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ANO I Nr.01 BIMESTRAL

DEZEMBRO 2013 - Director: Pedro Pereira Distribuição Gratuita

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UMA NOVA FREGUESIA, UM

NOVO JORNAL



ACTUAL

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Jardins de Cristo Rei equacionam novo edifício da Misericórdia de Moscavide A Associação de Moradores dos Jardins de Cristo Rei e a Santa Casa da Misericórdia de Moscavide aguardam decisão da Câmara Municipal de Loures sobre o novo edifício do «Parque Social» previsto para a nova urbanização. Num espaço que é dedicado a equipamentos, houve cedência de direito de superfície à Misericórdia de Moscavide. Foi autorizado pela Câmara de Loures, (anterior executivo), um projecto que prevê uma edifica-

ção requerida pela Misericórdia de Moscavide, denominado «Parque Social», e que contaria com as seguintes valências: Creche com a capacidade para 66 crianças; Lar de idosos com 60 camas (20 quartos individuais e 20 quartos duplos); Lar de idosos RNCCI com 60 camas (20 quartos individuais e 20 quartos duplos); Residências geriátricas com 24 apartamentos; Apoio domiciliário. Equipamentos e acções, obviamente importantes e de inegável interesse social.

O problema levantado pelos moradores está no impacto que este projecto tem na Urbanização, quer em termos de fluxo de tráfego, quer em termos arquitectónicos. Para a Misericórdia este é um projecto que já está aprovado por todas as entidades envolvidas e já devia estar em andamento. O MP promete voltar a este assunto, com mais detalhes e desta feita deu a voz a cada um dos visados no processo, a todas as partes o nosso obrigado.

Posição da AMJCR A comunidade residente, desde que obteve conhecimento do actual projecto Parque Social previsto para o interior da urbanização (e que difere substancialmente da proposta inicial), tem-se manifestado contra, na medida em que este prevê uma área bruta de construção (9.474,55 m2) e volumetria elevadas (5 pisos + 1 acima do solo, em bloco contínuo em banda) para a parcela em causa, para além do que não está prevista a construção de qualquer lugar de estacionamento próprio. Saliente-se também que o polígono de implantação aprovado no projecto de arquitectura, se estende para além da área física disponível na parcela D, o que significa que a execução deste projecto obrigaria à eliminação de estacionamento existente e de passeios pedonais. Esta necessidade levou a Câmara Municipal de Loures a efectuar uma proposta de alteração ao alvará de loteamento, que esteve em consulta pública em pleno mês de Agosto, e ao qual a AMJCR respondeu com a legitimidade necessária à inviabilização da referida proposta. Constava ainda desta proposta, o estabelecimento de vias de sentido único em todos os arruamentos da urbanização bem como criação de estacionamento em plena faixa de rodagem, o que condicionaria bastante a circulação e mobilidade, já bastante deficientes dada a existência de uma superfície comercial nas vias de acesso à urbanização e a proximidade à estação de metro de Moscavide e empresas situadas na Praça José Queiroz. Face aos impactos negativos que se

Posição da Misericórdia de Moscavide antecipam desta construção, e que condicionarão também o bom funcionamento da infra-estrutura prevista, foram levadas a cabo várias iniciativas, nomeadamente a apresentação de dois abaixo-assinados e diversas reuniões com a autarquia e com a Santa Casa da Misericórdia de Moscavide, entidade promotora do projecto que, lamentavelmente, se mostrou sempre indisponível para avaliar eventuais alternativas de localização, e que aliás existem na própria freguesia de Moscavide e Portela, conforme sabemos, ou outras soluções. Reforçamos uma vez mais, que a AMJCR e os seus associados não estão contra a causa ‘social’ que move este projecto, mas sim contra um edifício de elevada volumetria, que não cabe no lote existente, e que elimina lugares de estacionamento, trazendo ainda mais carros (estão previstos cerca de 80 a 90 funcionários para este empreendimento) para uma urbanização de cariz residencial e já fortemente penalizada neste capítulo. Estas preocupações foram transmitidas aos candidatos à Junta de Freguesia e à Câmara Municipal, na última campanha para as eleições autárquicas, quando se deslocaram à urbanização a convite da AMJCR, tendo sido unânime que deveria ser encontrada uma alternativa válida e consensual que satisfizesse todas as partes envolvidas, sem pôr em causa também, a qualidade de vida e as expectativas dos residentes da urbanização Jardins do Cristo Rei. Presidente da Direcção da AMJCR André Ferreira

O projecto designado por «Parque Social» é baseado numa planta do ano de 2000 e inicia-se com a nossa candidatura em 2003 ao programa RAME (Regime de Apoio à Criação e Beneficiação de Equipamentos Colectivos no Concelho de Loures) que permitiu em 2006 ficar com este lote que deveria ter, segundo a planta, 3 300 metros quadrados e que tinha na descrição original a descrição de equipamento. Em 2007 apresentamos a candidatura ao programa PARES (Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais) para construção de equipamento social, com as seguintes valências: Lar, ATL, Creche, Formação e Serviço de Apoio Domiciliário. Em 2009 integramos no mesmo pedido o Programa Modelar da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, adicionando ao projecto inicial a valência dos Cuidados Continuados. Todas as entidades, Segurança Social, Ministério da Saúde, Ministério da Economia validaram este projecto e esta candidatura, para além da própria autarquia, além do mais, o Patriarcado cedeu o terreno ao construtor com a premissa de existir um equipamento social na urbanização. Em 2010 somos contactados pela Câmara Municipal de Loures a informar de uma alteração da planta de urbanização inicial por parte do construtor. Ficando o lote com menos 800 metros quadrados. A solução encontrada pelo gabinete de urbanismo da autarquia foi a de aumentar um piso e alargar a área de implantação do edifício, o que

nos obrigou a reformular o projecto em conformidade. A referida Parcela D cedida à Misericórdia de Moscavide em direito de superfície deveria ter 3 300 metros e tem no projecto final aproximadamente 3 000 metros quadrados. A alteração ao trânsito na urbanização a acontecer, não está relacionada com o projecto do «Parque Social» mas sim, com outros factores que decorrem actualmente e identificados pelos moradores. Relativamente ao estacionamento, a Segurança Social não permite parques subterrâneos neste tipo de equipamentos. O estacionamento no local deixa de ser em espinha e passa a ser em paralelo, e fomos informados que todos os lugares eliminados seriam repostos em outros lugares da urbanização. Aliás o que estava previsto era iniciar a construção do projecto em 2009 e concluí-lo em 2013. Este atraso é devido às alterações ao projecto impostas pela autarquia e pelo atraso na emissão da licença de construção. Em suma não pretendemos de todo ir contra os moradores deste bairro com os quais pretendemos ter uma óptima relação. O nosso compromisso é com a comunidade. Acreditamos que a curto prazo a Câmara Municipal de Loures e seu novo executivo saberão dar resposta a esta necessidade das populações. Provedora Santa Casa da Misericórdia de Moscavide Leonor Ferrão

Posição da Câmara Municipal de Loures (…)A visita realizada à urbanização dos Jardins do Cristo Rei, no passado dia 19 de Novembro, permitiu conhecer as preocupações dos moradores relativamente às práticas de gestão municipal daquela urbanização, entre as quais teve mais expressão a contestação do projectado equipamento denominado “Parque Social”, promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Moscavide, em área destinada a equipamentos colectivos no âmbito da urbanização. A actual administração da Câmara não pode deixar de ser sensível aos argumentos aduzidos relativamente ao impacto volumétrico e espacial do projecto apresentado na Câmara, cujo licenciamento dependeria de alteração ao alvará de loteamento que, embora instruída, ainda não se encontra decidida. Temos consciência que as iniciativas tomadas pelo anterior Executivo da Câmara, são indutores de compromissos, particularmente com a Santa Casa da Misericórdia de Moscavide, que estamos a avaliar com rigor. Também temos consciência da mais valia das valências do equipamento projectado pela Santa Casa da Misericórdia de Moscavide e do relevo da associada candidatura ao Programa PARES, para a viabilização financeira do mesmo. São todos estes factores de avaliação que presentemente estamos a ponderar, no sentido de encontrar a melhor alternativa possível para o Município e para os moradores, sendo que deixámos bem claro que o Município, na decisão que vier a tomar, respeitará a legalidade e facultará atempadamente toda a informação sobre quaisquer novos actos administrativos que venham a ser produzidos no âmbito dos processos em curso, e envolverá todos os interessados na discussão sobre o futuro deste processo Cumprimentos, O Vereador do Urbanismo Tiago Matias


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BREVES

Ginástica do Sporting, na freguesia António dos Santos Escritor

Música para bebés Nos últimos anos, os pais e os educadores procuram dar às crianças uma formação/educação cada vez mais completa complexa, e com uma diversidade de matérias cada vez mais alargada. A música não é uma excepção, a curiosidade está em ser para bebés. Começa-se a dar mais importância à música para bebés. É um meio de comunicação por excelência e é facilmente apreendido por crianças da mais tenra idade. Uma linguagem que pode ser compreendida sem ter que se recorrer a palavras, embora se use verdadeiras ou imaginadas, objectos cénicos adequados com mais ou menos simplicidade. Em Lisboa, e no Porto e já um pouco por todo o país surgem cada vez mais companhias de teatro, escolas, academias ou instituições que promovem a música para os bebés e para as crianças mais pequenas. No Porto, por exemplo, A Casa da Música realiza com bastante frequência concertos para bebés. Em Lisboa, O Oceanário tem todos os sábados, às 9h da manhã concertos para os mais novos, aproveitando a magia do aquário gigante para ensinar a conhecer melhor o que é a música. A Quinta da Regaleira em Sintra ou no Olga Cadaval, realiza-se com frequência concertos desta natureza utilizando também o seu espaço fantástico e maçónico para encantar os mais novos. Os teatros e as companhias de dança também utilizam a música para chegar aos mais novos. Nesta quadra Natalícia não vão faltar este tipo de actividades para os seus bebés e para as crianças mais jovens. Os pais e os educadores começam a compreender melhor a importância de dar aos seus filhos e educandos em paralelo com a educação standard outras ferramentas. A música está em todo o lado e ao alcance de todos. Música que dita estilos, modas, comportamentos, tendências. Se dermos aos nossos filhos e educandos uma boa educação musical, estes vão estar mais aptos a compreender melhor o mundo ao seu redor e fazer deles pessoas mais instruídas. Pesquise e marque já. Estes concertos… esgotam.

A criação deste polo da ginástica do Sporting CP na Portela tem como objetivo expandir a ginástica do clube através da formação e desenvolvimento na área do Teamgym. Estas aulas são dirigidas a todas as crianças com as idades indicadas, pretendendose o seu desenvolvimento eclético e dos seus valores, fomentando a cooperação e entreajuda através de vários exercícios. A componente lúdica também está presente, contribuindo para o crescente gosto pela ginástica e pelo trabalho de equipa. A procura pelas classes de Teamgym no SCP tem

aumentado, detendo o clube vários títulos em campeonatos nacionais e alguns atletas que fizeram parte da seleção nacional no último Campeonato da Europa de Teamgym (2012). O Teamgym O Teamgym é uma disciplina de equipa e caracteriza-se maioritariamente por saltos distribuídos por três aparelhos: solo no qual se realiza

uma coreografia com acompanhamento musical; minitrampolim onde se inserem também os saltos de cavalo e tumbling. Qualquer criança pode realizar uma aula de experimentação, sendo a inscrição realizada posteriomente no Multidesportivo do SCP. As aulas A ginástica Teamgym do Sporting Clube de Portugal

Loures Parque em Moscavide Acreditamos que pode não precisar mas aqui fica a dica. Existe um centro de atendimento em Moscavide da Loures Parque, na Rua Francisco Marques Beato n.º 53. Onde pode ser atendido de 2ªf a 6ªf dias úteis, das 09H30 às 13H00 e das 14H00 às 17H30. Pode ainda obter mais informações em: www.louresparque.pt.

Decorre ainda uma campanha da Loures Parque, no chão não, monde, na recolha de 20 talões de pagamento pode trocá-los por uma hora de estacionamento grátis Os telefones úteis de contacto são: 219 821 785 / 6 - 964 700 360 ou por mail para: louresparque@louresparque.pt

veio para a Escola Secundária da Portela. Tem 2 classes: Existe o Teamgym dos 6 aos 10 anos, às quarta e sextafeiras das 18h às 18.45h e oTeamgym para crianças com mais de 11 anos, às quarta e sexta-feiras das 18.45h às 19.30h. As aulas decorrem no pavilhão desportivo da Escola Secundária da Portela. Mensalidade para cada aula é de 26€.


