, identificar pontos susceptíveis a falhas, possibilitando agir preventivamente de forma a minimizar prejuízos. A supervisão dos processos contribui para o bom andamento e para a melhoria contínua. É de extrema importância testar a operacionalidade do sistema antes da implantação definitiva. Para que uma empresa tenha valor ela deve ser baseada em processos e não em pessoas. Os dados dos sistemas devem ser atualizados para que tenham a devida confiabilidade. As informações a serem incluídas nos sistemas devem ser parametrizadas de forma que as pessoas responsáveis pelo procedimento, consigam interpretar sem dificuldades. PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL Cabe ao empresário, envolver-se em funções estratégicas, deixando os trabalhos ditos técnicos, para seus colaboradores que foram contratados para este fim. Toda a empresa deve possuir procedimentos operacionais devidamente descritos de forma prática. Em uma empresa estruturada, as atividades técnicas podem ser realizadas por qualquer pessoa que estude o passo a passo pré-definido para cada atividade ou setor. Estas orientações são escritas em documento específico denominado Procedimento Operacional Padronizado (POP). Este documento permite que o trabalhador entenda como devem ser executadas as atividades a ele atribuídas.
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O Procedimento Operacional Padronizado (POP) precisa descrever com riqueza de detalhes as atividades que são executadas em determinado setor. Precisa ser escrito em linguagem simples para facilitar o entendimento e aplicação pelo responsável de cada área. Pode ser dividido em tarefas diárias, semanais e mensais. A empresa precisa elaborar e adotar um roteiro de contratação de pessoal. Neste roteiro, devem constar as atividades a serem desenvolvidas e perfil desejado para o cargo, bem como todas as obrigações e benefícios oferecidos para a vaga em questão. Durante a contratação, precisa ser apresentado ao candidato o regulamento ou regimento interno da empresa, também conhecido como manual de integração. Neste manual, são descritas todas as regras da empresa as quais todos os funcionários efetivados devem observar e praticar, a partir da data da contratação. Também é importante que o empreendedor apresente a missão, visão e valores da empresa, deixando-o ciente dos objetivos da organização. Barbosa (2012) define aspectos que auxiliam na gestão do tempo. As tarefas podem ser divididas em: importante, urgente e circunstancial. Tudo que é importante do ponto de vista pessoal tem relação com a visão de futuro, com os valores e com a missão de vida, e trazem algum tipo de resultado positivo a curto longo ou médio prazo. Toda tarefa urgente um dia foi importante, mas por não ter sido feita no tempo certo, acabou por transformar-se em urgente e deve ser feita imediatamente, caso contrário pode gerar algum tipo de problema. Tarefas urgentes precisam ser evitadas, podendo surgir como exceção e não de forma corriqueira. Circunstanciais, são tarefas que o empresário faz, mas não deveria estar fazendo. Essas tarefas precisam ser delegadas a alguém que consiga executa-las de forma adequada e sem prejuízos. O planejamento é a melhor forma para organizar as tarefas de maneira adequada. Através da priorização das tarefas é possível evitar que coisas importantes se tornem urgentes e que circunstanciais venham atrapalhar o bom andamento do dia. A inovação deve sempre estar presente na empresa, ela representa novidade e melhoria no processo existente. Uma inovação pode ser
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implantada sem custo ou com pouco custo pela empresa, representa uma forma diferente e mais adequada de fazer algo que já é feito. Uma mudança de layout, adotar uma maneira padronizada de receber os clientes e visitantes, através de boas práticas como sorrir, desejar que sejam bemvindos, ofertar água e café, adotar um uniforme específico, mudar a fachada, etc; são medidas que podem ter custo zero ou pequenos custos, mas podem ter um impacto positivo junto aos clientes, ao mercado e também internamente. Segundo Gerber (2011) toda a inovação deve passar pelo processo de quantificação, ou seja, ela deve ser avaliada por meio de indicadores específicos, para identificar os pontos que melhoraram e os pontos a melhorar logo após sua adoção de forma provisória (período de testes). Esta quantificação servirá para embasar a decisão sobre implantar ou não de forma definitiva a referida inovação. A inovação é implantada definitivamente e torna-se um padrão, somente se ficar comprovado através da quantificação que ela contribui para a organização. De acordo com Parkinson (2008) se você tem um trabalho que pode ser feito rapidamente, normalmente ele é feito de forma que use todo tempo disponível e isso é um erro. Toda empresa deve adotar regras e normas para nortear os serviços dos seus colaboradores com relação a forma de executar cada serviço e o tempo necessário para a sua conclusão. Conforme Guerber (2011, pág. 19) “todo aquele que entra no mundo dos negócios leva em si três pessoas: o empreendedor, o administrador e o técnico”. O Empreendedor é nossa personalidade criativa – sempre satisfeito em lidar com o desconhecido, de olho no futuro, transformando possibilidades em probabilidades, fazendo o caos resultar em harmonia. A personalidade administradora é pragmática. Sem o Administrador, não haveria planejamento, ordem nem previsibilidade. O técnico não se interessa por ideais; interessa-se pelo modo de fazer. Para que as ideias tenham valor, o Técnico precisa transformá-las em metodologia e com motivo (GERBER, 2011, Pág. 22,23,24).
Para que uma empresa prospere, são necessárias as presenças das três personalidades. No entanto, tem que existir um equilíbrio entre elas.
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Para Guerber (2011) toda empresa passa por três fases: infância, adolescência e maturidade. Uma empresa que está na infância só funciona na presença do dono. Nesta fase, o empresário e a empresa são uma “única coisa”. Quando a empresa está na infância o dono trabalha como se fosse um operário técnico, pois não desenvolveu a visão de futuro para sua empresa nem vislumbra alternativas para tornar a empresa independente da sua presença. Assim, se o empresário precisar se ausentar por qualquer motivo, a empresa não sobrevive, pois depende totalmente dele para funcionar. A adolescência de uma empresa começa no momento em que o dono reconhece que precisa de ajuda e vai em busca de melhorar os processos para que a empresa se torne autônoma. Já uma empresa madura, funciona sem a presença do dono, por meio de processos e sistemas estruturados. Isto é, o empresário começa a pensar no futuro da empresa como um “organismo vivo”, procura tornar os processos mais independentes e automatizados. Nesta última fase, implanta-se o planejamento estratégico, onde todos os componentes da equipe passam a seguir procedimentos definidos para cada tarefa que faz parte do processo como um todo, são definidos a missão, visão e os valores da empresa que são compartilhados com todos os colaboradores, o que dá sentido as suas funções na empresa e acaba por elevar a motivação para o trabalho. As empresas são divididas em três níveis, sendo que os presidentes, sócios e diretores, estão situados no nível estratégico. Os gerentes, coordenadores e supervisores, compõem o nível tático. Já o nível operacional é onde estão alocados os técnicos que são os executores. Todo empreendedor deve participar ativamente do nível estratégico da empresa, que é onde acontecem as decisões referente ao planejamento, deixando os níveis tático e operacional às pessoas contratadas para estas funções. Empreender, também é ir em busca de informação com intuito de agregar ao negócio, descobrir novas formas de vender, novas formas de estrutura, estar constantemente em busca de novidades e prospectando melhorias.
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EMPREENDEDOR NA LIDERANÇA O líder deve sabe delegar, incentivando para que as pessoas deem o melhor de si e aprendam ter autonomia para dar uma resposta positiva ao que lhe é solicitado. O verdadeiro líder executa sua função com autoridade sendo admirado pelos seus subordinados pela postura e competências. Um dos fundadores da sociologia, Max Weber, escreveu há muitos anos um livro chamado The Theory of Social and Economic Organization (A teoria da organização econômica e social). Neste livro, Weber enunciou as diferenças entre poder e autoridade, e essas definições ainda são amplamente usadas hoje. Poder: E a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer. Autoridade: A habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal (HUNTER, 1998, Pág. 16).
O líder tem capacidade de transformar sonhos em projetos, é capaz de moldar seu negócio conforme as necessidades dos seus clientes, desenvolve parcerias, e motiva tanto investidores quanto funcionários. Segundo James C. Hunter (1998, pág. 15) “Liderança: É a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum”. O sucesso da liderança depende do resultado produzido pelo trabalho em equipe. Por isso, independentemente da posição hierárquica que ocupam, todos os subordinados têm sua parcela de contribuição para que o líder atinja o que almeja. Todo o ser humano é obrigado a fazer escolhas a todo momento e responder por suas consequências sejam boas ou ruins. Segundo Elrod (2016, pág. 24) “Nosso nível de sucesso sempre será um paralelo com nosso desenvolvimento pessoal. Até que dediquemos tempo diariamente para nos desenvolvermos nas pessoas que precisamos ser para criar a vida que desejamos, obter sucesso sempre será uma luta”. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante da realidade brasileira onde boa parte das micro e pequenas empresas enfrentam dificuldades de organização financeira e de processos,
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a figura do coach empresarial, vem de encontro à esta realidade, contribuindo com o crescimento pessoal e profissional do empresário, ampliando sua visão e oferecendo uma oportunidade para que ele transforme sua empresa num modelo lucrativo e replicável. Conhecer seu estado atual, desenvolver as habilidades para tornar-se um legítimo empreendedor, visando prosperar como dono do negócio, são características que os empresários devem observar e colocar em prática para enfim, alcançar seus objetivos. Além do planejamento que foi abordado neste artigo, deve-se levar em conta, também, os aspectos financeiros e estratégias de vendas durante a construção do planejamento empresarial.
REFERÊNCIAS Barbosa, Christian. A Tríade do Tempo. Rio de Janeiro: Ed. Sextante, 2008. Dweck, Carol. Mindset. A Nova Psicologia do Sucesso. 1ª Ed, São Paulo: Ed. Objetiva, 2017. Elrod, Hal. O Milagre da Manhã. 2016, Ed. BestSeller. GERBER, Michael E. O Mito do Empreendedor, 2011, Ed. Fundamento. HILL, Napoleon. Atitude Mental Positiva, 2015, Ed. Citadel. HUNTER, James. O Monge e o Executivo: uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro: Sextante, 1998. Impulsão Profissional, https://alunos.impulsaoprofissional.com.br/wp-login.php?itsec-hbtoken=entrar. Parkinson, C. Northcote. A Lei De Parkinson, 2008, Ed. Nova Fronteira.
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O COACHING NO ÂMBITO DOS PEQUENOS EMPREENDEDORES
Raul Luiz Theodoro de Oliveira Asaiag Ribeiro
"O pequeno empreendedor é, pois, parte fundamental na dinâmica econômica do pais".
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O COACHING NO ÂMBITO DOS PEQUENOS EMPREENDEDORES Raul Luiz Theodoro de Oliveira Asaiag Ribeiro Morôni Kozoski RESUMO Um levantamento recente feito pela International Coach Federation (ICF), aponta que o coaching teve um crescimento de 300% nos últimos quatro anos no Brasil. Trata-se de um percentual expressivo, e que abre espaço para estudos mais aprofundados e sistematizados sobre as práticas de coaching direcionadas a diversos nichos, especialmente aqueles onde essas práticas apresentam um grande potencial de expansão — como o nicho dos pequenos empreendedores. Esse universo é parte fundamental da economia brasileira — tanto é que nosso país é conhecido por sua “cultura empreendedora”. Com relação aos pequenos empreendedores, há certas especificidades, mas de modo geral as lógicas comportamentais e de gestão são semelhantes. Tendo em vista um nicho tão promissor, este artigo tem como objetivo apresentar uma síntese atual e contextualizada sobre as possibilidades de utilização dos métodos de coaching como ferramenta de desenvolvimento pessoal e profissional por parte dos pequenos empreendedores. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica. Palavras-chave: Coaching, Empreendedorismo, Desenvolvimento De Habilidades. INTRODUÇÃO O mundo globalizado em que vivemos, marcado pela evolução tecnológica, alta competitividade dos mercados e crescente integração das diferentes habilidades humanas, tem exigido das pessoas e empresas estratégias diferenciadas para que seus projetos sobrevivam e tenham sucesso. Com relação a essas práticas inovadoras, o desenvolvimento de competências comportamentais tem sido um fator cada vez mais valorizado tanto no âmbito pessoal e familiar, como no profissional. Conteúdos dinâmicos sobre qualidade de vida, comunicação, relacionamentos interpessoais, otimização de planejamento financeiro e diversos outros alvos “socioemocionais” têm possibilitado às pessoas uma !21
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oportunidade valiosa de se autoavaliarem, ao mesmo tempo que oferecem a elas meios reais de trabalhar esses pontos críticos através de intervenções sistemáticas e objetivas. Nesse contexto, o coaching aparece como umas das metodologias de trabalho mais viáveis e promissoras — embora um tanto incompreendida pelo público geral devido a sua diversidade de atuação e constantes transformações pelas quais passou e passa neste exato momento. Nesse sentido, Di Stéfano (2007, apud Karawejczyk & Cardoso, 2012) explica que o processo de coaching consiste em proporcionar aprendizado e desenvolvimento humano, através do estímulo à aquisição, aperfeiçoamento ou mesmo descobertas de novas competências, contribuindo assim para a evolução do indivíduo, e impactando de forma positiva sobre sua vida e a de todos ao seu redor. Percebe-se através dessa afirmação a amplitude e imenso potencial transformador dessa metodologia nos nichos de atuação humana — algo cada vez mais evidente quando se acompanha a crescente adoção do coaching como ferramenta de otimização em áreas que vão desde o esporte até a o âmbito das finanças — este último na forma de coaching corporativo. E há um campo especialmente interessante no que se refere ao uso desse método: o mundo dos pequenos empreendedores, aqueles que concentram um pequeno capital na abertura de micro e pequenas empresas. A importância desse segmento para a economia do Brasil é inegável. Segundo dados do SEBR AE (2019), que contemplam um levantamento feito em 2014, as micro e pequenas empresas são responsáveis por 27% do PIB do Brasil. Ou seja, mais de um quarto do total. São cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas espalhadas pelo país, e que geram a maior parte dos postos de trabalho formais (52%). Ainda segundo o SEBRAE (2019): As micro e pequenas empresas são as principais geradoras de riqueza do Comércio no Brasil, já que respondem por 53,4% do PIB deste setor. No PIB da Indústria, a participação das micro e pequenas (22,5%) já se aproxima das médias empresas (24,5%). E no setor de Serviços, mais de um terço da produção nacional (36,3%) têm origem nos pequenos negócios.
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O pequeno empreendedor é, pois, parte fundamental na dinâmica econômica do pais. Nesse sentido, ao se analisar o panorama das estratégias de desenvolvimento humano — em especial o coaching —, e sua aplicabilidade no universo dos pequenos empreendedores, surgiu o tema do presente artigo. Alguns questionamentos serviram como norte: Como a prática do coaching pode auxiliar o pequeno empreendedor a atingir suas metas a curto, médio e longo prazo? Quais recursos e ferramentas de sua metodologia podem ser utilizados na elaboração de um plano de ação direcionado a esse tipo de cliente? É essa conexão que este artigo busca e pretende abordar. Sua relevância se justifica por possibilitar uma leitura contextualizada e atualizada do tema proposto, que poderá servir como material de pesquisa para novos trabalhos. METODOLOGIA A metodologia utilizada neste artigo foi a pesquisa bibliográfica, feita a partir de artigos científicos, livros, periódicos e outras fontes teóricas. O banco de dados SCIELO – A Scientific Electronic Library Online, foi uma das principais fontes de busca, devido a sua importância no meio acadêmico. Fonseca (2002) afirma: A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem porém pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta (p. 32).
“A vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente” (GIL, 2002).
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O estudo foi dividido em tópicos, com o intuito de facilitar a orientação da leitura.
O QUE É COACHING? O termo coaching muitas vezes causa estranhamento nas pessoas, o que é compreensível por se tratar de um termo cuja raiz linguística não se encontra em nosso idioma materno. Conforme nos esclarece Milaré & Yoshida (2017, apud Junior, 2012), essa raiz se encontra no termo húngaro Koczi, que antigamente se referia a uma espécie de veículo coberto. Com o tempo, espanhóis e franceses passaram a usar a variação inglesa: coach. Naquele tempo, os universitários eram transportados nesse tipo de veículo, por essa razão surgiu a figura/ símbolo do condutor, ou coach. Segundo Santos et al., (2017), há duas hipóteses que buscam explicam a migração do termo coach para a o campo dos treinadores. A primeira afirma que na Inglaterra do século 18 surgiu uma metáfora na qual coach se referia ao tutor que orientava as crianças através dos campos do conhecimento. Já a segunda hipótese conta que as ricas famílias britânicas tinham o hábito de ler e aplicar lições para as crianças durante os passeios de carruagem (coaches). Nisso, ao se referirem àquela forma de aprendizado, passaram a dizer que as crianças tinham sido "coached", significando que foram instruídas no interior da carruagem. Teodoro & Cruz (2016, apud Marques, 2013) dão continuidade à essa linha histórica, acrescentando: O termo começou a ser utilizado em Universidades da Inglaterra para nomear os tutores educacionais. Cerca de cem anos depois, coaching começou a ser relacionado à habilidade de gerenciar pessoas e surgiram as primeiras técnicas de valorização de competências individuais, principalmente no meio esportivo. (p.4)
Conforme Santos (2010), em 1950 o coaching foi linkado ao mundo dos negócios pela primeira vez, onde aparecia como um processo capaz de gerar resultados. E, em 1960, no Canadá e Estados Unidos, o termo foi
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introduzido em programas educacionais, sendo abordado como Coaching de Vida — cujo objetivo era ajudar as pessoas a revolverem seus problema. Esse autor complementa, afirmando que a partir da década de 80, muitos programas de lideranças mundiais passaram a incluir o conceito de Coaching Executivo em seus processos, onde era visto como “a mais poderosa ferramenta para obter resultados positivos atravessando as constantes mudanças e pressões com suporte, segurança, ajuste e com recursos, sempre com o foco no resultado positivo” (p.8). Atualmente, de modo amplo, coaching se refere a um processo de desenvolvimento pessoal e profissional que visa auxiliar uma pessoa ou grupo a atingirem seus objetivos através da identificação, do entendimento e do aperfeiçoamento de suas competências. O profissional que conduz o processo é chamado de coach, e o cliente, de coachee. O trabalho do coach é ajudar seu cliente, auxiliando-o na sua busca por resultados, com foco no presente e no futuro. Um dos focos é que o cliente aprenda a lidar com seus próprios recursos e limitações (KRAUSZ, 2007, apud LANGE e KARAWEJCZYK, 2014).
MODALIDADES DE COACHING E TÉCNICAS UTILIZADAS As práticas de coaching se expandiram consideravelmente nos últimos anos, o que pode ser explicado por alguns fatores, como por exemplo: 1) mudanças ocorridas no mercado de trabalho, que incentivaram as pessoas a buscarem melhorias em suas performances; e 2) a popularidade que o coaching alcançou como consequências dos resultados positivos obtidos através de seus métodos de desenvolvimento pessoal e profissional (SILVA et al, 2018). Weiss (2012, apud Lopes, 2016) afirma que a utilização do coaching hoje é visto como um sinal de distinção, e não de necessidade de ajuda corretiva. Isso porque houve um período em que o coaching era visto como uma última estratégia de sobrevivência por parte de muitos executivos, o que gerou um estigma de que lançar mão dessa prática não era algo positivo para a carreira. Com o tempo, contudo, essa visão equivocada foi sendo
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deixada de lado, combatida inclusive pelos ótimos resultados obtidos pelo coaching em seu trabalho com os indivíduos e organizações. No que se refere aos tipos (ou modalidades) de coaching, estes envolvem as peculiaridades das diferentes ênfases, especialmente com relação à natureza de cada atuação e do tipo de demanda que ela produz (KRAUSZ, 2017 apud SILVA et al, 2018). Citemos alguns exemplo dessas modalidades. No que se refere ao desenvolvimento profissional, temos: •Coaching de Liderança; •Coaching de Negócios; •Coaching de Vendas; •Coaching de Carreira; •Coaching de Empreendimento; •Coaching de Equipes; •Coaching Executivo.
No âmbito do desenvolvimento pessoal, encontramos: •Coaching de vida (ou Life Coaching); •Coaching de relacionamento; •Coaching espiritual; •Coaching Educacional; •Coaching de Crises e Transições; •Coaching de Planejamento.
Esses são algumas das modalidades mais conhecidas e em crescente expansão. A título de curiosidade, no Brasil, geralmente são as empresas as que mais contratam coaches, movidos pelo desafio de gerar empowerment (empoderamento) em seus funcionários, com o objetivo de torná-los líderes
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criativos e respeitados, bem como compatíveis com as exigências do mundo atual (BANACHI & BAZOLI, 2010). Sobre os métodos utilizados pelo coaching, França (2016, apud Rocheri et al, 2016), explica: O coaching é um processo que utiliza metodologia, técnicas e ferramentas cientificamente testadas para desenvolver e elevar a performance de um indivíduo, equipes ou empresas, e assim atingir resultados positivos. O coach, como treinador, fornece apoio, encorajamento e ajuda na conquista de habilidades para a vida diária. Fornece diretrizes, feedback e orientação para assegurar um bom desempenho. Além disso, ajuda a definir as metas e, depois, apoia o coachee, o treinando, para que possa alcançá-las, por meio de uma estratégia.
