ANO I Nr.03 BIMESTRAL
ABRIL 2014 - Director: Pedro Pereira Distribuição Gratuita
Regras de financiamento definidas Integrado no plano de delegação de competências, a Câmara Municipal de Loures distribuiu 8,3 milhões de euros pelas 10 freguesias. À Junta de Freguesia de Moscavide e Portela coube uma fatia de 600 mil euros.
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Vila de Moscavide de parabéns Moscavide comemorou no dia 3 de abril 50 anos como vila. A data foi assinalada com a exibição do filme "Moscavide", no Centro Cultural.
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Rui Aleixo expõe em Óbidos O artista plástico Rui Aleixo, de origem portelense, tem em exposição, até ao dia 18 de maio, um trabalho temático sobre a vila de Óbidos.
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CDOM já subiu, AM Portela a caminho O Desportivo já garantiu a subida à 1ª divisão distrital, faltando saber se será campeão. A Portela está, a três jornadas do fim, na liderança da 2ª divisão nacional, a um passo da subida ao principal escalão do futsal.
Págs. 22 e 23
O NOVO CENTRO DE SAÚDE Vereadora Maria Eugénia Coelho, em entrevista ao MP, confirma a mudança para as novas instalações brevemente.
Págs. 14 e 15
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O Leitão da Bairrada chegou até SI! O Leitão da Bairrada é uma das 7 Maravilhas da Gastronomia. Faz com que visitantes e turistas se desloquem para a experiência única da sua degustação. Merecedor do título de Rei, é enviado para o estrangeiro como embaixador da gastronomia portuguesa. O Leitão mantém a sua qualidade devido à escolha das raças que são utilizadas para a sua confecção e pela experiência única de quem o tempera e confecciona. A Preparação Para garantir a qualidade do Leitão no prato, é necessário manter a qualidade em todas as etapas de preparação. O peso ideal de 7 a 8 Kg, a matança do leitão, outrora de uma forma caseira, artesanal, actualmente num processo com maior segurança alimentar com todas as regras obrigatórias. Depois de devidamente limpo e conservado, efectua-se o passo seguinte,
a confecção. Começa-se pelo tempero, preparado com alho, sal, pimenta, salsa, toucinho, manteiga de porco, folha de louro, antigamente tudo amassado num almofariz de madeira, actualmente preparado com varinha mágica ou utensílios em aço inox. O leitão será preparado para o passo seguinte, a assadura. Espetado num pau de aço inox, este substitui o típico pau de Loureiro. Depois de untado com a massa anteriormente preparada introduz-se os temperos na barriga e nas restantes partes vazias. Depois cosem-se os rasgos da barriga e do pescoço com uma “agulha de leitão” e um fio de linho ou algodão conhecido por “fio carrete”. Importante dar-lhe umas picadas na pele, coxas e espáduas, para a pele ao assar ficar estaladiça como é tradicional no leitão.
A Assadura A qualidade do Leitão da Bairrada também depende da experiência e do saber de quem o assa. Não menos importante é o forno. O tradicional forno tem um ou dois orifícios na parede oposta da boca do forno, onde se fixa a ponta da vara sendo esta colocada do outro lado no meio da porta do forno. A porta do forno está dividida a meio com o propósito de manter a parte de baixo fechada, e a de cima aberta, caso seja necessário aliviar o calor do forno. O forno deverá ser aquecido com lenha, de preferência de cascas ou madeira de eucalipto ou vides, até à temperatura de 300ºC. O leitão deverá assar lentamente cerca de 2 horas sendo a vara rodada manualmente e lentamente para que a assadura seja uniforme. Durante o processo de assadura executa-se a operação de “constipar” o leitão que não é mais do que borrifar o leitão com
vinho branco da Bairrada, utilizando um ramo de salsa ou louro, para que a pele se torne estaladiça e não se queime. O leitão está assado quando se desprende da vara e não segue os seus movimentos, depois de retirado e lancetado para retirar molho em excesso que fica retido no seu interior, ainda deverá ir ao forno cerca de 10 minutos para o enxugar um pouco. A Apresentação O Leitão à Bairrada pode ser comido quente ou morno, para que os seus aromas fiquem mais intensos. No entanto, pode ser servido e comido frio, sendo assim preferido por inúmeros apreciadores. O Leitão deve ser empratado com a pele sempre virada para cima, sem nunca sobrepor os pedaços, para que a pele mantenha a textura estaladiça e crocante mantendo um sabor no interior do leitão distinto do da pele.
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ACTUALIDADE
MP
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Junta recebe 600 mil euros da Câmara A Câmara Municipal de Loures assinou, no passado dia 17 de abril, um protocolo de delegação de competências. Tal acordo vai permitir transferir, pelas dez freguesias que compõem o concelho, 8,3 milhões de euros. A Freguesia de Moscavide e Portela receberá 603 805,36 euros, o que significa um corte de 20% em relação ao ano anterior. No dia 17 de abril, nos Paços do Concelho, foi assinado o protocolo de delegação de competências, entre a Câmara Municipal de Loures e as 10 freguesias que compõem o seu município. Este acordo já havia sido aprovado por unanimidade na Assembleia Municipal e, segundo um comunicado da autarquia, "resultaram de negociações com todas as freguesias, baseadas nos princípios de igualdade, da não discriminação, da prossecução do interesse público e da melhoria do serviço público". A transferência de 8,3 milhões de euros do Município para as dez freguesias pressupõe que estas executem uma quantidade de tarefas, algumas que já eram de sua responsabilidade e outras que passaram a ser. Competências De acordo com o Anexo I da Lei nº 75, de 12 de setembro, que veio restabelecer o Novo Regime Jurídico das Autarquias Locais, prevê, no artigo 132, um conjunto de competências que se consideram tacitamente delegadas nas juntas de freguesia, que anteriormente eram competência das câmaras municipais. Tais tarefas são gerir e assegurar a manutenção de espaços verdes, assegurar a limpeza das vias e espaços públicos, sarjetas e sumidouros, manter, reparar e substituir o mobiliário urbano instalado no espaço público, com excepção daquele que seja objecto de concessão. Também gerir e assegurar a manutenção corrente de feiras e mercados, bem como assegurar a realização de pequenas reparações nos estabelecimentos de educação pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico e promover a manutenção dos espaços envolventes dos estabelecimentos anteriormente referidos. Outras competências também poderão ser da responsabilidade das juntas de
freguesia, como as de controlo prévio, quando previstas em lei. Aí estão inseridas a utilização e ocupação da via pública, afixação de publicidade de natureza comercial, actividade de exploração de máquinas de diversão, recintos improvisados. Também a realização de espectáculos desportivos e divertimentos na via pública, actividade de guarda-nocturno, realização de acampamentos ocasionais e realização de fogueiras e queimadas. Moscavide e Portela Perante isto, a Junta de Freguesia de Moscavide e Portela receberá da Câmara Municipal de Loures 603 805,36 euros, um valor inferior em 20% ao anterior, segundo nos diz a presidente, Manuela Dias. Um corte que, apesar de não ser desejável,
é compreensível, segundo a mesma. Acrescenta ainda, que agora há um critério definido, o que benefecia todas as freguesias e retira suspeições à verba entregue a cada freguesia. A perda da parte do Parque das Nações, que anteriormente estava inserida na freguesia de Moscavide, também ajuda a perceber a quebra, além dos cortes já previamente anunciados, em função das dificuldades financeiras do Município. A nossa Freguesia, neste novo mapa, acaba por ser a 7ª das 10, no que a transferências diz respeito, apenas recebendo mais que Fanhões, Lousa e Bucelas e com uma diferença mínima inferior a Santo Antão e São Julião do Tojal. Presidente da Câmara A revisão deste protocolo foi um dos compromissos assu-
midos, pelo presidente da câmara, um mês após ter tomado posse. A importância e o caminho percorrido para a concretização deste objectivo é salientado por Bernardino Soares, que destacou "chegámos a um consenso positivo e alcançámos uma base de trabalho muito boa para os próximos anos, o que permite que a população seja melhor servida". A importância das freguesias junto da população é sublinhada novamente quando, aproveitando o momento pascal, utiliza a expressão de Jesus Cristo para Pedro "tu és a pedra onde edificarei a minha Igreja", para comparar as freguesias ao apóstolo, no sentido em que são nelas que tudo assenta.