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Corta Mato da Escola A prova mais emblemática do calendário desportivo anual do Desporto Escolar - o Corta Mato, já começou. A final nacional do ano lectivo 2013-14 será em Portalegre, nos dias 15/16 de março. Até lá, serão milhares de alunos a participar na primeira fase local, que é organizada pelas escolas, e que serve de apuramento para a fase seguinte, a da Coordenação Local do Desporto Escolar (CLDE).

No passado dia 14 de novembro realizou-se o Corta-Mato do Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide 2013/2014. Muitos alunos da Escola Secundária da Portela, Escola EB 2,3 Gaspar Correia, Escola

Primeiros Classificados - Infantis A Femininos

Ana Trinchante (aluna do 5.º B ESMA)

- Infantis A Masculinos

Bernardo Lopes (aluno do 5.º A ESMA)

- Infantis B Femininos

Ana Fernandes (aluna do 7.º B ESP))

- Infantis B Masculinos

Tiago Castro (aluno do 7.º F ESP)

- Iniciados Femininos

Ana Marques (aluna do 8º2ª LD)

- Iniciados Masculinos

Miguel Nunes (aluno do 7º2ª NR)

- Juvenis Femininos

Irene Gonçalves (aluna do 10ºH CL)

- Juvenis Masculinos

Diogo Mendes (aluno do 10ºG ESP)

- Juniores Femininos

Ana Pires (aluna do 12ºF ESP)

- Juniores Masculinos

Diogo Alexandre (aluno do 12ºA ESP)

Boutique FASHION RIO MORADA: Alameda dos Oceanos, 4.43.01 A CONTACTOS Tlf: 214682757 Email: fashionrio.expo@gmail.com

EB1/JI da Portela, Escola EB1/ JI de Moscavide e da Escola EB1 de Moscavide participaram dando cor a esta manhã de desporto. Também o Externato São Miguel Arcanjo participou nesta actividade.

A prova decorreu no Regimento de Transporte do Exército (antigo RALIS), contou com o apoio da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela, do Regimento de Transportes do Exército, da Polícia de Segurança

Pública e dos Bombeiros de Moscavide e Portela e contou com a colaboração do Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva, dos Cursos Vocacionais dos 2.º e 3.º ciclos, do PES e do Clube Multimédia.


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APEE da Escola Básica Dr. Catela Gomes em grande actividade À semelhança de anos anteriores, a APEE (Associação de Pais e Encarregados de Educação) da Escola Básica Dr. Catela Gomes promoveu uma venda de Natal para angariação de fundos. A venda de Natal tem estado a decorrer desde o início de Dezembro e terminará no dia 17 deste mês, altura em que encerra o primeiro período. O local da venda é o pavilhão de desporto, cujos produtos que poderão ser adquiridos foram oferecidos por pais e encarregados de educação da mesma escola. O valor de cada produto é de 1 € (em alguns casos, tendo em conta o material disponibilizado, poderão existir produtos com valor superior, mas nunca acima dos 3€). Uma actividade desenvolvida por esta Associação, que durante o mês de novembro já tinha doado material solicitado pela escola, no valor de 200 euros aproximadamente. O material oferecido era composto por cartolinas variadas, vários tipos de papel, colas, tintas, lápis de cor, pioneses, entre outros. Uma ajuda para o normal desenrolar das aulas na Escola Dr. Catela Gomes. Uma Associação dinâmica que teve o seu período eleitoral no dia 4 de novembro. Apenas uma lista concorreu às eleições, tendo sido eleita por unanimidade. A Lista A é composta para o Conselho Executivo por Adalberto Alves (Presidente), Cristina Marques (VicePresidente), Eva Pinheiro (Tesoureira), Conceição Conde (Secretária) e Patrícia Correia (Vogal). A Assembleia Geral é liderada por Patrícia Raposo, coadjuvada por Mónica César, Rosário Rodrigues e Ana Nine. No Conselho Fiscal Rui Pereira é o Presidente, sendo auxiliado por Célia Mendes, Carla Gomes, Maria Luís e Rui Raposo.

Bruno Bengal

CARTOON

Cartoonista

Venda de Natal da Associação Vida Abundante O Centro Cristão Vida Abundante realizou a sua Venda de Natal – MAIS VIDA / Associação Vida Abundante de dia 7 a 12 de Dezembro no Centro Cultural de Moscavide. A Associação Vida Abundante, é uma instituição particular de solidariedade social de utilidade pública comprometida e dedicada a promover o desenvolvimento pessoal do indivíduo ao nível tridimensional – espírito, alma e corpo – baseado em valores cristãos que pregam a justiça social. É vocacionada para a realização de acções e projectos que têm como alvo possibilitar às pessoas, condições para uma vida com dignidade e respeito, como se pode ler no site da Associação.

Festa de Natal no Centro Cultural Incluído no Projecto sair de casa da Junta de freguesia Moscavide Portela realizou-se no passado dia 11 de Dezembro um espectáculo de Natal com música e dança entre outras actividades. A festa decorreu ao longo de toda a tarde e parte da noite nas instalações do Centro Cultural de Moscavide.

APRE comemora 1º Aniversário em Moscavide Enquanto este jornal está a ser distribuído decorre nas instalações do Centro Cultural de Moscavide, as comemorações do primeiro aniversário da APRE, a Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados. Do programa previsto para esta actividade destacamos: intervenções várias sobre o estado dos reformados e pensionistas, contanto com a presença da Presidente da Junta de Freguesia da Portela Manuela Dias e de vários dirigentes da APRE. A sessão terá ainda momentos culturais como poesia e fado.



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AUTÁRQUICAS 2013

MANUELA DIAS É A 1ª PRESIDENTE DA UNIÃO DE FREGUESIAS DE MOSCAVIDE E PORTELA Apesar de se prever uma luta renhida, a candidata social-democrata venceu as eleições para a União de Freguesias de Moscavide e Portela. Uma vitória folgada, com uma diferença de 10 pontos percentuais, mas que não permite ao PSD governar sozinho. e os dois da CDU. Uma situação nova para a Presidente, pois o mandato que cumpriu na Portela foi com maioria absoluta mas, pelo que é dado a perceber na sua entrevista para o MP, poderá conseguir esse entendimento com a CDU, numa situação inversamente semelhante ao que aconteceu na Câmara Municipal. Moscavide

Num dos duelos mais aguardados das freguesias de Loures, o PSD venceu as eleições da União de Freguesias de Moscavide e Portela. Duas juntas com maioria absoluta mas de cores partidárias diferentes, Moscavide era liderada pelo PS e a Portela pelo PSD. O combate de titãs teve como protagonistas os anteriores timoneiros, Daniel Lima pelo PS, que já exercera três mandatos, e Manuela Dias pelo PSD, que apenas tinha feito um mandato. Os dados lançados levavam a crer que era uma luta entre freguesias, onde o bairrismo poderia imperar, mais do que o trabalho efectuado por ambos os presidentes nos últimos quatro anos. Juntando os votos das autárquicas de 2009, o PS levava vantagem, tinha obtido no conjuntos das duas freguesias um total de 4813 votos, contra os 4591 do PSD. Mas existiam dados novos, na votação de 2009 havia uma zona do Parque das Nações que fazia parte da freguesia de Moscavide, o que levaria a uma diminuição de mais de 3000 votos para as autárquicas de 2013. Quem ficou mais a perder com essa quebra é sempre uma pergunta de difícil resposta mas, tendo em conta o historial das autárquicas em Moscavide, tudo levava a crer que o PSD fosse mais penalizado que o PS e que a CDU fosse a força partidária mais beneficiada. A favor dos sociais-democratas estava o facto de a freguesia que lideravam, a Portela, ter mais 1800 eleitores que Moscavide, o que num escrutínio renhido pode ter influência. Ainda para mais, quando historicamente a abstenção na Portela é inferior à de Moscavide. Conjecturas simples, em função do passado, que davam a entender um ligeiro favoritismo por parte dos socialistas. Mas estas eleições têm a particularidade de os eleitores

votarem mais em função do candidato, do que das convicções políticas. A confirmar isto mesmo são os diferentes resultados dos partidos no mesmo círculo, no mesmo dia e na mesma hora para cargos diferentes. O grau de proximidade entre eleitos e eleitores é de tal forma acentuado, que se torna mais simples passar a mensagem e, desta forma, mudar sentidos de voto. As eleições A expectativa era grande, quem seria o próximo líder de Moscavide e Portela? A campanha tinha terminado e era dia de eleições. Manuela Dias tinha conseguido anular e ultrapassar o atraso teórico para Daniel Lima, ou por sua vez, o candidato socialista tinha alargado a sua distância? Perguntas que o eleitorado tratou de responder, dando uma vitória clara à candidata do PSD. Uma diferença de, praticamente, 10%, que se resumiu em 1000 votos, 40.34% contra 30.43%, 4079 contra 3077 votos. Uma diferença que não se expectava, mas que demonstrou a vontade do eleitorado. Uma vitória que, no entanto, obriga o executivo a negociar, a maioria absoluta não foi conseguida. Uma decisão de moscavidenses e portelenses que obriga Manuela Dias a chegar a entendimentos, pois aos seis membros eleitos pelo PSD contrapõem-se os cinco do PS

Moscavide teve um grande peso na decisão final das eleições. Havia uma expectativa que a perda do PSD na freguesia seria maior que a do PS, o que não se veio a verificar. Os sociais-democratas perderam eleitorado, cerca de 3%, mas a quebra dos socialistas foi maior, mais de 4.5%. Em votos absolutos o PS perdeu sensivelmente o dobro do PSD, 931 contra 458. Quem ganhou com isso foi a CDU, menos do que era expectável, mas que mesmo assim conseguiu uma subida de quase 3%, tornando-

se assim na segunda força mais votada em Moscavide, passando o PSD. Outro dado relevante foi a votação do CDS, que nas últimas eleições não tinha apresentado candidato e que nestas conseguiu 3%. Também a subir esteve o PCTP/MRPP, que aumentou 0.70% de votos em relação aos resultados de 2009, contrariando o que aconteceu com o BE, que desceu 1.5%. Pela votação escrutinada em Moscavide não se pode falar do factor “bairrismo” (voto útil), pois as oscilações entre socialistas e sociais-democratas foram semelhantes, com a maior quebra a pertencer, inclusivamente, ao PS, partido que detinha a liderança da freguesia. Portela Se Moscavide tinha sido determinante para o PSD, no sentido em que perdeu menos que o PS em relação a 2009, a Portela foi decisiva na vitória de Manuela Dias. Os sociais-democratas subiram

7.8%, enquanto o PS desceu 8.7%. Se há algum local onde se poderá questionar o voto útil ou “bairrismo”, esse local é a Portela. A variação do eleitorado em relação a 2009 demonstra isso mesmo, uma queda directa da candidatura de Daniel Lima em detrimento da candidata Manuela Dias. Os portelenses foram fiéis à sua líder, reforçando-lhe ainda mais a sua força na localidade. Fruto do mérito ou do voto útil é uma questão que, provavelmente, terá um pouco de ambas, ou muito de uma e pouco de outra. Mas o que é inquestionável é que Daniel Lima não conseguiu nem penetrar, nem manter o eleitorado portelense, algo que não sucedeu com a candidata social-democrata em Moscavide. Nem a inclusão da Presidente da Associação dos Moradores da Portela, Carla Marques, na lista socialista lhe deu força e votos nesta localidade. Pedro Pereira