De forma resumida, as etapas básicas de um processo de coaching envolvem: 1) o contato inicial, 2) o planejamento e posterior execução do plano de ação, 3) retrospectiva e sedimentação dos resultados obtidos e, 4) encerramento da relação. Com relação ao local onde as sessões serão desenvolvidas, normalmente é providenciado um espaço reservado para esse fim, seja uma sala na empresa, no escritório, ou mesmo na casa do cliente. Nesse contexto, Banachi & Bazoli (2010) fazem uma observação pertinente ao afirmarem que “coaching não é treinamento — um processo de aprendizagem focado no fazer, executar algo específico no trabalho. Coaching é uma parceria, é desenvolvimento do potencial de aprendizagem e de mudança comportamental” (Banachi & Bazoli, 2010, p.16). Para Gallwey (2013, apud Lemos, 2017), em qualquer atividade, desde praticar um esporte até resolver um problema complexo relacionado aos negócios, a dita performance pode ser obtida através de uma equação simples, onde ela equivale (=) ao potencial de uma pessoa após subtrairmos (-) um dado fator de interferência presente. Fica assim: P=p–i Performance = potencial – interferência Seguindo esse raciocínio, o autor afirma que o objetivo do coach é auxiliar o coachee a diminuir determinadas interferências ao menor grau !27
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possível, ao mesmo tempo que o ajuda a identificar seu potencial e a desenvolvê-lo, possibilitando assim uma melhor performance seja em qual área for. Cabe ressaltar, por fim, a aplicação de técnicas que dão suporte ao coach durante as reuniões, e são chamadas de coadjuvantes, como a PNL (Programação Neurolinguística), considerada um modelo de comunicação, linguística e de desenvolvimento humano. Outras técnicas bastante utilizadas são a hipnose ericksoniana, a Cinesiologia, a Constelação Familiar e EFT - Emotional Freedom Technique (PERCIA et al, 2012, apud FERREIRA, 2013). O NICHO DOS PEQUENOS EMPREENDEDORES E SUA RELEVÂNCIA PARA A ECONOMIA BRASILEIRA Segundo Custódio (2011), o termo empreendedor tem origem na palavra francesa entrepeneur, esta usada pela primeira vez em 1725 pelo economista irlandês Richard Cantillon para caracterizar a pessoa que assumia riscos. “O empreendedor é movido por suas vontades pessoais, que o fazem desenvolver um sentimento de comprometimento com o negócio. Soma-se a isso a vontade e necessidade de atingir objetivos estabelecidos, sendo um processo no qual as decisões podem ser tomadas de maneira lógica ou não” (CAMPOS, 2014, p. 32.). Segundo Drucker (1996, apud Custódio, 2011), o empreendedor é uma pessoa que demonstra capacidade para agir de forma inovadora, gerando satisfação em seus clientes. Esse empreendedor é capaz de, entre outros feitos, identificar oportunidades de negócios e nichos promissores de atuação; é alguém que busca conhecimento, estabelece metas, planeja, corre riscos calculados, é persistente, comprometido, realiza um monitoramento sistemático sobre tudo que faz, é independente e autoconfiante. Nesse sentido, "empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as
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consequentes recompensas da satisfação e independência econômica e pessoal (SEBRAE, 2007, p. 15). Campos (2014) complementa a análise, ao afirmar: Estudos ligados à perspectiva psicológica possibilitam compreender que a figura do empreendedor pode ser dividia em diferentes níveis de maturidade, com diferentes combinações de trações e características pessoais, fazendo com que ocorram diversas formas de agir de maneira empreendedora (p. 32).
A contextualização da prática empreendedora com sua inserção e desenvolvimento no Brasil, ao longo das últimas décadas, fornece um panorama expressivo em termos de amplitude. Segundo o portal PEGN (2018), em 10 anos o Brasil saltou de 14,6 milhões de empreendedores, para 49,3 milhões — final de 2018. De 2007 a 2017 mais que triplicou o número de pessoas entre 18 e 64 anos que exerciam algum tipo de atividade empreendedora no país. Para auxiliar no entendimento dessa expansão do movimento empreendedor, Filardi (2006) aponta como um dos principais fatores a realidade econômica do pais. Segundo esse autor, altos níveis de desemprego e as históricas desigualdades sociais têm despertado em muitas pessoas o sonho de ter seu próprio negócio — um desejo impulsionado tanto pela percepção de oportunidades de momento como por uma necessidade circunstancial. Esse impulso multifatorial cria e sustenta a atuação do pequeno empreendedor, cuja importância no cenário brasileiro é histórica. Conforme apresentado na introdução deste artigo, as micro e pequenas empresas são responsáveis por 27% do PIB de nosso país, gerando 52% das oportunidades de trabalho com carteira assinada. Em se tratando do Comércio, sua área de maior atuação, chega a 53,4% do PIB. Essas estatísticas têm feito o Brasil se manter há anos entre os sete países com Taxas de Empreendedores Iniciais (TEA) mais altas. Contudo, conforme aponta Filardi (2006), apesar dos números positivos, há alguns reveses negativos que devem ser considerados no âmbito dos pequenos empreendedores, e o principal deles é a alta mortalidade precoce dos pequenos negócios, explicada por fatores comportamentais e de gestão. O autor aponta que em 50% dos casos de
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falência, os motivos são relacionados à ausência de habilidades socioemocionais e de capacitação para gerir o próprio negócio. Por fim, conforme nos aponta Wennekers e Thurik (1999, apud Sales & Barros, 2006), empreendedorismo não é sinônimo de pequeno negócio, no entanto, as pequenas empresas são veículos importantíssimos pois possibilitam uma real oportunidade para as pessoas canalizarem suas ambições empreendedoras. O COACHING NO ÂMBITO DOS PEQUENOS EMPREENDEDORES Os autores pesquisados na etapa de revisão bibliográfica forneceram importantes informações e focos de análise no que se refere à possibilidade de inserção do coaching no trabalho junto aos pequenos empreendedores. Campos (2014), através da implementação de uma pesquisa-ação que tinha por base o coaching como ferramenta de desenvolvimento de competências empreendedoras, chegou a algumas conclusões pertinentes ao tema deste artigo. Esse autor, citando Valeau (2006), aponta: O papel desempenhado por um empreendedor costuma ser solitário; alguns empreendedores não dispõem de pessoas à sua volta para compartilhar questões que emergem do contexto organizacional. Isso fica mais crítico em momentos de mudanças ou que apresentam uma carga de problemas que geram o aumento no nível de estresse. A figura do acompanhante é oportuna para auxiliar o empreendedor a fazer face às suas dificuldades, tendo o acompanhante a missão de prover alento e conduzir o empreendedor a encontrar motivação dentro de si (p.45).
O coach, pois, surge como um profissional capaz de oferecer seus serviços através de um plano estruturado de ação, de forma a possibilitar que o empreendedor vislumbre uma gama maior de oportunidades de atuação, bem como possa trabalhar seus componentes emocionais para assim alcançar uma melhor gestão da própria vida e de seus negócios. Com efeito, as técnicas de coaching podem ser valiosas ao estimular o desenvolvimento do saber-ser e saber-fazer à maneira empreendedora (BARÈS & PERSON, 2010 apud CAMPOS, 2014). Há, contudo, especificidades a considerar sobre esse público. Conforme nos traz Kirszenblatt (2015) — cujo trabalho veremos mais
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adiante —, existe um desconhecimento generalizado por parte do pequeno empreendedor sobre os benefícios que o coaching pode proporcionar à sua área de atuação. De modo geral, pensa-se que a contração de um coach não faz sentido em negócios de pequeno porte. O autor complementa: "quando isto não acontece totalmente, pelo menos parte deles já ouviu falar no termo coaching aplicado a gerências de grandes corporações, e entendem que de maneira nenhuma o mesmo processo poderia ser aplicado a proprietários de negócios de pequeno porte” (p.85). Constatação esta que não se sustenta diante de uma análise mais ampla, conforme os autores nos trazem. Em 2015, 34 colaboradores do Sebrae/RJ — em fase de conclusão do MBA sobre Gestão Estratégica — se reuniram para produzir o conteúdo de uma relevante edição do órgão sobre o tema Intraempreendedorismo e inovação: uma abordagem especial. Nesse volume, onde constam 17 artigos originais que abordam a gestão de micro e pequenas empresas, o coaching aparece como destaque no âmbito das novas fer ramentas de desenvolvimento profissional e pessoal por parte dos pequenos empresários e empreendedores. Parte desse volume, em seu artigo intitulado A importância da ferramenta coaching para o desenvolvimento de empresários de pequenos negócios, Kirszenblatt (2015) vai direto ao cerne da questão sobre por que ainda há tanta desconfiança acerca do coaching aplicado a esse tipo de cliente. Além dos motivos relacionados ao desconhecimento sobre a viabilidade da prática fora das grandes corporações — como apresentamos no início deste tópico —, esse autor afirma que um grande número de pequenos empreendedores não se dão conta de que seus resultados pouco efetivos podem estar relacionados a fatores de natureza comportamental, como por exemplo, colaboradores e equipe desmotivada — bem como ele mesmo. Ao focar nos resultados quantificáveis, como o aumento de vendas e investimento em equipamentos de última geração, esse empreendedor acaba fechando os olhos para uma realidade igualmente determinante: a esfera emocional. O autor faz um exercício de reflexão: Imagine o líder de uma empresa que não tem autoconfiança, não consegue liderar seus colaboradores, comunicar-se de forma efetiva
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com eles, delegar tarefas, que posterga decisões, que tem dificuldades em definir metas e objetivos. Com certeza, se este profissional não desenvolver as competências necessárias, não conseguirá atingir seus objetivos e comprometerá o crescimento de sua equipe e empresa. Sem falar que levará consigo um sentimento de não realização pessoal e profissional, que comprometerá a sua felicidade global.
O foco da atuação do coach, nesse âmbito, é direcionado então para o desenvolvimento dessas habilidades e competências necessárias ao sucesso nos pequenos negócios, e cuja base é o próprio empreendedor. Sobre o manejo das intervenções junto a esse público — embora possam variam em termos de técnicas específicas —, podemos destacar algumas bases norteadoras, como corrobora Araújo (2014, apud Santos et al, 2017): •Estimulação e potencialização de ideias provindas do cliente, no sentido de valorizar sua criatividade e colocá-las no plano da ação; •Construção de um ambiente de interação positivo e eficaz, entre o coach e o coachee; •Especificação de metas realistas a serem alcançadas; •Compreensão sobre a natureza flexível do processo de acompanhamento; Através de feedbacks e da análise conjunta sobre os resultados, será possível o redirecionamento ou substituição de estratégias. Kirszenblatt (2015), traz orientações sobre o procedimento de apresentação do profissional junto a seu possível novo cliente, um momento de esclarecimentos e definições de trabalho: Inicialmente, deve ser apresentado aos empreendedores o conceito de coaching executivo, esclarecendo que é um processo direcionado para profissionais que atuam em empresas e consiste em auxiliar, por meio de técnicas e ferramentas específicas, o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para o alcance do alto desempenho no ambiente das organizações. Para melhor compreensão, devem ser utilizadas durante os esclarecimentos situações muito comuns no ambiente organizacional, independente do porte da empresa.
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Campos (2014) ao abordar as duas perspectivas de análise utilizadas para estudar o comportamento-ação do empreendedor — a saber, perspectiva econômica e psicológica, afirma que há pontos em comum entre as duas, conforme a figura abaixo. Figura 1. A complementaridade entre as duas perspectivas
Econômica
Psicológica
- Antecipar-se ao mercado
-Visualizar oportunidades
- Combinar recursos
- Inovar
- Correr riscos
- Assumir riscos
Fonte: Adaptado de Campos (2014, p. 19)
Uma estratégia de intervenção do coach é basear-se justamente nessa complementaridade, traçando junto a seu cliente planos de ação que contemplem essas fatores em seus níveis psicológico e econômico — ou seja, a nível pessoal e profissional, unidos em uma percepção holística. Com efeito, Kirszenblatt (2015) acentua essa possibilidade, e complementa afirmando que o coaching é um processo capaz de produzir mudanças duradouras e positivas, em um curto espaço de tempo, e de maneira efetiva e rápida. Ainda segundo o autor, no contexto dos pequenos empreendedores, coaching significa conduzir o cliente até seu estado ideal desejado, de forma satisfatória e aceleradas, ao mesmo tempo que proporcionar uma visualização mais nítida acerca dos pontos pessoais. O objetivo é que esse empreendedor se torne capaz, com o auxílio do coach, de desenvolver ao máximo seu potencial, bem como alcançar suas metas através de recursos comportamentais baseados na objetividade e principalmente, na assertividade.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS Através do conteúdo exposto, este artigo buscou estudar e sintetizar um panorama atualizado sobre as possibilidades de utilização do coaching como ferramenta de desenvolvimento pessoal e profissional por parte dos pequenos empreendedores brasileiros. Ao longo do trabalho, foi possível perceber o enorme potencial de expansão do coaching direcionado ao meio empresarial — em especial ao nicho dos pequenos empreendedores, uma categoria fundamental à economia do país. Também foi possível perceber a viabilidade de sua inserção como ferramenta de desenvolvimento sistemático, baseada em técnicas psicológico-comportamentais documentadas e eficazes. Conclui-se, por fim, que trata-se de um vasto campo de pesquisa e atuação, e em constante evolução. Nesse sentido, este artigo pretende servir como material de referência e base para trabalhos futuros. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BANACHI, Denise Cristina Durello; BAZOLI, Thiago Nunes. O Coaching E A Sua Importância No Aperfeiçoamento De Líderes: Um Estudo Exploratório Realizado Com A Coach Kátia Marco GomES. Instituto de Ensino Superior de Londrina, 2010. Disponível em https://www.inesul.edu.br/ revista/arquivos/arq-idvol_12_1295379877.pdf. Acesso em 15 out. 2019. CAMPOS, Teodoro Malta. O coaching no desenvolvimento de competências empreendedoras: um pesquisa-ação. 2014. Tese (Doutorado em Administração) - Universidade Nove de Julho. 234 f. São Paulo. CUSTÓDIO, Telma Padilha. A Importância Do Empreendedorismo Como Estratégia De Negócio. 2011, 60 f. Trabalho de Conclusão de Curso. Centro Universitário Salesiano. Lins - São Paulo. FERREIRA, Débora Aparecida da Costa. Estudo sobre a atuação de coaches. 2013, 111 f. Dissertação (Pós-Graduação em Psicologia) - Pontifícia Universidade Católica de Campinas. São Paulo. FILARDI, Luiz Fernando. Estudo dos fatores contribuintes para a mortalidade precoce de micro e pequenas empresas da cidade de São Paulo. Tese (Doutorado), Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. JUNIOR, Mario Divo Motter Junior. A Dimensão Do Sucesso Em Coaching: Uma Análise Do Contexto Brasileiro. 2012. Dissertação (Mestrado em Administração) - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas - Fund. Getúlio Vargas. 83 f. Rio de Janeiro.
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KARAWEJCZYK, Tamara Cecilia; CARDOSO, Ana Paula. Atuação profissional em coaching e os desafios presentes e futuros nesta nova carreira. Boletim Técnico do Senac– RJ. v. 38, n 1, jan./abr. 2012. KIRSZENBLATT, Cezar. et al. Intraempreendedorismo e inovação: uma abordagem especial. Rio de Janeiro. Sebrae/RJ, 2015. Disponível em https://sebraeinteligenciasetorial.com.br/produtos/ relatorios-de-inteligencia/intraempreendedorismo-e-inovacao:-uma-abordagem-especial/ 5643a0dea4a5741d0050fa07. Acesso em 13. Out. 2019. LANGE, Amanda; Karawejczyk, Tamara. Coaching No Processo De Desenvolvimento Individual E Organizacional. Editora Unisalle, n. 25, abr. 2014, Canoas, Rio Grande do Sul. Disponível em https:// revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Dialogo/article/view/1495. Acesso em 14. Out. 2019. LEMOS; Daniel Nepomuceno. A Utilização Do Coaching Como Metodologia De Desenvolvimento De Competências Empreendedoras: Um Estudo De Caso. 2017, 33 f. Trabalho de Conclusão de Curso. Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Paraíba. LOPEZ, Vanessa Albertinence. Coaching: Modismo Ou Uma Ferramenta De Gestão De Pessoas Que Veio Para Ficar? Disponível em http://www2.al.rs.gov.br/biblioteca/LinkClick.aspx? fileticket=abmhFsTPojE%3D&tabid=5639. Acesso em12. Out 2019. PEGN - Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios. Empreendedorismo Atrai 52 Milhões De Brasileiros Em 2018. São Paulo, 2019. Disponível em https://revistapegn.globo.com/ Empreendedorismo/noticia/2019/02/empreendedorismo-atrai-52-milhoes-de-brasileirosem-2018.html. Acesso em 11 out. 2019.
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“MINDSET” DE CRESCIMENTO PARA CONCURSOS PÚBLICOS
Gabriel Aparecido Cerone Molinari
"Pessoas proativas executam as tarefas, sem esperar ordens, antecipam-se aos problemas, apresentando uma solução prática, buscam otimizar o tempo, assim como a execução das tarefas.”
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“MINDSET” DE CRESCIMENTO PARA CONCURSOS PÚBLICOS Gabriel Aparecido Cerone Molinari
Morôni Kozoski RESUMO O presente trabalho visa a analisar, de forma minuciosa, a importância de um “mindset” de crescimento em candidatos a cargos cuja seleção se dá por concursos públicos, bem como que demonstrar que os sucessos e a busca pelos objetivos profissionais e pessoais são mais facilmente alcançados por pessoas que ostentam este tipo de mentalidade. Por fim irá demonstrar que é possível a reprogramação da mente, tornando-a mais propensa ao “mindset” de crescimento. Palavras-chave: Mindset. Sucesso. Concursos. INTRODUÇÃO Os termos “mindset” de crescimento e “mindset” fixo, constantes do presente trabalho, baseiam-se nos métodos de pesquisa da renomada psicóloga americana da Universidade Stanford, Carol S. Dweck, ph.D., que, em seu livro “Mindset – A Nova Psicologia do Sucesso”, lançado no Brasil pela editora Objetiva (1ª edição; 2017; publicado anteriormente como “Por que algumas pessoas fazem sucesso e outras não”), demonstrou, em síntese, como o sucesso pode ser alcançado pela forma como lidamos com nossos objetivos em todos os setores da vida. O propósito deste trabalho é demonstrar como os conceitos apresentados pela citada pesquisadora podem ser aplicados especificamente na preparação para provas de concursos públicos, especialmente daqueles cuja natureza do cargo almejado exija do candidato um preparo mais focado e efetivo, e que traz, como efeito colateral da preparação, demasiado desgaste físico e emocional, o que, não raro, constitui fator altamente contributivo na desistência do “cargo dos sonhos” daquele indivíduo que pretende se engendrar no serviço público. Os pontos analisados no trabalho levam em consideração fatores que podem parecer verdadeiros obstáculos ao candidato, culminando em baixa
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autoestima, desestabilização física e emocional, vulnerabilidade, transtornos de saúde e muitos outros problemas. Serão abordados conceitos fundamentais para que o candidato desenvolva o seu “mindset” de crescimento e, como consequência, atinja inúmeros desempenhos satisfatórios em seus estudos e provas, focando, ainda, na visão que ele tem de si próprio, assim como com relação ao cargo que pretende ou pretenderá um dia ocupar, e também técnicas de que poderá se valer para aproveitar todas as ferramentas que tem a sua disposição, especialmente daquelas tendentes a revelar a possibilidade de reprogramação ou reconfiguração da mente. 1. CONCEITOS BÁSICOS DE “MINDSET” DE CRESCIMENTO E DE “MINDSET” FIXO. O termo “mindset” foi cunhado pelo professor de Psicologia da Universidade de Nova York, Peter Gollwitzer, por ocasião do estudo que realizou sobre cognição mental, por volta de 1900. Em termo literal, “mind” tem o significado de “mente”, ao passo que “set”, de “configuração”. Já a ideia de “mindset” de crescimento e de “mindset” fixo, como já salientado na introdução, foram desenvolvidos pela psicóloga americana Carol S. Dweck, ph.D. da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, tendo ela realizado inúmeras pesquisas e extensos trabalhos que acabaram por consagrá-la como uma das maiores e mais influentes pesquisadoras em sua área de atuação, sendo citada, na atualidade, em diversos artigos e estudos voltados à psicologia do sucesso. Pessoas de “mindset” fixo incorporam diversas atitudes que, via de regra, vão se mostrando instantânea ou progressivamente negativas em vários setores de suas vidas. Essas pessoas apresentam características como uma mentalidade mais “fechada”, não acreditam em mudanças, possuem inúmeros medos, crenças limitativas, agem com agressividade e às vezes sem qualquer motivo aparente, se omitem em determinadas situações onde se exigiria ações afirmativas, acham-se incapazes ou são excessivamente confiantes e orgulhosas, sentem-se
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especiais, não admitem erros, evitam o esforço e situações desafiadoras, perdem o foco rapidamente ou mesmo sequer conseguem tê-lo, desistem de seus objetivos com muita facilidade, culpam terceiros por seus insucessos, dentre outras tantas inúmeras características consideradas instintivas. Já o público com “mindset” de crescimento é aquele que tende a utilizar a parte mais racional do cérebro. São pessoas que gostam de desafios, assim como de serem desafiadas. São muito concentradas e veem nos fracassos e nas angústias uma oportunidade de aprendizado e de motivação, algo para “seguirem em frente”, buscando o esforço por conta própria. Simplificando, não se deixam abalar por meros percalços a vida. Outrossim, não se prendem a crenças limitadoras, abrem suas mentes, criam e não copiam, ou seja, procuram sempre a originalidade com a certeza de que não são especiais e que, portanto, precisam sempre se tornar melhores sem, todavia, se auto pressionarem ou mesmo deixar que a pressão alheia as atinja. Aprender e se aperfeiçoar são verbos que se consubstanciam em atitudes base que perfazem constantemente o pensamento dessas pessoas, as quais, aliás, dão mais valor ao caminho que percorreram e nem tanto ao pódio. Aliás, veem este último apenas como uma consequência. Em outras palavras, os meios são mais prazerosos e mais importantes que os fins, ou no mínimo tão importantes quanto. Inúmeras são as consequências negativas que pessoas com “mindset” fixo podem experimentar. Ao revés, pessoas com “mindset” de crescimento são muito prósperas e a forma como encaram os desafios as faz ultrapassar limites que aquelas primeiras sequer sonhariam atingir. Nas palavras da pesquisadora supracitada: O mindset fixo limita as realizações. Enche as mentes das pessoas com pensamentos perturbadores, torna desagradável o esforço e leva a estratégias de aprendizado inferiores. Mais do que isso, transforma as outras pessoas em juízes, em vez de aliados. Quer estejamos falando de Darwin, quer de universitários, as realizações importantes exigem grande concentração, esforço total e um baú cheio de estratégias. E também aliados para o aprendizado. Isso é que o mindset de crescimento nos dá,e por isso permite que nossas capacidades se desenvolvam e frutifiquem. (DWECK, CAROL S., 2017, Pág. 75)
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Importante consignar que, para a citada pesquisadora, todos temos características de “mindset” fixo e também de crescimento, ainda que em reduzido ou insignificante grau. O fator a ser considerado é o nível de preponderância destes “mindsets”, ou seja, qual deles mais se manifesta. 2. A INFLUÊNCIA DO “MINDSET” DE CRESCIMENTO E DO “MINDSET” FIXO NOS ESTUDOS. Notadamente com relação aos estudos, em uma de suas pesquisas, Carol S. Dweck verificou os “mindsets” de alguns estudantes do curso de pós graduação em medicina, observando suas notas e fazendo-lhes perguntas sobre o andamento de seus estudos e estratégias que utilizavam. Conforme conclusão da pesquisadora, in verbis: (…) comprovamos que os alunos de mindset de crescimento obtinham melhores notas. Mesmo quando iam mal em uma prova, recuperavamse nas seguintes. Quando os de mindset fixo não se davam bem, frequentemente não conseguiam recuperação. Nesse curso, todos estudavam. Mas há diferentes maneiras de estudar. Muitos alunos estudam assim: leem o livro e as anotações que fazem nas aulas. Se a matéria for difícil, leem mais de uma vez. Ou então procuram memorizar tudo o que podem, como um aspirador de pó. Assim estudavam os de mindset fixo. Se não iam bem na prova, concluíam que química não era sua vocação. Afinal, “fiz o melhor que podia, não fiz?”. Nada disso. Eles se espantariam se soubessem o que faziam os alunos de mindset de crescimento. Eu mesma acho notável. Eles dominavam completamente seu aprendizado e sua motivação.não mergulhavam numa memorização irrefletida da matéria do curso. Conforme disseram: “Procurei traçar linhas gerais e princípios básicos enquanto assistia às aulas” ou “Examinei meus erros até certificar-me de que os havia compreendido.” Estudavam para aprender, e não apenas para passar na prova. Na verdade, por isso tiravam notas melhores, e não por serem mais inteligentes ou porque tivessem se preparado melhor anteriormente. (DWECK, CAROL S., 2017, Pág. 69)
Como se pode observar, a mentalidade de qualquer pessoa em seus estudos possui grande e impactante influência, especialmente, nos resultados que ela obterá em suas provas.