Pedro Pereira
José Luís Nunes Martins Investigador
Da liberdade à verdade Nos momentos de crise, todos nos agarramos ao que parece dar segurança. Quanto mais difíceis são as conjunturas, mais a vertigem do erro se apodera da nossa capacidade de decisão. A responsabilidade de vivermos sempre no tempo, que pela sua essência jamais torna atrás, vai-nos preparando, melhor ou pior, para gerir os instantes mais exigentes. Muitas vezes fingimos e fugimos, acreditando em naturezas cíclicas e em prazos longos... o que está claramente fora da verdade. Em circunstâncias difíceis, a qualidade das nossas referências é posta à prova. É tempo de experimentar o que prometeu aguentar-nos. Mas, descobre-se que quase tudo é embuste, que pouco há de verdadeiramente seguro. E é neste quase vazio que se revela a verdade: estamos sós e dependemos apenas de nós. Alguns entendem que se trata de um dom, outros de uma condenação. Uns sorriem, outros choram. A liberdade é mais do que o poder de escolha, é agarrar a vida como matéria-prima e fazer com ela uma obra pessoal, algo que, mais que meu, sou eu. Eis o verdadeiro dom (talvez divino): ser livre. Poder dar sentido à vida, dando-lhe um ponto de partida, um rumo, um sustento e um verdadeiro fim. A verdade só pode surgir num contexto de liberdade. Para que as coisas e as pessoas se revelem, é preciso deixá-las ser. Só quando se dá liberdade se pode esperar verdade. Afinal, a essência da verdade é a liberdade.
Autor do livro Filosofias - 79 Reflexões, Paulus Editora
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MP
HISTÓRIA
Moscavide
50 anos como Vila
Moscavide celebrou as bodas de ouro como vila. Uma distinção que merece ser recordada e que o MP se associa, deixando aqui alguns dos episódios históricos mais marcantes, com especial destaque para a Igreja de Santo António, o seu monumento de referência. No passado dia 3 de abril fez 50 anos que Moscavide foi elevada a vila. Um marco histórico que a Junta de Freguesia de Moscavide e Portela fez questão de sublinhar, exibindo um filme sobre a história da vila no Centro Cultural de Moscavide. O MP também se associa, naturalmente, a este aniversário deixando aqui alguns dos fatos históricos mais relevantes e uma descrição do seu mais emblemático monumento, a Igreja de Santo António. Localização geográfica A freguesia de Moscavide é uma antiga freguesia do concelho de Loures, que desde outubro de 2013 faz parte da União de Freguesias de Moscavide e Portela, ainda inserida no mesmo município. Tem fronteira com Lisboa a este e a sul, com Sacavém a norte e com a Portela a oeste. Perdeu a ligação direta ao Rio Tejo, desde que em 2013, com a reorganização autárquica, perdeu a zona do Parque das Nações que lhe estava adstrita. Situa-se a cerca de 11 km de Loures, a sede concelhia, localizando-se no extremo sudeste da mesma. Nos Censos de 2011 Moscavide tinha uma população residente de 14 266 habitantes, número que terá baixado com a desagregação da parcela afeta ao Parque das Nações. História O nome Moscavide parece derivar do árabe maskabat, que significa «sementeira», denotando assim a grande antiguidade do sítio. Conhecem-se alusões em tempos antigos ao sítio de Busca-Vides, que eventualmente também terá contribuído para a formação do topónimo moderno. Como freguesia foi criada em 1928, fruto do desmembramento das freguesias de Santa Maria dos Olivais (Lisboa) e de Sacavém (Loures), através do decreto nº 15222, que veio a declarar a Freguesia de Moscavide autarquia integrante do concelho de Loures. Abrangia então os sítios da Encarnação, dos Marcos e de Beirolas, envolventes da chamada Estrada de Moscavide (à qual foi buscar o
seu nome), que seguia rumo a Sacavém (curiosamente a dita estrada continuou integrada na freguesia dos Olivais até hoje; a parte remanescente originou a Avenida de Moscavide, que é hoje a rua mais movimentada desta vila). Mais tarde, na década de 40 no entanto, por motivos ainda não completamente esclarecidos, a região de Beirolas, onde estava sediado um quartel do Exército, transitou para o espaço da freguesia dos Olivais, o que confere à localidade a sua estranha configuração geográfica na parte oriental. Diz-se que a razão da passagem de Beirolas para a freguesia dos Olivais prendeu-se com o custo das comunicações telefónicas do quartel. Ficando dentro de Lisboa os telefonemas do quartel para a capital eram mais baratos. O crescimento de Moscavide conheceu duas fases distintas, primeiro o crescimento designado como primitivo no século XIX com a fundação da Quinta do Cabeço e do Parque Ajardinado, e numa segunda fase, que decorreu em meados do século XX, o que deu origem ao núcleo urbano de Moscavide e à Urbanização da Portela. Este crescimento baseado nas duas vertentes, juntamen-
te com o fato de Moscavide ter sido elevada a vila em meados do século XX (1964), em pleno Estado Novo, reflete a evolução que esta freguesia foi registando ao longo dos anos. Foi graças a este crescimento que a freguesia de Moscavide, nas décadas de 40 e 50, foi escolhida para a instalação de indústrias extremamente prestigiadas, como o INDEP e a Petrogal, o que conduziu a que este território tenha recebido muitos milhares de migrantes provenientes, sobretudo, do Alentejo e das Beiras, um claro Êxodo Rural que, como este fenómeno deixa antever, perseguiam uma melhor qualidade. No entanto, a falta de capacidade da Junta de Freguesia em dar resposta às necessidades habitacionais levou a uma especulação imobiliária que teve consequências negativas. Entre estes destaca-se a falta de espaços verdes, dos quais só resta o Jardim de Moscavide, uma vez que as necessidades habitacionais dos habitantes levaram a que os espaços amplos de outrora passassem a ruas estreitas e superlotadas. Destaca-se ainda o mau planeamento urbanístico feito no passado, cujos reflexos se fazem sentir no presente. Em