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AUTÁRQUICAS 2013

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PS PERDE PODER NO CONCELHO DE LOURES Depois de vários mandatos a comandar os destinos de Loures, não só no que toca à Câmara Municipal, mas também no que respeita a freguesias, os socialistas tiveram uma queda abrupta. A saída de Carlos Teixeira e a elevada dívida, que tão comentada foi na campanha e ainda continua a ser, poderão ter ser sido o epicentro de tamanho trambolhão. Uma tendência oposta ao que aconteceu no resto do país. Loures foi o calcanhar de Aquiles socialista nas Autárquicas 2013. A sucessão de Carlos Teixeira era um problema, ao qual a escolha do candidato João Nunes não foi resolução. O próprio PS se dividiu em torno de qual seria o melhor sucessor, o que por si só poderá ter dado sinais de alguma fragilidade. Aliado a tudo isto, um dos temas fortes da campanha autárquica foi a elevada dívida do concelho, algo que foi sendo veiculado e, ainda hoje, é um dos temas fortes em torno do município. Contrapondo a tudo isto, a CDU apresentava um candidato forte, com o intuito de recuperar uma Câmara que, após o 25 de Abril e até à chegada de Carlos Teixeira, tinha sido liderada por si. A aposta recaiu sobre o, na altura, líder parlamentar comunista, Bernardino Soares, um político conhecido do grande público e cuja credibilidade dentro e fora do partido é reconhecida. A CDU sentiu que podia ganhar e apostou num dos seus melhores homens. O PSD, partido com pouca força no concelho, avançou com Fernando Costa, considerado por muitos como um autarca modelo, em virtude dos largos anos à frente da edilidade das Caldas da Rainha. Uma decisão que pretendia alargar uma luta a três, algo que nunca veio a suceder. Mas mais do que os 48% e os seis vereadores na câmara, o PS tinha de defender a hegemonia nas juntas de freguesia, onde em 18 tinha a presidência em 13, das quais 12 com maioria absoluta, contra três da CDU e duas do PSD. A reorganização autárquica tinha reduzido o número de freguesias para 10, das quais quatro não sofriam alterações, Loures, Bucelas e Fanhões lideradas com maioria absoluta pelos socialistas e Lousa liderada pelos sociaisdemocratas, mas sem maioria. As restantes seis eram uniões de freguesias, com Moscavide e Portela, uma liderada pelo PS e outra pelo PSD, ambas com maioria absoluta, Prior Velho e Sacavém, ambas de liderança socialista e com maioria, Bobadela, S. João da Talha e Santa Iria de Azóia, duas de liderança socialista e uma da CDU, sendo que S. João da Talha

de liderança PS não tinha maioria absoluta. Ainda sobravam Apelação, Unhos e Camarate, das quais duas PS e uma da CDU que era, precisamente, a única que não detinha maioria, a freguesia de Camarate. Frielas e Santo António dos Cavaleiros também se uniram, ambas com maioria socialista, e por fim a união de freguesias de Santo Antão do Tojal e S. Julião do Tojal, ambas com maioria, sendo que uma era liderada pelo PS e outra pela CDU. Das 10 novas freguesias, se as votações fossem semelhantes os socialistas teriam sete freguesias e ainda iriam discutir a vitória nas outras três, das quais duas detinham alguma vantagem, tanto na união Moscavide e Portela como na de Santo Antão e S. Julião do Tojal. Só em Lousa a vantagem era do PSD, o que significaria que a CDU, um dos partidos com maior representação no concelho, poderia deixar de liderar qualquer freguesia. Eleições Mas tudo isto eram apenas especulações, fruto dos resultados de 2009, e em autárquicas tudo é possível. Foi o que veio a suceder com a estrondosa derrota socialista, primeiro perdendo a Câmara Municipal e depois perdendo a maioria das freguesias do concelho. Para o município perdeu 17%, enquanto a CDU ganhou quase 12%, passando a ser a força política mais votada e reconquistando a presidência da câmara 12 anos depois. Uma vitória que não se traduziu em maioria absoluta, mas cujo pacto com o PSD proporcionará aos comunistas exercer a liderança de uma forma mais eficaz. Um pacto estranho, mas que só foi alcançado após goradas as negociações com o PS. Quanto a freguesias das sete “garantidas” mais as três possíveis o PS apenas alcançou quatro, tendo a CDU ganho outras tantas e o PSD duas.

rar quatro, apesar da diminuição destas de 18 para 10. Também o PSD teve um resultado positivo, manteve duas freguesias apesar da redução, enquanto o PS foi o grande perdedor, ficando apenas com quatro, quanto detinha 10 e se previa que conseguisse, pelo menos, sete. Nas freguesias que resistiram à união os socialistas perderam Bucelas, que de uma maioria PS passou para uma maioria CDU, Loures também de maioria socialista passou para maioria relativa da CDU, enquanto mantiveram Fanhões, ainda com maioria absoluta. A outra freguesia que se manteve inalterável foi Lousa, que o PSD manteve, com a particularidade de agora ter maioria absoluta.

Nas uniões de freguesia destaque para as conquistas da CDU na Apelação, Camarate e Unhos e em Santo Antão e S. Julião do Tojal, nesta última com maioria absoluta. O PS venceu em Sacavém e Prior Velho, ambas eram suas com maioria, algo que perdeu, tal como Frielas e Santo António dos Cavaleiros onde aconteceu exactamente o mesmo. Ganhou ainda com maioria relativa Bobadela, S. João da Talha e Santa Iria de Azóia. Em Moscavide e Portela venceu o PSD com maioria relativa. Destaque ainda para a vontade popular e a sua aversão a maiorias absolutas nestas eleições, nas antigas 18 freguesias existiam 15 maiorias absolutas,

enquanto nestas 10 apenas existem quatro. Quanto a moscavidenses e portelenses os resultados para a freguesia e para a câmara foram completamente díspares, tendo vencido o PSD para a freguesia com 40% e tendo perdido para o município, onde apenas alcançou 29%. O vencedor para a câmara em Moscavide e Portela foi o PS com quase 31%, uma subida residual em função dos resultados obtidos para a freguesia. Quem lucrou mais com esta oscilação do PSD foi a CDU, que alcançou uma subida de seis pontos percentuais na votação para a câmara municipal, tendo 20% face aos 14% para a freguesia. Pedro Pereira

Nota: Em 2009 o PSD concorreu sozinho. Em 2013 foi em coligação com o MPT e o PPM

Freguesias 2009

Freguesias 2013

Freguesias Aqui pode-se destacar a subida da CDU, que detinha três juntas de freguesia e passou a lide-

PS

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ENSINO

RANKING DE ESCOLAS 2013: ARCO-ÍRIS E CESÁRIO VERDE EM DESTAQUE

Filipe Esménio Comunição

Mel de Cicuta É com grande alegria que escrevo para este jornal. Na verdade uma alegria dupla pois assim posso falar da minha jovem filha, de cinco meses, que muito me tem ensinado ao longo destes (poucos) dias em que respira no Mundo… Na verdade não era o típico fulano desejoso de ser pai babado… O não ser pai não me tirava o sono nem me provocava instintos estranhos ou hormonas extra. Ter baba nas camisas e mudar fraldas mal cheirosas não era a minha prioridade, além disso, davame liberdade de acção, independência e até alguma margem para a loucura «controlada», o não ter herdeiros. Após o seu nascimento a verdade é que pouco mudou, excepto o facto de passar a ter com frequência duas mulheres na minha cama… enfim, neste caso não é bem o que pensava… mas é bom. No entanto, algo mudou em mim… um certo desejo de estar mais tempo em casa, uma certa redução (moderada) na vontade de copos e noitadas fora de casa, uns sorrisos novos começaram a surgir no meu semblante (não os tinha mesmo), e acima de tudo, muitas dúvidas, pois ser pai pela primeira vez, de um «objecto» sem manual de instruções, para mim, é acima de tudo uma grande aventura cheia de abismos. Em suma, a história resume-se a ter mais uma pessoa em casa, menos umas horas de sono, muitas dúvidas e muitos sorrisos novos. Optei pelos sorrisos… esses são realmente os que me fazem levantar e deitar todos os dias consciente que ser pai a sério, é um acto de altruísmo. E a criança ensina-nos da forma mais óbvia que a vida é simples… basta comer, dormir, ter o corpo à temperatura certa, fazer as necessidades fisiológicas e sentir amor, para sermos verdadeiramente felizes… e quem exige muito mais do que isso… está desviado do eixo da natureza. Sei quem sou… sei com quem casei, sei quem são os meus amigos… estou a conhecer a Alice… se virem uns sorrisos parvos ou um olhar cansado, não estranhem, fiquem felizes por mim.

A Escola Secundária Arco-Íris foi o estabelecimento de ensino mais bem cotado do concelho de Loures, tendo em conta os resultados das provas nacionais do 12º ano. Uma subida de 149 lugares, levou a Escola ao 69º lugar nacional. Também em plano de destaque está o Externato Cesário Verde, que nas provas de 9º ano obteve um honroso 86º lugar, subindo cinco posições em relação a 2012.

Exames do 12º ano Depois de anos a fio a ser a melhor escola do concelho, a Arco-Íris perdeu essa posição em 2012 para o Colégio Bartolomeu Dias. Apesar dessa perda e do 218º lugar a nível nacional nesse ano, manteve-se como a melhor escola pública do município de Loures. Algo que foi recuperado este ano, com uma honrosa 69ª posição e uma subida de 149 lugares. Com uma média de 10.78 foi a 21ª escola pública do país, à frente de algumas referências no ensino do distrito de Lisboa, como é o caso da Escola Básica e Secundária D. Filipa de Lencastre. Aprofundando mais, no nosso distrito, ficou em 26º lugar e, se contabilizarmos apenas o ensino público, obteve um excepcional 9º lugar. Também o número de provas efectuado é exemplar com 523, só sendo batida no concelho, neste item, pela Escola Secundária de José Afonso em Loures, que teve 634. Depois de um ano em que os resultados foram abaixo do normalmente conseguido, a Escola Secundária Arco-Íris reergueu-se, e de que maneira. Exames do 9º ano Aqui o grande destaque vai para o Externato Cesário Verde em Moscavide, que subiu do 3º para o 2º lugar

na classificação concelhia. Melhorou cinco lugares no ranking nacional, passou de 91º para 86º, ocupando o 34º lugar no distrito de Lisboa. Na liderança manteve-se o Colégio Integrado de Monte Maior, com uma brilhante 36ª posição nacional, apesar de ter perdido 29 lugares, pois era o sétimo melhor estabelecimento de ensino do país. A fechar o top-3 aparece o Colégio Bartolomeu Dias, na 98ª posição. No 4º lugar concelhio surge a Escola Secundária Arco-Íris, a melhor do ensino público, mantendo uma posição que já ocupava no ano transacto. De qualquer forma, a nível nacional desceu 30 posições e a média dos exames foi negativa (2.90), o que não acompanha os bons resultados obtidos nos exames de 12º ano. A seu favor tem o facto de ter feito 353 provas, números muito acima dos três primeiros classificados, que fizeram 118, 32 e 50, respectivamente. Também presente nesta classificação está a Escola Gaspar Correia, que com uma classificação decepcionante, foi a 16ª do concelho e a 1137ª a nível nacional. Teve uma média nas provas de 2.21, o que explica os 337 lugares que perdeu na classificação do país. Exames do 6º ano Nesta classificação houve uma queda abrupta das esco-

las de Moscavide e Portela. O Externato Cesário Verde, que era 26º a nível nacional em 2012, desceu 162 posições, ocupando agora o 188º posto. Todavia obteve uma média positiva nas provas do 6º ano, tendo como média 3.09, nos 46 exames efectuados. A nível concelhio ocupa a 3ª posição, atrás do Colégio Integrado de Monte Maior e do Colégio Bartolomeu Dias, que trocou de lugar com o Externato Cesário Verde no que toca a 2012. Quanto à Escola Básica 2,3 Gaspar Correia a queda foi semelhante, passando a ser a sétima do concelho e a 719ª no país. Em Loures perdeu três lugares, era 4ª e a melhor no ensino público, enquanto a nível nacional desceu 358 posições. A juntar a isto teve uma média nos exames negativa (2.62), nas 442 provas que fez. Neste último parâmetro, a quantidade de provas, foi o único onde se destacou, sendo o estabelecimento de ensino de Loures com mais exames efectuados. Exames do 4º ano Mais um ranking liderado por uma escola situada no território da União de Freguesias de Moscavide e Portela, neste caso o Externato Cesário Verde. Está no Top-100 nacional, ocupando a 55ª posição, sendo a 16ª no distrito de Lisboa, com uma média de 3.75 nos 48 exames reali-

zados. Uma classificação assinalável de um estabelecimento de ensino referência, não só no concelho, mas também na Grande Lisboa. Quanto às restantes escolas de Moscavide e Portela, todas elas públicas, ocuparam posições modestas. A Escola Básica da Portela quedou-se por um 12º lugar em Loures, sendo a sexta, se contarmos só as públicas. A nível nacional fixou-se no 1605º lugar e teve uma média negativa de 2.92 nas provas realizadas, que foram 177. Em 29º lugar, em Loures, ficou a Escola Básica Quinta da Alegria, que obteve uma média de 2.67 nos 48 exames que efectuou. Na classificação nacional ficou em 2786, umas centenas de lugares acima da Escola Básica Dr. Catela Gomes, que se posicionou em 3074. No concelho esta escola ficou em 33º lugar, com uma média de 2.60 nos 144 exames que realizou. Estas últimas duas escolas localizam-se em Moscavide, sendo a Escola Básica Quinta da Alegria aquela que mais próxima está da Portela, encontrando-se no início do viaduto que se sobrepõe à CRIL e que faz a ligação entre a Portela e Moscavide a Este. Tendo em conta que este foi o primeiro ano em que se realizaram exames do 4º ano, não há dados comparativos com anos anteriores. Pedro Pereira