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Os estudos liderados por Dweck, conforme se infere, confirmam a ideia de que a inteligência não é fator preponderante para o alcance das conquistas almejadas, mas, ao revés, o é a forma com que cada estudante irá lidar com as matérias e com os fracassos ao longo de sua preparação. Aqueles que estudavam visando a aprendizagem e receberam os fracassos como um desafio conseguiram se recuperar e “dar a volta por cima”, ao passo que aqueles que estudavam apenas com o intuito de passar nos exames e encararam notas baixas com desdém, foram incapazes de criar um vínculo afetivo com a matéria ou assunto. Este último grupo, como se pode perceber, apresenta as características de alunos com “mindset” fixo e, aquele, com “mindset” de crescimento. 3. OS FATORES QUE LEVAM AO INSUCESSO DE CANDIDATOS COM “MINDSET” FIXO EM PROVAS DE CONCURSOS PÚBLICOS. Especificamente com relação aos estudos para provas de concursos públicos, verifica-se que, em muitas situações, candidatos a grandes carreiras, a maioria destas de grande concorrência, ficam desmotivados ao longo do tempo de preparação. A maioria deles acaba por desistir, ou seja, não seguem adiante com os estudos, abrem mão de um sonho, nocauteados que ficam pela preponderância de manifestação de seu “mindset” fixo. As matérias parecem ser demasiado volumosas e, algumas, até mesmo “impossíveis” de serem aprendidas. Para o candidato com “mindset” fixo, não existem meios de se ter um relacionamento mais amigável com a matéria ou assunto cobrado no concurso que almeja, o que constitui uma “pedra” aparentemente tão indestrutível em seu caminho que fatalmente o levará ao inevitável abismo da reprovação. O candidato com “mindset” de crescimento, por outro lado, por enxergar tal “pedra” como um desafio, cria meios, com muita força de vontade, estudo e esforço, para destruí-la. Outro ponto que pode levar ao insucesso do candidato é a pressão de terceiros. As atitudes de outras pessoas no curso da preparação pode constituir grande influência no resultado final pretendido pelo candidato.
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Assim é que, desde o momento em que o candidato decide se “aventurar” no mundo dos concursos públicos, cria-se uma enorme expectativa em pessoas mais próximas, especialmente nos pais. Ora, trata-se de um sentimento de esperança notável e, até certo ponto, louvável, já que parte de pessoas que querem o melhor para o indivíduo concurseiro. Ter um emprego estável e, em muitos casos, de renome e com bons salários, configuraria o “vencer na vida”, sonho que praticamente todos os pais nutrem em relação aos seus filhos. O problema, todavia, ocorre quando esta expectativa passa a se manifestar em forma de pressão, ainda que indireta e sem intenção alguma, porém tão forte e tão grave a ponto de fazer do candidato uma espécie de refém de sua própria preparação nos estudos. Mas a pressão pode se dar também internamente. E é tão implacável e destrutível quanto aquela. 4. POSSIBILIDADE DE MUDAR O MINDSET. Um dos maiores problemas em pessoas de “mindset” fixo refere-se à crença que elas têm no sentido de que, se um indivíduo possui uma característica, esta revela-se imutável. Assim, por exemplo, se uma pessoa é inteligente, não haveria motivo para estudar muito ou com afinco, já que, consequentemente, irá bem em quaisquer provas e exames. Ocorre que, se esta mesma pessoa possui este tipo de mentalidade, quando, diante de uma prova ou de um exame, não atingir níveis de pontuações satisfatórios, em virtude de não ter estudado ou se esforçado o suficiente, passa a se sentir muito mal ou até mesmo inferior, enfim, passa a nutrir e desenvolver pensamentos que poderão levá-la ao insucesso, ou fracasso pessoal e profissional. Isto porque, este indivíduo com “mindset” fixo preocupou-se mais consigo mesmo, ou seja, pensou mais em sua inteligência, ao invés de se preocupar com o objetivo e os meios para alcançá-lo. Contudo, apesar das trágicas consequências verificadas em atitudes de pessoas com características de “mindset” fixo, apontadas pelos inúmeros
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estudos de Dweck, fato é que estes mesmos estudos também trouxeram uma esperança para aqueles que almejam mudanças em sua mentalidade ou forma de percepção das coisas e do mundo. Isto porque, o “mindset”, seja ele fixo ou de crescimento, é algo que, em que pese todos terem, se adquire e se constrói, sendo um fruto, muitas vezes, da própria cultura do indivíduo, de suas construções sociais, mediante relações que ele mantem com outros sujeitos e suas aprendizagens pelo mundo, mas que pode, por outro lado, ser desenvolvido, aperfeiçoado ou mesmo melhorado. Como se viu, há manifestações de ambos os “mindsets” em maior ou menor grau. Contudo, a preponderação de um ou outro irá depender exclusivamente das atitudes que cada indivíduo optar por tomar. Chama-se a isso o “poder de escolha”. O “poder de escolha”, como o próprio termo já denota, constitui uma faculdade do indivíduo em determinar-se segundo seu entendimento. Greg Mckeown, em seu livro “Essencialismo – A disciplinada busca por menos” (Vogais, 2014), retrata que “tornar-se essencialista exige a conscientização da capacidade de escolher. Precisamos reconhece-la como um poder invencível dentro de nós, que existe separado e distinto de todas as outras coisas, pessoas ou forças.” Assim, a pessoa que desejar distinguir o que é essencial do que é supérfluo, precisará, necessariamente, saber fazer as escolhas corretas. 5. COMO O “CONCURSEIRO” PODE DESENVOLVER SEU “MINDSET” DE CRESCIMENTO. Por primeiro, uma vez que o estudante “concurseiro” aceite a ideia de que
suas habilidades podem ser trabalhadas e que esta jornada rumo à
mudança, ao menos no início, não será nada fácil, é preciso que ele entenda também que deverão ser aplicados esforço, paciência, perspicácia, positividade, enfim, altas doses de características próprias de pessoas com “mindset” de crescimento.
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Há muitas formas de se desenvolver o “mindset” de crescimento. Abaixo, lista-se algumas que, em nosso entender, são muito importantes. 5.1. A busca por inspirações Certamente, o indivíduo que pretende um cargo público altamente concorrido tem ou já teve alguém para se inspirar. Seja aquele juiz com o qual ele fez algum estágio, aquele auditor fiscal com quem ele teve qualquer tipo de contato profissional ou mesmo aquele professor universitário com quem ele teve o privilégio de ser aluno. Enfim, trata-se de profissionais que ele admira e por tal motivo pretende ocupar o mesmo cargo. Mas tais inspirações não se restringem aos ocupantes dos cargos almejados. Qualquer outra pessoa pode ser fonte de inspiração, como, por exemplo, o pai que lutou muito na vida e conseguiu conquistar seus objetivos, um amigo que se esforçou muito e conquistou vitórias e sucessos ou mesmo um simples trabalhador que, apesar de receber modestos salários, por sua garra e persistência, conseguiu desenvolver um excelente serviço. Enfim, qualquer pessoa, desde que aja em conformidade com o “mindset” de crescimento, pode ser fonte de inspiração. 5.2. Acreditar no potencial Por vezes, algumas pessoas podem sentir incomensurável dificuldade em lidar com determinada matéria ou assunto, seja por não possuir qualquer familiaridade com ela, por produzir demasiado desgaste mental, etc. O que o estudante precisa pôr em mente é que ele possui potencial suficiente para enfrentá-la, ainda que demande tempo e muita paciência. Não se trata de algo impossível para sua mente alcançar. Ora, se outras mentes conseguem, por que haveria a sua de não conseguir. 5.3. Reconhecer aonde está e aonde quer chegar O candidato precisa ter clareza, saber reconhecer o ponto aonde está, assim como o ponto aonde quer chegar. É preciso que ele faça uma
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autoavaliação crítica, que entenda seu estado atual, por exemplo, se está satisfeito com seu emprego, sua condição financeira, se sua carreira como um todo o deixa feliz e realizado. É preciso, também, que reconheça a real (grife-se) necessidade de enfrentar um concurso público e se o intuito de tomar posse no cargo almejado é, de fato, por motivos de realização profissional, e não simplesmente pelo retorno financeiro que consequentemente o mesmo trará. 5.4. Enxergar o caminho a ser percorrido Tão importante quanto saber aonde está e aonde quer chegar é enxergar o caminho a ser percorrido. Isso porque, o estudante precisa ter uma visão geral e panorâmica do que terá de enfrentar nesta jornada. É preciso que ele pesquise e entre de cabeça nas regras do edital do concurso pretendido, que verifique sua disponibilidade de tempo para os estudos, se já está estudando há algum tempo ou se é iniciante e irá estudar “de primeira”, enfim, que tenha ao menos uma ideia, ainda que superficial. Este ponto o levará às estratégias que ele terá de montar. 5.5. Reconhecer os obstáculos Uma vez que o candidato já enxergou o caminho a ser percorrido, é preciso, agora, que saiba reconhecer quais serão os obstáculos que nele estarão estendidos. Claro, eventualidades vão estar presentes. Contudo, é preciso que o indivíduo ao menos saiba identificar aqueles problemas que sejam mais previsíveis e prováveis. Eis alguns exemplos: Certamente, ao verificar as regras do edital, o candidato terá acesso ao programa, onde constará uma relação de matérias e assuntos a serem cobrados nas provas. É preciso que o candidato verifique se tem alguma dificuldade com algum deles e que, já neste momento, liberte-se das “algemas” (acreditar na possibilidade de enfrentá-los já foi objeto de estudo no subitem 5.2). !45
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Também é preciso que o candidato certifique-se de que esteja emocionalmente estável para começar os estudos. De nada adianta dar início a horas e mais horas de estudo se, por exemplo, faleceu um ente querido dele ou mesmo se está em tratamento de saúde que seja sério ou forte o suficiente para impedi-lo. Obviamente que terá de ter a consciência de que postergar os estudos neste momento será por um breve período, até que reúna condições para começar. O tempo, ou melhor, sua falta, também é um obstáculo muito comum neste meio. Em uma sociedade em que a cada dia a vida se torna mais “corrida”, deixando os indivíduos cada vez mais dependentes das multitarefas do cotidiano, seja de caráter profissional ou pessoal, comumente vemos inúmeros candidatos desistindo da carreira pretendida simplesmente por julgar (frise-se) não ter tempo para se preparar adequadamente. É preciso, neste momento, que o candidato analise a quantidade real de tempo de que dispõe para sua preparação. Ora, note-se que se uma pessoa dispõe de uma quantidade grande de tempo disponível para sua dedicação aos estudos, certamente isso será uma enorme vantagem, já que, se muito bem aproveitado, o fará chegar mais rápido ao seu objetivo. Contudo, inúmeros casos há em que o estudante “concurseiro” dispunha de limitadíssimo tempo para se dedicar, mas que, pelo esforço e persistência, conseguiu sua tão sonhada aprovação, ainda que tenha demandado mais tempo para isso. Mas o fato é que é possível ao candidato encontrar brechas, ou seja, espaços de tempo em seu dia a dia, os quais, se bem aproveitados, trarão resultados muito satisfatórios. É perfeitamente normal, também, antes de o candidato obter a desejada aprovação, que passe por uma nuance de reprovações. Isto acontece porque o caminho que leva até à primeira é, como se viu, árduo e demanda tempo e, como acima já apontado, também dependerá da quantidade e qualidade de tempo disponível. Portanto, inúmeros são os obstáculos que cada indivíduo, em sua particularidade, poderá identificar, sendo alguns mais leves e outros mais
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pesados. Porém, nenhum, ao menos na grande maioria, é o suficientemente forte para tirar do candidato o sonho almejado. 5.6. Comprometer-se Se o estudante “consurseiro” toma a decisão de mudar, primeiro, precisa criar um compromisso com a mudança. É necessário que estabeleça metas e procure, na medida do possível, cumpri-las. O compromisso é essencial e assegura que o candidato não saia do caminho que o levará ao seu objetivo 5.7. Manter o foco e a concentração Uma das maiores dificuldades dos estudantes é saber manter o foco e a concentração nos estudos. Com o passar do tempo, é comum perdê-los. O problema é quando isto passa de eventual para frequente. É necessário, então, que se busquem meios ou métodos para se manter atento àquilo que de fato é importante. É preciso esvaziar a mente e tirar dela, ao máximo, aquilo que não agregará nos objetivos e sucesso almejados. No supracitado livro “Essencialismo – A disciplinada busca por menos” (Vogais, 2014), Greg Mckeown ensina que o indivíduo deve distinguir, claramente, a diferença entre o desnecessário e o indispensável, devendo investir toda sua energia naquilo que é essencial. Assim, se o “concurseiro” pretende investir seu tempo no estudo de determinado assunto ou matéria, deverá fazer deles seu único foco. Insta esclarecer que há diversos métodos de concentração (por exemplo, ouvir música clássica). Contudo, apenas o estudante saberá, na prática, identificar qual será aquele que melhor irá lhe atender. 5.8. Ser Proativo A p r o a t i v i d a d e d e n o t a u m c o mp o r t a m e n t o qu e d e m a n d a responsabilidade do indivíduo sobre determinada ação, ou mesmo uma escolha ou um desafio.
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Pessoas proativas executam as tarefas, sem esperar ordens, antecipam-se aos problemas, apresentando uma solução prática, buscam otimizar o tempo, assim como a execução das tarefas. Costumam olhar mais a solução do que o problema, são responsáveis, determinadas, gostam de cumprir metas e inovar em seus afazeres. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho demonstrou que pessoas com “mindset” de crescimento atingem com maior eficiência seus objetivos se comparadas àquelas de “mindset” fixo. Demonstrou, também, que é possível ao candidato a carreiras públicas mudar sua mentalidade, configurando-a para agir e pensar com “mindset” de crescimento, com o intuito de ter um desempenho satisfatório para passar em provas e exames que levem até seu objetivo central. Trouxe, também, exemplos práticos desta configuração. Todavia, é preciso ter em mente que tais métodos são bem vastos e que dependerá de cada indivíduo programar a configuração que melhor lhe aprouver, sempre, obviamente, com vistas a introduzir ou incrementar o “mindset” de crescimento. É de extrema importância que o estudante “concurseiro” mantenha-se motivado, mormente frente às dificuldades, bem como que não se deixe abater e nem mesmo deixe que as inseguranças atrapalhem o processo de preparação para as provas e exames dos concursos públicos. Deverá, assim, manter uma configuração positiva da mente, especialmente com insistência, inspiração e foco.
REFERÊNCIAS DWECK. 2017. Mindset – A Nova Psicologia do Sucesso. Objetiva, 2017. MCKEOWN, 2014. Essencialismo – A disciplinada busca por menos. Vogais, 2014.
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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - 7 HÁBITOS PARA DESENVOLVÊ-LA
Polyana Rodrigues de Oliveira
"Somente quando se consegue concluir tudo o que se inicia, é que se logra grandes conquistas na vida."
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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - 7 HÁBITOS PARA DESENVOLVÊ-LA Polyana Rodrigues de Oliveira Morôni Kozoski RESUMO Ao longo dos anos ficou evidente que a necessidade de melhorar a qualidade de vida emocional e física vem só crescendo. A saúde física é resultado de como a saúde emocional é conduzida. Por esse motivo, é fundamental compreender o que impede de se desenvolver uma vida emocionalmente saudável, o que é preciso para dar o primeiro passo para alcançar esse objetivo e quais mudanças podem trazer essa melhoria tão desejada. Para isso, uma viagem no tempo foi essencial para que pudesse se tornar possível vivenciar uma experiência única na busca da metanóia, da inteligência emocional e do domínio próprio. Através desta viagem identificou-se quais são os hábitos essenciais que se adote ou aprimore para elevar a qualidade de vida a um alto padrão, conquistando assim a tão almejada inteligência emocional.
Palavras-chave: Inteligência emocional. Hábitos. Qualidade de vida. INTRODUÇÃO Não é de hoje que se ouve falar sobre inteligência emocional, equilíbrio emocional, domínio próprio, mente saudável, gestão da mente e tantas outras denominações nesse nicho, referentes aos estudos e aplicações de métodos para se obter equilíbrio entre o mundo externo e a mente. De acordo com uma publicação do site Bonde (2019) “o Google Trends mostra que, inteligência emocional foi um dos assuntos mais pesquisados pelos brasileiros nos últimos 12 meses, com crescimento de 88%”, fica nítido que esse assunto é do interesse de muitos. Por estar no foco tanto da população, como dito acima, quanto das organizações, conforme a coach de carreiras, Madalena Feliciano em uma entrevista para o site Mundo RH (2018) onde ela deixa claro que, “a falta de sensibilidade em se relacionar com os outros prejudicam a imagem e o desempenho do indivíduo. É nessa hora que o desenvolvimento da inteligência emocional no mundo corporativo torna-se quesito importante”, essa pesquisa foi intencionada para identificar o que poderia levar a obter ou exercer a inteligência emocional.