1998 a Expo 98 veio revitalizar a freguesia, assumindo um papel relevante no desenvolvimento, conseguindo atrair investimentos públicos e privados, novos equipamentos sociais e de lazer e novas vias de acesso, dando algum equilíbrio à pirâmide etária de Moscavide, constituída sobretudo por população idosa. Economia Não obstante o seu reduzido espaço, Moscavide cresceu bastante, fazendo com que a freguesia fosse, durante muito tempo, uma das de maior densidade populacional do concelho de Loures. Este desenvolvimento populacional exagerado é ainda hoje recordado no seu brasão, através dos favos de mel que fazem lembrar o modo como a vila cresceu. Paralelamente, a vida operária deu lugar ao comércio e aos serviços, que ainda hoje são uma imagem de marca da terciarização do espaço urbano moscavidense. Património Quanto ao património tem como principais pontos de referência a Capela de Nossa Senhora da Quinta do Candeeiro, capela esta que surgiu no século XVIII, a
Igreja de Santo António, edificada no século XX (1955), a Estação Ferroviária, a Vivenda Mouzinho e, por fim, o Seminário Maior de Cristo Rei dos Olivais fundado em 1931 e responsável pelo acolhimento dos seminaristas das dioceses de vários distritos de Portugal. Estes monumentos aliados ao comércio, é uma das localidades do País com mais comércio de rua, e uma rede de transportes ímpar, por exemplo é a única localidade do concelho a usufruir do Metropolitano de Lisboa, fazem com que esta vila detenha um património único e diferenciado, sendo culturalmente um ponto interessante de visitar. Passado ou presente? Eis a questão As opiniões divergem relativamente á preferência entre a freguesia de Moscavide das décadas de 50 – 60 e a vila da atualidade. No entanto, goste-se ou não, o certo é que as condições socioeconómicas, urbanísticas, paisagísticas e socioculturais alteraram-se drasticamente não só em Moscavide mas também nas suas áreas circundantes. Francisco Rocha
HISTÓRIA
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Igreja de Santo António de Moscavide Concluída, tal como é hoje, em 1958, a Igreja de Santo António é a Igreja Matriz de Moscavide. O construtor responsável foi Diamantino Tojal e os arquitetos António de Freitas Leal e João de Almeida, na altura seminarista e estando este, desde estudante, fortemente ligado ao MRAR (Movimento de Renovação da Arte Religiosa, que surgiu com o Concílio do Vaticano II), no qual a Igreja de Santo António está inserida. funcionalidade nas edificações Cunha Leão, Fortunato Cabral e são apenas a face visível de Morais Soares) e os seus oposum fenómeno de renovação que tos revivalistas e regionalmente em Portugal deu os primeiros estilizados de São João de Deus, passos com o trabalho de Pardal Santo Condestável e São João Monteiro e a sua Igreja de Nossa de Brito, em Lisboa, lançaram Senhora de Fátima, em Lisboa, uma viva discussão e originam edificada entre 1934 e 1938: pri- as tomadas de posição muito meira a desafiar os códigos tradi- antagónicas, entre o conservadocionais revivalistas, baseando-se rismo e o desejo de renovação. nos projectos franceses do géne- As primeiras obras de referência ro, (onde se destaca a igreja de destes tempos são esta Igreja Notre Dame du Raincy, do Arq. de Santo António (Arq. João de Auguste Perret, 1922, utilizando Almeida e António Freitas Leal, o betão armado e simplificando Moscavide), onde é visível uma as formas). Esta igreja conseguiu austera simplicidade como priatrair os mais destacados nomes meiro ensaio de funcionalismo dos artistas plásticos modernis- litúrgico e das linhas modernas tas, como Almada Negreiros e da arquitetura; a Igreja paroquial Francisco Franco. Obras como de Águas (Arq. Nuno Teotónio esta ou a sua homónima, no Porto Pereira, Diocese da Guarda), 11/22/13 3:01:27 PM (1935, a cargo do grupoAF_AA3Lim_ExpocarExpo.pdf A.R.S. – marco da modernização da arqui-
Devido à criação da freguesia de Moscavide, em 1928, houve a necessidade de fundar também uma paróquia e, por isso, construir uma igreja dedicada ao padroeiro da vila: Santo António. Ainda assim, essa construção demorou algum tempo, sendo o documento mais antigo relativo à mesma, uma escritura de compra de um terreno onde viria a ser edificada a Igreja. Mais tarde, a primeira pedra foi colocada a 15 de maio de 1955, e após várias doações dos habitantes de Moscavide, da Companhia Nacional de Eletricidade e do próprio Estado e de inúmeras iniciativas com o objetivo de recolher fundos para a construção da Igreja, esta foi finalmente iniciada a 13 de junho de 1955. O edifício propriamente dito foi concluído um ano depois e a sua inauguração foi a 9 de dezembro de 1956, data em que teve lugar um grande cortejo, para o qual a paróquia teve a colaboração da Câmara Municipal de Lisboa, dos Bombeiros Voluntários, do Clube Familiar Moscavidense, do Atlético Clube, entre outros. Posteriormente também foi construída, por Clemente José Cancela, uma torre sineira, a alguns metros do edifício da Igreja, tendo sido inaugurada só no final de 1958. Há ainda uma estátua de Santo António, feita pelo escultor Lagoa Henriques, que também esculpiu o crucifixo do altar-mor, em bronze. Estando inserida no Movimento