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ENTREVISTA

O relacionamento entre moscavidenses e portelenses sempre foi próximo Manuela Dias, primeira Presidente da União das Freguesias de Moscavide e Portela, deu a conhecer a sua posição sobre os principais temas locais. Da união de freguesias às eleições, passando pela Câmara Municipal, os futuros projectos e a herança herdada da ex-Junta de Freguesia de Moscavide, nada ficou sem resposta. No passado dia 29 de Setembro Moscavide e Portela foram a votos para eleger o primeiro Presidente da União de Freguesias de Moscavide e Portela. Uma luta entre os dois líderes das freguesias, ambos com maioria absoluta e de partidos diferentes, o que perspectivava umas eleições de prognóstico imprevisível. Acabou por sair vencedora a exPresidente da Junta de Freguesia da Portela, Manuela Dias do PSD, que obteve 40.34% dos votos contra os 30.43% de Daniel Lima do PS. Para o candidato socialista foi o fim de 12 anos a liderar Moscavide e para a candidata social-democrata foi o prolongamento de quatro anos na liderança na Portela, agora na governação de Moscavide e Portela. Eleições Num duelo de titãs, que envolvia o Presidente da Junta de Freguesia de Moscavide versus a Presidente da Junta de Freguesia da Portela, acabou por vencer. Terá sido por uma questão de bairrismo, de mérito, pela subida da CDU ou por

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Tenho tido uma óptima relação com os membros eleitos pela CDU, temos partilhado os problemas da freguesia e tem sido um diálogo bastante proveitoso.

ter conseguido entrar melhor no eleitorado moscavidense do que o candidato socialista no portelense? Penso que todos esses factores foram determinantes, difícil é dizer qual é que teve maior peso. As pessoas souberam reconhecer o trabalho feito na Portela, o bairrismo em alguns eleitores também poderá ter sido decisivo, a subida da CDU foi importante porque, acima de tudo, acabou por tirar votos ao PS e na campanha fomos mais activos que o nosso adversário. Sempre nos preparámos e aceitámos a mudança

para a União de Freguesias de Moscavide e Portela, enquanto outros pensaram que ainda era reversível. Apesar da vitória, deixou de ter maioria absoluta. O pacto entre CDU e PSD na Câmara Municipal de Loures irá estender-se a esta Freguesia? Neste momento não há qualquer acordo para Moscavide e Portela, mas no futuro tudo é possível. Tenho tido uma óptima relação com os membros eleitos pela CDU, temos partilhado os problemas da freguesia e tem sido um diálogo bastante proveitoso. Uma colaboração com o PS está fora de questão? Completamente. Depois do comportamento que têm tido é impossível fazer qualquer tipo de acordo. Não sentiu que uma coligação com o CDS-PP poderia tê-la levado à maioria? Era possível, mas foi um acordo que não avançou, não por culpa minha ou da coligação “Loures Sabe Mudar”, mas por opção do CDS-PP. Já que fala nesse tema é justo realçar a colaboração e o excelente desempenho que José

Pedro Serras Pires, deputado eleito pelo CDS-PP nas anteriores autárquicas, manteve com o Executivo da Junta de Freguesia da Portela entre 2009 e 2013. A exemplo do que aconteceu em Moscavide e Portela, para a Câmara Municipal o PS também foi bastante penalizado, provavelmente o Concelho onde isso aconteceu de forma bastante acentuada, contrastando com os resultados nacionais. O que espera da liderança de Bernardino Soares? Espero uma mudança para melhor. Aliás já começou, tendo o actual Presidente feito várias diligências com as juntas de freguesia, no sentido de perceber quais as principais prioridades do Concelho. Um diálogo que se iniciou e que contrasta com a postura do seu antecessor. Continuando neste caminho Loures, no geral, e Moscavide/Portela, em particular, irão beneficiar com esta mudança. Se para a Assembleia de Freguesia os eleitores preferiram o PSD, para a Câmara Municipal deram primazia ao PS. Como justifica isto?

Apesar da vitória socialista na Freguesia na votação para a Câmara, creio que esta se deveu ao voto útil em favor da CDU. O PSD perdeu votos para a Câmara, mas quem lucrou não foi o PS, que perdeu ainda mais votos que o PSD, mas sim a CDU. Os eleitores da Freguesia pretendiam uma mudança e, no meu entender, deslocaram votos para a CDU para permitir a alteração de poder. Sentiram que o PSD não tinha possibilidades de vitória no Concelho, optando assim pelo voto útil. A união entre Moscavide e Portela De início o PSD não defendeu a União de Freguesias de Moscavide e Portela, defendeu a Portela como freguesia única com limites geográficos mais alargados, porquê? Porque era nossa intenção que a Portela se mantivesse como freguesia única e, nesse contexto, tentámos apresentar uma proposta


ENTREVISTA

que tentasse satisfazer as normas exigidas para que essa situação acontecesse. Não nos limitamos a esperar que a reorganização autárquica não avançasse. Mas avançou e determinou que Moscavide e Portela ficassem juntas, pareceulhe a situação mais sensata, tendo em conta a impossibilidade de se manter como freguesia única? Sem dúvida. De todas as freguesias que fazem fronteira com a Portela, aquela a que os portelenses mais recorrem é Moscavide. Dentro de uma união, que ninguém pretendia, foi a solução mais óbvia. O relacionamento entre moscavidenses e portelenses sempre foi próximo, com destaque para a partilha de serviços e para o comércio, onde a interligação sempre existiu com benefícios para ambos. Com esta decisão a tendência é para que se mantenha ou que, provavelmente, cresça. A transição Como é que decorreu a passagem de testemunho em Moscavide, uma vez que na Portela foi uma prorrogação? Não decorreu. Não tive ninguém do anterior Executivo que me ajudasse a fazer essa transição, tivemos de o fazer sozinhos. Caso tivéssemos perdido as eleições já tínhamos tudo preparado para passar a pasta ao vencedor, algo que não aconteceu com o nosso opositor. E qual é o balanço do que encontrou? Ainda é prematuro fazer qualquer tipo de balanço, mas, para já, encontrámos uma Junta de Freguesia com bastantes problemas financeiros. Problemas no imediato? Sim. Para pagar os primeiros vencimentos tivemos de fazer uma selecção entre os funcionários, porque não tínhamos verba suficiente para pagar todos os vencimentos na mesma altura, algo a que eu não estava habituada. Isto foi uma das situações complexas, outra foi o facto de terem sido passados cheques pelo anterior Executivo, que se destinavam a pagamentos de fornecedores, com montantes acima do saldo bancário existente. Uma atitude que me levou a ter de cancelar alguns deles, pois caso

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fossem descontados não teriam cobertura. Pode-se dizer que já tem um problema identificado? Pode, algo que iremos rectificar daqui para a frente. Tal como é nosso apanágio iremos ser rigorosos e equilibrar as contas. E algo de positivo? Os Serviços Sociais. Moscavide tem bastante acção social, que é feita por pessoas competentes, algo que nos alegra e que continuaremos a promover. Iremos estudar todas as acções desenvolvidas e faremos alterações, nas que precisem de o ser em favor dos moscavidenses, manteremos as que não precisem de afinações e, se entendermos, criaremos outras, caso se justifiquem. E quais as grandes diferenças? Era uma Junta de Freguesia com muito mais funcionários que a da Portela, o que obriga a outro tipo de coordenação, além de não ter os serviços todos concentrados num só local, o que implica uma maior mobilização. Estas são as duas maiores diferenças em termos de estrutura. Como tem sido a reacção dos moscavidenses à execução da sua função? Muito boa. As pessoas exercem uma maior proximidade, interpelando-me na rua. Uma situação curiosa, que explica isto mesmo, é quando estou a indicar a algum funcionário a forma como pretendo

que certa obra fique concluída e, quando olho para trás, estão cinco ou seis pessoas a ouvir as minhas indicações. É algo que me agrada e me motiva ainda mais.

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Os Serviços Sociais. Moscavide tem bastante acção social, que é feita por pessoas competentes, algo que nos alegra e que continuaremos a promover.

A Freguesia

Tanto a Portela como Moscavide têm uma população algo envelhecida. Se na Portela já lida com essa situação, como fará em Moscavide? Utilizará a mesma fórmula? Não. São duas populações distintas e, apesar de terem essa particularidade em comum, reagem à mesma situação de maneira diferente. São sensibilidades díspares para as quais temos de arranjar um enquadramento eficiente. Presumo, por essa resposta, que irá respeitar as diferenças entre estas duas localidades,

não impondo uma uniformização? Sim, sem dúvida. As pessoas de Moscavide e as da Portela têm maneiras de estar diferentes, mas no geral são felizes. Não temos de impor nada a ninguém, temos sim é de criar condições para que, tanto portelenses como moscavidenses, sejam felizes e tenham orgulho do sítio onde moram. Existe algum grande projecto para a Freguesia? Depois da condição financeira que encontrei em Moscavide e dos problemas financeiros que o País atravessa, os grandes projectos terão de ser sempre sociais. De qualquer forma há um que estará sempre na mente de todos os fregueses, a construção de um edifício autárquico funcional e condizente com a nossa Freguesia. É uma situação para a qual estamos sempre atentos, mas que não pode ser uma prioridade para o imediato, a não ser que existam parcerias benéficas que nos ajudem a resolver esta questão. Mas existe algo que tenha em mente, num futuro próximo, que possa melhorar as condições dos moradores da Freguesia? Existem muitas coisas em mente, mas primeiros temos de nos aperceber de toda a realidade desta união de freguesias. Mas uma preocupação que temos e estamos a tentar resolver, para a qual já encetámos contactos, é o trajecto do Rodinhas. Apesar do sucesso deste transporte público, sentimos

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que a população de Moscavide precisa de um meio de transporte que ligue a zona oriental à zona ocidental. A população é idosa, com dificuldades de locomoção e muitos dos serviços estão nos extremos da vila. Hoje, um morador que esteja na zona oriental de Moscavide e queira ir para a zona ocidental, tem primeiro de dar uma volta inteira à Portela para chegar ao seu destino. Temos de encurtar essa distância de tempo. A nossa relação com a Rodoviária de Lisboa é muito positiva e estou em crer que iremos encontrar soluções. Os moradores dos Jardins de Cristo-Rei lutam contra a edificação de um Parque Social da Santa Casa da Misericórdia dentro da urbanização. Qual a sua posição? Entendo a questão e iremos fazer todos os esforços para diminuir a volumetria do edifício. É um equipamento social que honra a freguesia mas não naquela proporção. Além de que uma urbanização que tem “Jardins” no nome tem de ter mais espaços verdes. Qual a relação da Junta de Freguesia com as instituições situadas dentro do seu território geográfico? É bastante boa. O nosso objectivo é ajudar, dentro das nossas possibilidades, a que se mantenham activas. Vemos todas de igual e forma e iremos cooperar com todas dentro dos nossos limites. Pedro Pereira


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OPINIÃO

Filipa Monteiro Fernandes

Salvador Nobre da Veiga

A vida em nós? Ou nós na vida? A dicotomia REAGIR ou AGIR!