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Através de várias pesquisas sobre a inteligência emocional, ficou clara a percepção de que o que comanda a saúde, de uma forma geral, é o modo como se age na vida e como se vê inserido no mundo. Exatamente por isso é essencial entender sobre crenças limitantes, quebra de paradigmas e inteligência emocional. Ao aprofundar essa busca, ficou claro que os hábitos ditam os ritmos de vida e que esses hábitos são ditados pelas crenças que se carrega. Já que a tratativa se dá em relação a qualidade de vida emocional, onde a bagagem emocional e crenças interferem, o norte dessa pesquisa se deu através de um livro que, desde os primórdios traz exemplos únicos de atitudes importantes para se caminhar com excelência rumo a um alto padrão de qualidade de vida. Esse livro se chama bíblia. De acordo com os personagens pesquisados, ficou nítido que todos tinham um padrão de atitudes que, se aplicadas, obtém-se um mindset blindado e equilibrado, tendo como resultado uma melhoria na qualidade de vida emocional e física. É relevante dizer que, nessa pesquisa não foi levado em conta a profissão de fé e sim apenas exemplos de hábitos e atitudes de personalidades que tiveram suas biografias reunidas em um único livro, mas como em qualquer outra biografia, possuem algo a ensinar. Começa agora a viagem através dos personagens bíblicos, onde os hábitos necessários para alcançar uma qualidade de vida emocional e física, estarão sempre ao alcance. C R E N Ç A S L I M I T A N T E S , Q U E B R A D E PA R A D I G M A S E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Entenda um pouco melhor sobre crenças limitantes, quebra de paradigmas e inteligência emocional. Iniciando então pela crença limitante, é necessário que se saiba primeiro o que é crença. Segundo Schwitzgebel & Zalta (2006) e Dicionário UNESP, (2004) “Crença é o estado psicológico em que um indivíduo adota e se detém a uma proposição ou premissa para a verdade, ou ainda, uma opinião formada
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ou convicção”. Ou seja, crença é tudo aquilo que se sente, ouve, percebe ou entende, que acabaram se tornando uma verdade absoluta na vida. É através das crenças geradas que os modelos mentais são formados. Nesse caso então o que seria crença limitante? Crença limitante faz parte do modelo mental que é construído, onde ele diz que não se possui capacidade para realizar, pensar, sentir, entender ou perceber o que foi solicitado ou desejado. É o que limita de alguma forma. Com isso é essencial rever as crenças limitantes e se livrar delas, pois a capacidade existe sempre que se dispõe. Agora falando um pouco sobre quebra de paradigmas, pode-se dizer que isso nada mais é do que ir na contramão das crenças limitantes. São os desafios lançados aos modelos mentais já estabelecidos para que eles possam quebrar as barreiras que foram construídas ao longo da vida com o intuito de alcançar o que for desejado. A quebra de paradigmas é fundamental para evoluir com qualidade. Agora quanto a inteligência emocional, uma excelente definição é a de Salovey & Mayer (2000), onde definiram inteligência emocional como: "...a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros." . Diante dessa informação, pode-se dizer que a inteligência emocional consegue trazer a capacidade de administrar as próprias emoções e a de outros, traçando comportamentos mais ou menos saudáveis ao próprio cotidiano e daqueles que estão ao redor. Ao saber o que impede de se desenvolver vida psico-comportamental equilibrada, o que é necessário fazer para se alcançar isso e porque isso traz a qualidade de vida; é hora de iniciar a viagem pelo universo dos personagens bíblicos para que se possa descobrir os 7 hábitos infalíveis para uma vida emocionalmente saudável. Dentro desse mergulho nas escrituras bíblicas, as histórias de alguns personagens, trarão exemplos de como se deve manter um equilíbrio entre o que acontece ao redor, o que a crença lê e o que a mente absorve. Então que se inicie a viagem com o primeiro hábito. HÁBITO 1 – PROTEJA SUA MENTE
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Ao iniciar a leitura bíblica, é possível se deparar com uma cena muito conhecida que é a de Adão e Eva comendo o fruto proibido. Pois bem, o que tem essa passagem para ensinar? Que venha a resposta! É possível identificar nitidamente a necessidade que eles tinham de protegerem suas mentes em relação ao cenário em que estavam inseridos e isso não ocorreu, trazendo assim um grande transtorno para suas vidas. Alexsandra (2014, p. 1) deixou algo bem definido quanto à necessidade de proteger a mente, onde diz que “tudo começa na mente. Sejam as coisas boas ou as más e é lá que devemos blindar, proteger, cuidar. Os nossos pensamentos nos darão vida ou nos levarão para a morte. Deles dependerão as nossas decisões, sentimentos, vontades e escolhas”. Adão e Eva não protegeram suas mentes contra o mal que já havia sido anunciado anteriormente por Deus quando Ele os disse que não poderiam comer do tal fruto na passagem de Gênesis 2:16,17: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Trazendo isso para os dias de hoje, muito se fala sobre o que é correto e o que é saudável para o corpo e para mente. Muitas das vezes não é dada a devida validade para o que é falado e com isso as decisões são tomadas por impulso na ânsia de se conhecer sobre o que é maléfico ou que é julgado benéfico, afim de que se supra a curiosidade. Aí que mora o perigo. Essa é a hora que se traz para a vida, consequências que geram grandes transtornos, como foi o caso do final de Adão e Eva. É necessário ter clareza a respeito das propostas que são apresentadas, não se deixando ser seduzido simplesmente pelo fato de parecerem agradáveis aos olhos., assim como subentendido no texto de Dione. Como visto acima, proteger a mente é um hábito necessário para que se possa iniciar o processo de mudança de mindset. Sempre que algo for colocado à disposição, é imprescindível proteger a mente contra uma possível ameaça, pois mesmo que pareça um bilhete premiado, a pergunta deve sempre pairar na mente como uma forma de proteção contra uma iminente cilada. Por esse motivo, o primeiro hábito começa diretamente em relação a mente. É nela que mora o mapa que leva às respostas e aos estímulos.
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Então, proteger a mente contra a curiosidade, contra aquilo que seduz por parecer oferecer poder e tantas outras coisas que são colocadas à disposição, é de extrema importância para o desenvolvimento da inteligência emocional. HÁBITO 2 – TREINE SEU CÉREBRO Continuando nas histórias, está José do Egito. Ele soube treinar o seu cérebro brilhantemente em relação a tudo que lhe aconteceu e ao que havia sido proferido contra ele. José tinha um objetivo fixo em sua mente e sabia qual era o jeito correto para caminhar rumo ao cumprimento do mesmo. Ele passou por grandes provações, conforme descrito em alguns trechos das passagens de Gênesis 37 39 41 : E tomaram-no, e lançaram-no na cova; porém a cova estava vazia, não havia água nela. Passando, pois, os mercadores midianitas, tiraram e alçaram a José da cova, e venderam José por vinte moedas de prata, aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito. E os midianitas venderam-no no Egito a Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda. E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia. E José era formoso de porte, e de semblante. E aconteceu depois destas coisas que a mulher do seu senhor pôs os seus olhos em José, e disse: Deita-te comigo. Porém ele recusou, e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo, e entregou em minha mão tudo o que tem; E ela lhe pegou pela sua roupa, dizendo: Deita-te comigo. E ele deixou a sua roupa na mão dela, e fugiu, e saiu para fora. Chamou aos homens de sua casa, e falou-lhes, dizendo: Vede, meu marido trouxe-nos um homem hebreu para escarnecer de nós; veio a mim para deitar-se comigo, e eu gritei com grande voz; E aconteceu que, ouvindo ele que eu levantava a minha voz e gritava, deixou a sua roupa comigo, e fugiu, e saiu para fora. E o senhor de José o tomou, e o entregou na casa do cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam encarcerados; assim esteve ali na casa do cárcere. Então mandou Faraó chamar a José, e o fizeram sair logo do cárcere; e barbeou-se e mudou as suas roupas e apresentou-se a Faraó. Então disse José a Faraó: O sonho de Faraó é um só; o que Deus há de fazer, mostrou-o a Faraó. Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo, somente no trono eu serei maior que tu.
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Disse mais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do Egito. E tirou Faraó o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, e o fez vestir de roupas de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. E o fez subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele: Ajoelhai. Assim o pôs sobre toda a terra do Egito. E disse Faraó a José: Eu sou Faraó; porém sem ti ninguém levantará a sua mão ou o seu pé em toda a terra do Egito.
Mas independentemente de ter sido jogado num buraco pelos irmãos por causa da inveja dos mesmos, sido vendido como escravo por eles, caluniado e preso, José não se deixou abalar emocionalmente com todos esses eventos trágicos de sua vida e ao final se tornou governador. Mais uma vez ao trazer isso à luz dos dias atuais, é necessário entender a postura de José. Por mais de treze anos José se manteve firme, protegendo seu cérebro contra tudo que acontecera até que seu objetivo fosse cumprido. Ele em momento algum, mesmo depois de tanto tempo, perdeu o controle sobre seu cérebro. Por isso é necessário que se tenha em mente um objetivo e saber qual é o jeito moral e ético para alcançá-lo. Em um artigo do site (MMN de sucesso 04/2019), o autor diz que quando se tem um objetivo claro na mente, deve-se manter o foco e estabelecer um plano de ação para cumprir. Diante dessa informação, fica firmado que é indispensável treinar o cérebro para bloquear toda e qualquer ação que possa vir a acontecer, afim de que se permaneça focado nos objetivos e não no que acontece ao redor. Treinar o cérebro para reagir de forma racional e focada traz equilíbrio, gerando mais impulso para se manter firme em prosseguir. Ao unir o primeiro hábito que é a proteção da mente com o segundo hábito que é treinar o cérebro sobre como reagir diante das adversidades, certamente se trilha um caminho de forma acelerada para a obtenção da saúde física e emocional com alto padrão. É de extrema importância que não se perca o foco e a resiliência. Independente do momento que esteja vivendo, saiba que se mantiver o objetivo vivo no coração e não deixar que nada abale ou desestruture a motivação, certamente o objetivo será alcançado. Fazendo isso se tornar um hábito, certamente a qualidade de vida será alavancada exponencialmente.
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HÁBITO 3 – FÉ EM SI MESMO Continuando nesse mergulho pelas escrituras, o próximo hábito vem através da história de Davi. Esse personagem tem muitas coisas para ensinar, em vários âmbitos da vida mas, o assunto será sobre esse terceiro hábito. Davi quando enfrenta o gigante Golias dá um show de ensinamento sobre fé em si mesmo. Ele foi dentre os irmãos o mais desprezado, o mais caçoado e o que tinha menos credibilidade aos olhos de todos. Davi estava diante de uma guerra e de um gigante extremamente temido por todos, mas ele traçou o panorama e teve a visão, visão essa que fez toda a diferença em sua jornada. Ele percebeu que o gigante poderia ser grande e temido, mas que não tinha estratégia e nem inteligência, que havia ali apenas força bruta. Com isso ficou claro que ele teria total capacidade para vencê-lo. Em seu livro “Inteligência Emocional”, Daniel Goleman fala sobre metacognição, metaestado de espírito e o que ele denomina de autoconsciência, que é a junção dos dois. Ele diz: “Nessa consciência autoreflexiva, a mente observa e investiga o que está sendo vivenciado, incluindo as emoções”. De acordo com essa definição de Goleman, pode-se dizer que Davi era mestre em autoconsciência. Mesmo quando todos o viam franzino para uma luta contra um gigante que nem mesmo os soldados preparados se achavam capazes, Davi sabia o quanto já havia guerreado e vencido nos seus momentos de solidão em sua labuta. Connors (2018), conforme artigo da awebic diz que “um componente importante da manutenção do autocontrole emocional é usar o poder da fé para acreditar em si mesmo, tanto no presente quanto no futuro”, fica fácil trazer a visão de Davi para o dia a dia, onde fica claro que é necessário ser como águia em relação ao que está ao redor para saber se realmente o gigante que será enfrentado tem a força que diz ter. É importante, antes de tudo, olhar para o gigante que reside dentro de si, e saber que se é forte diante de qualquer batalha, mas também é necessário ter cautela para não se achar invencível, pois existem momentos onde recuar é a atitude mais prudente e isso não é por falta de capacidade e sim por inteligência e estratégia.
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Ninguém precisa saber o quanto se está preparado para enfrentar as guerras do dia a dia para que julguem a capacidade de vencer. Mesmo que seja intitulado fraco, fora dos padrões e incompetente, saiba o quanto preparado está. Não é o tamanho ou força, que diz o quão potente se é. É necessário olhar para a competência e mostrar no momento certo o motivo pela qual veio e aí calar a um só golpe, as forças contrárias às vitórias. É de suma importância ter fé em si mesmo, pois há a capacidade de realizar qualquer tarefa desde que saiba que existe um gigante maior que todos dentro si. HÁBITO 4 – TEMPO DE MEDITAÇÃO/ORAÇÃO Nesse hábito o personagem é o próprio Jesus. Agora ao falar sobre esse personagem, é possível identificar não somente um mas sim vários momentos onde ele se retirava para meditar e ou orar. Uma delas é a descrita em Lucas 6:12,13 “E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite
em oração a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos”. Ao pegar uma passagem em específico, fica nítido sobre o quanto a meditação é indispensável. Sempre que ele precisava tomar uma decisão importante, se reestabelecer espiritualmente ou quando ia passar por algum momento mais complexo, é relatado que ele se retirava para meditar, orar e buscar se conectar com seu pai. Hoje em dia ao falar em meditação, já se tem a idéia de que é algo que traz uma mudança no equilíbrio entre a mente e o corpo. Uma definição para meditação está descrita de forma bem clara no site Música e saúde (acesso em 9/2019) da seguinte forma: “a meditação pode ser definida como uma prática na qual o indivíduo utiliza técnicas para focar sua mente num objeto, pensamento ou atividade em particular, visando alcançar um estado de clareza mental e emocional”. Jesus já sabia que meditar era fundamental para se ter essa clareza mental e emocional, justamente por ele saber disso, é que a praticava de forma habitual.
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Falando então sobre esse hábito na busca para alcançar a inteligência emocional, o que se aprende com Jesus é que é indispensável que se tire um momento para meditar no dia a dia. A rotina por si só já traz um desafio no equilíbrio do corpo e da mente, então é precioso retirar um momento para que a reestruturação aconteça. Jesus deixa claro nesse trecho, que meditar é fundamental, mas que meditar antes de um momento importante é vital, pois traz a clareza, a sabedoria, o discernimento, a convicção e a certeza de que a decisão tomada foi a mais correta, a mais coerente, a mais equilibrada e a mais honesta, tendo como resultado a menor chance de consequências ruins para sua vida emocional. Para tudo na vida há que se ter equilíbrio, principalmente quando se fala entre o corpo e a mente, então esse hábito é o que fará com que se coloque em pratica os demais hábitos já apresentados anteriormente. Quando se protege a mente, treina o cérebro, acredita em si e busca o equilíbrio de todas essas coisas, o resultado obtido é um corpo, uma mente e uma vida em harmonia. HÁBITO 5 – SEUS PROJETOS E SEUS VALORES Para esse hábito o personagem é Gideão. Na passagem de Gideão, a vitória dele sobre o exército medianita fala tudo sobre o valor que ele teve perante ao povo e isso se deu devido aos seus projetos de vida. Gideão era esforçado, trabalhador, estratégico e fez diferença no cenário onde ele estava inserido. Justamente porque ele tinha esse perfil é que foi escolhido para liderar a libertação do povo. Gideão ao malhar o trigo no lagar conforme o trecho descrito em Juízes 6:11 “Então o anjo do Senhor veio, e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho, estava malhando o trigo no lagar, para o salvar dos midianitas”, mostra que ele era estrategista e também no trecho que fala que venceu um exército gigantesco com apenas 300 homens em Juízes 7:7 “E disse o Senhor a Gideão: Com estes trezentos homens que lamberam as águas vos livrarei, e darei os midianitas na tua mão”, mostra que ele também ia à luta pelo que acreditava, deixa de forma clara, a certeza de que os projetos definem os valores.
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Agora é hora de trazer isso para um dos hábitos infalíveis para desenvolver a inteligência emocional. Quando um trabalho diferenciado, uma criatividade apurada, uma entrega impecável e uma energia alta no desenvolvimento existe, certamente os valores agregados aos projetos serão direcionados também para quem os executa. Marques (2019) diz que: Existem estudos científicos que mostram que há uma parte do cérebro dedicada à recompensa e motivação. Quando esse sistema é ativado, automaticamente, o organismo da pessoa em questão liberará elementos químicos, que farão com que ela se torne mais comprometida, proativa e focada em seus objetivos.
Por isso pode-se concluir que quando se vive e entrega projetos e atitudes valiosos, certamente isso traz ainda mais energia e vitalidade para continuar elevando e agregando mais auto-valor. Esse tipo de feedback em relação ao valor percebido que se carrega, mantém uma mente sempre ativa, criativa, equilibrada e bem-humorada. É isso que faz com que o valor que se tem seja ainda mais perceptível. HÁBITO 6 – REPROGRAME SEMPRE QUE PRECISO Esse hábito vem com um personagem que dá um show de ensinamento quanto a reprogramar sempre que preciso. Esse personagem é o apóstolo Paulo. Ele passou por um grande processo de reprogramação. A passagem que mostra sobre como é importante que isso aconteça, é a que ele passou de perseguidor para perseguido. Paulo vivenciou um grande processo de metanóia. É essencial para o desenvolvimento da inteligência emocional que se reprograme sempre que necessário. Para que seja possível trazer novos hábitos ao dia a dia, conquistando o equilíbrio desejado, é de extrema importância que se tenha a clareza da necessidade de reprogramação que Paulo deixa evidente em seu comportamento. Segundo o site Evolução Pessoal (2019): “Reprogramação da mente é justamente condicionar o cérebro a pensar de uma nova forma. Diferente e
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melhor do que se pensava anteriormente. Uma nova maneira mais adequada a seus propósitos”. Esse processo auxilia na quebra de paradigmas e isso é vital e indispensável para mudar o modelo mental formado ao longo da vida. Sempre que se mantém rotinas que não trazem nenhum tipo de evolução é relevante fazer uma análise dos hábitos, conceitos, valores e comportamentos para que se verifique a necessidade de reprogramar. Identificar um erro ou desafio no dia a dia e não mudar nada, trará apenas estagnação e falta de estima. Para que se consiga evoluir, seja emocionalmente, fisicamente, profissionalmente e até mentalmente, é imprescindível que algumas alterações nos padrões mentais ocorram. Segundo o site sbcoaching (2019): “...as pessoas mais sábias são aquelas que estão sempre atualizando os seus conceitos e mantendo a mente aberta para a entrada de novos conhecimentos”. Sem mudança de hábitos e quebra de paradigmas, é impossível desenvolver a inteligência emocional. Por mais desafiador que esse hábito pareça, é ele que traz um grande impulso para a fase final que é a de assumir as rédeas da própria vida, se tornando o protagonista da própria história, sendo ela dessa vez, com um padrão brilhantemente alto de equilíbrio entre a mente, o corpo e o ambiente. HÁBITO 7 – FINALIZE TUDO QUE COMEÇAR Ao entrar no contexto da mulher com fluxo de sangue, é possível se deparar com uma mulher determinada e disposta a terminar o plano que começou, mesmo ciente de sua condição miserável no momento da passagem de Jesus. Num cenário como o dela, onde nem sequer poderia andar pelas ruas e muito menos ter contato com as pessoas, ela teve muita audácia em enfrentar tudo isso para tocar nas vestes de Jesus e receber sua cura. Se ela tivesse se acorrentado à sua condição e se dado por vencida, a mesma não teria alcançado a cura que esperou por anos. Ela bolou um plano, traçou seus objetivos, começou a colocá-lo em prática e foi até o fim.