de Renovação de Arte Religiosa, a Igreja de Santo António apresenta uma arquitetura muito diferente da que havia anteriormente em edifícios religiosos em Portugal. Proveniente da Suíça Alemã, esta nova arquitetura é mais sóbria, moderna e funcional, não tendo como objetivo qualquer monumentalidade. Apesar disso, a Igreja de Santo António não pode deixar de se destacar pelo seu aspeto peculiar, devido nomeadamente a um dos aspetos que mais se acentua no edifício: o painel de azulejos da fachada, da autoria de Miguel Cargaleiro. Assim, esta igreja foi uma das primeiras em Portugal a atribuir mais importância à atividade litúrgica em si. Quanto ao seu interior, esta arquitetura confere ao altar-mor uma importância acrescida, com o seu afastamento da parede de fundo, podendo esta arquitetura ser chamada “cristocêntrica”. Mais tarde, a Igreja foi muito criticada pelo seu aspeto exterior, que se supunha ser pouco acolhedor quando comparado com igrejas anteriores. Por outro lado, quem está a favor da igreja elogia a gestão do espaço por parte daquela arquitetura e a funcionalidade do edifício, na medida em que o altar-mor pode ser visto de toda a estrutura, um aspeto pouco encontrado em igrejas anteriores. A utilização de materiais tradicionalmente considerados como menos nobres (o betão, o vidro) e o primado da
tetura religiosa pela opção declarada de “aproximação ao contexto e às formas vernáculas” e a Capela do Picote, junto à barragem hidroeléctrica com o mesmo nome (Arq. Manuel Nunes de Almeida, Trás-os-Montes). Aquilo que se pretendia de um edifício religioso, por esta altura, é que respondesse às necessidades do culto, organizando o espaço em torno do altar. Este espaço era comunitário e traduzia, de modo plástico, a Assembleia dos fiéis, reunida para celebrar. A linguagem passou, então, da ideia de “igreja-templo” para a de “centro paroquial”, enquanto conjunto de espaços em redor da igreja, entendida como “domus ecclesiae” (casa da igreja). Filipe Amaral
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BREVES
Companhia de Teatro leva a palco a “Paixão de Cristo” A Companhia de Teatro levou a cena, no dia 18 de abril às 19 horas, a peça "Paixão de Cristo". Uma representação que em tudo tem a ver com a época que se vivia, tendo ido a palco na Sexta Feira Santa, precisamente o dia da morte de Cristo. A organização deste evento foi
efectuada pela Associação Cultural Missão Desafio, com o apoio da Igreja Metodista de Moscavide. A entrada era livre, mas era necessário fazer uma reserva, devido à lotação do espaço. A peça decorreu na Rua Salvador Allende nº 38, em Moscavide.
Via Sacra pelas ruas da Portela Uma vez mais, a Paróquia de Cristo Rei da Portela, celebrou a Via Sacra pelas ruas da Portela. A cerimónia decorreu no dia 11 de abril, tendo as 14 estações do ritual passado pela Avenida das Escolas, o local de concentração foi junto ao portão da Escola Gaspar Correia, seguindo pela rua pedonal junto à Rua Amélia Rey-Colaço, pela Rua
dos Actores, Rua Palmira Bastos, Avenida da República e Rotunda Nuno Rodrigues dos Santos, por esta ordem. A celebração da Paixão de Cristo terminou na Igreja de Cristo Rei da Portela. Como tem sido costume, os paroquianos aderiram, iluminando as ruas com as suas velas, dando uma cor diferente a este bairro.
Actos de vandalismo em Moscavide No dia 7 de abril, por volta das três da manhã, a população que mora junto ao Jardim Dr. João Gomes Patacão voltou a acordar em sobressalto. Um incêndio deflagrou num dos dois contentores do lixo, que ali se encontravam, acabando por apanhar uma mota e um carro. O motociclo ficou totalmente carbonizado e a viatura ficou com a parte traseira no mesmo estado. O caso está entregue à Polícia de Segurança Pública e Polícia Judiciária, a quem agora cabe arranjar explicação para o sucedido. Já não é a primeira vez que tal acontece, o que tem deixado os moscavidenses algo inseguros, até porque tem sido novidade este tipo de vandalismo, isto partindo do princípio que será apenas isso. Entretanto o contentor de lixo já foi substituído, esperando que o destino deste não seja semelhante.
Eleições Europeias A assembleia de voto para as Eleições Europeias, que decorrerão no dia 25 de Maio, foi desdobrada em 20 mesas de voto. As primeiras 11 mesas estarão a funcionar na Escola Básica/Jardim de Infância da Portela, vulgo Escola Primária, na avenida das Descobertas. As restantes 9 estarão em funcionamento na Escola Básica Dr. Catela Gomes, na Rua Almirante Gago Coutinho em Moscavide. Entretanto já foi realizado o sorteio pelo Tribunal Constitucional,
que define a ordem pela qual os partidos ou coligaçõs aparecem no boletim de voto. Ao todo são 14 partidos e duas coligações que se apresentam a sufrágio, para disputar os 21 lugares disponíveis no Parlamento Europeu. A coligação PPD/PSD e CDS-PP concorrerá com o nome Aliança Portugal ocupando o 15º lugar do boletim de voto, enquanto o PS ocupa a 1ª posição, o BE a 9ª e a CDU a 14ª, isto para falar apenas dos mais votados.
