ANO I Nr.02 BIMESTRAL
FEVEREIRO 2014 - Director: Pedro Pereira Distribuição Gratuita
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CENTRO DE SAÚDE:
MAIS PERTO
CARTOON
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Bruno Bengala
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Filipe Esménio
Cartoonista
Comunição
CARTOON
Mel de Cicuta Sou contra a educação Como afirmava o Professor Agostinho da Silva, sou contra a educação, mas a favor da instrução. Para ele o educar deriva de um acto indutor, não de uma partilha de informação. Quem educa direcciona e quem se permite a instruir dá possibilidades, abre caminhos e partilha informação. Preciosismos à parte, vejo o actual estado de coisas com apreensão nesta matéria. Nos nascimentos os partos induzidos e as cesarianas premeditadas (não por razões clínicas), cresceram significativamente. Não dá jeito esperar pela Natureza, logo acelera-se o processo marca-se a hora e já está. A OMS, Organização Mundial de Saúde diz que as mães devem dar amamentação exclusiva durante os primeiros 6 meses de maternidade, mas o Estado português dá 4 meses de baixa extensíveis em modelos mais ou menos complexos. A maioria das mães portuguesas não conseguem, mesmo que queiram, cumprir estes seis meses. Os suplementos alimentares para os bebés são uma ferramenta útil, mas não substituem a pele, o corpo e o amor da mãe. As escolas, logo nas primárias têm horários extensos e actividades extra-curriculares, as crianças saem derreadas, a carga de trabalhos para casa é superior ao desejável. Não há espaço para a criatividade, não há espaço para brincar, não há tempo para SER… só para FAZER. Estamos subjugados sob uma estrutura funcional que privilegia em permanência o fazer em detrimento do ser. Funciona, mas mata a sociedade. Com tanta programação à nascença é certo que os filhos vão depositar os pais em lares. Programa-se do nascimento à morte. Viva a evolução que cria pessoas acríticas, padronizadas, num trabalho-casa-trabalho que abre as brechas aos excessos como terapia. As modas penetram com a velocidade de um relâmpago. Toda a gente me oferece Gin onde quer que vá. Não quero Gin, obrigado. Não quero acabar num lar obrigado, nem pôr a minha filha numa escola que faz dela um belo produto, igual aos outros 1 000 que já formaram. Não quero que nenhuma criança portuguesa tenha de estar 12 horas diárias em tarefas escolares, para que os seus pais possam trabalhar as mesmas 12 horas numa qualquer multinacional ou grande empresa, que quando tiverem 50 anos lhes venha a propor uma «rescisão amigável», claro. É hora. Temos de mudar a forma de nascer, temos de mudar a forma de viver, temos de mudar a forma de morrer. Temos muito para SER. Podemos começar já.
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ECONOMIA
O primeiro Orçamento José Luís Nunes Martins Investigador
Há falta de gente boa Neste nosso mundo morrem de fome mais de 30 000 crianças por dia. Ao contrário de outros problemas, não se trata de algo cuja solução seja complexa. A prevenção e tratamento da fome são algo conhecido desde o dia mais remoto da pré-história! Muito mudaria se os cidadãos inteligentes e conscientes, como imagino os leitores destas linhas, se obrigassem a agir em favor de quem, seu igual, neste momento vive uma privação de bens essenciais. Há muita pobreza e fome em Portugal. Demais. A economia, que devia ser a gestão dos recursos de acordo com valores como a justiça, a solidariedade e a paz (aquela de quem se pode dar ao luxo de se preocupar com outras questões que não a mera sobrevivência), acaba sempre por se revelar uma forma mais ou menos eficaz de perpetuar uma sociedade desigual, onde o que importa é gerir uma quantidade de valores que se acredita estarem acima da dignidade humana... No mundo de hoje, cada um tende a pensar apenas em si mesmo... olha-se a pobreza como um inferno pessoal que se deve evitar a todo o custo, mas nunca a do outro, dado que vivemos sempre e só na primeira pessoa – do singular. Em relação à pobreza do outro, no habitual máximo, sente-se pena. Mas penas não chegam, não contribuem em nada para a solução, mais: não fazer nada por quem de nós precisa será sempre uma monstruosidade. Que valor terá a parte do mundo que escolhe esquecer-se da outra? Que a priva conscientemente da “liberdade” de – por exemplo – beber água potável? Como disse alguém: O leitor pensa e é capaz de agir? Ou é um cidadão normal? A humanidade, o amor e a felicidade não se cumprem com declarações, exigem obras. Muito concretas. Os mais pobres são quase sempre mais generosos uns com os outros, do que os mais abastados, talvez porque se dão conta de que aquilo não lhes faz falta... e do qual o seu próximo necessita para sobreviver... é dele e não nosso.
(autor do livro Filosofias – 79 reflexões, Paulus editora)
O Executivo da União das Freguesias de Moscavide e Portela O orçamento e opções do plano para 2014 da nova freguesia de Moscavide e Portela foi aprovado em Assembleia de Freguesia no passado dia 23 de Dezembro. A nova realidade administrativa trouxe vários desafios: desde logo, porque as extintas freguesias agora agregadas seguiram linhas de gestão financeira muito diferentes. O estado das contas da extinta Junta de Freguesia de Moscavide marcou o actual orçamento. Ao rigor financeiro que sempre marcou a gestão na extinta Junta de Freguesia da Portela opôs-se o descontrolo das contas na extinta Junta de Freguesia de Moscavide. Por isso, o orçamento apresentado tornou-se o único orçamento possível para superar as dificuldades que o novo Executivo encontrou. Apesar dessas dificuldades, este orçamento continua a apostar numa política social forte, sempre com as pessoas em primeiro lugar. Nesse sentido, irão manter-se todos os serviços prestados, administrativos e sociais, quer à população de Moscavide quer à população da Portela. A Junta de Freguesia continuará a assumir o seu papel de garante social, apoiando os mais desprotegidos e contribuindo para reduzir desigualdades. Trata-se de um orçamento de rigor que permitirá que os próximos orçamentos possam ter ainda mais investimento. As dificuldades agora encontradas revelam, de forma clara, que a seriedade e o rigor nas contas públicas são fundamentais para administrar uma freguesia. Administração que se quer honesta, justa e equitativa, sem clientelismos nem favorecimentos. A experiência dos resultados obtidos na Portela dá a certeza de ser este o caminho certo e dá garantias de sucesso. Este é o orçamento de toda a comunidade: um orçamento que procura envolver todos os agentes da nossa freguesia, respeitando a identidade das duas localidades que dela fazem parte.
Membros eleitos pelo Partido Socialista para a Assembleia da União das Freguesias de Moscavide e Portela O grupo de representantes do Partido Socialista (PS) na Assembleia de Freguesia de Moscavide e Portela votou favoravelmente o Orçamento para o ano de 2014 com base nos seguintes pressupostos que foram apresentados pela Presidente da Junta: (1) o executivo da Junta estava a proceder a uma reestruturação dos serviços; (2) foi-nos dada a garantia de que nenhum desses serviços seria encerrado. Assim, baseados nesta informação, e tendo em vista a salvaguarda dos serviços prestados pela Junta de Freguesia, nomeadamente nas valências de natureza social, os socialistas viabilizaram o orçamento. Verifica-se, porém, que, passados apenas cem dias desde a tomada de posse do executivo, as garantias que foram dadas pela Presidente não foram respeitadas. Constata o PS que foram encerrados serviços, destruindo-se a sua valência social, nas seguintes áreas: o centro de fisioterapia; o apoio jurídico em Moscavide; o médico de apoio à terceira idade no centro de dia. Muitos outros serviços viram o seu horário de funcionamento diminuído, nomeadamente o Espaço Jovem, a pedicura e a Oficina do Reformado. Para além dos cortes nos serviços sociais, a Junta de Freguesia tem também tem vindo a ignorar os esforços de contacto de diversos Movimentos Associativos sediados em Moscavide. Desta forma, põem-se em risco muitas iniciativas já históricas na freguesia. A acrescer a este conjunto de actos de má gestão constata-se que foram despedidos 7 trabalhadores da antiga Junta de Freguesia de Moscavide cujas vagas foram posteriormente preenchidas com recurso ao centro de emprego, assim provando que aqueles postos de trabalho correspondiam a reais necessidades do serviço. Estas acções evidenciam que é objectivo do actual executivo da Junta de Freguesia a destruição do apoio de carácter social e do movimento associativo, não tendo sido cumprida a palavra dada em reunião pública. Esta atitude menos séria e menos responsável merecerá certamente contestação por parte do grupo de representantes do Partido Socialista e da comunidade de Moscavide e Portela, na censura e na denúncia pública destas atitudes que não devem e não podem continuar.
ECONOMIA
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de Moscavide e Portela Já foi aprovado o primeiro Orçamento da União das Freguesias de Moscavide e Portela. O ano de 2014 terá de receitas e despesas previstas um valor igual, 2 240 350 euros. Se compararmos aos orçamentos de 2013, ainda com Moscavide e Portela separadas, houve um decréscimo de 324 000 euros, o que corresponde a 13%. Para avaliar este Orçamento, pedimos ao Executivo da Junta e aos partidos representados na Assembleia de Freguesia (PS e CDU), que nos tecessem um comentário sobre o mesmo. Aqui ficam as principais ideias de cada partido e coligação. Nota: Até à data de encerramento desta edição, não conseguimos obter declarações da CDU.