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Ao final de tudo, tendo ela sua mente protegida contra a más condições que se encontrava no exato momento da cura, não se deixando contaminar com as blasfêmias proferidas contra ela e enfrentando as adversidades de sua realidade, ela alcançou uma vida de plenitude. Se ela tivesse procrastinado na expectativa de encontrar um momento mais propício, onde Jesus estivesse sozinho, talvez ela não teria alcançado a cura. De acordo com o dicionário DICIO(2019), procrastinar é: “Ação ou efeito de procrastinar; deixar para depois; adiar, característica de adiamento; protelação”. O que se pode trazer de ensinamento em relação a essa passagem? Não cabe a ninguém o papel de vítima, independente da situação em que se encontra. É vital deixar os ouvidos vedados contra as palavras que podem ser proferidas com a finalidade de diminuir. Deve-se enfrentar as adversidades da jornada com a certeza da vitória, mesmo quando tudo levar a crer que não se tem mais alternativas. Ao traçar algum objetivo na vida, é imprescindível que se vá até o final. Procrastinar é o caminho que leva ao fracasso ou ao atraso no alcance do objetivo. Segundo POSICH (2016, p. 1): “O grande segredo das pessoas bem sucedidas é o trabalho árduo, a dedicação, a luta incansável contra a própria procrastinação”. Somente quando se consegue concluir tudo o que se inicia, é que se logra grandes conquistas na vida. E por fim mas não somente isso, planejamento, organização e execução até o fim, mesmo em grandes adversidades, são palavras de ordem para a conclusão da obtenção da inteligência emocional. Ao inserir esses sete hábitos na vida, é certo que nada será motivo para deter a vitória. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao proteger a mente contra uma invasão danosa, ao treinar o cérebro para não perder o foco independe do cenário em que estiver, ao crer nas
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habilidades e competências, ao meditar sempre antes de tomar uma decisão, ao planejar e trabalhar em favor dos ideais, ao buscar sempre adequar a visão quebrando paradigmas e ao finalizar tudo o que começar, é certo que se alcance uma nova forma de viver, tornando-se emocionalmente e fisicamente saudável. Ficou claro nesta pesquisa que seguindo esses hábitos é possível bloquear tudo o que pode intoxicar a mente, não bombardeando o corpo com substâncias que o adoecem. Foi possível perceber que o processo para alcançar a inteligência emocional é gradativo e varia de pessoa para pessoa, pois são hábitos que devem ir evoluindo pelo resto da vida. O sucesso na busca pela inteligência emocional através desses hábitos varia de indivíduo para indivíduo, de acordo com o grau de facilidade ou dificuldade de inserir um hábito diferente em seu mapa mental. Por esse motivo ainda será necessário continuar o estudo para que seja possível aprimorar o resultado da inserção desses hábitos. REFERÊNCIAS Dicionário UNESP do português contemporâneo. [S.l.]: UNESP. 2004. p. 358. ISBN 978-85-7139-576-3 SALOVEY, Peter; SHIYTER, David J.. Emotinal Development and Emotional Intelligence: Educational Implicates, 2000. SCHWITZGEBEL, Eric (2006), «Belief», in: ZALTA, Edward, The Stanford Encyclopedia of Philosophy, Stanford, CA: The Metaphysics Research Lab, consultado em 19 de setembro de 2008(em inglês) Bonde, 11 de Mar., 2019 disponível em: https://www.bonde.com.br/comportamento/noticias/inteligenciaemocional-pode-beneficiar-a-carreira-492903.html SHAPIRO, D. (1981). Meditation: Clinical and health-related applications. The Western Journal of Medicine, 134(2), 141-142 apud MENEZES, Carolina Baptista; DELL'AGLIO, Débora Dalbosco. Os efeitos da meditação à luz da investigação científica em Psicologia: revisão de literatura. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 29, n. 2, p. 276-289, 2009. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S1414-98932009000200006&lng=en&nrm=iso . access on 17 June 2016 Verbo da vida, 13 de junho, 2014 disponivel em: http://verbodavida.org.br/lista-blogs/gente-boa/ pensamento-blindado/ Bíblia online disponível em: https://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/2/16,17 Mundo RH, 14 de Fevereiro de 2018, disponível em: https://www.mundorh.com.br/empresas-buscamprofissionais-equilibrados/ http://mmndesucesso.com.br/mindset/
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Publicação realizada em 02 de agosto de 2016: https://administradores.com.br/artigos/a-incrivel-artede-procrastinar https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4133507/mod_resource/content/2/Inteligencia-emocionalDaniel-Goleman.pdf Publicação realizada em 27 de Julho de 2018 na AWEBIC: https://awebic.com/mente/qualidadesinteligencia-emocional/ Bíblia online disponível em: https://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/6/12-16 Bíblia online disponível em: https://www.bibliaonline.com.br/acf/jz/7 Publicação realizada em 3 de junho de 2019: https://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-emotivacao/reconhecimento-motivacao-profissional/ https://www.evolucaopessoal.com.br/reprogramacao-mental Publicação realizada em 19 de abril de 2019: https://www.sbcoaching.com.br/blog/quebra-de-paradigma/ https://www.dicio.com.br/procrastinacao/ https://www.musicaesaude.com/musica-e-meditacao
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A DIFICULDADE NA IMPLANTAÇÃO E ACEITAÇÃO DO PROCESSO DE COACHING
Altair Marcelo Siquiero
"Sem ação, não somos capazes de realizar nada…”
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A DIFICULDADE NA IMPLANTAÇÃO E ACEITAÇÃO DO PROCESSO DE COACHING Altair Marcelo Siquiero Morôni Kozoski RESUMO A palavra é COACHING. Empresas que no passado concentravam-se apenas em colocar seu pessoal para executar determinadas funções, hoje descobriram que esse mesmo pessoal foi para as salas de aula, ganhou conhecimento e agora tem o anseio de colocar isso em prática, isso talvez tenha tornado difícil o relacionamento patrão x colaborador nas empresas, não são todas as organizações que estão preparadas para abrir esse espaço e permitir o crescimento e desenvolvimento de seu pessoal, daí a importância de um processo de coaching para que se abram os horizontes dos gestores da empresa e ainda de seus colaboradores, dando a cada um a exata noção de seu potencial de crescimento e ganho. Palavras-chave: Gestão, administração, coaching, estratégia.
INTRODUÇÃO Segundo Cialdini (2012, pág 76), “Assim que percebemos o incrível poder da coerência em direcionar a ação humana, uma importante pergunta prática nos vem à mente: Como essa força é mobilizada?” Quando um indivíduo não desenvolve sua capacidade de trabalho, foco e determinação, ele tende a ser interrompido por contratempos de forma constante em seu trabalho tornando-se um procrastinador, a partir disso ele provavelmente não conseguirá superar esse tipo de situação ou ainda vai passar por um longo período de desenvolvimento até conseguir. Ele não consegue parar, observar e analisar a sua volta, não tem capacidade para buscar mais informações para que possa desenvolver melhor seu processo decisório. Essas pessoas podem até mesmo começar a reagir negativamente às outros envolvidos no processo, colegas de departamento que talvez tenham melhor desempenho e maior destaque no dia a dia. Daí nasce a cobrança pessoal que vai começar a afetar o desempenho do
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indivíduo e mesmo a entrega de resultados, criando aumento da animosidade e dificuldade em ser produtivo. Essa situação pode facilmente transformar uma pessoa em alguém que a princípio ela não deveria ser. Essas pessoas têm a tendência de se verem muito mais como vítimas das circunstâncias do que empoderados ou capacitadas para o crescimento. Em suma, esses tipos de situações as impedem de ter o maior sucesso possível no local de trabalho. Alguém que consiga desenvolver sua inteligência emocional e dominar seus sentimentos e emoções, conhecer a si mesmo a analisar seu entorno, ainda assim teria uma certa dificuldade em resolver todas as situações do cotidiano, mas, no entanto, a maneira como eles reagem é diferente. Essas pessoas são capazes de parar e analisar o que estão sentindo e entender como esses sentimentos estão afetando seu comportamento e suas escolhas, são capazes de reconhecer como as outras pessoas estão se sentindo e sentir empatia por elas. A partir desse momento, essas pessoas podem então escolher o comportamento e as ações que os ajudarão não apenas a superar uma situação, mas também a resolvê-la - tanto dentro de si quanto no relacionamento com os outros, a partir daí a pratica leva a perfeição cada vez mais se superam mais obstáculos, as pessoas começam a ver os contratempos como experiências de aprendizado e chances de melhorar e ainda ajudar aqueles a sua volta. Descobrem que esses obstáculos não os impedem mais, mas os ajudam a desenvolver seu potencial.
DIFICULDADE PARA SER UM EMPREENDEDOR O processo de coaching dentro das micro e pequenas empresas é recheado de problemas, com grande parte dessas empresas encerrando suas atividades antes do quinto ano de funcionamento. E o mais marcante em relação a este problema, é que isso não se deve somente a condições estruturais de um país com o Brasil ou mesmo a falta de acesso ao crédito e
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ainda, comparando com uma economia como a do mercado norte americano que é muito mais desenvolvida e dinâmica prova que falta de preparo é igual nos dois países, empreendedores lá tem mais acesso a crédito se comparados ao Brasil, lá existem melhores centros de formação de profissionais quando comparados ao Brasil, e mesmo assim, o resultado é relativamente parecido com aquilo que ocorre no Brasil ao final de cinco anos de atuação: as empresas quebram e isso dificulta e muito desenvolvimento da economia. Claro que no caso do mercado americano o impacto é menor, mas não deixa de ser um impacto negativo na economia.
E o que também descobrimos é que os donos de pequenos negócios nos Estados Unidos trabalham muito mais do que deveriam, visando o retorno desejado. Realmente, o problema não é o fato de os donos de pequenas empresas nos Estados Unidos não trabalharem, mas de eles se dedicarem ao trabalho errado, como resultado, a maioria dos negócios termina em um caos intratável, imprevisível e ingrato. Observe só esses números, obtidos do Departamento de Comércio dos EUA: as empresas são abertas e vão a falência nos Estados Unidos em uma velocidade incrivelmente progressiva; todos os anos, mais de um milhão de americanos abrem algum tipo de negócio e as estatísticas nos revelam que, até o final do primeiro ano, pelo menos quarenta por cento deles estarão falidos; em cinco anos, mais de oitenta por cento deles – 800.000 – também estarão falidos. E o resto das más notícias é que, se você é dono de uma pequena empresa e sobreviveu por cinco anos ou mais, não respire aliviado: isso porque mais de oitenta por cento das pequenas empresas que sobreviveram aos primeiros cinco anos, vão a falência nos cinco anos seguintes. Por que isso acontece? Por que tantos entram no mundo dos negócios? Só para ir à falência? Qual é a lição que eles não estão aprendendo? Por que, mesmo com toda informação disponível atualmente sobre como obter sucesso com pequenas empresas, tão poucos conseguem? (GERBER, MICHAEL E., 2004, Pág 04)
No Brasil percebemos que empreendedores e empresários têm maior dificuldade em colocar justamente o conhecimento obtido em prática. O entendimento de que o estudo da gestão estratégica das empresas, assim como das pessoas pode ajudar no crescimento dessas mesmas empresas e é fundamental, não simplesmente pelo fator econômico, mas principalmente pelo desenvolvimento profissional, social e econômico de toda cadeia produtiva.
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DESENVOLVENDO SEUS COACHEES Os líderes dominam mais conteúdo, demonstram esse conhecimento e são confiantes a ponto de assumir o comando. Eles normalmente se vestem um pouco melhor que os outros. Seus sapatos são engraxados e suas roupas são impecavelmente passadas. Eles fazem um contato visual mais intenso e tem um aperto de mãos mais firme. Falam de forma concisa e precisa. Não ficam confusos e mantêm a calma. Eles usam gestos “abertos”, com as palmas das mãos para cima ou abertas e as mãos separadas. Sua voz se projeta, porque eles falam usando o diafragma. Eles andam, falam e se portam como líderes inspiradores. (GALLO, CARMINE, 2014, Pág 109).
Um dos melhores indicadores de sobre liderança e influência é à vontade e capacidade de um profissional para ajudar e desenvolver outras pessoas. Se você é um líder desse tipo, talvez seja capaz de imaginar e avaliar sua capacidade apenas sabendo quantas pessoas foram promovidas após as sessões realizadas com você ou mesmo se conseguiram assumir maiores responsabilidades dentro de suas vidas. Qual o impacto que isso teria em sua produtividade, se, todos aqueles que você ajudou a desenvolver fossem capazes de analisar o próprio desempenho, avaliar críticas e tirar proveito dessas situações? Essas pessoas são capazes de reconhecer que ajudar os outros e ser ajudado a alcançar seus objetivos é uma situação vantajosa: faz com que se sintam conectados e valorizados por seus semelhantes, o que, por sua vez, é um senso de pertença e trabalho em equipe. DIFICULDADES Segundo Gallo (2014, Pág. 51) “Você pode dar uma ideia a alguém. Se a pessoa não quiser seguir essa ideia, o que você pode fazer?” A maioria das pessoas quer realmente mudar seu patamar de vida, seu patamar financeiro ou mesmo de conhecimento, mas estas mesmas pessoas têm muito pouca vontade para se esforçarem e alcançar esse objetivo. O maior problema de um coach no desenvolvimento de seus clientes é conseguir que eles enxerguem a diferença de seu estado atual e o estado futuro em que podem estar dentro de pouco tempo. A mudança para aqueles que conseguem é nítida e claramente perceptível mesmo para
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pessoas a sua volta, para os outros que não conseguem se desligar de suas crenças limitantes, o crescimento é muito mais complicado e demorado, daí a desistência do processo em muitos casos, a mudança para essas pessoas causa mais dor do que continuar vivendo do mesmo modo que já vivem há vários anos. O Google Maps não pode te dizer como atravessar o estado, nem mesmo como atravessar a rua, sem um ponto de origem. Mas a maioria de nós, quando chega a hora de entender para onde estamos direcionando nossas vidas, nunca para e faz a pergunta mais simples de todas: ‘Onde estou? - (ACUFF, JON, 2013, pág 11)
A mudança requer vontade, determinação e principalmente obstinação, qualidades que a maioria de nós não está pronta para entregar, visto que vivemos na média. Na média somos boas pessoas, na média somos bons pais, boas mães, bons filhos, bons empregados, na média, somos médios. Precisamos de mais pessoas espetaculares em nossas vidas, a nossa volta. Temos condições de sermos, nós mesmos espetaculares e ainda nos tornarmos agentes de mudanças nas vidas de outras pessoas. ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO Administração – deriva do latim administrare, gerir: ação de administrar, função de administrador, gestão, gerência. Gestão – Deriva do latim gerere, administrar, ato de gerir, gerência, administração, administração ou gerência. Administrar é planejar, controlar e dirigir pessoas para atingir de forma eficiente os objetivos de uma organização. Gestão é lançar mão das funções e conhecimentos necessários para, por intermédio de pessoas atingir os objetivos de uma organização de forma eficiente e eficaz. - www.portaldaeducacao.com.br Sem ação, não somos capazes de realizar nada, a maioria das pessoas para por aqui, sonham e aguardam que algo messiânico mude suas vidas. A função do coach a partir desse ponto é esclarecer o processo de administração e gestão da própria vida para muitas pessoas. Nesse ponto
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não funcionamos de forma diferente de qualquer empresa que atua minimamente com sucesso no mercado. As empresas buscam o sucesso se organizando, tendo direção e controle sobre suas ações, aprimorando seu processo de gestão e qualidade, organizando seu fluxo de caixa e vendas, o único dilema aqui é que as pessoas se recusam a enxergar o espelhamento de atividades e funções. A empresa acaba sendo um reflexo de seus acionistas e nos somos reflexos dessas empresas. Não existe possibilidade de sucesso sem esse espelhamento, a maioria de nossos clientes preferem correr dessa possibilidade. Depois de sonhar e decidir viver por esse sonho é preciso agir. É aqui que infelizmente as pessoas param no processo de gerenciar suas próprias vidas. Elas não aplicam aquilo que leram, não usam ferramentas, não experimentam um novo método. Sem ação, você não realiza, não sai do lugar e nunca alcança aquilo que mais deseja. A humanidade tem sofrido muito de falta de ação. Muitas pessoas tem sonhos e decidem viver por eles, mas não se colocam em ação para realizá-los e acabam frustradas. (BARBOSA, CHRISTIAN, 2018, Pág. 31)
PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA A diferença entre querer e fazer pode estar no planejamento. Primeiro é preciso saber o que realmente se deseja, para depois organizar as ideias, colocar decisões no papel, estabelecer metas, fazer um cronograma de ações e executar o proposto com disciplina e determinação. Grande parte das empresas costuma elaborar, periodicamente, um planejamento estratégico com suas equipes. Nesse processo, elas reveem suas visões, missões, valores objetivos e traçam novas metas para o futuro. Enfim, aprimoram-se identificando possíveis cenários para seus negócios e redesenham suas ações no intuito de se manterem em constante crescimento no mercado. Nós também devemos fazer planos. Colocar no papel nossos projetos e rever continuamente nossa missão, visão de mundo e valores. É muito importante que tracemos estratégias que nos possibilitem constante crescimento, tanto na vida pessoal quanto profissional. (PEREIRA, LUIZ AUGUSTO, 2015, Pág. 66 e 67)
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Se qualquer empresa minimamente organizada se dá ao
trabalho de periodicamente parar seu trabalho, analisar em que ponto está e como isso pode ser melhorado, então é sinal de que esse tipo de metodologia funciona, e se funciona para uma empresa, também funciona para uma pessoa de forma individual, o grande problema aqui é a falta de coragem da maioria das pessoas em encarar suas limitações de frente, analisar seus problemas e utilizar as ferramentas (canvas, roda da vida, tríade do tempo, e outras) disponíveis em um processo de coach que podem leva-lo a novas realizações, a um novo modo de vida e crescimento.
A dificuldade maior está na própria pessoa em aceitar suas
limitações e entender que a ajuda oferecida pelo processo de coach (que tem início, meio e fim bem determinados) é um processo válido e pode ser implementado na vida pessoal e profissional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerando-se todas as dificuldades de implantação do processo de coaching dentro de uma empresa e ainda para pessoas físicas de forma individualizada, é possível perceber o enorme campo de trabalho à frente dos profissionais dessa área que se dedicam com tanto afinco na busca por conhecimento e mais ainda no compartilhamento e desenvolvimento de pessoas. O C o a c h p a s s a a d e s e mp e n h a r p a p e l f u n d a m e n t a l n o desenvolvimento de pessoas e tem que entender também o seu papel de “desbravador” em um novo cenário de mercado, em que o conhecimento passa a ter um valor extremamente alto, porém difícil de se quantificar em números ou salários. A nova moeda de troca muitas vezes vem disfarçada de conhecimento, de contato humano, de troca de experiências e isso ainda assusta no mercado profissional, desenvolver pessoas é estar pronto para o contato físico, o olho no olho, o desafio de liderar essas pessoas e coloca-las
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no eixo para que possam seguir seu caminho é o maior desafio que um coach pode almejar em sua estrada profissional. É um mercado novo, com novas necessidades, com novos profissionais, e um novo nível de conhecimento (mais amplo), que precisa ser descoberto por todos que buscam uma melhor qualificação para se colocarem no mercado e oferecer seu trabalho a um público igualmente novo, que anseia por soluções quase a jato para todos os problemas que uma vida inteira pode trazer.
REFERÊNCIAS ACUFF, Jon. Start: Dê um soco n acara do medo; fuja da media, trabalhe no que interessa. 1ª Ed. Barueri, SP: Novo Século Editora, 2013. BARBOSA, Christian. A tríade do tempo: Um modelo comprovado para organizar sua vida e aumentar sua produtividade e seu equilibrio. São Paulo, SP: Buzz Editora, 2018. CIALDINI, Robert B. As armas da persuasão. Rio de Janeiro, RJ: Sextante, 2012. GALLO, Carmine. TED: Falar, convencer, emocionar: como se apresentar para grandes platéias. São Paulo, SP: Saraiva, 2014. GERBER, Michael E. Empreender. São Paulo, SP: Editora Fundamento Educacional, 2004. Gestor de conteúdo - Diferença entre administração e gestão, disponível em https:// www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/marketing/gestor-de-conteudo-diferenca-deadministracao-e-gestao/44042 acessado em 27/10/2019 PEREIRA, Luiz Augusto Araújo. Comunicando com estratégia: Como a prática de uma boa comunicação aliada ao planejamento pessoal pode mudar sua vida. Goiânia, GO: Editora Interativa, 2015.
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FERRAMENTAS FUNDAMENTAIS PARA UM PROCESSO DE COACHING FINANCEIRO DE SUCESSO
Luciana Scavassa
"Através do planejamento financeiro pessoal, você ganha um quadro visual com todas as informações da sua vida financeira”.
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FERRAMENTAS FUNDAMENTAIS PARA UM PROCESSO DE COACHING FINANCEIRO DE SUCESSO Luciana Scavassa Morôni Kozoski RESUMO O presente trabalho resulta da análise da produção cientifica, de renomados autores de coaching financeiro e educação financeira, que fazem a diferença na sociedade para a construção da saúde financeira brasileira, trazem ferramentas importantes para um planejamento financeiro de alta performance. A metodologia utilizada foi uma abordagem de pesquisa compreendida como qualitativa e um método de revisão das literaturas. Para o levantamento das ferramentas foram utilizados o banco de dados do google, livros, monografia, apostilas de curso de coaching financeiro e artigo cientifico. O objetivo é descrever e levantar as ferramentas utilizadas atualmente por estes profissionais do coaching e educadores financeiros, para serem aplicados nos processos de coaching, levando o cliente a uma organização financeira pessoal de alta performance, levando aos níveis da ciência da riqueza, a segurança, a independência e a liberdade financeira, sendo assim junto com a pessoa que procura estes profissionais, para um processo de mudança na sua saúde financeira identificando o seu estado atual e onde deseja chegar financeiramente em curto, médio e longo prazo, essas ferramentas auxiliam no processo de mudança e a alcançar seus objetivos de forma clara e consciente, traçando assim o caminho a ser percorrido. Palavras-chave: Coaching Financeiro, Planejamento Financeiro, Objetivo Financeiro, Ferramentas Coaching, Consumismo
INTRODUÇÃO Planejamento é a arte de vislumbrar o futuro, moldá-lo à nossa maneira e zelar para que esse futuro não seja demasiadamente distante do que moldamos. Como dizia Peter Drucker, parafraseando diversos filósofos com foco na administração, “a melhor maneira de prever o futuro é construindo-o”. Apesar de essa interpretação ter pleno sentido para uma pessoa com raciocínio predominantemente racional (que é como funciona o cérebro de menos de 20% da população), pode parecer ingênua ou utópica
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para pessoas mais intuitivas e emotivas. Muitos acreditam que nosso futuro é obra do acaso. Outros vivem a crença de que já nascemos com um roteiro pré-definido e que não temos como mudar nosso destino. Andrade (apud CERBASI. G., 2012). Afirma, Navarro (2014, pag.11) “O Coach Financeiro, tem a função de apoiar o cliente – o Coachee - em suas tomadas de decisões, suas metas, e objetivos, criar e desenvolver uma nova meta, ajudá-lo a se manter focado no percurso”. Para Nigro (2018, pag.15) Infelizmente, a imensa maioria das pessoas no Brasil cresceu sem ter recebido noções de educação financeira, seja informalmente, no núcleo família, ou formalmente, nas escolas ou faculdade. Geração após geração, o brasileiro se tornou pouco poupador e nada habituado a observar os próprios gastos, deixando tudo para depois, inclusive a busco por conhecimento básico sobre finanças e investimentos O número de endividados aumentou em setembro, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) apontou a nona alta seguida do indicador que mede o endividamento dos brasileiros: 65,1% das famílias relataram ter dívidas, contra 64,8% em agosto e 60,7% em setembro do ano passado. Foi o maior resultado dede julho de 2013 e o terceiro maior patamar da série histórica. (O CAFEZINHO, 2019) Cita Brunet, (2014, pag.47) ... “Já que recebi um “não” de uma pessoa querida, vou ao shopping comprar qualquer coisa em dez vezes no cartão e “já que fui contrariado, vou mudar de carro pra provar que ninguém me controla, que eu posso fazer o que quiser.” ... As frustações diárias da vida dominam nossos recursos e determinam para onde cada centavo vai. É impressionante como não percebemos a vida como ela é. E estamos sempre confundidos, enganando a nós mesmos. O “coitadismo” se normalizou entre nós. Cada um acredita que é o ser humano mais injustiçado, mais sem oportunidades e frustrado do universo. Enfatiza Andrade (2012, pag.17) Os familiares, a educação recebida na escola e o convívio com outras pessoas, certamente exercem grande influência em nossas finanças pessoais. No Brasil, de maneira geral, somos
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pouco educados financeiramente, extremamente emocionais e, assim, facilmente fisgados por campanhas de marketing que nos estimulam ao consumismo. Em casa, os pais acreditam que dinheiro não é assunto de criança. Na escola e no convívio com amigos, questões relacionadas às finanças pessoais dificilmente aparecem Através do planejamento financeiro pessoal, você ganha um quadro visual com todas as informações da sua vida financeira, analisando seus ganhos e gastos e sabendo se seu saldo será negativo ou positivo, aplicando ferramentas de fluxo de caixa de lista de ativos e passivos, além de realizar anotações diárias de despesas e receitas, saberá se sobrará dinheiro para investimentos em caso negativos deverá reduzir gastos ou criar renda extra para quitação das dívidas. Primeiramente iremos conhecer o cliente mapeando as áreas de satisfação da usa vida, após será feita uma anamnese financeira, identificando o qual saudável financeiramente o cliente se encontra e finalizando esta primeira parte aplica-se a ferramenta para identificar seu perfil financeiro. Após essas avaliações serão utilizadas ferramentas conforme a necessidade do mesmo, desde escalde compra compulsiva, saúde emocional financeira, giro financeiro, crenças financeiras, planilhas básicas de orçamento, despesas obrigatórias e não obrigatórias fixas e variáveis, controle das dívidas, descrição das despesas diárias, fluxo de caixa, potes financeiros e objetivos (metas curto prazo) para um ano.