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ACTUAL
Loures e Odivelas chegam a acordo quanto aos Serviços Municipalizados Apesar de cores partidárias diferentes, Loures e Odivelas chegaram a acordo para a constituição dos Serviços Intermunicipalizados. A comunicação foi divulgada, em conferência de imprensa, no passado dia 7 de abril nos Paços do Concelho de Odivelas, na qual estiveram presentes, lado a lado, os dois presidentes Bernardino Soares e Susana Amador. Depois de vários anos de costas voltadas quanto à partilha dos actuais SMAS, as Câmaras de Loures e Odivelas, finalmente, chegaram a acordo. A Constituição dos Serviços Intermunicipalizados de Loures e Odivelas (SIMAS) consiste na gestão do serviço de abastecimento de água, do serviço de saneamento de águas residuais e da gestão de resíduos sólidos urbanos. O Acordo Para que este compromisso existisse vários foram os pon-
tos estabelecidos, permitindo assim uma convergência entre as duas câmaras. O primeiro ponto assentou na criação de uma Comissão Mista, composta por dois membros de cada município, que elaborará uma proposta até dia 30 de junho deste ano, no que concerne à partilha dos actuais SMAS. Esse acordo, onde deverá constar todo o património do SMAS, seja sua propriedade ou seja património utilizado nas funções que lhe estão atribuídas, será submetido aos órgãos dos dois municípios. Todo este espólio será transferido para
a entidade Intermunicipal, onde será partilhado. Este acordo tem como base todo o património existente até 31 de dezembro de 2013, sendo que a sua partilha será efectuada em função do número de clientes existentes até à mesma data, dos quais 57% (95 757) pertencem a Loures e 43% (72 259) a Odivelas, algo que será revisto nos mesmos moldes de dois em dois anos. A Comissão Mista teve de elaborar, também, uma proposta relativa ao relacionamento financeiro, a qual já foi entregue. Quanto ao plano de investimentos para
2014, após consenso entre as duas edilidades, este consistirá num incremento para a execução de projectos, que apenas serão executados em 2015. Tal situação deve-se à inexistência de qualquer projecto para este ano, o que se percebe, pois a criação deste Serviço ainda está numa fase embrionária. Enquanto a já referida Comissão vai acelerando todas as premissas para o que o SIMAS seja constituído, a Câmara Municipal de Odivelas indicará um representante que participará nas reuniões do SMAS, onde funcionará como observador activo. Posteriormente, após a sua criação efectiva, o SIMAS será gerido por um Conselho de Administração, que será composto por um presidente e dois vogais, que serão membros das respectivas câmaras municipais e nomeados pelos executivos das mesmas. Os vogais serão indicados um por cada município, enquanto o presidente será indicado, alternadamente, por cada uma das câmaras e por um período de dois anos. Em qualquer uma destas situações, tantos dos vogais como do Presidente do Conselho de Administração, não existirá nenhum tipo de remuneração. O mandato dos vogais será exercido por um período coincidente ao do seu mandato no município pelo qual é indicado, cessando na mesma altura, o que não invalida que se mantenham em funções até à sua substituição. Qualquer membro do Conselho de Administração poderá ser exonerado em qualquer altura e as principais linhas de gestão deverão ser aprovadas por unanimidade, conforme está previsto no Acordo de Gestão. Para que este dossier siga os trâmites normais, será necessário, a ambos os municípios, a aprovação do mesmo nos respectivos órgãos municipais, algo que terá de ser feito nos dois meses subsequentes à assinatura deste acordo. Em virtude de a Câmara de Odivelas ter aberto um concurso para a gestão particular deste tipo de serviços, caber-
-lhe-á a não adjudicação de tais competências, o que será feito de imediato após a formalização da constituição do SIMAS. A Conferência de Imprensa Susana Amador, presidente da Câmara Municipal de Odivelas, sublinhou a vontade de ambos os municípios em reatarem as negociações "na política não há pontos finais, não podemos ser inflexíveis. Foi um processo negocial que teve um diálogo franco e conseguiu-se encontrar uma solução equilibrada”. Quando questionada pelo MP sobre o fracasso das negociações com o Executivo do PS e o sucesso alcançado com a CDU, a Presidente desfez quaisquer dúvidas que pudessem existir "este tipo de questões não têm a ver com partidos, têm a ver com o diálogo que se faz. E para dialogar são precisos dois." Quanto a Bernardino Soares, Presidente da Câmara Municipal de Loures, frisou também o empenho das duas autarquias em resolver este impasse "foi uma negociação complexa, mas franca, genuína e aberta". Mostrou ainda satisfação pela salvaguarda dos vínculos de trabalho e o triunfo do modelo de serviço público "um regime partilhado para os serviços intermunicipais, com reforço do investimento em várias áreas e que preserva os postos de trabalho. Uma derrota do modelo político de privatizar". Ambos os autarcas ainda referiram que pretendem aproveitar os fundos comunitários possíveis, dada a elevada limitação financeira existente. Apesar dessa necessidade, esta terá de ser feita sempre de forma sustentada. Foram estes os principais indicadores deixados por Bernardino Soares e Susana Amador nesta conferência de imprensa.
Pedro Santos Pereira
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Auditoria à liderança socialista na CM Loures revela excessos A auditoria interna levada a cabo pelo actual Executivo, uma das promessas eleitorais da candidatura da CDU, revela graves excessos por parte da gestão socialista. Mas estes são apenas resultados parcelares, que incidem sobre a situação financeira, contratação pública, despesas com pessoal, gestão financeira e despesas com membros do executivo e seus gabinetes. No dia 10 de abril o Executivo que lidera a Câmara Municipal de Loures, através de uma conferência de imprensa marcada para o efeito, revelou os primeiros resultados da auditoria interna feita à gestão socialista de 2002 a 2013. A auditoria foi efectuada com meios próprios do município, contando com a participação do Revisor Oficial de Contas (ROC), não incluindo esclarecimentos dos visados, carecendo assim de contraditório. No entanto, muitos dos dados obtidos atingiram níveis de extrema dificuldade de apuramento, fruto da insuficiência de registos e de procedimentos desadequados. Daí que o presidente Bernardino Soares tenha definido esta acção como "uma tarefa de especial complexidade", não só pela "vastidão de matérias a analisar", mas essencialmente pelas condutas atrás referidas. Ainda antes de se conhecerem estes resultados, o actual Executivo já tinha denunciado algumas situações graves, como as obras e serviços sem procedimento no valor de 1 milhão e 350 mil euros. Algumas
destas situações serão remetidas ao Ministério Público e outras entidades competentes, em virtude das recomendações efectuadas pelos auditores e pelo ROC. Viagens, estadas e despesas de representação A maioria das deslocações não se encontram fundamentadas, nem têm relatórios que demonstrem o seu interesse para o Município. Desde 2002 foram gastos cerca de 300 mil euros nesta área, dos quais 70% ocorreram nos últimos cinco anos, período em que o PS deteve maioria absoluta (nos últimos quatro anos). Para reforçar ainda mais esta evidência, dos 110 mil euros gastos pelo Executivo e dos 60 mil euros despendidos pelos Serviços Municipalizados em despesas de representação, 65% foram gastos, novamente, nos últimos cinco anos. Destaque ainda para o facto que a justificação para o pagamento de refeições era vago tais como, almoço de trabalho com deputados municipais, ou com autarcas, ou com vereadores, não indicando o objectivo do almoço, além de os responsáveis serem,