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ECONOMIA
Orçamento da Câmara João Borges Neves (Im)pressões Vistos dos Talentos é como o MELHORAL!!! Este fim-de-semana fomos brindados com mais um anúncio talentoso do atual Governo da Nação, ficamos todos surpreendidos por nesta altura em que tantos talentos nacionais saem do País, o Governo, pela mão do Sec. De Estado Pedro LOMBA, se preocupe em captar talentos estrangeiros! Demonstra que o País precisa de inegavelmente de (T)Alento para o Futuro! Como bem se sabe, os talentos por si só não são o suficiente para que o País progrida, pois se assim fosse não teriam emigrado as várias centenas de milhar de portugueses, excecionalmente bem formados para outras paragens, onde possam ter uma oportunidade de demonstrar e obter o ansiado (T) Alento para a sua vida futura. Infelizmente e segundo os dados publicados, grande parte dos nossos compatriotas não têm nem terão outra solução, pois se arriscarem a ficar, possivelmente, irão engrossar a % dos sem-abrigo do nosso País. Ver: http://www.ionline.pt/artigos/portugal/ estudo-santa-casa-5-dos-sem-abrigo-lisboa-sao-licenciados Chegaremos igualmente ao caricato do dia em que teremos de lançar um programa para ir buscar portugueses talentosos, que foram obrigados a sair do País e dar-lhes, nessa altura, as condições que agora iremos dar aos talentos estrangeiros! Acham que isto faz sentido!? Não parece fazer, mas para alguém de LOMBADA FINA faz! Pergunto porque não se dá a oportunidade ao talento nacional antes que ele se vá para outras paragens? Esta política do anúncio faz-de-conta, em que se tenta demonstrar que existe uma ideia e uma estratégia para o futuro de Portugal é, cada dia que passa, facilmente desmontada a olho nu. Parafraseando Pacheco Pereira sobre o caminho que Portugal leva às mãos da Troika e deste Governo, a não haver uma alteração de estratégia tornar-se-á em “terreno salgado e estéril”. Por sua vez, parece-me mais sensata e mais lógica a proposta que o Partido Socialista fez, de se constituir um Tribunal de Investimento/ Empresas associado a uma simplificação legislativa e legal, que permita que as grandes corporações/empresas multinacionais possam equacionar, nos seus estudos de investimento, o destino Portugal como um sítio para trazerem talentosos €, para desenvolver os talentos nacionais que por cá ainda parem e os que de fora para cá queiram vir, mas que só virão, logicamente, com muitas garantias! Acresce que esta proposta do PS é claramente a oportunidade ou o passo fulcral, para que qualquer tentativa de alteração do sistema judicial venha a ter sucesso, que é o de admitir que o atual sistema não dá respostas e garantias às nossas necessidades e, por isso, muito menos dará aos de fora que pensem investir, viver e até estudar em Portugal.
Líder da Bancada da Coligação Loures Sabe Mudar ( PPD/PSD - MPT - PPM ) na Assembleia Municipal de Loures O Poder Local é uma realidade dinâmica e deve adaptar-se ao novo enquadramento económico e social, o que impõe, naturalmente, uma nova agenda autárquica. A gestão do bem público deve ser, hoje e sempre, um meio para atingir o fim de proporcionar às populações melhores condições de vida. A gestão do bem público deve ser, além de honesta, justa e equitativa. A gestão do bem público deve ser, acima de tudo, séria e rigorosa para que não existam dúvidas quanto à forma como é utilizado. Um orçamento transparente e criterioso é então muito mais do que um meio... é um fim em si mesmo. Apenas através de um orçamento realista se torna possível fazer face às enormes dificuldades que a maioria das autarquias hoje atravessa. Dificuldades essas com causas e justificações diversas. Só com um orçamento solidário com as dificuldades por que passam milhares dos munícipes de Loures poderá o Município de Loures ser capaz de combater as adversidades que, dia após dia, assolam os seus milhares de habitantes. Assistir impávido a um aumento das dificuldades dos munícipes de Loures e nada fazer não será nunca a forma de estar da Coligação Loures Sabe Mudar e do PPD/PSD no Concelho de Loures. Pedir sacrifícios às famílias e não dar o exemplo através de uma gestão camarária que reflicta princípios e valores de seriedade e de equidade foi a imagem de marca de uma gestão socialista que, nos últimos anos, demonstrou aos lourenses que apenas sabia governar através de uma política do " olha para o que eu digo mas não olhes para o que eu faço ". Os lourenses estiveram, como todos assistimos até há bem pouco tempo atrás, reféns dessa gestão socialista que sempre procurou “tapar o sol com uma peneira” recusando-se a gerir bem para cuidar daqueles que mais precisam e optando por alimentar clientelas com objectivo de se perpetuar no poder. Esse não é nem será o modus operandi da Coligação Loures Sabe Mudar e do PPD/PSD no Concelho de Loures. Os erros do passado recente levaram, não apenas a que os lourenses tivessem rejeitado o projecto do Partido Socialista para o Concelho de Loures, mas também a que tenham de ser agora outros a assumir as responsabilidades do passado praticando uma gestão mais ponderada onde se torna, infelizmente, no imediato, impossível dar a todos os munícipes de Loures tudo quanto necessitam e merecem. Foi assim, com um espírito de rigor, de seriedade e de espírito de sacrifício colectivo, que a Coligação Loures Sabe Mudar e o PPP/PSD deram o seu voto favorável a este Orçamento de 2014 e Opções do Plano de 2014-2017 não esquecendo nunca o seu programa eleitoral e recordando-se, durante todos os dias do mandato de 2013 – 2017, de que tem a responsabilidade de defender os interesses de todos os lourenses através de muito trabalho e da apresentação de propostas quanto ao melhor rumo a seguir. Loures não pertence apenas a uma " pseudo-elite " de privilegiados, porque todos merecem ser bem tratados. Especialmente aqueles que mais necessitam de ajuda. Para a Coligação Loures Sabe Mudar e para o PPD/ PSD Loures as pessoas estarão sempre em primeiro lugar!!
Os eleitos da CDU A CDU optou claramente por uma política diferente. Assumir no orçamento toda a dívida conhecida. Diminuir as despesas correntes, particularmente com medidas de poupança e combate ao desperdício como a redução de avenças inúteis ou dispensáveis, a redução do número de viaturas afectas aos gabinetes da administração, os gastos com viagens, poupando água, electricidade e combustíveis, incluindo aqui os cartões Galp frota. Melhorar as condições, para o Município, nos grandes contratos como é o caso das refeições escolares, comunicações e vigilância. Negociar a redução da dívida. Não agravar as dificuldades das famílias, não aumentando as taxas anteriormente aplicadas e o mesmo em relação à política tarifária dos SMAS. No relacionamento com a Administração Central e o Governo, bem como com as entidades privadas que prestam serviços públicos, o Município assumirá uma exigência superior à do passado recente, defendendo intransigentemente os interesses do Município e da população do concelho. Embora este Orçamento e estas Opções de Plano não sejam ainda o que queremos no futuro, a verdade é que já iniciam a construção das bases para a regeneração da situação financeira da CM Loures não agravando, antes diminuindo a dívida e estamos certos que, com a reorganização do Município, permitirá recuperar a capacidade de resposta às necessidades da população do concelho. Os eleitos da CDU na Assembleia Municipal apoiam e saúdam as opções fundamentais e as prioridades definidas para a despesa e para os investimentos, designadamente a prioridade dada: - ao Desenvolvimento económico, Emprego e Turismo - à Educação particularmente no que respeita a infraestruturas e projectos pedagógicos - à Cultura, Desporto e Juventude salientando as comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, a animação do espaço público, a construção da biblioteca de Sacavém, o apoio ao movimento associativo - à Área Social com reparação de situações urgentes na habitação municipal e intervenções sociais nas áreas da infância e idosos - ao Planeamento, Urbanismo e rede viária - à recuperação de alguns equipamentos públicos municipais - à Protecção Civil e Segurança, onde salientamos o apoio aos Bombeiros - ao Ambiente e aos equipamentos ambientais - aos Trabalhadores municipais, que aproveitamos para saudar e salientar o seu papel.
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aprovado O Orçamento proposto pela CDU foi aprovado no passado mês de Dezembro. Foi neste contexto que aqui publicamos declarações de todos os partidos, ou coligações, com assento na Assembleia Municipal. No que respeita à CDU publicamos um excerto da declaração de voto, aquando da votação do Orçamento, assinada por todos os membros eleitos, situação similar à do Partido Socialista, da qual publicamos, também, uma parte da declaração de voto. Quanto ao parceiro de coligação, Loures Sabe Mudar (PPD/PSD - MPT - PPM), temos a declaração de Jorge Antunes, Líder de Bancada na Assembleia Municipal de Loures.
Excerto da declaração de voto dos eleitos do Partido Socialista na Assembleia Municipal de Loures O actual executivo municipal é composto por duas forças políticas que sempre defenderam a baixa imediata do IMI e vincadamente passaram essa mensagem para os eleitores, criando nos munícipes a expectativa de verem de imediato satisfeitas as promessas eleitorais dos parceiros do executivo Municipal. Seria de esperar que, como fizeram nos anos anteriores enquanto oposição, este executivo Bi-Partido apresentasse já uma proposta de redução do IMI. Esse não foi o caminho escolhido, é mais fácil quando somos oposição apresentar medidas que sabemos que são meramente para agradar e fazer jus à frase de Joaquim Nabuco, “A oposição será sempre popular; é o prato servido à multidão que não logra participar no banquete." Os representantes do Partido Socialista na Assembleia Municipal de Loures estão conscientes da situação financeira dos país e das autarquias locais. A verdade é que tal, como anteriormente vaticinámos (na altura acompanhados por outras forças políticas, que agora só nos acompanham fora do nosso concelho), as medidas tomadas por este governo, contra o poder local, criaram e continuam a criar acrescidos constrangimentos na capacidade de intervenção das autarquias e na resolução dos problemas das respectivas populações. Os representantes do Partido Socialista desejam a sustentabilidade financeira do Município, independentemente da posição e responsabilidades que exercem. Os representantes do Partido Socialista desejam uma diminuição das taxas pagas pelos nossos munícipes, mas temos a plena consciência (face aos dados disponíveis) que tais desejos não nos podem afastar da responsabilidade que nos foi confiada pelos votos, e assim sem tomadas de posição meramente demagógicas e inconsequentes, como num passado recente outros partidos entenderam tomar, e com os considerandos indicados abstivemo-nos na votação da proposta apresentada pelo executivo Municipal. Os representantes do Partido Socialista nesta Assembleia não podem por um lado contribuir para uma continua descredibilização da Politica absolvendo o executivo CDU/PSD, do que tão afirmativamente prometeu às populações para angariar o seu voto (baixar o IMI imediatamente), votando favoravelmente a proposta apresentada, mas também não podemos seguir o mesmo caminho votando contra e apresentando uma demagógica proposta de redução do IMI, sabendo as dificuldades financeiras que os municípios atravessam por via do ataque ao poder local democrático que este governo tem imposto, que serão aliás agravadas por via do OE para 2014 agora aprovado. Estas são pois as razões da nossa abstenção
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José Reis dos Santos Investigador
Postais a Leste Parece difícil de acreditar, mas há 7 anos atrás qualquer mulher que interrompesse voluntariamente uma gravidez cometia um crime. Um crime pelo qual poderia ser julgada e, se condenada, cumprir pena de prisão. Isto se a coisa corresse bem, claro, ou se fosse suficientemente abastada para marcar ‘consulta’ em clínica limpa e recomendada (como um par delas que existiam na Portela), ou ir a Londres ou Espanha abortar. Não dispondo de tais condições financeiras, ou de informação que lhe permitisse o acesso às tais ‘clínicas recomendadas’ arriscava-se a que a coisa lhe corresse mal, arriscava confiar a sua saúde a um esconso vão de escada, a sua vida a uma abortadeira charlatã sem qualificações ou experiência na matéria. Esquecemo-nos, com facilidade misógina, que milhares de mulheres corriam sérios riscos de vida, que o aborto ilegal matava em Portugal. E decidíamos antes olhar para o lado, aceitando a coisa como ela era. Não me tendo envolvido no referendo de 1998, envolvi-me decididamente no de 2007. Fui coordenador dos tempos de antena (para a Rádio e Televisão) dos ‘Jovens Pelo Sim’ e do movimento que agrupava deputados de diversos partidos em apoio do ‘sim’. No essencial, três razões levaram-me a apoiar a despenalização da IVG: (1) trazer para a luz do dia, para a legalidade, uma prática real existente, disseminada e – de certa forma – socialmente aceite (a mesma razão que me leva, por exemplo, a defender a legalização da produção e venda de drogas leves); (2) o de reconhecer nas mulheres a capacidade de poderem livremente decidir sobre o seu corpo e (3) a de possibilitar o acesso a boas condições de saúde a quem decida interromper uma gravidez. E a verdade é que, 7 anos depois, os números relativos à aplicação da lei da IVG indicam que há menos interrupções de gravidezes, que o aborto clandestino foi totalmente marginalizado e que número de mulheres com complicações pós-aborto diminuiu substancialmente. Boas notícias portanto. Para mais, depois de uma campanha intensa, dura, mas de gratificação máxima, abriram-se portas para a consciencialização de que, afinal, podemos e devemos capacitar homens e mulheres na gestão da sua liberdade individual, não necessitando de leis que obriguem determinadas definições comportamentais quando as mesmas somente a nós dizem respeito. Que nos lembremos disso quando um par de energúmenos jota-carreiristas, medíocres políticos ressabiados e sedentos de palco mediático, nos vier propor referendar um qualquer direito individual (fundamental). É que a nossa liberdade empodera-se, capacita-se. Não se diminui legislando ou se referendando.