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA O conceito de educação financeira está catalogado na ciência de ver como administrar o seu recurso financeiro ou seu dinheiro de forma racional e consciente, levando o indivíduo a compreender as informações, formação e a orientação para que possa desenvolver os valores e as competências necessárias para se tornar mais consciente das oportunidades e riscos financeiros, podendo assim tomar uma decisão que não lhe prejudicará financeiramente Gomes (2018 apud
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VIEIRA; BATAGLIA; SEREIA,2011; BORGES, 2014; SILVA, 2014; DIAS; REIS 2014; DA SILVA; NETO; DA CUNHA ARAUJO, 2017). Andrade (2012, pag17) enfatiza em uma situação ideal, Educação Financeira deveria ser ensinada nas escolas, em casa, além de ser conversa corriqueira entre as pessoas. Em vez disso, estão aos montes os casos em que brotam maus exemplos dentro de casa (pais endividados), sendo essa a única fonte de influência para as ações dos filhos, quando virarem adultos. E mantém-se o ciclo do endividamento, tornando-se como se fosse hereditário. Lidar com dinheiro exige disciplina, comprometimento e estudo, mas, acima de tudo, uma grande mentalidade, o tal do mindset. E por mais que pareça fácil e que você tenha nas mãos as ferramentas certas, fica difícil um projeto de longo prazo dar certo se você gasta todas as fichas logo no começo e não aprende, pouco a pouco, a mudar hábitos e a forma como se comporta com o dinheiro. Nigro (2018, pag26). Finalizando Navarro(2014,pag29) A inteligência financeira está intimamente ligada ao seu comportamento, a sua AUTODISCIPLINA - que também pode ser desenvolvida -com seus valores pessoais, com o dinheiro, com a emoção colocada por trás de cada gasto, despesa e ganho, ao saber adquirir e criar novos ativos, enfim, toda vez que seu intuito seja fazer dinheiro.
“Se você está endividado significa que já gasta como rico. Só te falta aprender a lidar com os limites do seu dinheiro e alcançar a verdadeira riqueza”. (Ana Cláudia Rodrigues)
Para Domingos (2013, pag15-21) Dependendo da quantia que você poupa, da quantia que você gasta, em produtos não essências e da quantia que sobra – ou falta – nos últimos dias do mês, podemos traçar um perfil aproximado do seu comportamento financeiro. Perfil financeiro endividado: (quem tem prestação e parcelamento tem dividas), não problema em ter parcelamento ou prestações, desde que se !77
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consiga honra-las, pagando em dia. O parcelamento quando não honrado, gera um endividamento descontrolado, geralmente causado pelo consumismo não consciente e compulsivo. As pessoas levadas pela ansiedade, costuma realizar pequenos desejos momentâneos e, quando isso acontece, logo criam outros e assim sucessivamente. Perfil este que acabam por gastar grade parte da renda – quando não comprometem tudo o que possuem – par a manter uma rotina consumista. Perfil financeiro inadimplente: estes estão num estágio mais avançado de endividamento, pessoas que já estão em situação financeira crítica, pois além de possuir dividas não conseguem mais quita-las nos prazos. Perfil financeiro equilibrado: São aqueles que conseguem administrar melhor os seus ganhos e suas despesas. Essas pessoas só gastam o dinheiro que possuem efetivamente nas mãos, no entanto, terminam o mês no zero a zero...esse talvez seja o perfil mais preocupante, pois o indivíduo está numa zona de conforto financeiro. Perfil financeiro poupador: pessoa que se mostram mais determinadas a poupar parte dos seus rendimentos. resistem aos apelos de consumo e, geralmente, gastam apenas com as necessidades básicas, essenciais à sobrevivência, e compram com consciência. As primeiras moedas, tal como as conhecemos hoje, peças representando valores, geralmente em metal, surgiram na Lídia (atual Turquia), no século VII a.C., Brunet (2014, pag21). Navarro (2015, pag.6 - apostila) destaca que: O ciclo da riqueza é composto de 3 degraus: segurança financeira, independência financeira e liberdade financeira. No primeiro degrau = segurança financeira - é o momento em que você consegue pagar suas contas básicas, praticamente obrigatórias, tais como água, luz, telefone, casa, carro, colégio dos filhos, plano de saúde, previdência privada, etc. O segundo degrau é a independia financeira. Tão logo você conquista sua segurança financeira, o próximo caminho é a independência financeira, o que isso significa possuir um investimento cujos juros satisfaçam a sua necessidade de segurança financeira, independente de continuar a trabalhar ou não. O terceiro degrau é o dos sonhos possíveis de serem realizados, com a conquista da liberdade financeira: a compra da casa dos sonhos, o carro dos sonhos, viajar para onde quiser, ir a um restaurante se se preocupar em escolher pelo preço. É a realização e tudo que você sempre sonhou.
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Cerbasi, (2017 apostila) deixa um modelo de gerenciamento do dinheiro no formato a seguir: divida o seu dinheiro da seguinte maneira e seguindo exatamente a ordem abaixo: •5% da receita mensal – Pagamento Pessoal em Dinheiro (Você deve ficar com esse dinheiro em casa. Pode comprar dólar, euro, libras etc.) •10% da receita mensal – Poupança e Investimentos •50% da receita mensal – Despesas pessoais •10% da receita mensal – Doações para causas que você acredita •10% da receita mensal – Lazer e diversão •15% da receita mensal – Desenvolvimento Pessoal (Livros e Treinamentos)
HÁBITOS DE CONSUMO “Muitas pessoas gastam dinheiro que não tem, para comprar o que não precisam, para impressionar pessoas que não gostam”. (sábio desconhecido).
Para Gomes ( 2018 apud TASCHNER, 2000; ARAUJO, 2008; AGUIAR; FARIAS, 2015; CUPOLILLO; AYROSA, 2015; DALMORO, 2016) o comportamento de consumo é considerado uma atividade social e cultural e ambos contribuem e influenciam nas atitudes de compra, pois se tornou um mecanismo competitivo entre os grupos sociais, mediante constante um ponto fundamental e influente ao estímulo de consumo, onde as pessoas se veem coagidas a comprar. Enfatiza Brunet (2014, pag.48):
Com as emoções a flor da pele, você é tomado pelo medo, pela insegurança e pela solidão. Caso tenha dinheiro na carteira ou cartão de crédito liberado, prepare-se: você vai tentar gastalo....minhas frustações não podem controlar meu dinheiro... Meu dinheiro não precisa sofrer junto com as minhas emoções.
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Navarro (2014, pag.43) faz uma reflexão com relação ao consumismo: Quando for comprar algo: escreva o bem que deseja, em seguida responda as seguintes questões: 1. Você tem dinheiro para comprar a vista? 2 Se não tem, quanto vai custar a mais por comprar financiado? 3 A prestação somada as suas despesas do mês cabem confortavelmente dentro de seu orçamento e continua sobrando, pelo menos, 10% do seu dinheiro para investir todo mês? 4 O que este bem vai trazer de melhoria a sua vida? 5 Existe outro bem similar mais barato e que satisfaça a sua necessidade? 6 Você realmente precisa desse bem, ou pode viver sem ele? Agora você tem um questionário para a tomada de decisão para adquirir ou não alguma coisa, mas antes, verifique sempre a sua real identidade.
OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Realizar levantamento de ferramentas aplicáveis no processo de coaching financeiro. OBJETIVO ESPECÍFICOS: • Conhecer o estadual atual do cliente nos diversos setores da sua vida; • Compreender em que perfil e como está sua saúde financeira; • Identificar as crenças financeiras; • Elaborar um processo de coaching financeiro identificando seus objetivos financeiros em curto, médio e longo prazo do cliente. METODOLOGIA O método desta pesquisa é compreendido como revisão da literatura e abordagem qualitativa Gomes (apud PRODANOV; FREITAS, 2013), fazendo um levantamento de ferramentas utilizadas no processo de coaching financeiro pessoal e educação financeira utilizadas, sendo um ramo pouco conhecido pela sociedade e profissionais. Feito o levantamento das ferramentas utilizadas e mencionadas nas literaturas será elaborado um
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processo de coaching financeiro direcionado para a identificação deste cliente e seu comportamento financeiro pessoal que poderá ser replicado e aplicado por coaches e educadores financeiros. Para levantamento das ferramentas utilizou-se do banco de dados Google, usando os seguintes descritores: educação financeira, planejamento financeiro pessoal. Foram selecionados 1 artigo, 5 livros, 1 monografias. Tendo como critério ferramentas validadas já por profissionais renomados na área do coaching e educação financeira, fazendo assim a diferença na vida das pessoas que desejam mudança na sua vida financeira. Após este levantamento foi elaborado um processo de coaching financeiro idealizou-se um plano de ação em 8 encontros a serem replicados de forma individual em um sujeito que tenha interesse em mudar sua situação financeira atual e que estejam sofrendo das consequências deste descontrole financeiro. PROCESSO DE COACHING FINANCEIRO EM 10 ENCONTRO O processo de coaching financeiro foi elaborado para qualquer pessoa que possua descontrole financeiro, sendo realizados 8 sessões de 1 hora e 30 no máximo, uma vez por semana. Em cada encontro, separado por partes, serão aplicadas algumas ferramentas utilizadas no coaching financeiro para um planejamento de sucesso. Segue abaixo o cronograma das 8 sessões.: 1 SESSÃO: FERRAMENTA: RODA DA VIDA OBJETIVO: RODA DA VIDA - LEVAR O CLIENTE A IDENTIFICAR SEU ESTADO ATUAL FAZENDO O REFLETIR ONDE DESEJA CHEGAR EM CADA ÁREA DA SUA VIDA, E TENDO CONSCIÊNCIA DAS PRIORIDADES E AÇÕES NECESSÁRIAS PARA ESTA MUDANÇA DESEJA. PRATICA: PREENCHIMENTO DO GRAFICO CONHECIMENTO DAS CRENÇAS FINANCEIRAS LIMITANTES
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OBJETIVO: CONHECIMENTO DAS CRENÇAS FINANCEIRAS LIMITANTES: IDENTIFICAR QUAL PADRÃO MENTAL QUE NÃO PERMITE PROSPERAR FINANCEIRAMENTE PRATICA: RESPONDER QUESTIONÁRIO 2 SESSÃO: FERRAMENTA: ANAMNESE FINANCEIRA OBJETIVO: IDENTIFICAR O QUE NÃO FUNCIONA BEM E QUAIS MUDANÇAS PODEM SER FEITAS. PRATICA: RESPONDERQUATIONÁRIO E REFLETIR OS DIAGNÓSTICOS
PERFIL FINANCEIRO OBJETIVO: CONHECIMENTO DO SEU”EU” FINANCEIRO PARA ENTENDER POR ONDE ANDA SEU DINHEIRO PR ATICA: RESPONDER QUESTIONÁRIO APLICAR O DSOP – DIAGNOSTICAR, SONHAR, ORÇAR E POUPAR. 3 SESSÃO: FERRAMENTA: ESCALA DE COMPRA COMPULSIVA OBJETIVO: IDENTIFICAR O PERFIL DE COMPRA COMPULSIVA DO COACHEE. PR ATICA: RESPONDER QUESTIONÁRIO E REFLETIR SOBRE AS MUDANÇAS E AJUDAS NECESSÁRIAS PARA ALCANÇAR O OBJETIVO FINANCEIRO
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AVALIAÇÃO FINANCEIRA (EMOCIONAL) OBJETIVO: CONHECER ATÉ QUE PONTO O DESEQUILÍBRIO FINANCEIRO INTERFERE NA SAÚDE MENTAL PRATICA: RESPONDER QUESTIONÁRIO E REFLETIR SOBRE MUDANÇAS NECESSÁRIAS PARA ALCANÇAR O OBJETIVO FINANCEIRO 4 SESSÃO: FERR AMENTA: PLANILHAS (FLUXO DE CAIXA, DESPESAS OBRIGATÓRIAS E NÃO OBRIGATÓRIAS FIXAS E VARIAVEL) OBJETIVO: ORGANIZAR E PLANEJAR A VIDA FINANCEIRA DE FORMA QUE O COACHEE TENHA UMA FERRAMENTA ORGANIZADA E EFICAZ. PRATICA: CRIAR UMA PLANILHA SEJA POR MEIO ELETRÔNICO OU NÃO DE ACORDO COM A HABILIDADE DO COACHEE DE FORMA QUE ELE TENHA UMA VISÃO CLARA DE ONDE SEU DINHEIRO VEM E PARA ONDE ELE VAI 5 SESSÃO: FERRAMENTA: GIRO FINANCEIRO OBJETIVO: ANALISAR OS PILARES DA VIDA FINANCEIRA DO COACHEE (roda da vida financeira) PRATICA: Atribuir notas de 1 a 10 para cada quadrante do círculo, de acordo com seu grau de satisfação, após criar um projeto para cada item com objetivo de chegar ao ponto desejado 6 SESSÃO:
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FERRAMENTA: POTES FINANCEIROS OBJETIVO: PLANEJAMENTO E ESTUDO DE UM PROJETOQUE VISA À CONQUISTA DE UM SONHO. PRATICA: VALOR DO SONHO – QUANDO DESEJA REALIZAR (tempo) – divida o valor pelo tempo para saber qual o valor mensal para realizar seu sonho. Você pode ter vários potes, sonhos (viagem, carro novo, aposentadoria, estudos dos filhos, liberdade financeira. 7 SESSÃO: FERRAMENTA: OBJETIVO CURTO PRAZO (1 ANO-365 DIAS) OBJETIVO: MONTAR UM PROJETO CURTO PRAZO PRATICA: : SABER ONDE ESTÁ E QUAIS RECURSOS DISPÓE HOJE. VERIFICAR RECURSOS NECESSÁRIOS PARA ALCANÇAR O OBJETIVO SABER ONDE BUSCAR OS RECURSOS QUE AINDA NÃO TEM PARA ALCANÇAR O RESULTADO DESEJADO ESTABELECER UMA DATA ESPECIFICA PARA O INICIO E O TERMINO DO PROCESSO ATÉ SUA REALIZAÇÃO VERIFICAR SEO OBJETIVO É REALMENTE IMPORTANTE EM SUA VIDA, SE REALMENTE VAI FAZER DIFERENÇA PARA VOCÊ REALIZA-LO BUSCAR INFORMAÇÕES COM QUEM JÁ REALIZOU ALGO SEMELHANTE, PESQUISAS EM LIVROS E REVISTAS TER TOTAL CONHECIMENTO FO QUE REALMENTE QUER, CONHECER DETALHes DO NEGÓCIO E DO CAMINHO A SER PERCORRIDO.
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VERIFICAR COM ALGUEM QUE SEJA IMPORTANTE PARA VOCE, QUE POSSA COOPERAR COM SEU OBJETIVO. ATRAVÉS DAS REPOSTAS MONTE SEU PRÓPRIO PROJETO DIVIDIDO POR ETAPAS, COM DATA , RESULTADOS PRÉ DEFINIDOS 8 SESSÃO: FERRAMENTA: RODA DA VIDA E GIRO FINANCEIRO OBJETIVO:REAVALIAR ESTADO ATUAL E EVOLUÇÃO PRATICA: APLICAR FORMULÁRIOS DAS FERRAMENTAS ACIMA PARA REAVALIAÇÃO DO PROCESSO
CONSIDERAÇÕES FINAIS Quando se iniciou o trabalho de pesquisa constatou se que os índices de brasileiros endividados aumentam a cada ano, devido ao consumismo desenfreando estimulado pelas mídias e redes sociais, influenciando, assim a, a saúde mental das pessoas, que não conseguem ter um equilíbrio financeiro, comprometendo suas rendas e gerando problemas pessoais, familiares no trabalho afetando até mesmo sua saúde, por isso a importância de estudar sobre as principais ferramentas utilizadas no coaching e na educação financeira. A pesquisa teve como objetivo geral realizar um levantamento das ferramentas utilizadas para um processo de coaching financeiro de alta performance, trazendo assim conhecimento às pessoas que desejam equilibrar e planejar sua vida financeira. Constata-se que o objetivo geral foi atendido porque efetivamente porque o trabalho conseguir descobrir que existem poderosas ferramentas para planejar e identificar a situação financeira das pessoas, fazendo com que seja identificada a situação
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financeira atual, bem como, ferramentas que ajudem alcançar objetivos, ou seja, identificar seu estado financeiro atual e onde se deseja chegar financeiramente em curto, médio e longo prazo. O primeiro objetivo especifico era conhecer o estadual atual do cliente nos diversos setores da sua vida, ele foi atingido através dos levantamentos das ferramentas de coaching financeiro, Roda da Vida e Giro Financeiro. O segundo objetivo especifico era compreender em que perfil e como está sua saúde financeira também foi atingido através das ferramentas de anamnese financeira e perfil financeiro. O terceiro objetivo especifico é identificar as crenças financeiras que também foi atingido através das ferramentas crenças financeiras. A pesquisa partiu da hipótese de que grande parte da população brasileira tiveram uma educação financeira seja na escola ou no convício familiar, desconhecendo assim ferramentas que possam ajuda-las a organizar suas finanças visto que hoje temos mais de 60 milhões de brasileiros endividados. Durante o trabalho descobriu-se que existem várias ferramentas do coaching e da educação financeira que pode auxiliar um planejamento de sucesso. Comprova -se assim que existem ferramentas do coaching que pode transformar a vida de pessoas que buscam organizar sua vida financeira. Assim temos comprovado que existem meios para se buscar equilíbrio na vida financeira através das ferramentas apresentadas neste trabalho a todos que desejam obter conhecimento e aplica-los na sua vida, assim como ser multiplicador deste conhecimento, podendo levar a uma mudança econômica significativa na população. Relembrando a metodologia utilizada foi a revisão de literatura através de livros, pesquisa na internet, artigo, monografias e apostilas de cursos online, levantando assim ferramentas significativas do coaching financeiro, para a educação financeira da população. Diante da metodologia proposta percebe-se que na educação financeira existem autores realmente engajadas para levar o conhecimento de planejamento financeiro as pessoas, mesmo assim, ainda temos a
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dificuldade de encontrar pessoas que busquem este autoconhecimento pessoal financeiro Mediante este trabalho recomenda-se uma pesquisa quantitativa com um determinado grupo da população para que se levante como está sendo o planejamento financeiro pessoal e familiar, se a pessoa tem conhecimento e se utiliza de alguma ferramenta para este planejamento.
REFERÊNCIAS BRUNET, T., Dinheiro é emocional: saúde emocional para ter paz e prosperidade financeira.ed. momentum.2014 DOMINGOS, R., Sabedoria financeira: o milagre da multiplicação de seus recursos. Rio de janeiro. dsop:2013 NAVARRO, R., Quebrando mitos com o dinheiro. Rio de janeiro. Momentum:2014 NAVARRO, R., Coaching financeiro: a arte de enriquecer. Rio de Janeiro. Momentum:2014 NIGRO. T., Do mil ao milhão: sem cortar o cafezinho. Rio de Janeiro. Harper collins: 2018 https://www.coachfinanceiro.com/portal/financas-pessoais/ (resumo) https://www.coachfinanceiro.com/portal/planejamento-financeiro-pessoal/( introdução) https://www.ocafezinho.com/2019/10/04/65-das-familias-brasileiras-estao-endividadas/ (PESQUISA EM 01.11.19) file:///G:/apontamento-laranja.pdf 2019
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COACHING EDUCACIONAL
Renata Emilia Casula
"Na prática a abordagem educacional é realizada por meio de sessões lúdicas respeitando o nível de maturidade de cada criança”.