Confissões de um milionário o ‘pior investimento’ da minha vida

Hoje a vida “não tem tempo”... Os dias são mais pequenos, as pessoas vivem “fechadas em si mesmas”, cada um vive para si, sem tempo para o outro. Saímos para a rua... Estamos no trânsito, na rotunda do entreposto, o semáforo fica verde, e logo, quase sem dar tempo para engatar a mudança, soa uma buzinadela... ou, o carro que vai à nossa frente, para conseguir sair naquela saída que teoricamente já tinha passado, com uma travagem e com um desvio acentuado do volante, atravessase à frente do nosso carro, e lá consegue obter a tal saída! Perante estes comportamentos e atitudes, caracterizados assumidamente como imbecis e palermas, como é que tendemos a reagir? Como reagimos? Palavras interessantes: Reagimos ou agimos?! Protestamos/refilamos, ou pelo contrário, realizamos/percebemos/compreendemos?! Devem estar a pensar, mas afinal que jogo de palavras vem a ser este? Não se trata de um jogo, trata-se no primeiro caso de reagir por impulso sem refletir e, no segundo caso, ao realizar e compreender, de agir em consciência e pensamento. Certo dia estacionei num lugar francamente pequeno para o carro que tinha. A dois metros deste lugar, encontrava-se um grupo de rapazes na casa dos 20 anos. Enquanto estacionava, ora engatava a primeira, ora a marcha-atrás, ora novamente a primeira, um dos rapazes em tom de gozo, disse: “Vê lá! O carro que está atrás é o meu!”. Neste instante, parei, respirei fundo, abri o vidro e ,com toda a serenidade, perguntei: “Desculpe, será que me pode ajudar a estacionar?”. O rapaz, com cara de espanto, meio inquieto, respondeu-me com uma

Foi esta semana que a minha ‘carteira’ atingiu pela primeira vez o valor de um milhão de euros. Poder-se-á pensar que me saiu o euromilhões ou qualquer outro tipo de jogo de ganho rápido mas com probabilidades ínfimas. Não foi mas quase ... e o final não é feliz. A verdade é que sou um ‘feliz’ possuídor de 1060,11 bitcoins, algo que há uns anos nunca me passaria pela cabeça que este termo alguma vez viesse a estar estampado pelos media como tem vindo a ocorrer ultimamente. Aliás, diga-se, que foi devido a alguns media que me fizeram puxar pela memória e chegar à conclusão “que sou capaz de ter para lá algumas”. Elucidando o leitor, afinal o que é isto que falo de BitCoin? Esta nova cripto-moeda não é nada mais nada menos que uma divisa digital, que foi criada em meados de 2008 e que tem como característica o facto de ser totalmente anónima e descentralizada, ou seja, não existe uma entidade per si que processe os pagamentos existentes. Ao invés, toda um rede de computadores privados, aglomerando o seu poder computacional, são incumbidos dessa mesma tarefa. Outra característica, é que ao contrário das actuais moedas fiduciárias onde não existe qualquer limite ao aumento da massa monetária por parte dos Bancos Centrais, a BitCoin tem um limite

Psicóloga Organizacional

Account Manager da XTB – Online Trading

voz trémula: “sim, claro”. Pela reação, ele não estava definitivamente à espera da minha pergunta! Com esta história pude refletir: “O que ganharia se tivesse reagido com impulsividade, sem pensar?” ou “O que tenho a ganhar quando ajo, com consciência, depois de pensar e refletir?”. Deixo-vos um desafio – ao entrarmos no advento (que significa princípio/começo), a poucos dias do Natal, todos aproveitamos para reunir a família – comece a pensar de forma diferente! Afinal, como dizia Einstein: “Fazer sempre as mesmas coisas, e esperar resultados diferentes, é a verdadeira definição de insanidade”. Pense no dia de hoje. Lembre-se dos momentos menos positivos (apanhou imenso trânsito; chateou-se com um colega) e dos momentos verdadeiramente positivos (acordou com a música que mais gosta; viu o seu filho a sorrir; encontrou um grande amigo; foi almoçar com alguém especial; alguém o elogiou). O que lhe parece? Como poderá obter resultados diferentes? Comece por dar mais ênfase aos momentos bons e positivos! Feche os olhos, visualize o que desejaria, o que pensaria, o que sentiria, no quanto seria bom, se nos mais pequenos momentos agisse sempre com discernimento e sabedoria. Basta querer? Talvez... mas bastará, concerteza, deixar de reagir e começar, hoje, a agir! Pense em como poderá continuar a servir o seu amanhã, o seu futuro!

máximo de existência de unidades monetárias, nomeadamente, no máximo só poderão vir a existir 21 milhões de Bitcoins. Todo o processo à medida que a massa monetária da divisa aumenta é um pouco mais complexo, com um grau de dificuldade acrescido de cada vez que esta aumenta. Como consequência, esta divisa é uma divisa anti-inflacionária, onde os preços tendem a manter-se estáveis desde que o output produtivo se mantenha também ele estável, e deflacionária assim que o seu limite é atingido. Acontece que, pelo facto de não haver uma entidade central que processe toda a informação, esta informação está espalhada por todos os computadores existentes na rede. Informação essa que, estando fortemente encriptada, só é acessível com um ficheiro específico, único ao utilizador e que deve ser guardado com a vida, dado que sem esse ficheiro, as bitcoins ‘perdem-se’ para sempre no mundo digital. Confesso, que até recentemente, todo este processo me era alheio, mas desde o início a ideia por detrás das Bitcoin me cativou, ainda que nunca acreditasse que vingasse. Como tal, nunca mais me havia recordado da pequena carteira digital que possuía de Bitcoins, pouco mais de 70 euros na altura, da mesma forma que por vezes me esqueço de 100-150

dólares na minha carteira Paypal para encontrar meses depois, com um sorriso de como quem encontra 50 euros numas calças no cesto da roupa suja. No preciso momento que escrevo, a cotação da Bitcoin atinge máximos de sempre, apresentando um valor superior a 940 dólares por unidade de bitcoin. À cotação actual, isto representa um valor de sensivelmente um milhão de dólares, ou cerca de 740 mil euros. O problema, e aquilo que não me leva a ter um final feliz, é o factor de ser uma divisa descentralizada como foi referido há pouco, ou seja, o ficheiro que deveria ter guardado com a vida, na verdade não tenho qualquer rasto dele. Talvez fruto das inúmeras formatações que o meu próprio disco rígido já levou entretanto, e que por negligência/esquecimento/ estupidez/irracionalidade (riscar o que não interessa), não foi salvaguardado de nenhuma forma. Verdade seja dita que à segundafeira os números do totoloto são fáceis, mas na altura, pela pouca importância do tema em si, não era algo que ocupasse a minha mente. Esta é a minha confissão. A confissão de um milionário cujo milhão está algures perdido no mundo cibernético e que tão cedo não quer voltar a ouvir falar de bitcoins.

BREVEMENTE NA PORTELA, PARQUE DAS NAÇÕES E ALVALADE


LAZER

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UM VINHO ALENTEJANO, COM ALMA PORTELENSE

Absurdo

Absurdo: Porquê esta denominação? Absurdo porque decidiram iniciar um projecto de vinhos … em plena crise nacional... Absurdo porque pretendem continuar a mostrar ao mundo inteiro que o Alentejo é uma região reveladora de vinhos fantástica e ainda com muito por descobrir. Absurdo porque, apesar de não serem proprietários de vinhas ou adegas, têm a paixão, a vontade e o desejo de aprofundar o conhecimento. Absurdo, por terem a liberdade de percorrer cada centímetro das paisagens Alentejanas com o intuito de encontrar vinhas que permitam oferecer um misto de calor e frescura, maturidade e inocência, tradição e modernidade. Uma equipa Absurda de apreciadores de vinhos e apaixonados pelo Alentejo, constituída por: um enólogo, Ricardo, uma gestora, Clara, uma linguista, Roberta e um psicólogo, Luís.

Ricardo O Ricardo nasceu no Funchal, mas foi na Portela que passou a sua infância e adolescência. Frequentou a escola Arco-Íris, do 7º ao 12ºano e a Associação de Moradores da Portela (AMP), nomeadamente a Escola de Ténis onde chegou a participar em torneios inter-clubes. Esteve também na academia de línguas, o NIL, e foi leigo activo na Paróquia de Cristo-Rei da Portela, frequentando a catequese e sendo um dos fundadores do Grupo de Jovens Ágape. A ligação ao Alentejo e ao vinho inicia-se, desde muito cedo, com as viagens mensais e, mais tarde, semanais, ao Alentejo, mais precisamente à zona de Borba. Desde criança acompanha o pai na reconversão de vinhas antigas de família e cuja uva é entregue na Adega de Borba. Também a família materna assentou na ilha da Madeira, através do seu bisavô de origem britânica, por questões profissionais ligadas ao vinho Madeira. O know-how fornecido pelo Instituto Superior de Agronomia, pelos seus professores e por enólogos e, posteriormente, os vários estágios e experiências de trabalho em terras lusas e internacionais, tais como Beiras, Alentejo, Lisboa, EUA e Chile, mantêm-no fiel às origens, no entanto, com vontade de fazer

mais e melhor. Actualmente reside no Alentejo com a sua mulher Clara. Clara Clara viveu na Portela desde que nasceu, em 1984, até ao ano de 2011, data em que se mudou para o Alentejo. Começou o seu percurso escolar na escola Amarela, passando pela escola Gaspar Correia e terminando na Arco-Íris. Frequentou igualmente a AMP, apaixonada por aulas de ballet, e a catequese. Ao entrar na faculdade integra o grupo de jovens Ágape, tendo sido coordenadora durante dois anos. Toda a vivência na Portela foi importante. Foi na Portela que o casal cresceu a nível pessoal e relacional. Foi na Portela que fizeram os seus grandes amigos, cuja amizade se mantém até hoje. E, claro, foi também na Portela que se conheceram, estando hoje casados. Luís Foi na escola, nas ruas e nos pátios da Portela que Luís cresceu como homem e como pessoa, cultivando, igualmente, grandes amizades, apesar de ter igualmente antecedentes alentejanos. Aliás, visita semanalmente estas terras para ver a família e jogar futsal, com outros exportelenses, sua paixão desde

que se conhece. Entre a Portela e o Alentejo, Luís estudou Psicologia e trabalhou na área da Educação e das Ciências Humanas. Apaixonado por viagens, descobriu muito recentemente que, através dos sabores e aromas, o vinho o pode transportar a lugares remotos. Deixou-se levar, embarcando numa aventura vinícola com a qual quer aprender, crescer e desfrutar. Roberta A Roberta é italiana, mas já se considera portuguesa "d'alma e coração". Cultiva o conhecimento pela literatura portuguesa, que a trouxe a Portugal nos tempos da faculdade. Encantou-se por este país e "foi ficando" até que o Luís a convencesse a ficar de vez. Mulher de paixões, que junta o paladar italiano aos sabores portugueses, não tem medo de se lançar em novas aventuras como esta, em que o bom vinho português se entrelace com a boa cozinha italiana que lhe sai da alma – e das mãos! Os vinhos Os quatro amigos controlam todo o processo do vinho, recorrendo sempre a baixas produções. Consideram-se minimalistas na vinha e adega, querendo propor ao consumidor um vinho o

mais natural e ecológico possível dando um pouco do Alentejo em cada garrafa. Criaram, deste modo, vinhos Boutique de qualidade, nos quais querem respeitar e reinventar as tradições, adicionando um pouco de cada um. O “Alentejano Absurdo” Branco é um vinho “simplesmente” bem feito, que respira Alentejo nas suas castas e vinificação. O “Mundo Absurdo” Branco funde castas internacionais com o terroir Alentejano, com um resultado final surpreendente. O Terracota Absurdo Tinto é um vinho de talha feito, de acordo com as tradições trazidas pelos Romanos, em antigas ânforas de família que remontam ao século XVII e emprestaram a sua substância para a elaboração deste tinto leve, equilibrado e muito original. – superou as expectativas de vendas e deste modo só estará novamente disponível em Março do próximo ano. O Fruto Absurdo Tinto é um vinho cuja distinção da Touriga Nacional loteada, com a intensidade e a concentração do Alicante Bouschet e do Petit Verdot realça neste nobre trio, aromas com notas de cereja e amora preta acompanhados por apontamentos de esteva. No palato predomina a elegância, harmonia e persistência. Por último o Pensamento Absurdo Reserva Tinto, que está a estagiar em garrafa e só quando os

produtores acharem que estará pronto sairá para o mercado. O comércio Neste momento, estão em fase de negociações com vários distribuidores e intermediários, quer a nível de mercado nacional (continental e ilhas), quer a nível de mercado externo. Estiveram no Mercado dos vinhos do Campo Pequeno, no início do último mês de Novembro, onde, segundo os consumidores, foi um sucesso, não só pelo paladar, mas de todo o conceito do projecto. Também estiveram na Galeria do Vinho no dia 7 de Dezembro, numa prova de vinhos que superou as expectativas. Para os curiosos, poderão encontrar na Galeria do Vinho qualquer um destes vinhos. Aqui fica o testemunho de Ricardo, “queremos manter a tipicidade da região do Alentejo nos nossos vinhos e apimentar o nosso conhecimento e a nossa paixão a este projecto. Queremos deixar a região ser vinho na garrafa, queremos dar Alentejo, saudosismo, alegria, mistério, prazer e um pouco de Portugal ao cliente numa só garrafa de vinho. Acima de tudo, queremos estar presentes nas celebrações de vida das pessoas.” Pedro Pereira