simultaneamente, autorizadores e beneficiários da despesa. Comunicações Curiosamente, ou talvez não, também aqui os últimos anos foram os mais despesistas. Desde 2002 até 2013 foram pagos mais de oito milhões em telecomunicações, o que dá uma média de 680 mil euros ano, sendo que nos últimos quatro anos (os tais da maioria absoluta) esse valor subiu para os 850 mil euros. Em julho de 2010, perante tais gastos, foi deliberado uma diminuição de 20% nos custos com as comunicações para o segundo semestre, mas o que aconteceu foi um aumento de 15%!!! Além disso, a Câmara assumiu o pagamento do diferencial de situações em que o limite definido para o utilizador foi ultrapassado, sem invocar qualquer justificação. Viaturas Nesta área destaque para a utilização dos cartões GalpFrota e da Via Verde da Autarquia, por membros do Executivo ou dos gabinetes de apoio em período de férias. Nos últimos quatro
anos foram gastos quase 3 100 euros em combustível e pouco mais de 1600 em portagens, isto em período de férias!!! Avenças e prestações de serviço Mais algumas situações difíceis de explicar e perceber. Empresas que receberam avenças não existindo, no entanto, evidência de trabalho realizado. Quatro delas custaram mais de 600 mil euros à Autarquia durante seis anos. Outro caso estranho é o de uma empresa de comércio de vestuário, que prestava assessoria na elaboração de estudos e projectos para uma nova forma de intervenção dos serviços de apoio à família nas escolas!!! Consultadoria jurídica Aqui existem 85 processos referentes a rendas de habitação social que, de 2007 a 2010, não tiveram qualquer desenvolvimento. Assim como quase 200 processos que não tinham sido redestribuídos, após a cessação de serviço do advogado anterior. Alguns nem foram sequer devolvidos ao Gabinete. Pedro Pereira
Ricardo Andrade
Comissário de Bordo
Abril todos os meses Na maioria das vezes que me sento a escrever, mesmo antes de colocar a "pena" no papel, já uma ideia salta e forma uma base consistente para o que partilho em seguida. Estranhamente... hoje não! Por isso, hoje, tentei entender o que estava diferente. Pensei... pensei... e pensei. Dei voltas e voltas e, pouco a pouco, tudo se foi tornando mais claro. Afinal a diferença estava e sempre esteve no tema... Abril!! Na minha mente existia uma vontade em falar de Abril sem cair no erro de utilizar "clichés". Dentro de mim existia um anseio em falar de Abril pelos olhos de quem sempre ouviu falar dele, mas que nunca viveu aqueles dias. "- De quem nunca viveu? - Sim de quem nunca o viveu! - Mas eu vivi Abril! - Nao viveste nada... nasceste em 1976!! - Ah! Pois é!! Aliás... não é nada!!!Vivi Abril desde que nasci!! -Hum?!?! Não tinha pensado nisso!" Depois deste diálogo interior percebi que poderia partilhar o que quisesse, pois esse é o espirito de Abril, o de um verdadeiro sinónimo de liberdade. Para aqueles que cresceram a ouvir falar de Abril é mais simples escutar do que escrever. Para muitas gerações falar de Abril é tão natural como respirar mas, tal como esse acto, nem notamos enquanto o fazemos. Porquê? Porque Abril, para mim e para muitos, começou quando nasci e será sempre Abril enquanto existir Janeiro, Fevereiro, enquanto existir Março Maio, Junho, Julho, Agosto, enquanto Outubro se suceder a Setembro e enquanto Novembro vier antes de Dezembro!" Este ano a oportunidade de fazer um discurso sobre o 25 de Abril na sede do meu Concelho cabe a outro que não a mim. E que bom é esta possibilidade de permitir que todos sintamos Abril e não apenas alguns. Que cada um viva Abril à sua maneira. Não será tão Abril ter saído à rua em 1974 como pensá-lo em 2014? E é por isso que me lembro de todas as histórias que os meus pais e os meus avós sempre me contaram, sobre o antes e o depois da música de Zeca Afonso, Paulo de Carvalho, Ary dos Santos, Manuel Freire, Francisco Fanhais ou de Pedro Barroso. E sinto-me aconchegado por me sentir parte de uma história bonita em que David Fonseca e os Deolinda só fazem sentido se antes tiverem existido outros e de outros só poderem aparecer porque eles também existem. Para mim, Abril jamais pode ser igual ao que é para os meus pais, da mesma forma que Abril será sempre diferente para as minhas sobrinhas e para os meus filhos.
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BREVES
Concerto "40 anos do 25 de Abril"
João Borges Neves (Im)pressões Eleições Europeias e o Manifesto dos 74 nos 40 Anos do 25 de Abril! Com o aproximar das Eleições Europeias, é chegado o momento de todos fazermos um balanço destes últimos anos e de nos interrogarmos em que Europa nos transformámos. A crise financeira internacional de 2008 teve o condão de pôr a nu não apenas as enormes fragilidades do euro, mas também os egoísmos dos mais fortes. Infelizmente, o projeto europeu, tal como o conhecíamos, sofreu um forte revés. Impera a lei do ‘salve-se-quem -puder’ e do ‘cada um por si’, contrariando o espírito que presidiu à criação da comunidade de estados – antes, Comunidade Económica Europeia (CEE) e, depois, União Europeia (UE). Obviamente, não há como dissociar as políticas da UE das famílias políticas que as formulam, aprovam, e executam. O Partido Popular Europeu (PPE), que integra o PSD e o CDS nacionais, mas também a CDU de Angela Merkel, domina as diferentes instituições europeias. Tem, por isso, grandes responsabilidades na ineficácia do combate à crise de 2008. Será que o eleitorado irá esquecer-se? O Manifesto dos 74, subscrito por personalidades de diferentes sensibilidades políticas e dos mais variados sectores da nossa sociedade, veio lembrar-nos que os consensos são possíveis quando assentes em propostas concretas e patrióticas. Oxalá o nosso Parlamento esteja à altura da discussão que o assunto merece. Que melhor comemoração do 40º aniversário da Revolução de Abril poderia haver, que uma discussão parlamentar serena sobre os caminhos a trilhar doravante para sairmos da ‘armadilha’ em que caímos, com uns empurrões internos e externos. Aqui ao lado em Espanha, faleceu recentemente o primeiro presidente do governo da transição para a democracia, Adolfo Suaréz e a inscrição na sua lápide, “Fué posible la concordia”, remete para um momento em que todos os Espanhóis também tiveram, um momento de consenso e que com a sua morte voltaram a ter o recordatório coletivo de que, quando todos queremos conseguimos superar as divergências existentes para lutar por um ideal melhor que é o da DEMOCRACIA! Passados 40 Anos do 25 de Abril dia da Liberdade é bom recordar que ainda falta muito para se cumprir Abril!
O Centro Cultural de Moscavide irá receber, dia 26 de abril pelas 21 horas, o concerto com que a Junta de Freguesia de Moscavide e Portela decidiu homenagear esta data histórica. O espectáculo consiste na recriação do último concerto histórico de Zeca Afonso, na altura já com grandes dificuldades físicas, que teve lugar no Coliseu dos Recreios em 1983. Neste dia contou com a presença de vários artistas, como Fausto, Janita Salomé, Júlio Pereira, Octávio Sérgio, António Sérgio, Durval Moreirinhas, Rui Pato,
Guilherme Inês, Rui Castro, Rui Júnior, Sérgio Mestre e Lopes de Almeida. O DVD deste concerto saiu em 2010 e contem 12 faixas, Saudades de Coimbra, Balada de Outono, Canção de embalar, Natal dos simples, Vampiros, A morte saiu à rua, Milho verde, Canção da paciência, Era um redondo vocábulo, Papuça, Venham mais cinco e Grândola, Vila Morena são temas que serão interpretado pelo Grupo Contrastos (Escola Fort'Aplauso). Como convidados estarão Diana Afonso, Clara Gomes e Eva Costa.