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COACHING EDUCACIONAL Renata Emilia Casula Morôni Kozoski RESUMO Tendo em vista que o atual cenário da educação brasileira é qualificado como não sendo eficiente e deixando a desejar em muitos aspectos, é necessário que se criem soluções inovadoras para a mudança necessária. Nesse sentido, o Coaching Educacional desponta como mais uma ferramenta, integrando nesse contexto o aluno, o educador e a família, podendo assim se obter melhores resultados. O objetivo desse estudo é mostrar o coaching como ferramenta de aprendizagem tanto para educandos como para educadores. A palavra coaching é de origem inglesa e se referia ao papel do coach que era literalmente levar a pessoa de um ponto a outro, a grosso modo seria sair do lugar atual e chegar ao destino desejado. Trazendo para nossos dias é relacionado à treinamento, autoconhecimento em busca de uma melhor performance, seja no âmbito profissional, emocional ou social. Palavras-chave: Coaching Educacional. Autoconhecimento. Resultados.
INTRODUÇÃO Coaching é uma palavra inglesa usada para se referir ao trabalho dos coaches que era o de transportar literalmente as pessoas em carruagens de um ponto geográfico a outro. Mais tarde surgiu uma metáfora, que era justamente a transição que o coach fazia de conduzir a pessoa, nesse caso denominada “coachee” a um ponto desejado, foi assim que esse termo surgiu como gíria na Universidade de Oxford para “tutor particular”, “aquele que conduz”. Considerado como precursor do conceito de coaching, Timothy Gallwey foi um tenista profissional e treinador, nascido em São Francisco em 1938. Ao observar que a questão emocional e comportamental impactava diretamente a performance dos seus atletas e que isso não era atendido com os treinamentos físicos, ele então passou a defender uma nova postura de pensamentos. Essa nova linha de pensamento culminou na publicação do livro The Inner Game off Tennis (O Jogo interior de Tênis) em 1974, bestseller com mais de 2 milhões de exemplares vendidos. Na atualidade, o !89
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termo “coaching” está relacionado a treinamento, mudança do que chamamos de Estado Atual, ou seja, de como a pessoa se encontra no momento e onde ela pretende chegar em um dado período de tempo, denominado Estado Desejado. O objetivo primordial do processo de coaching é a busca por externar virtudes para um melhor desempenho do ser humano, seja ele no aspecto profissional, emocional ou pessoal. Observando os aspectos psicológicos, o coachee é conduzido a uma “viagem interna” para autodescoberta assim ele passa a ser muito mais objetivo, tendo em vista que lhe será ressaltado suas habilidades, suas dificuldades, seu perfil comportamental, enfim, um diagnóstico mais preciso sobre si mesmo. Tomada de ciência sobre o “eu” enquanto ser humano. O coach se utiliza de várias técnicas de análise psicológicas de perfil para levar o coachee primeiramente a um profundo autoconhecimento através da reflexão, reconhecimento dos seus reais valores, do seu potencial e dificuldades para depois então partir para a estratégia que melhor se adeque ao perfil. Lembrando que as respostas partem essencialmente do próprio coachee, que acaba as encontrando durante esse processo. Nesse processo também há muita mudança de paradigmas, são eliminadas muitas crenças limitantes, ou seja, pensamentos imputados em algumas situações que não o permitem por exemplo ir mais longe, ou não acreditar no seu potencial. Vale ressaltar que todo o processo de coaching é embasado cientificamente através de experimentos e estudos com os mais renomados nomes que são autoridades no assunto. O Coaching tem como princípio o melhoramento do ser humano, o incentivo de suas qualidades e a identificação dos pontos que precisa desenvolver, além de incentivar a inteligência emocional. Atualmente são diversas as áreas de atuação do coaching, entre elas podemos citar: Coach Executivo (Executive Coaching), Pessoal (Life Coaching), Emocional, Coaching de Performance, Empresarial e vários outros, lembrando que em cada área ainda tem inúmero nichos encontrados segundo a afinidade de cada coach. O objetivo desse trabalho é apontar e utilizar as eficientes ferramentas do coaching adaptando-as para o ambiente escolar. Possibilitando assim à educação uma nova forma de abordagem e comunicação assertiva.
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COACHING EDUCACIONAL Tendo em vista a precariedade e ineficiência que acomete grande parte do sistema educacional brasileiro, o Coaching Educacional surge como uma poderosa inovação para o contexto estudantil, tendo em vista que o objetivo do mesmo é levar tanto os educadores e alunos, bem como os pais, a um melhor redirecionamento e aproveitamento do seu aprendizado. Através do coaching ajudamos os jovens a descobrir muito mais sobre si mesmos e a dar vida ao seu potencial. (Sara Rodrigues, licenciada em arquitetura com pós-graduação em educação artística. Maio 2015)
Através do coaching é possível se determinar com base em estudos e análise que os seres humanos são classificados por perfis comportamentais, claro que respeitando a individualidade e características advindas da criação e percepção que cada um tem do meio em que se vive. Nesses perfis comportamentais são observados características que com um pouco de estudo e discernimento se faz possível observar, por exemplo, a melhor forma com que cada um aprende, por exemplo, alguns são mais teóricos, já outros aprendem mais a partir da prática, ou até mesmo como cada perfil reage a uma “correção”, como são melhor incentivados, qual carreira se adequa melhor às suas qualidades, etc. Além de todos os benefícios, o processo de coaching juntamente com uma análise comportamental mais profunda é capaz de evidenciar o momento e o ambiente em que o estudante está vivendo, como está reagindo aos estímulos, se está sendo bem aproveitado seu potencial e o mais importante, o reconhecimento de problemas de fundo emocional como uma possível depressão, ou até mesmo uma tendência suicida. Com esse diagnóstico é possível encaminhar a criança ou adolescente para um tratamento mais específico com um profissional especializado e assim se evitar maiores problemas.
O Porquê do Coaching Educacional?
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Existe uma preocupação por todo o mundo relacionada com o fato de os sistemas de ensino serem voltadas quase que exclusivamente focados na transmissão de conhecimentos cognitivos, não trabalhando assim as competências socioemocionais. Entidades como OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) reiteram a importância de se trabalhar também a questão emocional dos alunos durante a sua vida escolar. Entre os vários benefícios do Coaching Educacional, pode-se dizer que ele ajuda a desenvolver responsabilidade, autodisciplina, empatia bem como uma comunicação mais assertiva além de uma autoestima mais elevada. Percebemos, através destas experiências, que desenvolvendo estas capacidades nos jovens, potenciávamos todas as expectativas de sucesso das suas vidas futuras e por isso havia algo que tínhamos de fazer para aplicar o nosso conhecimento e experiência em prol desta geração! A paixão e o acreditar levou-nos a construir este Programa de Coaching Educacional. (sara Janota e Raquel Barreto Abril e 2017)
Benefícios do Coaching Educacional para os Educadores No que se refere aos docentes, o coaching atua no desenvolvimento de habilidades como inteligência socioemocional, organização e planejamento proporcionando autoconhecimento necessário para desenvolver o seu potencial máximo, elevando assim a qualidade dos resultados obtidos e assim sendo reconhecido e valorizado tanto na parte profissional como na vida pessoal. O coaching dá suporte ao crescimento pessoal do indivíduo, fazendoo adquirir engajamento e a compreensão de que ele é o único responsável por suas atitudes. (Sulivan França. Slac Coaching)
O docente especializado na área do coaching educacional, terá mais habilidade para solucionar problemas em sala de aula, como falta de disciplina, desinteresse, pois o coaching fornece as ferramentas necessárias para que o mesmo saiba lidar com cada tipo de comportamento, tentando aflorar assim o melhor de cada um.
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Aspectos potencializados pelo Coaching Educacional • Inteligência Emocional: O aluno consegue identificar melhor suas emoções e as dos demais facilitando assim a convivência em geral. •Autoconhecimento: É a chave para o seu próprio desenvolvimento. A prática de se conhecer melhor possibilita o controle de suas próprias emoções. •Comunicação Assertiva: Uma das Principais ferramentas para alcançar sucesso em vários aspectos da vida e uma convivência pode-se dizer pacífica com os demais. • Relações Interpessoais: Saber a importância de outras pessoas e valorizá-las. •Descoberta de Talentos: Potencializado pelo autoconhecimento o indivíduo passa reconhecer suas qualidades e cultivar talentos que talvez antes passavam desapercebidos.
O Coaching Educacional e o direcionamento de carreiras O termo Coaching Educacional também se refere ao processo de “treinar” e desenvolver estudantes, atendendo assim as necessidades que permeiam o ambiente da educação. Serve também para desenvolver os docentes que pertencem a instituição, para potencializar a performance do aluno ou para auxiliá-lo no planejamento de carreira, bem como até a escolha da profissão.
Como profissional em coaching com mais de 10 anos de experiência em gestão de pessoas recomendo pesquisar muito e buscar conhecer as atividades de cada profissão, pois é na rotina que a identificação acontece. O estudante precisa estar atento ao curso escolhido, mas deve tentar perceber como é a profissão na prática. Muitos desistem no meio da faculdade por causa dessa falta de conhecimento. Sulivan França Slac Coaching.
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É uma ótima ferramenta para vestibulandos pois afinal para uma excelente realização de um vestibular é preciso confiança, desempenho e principalmente preparação. Nesse sentido o coaching é aplicado é aplicado baseado em duas proposições: controle de estados emocionais, dentre eles a angústia, a depressão e até mesmo euforia e ansiedade, e a segunda proposição se refere a administração do tempo, focando no objetivo como prioridade. COACHING EDUCACIONAL EM PAÍSES DESENVOLVIDOS
Em países desenvolvidos como Estados Unidos, Austrália e Reino Unido, o coaching já faz parte do ambiente escolar, e isso em parte denota a sua importância já que para se tornar um país desenvolvido é primordial ter um sistema educacional que realmente faça o seu papel com eficácia. Através do estudo do Professor Eric Bettinger e a Doutora Rachel Baker, comprovou-se através do trabalho realizado pelo InsideTrack e divulgado pela Stanford University School Of Education, dos Estados Unidos, que os alunos que passaram pelo processo de coaching na graduação superior foram mais propensos a permanecer até a conclusão e ainda a fazer sua pós graduação. Segundo o estudo, o que falta ao aluno é informação de como ser bemsucedido e como utilizar o que aprenderam na prática. A aplicação desse estudo se desenvolveu pela preocupação com a baixa taxa de conclusão dos cursos superiores. Preocupação demonstrada nessa fala do então presidente na época: Este país precisa e valoriza os talentos de todo americano. É por isso que forneceremos o suporte necessário para você completar a faculdade e conhecer uma nova meta: até 2020, a América voltará a ter a maior proporção de graduados universitários do mundo (Obama, 2009).
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Coaching Educacional na prática Na prática a abordagem educacional é realizada por meio de sessões lúdicas respeitando o nível de maturidade de cada criança e o processo pode ser feito tanto de forma individual quanto em grupo. Eles recebem vários estímulos para refletir sobre sua rotina escolar e seus desafios, inclusive além de perguntas reflexivas também são usadas dinâmicas e brincadeiras para otimizar o aprendizado. Além disso a presença dos pais em pelo menos algumas das sessões são muito proveitosas. O Papel do Profissional Coach Educacional O profissional Coach Educacional aplica técnicas e ferramentas para seu coachee para que assim ele possa desenvolver habilidades socioemocionais, comportamentais e assim identificar suas próprias limitações que atrapalham seu desenvolvimento e progresso. Seu dever é através de uma conversa asser tiva oferecer por meio de um acompanhamento focados nas necessidades reais de aprendizado e desenvolvimento dicas construtivas para que as mudanças necessárias ocorram, para que o mesmo alcance seus objetivos. Com tudo isso o Coach deve ter o cuidado de nunca julgar nem dar respostas, afinal elas estão dentro de cada um, o coach deve apenas conduzir o coachee a encontrá-las. Atuo como um facilitador. São os docentes que devem trazer os desafios e as soluções para a escola. Depois de analisarmos os problemas, eles voltam para a sala e aplicam com os alunos as estratégias definidas com base em suas próprias metas. (JOHN JENKINS, ex-professor e coach há dez anos. Atua hoje na New York Harbor School, em governors island. LINKEDIN, 2019)
O coach educacional pode atuar no apoio a equipe e no alinhamento de seus valores com os da instituição, organizando processos no que refere à gestão de pessoas e a liderança assim como ajudar a definir a missão de vida dos educadores e implantar a cultura organizacional da escola. Segundo Jon Green, coach da Urban Assembly (2012, LinkedIn) “Pesquiso boas práticas e monto estratégias com a equipe para que sejam adotadas em sala de aula”.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS O coaching oferece resultados acelerados pois respeita sempre a individualidade e os objetivos de cada pessoa. Ele tem no autoconhecimento a chave para proporcionar a base que os alunos, independentemente da idade se tornem mais conscientes, confiantes em suas capacidades e talentos. O coaching é uma metodologia que realmente tem muito a contribuir, uma vez que tem como foco promover melhorias contínuas, tanto no ambiente escolar como na vida no aspecto geral.
REFERÊNCIAS http://holos.org.br/wp-content/uploads/2013/02/coaching-educacional.pdf http://www.comregras.com/wp-content/uploads/2017/05/PROGRAMADE-
COACHING-
EDUCACIONAL.pdf http://www.nota10.com.br/Artigos-detalhes-Nota10_Publicacoes/8306/ o_que_e_coaching_educacional_e_como_ele_pode_te_ajudar https://docplayer.com.br/47253587-Programa-de-coaching-educacional.html https://pt.slideshare.net/villafanha/coaching-educacional-35988977 https://www.nber.org/papers/w16881 https://www.sbcoaching.com.br/coaching/coaching-pdf https://www.slacoaching.com.br/artigos-do-presidente/como-coaching-educacional-pode-ajudarestudantes www.ibccoaching.com.br/portal/coaching/o-que-e-coaching-educacional https://www.apg.pt/downloads/file915_pt.pdf
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A importância do processo de Life Coaching para o emagrecimento
Selma Marques
"O profissional que atua como Coach irá ajudar uma pessoa a explorar seu pleno potencial…”
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A importância do processo de Life Coaching para o emagrecimento Selma Marques Morôni Kozoski RESUMO De acordo com as pesquisas bibliográficas dos autores e observações, a importância do processo de Life Coaching cria um ambiente seguro, dando mais clareza de valores e definição de metas , facilitando a tomada de decisão, planejamento de vida , carreira , e principalmente, a execução de ações e mudanças de comportamentos. O Coaching de emagrecimento é uma metodologia que tem como objetivo, ajudar qualquer pessoa a emagrecer , utilizando técnicas que permitem identificar padrões autossabotadores na relação com a comida. Palavras-chave: Emagrecimento, foco , atitude e processo. INTRODUÇÃO O profissional que atua como Coach irá ajudar uma pessoa a explorar seu pleno potencial para que possa atingir suas principais metas na vida profissional e pessoal. Podemos citar o Coaching de emagrecimento que pode identificar sentimentos que estão ligados a comida e após entender os motivos das causas, pode-se bloquear os fatores da impulsão alimentar. Dentro disso , emagrecer pode ser uma meta e o profissional que atua como Coaching de emagrecimento pode ajudar o Coachee a ter foco e disciplina no processo de perda de peso não através de uma simples dieta , e sim a partir de uma mudança de diretriz mental, para que o indivíduo consiga retomar o controle e ter paz na relação com a comida . Consequentemente, para se chegar ao peso ideal , a pessoa terá primeiro que identificar o que está por trás desse padrão autossabotador e isso, o coach é que irá trilhar esse caminho de descobertas.
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Durante o processo de Life Coaching , o Coachee vai perceber os fatores que fizeram ele estar nesse estado atual e através de ferramentas, o Coach irá conduzi-lo até seu estado desejado. Esse processo ajudará a descobrir os fatores emocionais que o faz descontar frustrações, ansiedade e medos na comida. Com o novo conhecimento, libertará o Coachee para que ele comece a agir de forma diferente. Enquanto o início do coaching se concentrou no desempenho do trabalho individual e coletivo, agora foi ampliado entre outros campos, o da saúde e também o da nutrição. (SHERMAN et al., 2013).
Coaching como suporte no tratamento da obesidade Nesse estudo efetuado por Sherman et al ( 2013) – Heealth Coaching Integration Into Primary Care for the treatment of obesity, é ilustrado o uso do Coaching de emagrecimento na perda de peso sustentável. Sabemos que para emagrecer primeiramente é preciso compreender alguns sabotadores e mecanismos mentais que impedem a mudança de hábitos que auxiliam na redução de peso de forma consciente. As questões nem sempre são simples e podem estar relacionadas com infância, divórcio ou outros. O Coach ajudará a tomar atitudes necessárias e resistir às tentações através de ferramentas necessárias para modificar os padrões que influem na relação conturbada com a comida. É necessário também identificar os gatilhos, ou seja , em quais circunstâncias você é levado a praticar determinada atitude. Mudar a mente para perder peso O estudo realizado pela Schwartz ( 2013) – Wellness Coaching for obesity : a case report , aponta que para muitas pessoas falta foco ou condições de lutar contra a obesidade.
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A obesidade pode levar o indivíduo a frustração, ansiedade, depressão , e muitas vezes se conforma com o sobrepeso ou outra hipótese pode partir para uma cirurgia bariátrica. Diante desse cenário, o Coaching vem sendo um aliado aqueles que desejam perder peso . No processo de Coaching pode se identificar o que levou o paciente a ter uma relação ruim com a comida e auxilia-lo no sentido de organizar melhor o tempo para que seja possível cumprir todas as atividades diárias e ainda reservar tempo para se alimentar corretamente e se exercitar Qual o papel do Coach nesse processo: O profissional que atua como Coaching tem muitas artimanhas para garantir o sucesso das sessões e fazer o cliente , através de suas próprias percepções ,tenha autoconhecimento suficiente para perceber o seu próprio caminho para trilhar a vitória dos seus ideais. O Coach vai auxiliar o seu cliente ( coachee) através: • ajuda-lo a manter a motivação em alta , oferecer suporte nos momentos de fraqueza. • garantir e orientar para o cliente não persistir diante das dificuldades • auxiliar no planejamento da rotina para evitar deslizes •aplicar ferramentas poderosas para descobrir sabotadores
Ferramentas utilizadas
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A escolha de ferramenta adequada ajuda no andamento de uma boa sessão de Coaching, pois faz um alinhamento na etapa do estado desejado do Coachee dentro do processo de Coaching. Alguns exemplos de ferramentas: •Exercício de visualização para que o cliente almeja o corpo que quer atingir. •Perguntas estratégicas voltadas ao autoconhecimento, exemplo: quais são as situações ou os sentimentos que lhe fazem perder o controle diante da comida. •Análise Swot •Perdas e ganhos ( será explicada a seguir) •Uma das ferramentas mais aplicadas por Coach é a perdas e ganhos também chamada de ganhos e perdas . Ela é recomendada para as sessões em que há necessidade de decisão pelo Coachee sobre algum aspecto específico.
!Como aplicar a ferramenta perdas e ganhos? Assim como na análise SWOT , a ferramenta perdas e ganhos é baseada no preenchimento de 4 quadrantes , mas a diferença está no aspectos avaliados. Toda a avaliação é feita pensando somente no interior do indivíduo, analisando seus prazeres e também as suas dores. Os elementos que deverão ser preenchidos e avaliados pelo Coachee são os seguintes: ¥Ganhos e perdas ¥Quais são os seus benefícios? ¥Motivadores e sabotador
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1° quadrante
2° quadrante
O que você ganhará se
O que você perderá se
obtiver seu objetivo?
obtiver seu objetivo?
( motivador por prazer) 3° quadrante
( motivador por dor) 4° quadrante
O que você
O que você perderá se
ganhará se obtiver seu
não obtiver seu
objetivo?
objetivo
( sabotadores por
( sabotadores por dor)
prazer) Fonte: Sherwartz ( 2013)
• No primeiro quadrante : O que você ganhara se obter seu objetivo ?( motivador por prazer) Deve representar todos os benefícios que o Coachee irá ganhar se optar por ter a opção em questão. Deve-se lembrar que o ganho é algo que ainda não temos . Exemplo: mais qualidade de vida, entrar em um vestido, ter mais alto estima, etc... • No segundo quadrante : O que você perderá se obtiver isso? ( motivador por dor) Avaliação deve ser feita com base no que o cliente poderá perder . Exemplo: deixar de comer um chocolate, diminuir a frequência do happy hour , etc... • No terceiro quadrante: da ferramenta, diz respeito à deixar de ter algo O que você ganhará se não obtiver seu objetivo? (Sabotadores por prazer)
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Exemplo: prazer em comer o que quero • O quarto e último quadrante: Representa o que o Coach vai passar a ter se não tiver mais a condição em questão O que você perderá se não obtiver seu objetivo? (Sabotadores por dor) Exemplo: recuperar a qualidade de vida e evitar problemas futuros relacionado ao sobrepeso. Como ajudar o Coachee a tomar decisão? Assim que terminarem o preenchimento do quadrante, o Coach deve pedir para o Coachee revise tudo o que foi feito , a fim de corrigir possíveis equívocos ou acrescentar dados importantes. A interpretação da ferramenta deve ser feita analisando quais são as partes mais significativas para o Coachee. A ferramenta perdas e ganhos é uma excelente maneira de diagnosticar uma situação afim de tomar uma decisão com clareza. Pode ser aplicada em várias áreas, tanto pessoal, quanto profissional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS É conveniente lembrar que o Coachee não deve se sentir obrigado ou pressionado a tomar decisão baseada somente na ferramenta, para ajudar o cliente a ter mais tranquilidade e segurança quanto a sua escolha, pode se sugerir tarefas relacionadas para que ele faça em casa também, para que pense tudo que foi conversado durante a sessão e obtenha mais clareza em relação às suas escolhas e decisões. Tudo isso através do desenvolvimento de habilidades, potencialização de competências, mudanças de comportamento, quebra de crenças limitantes, desenvolvimento da inteligência emocional e autoconhecimento e assim conseguir alcançar seus desejos .