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CULTURA

THE TIMES THEY ARE A-CHANGIN

Ninho de cucos

A indústria musical padece de doença crónica não fatal (até ver) há mais de 20 anos. Em 2013, além da continuação da descida das vendas totais de música nos seus diversos formatos digital, cd, vídeo, vinil, (nos USA as vendas de cd’s álbuns passaram de 730 milhões em 2000 para menos de 200 milhões em 2012, fonte: billboard), coloca-se a todos os intervenientes uma muito em voga mudança de paradigma, neste caso não uma mas várias e de modo contínuo. Se por um lado para os artistas deixou em muitos casos de fazer sentido um contrato com uma editora que distribui grosso modo 10% das vendas ao artista (imagine-se menos de 1 euro por cd) por outro e sobretudo para os novos a artistas o “DIY”, Do it yourself ou edição de autor adoptada por milhares um pouco por todo o mundo e facilitada pelo acesso a tecnologias inimagináveis no século passado, funciona como um pau de dois ou mais bicos. Permite sim, darse a conhecer a um universo global através das redes sociais e plataformas digitais (youtube, soundcloud, bandcamp), permite igualmente a ilusão… a ilusão de que é possível gerir uma carreira a partir da sala de ensaio ou até da cama do quarto (talvez para os Radiohead ou Madonna com uma estrutura gigante de retaguarda). Para os novos artistas a ilusão não deixa de ser legítima e mesmo que corra o risco de se perder na caixa de notificações do facebook de um consumidor saturado bastas vezes por tanta e tão diversificada oferta, permite-lhes pelo menos ter a opção de trilhar um caminho próprio, alimentado por um sonho e sem a obrigação de entregar a outrem o seu destino. Entretanto e para baralhar um pouco mais as sucessivas transformações da indústria musical, as revistas Forbes e Spin anunciam que Trent Reznor dos Nine Inch Nails, um dos principais

impulsionadores do DIY, assinou em 2013 contrato com a editora Columbia Records, para chegar a um público mais vasto, após o decréscimo de vendas dos 2 álbuns anteriores em edição própria e por acreditar que as estruturas anteriormente pesadas das grandes editoras estão agora reduzidas ao essencial, ou seja aos “bons” colaboradores, competentes e empenhados no melhor. Analisemos ainda um outro exemplo que ajuda a perceber em que terrenos movediços nos movimentamos por aqui. O indie pop/rock , alude supostamente para o carácter livre e independente das edições das bandas nele catalogadas. Refere-se aos artistas com uma base de fans maior ou menor, mas de culto e quase estancadas por um qualquer garrote estético… Nada mais errado! Nos últimos anos e provavelmente ainda bem, bandas como The Killers, The Strokes, The Black Keys, Kings of Leon, The White Stripes, Arcade Fire, Arctic Monkeys, Mumford and Sons, entre outros, são, não só, cabeças de cartaz nos muitos festivais de música “xl” em todo o mundo, o que já acontece há muitos anos, mas tornaram-se essencialmente máquinas de sucesso e viabilidade comercial, típicas dos melhores exemplos mainstream. Estas bandas, entre outros feitos

da cultura pop, são presença constante nos Grammys, Mtv, nas séries mais populares de tv, publicidade, cinema e jogos de vídeo/computador. Alguns dos seus fans originais acusam as “dores de crescimento” e não apreciam propriamente este engrandecimento do indie que se tornou mainstream. Significará este acontecimento alguma crise de identidade? No MP, como consumidores e apaixonados por música, capaz de por ela própria ultrapassar todas as crises conjunturais e enquanto não se descobre nova forma de distribuição que já agora não coloque os artistas como o elo mais fraco desta indústria, vamos deixar aos leitores algumas sugestões (com dois destaques, um internacional e um nacional) que poderão ou não ser de Natal, com base nas seguintes premissas: 1.Terem trabalhos editados em 2013; 2. Revelarem uma qualidade nas prestações ao vivo de acordo com a qualidade desses trabalhos editados; 3.Não serem uma presença constante nas rádios e tv’s generalistas porque esses, por si só, são já amplamente divulgados; Aqui ficam os destaques: (Internacional) Local Natives – Hummingbird 2º álbum da banda de Los

Angeles formada em 2008. Os Local Natives surgem neste trabalho, produzido por Aaron Dessner guitarrista dos The National, mais introspectivos e atmosféricos sem abandonar contudo o som base da banda caracterizado por harmonias vocais, densidade sonora dos arranjos a roçar a orquestração épica e pozinhos tribais conferidos pelos timbalões do baterista Matt Frazier. Notórias influências de Beach Boys a Grizzly Bear, passando pelos Talking Heads, numa banda onde todos cantam e bem e onde a sonoridade aguda das guitarras com reverb nos remete igualmente para os britânicos Echo and the Bunnymen ou Orange Juice. Assistimos a duas actuações dos Local Natives em Portugal este ano, no Primavera Sound, no Porto e em Novembro, em Lisboa. A banda apresentou-se em grande forma, irrepreensívelmente ensaiada e competente, transmitindo muita energia, excitação e capaz de agarrar um público que não esperaria (no Porto) tamanha demonstração de maioridade, uma vez que em Lisboa o espaço reduzido foi mesmo só para fans. Videos do álbum Hummingbird, a conferir no canal youtube da banda www.youtube.com/localnativesband . (Nacional) Márcia – Casulo

2º álbum de originais da cantora portuguesa em ascensão com o seu estilo intimista de tranquilidade mas igualmente de luta interior. Em entrevista ao Ípsilon-Público, Márcia assume Casulo como um disco de resistência reflexo de uma procura por paz que lhe permita viver com felicidade… É um álbum de belas canções e melodias sem necessidade de recorrer às gritarias, influenciado pela recente condição de mãe, acústico mas pontuado com instrumentos que o enriquecem como o pedal steel guitar executado pelo marido. Ao vivo Márcia apresenta-se sóbria e segura, não raras vezes com convidados participantes no disco “Casulo”, sem um gigante aparato cénico e onde o que sobressai mesmo é a elegância das suas canções. www.youtube.com/MarciaOficial www.facebook.com/marciaOficial Outras sugestões… Foals – Holy fire www.youtube.com/wearefoals Daughter – If you leave www.youtube.com/ohdaughter Youth Lagoon – Wondrous Bughouse www.youtube.com/channel/ HC4odKFZM1pbs Peixe:avião – peixe:avião www.peixeaviao.com/site/ João Alexandre


INSTITUIÇÃO

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30º ANIVERSÁRIO

O ELO em festa José Luís Nunes Martins Investigador

Cheios de egoísmos

No dia 24 de Outubro de 2013, a Elo Social – Associação para a Integração e Apoio ao Deficiente Jovem e Adulto, celebrou o dia do seu 30º Aniversário. A Instituição assinalou este dia especial com uma festa, partilhada com os seus clientes/utentes, profissionais, familiares e amigos. “O Elo em Festa” foi mais uma iniciativa integrado no ano das Comemorações dos seus 30 anos sob o lema “Elo Social – 30 Anos a Abraçar o Futuro”. O dia em festa Pela manhã, teve lugar o 1º Encontro de Grupos Folclóricos, promovido pelo Elo Social, no qual participaram o Rancho Folclórico da Junta de Freguesia de Caneças, o Rancho Folclórico da Casa de Saúde da Idanha, o Grupo Musical do Centro de Dia de Sto. Eugénio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Rancho Folclórico “Os Camponeses do Elo” do Elo Social. A assistência não regateou aplausos, cantou e dançou em perfeita sintonia com os grupos que actuavam no palco. À tarde, a festa continuou com a actuação da Cantora e amiga do Elo Social, Paula Teixeira, que, com a sua voz e a sua capacidade interactiva e comunicação gestual, entrou em simbiose perfeita com o público, nomeadamente com os utentes do Elo Social. De sublinhar que muitos dos temas que exibiu fazem parte do seu projeto musical “Som e Silêncio”, projecto especialmente orientado para a comunidade surda mas extremamente enriquecedor e pedagógico para a população

em geral. A animação musical encerrou com a atuação do Grupo Musical “Panteras Negras”, que nos brindou com músicas de há mais de 20 anos atrás, desde a sua constituição, até aos nossos dias. Pelas 17.30 horas, deu-se início à cerimónia oficial comemorativa do dia de Aniversário, no qual participaram mais de 300 pessoas, entre pessoas da Instituição e personalidades convidadas. A cerimónia e o livro A cerimónia iniciou-se com a exibição de um breve CD-ROM, ilustrando alguns

dos momentos mais marcantes da história do Elo Social. Seguiram-se os discursos da Presidente do Elo Social, Cremilde Zuzarte, da ex-Veradora da Acção Social da Câmara Municipal de Lisboa, Ana Sara de Brito, da representante do Instituto da Segurança Social, Rosa Maria Prazeres, do Diretor Técnico do Elo Social, António Martins e da Jornalista, Fernanda Freitas. Coube ao Diretor Técnico do Elo Social, na qualidade de Coordenador Editorial, apresentar o livro “Elo Social – 30 Anos a Projetar o Futuro”, que faz a evocação histórica dos

acontecimentos mais marcantes e determinantes do processo de edificação, desenvolvimento e consolidação do projeto Elo Social, ao longo dos seus 30 anos de vida. O livro contém narrativas do enquadramento histórico dos 30 eventos selecionados, ilustrações fotográficas de cada um desses momentos e testemunhos os mais diversificados, dos quais destacamos o da actual Primeira Dama, Dra. Maria Cavaco Silva.

Cantar os parabéns

dos Parabéns ao Elo Social pelo cantor André Cruz, ídolo do programa Ídolos, arrastou toda a assistência, em uníssono, a felicitar o Elo Social pelos seus 30 anos e exprimirem um voto sincero de muitos anos de vida no cumprimento da sua Missão. Aconselhamo-lo ainda, a visitar o Elo Social, a comprar o livro e descobrir os seus serviços disponíveis para a comunidade.

Antes dos parabéns ao Elo Social, houve ainda a oportunidade de exibir um breve documento vídeo sobre os principais eventos já realizados no âmbito das Comemorações dos 30 Anos dos quais se destacam, pelo seu êxito e visibilidade pública, o Musical Jesus Cristo Superstar, e o desfile de Moda, Moda(r) Mentalidades. A bonita voz e interpretação

O Livro encontra-se à venda no Elo Social pela módica quantia de 5.00 euros. Aconselhamos a sua compra.