INSTITUIÇÕES
FEDERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE TERCEIRA IDADE COM SEDE NA PORTELA José Carlos Batalha, Presidente que há uma década comanda a Direcção da Federação das Instituições de Terceira Idade (F.I.T.I.), além da mudança de instalações para a Portela falou-nos da temática do cidadão idoso na actual sociedade portuguesa e da importância das IPSS’s (Instituições Particulares de Solidariedade Social) para esta faixa etária da população. A Federação das Instituições de Terceira Idade foi fundada em 1979, sem fins lucrativos e congrega cerca de 400 IPSS’s espalhadas por todo território nacional. A sua missão principal é promover e proteger a dignidade e o bem-estar dos cidadãos idosos. Desde 1982 que aposta na formação profissional, está certificada pela DGERT – Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho desde Outubro de 1997. A F.I.T.I. apoia também as IPSS’s nas áreas de assessoria a nível jurídico, laboral e orientação no âmbito da fiscalidade. F.I.T.I. na Portela A Federação necessitava de alargar as suas instalações e a Portela foi a localidade eleita. A ideia surgiu em conversa com a Dra. Manuela Dias, que disponibilizou um espaço que correspondia ao que era pretendido. Esta mudança vai-nos permitir aumentar o número de ações de formação e conferências, o que irá dinamizar a população local e permitirá interagir com os seus cidadãos, explica o Dr. José Carlos Batalha sobre a mudança da F.I.T.I. para a Portela. A importância dos cidadãos idosos na sociedade A possibilidade de frequentar acções de formação é desde logo um pleno direito de cidadania, é uma forma de apoiar e fazer o cidadão idoso sentir-se integrado e útil na sociedade. Aprendemos muita coisa com as pessoas mais velhas, como a memória, se não tivermos memória não temos história. Valores como a poupança, aprender a ser-se regrado,
a ter confiança, a utilização da sabedoria, são alguns dos valores transmitidos e valiosos que nos chegam através das gerações mais antigas. O idoso é muitas vezes tratado como alguém que está a mais, isto deve-se à forma como determinadas correntes foram promovendo esta atitude. A pessoa mais velha é absolutamente necessária e deve ser integrada na sociedade. “Com a ciência a esperança de vida aumentou e as pessoas vivem mais tempo e com mais saúde, o que as torna também ativas por mais tempo.” Esta sociedade não está preparada para envelhecer e para as suas consequências, não existiram políticas que preparassem a população para este estado natural do ser humano. Com a ciência a esperança de vida aumentou e as pessoas vivem mais tempo e com mais
saúde, o que as torna também ativas por mais tempo. Não foram criadas estruturas para esta nova realidade, comenta o Presidente da F.I.T.I. sobre o impacto de acções de formação nos idosos e da imagem que a sociedade tem sobre esta camada social. Sim, temos situações de idosos que foram retirados dos lares devido à sua precária situação financeira. Mesmo com as suas magríssimas pensões tentam ajudar a família, os filhos, os netos, muitas vezes em detrimento da sua própria saúde. É importante que o diálogo sobre o envelhecimento e a cidadania seja posto em prática, para que seja discutido o lugar dos seniores como cidadãos ativos na nossa sociedade e que, como tal, devem ter os mesmos direitos que a restante população. Estes seminários promovem o diálogo intergeracional, servem como uma ponte de
afetos que liga as gerações de uma forma afetiva, transmite conceitos fundamentais e permite a troca de informações, que enriquece tanto uma geração como a outra. Falou-nos sobre como alterou a relação do idoso com a família, face à crise financeira que o país atravessa e sobre o Seminário “Envelhecimento e Cidadania Ativa”, que foi organizado pela F.I.T.I. e teve lugar em Abril de 2013 na Universidade Lusófona. Mas não se ficam por aqui as iniciativas, temos em mente mais algumas como o projeto “O Nosso Quilómetro Quadrado”, em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian e a Câmara Municipal de Lisboa, outros na área formativa e encontros lúdicos, diz-nos o Dr. José Carlos Batalha sobre os projetos futuros da Federação. Joyce Mendonça
Ginásio Kalorias Tejo Futebol: Jogos Livres em Família aos Domingos no Parque Tejo A iniciativa é promovida por uma escola de futebol inaugurada no Parque das Nações em Setembro de 2013. A ideia é muito simples e destina-se a todos os familiares que pretendam desfrutar de agradáveis momentos de convívio através do desporto. Todos os Domingos entre Março e Junho serão instaladas balizas nos relvados do Parque Tejo para que avós, pais, filhos, netos e outros familiares possam dar uns toques e brincar ao futebol, sendo apenas necessário trazer uma bola lá de casa. A utilização é gratuita e decorrerá entre as 10h e as 18h. Entre as várias acções actualmente em curso inclui-se o encontro entre escolas “Torneio do Tejo” e o desafio “Curtir sem Limites”, contando com a participação do Colégio Oriente, Externato João XXIII, Colégio
Cesário Verde, Associação Ester Janz, Olivais Sul Academy, Clube TAP, Kalorias Futebol Tejo e Kalorias LAV. Os organizadores pretendem ainda envolver a Escola Vasco da Gama, Escola Parque das Nações, Externato São Miguel Arcanjo, Externato Champagnat e Colégio Pedro Arrupe nestas actividades. O “Curtir sem Limites” é um desafio simples em que todos podem participar através do Facebook. Para ajudar a sua escola a vencer o prémio desportivo que temos para oferecer necessita apenas de fazer um curtir na página https://www.facebook.com/futebolclubetejo e seguir as instruções da publicação do desafio “Curtir sem Limites”. Participe nestas iniciativas e venha viver o Parque Tejo, o espaço recreativo e desportivo do Parque das Nações.
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QUEM QUER A GRANDE… OLHA O BILHETE
António dos Santos Escritor
O regresso de: “As obras completas de William Shakespeare em 97 minutos” O Teatro Tivoli tem na sua programação, desde o dia 20 de Janeiro deste ano, “As obras completas de William Shakespeare em 97 minutos”. Uma reposição em cena de uma das peças mais marcantes do teatro nacional das últimas décadas. Levada a palco pela Companhia Teatral do Chiado, esta peça faz este ano o seu 18º aniversário. Já foi vista por mais de 300 000 espectadores, em Portugal, e já fez mais de 150 digressões tendo subido a palco mais de 1300 vezes. É uma peça de comédia/farsa hilariante em que se percorre toda a obra do grande dramaturgo inglês. É interpretada por André Nunes, António Machado e Telmo Ramalho, sendo a encenação obra de Juvenal Garcês. Anteriormente esta peça esteve em cena no Teatro Estúdio Mário Viegas, no Teatro São Luís, onde teve o seu apogeu. No entanto, e um pouco para surpresa de todos, a Câmara Municipal de Lisboa resolveu rescindir o contrato com a Companhia Teatral do Chiado, de Juvenal Garcês, tirando assim a Companhia Teatral do Chiado, deixando todos os seus seguidores e espectadores boquiabertos. A sala encontra-se fechada. A companhia sempre teve público e continua a ter público e era uma companhia não subsidiada. Temos que ficar gratos ao teatro Tivoli e à UAU por acolherem este grande encenador e por não deixarem acabar este projecto, que tanto deu ao teatro português e ao público, mostrando que os portugueses não ficam indiferentes a um bom espectáculo de comédia, bem encenado, com bom argumento e com bons actores. Os textos e os diálogos continuam a empolgar as audiências, mesmo passados mais de 18 anos, mantendo sempre a actualidade. Esta peça está em exibição no Teatro Tivoli todas as 2ªs feiras. Gostava de informar os nossos leitores que os bilhetes para assistir a esta peça esgotam quase de imediato. A não perder.
No passado mês de Janeiro, a “Papelaria e Tabacaria Cosmos 2” no Centro Comercial da Portela vendeu uma raspadinha premiada. A cliente, uma habitual frequentadora deste espaço, terá um pé-de-meia extra, uma vez que, terá 2 mil euros mensais durante doze anos na sua conta bancária, num total
de 288 mil euros. O "Super Pé-de-Meia", com um preço de 5€ cada bilhete, foi lançado pela Santa Casa da Misericórdia em Agosto de 2012 e é uma raspadinha que habilita os apostadores a este prémio máximo. Esta é a raspadinha com o maior prémio de sempre.