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REFERÊNCIAS SADIR, Angelica. O que é coaching de emagrecimento. 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=NU2rx4lprDY>. Acesso em: 29 mar. 2018. SAHLEN, K. G. et al. Health coaching to promote healthier lifestyle among older people at moderate risk for cardiovascular diseases, diabetes and depression: a study protocol for a randomized controlled trial in Sweden. BMC Public Health., v.13, n. 199, 2013. Schwartz, Wellness Coaching for obesity: a case report, 2013. SELIGMAN, M. E. P. Positive psychology progress: empirical validation of interventions. Am Psychol, v. 60, p. 410Y21, 2005. SHERMAN, R. et al. Health coaching integration into primary care for the treatment of obesity. Glob Adv Health Med., v. 2, n. 4, p. 58-60. 2013. SIELER, A. Ontological coaching. In: COX, E.; BACHKIROVA, T.; CLUTTERBUCK, D. The complete handbook of coaching. London: Sage. 2014. p. 107-119. SOCIEDADE BRASILEIRA DE COACHING. Nutrição e Coaching: qual a relaçãqual a relação? 2013. Disponível em: <http://www.abeso.org.br/atitude-saudavel/mapa-obesidade>. Acesso em: 20 ago. 2017.
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A IMPORTÂNCIA DO COACHING NAS ORGANIZAÇÕES
Liliane de Fátima Borges
"As organizações estão caminhando no sentido de assumir, como requisito essencial, a contratação de líderes que apliquem coaching em suas equipes."
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A IMPORTÂNCIA DO COACHING NAS ORGANIZAÇÕES Liliane de Fátima Borges Prof. Morôni Kozoski RESUMO A cada dia o Coaching vem crescendo em popularidade nas organizações, como um método eficaz para aperfeiçoar o desempenho dos colaboradores e seus processos, valorizando o capital humano e intelectual, como consequência favorecendo as organizações, colaborando para que seus objetivos possam ser atingidos. Esse Trabalho de Conclusão de Curso tem o intuito de explicar, que a importância do coaching nas organizações tem como objetivo principal contribuir para o desenvolvimento profissional e humano dos colaboradores envolvidos. Palavra Chave: Coaching. Andragogia. Desenvolvimento profissional.
INTRODUÇÃO Transformações mundiais associadas ao comportamento humano e às inovações tecnológicas evoluem a cada ano que passa, forçando as organizações e os profissionais a inserirem-se nesse processo de mudança, o que exige que os mesmos se tornem competitivos no mercado globalizado. As organizações e, consequentemente os profissionais, tem sido cobrados a mudanças devido à necessidade de competir e para sobreviver num mercado exigente, globalizado e muito dinâmico. Um dos processos
que tem sido
bastante utilizado e difundido no sentido do indivíduo desenvolver seu potencial é o coaching, de maneira que uma demanda por profissionais que atuem com este processo vem sendo notada. As organizações estão caminhando no sentido de assumir, como requisito essencial, a contratação de líderes que apliquem coaching em suas equipes. Isso porque, profissionais que se atualizam com as novas tendências vêm buscando ferramentas de desenvolvimento produzidas pelo processo de coaching, preparando-se para futuras oportunidades e para melhorar diversos aspectos da vida, não só aqueles relacionados ao trabalho (Di Stéfano, 2005). Ainda que perante essa valorização do coaching no quesito de desenvolvimento de pessoas, o que se faz notar é que tal processo tem sido enfatizado internacionalmente. No
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Brasil, embora o coaching tem sido abordado e valorizado nas empresas, sendo muito divulgado sob a forma de cursos e workshops, oferecidos no mercado. O coaching enquanto técnica de desenvolvimento de competências pessoal e profissional, procura preparar as pessoas para melhor lidarem com as mudanças e as adversidades, através do desenvolvimento do potencial de cada um e usando-o como forma de aumentar a autoestima, a confiança e a sua empregabilidade. Em termos individuais, o coaching procura desenvolver a excelência e o controle emocional, necessários para ultrapassar os desafios e consequentemente, atingir a satisfação e a realização (Souza, 2007). 2. Definição de Coaching A palavra Coaching existe desde a idade média, utilizada para descrever o condutor de carruagens. Esses profissionais eram chamados de “Coacheiros”, ou que conduz o coche, que nada mais era, as carruagens. Os coaheiros eram os profissionais que conduziam os passageiros para o seu local desejado. Em torno de 1850, o termo passou a ser atribuído a professores e mestres de universidades com o significado de “Tutor”, a pessoa responsável por auxiliar os estudantes na preparação de testes e exames. Em 1950, o termo “Coach” foi utilizado pela primeira para fazer referência à habilidades de gerenciamento de pessoas. Foi aí que surgiram as primeiras técnicas de desenvolvimento pessoal e humano, valorizando a competência individuais e relacionando-as a um processo de evolução contínua. A metodologia do Coaching é baseada em um conceito chamado “Andragogia”, um processo de ensino que consiste na orientação e educação para adultos. Trata-se de uma ideia que se contrapõe a Pedagogia, que se refere á a educação infantil, e defende um processo de educação continuada. O processo de coaching considera que o adulto carrega uma gama de experiência, vivências, crenças e valores que foram construídas ao longo de vários ano e essa metodologia trabalha de modo a incentivar o cliente a
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encontrar essas respostas dentro de si mesmo e estabelecer tarefas que precisam ser realizadas para chegar no estado desejado, Sendo assim, o coaching é uma filosofia que se utiliza de ferramentas que visa a otimizar a performance e acelerar os resultados. O Coaching é definido como um processo, com início, meio e fim, definido em comum acordo entre o profissional e o cliente, que é denominado coachee. O profissional coach apoiará o coachee na busca de realizar as metas de curto, médio e longo prazo, através da identificação e uso das próprias competências desenvolvidas, como também do reconhecimento e superação das fragilidades do coachee. Outras definições apresentam o processo como: Quadro 1. Definições de coaching.
Autor
Definições
Whitmore (1992,
“Coaching é o desbloqueio do potencial de um
p. 8)
indivíduo de forma a maximizar seu desempenho. É
Parsloe (1995, p.
ajudar o outro a aprender ao invés de ensiná-lo.” “O coaching é diretamente relacionado com o
18)
aprimoramento imediato de desempenho e o desenvolvimento de habilidades, através de uma
Stober, & Parry
forma de tutoria ou instrução.” “Coaching é um processo colaborativo que visa
(2005, p. 13)
facilitar a habilidade de um cliente para auto-dirigir seu aprendizado e crescimento, sendo evidenciado por mudanças significativas na auto-compreensão,
Grant (2005, p. 4)
auto-conceito e comportamento.” “Coaching pode ser compreendido como uma metodologia genérica usada para aprimorar as habilidades e desempenho, assim como o desenvolvimento de indivíduos. É um processo sistematizado no qual indivíduos são ajudados a explorar seus problemas, estabelecer metas, desenvolver planos de ação e agir, monitorar e avaliar seu desempenho de forma a melhor alcançar suas metas [...].”
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Milaré, & Yoshida
“A essência do coaching é ajudar o indivíduo a
(2007, p. 88)
resolver seus problemas e a transformar o que aprendeu em resultados positivos para si e para a
Cox, Bachkirova,
equipe a qual lidera.” “O coaching é um processo de desenvolvimento
& Clutterbuck
humano que envolve o uso de interações
(2014, p. 1)
estruturadas e focadas e de estratégias, ferramentas e técnicas apropriadas para promover mudanças desejáveis e sustentáveis, visando o benefício do indivíduo e, potencialmente, de outros stakeholders.”
3. A importância do coaching nas organizações A prática do coaching aumenta a cada dia nas organizações, e é vista como um grande passo para o sucesso dos indivíduos que procuram por esse recurso de desenvolvimento, por iniciativa própria ou patrocinada pelas empresas. Digamos que o coaching atualmente encontra-se em destaque. Alguns anos atrás, apenas os atletas tinham um coach, hoje em dia, desde os jovens assim como os altos executivos estão se familiarizando a cada dia mais com essa ferramenta. Para Percia e Sita (2013) o coaching vem sendo reconhecido como processo estratégico de desenvolvimento de pessoas, de melhora de performance dos colaboradores, ou seja, o processo de coaching realizado de forma efetiva contribui para um aumento do capital humano e intelectual dos funcionários, proporcionando melhores resultados, para as organizações. A percepção dos envolvidos que atuam com coaching baseia-se no acordo entre a organização, o coachee e o coach, considerando objetivos estabelecidos, avaliação e resultados alcançados. É necessário verificar se os objetivos pessoais do coach estão alinhados com os objetivos das organizações que em geral contratam o serviço, conforme afirma Ferreira (2008). O coaching contribui com efeitos positivos para o coachee desenvolver-se e consequentemente, melhorar competências como a
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comunicação, além de colaborar para relacionamentos interpessoais com mais sucesso, conforme explicitado por Boyatzis e Mckee (2006). Os autores Roman e Ferrández (2008) definem o coaching no contexto organizacional como um acompanhamento de uma pessoa ou equipe trabalho, a partir de suas necessidades profissionais, visando o desenvolvimento do potencial, de seus comportamentos e conhecimentos técnicos. É importante destacar também que o coaching não se limita ao nível hierárquico, ou seja, pode ser aplicado em todos os níveis da organização, mas em geral se contrata o processo de coaching em algumas organizações, apenas para colaboradores que são considerados chaves para a organização, são os talentos ou potenciais, algumas empresas contratam para áreas específicas como vendas, outras organizações treinam seus colaboradores para aplicarem o processo de coaching em sua equipe (Camara, Guerra & Rodrigues, 2007). No contexto das organizações também está presente o coaching realizado por profissionais que atuam com projetos. A sigla PMO - Project Management Office, que significa gerenciamento de projetos, PMO Consultivo, tem sido muito usada nas multinacionais, o coaching é a ferramenta utilizada como modo de elevar o nível de performance dos gerentes de projeto, considerando as aprendizagens adquiridas em projetos anteriormente realizados. Os grandes objetivos das empresas contratarem o coach para atuar no desenvolvimento de profissionais da área de projetos é o aumento da competitividade, retenção, valorização e maturidade organizacional (Barcaui, 2012). Para Percia e Sita (2013) quando se contrata um coach para apoiar coachees da área de projetos, é necessário que esse profissional tenha experiência anterior em projetos, para que a realidade do coachee neste contexto seja compreendida e para o alcance de metas e objetivos propostos. Explorando ainda mais a temática coaching nas organizações, Moraes (2007) nos leva a refletir um aspecto importante: de onde surge o pedido para a prática do coaching, pela empresa ou pelo sujeito? Se não atentar para saber de quem é a demanda, pode acontecer do sujeito se tornar o
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objeto, que significa estar apenas servindo a uma demanda da organização. O coaching nas empresas pode surgir através de alguma insatisfação por parte da área, líder e do liderado, e muitas vezes remetem a uma demanda da organização, que pode não estar alinhada com o que o coachee deseja para si. A palavra demanda, na etiologia demande significa o mesmo que perguntar com autoridade, ou seja, será que o que a organização quer mesmo é o desenvolvimento do seu colaborador ou da meta que impõe ao executivo? Sugere que os coachees reflitam sobre sua prática pessoal e profissional, se conseguem perceber seu desenvolvimento, além do que é imposto pelas organizações. Pudemos perceber que as organizações estão utilizando o coaching organizacional, seja
para
executivos ou para equipes, para
desenvolver seus recursos humanos e consequentemente atingirem suas metas. O mundo de hoje necessita desenvolver líderes que sejam capazes de combinar os desafios da globalização com as tecnologias em uma cultura empreendedora, e recomenda que para atender a essa demanda o coaching vem sendo um dos melhores recursos para o desenvolvimento de líderes. O coaching ajuda as empresas a desenvolver membros organizacionais (Rego, Pina, Oliveira & Marcelino, 2004). Os grandes líderes são comprometidos com suas crenças, valores e são emocionalmente inteligentes, afirmam Boyatzis e Mckee (2006). Um bom coaching, como se referem os autores, promove o desenvolvimento de líderes eficazes dentro das organizações, desse modo, as empresas têm optado por desenvolver líderes promovendo colaboradores e utilizando o coaching como ferramenta para este fim. Muitos profissionais assumem o papel de liderança e não possuem uma formação sobre o comportamento humano, a grande maioria dos profissionais participa de diversos cursos e treinamentos, sempre abordando aspectos gerais e conhecendo superficialmente a arte de liderar. O coaching possibilita o aprofundamento do desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para que o líder alcance o sucesso pessoal e profissional e temos como referência para alcançar o sucesso, cinco palavraschave: alinhamento, foco, paciência, persistência e atitude. Iniciando com o
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alinhamento, se refere a conhecer muito bem qual é a sua inclinação profissional e manter-se conectado a ela, dedicando a sua vida ao que acredita e gosta. O foco representa não se desviar do objetivo. A paciência é saber esperar, ou seja, desenvolver emocionalmente esta competência. Na persistência, o indivíduo deve manter-se equilibrado para não sair da direção do objetivo traçado e por último a atitude, que representa tornar-se realidade, fazer acontecer. Coaching tem sido instalado como um processo permanente no mercado nacional e internacional, não mais como uma moda passageira, pois vem mostrando progressos significativos. O coaching anteriormente era disponibilizado para poucos, hoje em dia muitos tem acesso à ferramenta e é visto como um processo de reflexão pessoal e profissionalismo (Cardon, 2005). O coaching executivo e empresarial emerge tanto no Brasil como no exterior, com o objetivo de atender as necessidades específicas dos coachees executivos (Krausz, 2007). Neste tipo de coaching, os executivos têm como meta extrair de si o próprio potencial para conduzirem seus liderados (Rego, Pina, Oliveira & Marcelino, 2004). O coaching de executivos destaca-se por desenvolver talentos em conjunto com a formação contínua das organizações, principalmente devido à atualidade em que vivemos, onde se aperfeiçoa os recursos humanos, exigindo muito dos empregados, sempre tentando aumentar o rendimento, melhorar a gestão de tempo e entrega de resultados. O coaching contribui para uma melhor gestão do stress e melhor adaptação de um ritmo de trabalho, que se é exigido nas organizações. O sucesso de profissionais que atuam com coaching está baseado em encontrar novos caminhos para determinadas situações (Villa & Caperán, 2010). Segundo Milaré e Yoshida (2007), o coaching de executivos é uma atividade com metas organizacionais bem claras e definidas, a serem alcançadas em curto e longo prazo, visando o desenvolvimento do líder, conforme os objetivos propostos por ele próprio e pela empresa. Geralmente contrata-se um profissional coach externo ou da própria empresa, que conduzirá as atividades através de feedbacks e diálogo estruturado. Um coach executivo necessita compreender muito bem como funciona uma organização, conhecer o mundo corporativo e sua complexidade, pois a
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diferença está em atender os coachees para que os mesmos alcancem resultados dentro das organizações, porque quem nunca atuou em um ambiente empresarial desconhece aspectos importantes que farão toda a diferença durante o processo de coaching, porque muitos dos objetivos traçados pelos coachees estão relacionados com as estratégias das organizações, o autor adverte que para os executivos que tem gana de tornar-se coach, não é participando apenas de um treinamento e estar preparado por conta da sua experiência enquanto colaborador de uma empresa, é preciso uma formação concreta, maturidade emocional e com horas praticadas para exercer a atividade (Block, Mendes & Visconte, 2012). O coaching é uma modalidade de gestão que contribui para o desenvolvimento individual e grupal de colaboradores que atuam nas organizações, é uma alternativa viável para formar equipes de alto desempenho, os quais constituem as principais direções de líderes que atuam nas empresas. Para formar uma equipe de alto desempenho, é necessário proporcionar um ambiente de confiança, liderança, comunicação, entendimento do objetivo a ser alcançado e a participação de cada indivíduo focando em aproveitar suas fortalezas ao máximo (Mejía, Carrasquero & Moreno, 2009). O tema coaching possui várias publicações, mas ainda existem poucos estudos sobre coaching para equipes de trabalho. Clutterbuck (2008) relata que em diversas conversas com profissionais de recursos humanos, essa habilidade é uma das deficiências das competências de líderes nas empresas. As organizações contratam profissionais para trabalharem em equipe, que é um modelo eficaz de realizar trabalhos complexos, porém não capacitam o grupo, em geral, oferecem coaching individual, enquanto que o objetivo é grupal. O coaching grupal possibilita a equipe a rever seu desempenho, melhorar a comunicação, relacionamento e resultados. Segundo Muradep (2009), o coaching de equipe tem como objetivo específico a melhora da performance e rendimento dos membros da equipe, em seu conjunto, bem como a soma das suas partes. O objetivo é centrado em relações interpessoais, tarefas, visão e missão dos indivíduos, que intervém
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no dia a dia, trabalhando habilidades, competências e tornando as ações do grupo conscientes e a comunicação mais efetiva. 4. Benefícios para as organizações Os colaboradores que se beneficiarem do coaching automaticamente impactarão positivamente nos resultados das empresas. Porém, o coaching pode ser aplicado diretamente nas empresas, com benefícios muito expressivos e altamente mensuráveis. Ele amplia de forma definitiva a vantagem competitiva das organizações. Seus objetivos incluem o aumento do foco, produtividade, o auxílio para transições, a gestão de crises, o desenvolvimento de lideranças e de times de alta performance, além do planejamento estratégico de novos negócios e da busca da excelência na performance de profissionais dedicado a alcançar resultados consistentes e coerentes com a realidade de cada organização. O propósito do coaching nas organizações é, primordialmente, o desenvolvimento de competências para o sucesso; ele parte do princípio de tudo, desde que possua as competências necessárias para tomar as melhores decisões em sua carreira, seja a curto, médio ou longo prazo. Para atingir metas, o coaching é, por definição, uma parceria dedicada a dar suporte ao processo de aquisição e aprimoramento de competências, mas sem deixar de lado fatores cruciais para a sobrevivência das empresas no mercado globalizado atual: ele também promove o engajamento dos colaboradores, proporciona estratégias de desenvolvimento acelerado e, consequentemente, alavanca os resultados e a lucratividade. Essas são as razões que justificam a eficácia do processo de coaching e que asseguram que o ato de investir nele retorna para a organização sob a forma de mais vendas, mais performance, mais lealdade por parte dos times e dos líderes e mais expansão em um cenário que constantemente se transforma e exige rápidas adaptações.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com os autores, o papel do coaching nas organizações, tem se mostrado de grande importância, seja para o desenvolvimento de seu capital humano, como um atrativo para captação ou retenção de talentos ou como um diferencial estratégico. Em suma, o programa coaching ajuda a estreitar a relação entre empresa e colaborador. Atualmente o que tem se mostrado como o maior desafio das empresas, é a gestão de seu capital humano, e isso, só é possível através de investimentos em condições para que esse desenvolvimento seja feito de forma eficaz e contínua. Sob esta ótica, o papel do coaching nas empresas se mostra de grande valor para o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para o crescimento da organização.
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Moraes, C. V. (2007). A prática do desenvolvimento humano em empresas: uma (re)significação do coaching pela atenção ao cuidar do ser. Tese de Doutorado não-publicada, Universidade de São Paulo. Parsloe, E. (1995). Coaching, mentoring and assessing: A practical guide in developing competence. London, Nichols Publishing Percia, A., & Sita, M. (2013). Coaching: grandes mestres ensinam como estabelecer e alcançar resultados extra-ordinários na sua vida pessoal e profissional. São Paulo: Ser Mais. Rego, A., Pina, M. C., Oliveira, C. M., & Marcelino, A. R. (2004). Coaching para Executivos. São Paulo: Escolar. Roman, J. D., & Ferrández, M. (2008). Liderazgo y Coaching. Madrid: Libros en red. Souza, P. R. M. (2007). A nova visão do coaching na gestão por competências. Rio de Janeiro, Qualitymark. Stober, D. R. & Parry, C. (2005). Evidence - based in coaching (Vol. 1, pp 13-36). Queensland: Australian Academic Press. Villa, J. P., & Caperán, J. A. (2010). Manual de coaching: como mejorar el rendimiento de las personas. Barcelona: Profit. Whitmore, J. (2010). Coaching for performance. Boston, MA: FourthEdition.
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CONHECIMENTO É PODER
Revista Administração e Ciências Ano 3 - Edição 12 da Série Especial A Força do!119 Conhecimento - JANEIRO 2020 - ISSN 2525-801X
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