O mundo já começa a ser pequeno para tanta gente que se julga o centro do universo. Estes, que se julgam únicos, têm sempre muitas coisas materiais mas nunca têm paz. Não compreendem as coisas simples e sublimes como o amor e, andam tão cheios de egoísmos que nem sequer se dão conta que são infelizes.... têm por valores supremos a razão e a liberdade... Nem a razão nem a liberdade são males, mas quando surgem como os guias únicos da existência potenciam o risco de se falhar o objetivo. Há muito mundo para além do que a razão é capaz de compreender. Também a liberdade, que em si mesma não é boa, nem má, depende sempre da forma, mais ou menos sábia, de ser usada. Na verdade, escolher bem é um dom, e a ele se chega através de torres de livros, opiniões ou razões, por mais altas que sejam... tal como não será por muito abanar os braços que se levanta voo. A vocação do homem apenas se cumpre quando ele se faz humilde, se esvazia das coisas e das suas opiniões, para permitir que a vida, na sua generosidade, o encha e lhe dê significado, valor e rumo. Acreditar é uma forma de unir o sentir ao pensar, talvez a ponte por onde estas duas dimensões se encontram e complementam. Só tem fé quem sabe e sente que não é ele o centro do mundo. O amor implica uma livre entrega do eu ao outro. Uma espécie de submissão, sem qualquer garantia de sucesso, mas que esvaziando o eu de si mesmo, e das coisas, abre espaço para a coragem da alegria, e, por ela, à felicidade. No Natal devíamos todos celebrar a chegada do amor, do amor se fez homem, mas andamos muito cheios de nós mesmos (e atafulhados de coisas)... e é assim, de portas fechadas, que ele nos encontra quando pretende dar-nos a paz que é sua e a felicidade que é nossa... somos livres e responsáveis pela nossa vida; por abrirmos e fecharmos as portas do nosso ser ao que nos ultrapassa e não compreendemos. Que neste Natal saibamos escolher a prenda certo para dar a quem nos quer amar: esvaziarmo-nos de nós mesmos e abrir o coração ao seu amor. (autor do livro Filosofias – 79 reflexões, Paulus editora)



PSICOLOGIA PARA TODOS

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Memórias do meu Natal

Numa aldeia do Norte do País, há muitos, muitos anos, o Natal começava bem cedo. Talvez com a festa religiosa do Advento, quase um mês antes, mas nós crianças, ainda que na catequese, não associávamos os dois acontecimentos. Só sabíamos que nessa altura toda a aldeia se movimentava com os preparativos para a festa do Natal. Começava-se pela limpeza das casas e pela compra do vestuário que se iria “estrear” no dia de Natal. Recordo-me ainda de um casaco comprido vermelho, com gola de pelo preto que fez os meus encantos até aos dias de hoje e que sem me recordar comprei, mais tarde, um igual para a minha filha! A minha mãe e a minha avó combinavam a compra do bacalhau – o melhor que pudesse ser tendo em conta os rendimentos -, e encomendavam os bolos especiais – o bolo-rei e o pão-de-ló. Tratavam também das couves portuguesas que deviam ser da melhor qualidade, assim como as batatas. Tudo isto era produzido no “campo” da minha avó. O cabrito e o peru, ainda que importantes

ficavam em segundo plano. E isto, porque a verdadeira festa era a Noite de Natal. Ou, talvez ainda, porque o dia de Natal, na minha família, era carregado com memórias fortes – a morte da minha bisavó, que morreu quando se vestia para ir à missa do “dia 25”, como então se usava dizer, e nesse mesmo dia, passados várias dezenas de anos, nasceu a primogénita da minha atual família. À medida que o Natal se aproximava os odores da casa, e mesmo da aldeia começavam a mudar. Talvez porque o frio apertava e as lareiras estavam quase todo o dia acesas. Mas também pelo cheiro forte dos temperos com que as carnes eram embebidas! Ao mesmo tempo o cheiro ao bacalhau que estava a ser demolhado incomodava o meu olfato muito sensível. E ainda hoje isso acontece! E sempre que o cheiro do pinheiro seco – a caruma como lhe chamavam – usado para acender as lareiras, invade a atmosfera, eu transporto-me de imediato para o meu Natal de infância. Mas para mim, quase que posso afirmar, o momento alto desta Festa era a preparação do pinheirinho – a árvore do Natal – feita pelo meu pai. Sentávamo-nos as três crianças no chão. O meu pai sintonizava o rádio, o único meio existente, para a música de Natal e os tenores em voga de então ecoavam pela sala, e o meu coração rejubilava de alegria e de emoção. As mulheres, na cozinha, falavam muito e alto, como é costume no Norte do País. O cheiro a “formigos” e a “letria”, os doces preferidos lá de

casa, invadiam também todo o espaço. Era sempre pela tardinha, e o pôr-do-sol ia acompanhando todos estes preparativos. Uma espécie de mística invadia toda a casa, especialmente a sala, e o meu espírito religioso embrionário parecia encontrar ali a sua expressão. Quase que visualizava os Anjos e os familiares falecidos mas presentes nas muitas fotografias emolduradas que pendiam das paredes da sala, e que nesse dia desciam ali e nos acompanhavam! O meu pai com a meticulosidade que o caraterizava e quase com o espírito religioso de quem pratica um culto, ia pondo no pinheirinho, lentamente e um por um, cada dos “enfeites” próprios e que se guardavam de ano para ano. A última atividade era a colocação da “estrela” no cimo do pinheiro e as velas com suportes metálicos próprios, só usados para esse efeito, e que só se acenderiam na noite de Natal. O sono e os sonhos dessa noite, e ainda me recordo, eram povoados de anjos, festa e de felicidade! A noite de Natal, vivida em família próxima, era muito agitada. Até porque o frio e a casa sem grandes condições de aquecimento, não permitiam que a refeição durasse muito tempo. Recordo com prazer o gosto do molho que regava a refeição – cebola frita em bom azeite, com condimento de cominhos – e que fazia a diferença das outras refeições de bacalhau cozido! O sono apertava e havia pressa em colocarmos, junto à lareira, o sapato para o Pai Natal – em quem eu acredi-

tava piamente – vir durante a noite e colocar lá os seus presentes. Essa noite era agitada e ainda vejo o nosso despertar e a corrida que fazíamos para chegarmos junto dos sapatos. E fosse o que fosse como prenda era sempre com imensa alegria que recebíamos essa dádiva – para nós crianças – vinda do Céu. Visualizo ainda um Natal em que recebi como prenda umas meias axadrezadas e um guarda-chuva de chocolate. Ainda gosto de meias com esse padrão e compro de vez em quando um guarda-chuva de chocolate, agora muito pequenino! O dia de Natal perdia esta intimidade e mística e davase lugar à festa. A Missa era mais alegre. Estreavase a roupa nova. Os rostos estavam sorridentes. Todos se cumprimentavam. Um dos grandes momentos era a visita aos presépios das três igrejas que circundavam a nossa casa. Nessas visitas eu voava para essas aldeias representadas nos presépios e identificava-me com os pastores, um pequenino que lá existia! Ficava muito quieta e em admiração, olhando para todo o cenário. Talvez que o meu espírito religioso se tenha alicerçado nestas experiências emocionais tão sérias e profundas! Que estas simples memórias tenham o condão de acordar as vossas, são os meus muito sinceros desejos. Um Santo Natal, agora já vivido por dentro!

Margarida Oliveira

Ricardo Andrade

Comissário de Bordo

Passo a passo Ao sentar-me para escrever as linhas que se seguem para este novo "Moscavide Portela", dei por mim a pensar inúmeras vezes na palavra "mudança". À medida que ia formando o texto na minha mente era permanentemente confrontado pela expressao "nova realidade".Enquanto as palavras se iam amontoando na minha cabeça e passavam directamente para o papel, não conseguia deixar de lado a ideia de um "futuro". John Kennedy disse um dia que: "A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro". Confesso que tenho vindo a aceitar, ao longo dos anos, que a melhor atitude perante a mudança é a de tentar entendela como mais uma parte essencial da nossa vida e não negar, imediatamente, uma realidade que desconhecemos apenas porque é mais cómodo situarmos-nos na nossa "zona de conforto". É importante ter a coragem e a determinação necessárias para abraçarmos novos desafios e trilharmos novos caminhos mesmo que, por vezes, a estrada pareça um pouco acidentada ou até escura por tardarmos em ver a luz. O mundo altera-se a cada instante. Muda tal como as pessoas mudam, crescem e o sol se põe...dando lugar à lua para que ela também apareça e lhe ensine que algo não existe em pleno sem o seu oposto. Mas nem sempre a mudança é entendida por todos, nem sempre a sucessão de eventos que alteram uma realidade é vista como algo de bom pelos intervenientes da história das gentes tal como nem sempre conseguimos embarcar no comboio da evolução na carruagem da frente. Por vezes, a velocidade a que uns caminham é distinta da do seu vizinho do lado. Será isso errado? Será isso um contravapor? Será isso um impedimento à metamorfose? Julgo que não! Acredito até que é da discussão de diferentes perspectivas que nasce a luz. Penso até que, apenas com pontos de vista distintos se conseguem construir as bases para que algo de bom perdure. Mas é necessário que o esforço de ouvir encontre do outro lado a vontade de explicar e que ambos procurem sempre não esquecer que todos se devem respeitar para serem por todos respeitados. E assim, passo a passo, nos descobrimos, nos perdemos e no final...nos mudamos!!"


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DESPORTO

CDOM José Reis dos Santos Investigador

Postais a Leste Vivendo em Budapeste, um tipo arrisca-se a que certas coisas ‘estranhas’ lhe aconteçam. Ontem, por exemplo, bateu-me à porta um auto-proclamado refugiado polaco acabado de aterrar de Kyiv, Kuba de seu nome, director do Kyiv Post, o maior media-outlet em inglês a operar na Ucrânia. Passava pela capital magiar para «respirar um pouco» e renovar o seu visto de entrada na ex-República soviética (com receio que tal irregularidade o expulsasse de vez). Trazia no bolso novas da escaldante revolução que estes dias tem assaltado a cidade, colorindo as noites de menos 20 graus com fervor popular e vontade de libertar o país da corja oligárquica que o governa desde a transição. Contava-me como o seu jornal tinha sido invadido pela calada da noite por encapuzados bem identificáveis, e cortado o seu acesso online, de como a brutalidade policial tomara conta das ruas, e de como as gentes se barricavam onde podiam, protegendo-se do frio com chá quente e do esperado arraial de pancadaria com capacetes de bicicletas e velhas ushankas soviéticas. E dizia-me, visivelmente orgulhoso, de que os milhares que tomaram conta dos diversos edifícios governamentais, os que se mantem acampados nas praças simbólicas de Kyiv, de lá não sairão tão cedo. Que lutam para colocar a Ucrânia mais próxima da órbita europeia e libertá-la das gulosas garras moscovitas. «Bem vindo então à Europa», respondilhe ironicamente, enquanto o recordava do actual brutal comportamento da polícia portuguesa que, como vulgar bandos de arruaceiros, também pessimamente dirigidos, mais preocupados se encontra, em dissolver qualquer aglomeração popular com pancadaria valente que em ouvir e se solidarizarem com os justos protestos populares. Em Portugal, hoje, brutalidade policial já nem abre telejornais, tão banal tais acontecimentos se tornaram. E se em Kyiv a esperança ainda vai aquecendo corações, por terras lusas banalizamos a indiferença e atomizamos comportamentos de tal forma que até a esperança vagarosamente nos retiram. «Estás certo que é para esta Europa que querem vir», perguntei-lhe pelo fim da noite. É que deste lado já nem o chá aquece.

Seniores O Desportivo Olivais e Moscavide está a disputar a 2ª divisão da A. F. Lisboa e encontra-se neste momento na 1ª posição com os mesmos pontos do Catujalense. Com 22 pontos alcançados fruto de 7 vitórias e 1 empate. 28 golos marcados e 9 sofridos dão aos sócios do Desportivo e a todos os moscavidenses

razões para sorrir depois de um período de ausência do futebol sénior. Vamos acreditar que outros tempos grandiosos poderão voltar em breve. Juniores A disputar a 1ª divisão, serie 1, é o actual 4º classificado a 3 pontos da subida de divisão mas o 2º classificado, Musgueira, tem menos 1 jogo. Com 10 partidas jogadas, 6

vitórias, 1 empate e 3 derrotas. 24 golos marcados e 16 sofridos. Ainda faltam 2/3 do campeonato para disputar e a subida está ao alcance. Juvenis Este escalão milita na 2ª divisão, serie 4. É penúltimo classificado com 4 pontos. Com 8 jogos, 1 vitória, 1 empate e 6 derrotas. Com apenas 6 golos marcados e 25 sofridos.

Os resultados teimam em não aparecer mas melhores dias virão. Iniciados Estão no 3º lugar com 18 pontos. 6 vitórias e 3 derrotas. 26 golos marcados e 13 sofridos. Inserida na serie 4 da 2ª divisão ainda poderá almejar a subida de divisão.


DESPORTO

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AMP Futsal Seniores A AM Portela está a realizar um excelente campeonato. Tem 7 vitórias em 9 jogos disputados dando 21 pontos que os coloca na 3ª posição a apenas 3 pontos do 1º classificado, Vinhais, e a 1 ponto do 2º, Burinhosa. Curiosamente, as duas derrotas que a AMP teve aconteceram fora de casa contra estes dois adversários Vinhais (5-4) e Burinhosa (8-0). Também fora de casa obtiveram as 2 vitórias mais expressivas frente ao Mendiga (2-9) e Amarense (1-7). Em casa a AMP amealhou 5 vitórias em outros tantos jogos, Fonsecas e Calçada (1-0), Loures (6-3), Quinta dos Lombos (5-4), UP Venda Nova (7-2) e Rabo de Peixe (5-1) foram as vítimas na fortaleza inviolável.