Abertas as pré-inscrições para a Sala de Estudo da Gaspar Correia Já abriram as pré-inscrições para os alunos da Escola Básica 2-3 Gaspar Correia, que queiram fazer parte da sala de Estudo "Estudar é Fixe". Estas inscrições são destinadas a alunos do 2º ciclo (5º e 6º ano) e do 7º ano (3º ciclo), tendo aberto no dia 1 de abril e encerram no dia 31 de maio. Esta sala está em funcionamento entre as 8h e 30m e as 18h e 30m, estando aberta todo o ano, com excepção do mês de agosto,
feriados nacionais, dia de carnaval e 24 e 31 de dezembro. Quem estiver interessado deverá proceder à pré-inscrição tão rápido quanto possível, pois o número de vagas é limitado. Qualquer dúvida que pretenda esclarecer pode enviar um e-mail para saladeestu doestudarefixe@gmail.com. Esta é uma iniciativa da Associação de Pais e Encarregados de Educação (APEE) da Escola Gaspar Correia.
O adeus de D. José Policarpo O Seminário de Cristo Rei tem uma ligação muito forte com a Portela e Moscavide. Desde finais dos anos setenta até início dos anos noventa que este espaço acolheu portelenses e moscavidenses, oferecendo o seu espaço para o culto da religião, mas não só, pois tornou-se uma referência também como local de lazer. Para os católicos da Portela foi a sede da sua paróquia durante mais de dez anos, foi ali que começou a construção da Igreja de Cristo Rei, foram os padres daquela instituição que asseguraram as missas quando não havia pároco. É neste contexto que aparece D. José Policarpo, na altura Padre e Reitor do Seminário, que celebrou inúmeras eucaristias para os paroquianos da Portela. Era uma pessoa sóbria e dialogante que estava sempre pronta a ajudar, quer fosse pelo esclarecimento, quer pela prática real da tarefa. Não é de admirar a quantidade de cargos de responsabilidade que exerceu, além de Reitor do Seminário dos Olivais (durante 27 anos), foi Bispo Auxiliar de Lisboa (1978-97), Membro da Conferência Episcopal Portuguesa, onde exercia vários cargos de presidência, Arcebispo Coadjutor do Patriarca de Lisboa (1997-98) e 16º Patriarca de Lisboa desde 1998, tendo passado a Patriarca Emérito em 2013, após ter pedido a resignação em 2011 por ter atingido o limite de idade (75 anos). Esteve presente em dois Conclaves, os que elegeram o Papa Bento XVI (2005) e o Papa Francisco (2013). Na Universidade Católica foi docente e director da Faculdade de Teologia e reitor da Universidade entre 1988 e 1996. Faleceu no dia 12 de março, perdendo-se assim uma figura importante, não só para a Igreja, mas também para a sociedade portuguesa.
Portela Fashion Night Out excede as expectativas No dia 7 de março realizou-se no Centro Comercial da Portela (CCP) o Portela Fashion Night Out. Um evento que começou às 20 horas e terminou às 24, tendo contado com música, dança, promoções e ofertas. Numa noite dedicada à Mulher, ainda por cima em vésperas do seu dia internacional, a cosmética e a moda foram o prato forte da noite, num evento patrocinado pela Farmácia Paula de Campos e que contou com o apoio de outras lojas, que trouxeram ao CCP uma noite bem diferente do habitual. A organização não regateia elogios à forma como tudo decorreu, garantindo que esta experiência é para repetir.
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Actividades físicas adiadas devido ao mau tempo No dia 3 de maio, se o tempo o permitir, decorrerá o "Dia da Actividade Física", estão programadas diversas actividades, que decorrerão no Jardim Almeida Garrett na Portela. O dia começará às 10 horas com uma aula de ginástica denominada "Reforma Activa", que pelo nome se deverá direccionar
para a população sénior. Posteriormente irá haver uma outra aula de ginástica, cujo nome é "Ritmo para Todos" às 11 horas, a que se seguirá "Zumba", ao meio-dia, uma modalidade que nasceu na Colômbia e que mistura ritmos latinos, tal como dança e aeróbica. No período em que decorrem estes
eventos, entre as 10 e as 12 horas, todos os interessados poderão fazer, graciosamente, avaliações de aptidão física. O dia termina com o voleibol, que terá início às 15 horas. Durante o dia existirão diversos tipos de rastreios, disponíveis a todos aqueles que o pretendam fazer.
Filipe Esménio Comunição
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6 UNIDADES A CUIDAR DE SI. PARA ESTAR BEM COM A VIDA.
Mel de Cicuta Muitos têm medo de errar, eu não. Aliás, genericamente claro, não tenho medo e cometo erros. Ter medo é pensar no que poderá acontecer e eu penso mais no que estou a fazer. Vivo o presente, construo um futuro do qual não tenho nem fabrico expectativas. A nossa condição humana constrói em torno de nós uma teia que nos prende ao passado e uma outra amarra que nos faz ter medo do futuro. É legítimo, é humano, mas na verdade não nos traz nada. Só a verdadeira presença, a constante atenção e inspiração no momento presente nos poderá trazer a verdadeira felicidade. Discutia há dias com uma amiga qual o valor mais elevado que teria em mim. Depois de alguma dialéctica concluí que seria a liberdade. A verdadeira liberdade interior, a liberdade de escolha a liberdade de opinião, a liberdade em si, de todas as formas. Em parte agradecemos isso a Abril de 74, mês e ano em que nasci. Uma coincidência, é certo, mas feliz. Na prática os desafios de Abril continuam bem presentes, a democratização e o desenvolvimento são variáveis para os quais temos de continuar a trabalhar, todos os dias. Igualdade de género, igualdade de oportunidades, espaço para os que criam fora de formato, um profundo respeito pela diferença. Sou dos que acredita que as empresas não visam apenas o lucro e devem ter funções sociais. Tem de existir espaço para a iniciativa privada. Espaço para realizar. Espaço para ser. Sou um optimista que acredita no Homem. Sei que vamos continuar a construir uma sociedade. Por muitas contrariedades que surjam os erros fazem-nos construir mais e mais e mais. É da essência do Homem errar e construir. "O homem que não comete erros geralmente não faz nada." Não se diminua por ter errado. Compreenda o seu erro e tolere os dos outros. Ganhe elasticidade e procure fazer melhor. Todos somos capazes de o fazer. Grandes invenções surgem de pequenos erros, o post-it, o vinho da Madeira por exemplo. Importante é ter sempre a consciência de fazer. A todos os que todos os dias procuram fazer mais e melhor, o meu obrigado. Aos que estão mais parados não se preocupem, chegará a nossa hora. Tudo muda. Eu por cá continuo a errar feliz.