MAIS MEIA HORA DE INVERNO A Câmara Municipal de Loures decidiu aumentar este ano, em meia hora por dia, e durante o horário de Inverno a iluminação pública em todo o concelho. No entendimento do executivo camarário, e após «justas reclamações», como se pode ler em comunicado da autarquia e apesar da situação financeira difícil do município, este alargamento visa aumentar a iluminação pública e consequentemente a segurança
de pessoas e bens. Afirma ainda a CM Loures, no mesmo comunicado que a responsabilidade de manutenção e substituição dos equipamentos da iluminação pública, como lâmpadas e outros são da EDP. Pelo que aqui deixamos os contactos da empresa, para alerta de eventuais situações de manutenção: 800 911 911 edp.online@edp.pt
PRÉMIOS DE MÉRITO ESCOLAR Os alunos da Escola Secundária da Portela vêem uma vez mais o seu mérito escolar reconhecido. Miguel da Câmara e Sousa Azevedo – Prémio de Mérito Escolar por se distinguir como melhor aluno dos cursos científico-humanísticos Prial Bharat e Maria Ana Mendes Correia - Atribuídas
bolsas de estudo para pagamento anual de propinas do 1º ano de faculdade Susana Mendes Cardoso Atribuída bolsa de estudo para pagamento anual de propinas do 2º ano de faculdade Estes prémios de reconhecimento são atribuídos, pela União das Juntas de Freguesia de Moscavide e Portela, a alu-
nos que se destacaram pelo seu desempenho ano lectivo 2012-13. A cerimónia decorreu nas instalações da sede da Junta de Freguesia, no dia 30 de Janeiro com pais, familiares, amigos e professores do Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide. A sessão foi dirigida pela senhora Presidente da Junta
de Freguesia, Drª. Manuela Dias, tendo a seu lado a senhora Vereadora Drª. Maria Eugénia Coelho e a senhora Directora do Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide, Drª. Marina Simão. Este prémio de mérito escolar é um projecto que é para continuar.
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BREVES
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CONCURSO DE MONTRAS DE NATAL As montras foram a concurso. Foram a concurso 18 montras da localidade de Moscavide, num projecto que visa a dinamização do comércio tradicional. Com um júri composto por representantes da Junta
de Freguesia, da Câmara Municipal de Loures, da Associação Empresarial de Comércio e Serviços dos concelhos de Loures e Odivelas, do Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide e por um profissional na área do vitrinismo.
Os critérios de avaliação foram a originalidade e inovação, criatividade e beleza, harmonia, estética do conjunto, adequação ao tema Natal, iluminação natalícia (no período nocturno), cores e materiais utilizados.
Os vencedores são: 1º Lugar: Graçagas Ldª; 2º Lugar: Atechim 3º Lugar: Coisas Verdes Ldª A entrega dos prémios decorreu no dia 8 de Fevereiro no Centro Cultural de Moscavide.
Ricardo Andrade
Comissário de Bordo
CONCERTO DE ANO NOVO, NO SEMINÁRIO O seminário reabriu por um dia. No dia 12 de Janeiro, na Capela do Seminário Maior de Cristo Rei (Seminário dos Olivais), os moradores de Moscavide e Portela puderam relembrar outros tempos visitando o Seminário. Apesar de ser um dia e uma
hora que coincidia com um Benfica x Porto, em futebol, as pessoas disseram presente enchendo por completo a Capela. O Grupo Coral da Portela convidou o grupo vocal Discantus, tendo a actuação merecido por parte dos
presentes uma ovação de pé no final da actuação. Além desta actuação, logo no dia 5 de Janeiro, o Grupo Coral da Portela, colaborou com o Grupo Musical Contrastos numa iniciativa a favor da Ajuda de Berço, tendo ainda no mês de
Janeiro no dia 19, na Igreja Matriz de Loures, actuado em conjunto com o Coro de Pequenos Cantores da Portela, grupo também dirigido pela Maestrina Paula Coimbra. O ano promete.
PDM - SESSÃO DE ESCLARECIMENTO No passado dia 10 de Janeiro, em Loures, na Biblioteca Municipal José Saramago deram-se início as sessões de esclarecimento sobre o Plano Director Municipal (PDM). São sessões que irão percorrer as 18 anteriores freguesias do concelho. Em Moscavide e na Portela o esclarecimento já teve
lugar, tendo decorrido no dia 22 de janeiro no Salão da Junta de Freguesia, na Portela e no dia 25 de Janeiro pelas 21h horas no auditório do Centro Cultural de Moscavide. Tratam-se de discussões públicas promovidas pela Câmara Municipal de Loures, que irão continuar a decorrer até ao próximo dia 23 de Abril.
Durante a última campanha autárquica tive a oportunidade de falar para um Jardim "Almeida Garrett" cheio de portelenses e moscavidenses, num discurso que intitulei de "Regresso a casa". Dei-lhe esse nome visto que, pela primeira vez, falava perante muitos daqueles que sempre senti serem a minha família. Identifiquei-o assim pois via como distante o meu verdadeiro regresso. Nessa altura, pensei eu, estava apenas na agenda do dia a transmissão daquelas que eram as minhas ideias e a minha forma de ver o passado, presente e futuro da Portela e de Moscavide. Estava apenas na minha mente um partilhar do sentimento, que nunca perdi, pois era aqui que eu verdadeiramente pertencia. Qual não foi o meu espanto quando, meses depois, a vida me trouxe de volta à realidade que é, dia após dia, adormecer e acordar na Portela. Qual não foi a minha surpresa quando, anos depois de um dia-a-dia marcado por uma vivência num bairro tradicional de Lisboa, voltei a partilhar, vinte e quatro sob vinte e quatro, do pulsar desta comunidade a que chamo de minha. De uma hora para outra, uma casa vazia deu lugar a caixotes e caixotes de memórias e o silêncio típico de uma casa não habitada foi invadido pelo meu respirar. De repente tornei a construir, dentro de um dos meus lugares de sempre, um espaço a que comecei a apelidar de meu. Sem planear, voltei a fazer o percurso do Centro para casa sem precisar de entrar num carro ou num qualquer transporte público. À medida que os dias passavam e as mudanças pareciam as "obras de Santa Engrácia", apareciam os amigos a querer ajudar, a família a desdobrar-se em conselhos e sugestões e pessoas, que julgava mal conhecer, a provarem-me que a Portela é uma comunidade em que nunca há estranhos mas sim vizinhos. O que poderia ser um processo trabalhoso e stressante de uma mudança de casa tornou-se uma alegria. Aquilo que poderia ser um oceano de descobertas, passou a ser um mar de certezas. E no meu rosto o sorriso de criança reaparecia. Pouco a pouco voltei a ver rostos do passado de mãos dadas com os seus pequeninos presentes. Passo a passo fui conhecendo, no colo de muitos amigos, os seus novos projectos de vida. Hora a hora fui deixando que conhecessem esta minha nova vida. Da janela do quarto ia vendo desfilar perante os meus olhos as histórias de outrora vestidas de presente. Do portão da garagem ia vendo aparecer a luz da minha antiga nova vida. Das ruas limpas e amplas iam surgindo os meus passeios e voltas de tranquilidade. É engraçado como um movimento migratório de regresso à Portela, que ao longo dos anos identificara noutros, se tornara agora numa página deste livro em que o destino vai escrevendo a minha história. - "Aqui fui feliz", pensei primeiro. - "Aqui vou voltar a ser feliz", convenci-me de seguida. - "Aqui sou verdadeiramente feliz", sinto hoje. E assim, aqui e agora, posso, recordando uma música de Elba Ramalho, cantar bem alto esvaziando os meus pulmões: - "Estou de volta para o meu aconchego!"
LAZER
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THE TIMES THEY ARE A-CHANGIN
Indústria musical - E depois do fundo do poço?
João Alexandre Músico e Autor
Os sinais de tímida recuperação do negócio da música, em 2012, à custa do crescimento do mercado digital via download (itunes) ou streaming (por ex: spotify), apresentaram no ano transato sinais difusos de evolução. O spotify em grande boom para todo o mundo é, até ver, muito pouco lucrativo para as editoras e os artistas recebem meio cêntimo de euro por cada reprodução de uma faixa. No entanto é bom realçar que antes do spotify a regra era … a pirataria! De facto, foi já durante o séc. XXI que artistas e produtores começaram a notar a diminuição do valor dos seus cheques de royalties. Aliás foi perceptível para estes intervenientes que não voltariam a obter os proveitos de outrora, pelo menos da mesma forma, continuando muitos deles
com enormes dificuldades de adaptação ao novo modelo de negócio, essencialmente digital. Há quem acredite que estamos prestes a embarcar numa nova era, de ouro do mundo da música. Não no sentido de melhor ou pior música mas sim de um negócio bem mais rentável. O potencial de crescimento do streaming, novos serviços do youtube ou do itunes rádio assim o sugerem, segundo Bobby Owsinski, músico, compositor e posteriormente produtor de renome (Jimi Hendrix, Neil Young, Ramones) e autor de inúmeras publicações em livros e blogs sobre a indústria musical. Se em Portugal, como dizem os responsáveis das editoras, a “coisa” é ainda muito física e que quando fazem música para “novos” não vendem, mas que quando fazem música para
velhos vendem, na verdade, os portugueses que usaram o spotify em 2013, ouviram o equivalente a 2100 anos de música, cerca de 19 milhões de faixas escutadas. A um nível mais global há uma grande crença no iTunes Rádio (em streaming). Não é para menos se pensarmos que há 600 milhões de usuários no iTunes e que cada um tem um cartão de crédito em arquivo. No streaming abrem-se perspectivas quase ilimitadas. A custo zero ou a um custo muito baixo é possível ter mais música em qualquer lugar e sem sobrecarga dos discos rígidos (vantagens evidentes sobre o download digital), para além do desincentivo radical que provocam nos actos de download pirata. Apple e Google serão porventura os maiores beneficiados, porque a música não é o seu
core business, a música é apenas um acrescento que faz rolar publicidade, links e movimento total. Mais difícil será a vida para spotify ou deezer nos próximos tempos, que negoceiam apenas música com custos de conteúdos elevados. É um caminho monopolista, algo que não é novo na indústria musical. Quando o vinil surgiu em 1920 existiam centenas de pequenas editoras. O início do século XXI trouxe-nos 3 ou 4 grandes editoras que basicamente adquiriram ou levaram ao fecho de todas as pequenas, a diferença é o tipo de consumo, o fim dos stocks em armazém. Falamos de distribuição de música pela internet. Neste sentido é possível dizer que o negócio da indústria musical pode almejar atingir valores
nunca antes alcançados, que o futuro pode ser igualmente melhor para os artistas porque estes poderão realizar mais dinheiro e ser vistos por mais pessoas, que é no fundo o que os artistas desejam, reconhecimento e poder tocar para grandes audiências. A canção pop perfeita continua a ser bem-vinda mas deixou de ser há muito o motor do negócio da indústria musical. Atente-se aos festivais de música com o incremento do “peso” dos DJ’s, a encabeçarem os respectivos cartazes com estatuto de superstars ou à influência da EDM (Musica de dança eletrónica) nos Top Ten de vendas de todo o mundo. É todo um estilo de vida que mudou para uma geração. Por ora o negócio da indústria musical é mais…bits & bytes!