Juniores A disputar a divisão principal, 1ª Divisão de Honra, o primeiro objectivo desta equipa será a manutenção, que está muito próximo de ser alcançado. Com 14 jornadas disputadas, os comandados de Kiko e Pedro Santos estão no 6º lugar com 22 pontos, a apenas 1 ponto do 5º classificado, Sassoeiros. No dia 14/12 jogarão entre si onde a AM Portela tentará chegar aos lugares cimeiros onde estão os eternos candidatos, Sporting (40), Benfica (31) e Belenenses (29) à vitória final. O 4º é o Casal do Rato com 28 pontos. Juvenis Também a disputar a divisão principal, 1ª Divisão de Honra, a AM Portela está num brilhante 4º lugar com 28 pontos em 14 jogos, a apenas 2 pontos

de 2º e 3º lugares, Benfica e Casal do Rato respectivamente. Longe do 1º classificado, Sporting que tem 42 pontos. Os pupilos de Acácio Santos e Luís Souza tentarão continuar no bom caminho nas próximas jornadas. Iniciados Este escalão tendo como treinadores, também, Acácio Santos e Luís Souza estão a disputar a 1ª Divisão de Honra e está neste momento no 7º lugar com 9 pontos em 6 jogos e a apenas 3 pontos do 6º classificado que já tem 7 encontros realizados. A manutenção não está assegurada mas os lugares cimeiros também não estão longe. Uma divisão desequilibrada com resultados desnivelados onde imperam os mais fortes. Infantis A disputarem a 1ª divi-

são que dará a subida a 3 equipas para a Divisão de Honra. Neste momento a AM Portela está no 5º lugar com 12 pontos, a 3 pontos da subida mas mais um jogo que o Vinhais. Ainda com 18 jogos por disputar até ao final do campeonato a subida ainda é possível para os jogadores de Luís Estrela e Tiago Mendes Escolas Benjamins Tiago Mendes e Edmar Pinto são os treinadores dos mais petizes. Neste momento no 2º lugar com 16 pontos em 7 jornadas realizadas. 5 vitórias, 1 empate e 1 derrota. 27 golos marcados e 17 sofridos. Na próxima jornada no dia 15/12 defronta o Patameiras que é o 1º classificado com os mesmos 16 pontos. Um jogo onde a AM Portela poderá passar para 1º lugar.

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SOCIAL

A mais bonita de Portugal vive na nossa Freguesia Catarina Sikiniotis ganhou o concurso de Miss República Portuguesa e Miss Fotogenia no mais conceituado concurso de beleza em Portugal e irá representar Portugal no maior concurso de beleza do Mundo, o Miss World 2014, em Londres. O que a levou a candidatar-se e quais as suas expectativas de futuro? Essencialmente a admiração que desenvolvi por concursos de beleza e a forma como eles influenciam positivamente a nossa sociedade. Quando me senti preparada fisicamente e psicologicamente decidi candidatarme. Futuramente espero que me aguardem momentos de muita felicidade e de muita aprendizagem que este título certamente me trará. Estou envolvida em vários projectos sociais e espero que com isso sirva de exemplo futuramente. Irei esforçar-me ao longo deste próximo ano, para que obtenha o melhor desempenho possível no Miss Mundo 2014.

O que a vitória trouxe de novo na sua vida? Além de uma maior experiência de vida, esta vitória proporcionou-me várias oportunidades, mas ao mesmo tempo novas responsabilidades, mas que com orgulho as detenho e espero dar o meu melhor. O impacto que os meios sociais possuem são vastíssimos e penso que fazendo um bom uso dessa situação se pode afetar positivamente várias pessoas. Conheci várias pessoas fantásticas que me têm ajudado a concretizar os meus projetos. Qual a importância desse tipo de concursos para a sociedade? Estes concursos são importantes pois quebram o preconceito de que beleza equivale a futilida-

de, o que de todo não é verdade. Estes concursos permitem mostrar às pessoas a força de vontade das jovens em alcançar os seus objectivos de vida, além de que, tal como o lema do Concurso Miss República Portuguesa diz - “Beleza por uma Causa” , permite exercer uma influência positiva na vida de pessoas necessitadas, incitando ao cultivo da preocupação com o próximo, pois ser bonita por fora não basta para estar completa. Por experiência própria, penso que há uma necessidade e uma felicidade inexplicável ao ajudar os outros. Há quanto tempo vive na Portela? Vivo na Portela desde que nasci. Cresci aqui e muitos dos meus

Biografia Catarina Sikiniotis, nasceu em Lisboa, no dia 5 de Abril de 1995, cresceu no Bairro da Portela. Frequentou o Externato São Miguel Arcanjo até à 4ª Classe, e posteriormente o seu percurso escolar até ao 11º Ano ocorreu no Colégio Do Sagrado Coração de Maria, em Lisboa, onde foi distinguida como uma das melhores alunas. No último ano do Secundário frequentou a Escola Secundária da Portela onde concluiu com distinção o curso de Ciências e Tecnologias. No dia 3 de Agosto de 2013 foi coroada Miss República Portuguesa e Miss Fotogenia no mais conceituado concurso de beleza em Portugal, promovido pela Organização da MMRP. No próximo ano, em Londres, Catarina irá representar Portugal no maior concurso de beleza do Mundo, o Miss World 2014, onde concorrem anualmente centenas de Misses de todo o Mundo. Frequenta o curso de Direito, na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, tendo obtido o direito a uma bolsa de mérito, devido às suas boas classificações. Escolheu este curso pois gostaria de exercer uma profissão em que pudesse ajudar os outros ao solucionar os seus problemas, tendo desenvolvido um grande gosto pelo domínio jurídico. Exerce voluntariado ativamente em três instituições: Santa Casa da Misericórdia, União Zoófila e Elo Social. Adora ler, animais, viajar e conhecer novas pessoas, idiomas e ambientes, estando disposta sempre a novas aventuras e desafios.

amigos vivem nesta área. Gosta de viver na Portela? Gosto muito de viver na Portela. A maioria das experiências e lembranças que levo da minha infância são daqui e não me imagino a viver em mais nenhum lugar em Portugal. A Portela é uma urbanização muito organizada, onde ocorrem vários eventos organizados pela Junta de Freguesia, o que promove uma maior união e conhecimento entre os moradores, o que eu considero uma mais valia na criação de um ambiente familiar e de entre-ajuda entre todos. Adoro os espaços verdes que são predominantes, o que confere uma paisagem esteticamente mais agradável e ao mesmo tempo ajuda o Ambiente. Os jar-

dins estão sempre em excelentes condições! O Centro Comercial da Portela é muito prático, permitindo aos moradores encontrar um agradável espaço de convívio e obter todos os serviços e bens necessários. Finalmente, a Portela possui ainda uma Igreja e ainda um ginásio, uma piscina interior, campos de ténis e futebol entre outros serviços, dos quais todos podemos usufruir. Se pudesse. mudava alguma coisa na Portela? Em geral estou bastante satisfeita, mas penso que seria bastante favorável e necessário um Centro de Saúde na Portela e uma melhoria nos transportes públicos, que deveriam ser mais variados e abrangentes.


Andrea Policlínica A cuidar de si desde 1982

São muitos os anos de experiência no sector de saúde da Andrea Policlínica. Diversas Especialidades médicas, uma nova unidade de fisioterapia , medicia dentária, enfermagem, exames complementares e de diagnóstico, são a principal actividade desta clínica aberta até às 24h Adquiriu-se o conhecimento que permite aos profissionais de saúde dar um melhor contributo ao bemestar de todos os utentes que recorrem aos seus serviços. Nos primeiros anos a Andrea Policlinica estava situada no Centro Comercial da Portela (onde actualmente estão os Correios). Com o passar do tempo foi necessário crescer e inovar os espaços físicos, requalificar os diversos serviços médicos, aumentar a equipa médica e introduzir alguns exames complementares de diagnóstico. Foi com esta premissa que surgiu a necessidade de mudar para o Edifício Concordia, ocupando o primeiro piso. A clínica passou a contar com cerca de 27 especialidades e mais de 30 convenções (AdvanceCare,

Allianz, CGD, Future Healthcare, GNR, Medis, Multicare, Medicare, PT, ADSE para a Fisioterapia, entre muitas outras). Destas especialidades, a Medicina Dentária ocupa uma parte importante da actividade da clínica, contando com doze dentistas, onde são contempladas as áreas de prótese, ortodôncia e implantologia. Nos últimos anos sentiu-se a necessidade de ampliar o serviço de fisioterapia para o terceiro piso do Edifício Concórdia, passando a contar uma unidade totalmente equipada e com profissionais altamente qualificados. Aposta também em diferentes especialidades como a Medicina Desportiva, Exames Médicos Desportivos (inscrição em Federações, Associações e Clubes); Cardiologia Desportiva; Clinica Médica nos exames de préparticipação e aconselhamento para a prática de exercício físico; Exames Complementares de Diagnóstico. A Medicina Estética e reconstrutiva é outra área que está em desenvolvimento e que em breve será anunciada com mais detalhes.

Mas a Andrea Policlinica tem muito mais especialidades que podem ser consultadas em:

www.andreapoliclinica.com A pensar no seu conforto, desenvolvemos um sistema de marcações online através do nosso site. Assim, pode agora marcar consultas, escolher a especialidade, o médico, a convenção e o horário sem a necessidade de telefonar ou de se deslocar às nossas instalações.

Horário De 2ª a 6ª - 8.00h às 24.00h Sábado - 9.00h às 22.00h Edifício Concórdia 1º e 3º Andar (Agora também com fisioterapia) Rot. Nuno Rodrigues dos Santos 2685-223 Portela LRS Geral - 219 457 650 Especialidades - 219 457 651 / 219 457 652 Medicina Dentária - 219 457 653 Fisioterapia - 219 457 654


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MP

EDITORIAL

DE NP PARA MP

Pedro Pereira

Ficha Técnica

Director Editorial

Após 16 anos como Notícias da Portela o NP irá mudar de nome, passará a chamar-se Moscavide/Portela (MP). Uma mudança fruto da recente União de Freguesias Moscavide e Portela, uma junção que se alargou ao nosso jornal. 16 anos, 93 edições e três directores depois a mudança justifica-se. Não é um abandono aos leitores do NP, continuaremos fiéis àquilo que sempre fizemos, uma informação objectiva e descondicionada, mas sim um alargamento, que se traduz também no número de páginas, à localidade de Moscavide. Apesar de a união de freguesias ter sido algo que

ninguém defendeu, a verdade é que a haver, como foi o caso, esta junção foi a mais óbvia. Os moscavidenses, dentro do concelho de Loures, a freguesia com a qual mais interagiam era a Portela, assim como os Portelenses sempre tiveram uma ligação estreita a Moscavide, em doses muito superiores a qualquer outra freguesia limítrofe. A dispersão de alguns equipamentos nucleares pelas duas localidades é um facto, desde os Bombeiros, passando pelas escolas, pelo Centro de Saúde, pela Esquadra de Polícia ou, agora, pelas instalações da Junta de Freguesia obrigam os

moradores destas duas localidades a um contacto permanente. Mas também o comércio é um factor de convergência, desde o Mercado até ao Centro Comercial, vários são os locais onde moscavidenses e portelenses interagem. Também no plano desportivo essa ligação é uma realidade, com duas excelentes escolas de formação, uma no futebol (o Olivais e Moscavide) e outra no futsal (a AM Portela), que continuarão disponíveis para receber jogadores de qualquer um destes bairros. Quanto a nós, MP, continuaremos a desempenhar a nossa função, informar os nossos leitores, sempre com

uma postura rigorosa e imparcial. Os portelenses já nos conhecem e os moscavidenses irão confirmar isso mesmo. Todos ficaremos a ganhar, a nós porque teremos mais leitores uma maior exigência, o que beneficia o nosso trabalho, os portelenses porque terão as notícias da sua freguesia e não apenas do seu bairro e os moscavidenses porque terão finalmente um jornal de informação que também os tem como destinatários. Este é o MP nº1, que marca uma nova realidade. Contamos com todos.

Director Geral: Filipe Esménio Director Editorial: Pedro Pereira Director de Marketing e Projectos Especiais: Nuno Abreu Colaborações: António dos Santos, Filipa Monteiro Fernandes, João Alexandre, José Luís Nunes Martins, José Reis Santos, Maria Margarida Oliveira, Ricardo Andrade, Salvador Nobre da Veiga Fotografia: Nuno Luz Director Comercial: Luís Bendada Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 13 500 Exemplares Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: geral@ficcoesmedia.pt Nr. de Registo GMCS - 121 952 Depósito Legal nº 119 760 / 98


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