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ENTREVISTA
“Está em fase de finalização um novo edifício, concebido para instalar a UCSP, a USF e o CATUS”
Este será o grande passo para os moradores da nossa freguesia, um novo Centro de Saúde que congregará todas as unidades a operar em Moscavide e Portela. Um edifício que trará qualidade, não só aos utentes, mas também a todos os profissionais de saúde. Uma obra que redimensionará a União das Freguesias de Moscavide e Portela. Com mais de 16 000 utentes inscritos, a UCSP (Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados) de Moscavide é, juntamente com a USF (Unidade de Saúde Familiar) Tejo, uma das duas unidades de saúde que operam na nossa freguesia. Fomos falar com a Dra. Rita Santos, Coordenadora deste Centro de Saúde desde 2010, que nos explica as principais dificuldades que tem sentido na gestão desta Unidade, a relação com os utentes e as expectativas para o futuro. Há quantos anos está neste Centro de Saúde? Desde 2005. Pertencia desde 2002 ao Centro de Saúde de Sacavém. No concurso para assistente escolhi a então Extensão de Saúde de Moscavide, pela proximidade à ESTeSL onde era professora e à cidade de Lisboa, onde resido. Desde quando é Coordenadora? Desde 2010. Após estes anos que balanço faz? Fiquei surpreendida com a nomea-
ção para coordenadora e aceitei o desafio. Foi uma oportunidade benvinda de aplicar conhecimentos de gestão em saúde, já que tenho uma pós-graduação nesta área. A coordenação foi muito dificultada pela progressiva redução da equipa, devido à aposentação de médicos e à escassez de elementos de enfermagem e administrativos, bem como pelo aumento do número de utentes sem médico de família atribuído. Têm sido anos de aprendizagem. A relação próxima com a Direcção e com outros coordenadores deu-me uma visão mais realista, há muitos problemas, mas há também muito esforço para os minorar. Sente-se realizada? Enquanto médica de família, sim muito. Tenho uma lista de utentes e actividades assistenciais de acordo com a minha especialidade e perfil profissional, estabeleci relações médico-doente imensamente satisfatórias, tenho um bom ambiente de trabalho e sinto-me apoiada pela Direcção do agrupamento e pelos outros elementos da unidade de saúde.
No papel de coordenadora tem sido muito interessante coordenar uma equipa, monitorizar o nosso desempenho e partilhar o exercício desta função com outros colegas. No entanto a saída de médicos, o consequente número crescente de utentes sem médico de família e a mobilidade da equipa administrativa e de enfermagem preocupam-me. Não conseguimos satisfazer as necessidades de cuidados médicos e não há continuidade nos elementos administrativos e de enfermagem,
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Os cortes sentiram-se numa brutal redução das remunerações e na falta de cabimento para obras de manutenção e contratualização de pessoal pelo ACES.
que deveriam constituir equipas estáveis, experientes e competentes no atendimento em Cuidados de Saúde Primários. Que objectivos tem para o seu futuro pessoal? O mais imediato é criar uma nova USF na freguesia, capaz de atribuir médico de família a todos os doentes inscritos. Em 2010, não integrei a USF por motivos de justiça e igualdade em saúde para com profissionais e utentes. Não fazia sentido haver duas unidades com condições tão díspares, em termos de instalações e equipamentos. Discordei do investimento nas instalações provisórias da USF, que coincidiu temporalmente com as restrições orçamentais e a sobretaxa sobre as remunerações. Actualmente, estão em acabamento instalações para as duas unidades e ainda para o CATUS. A criação da nova USF é uma forma de cativar novos
ENTREVISTA
profissionais, estabilizar a equipa e prestar serviços de saúde capazes de responder às necessidades da comunidade. Quantos utentes estão inscritos neste Centro de Saúde? Na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Moscavide estão inscritos cerca de 16.300 utentes, dos quais 12.500 são utilizadores nos últimos três anos. Destes utilizadores, apenas metade têm, de momento, médico atribuído. Qual é o tempo médio de espera de um utente para obter uma consulta? O tempo de espera para uma consulta programada depende do médico em causa. Com listas de utentes mais jovens, com menos patologias, o tempo de espera pode ser de dias, no máximo uma a duas semanas. Em listas mais envelhecidas e com maior número de doentes crónicos em vigilância pode chegar a um mês. Contudo, todos os médicos têm períodos diários para atendimento de situações ditas urgentes e diariamente agendamos consultas extra. Os utentes sem médico de família têm que recorrer a consultas de recurso, realizadas por médicos da unidade de saúde e externos, também com vagas a longo prazo e para o próprio dia. Os pacientes provenientes do Parque das Nações, na zona anteriormente adstrita à freguesia de Moscavide, ainda mantêm a sua ficha activa? Sim, valorizamos a continuidade dos cuidados e os utentes da nova freguesia mantêm a inscrição e todos os direitos no acesso aos serviços da UCSP de Moscavide. Na atribuição de médico de família quando surgem vagas, os utentes da freguesia Portela-Moscavide têm prioridade, a população-alvo da UCSP é a da freguesia Portela-Moscavide. Como curiosidade dois por cento dos utentes são de outras 20 freguesias, na maioria utentes que mudam de residência e mantêm o médico de família. Moscavide e Portela têm uma população envelhecida. Reflecte-se essa realidade aqui no Centro de Saúde? De que forma? Perto de um quarto da população inscrita tem mais de 64 anos, um valor semelhante
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aos cerca de 24% de idosos nas freguesias, segundo o Censo de 2011. É um grupo etário com problemas específicos relacionado com o envelhecimento como a comorbilidade, a polimedicação, as situações de incapacidade e dependência, actualmente agravados pela insuficiência económica. Felizmente ainda se encontram exemplos de envelhecimento saudável, com utentes seniores, proactivos no controle das suas doenças e na manutenção da sua saúde. Quantas vezes, em média por ano, um utente utiliza esta Unidade de Saúde? A média de consultas por ano nos utentes utilizadores é de três consultas por ano. É um número aceitável? É um número aceitável, mas estamos a falar de uma média. Quantos profissionais trabalham nesta Unidade de Saúde? Trabalham nesta unidade cinco enfermeiras, três assistentes técnicas, quatro médicos da unidade, um assistente operacional e dois seguranças, em alternância de turnos. Contamos ainda com a ajuda de três colegas, que realizam consultas de recurso aos doentes sem médico de família, no âmbito da saúde infantil e da saúde do adulto. São suficientes? Não para os 12.700 utentes utilizadores, segundo dados do RNU, deste mês. Seriam necessários cerca de seis profissionais em cada uma das equipas: administrativa, de enfermagem e médica. Esta escassez tem múltiplas causas, as aposentações, a mobilidade, o não preenchimento de vagas abertas pelo Agrupamento de Centros de Saúde (ACES), entre outras. Quantos utentes tem a seu cargo cada médico? O número de utentes inscritos em cada lista depende da carga horária do médico, para 40 horas semanais 1900 utentes, 1750 utentes para 35 horas. As instalações do Centro de Saúde estão dividas em dois. De um lado um edifício antigo com quatro andares e sem elevador, do outro contentores. Estas infra-estruturas dão condições para que se possa desempenhar um bom trabalho? Não são um centro de saúde dividido, mas sim duas unidades de saúde autónomas, que servem a mesma área geográfica: a Unidade de Cuidados Personalizados (UCSP) de Moscavide e a Unidade de Saúde Familiar (USF) Tejo. A UCSP tem como instalações dois edifícios de habitação anexa-
dos, há muito desadequadas, pela sua degradação, graves barreiras arquitectónicas à mobilidade, elevador não funcionante, ausência de climatização entre outros problemas. Estas instalações não são propriedade do Ministério da Saúde, sendo arrendadas por um valor próximo dos 30 mil euros mensais. Por este valor não seria possível ter arranjado um outro local com melhores condições? As instalações são cedidas pela ARSLVT aos ACES. Fala-se que na nova urbanização, onde estava localizado o antigo INDEP, está previsto a construção de um novo Centro de Saúde. Tem alguma indicação nesse sentido? Sim, segundo a Direcção do ACES está em fase de finalização um novo edifício, concebido para instalar a UCSP, a USF e o CATUS. Já conhece essas, possíveis, futuras instalações? Já visitei o edifício. Tem apenas um piso térreo sendo de fácil acesso, uma divisão do espaço na minha opinião adequada, muita luminosidade e três áreas verdes interiores. É um edifício para pessoas, a pensar no bem-estar dos utilizadores. Depreendo que, caso venha a acontecer essa cedência, Moscavide e Portela ficariam muito mais bem servidas. Que melhorias concretas existiriam de facto? Tem excelentes condições para profissionais e utentes, ao nível da acessibilidade e ambiente físico, factores que influenciam positivamente o comportamento individual e colectivo e a produtividade. Pessoalmente, gostava de vir a trabalhar num edifício assim e poder receber nele os nossos utentes. De que forma o Centro de Saúde tem sentido os diversos cortes estatais? Os cortes sentiram-se numa brutal redução das remunerações e na falta de cabimento para obras de manutenção e contratualização de pessoal pelo ACES. Esses cortes têm posto a Saúde Pública em risco? Não chegaria ao risco, diria que diminuíram a qualidade dos serviços prestados pela redução do número e pela desmotivação dos profissionais. Sente que os pacientes têm vindo a ter mais dificuldades em comprar medicamentos e em efectuar os exames de diagnóstico? Sim, os utentes verbalizam as
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suas dificuldades económicas e temos a percepção que não compraram os fármacos prescritos ou realizaram os exames pedidos por motivos financeiros.
Que conselhos daria aos utentes deste Centro de Saúde, se é que entende que seja necessário, de forma a melhorar o funcionamento do mesmo?
O número de consultas prestadas tem diminuído nos últimos anos? Sim, desde 2010 que o número total de consultas desceu, mas esta descida tem que ser interpretada no contexto da progressiva diminuição do número de médicos, de sete, em 2010, passámos para quatro, em 2014. Se analisarmos o número de consultas por médico, este na maioria dos casos até aumentou.
Neste momento pedia compreensão para com a equipa administrativa. Assisto muitas vezes a manifestações agressivas de desagrado pela falta de médicos e pela dificuldade em agendar consultas. Estes problemas não são da responsabilidade da unidade e também afectam os seus profissionais. Esta equipa tem tido elementos de centros de emprego, de processos de mobilidade dentro da função pública e também prestação de serviços, cuja integração é demorada e muito perturbada pelas carências da equipa clínica.
Além de novas instalações, que outros desejos tem para esta Unidade de Saúde? Conseguir construir uma equipa motivada, coesa e eficiente.
Pedro Pereira
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PSICOLOGIA PARA TODOS
De Velho se Volta a Menino!
(Ditado Popular)
Filipa Monteiro Fernandes Psicóloga Organizacional
É tudo uma questão de percepção: Amor, Humildade e Perdão! Quantas vezes já ouviu dizer que, no momento em que aponta um dedo a uma pessoa está a apontar três dedos para si? A verdade é que se tomarmos consciência do que somos e se, verdadeiramente, compreendermos quem somos, percebemos que a nossa maneira de estar no dia-a-dia influencia a forma como percepcionamos tudo o que nos rodeia. O que o faz agir, ou reagir, desta ou daquela forma? (está recordado deste tema na publicação anterior?); Quantas vezes já se arrependeu de ter falado de forma mais rude com o seu filho(a) ou com o seu marido/ mulher?; Quantas vezes se questionou porque agiu (reagiu) daquela forma?. A resposta é simples: somos Pessoas! Pessoas que têm pensamentos; pensamentos que geram emoções; emoções que geram sentimentos; sentimentos que geram comportamentos. Nós pensamos, sentimos, agimos e processamos informações, não com base na realidade, mas sim, com base na nossa percepção da realidade - a velha história de como vê o copo: meio cheio ou meio vazio?! Independentemente do momento, situação ou pessoa, é importante que tenhamos sempre em conta a capacidade de sentir amor pelo próximo. Se assim for, a sua capacidade de humildade e, por conseguinte, de perdão será deveras superior e, adoptando tal atitude, tal lema de vida, viverá melhor com todos os que o rodeiam. O perdão, ao contrário do que muitos leitores possam pensar, não é uma atitude para benefício do outro, mas sim, em primeira instância, para seu próprio benefício. Pergunta e bem: mas porquê e para quê perdoar? A resposta é simples: Deus, (ou para aqueles que não creem, “alguém”) ofereceu-nos esse dom. O dom de perdoar! Esta capacidade de perdoar permite sentirmo-nos melhor connosco próprios, em paz inte-
rior, mais serenos e mais tranquilos. Evidentemente, a capacidade de perdão poderá, ou não, ter impacto no outro. Este impacto, contudo, irá depender do nível de relação que estabelecemos, ou pretendemos vir a estabelecer, com o outro. Quantas pessoas já perdoou que não conhecem o seu perdão? Para perdoar há que ser humilde. Este conceito – humildade - prende-se com a virtude central da vida; prende-se com o ter consciência de si próprio, das suas fraquezas e limitações; prende-se com o saber ser superior quando o tem que ser; ser superior no seu pleno sentido, sem se sentir diminuído por ser humilde, mas superior por experimentá-lo. Difícil? Talvez… Mas vale a pena tentar! Perdoar é “cancelar” as nossas condições e expectativas que bloqueiam a atitude do amor – (Uma curiosidade… Em aramaico a palavra para perdoar é cancelar). Não obstante, perdoar ou “cancelar” não significa absolver, estar de acordo, ou aprovar. Significa, apenas, com essa atitude de amor e humildade, remover a exigência de como a outra pessoa deve agir ou ser, para que seja amada. Se viver a sua vida com amargura, isso afectará toda a sua vida… Tem que superar para ser completamente livre. Não deixar que o outro influencie a nossa vida. Há uma distinção entre confiança e perdão. Quando perdoamos alguém e encontramos um modo de o fazer, não significa que voltaremos a ter plena confiança nessa pessoa. A confiança tem que ser conquistada. Mas o perdão é crucial, porque se não perdoarmos, a raiva, o medo e a hostilidade dominam a nossa vida e dominarão também o modo como as nossas relações, mesmo com os mais próximos, são estabelecidas. A experiência do perdão regenera... Escancara-nos limites novos... É um dom que nos liberta para uma “dádiva” superior!
Maria Margarida Oliveira Psicoterapeuta
O nosso Povo foi acumulando sabedoria ao longo destes oitocentos e setenta anos de existência de vida em comum. Uma dessas constatações, que se transformou em “ditado”, é que a partir de uma determinada idade – agora depois dos sessenta… as memórias do passado voltam, e daí a afirmação “de velho se volta a menino!” Do ponto de vista psicológico, aquilo que me interessa como ser humano e como psicoterapeuta, é considerar este regresso como “uma última tentativa que a psique faz para se alinhar com a sua essência, com o seu self”, como se diz em Psicologia. Se assim é, como é sábia a natureza humana feita por Deus, e como devemos aproveitar esta última etapa da vida para: corrigirmos, remediarmos, emendarmos, e tirar todas as lições que a vida nos foi dando e assim nos prepararmos para passarmos a outra vida de uma forma mais evoluída. Não sei se existe um padrão comum no retorno destas memórias em todos nós, idosos! Mas talvez que este retorno tenha, também ele, um caminho próprio, como
o é com a vida de cada um de nós.
2 – Outro grande “pacote de memórias” dizem respeito aos amores e desamores: O
Assim o que regressa, principalmente no escuro e no silêncio do nosso quarto e da nossa cama, antes de adormecermos, são as memórias mais marcantes da nossa vida e que precisam de ser “re - arrumadas!”E cito algumas dessas memórias “sem rosto!” 1 - O nosso nascimento em África, ou numa pequena aldeia no interior de Portugal, e verificámos que todas as memórias felizes desse período despreocupado regressam: as pequenas brincadeiras; os amigos; os animais que nos fizeram companhia e que morreram; as festas da aldeia e da família; a morte dos nossos familiares – avós, vizinhos… ; E um desejo imenso de regressar, como acontece com os (i)emigrantes, é acompanhado de uma imensa saudade! E aí, ou regressamos mesmo, e programamos um retorno, ou uma viagem, ou teremos que fazer “o luto” desse período, despedindo-nos como o fazemos com as pessoas.
primeiro amor que se não concretizou em casamento e que se desviou e levou a casar com outro(a); ou do casamento que uma
enorme
se tinha expetativa,
que se gorou ou se sofreu uma enorme deceção; ou da “força” que se fez para obter o que se queria, usando meios pouco convencionais e mesmo perigosos, contrariando assim a força do destino! Etc. Etc. Tudo isto regressa com a força com que permaneceram no nosso inconsciente! E se as memórias do Bem reconfortam, as do Mal que fizemos e nos fizeram Infernizam-nos, e retornam de muitas maneiras: pelas doenças do corpo; pelos remorsos; e sobretudo pelo mau estar psíquico que nos tira o sono e a paz. Os medicamentos só conseguem adormecer-nos
e
retar-
dar, ou mesmo adiar para sempre, a possibilidade de evoluirmos que é o grande propósito da vida humana –
Se essas feridas ficam em “aberto”, tal como as feridas do corpo, acabam por nos matar!
evoluir a caminho de Deus. Uma todos!
boa
reflexão
para
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Em que consiste o projecto deixardefumar.eu ? A deixardefumar.eu consiste num projecto de ajuda, aconselhamento e partilha de experiencias com o objectivo de tornar a decisão de deixar de fumar mais fácil. Para isso a deixardefumar.eu comercializa cigarros electrónicos e sensibiliza as pessoas das vantagens quer a nível de saúde quer a nível económico de substituir os cigarros tradicionais pelos nossos cigarros electrónicos ou vaporizadores. O objectivo da nossa empresa é igualmente ajudar, mesmo quem não quer deixar de fumar, a fazê-lo de forma mais limpa e menos prejudicial à sua saúde. No vosso entendimento o que diferencia este projecto dos demais existentes no mercado? O grande factor diferenciador da deixardefumar.eu relativamente aos demais concorrentes é o nosso posicionamento. Qual a taxa de eficácia e em quanto tempo poderemos aferir os resultados? Relativamente ao tempo em que podem auferir resultados varia muito de pessoa para pessoa, pois cada um tem uma necessidade própria. Temos clientes que não voltaram a fumar um único cigarro desde o dia que visitaram a nossa loja em Moscavide e temos também clientes cujo objectivo não era deixar de fumar mas sim reduzir a quantidade de cigarros consumidos por dia. Temos casos de pessoas que fumavam 2 a 3 maços de tabaco por dia e que agora com o auxílio dos nossos cigarros electrónicos passaram a consumir menos de 10 cigarros por dia e com tendência para continuar a diminuir. Os cigarros electrónicos são fiáveis? Sim os cigarros electrónicos são fiáveis e cada vez há mais estudos que o comprovam bem como utilizadores satisfeitos que aconselham o seu uso. “O cigarro electrónico tem o potencial para aumentar a percentagem de pessoas que deixam de fumar e de reduzir os custos deste processo para os ex-fumadores… poderá ser um produto mais seguro para os fumadores em geral. Um uso a este nível poderia, levar ao fim do tabaco hoje usado e ao fim da epidemia de doenças e mortes relacionadas com este produto.” - Peter Hajek, Diretor da Unidade de Investigação da Dependência do Tabaco, Universidade Queen Mary de Londres Reino Unido Os cigarros electrónicos tem relativamente o mesmo resultado que outros métodos existentes, nomeadamente os pensos de nicotina, no auxílio a deixar de fumar, pro-
vando-se no entanto muito mais eficazes em impedir que as pessoas tenham recaídas e voltem aos hábitos antigos. Isto resulta mesmo? Há pessoas que já experimentaram outras marcas e dizem que não funciona? Acreditamos cegamente que sim no entanto tal como em qualquer método para deixar de fumar ou para deixar qualquer outro tipo de vício a pessoa tem de querer deixar e tem de fazer o esforço inicial de substituição do cigarro tradicional pelo cigarro electrónico. Após este pequeno passo estar dado todo o processo fica mais fácil, repare a deixardefumar.eu tem clientes livres de cigarros há um mês que fumavam 2 maços por dia e que se apresentavam no nível máximo de viciação tabagística, no entanto agora nem sequer pensam nos cigarros e apresentam grandes melhorias a vários níveis tais como olfactivos, respiratórios bem como um aumento da resistência cardiovascular provenientes da ausência de químicos tais como o alcatrão ou da ausência do monóxido de Carbono que é venenoso para o corpo humano. Quanto custa todo o processo? O processo não tem um espaço temporal definido pois é feito gradualmente e ao ritmo de cada pessoa assim não lhe posso dar uma estimativa do custo global do processo, posso no entanto esclarecer que os nossos cigarros têm um custo inicial que varia entre os 35€ e os 40€. Após este investimento existe um custo médio de 14 € mensais com o cigarro electrónico para um fumador que consuma um maço de tabaco por dia. Os cigarros libertam fumo ou cheiro? Não, os nossos cigarros electrónicos não deitam cheiro nem fumo mas sim vapor que desaparece em poucos segundos não deixando qualquer tipo de cheiro na pessoa na roupa ou no local onde está a vaporizar. Pode-se fumar cigarros electrónicos em locais fechados, num avião por exemplo? Fumar não, pois os cigarros electrónicos não deitam fumo, mas vaporizar sim. Os cigarros electrónicos podem ser utilizados em espaços fechados e o
exemplo que deu de ser permitido utilizar dentro de um avião foi-me relatado, no dia em que abrimos a loja, por um cliente que é comissario de bordo e que teve conhecimento dos cigarros electrónicos por um passageiro que utilizou um num voo onde ele esteve a trabalhar. Qual aceitação que têm tido junto do mercado? A aceitação tem sido muito boa, com muitos clientes e muitos curiosos que acabam por trazer à loja os familiares que fumam, com o intuito de conseguirem que estes deixem de fumar. É de salientar que no norte da Europa são já 7 milhões de utilizadores de cigarros electrónicos e a tendência é de aumentar o numero de utilizadores destes vaporizadores.
Onde nos podemos dirigir para testar o produto? A deixardefumar.eu tem uma loja fixa em Moscavide na Rua 25 de Abril 21-A, ao lado da Igreja. No dia 21 de Fevereiro vamos abrir um quiosque no Centro Comercial da Portela e para quem não nos consiga visitar presencialmente temos também uma loja online em www.deixardefumar.eu. Aqui, para além de ficarem a conhecer melhor os nossos produtos, poderão encontrar informação técnica sobre o uso dos cigarros electrónicos, os passos para deixar de fumar e estudos realizados por especialistas. É também uma forma prática e simples dos nossos clientes utilizadores, comprarem os e-liquidos com ou sem nicotina.
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OPINIÃO
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Um género de janela
O DIREITO À SUA FAMÍLIA
Rita Paulos
Diretora da Casa Qui Associação de Solidariedade Social
Quando se fala de parentalidade em casais do mesmo sexo existe sempre um leque possível de imaginários sobre o tema, porque somente na última década é que estes casais começaram a ser mais visíveis. Não significa que não existissem antes, mas sim que a sua conjugalidade, por razão da homofobia, era mais vivida de forma encoberta e, por isso, socialmente desconhecida. Essa crescente visibilidade quotidiana tornou percetível, para quem se cruzou com ela, que estes casais são tão diferentes ou tão iguais aos restantes. Ainda assim é compreensível que as pessoas se perguntem como é para uma criança crescer numa família constituída de base por um casal do mesmo sexo. O desejo de conhecer as realidades destas famílias - ou de algo o mais próximo dela - tem potenciado há várias décadas diversos estudos, com recolha de resultados consistentes e evidências de vários pontos do mundo. Como consequência, em Portugal, a Ordem dos Psicólogos apresentou, em audição parlamentar (julho de 2013), um resumo aturado das conclusões dos estudos validados pela comunidade científica, que se encontra disponível para consulta na internet. Com estes dados públicos poder-se-ia supor que qualquer pessoa de bem estaria de consciência tranquila no que toca à lei da coadoção, aprovada no parlamento a 17 de maio de 2013. No entanto, vimos que alguns setores da sociedade, contrariando a lógica de determinados valores autoprofessos, imediatamente promoveram uma série de ações, deliberadas ou não, de desinformação. Primeiro surge um artigo de Isilda Pegado, advogada, em “A Voz da Verdade”, revista do Patriarcado de Lisboa da Igreja Católica Portuguesa, a afirmar que com essa lei (em que uma pessoa pode adotar o filho ou a filha do cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo) as crianças iriam perder os laços com os familiares da outra figura, de sexo
diferente, envolvida no processo de procriação. Ora, isto é falso. Tanto o projeto-lei aprovado refere claramente que só é coadotável a criança que tenha somente uma figura parental legalmente reconhecida, como na própria lei da adoção atual, em vigência para casais de sexo diferente, a coadoção (artigo 1980º do Código Civil e seguintes), embora não o explicite, pressupõe essa condição. O projeto-lei aprovado não se aplica, então, aos casos em que existem duas figuras legalmente reconhecidas e uma delas faleceu. Dá resposta a situações em que ocorreu uma adoção singular prévia ou em que o casal ou um dos elementos, de modo singular, antes da existência da relação, recorreu à procriação medicamente assistida no estrangeiro, utilizando dador de sémen ou dadora de ovócitos – em Portugal, neste caso, quando efetuada pelo casal de sexo diferente, há a presunção automática de parentalidade dos dois elementos, independentemente da origem do património genético. Alguns meses depois assistimos a algo ainda mais absurdo: a professora de Direito, Rita Lobo Xavier, em audição parlamentar, afirmou que a coadoção não existe sequer para casais de sexo diferente, ignorando completamente o artigo do Código Civil já referido. Por fim, ainda na arena pública, vimos um psicólogo, Abel Matos Santos, utilizar dois estudos desacreditados – um dos quais o próprio autor acabou por admitir que os dados não permitem falar sobre crianças criadas por casais do mesmo sexo. Todos estes exemplos escamoteiam as posições consensuais de vários organismos científicos e as centenas de estudos que invariavelmente apontam para o mesmo: não há diferenças significativas nas crianças, sejam elas criadas por um pai e uma mãe, por duas mães ou por dois pais. Não sabemos ainda se vamos ter efetivamente um referendo sobre o tema da coadoção em casais do mesmo sexo e/ ou sobre o tema da adoção por casais do
mesmo sexo, mas vale a pena referir que, a ser levada adiante, tal proposta transforma o instrumento do referendo numa perversão da democracia, pois seria utilizado para colocar a exclusão ou a inclusão de crianças e adultos, como é este o caso, de acesso a um direito à mercê de uma maioria que já o usufrui. Os direitos fundamentais são justamente fundamentais, porque se consideram universais, porque são direitos humanos. O artigo 16º da Carta Universal dos Direitos Humanos refere o direito a constituir família e o direito à proteção da família - sem especificar que tipo de família deve ser. Em conformidade,
o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou recentemente a Áustria por não permitir a coadoção em casais do mesmo sexo. O mesmo irá acontecer a Portugal, com ou sem referendo. A diversidade de famílias existe. Este é um facto inegável. As crianças nas famílias de casais do mesmo sexo estão bem, apesar de fatores externos como a discriminação social e a desproteção legal. Para passarem do “estar bem” para “estar melhor” só falta procurarmos garantir-lhes no plano social e legal as mesmas condições e proteção que as demais. É seu direito humano.
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MP
DESPORTO
CDOM Seniores O Clube Desportivo dos Olivais e Moscavide está a disputar a 2ª divisão da A. F. Lisboa e encontra-se, neste momento, na 3ª posição a apenas 1 ponto do Catujalense e do Juventude Castanheira, 1º e 2º classificado respectivamente. Com 39 pontos alcançados em 17 jogos. 12 vitórias, três empates e duas derrotas , 53 golos marcados e 21 sofridos são os números do Desportivo. Com 9 jogos ainda em disputa a subida está ao alcance e o título de campeão está muito próximo.
AMP Futsal e 22 sofridos. Ainda faltam 11 jogos, que se prevêem frenéticos, para o final do campeonato e a subida, novamente, está muito próxima. Juvenis Este escalão militou na 2ª divisão, série 4. Foi o penúltimo classificado com 11 pontos. Com 16 jogos, três vitórias, dois empates e 11 derrotas.
Com apenas 17 golos marcados e 50 sofridos. Iniciados Este escalão disputou a série 4 da 2ª divisão acabando no 5º lugar com 31 pontos. 10 vitórias, um empate e sete derrotas, com 49 golos marcados e 24 sofridos.
Juniores A disputar a 1ª divisão, série 1, é o actual 3º classificado a 3 pontos do 1º lugar, o Alta de Lisboa e empatado com o 2º classificado, Musgueira. Com 19 partidas jogadas, 14 vitórias, um empate e quatro derrotas, com 43 golos marcados
Luís Bendada
Seniores A AM Portela continua a realizar um excelente campeonato. Tem 12 vitórias e 4 derrotas em 16 jogos disputados, perfazendo 36 pontos que os coloca na 2ª posição a apenas 1 ponto do 1º classificado, o Burinhosa e consequente subida de divisão, nesta época apenas sobe o 1º classificado de cada série da 2ª Divisão. Desde a última edição do MP a AM Portela perdeu nos Açores frente ao Operário (5-2), no Fabril do Barreiro (4-2) e venceu o Fonsecas e Calçada (3-2), fora de portas o registo é negativo com 3 vitórias e 4 derrotas em 7 jogos. O factor casa continua a ser preponderante, com 9 vitórias em outros tantos jogos. Nos últimos 4 jogos venceu em casa o AMSAC (3-2), o Albufeira (5-3), o Mendiga (11-7) e o Vinhais (6-5) que é o actual 4º classificado a apenas 3 pontos da AMP. Na 3ª posição está o Quinta os Lombos com 34 pontos. Juniores A disputar a divisão principal, 1ª Divisão de Honra, o primeiro objectivo desta AF_AA3Lim_ExpocarExpo.pdf
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equipa será a manutenção que continua a ser possível. Com 23 jornadas disputadas, os comandados de Kiko e Pedro Santos estão no 10º lugar com 30 pontos. Desde a última edição fizeram apenas 8 pontos em 9 jogos disputados. Duas vitórias, cinco derrotas e dois empates. Embora estes dois empates tenham sido contra o Casal do Rato (3º) fora e contra o Sporting (1º) em casa, nas duas últimas jornadas. Um indicador moralizador para as jornadas que se aproximam. A três jornadas do final a AMP terá de disputar os seguintes jogos: fora de casa contra os Leões de Porto Salvo (4º) e Oficinas São José (8º) e UPVN (13º) em casa. Um campeonato que prosseguirá no Torneio Extraordinário, onde tentarão garantir a manutenção, uma vez que das 14 equipas presentes nesta fase, três des-
DESPORTO
MP
cerão automaticamente, mas ainda descerão mais duas no final do Torneio Extraordinário. Juvenis Também a disputar a divisão principal, 1ª Divisão de Honra, a AM Portela está num brilhante 3º lugar com 46 pontos em 23 jogos, a apenas 6 pontos de 2º lugar, Benfica. Longe do 1º classificado, Sporting que tem 69 pontos. Os pupilos de Acácio Santos e Luís Souza tentarão assegurar o 3º lugar, ACC em casa, fora com o Casal do Rato e em casa com o Sporting serão as 3 finais a disputar.
Iniciados Este escalão tendo como treinadores, também, Acácio Santos e Luís Souza estão a disputar a 1ª Divisão de Honra e estão neste momento no 7º lugar com 22 pontos em 14 jogos apenas a 2 pontos do 5º classificado, AMSAC. A manutenção não está assegurada e os lugares cimeiros estão muito longe. Mas poderão continuar o trabalho e a realização de um campeonato tranquilo. Infantis A disputarem a 1ª divisão que dará a subida a 3 equipas para a Divisão de Honra. Neste momento a AM Portela
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está no 5º lugar com 27 pontos, a 3 pontos da subida. Ainda com 12 jogos por disputar até ao final do campeonato a subida está ao alcance para os jogadores de Luís Estrela e Tiago Mendes Escolas Benjamins Tiago Mendes e Edmar Pinto são os treinadores dos mais petizes. Neste momento no 5º lugar com 20 pontos em 14 jornadas realizadas. Faltam 2 jogos para o final deste campeonato e ainda poderão aspirar ao 3º lugar nesta serie. Após estes jogos, irão disputar uma fase com outras 4 series para definição da classificação final.
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Luís Bendada
Rui Rego
Advogado Director da Associação dos Moradores da Portela
Caros leitores, Foi com enorme prazer que aceitei o desafio que me foi proposto pelos responsáveis deste jornal para escrever, a partir de hoje, e com carácter regular crónicas sobre Desporto, nomeadamente sobre o Desporto Associativo. Sou, desde Março de 2013 responsável pelo pelouro Desportivo da Associação dos Moradores da Portela, Associação de utilidade pública sem fins lucrativos, tendo a meu cargo quatro modalidades: Futsal, Ténis, Acrobática e Dança Jazz. Optei por, nesta primeira crónica informar os leitores dos problemas gerais que o Desporto Associativo enfrenta, para depois, nas crónicas posteriores abordar os problemas específicos de cada uma das modalidades. A Associação dos Moradores da Portela é, como muitas outras do nosso país, uma Associação sem fins lucrativos ou seja, é uma Associação que não tem por fim o lucro económico dos seus Associados. As Associações viviam, de uma maneira geral e até há bem pouco tempo, na sua maioria, das suas parcas receitas próprias e dos incentivos concedidos pelo Estado, aqui se entendendo, as Câmaras Municipais dos Concelhos onde estão inseridas e das respectivas Juntas de Freguesia. Sucede porém que, como bem compreenderá o Leitor, tais incentivos financeiros têm vindo a diminuir (para não dizer desaparecer) drasticamente nos últimos anos, em face da necessária redução de despesas do Estado. E assim, torna-se urgente encontrar outras fontes de receita capazes de equilibrar os orçamentos Associativos de modo a, no caso do Desporto, centenas de jovens (no caso da nossa Associação são cerca de 250) não fiquem impedidos da práctica Desportiva. E este será o grande desafio que teremos que enfrentar, a criação de novas fontes de receita que nos permitam substituir a subsidiodependência do Estado por receitas próprias isto porque: 1 – As empresas, potenciais patrocinadores, não vêem, na sua maioria qualquer interesse em investir em publicidade quando têm como contrapartida uma pequena franja de uma determinada população; 2 - Aos Associados não se pode pedir mais dinheiro, seja por virtude do aumento das quotizações existentes, seja por aumento das mensalidades das actividades que praticam. A solução será, acredito eu, conseguir que todos os Associados se envolvam nas várias áreas de actuação da Associação, que aportem sugestões e ideias para que haja um desenvolvimento sustentado, algo que infelizmente não se verifica nos nossos dias. Todos seremos mais fortes e só com o apoio de todos conseguiremos ultrapassar as dificuldades que esta nova era nos apresenta, em que os Associados exigem, além do rigor habitual, profissionalismo porque comparam o que nas Associações se faz com que as entidades privadas fazem, ou seja, querem pagar menos mas exigem a mesma qualidade.
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MP
EDITORIAL
OBRIGADO
Pedro Pereira
Director Editorial
Depois do MP 1 surge agora, naturalmente, o MP 2. Um jornal que serve, essencialmente, as localidades de Moscavide e Portela. Um projecto que se tornou realidade e que começou há quase 17 anos. Muitos foram os colaboradores que ajudaram a erguer esta realidade, dando o máximo de si em favor de um jornal local. Fizeram-no de forma graciosa e hoje, apesar da esmagadora maioria já não fazer parte activa deste órgão de comunicação, a verdade é que o MP (ex-NP) é uma obra para a qual estarão sempre associados.
Ficha Técnica
De uma forma isenta e cons-
ciente foram sempre acrescentando algo a este veículo de comunicação da nossa terra. A todos os que por agora não estão, o meu muito obrigado. Depois de agradecer aos que ajudaram a criar este jornal, gostaria de dar as boas vindas aos que chegaram. Criámos uma secção de cronistas que, repito, de forma graciosa vieram enriquecer as páginas do MP. De raças, credos, ideologias e paixões diferentes, vieram dar a este meio de comunicação uma pluralidade que a todos beneficia. Desde os resistentes do NP, a Dra. Margarida Oliveira, o Filipe
Esménio ex-Director Editorial, o cartoonista de sempre Bruno Bengala, o Luís Bendada, os comentadores da XTB, em especial o Salvador Nobre da Veiga e o António dos Santos, agradeço a crença que continuam a depositar em nós. Aos que chegaram para o MP 1 e que, de uma forma aberta e despretensiosa, decidiram entrar neste comboio, obrigado pela confiança. Assim foi com o José Luís Nunes Martins, com o José Reis Santos, a Filipa Monteiro Fernandes, o João Alexandre e o Ricardo Andrade. Aos que chegam agora, a Rita Paulos, o João Borges Neves e o Rui Rego sejam bem-vindos
e obrigado por virem enriquecer ainda mais o Moscavide/ Portela. Isto são exemplos de cidadania, pois dão de si à sua comunidade. Uma nota para os leitores, que com as suas cartas, e-mails e telefonemas continuam a dar-nos moral para continuarmos, pois é por eles e para eles que existimos. “The last but don’t the least”, um destaque final para os anunciantes, que são eles quem suportam e ajudam a manter de pé este jornal de distribuição gratuita, alguns desde há quase 17 anos.
Director Geral: Filipe Esménio Director Editorial: Pedro Pereira Colaborações: António dos Santos, Filipa Monteiro Fernandes, João Alexandre, José Luís Nunes Martins, José Reis Santos, Maria Margarida Oliveira, Ricardo Andrade, Rita Paulos, Salvador Nobre da Veiga Fotografia: Nuno Luz Director Comercial: Luís Bendada Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso 2745 Barcarena Tiragem: 13 500 Exemplares Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: geral@ficcoesmedia.pt Nr. de Registo ERC - 121 952 Depósito Legal nº 119 760 / 98
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CARTA DE LEITOR
CARTA ABERTA
Exmº Sr. Dr. José Manuel Domingues, Presidente da LouresParque E.M. Tendo presente o V/ Lema de Empresa “Estacionar, circular e viver melhor no concelho de Loures“, venho transmitir-lhe duas situações que me aconteceram recentemente. No final do ano passado na zona de Moscavide/Portela e ao sair do meu carro, fui abordado por dois jovens delinquentes e carteiristas, que me apontaram uma pistola e me ameaçaram. Disseram-me que não me fariam mal, se lhes desse todo o dinheiro que tinha. Abri a carteira e tirei os cerca de 100 euros, que tinha acabado de levantar no multibanco. Perguntei-lhes se esse dinheiro era para comer. Riram-se e disseram-me que não. Era de certo para dividir com os restantes membros do Gang e para comprar droga (deduzi eu). O segundo caso aconteceu-me na passada sexta-feira, dia 14 de Fevereiro, por volta das 15 horas na Avenida de Moscavide, em Moscavide. Estacionei o carro nessa avenida para comer uma sandes, jun-
tamente com a minha mulher, tendo-me esquecido de tirar, entretanto, o respectivo talão de parqueamento. Demorei pouco mais de meia hora e quando regressei deparei-me com a viatura já bloqueada. O carro estava em zona de estacionamento e não prejudicava minimamente o trânsito. Aguardei pelos fiscais que chegaram de seguida e que me informaram desde logo, que para desbloquear a viatura teria de pagar de imediato 96,00 euros. Perguntei qual o valor máximo de estacionamento diário. São cinco euros responderam-me. Argumentei-lhes que o que faria sentido e seria justo, era cobrarem-me a tarifa máxima diária de 5 euros. Não fazia a mínima ideia que esta brutalidade fosse possível, num país dito civilizado. Bloquear uma viatura ao fim de 31 minutos é incompreensível, e cobrar 96 euros por isso é inadmissível. A forma como a lei está feita e algumas lacunas não podem propiciar exage-
ros, assim como não justificam algumas barbaridades que por vezes nos são impostas. Na aplicação destas penalizações deveriam estar sempre presentes o equilíbrio, o bom senso e o sentido de justiça e cidadania que uma Empresa Municipal deve ter. Agradeço Senhor Presidente a atenção dispensada a este meu desabafo, acreditando que V. Ex.ª saberá e tentará corrigir os erros que possam estar a acontecer nesta área e neste nosso Concelho. Saberá também de certo verificar as diferenças e analisar as semelhanças, nas duas situações que acima lhe referi. Uma Pistola 6.35 e um Bloqueador de viaturas nunca poderão, nem deverão ser consideradas armas equiparadas. Só assim poderemos e de acordo com o Lema da Empresa que V.Exa Preside, “Viver melhor no concelho de Loures“. Com os meus melhores cumprimentos Mário Costa de Almeida
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