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ENTREVISTA
"O edifício está pronto e o Município irá protocolar, brevemente, a sua cedência com a ARS"
Em entrevista ao jornal MP, a Vereadora Maria Eugénia Coelho, responsável pelos pelouros da Educação, dos Recursos Humanos e da Coesão Social e Habitação, anunciou para breve a inauguração do novo Centro de Saúde de Moscavide. Falou também sobre a mais que provável reabertura do balcão da Segurança Social em Sacavém, que serve também Moscavide e Portela, e da possibilidade de abertura de novos centros de apoio à população sénior na nossa freguesia. Moscavide e Portela vão ter um novo Centro de Saúde, que beneficiará cerca de 25 000 utentes. Que mais-valias trazem este novo edifício? As condições do edifício em si são fundamentais para a mudança. Vão funcionar ali as duas unidades de saúde familiar de Moscavide, a que funciona nos contentores e a do edifício mais antigo, esta última sem condições nenhumas. O edifício está pronto e o Município irá protocolar, brevemente, a sua cedência com a Associação Regional de Saúde (ARS). Existem apenas algumas questões relacionadas com as acessibilidades que estão a ser resolvidas. Depois caberá à ARS
providenciar o equipamento e o mobiliário para que possa entrar em funcionamento. A propriedade do edifício é pertença da Câmara Municipal de Loures. Irá existir um contrato de arrendamento ou o Município cederá graciosamente o espaço? Não sei qual o enquadramento jurídico para esta situação, mas a ARS não terá qualquer tipo de renda com este imóvel. O edifício será cedido chave na mão à ARS, o que é digno de realce, pois apesar de não ser da competência da autarquia foi entendido que o interesse da população se sobrepunha.
Isso permitirá à ARS uma poupança próxima dos 5 000 euros mensais, valor que é pago mensalmente pelo arrendamento dos contentores e do edifício onde funcionam as duas unidades de saúde? Sim, será uma poupança bastante significativa. Já há uma data para a inauguração? Não. Nós tivemos recentemente uma reunião com o Presidente da ARS em que foram discutidos estes pormenores, o que indicia que a abertura possa ser feita em breve, mas faltam resolver as situações atrás referidas pela ARS. De qualquer forma penso
que não demorará. Este processo já vem do Executivo anterior. Qual a participação do actual? Realmente é um processo que já estava em andamento e o qual nós continuámos a acompanhar, fazendo todas as diligências para que o Centro de Saúde possa abrir o mais brevemente possível. Nesta nova urbanização, situada no ex-INDEP, estavam previstos vários equipamentos sociais. O pavilhão, que já existe, o Centro de Saúde, que vai existir, e o Centro de Dia.
ENTREVISTA
Em que ponto se encontra este último? O equipamento está em fase de conclusão e agora falta pô-lo a funcionar, o que acontecerá em breve também. A transferência de edifício do Centro de Saúde criará novos postos de trabalho, ou assegurará apenas os já existentes? Nós temos algumas lacunas a nível dos médicos e dos enfermeiros em todo o concelho de Loures, inclusive foi um dos pontos abordados na última reunião. Em relação aos médicos é um mal nacional, existem poucos médicos no país em função das necessidades, de qualquer forma entendemos que cada habitante deve ter o seu Médico de Família, o que implica necessariamente um reforço. Quanto aos enfermeiros é mais fácil, depende da vontade da ARS e do Ministério da Saúde, mas suponho, perante informações que nos foram transmitidas, que haverá um reforço destes profissionais de saúde. Há ainda dificuldades nos assistentes técnicos, que o Ministério terá de providenciar e que nós estamos disponíveis para ir conversando. No último MP entrevistámos a Dra. Rita Santos, Coordenadora da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Moscavide, que nos transmitia que as condições do novo Centro de Saúde, por si só, podiam ser um factor de atracção de novos médicos. Tendo em conta isto, não teme que haja uma deslocação de profissionais de saúde para o Centro de Saúde de Moscavide em detrimento de outros Centros do concelho? É natural que qualquer pessoa tente trabalhar num local com melhores condições e é óbvio, que existindo falta de médicos, que a sua entrada em determinado centro de saúde pressupõe a saída de outro. Por isso temos de ter uma visão global do concelho e exigir que em cada local as condições sejam mínimas e com dignidade para o serviço que prestam. Mas isso é um problema que o Ministério da Saúde tem de resolver, porque isto é uma condição básica e essencial à vida das pessoas. Até porque existem no município lacunas graves, quer na zona norte, onde o
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Centro de Saúde de Santo Antão do Tojal tem condições miseráveis, quer em Santa Iria da Azóia, onde falta um Centro de Saúde, apesar de já existir um terreno para o efeito, sendo necessário urgentemente proceder à sua construção. Na Bobadela, onde foi fechada a extensão local e que nós entendemos que deve ser reaberta, tendo já disponibilizado 3 ou 4 locais para a ARS visitar e voltar a reinstalar essa extensão. É algo para o qual temos sidos bastante insistentes e só estamos à espera de uma resposta da ARS sobre os espaços concedidos. Por fim Camarate continua com um problema, em que a população e a Câmara entendem que o centro de saúde deveria ser no centro, dadas as características daquela localidade. São boas notícias para uma freguesia com uma franja de população sénior bastante significativa. Como Vereadora, responsável pelo pelouro da Coesão Social, tem em mente outras medidas que tenham em conta este facto, o dos habitantes de Moscavide e Portela terem uma percentagem de idosos elevada? Sim. Já dialogámos com a Segurança Social com o intuito de alargarmos o apoio domiciliário, tanto em Moscavide como na Portela, que é uma lacuna evidente. Existem também alguns projectos com algumas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), no sentido de serem criados lares e centros de cuidados continuados que estamos a acompanhar. Serão localizados também na nova urbanização, onde estava situado o INDEP? Não, serão localizados noutras zonas de Moscavide e Portela. O balcão da Segurança Social em Sacavém, que servia também Moscavide e Portela, foi encerrado. Será definitivo ou existe a esperança que possa vir a ser reaberto? Temos tido negociações com a Segurança Social para a reabertura do referido balcão que têm sido
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Já dialogámos com a Segurança Social com o intuito de alargarmos o apoio domiciliário, tanto em Moscavide como na Portela, que é uma lacuna evidente.
muito profícuas. Disponibilizámos alguns espaços que a Segurança Social avaliou, levando a que as conversações estejam no bom caminho e com fortes expectativas que o serviço possa ser reaberto. Manter-se-á em Sacavém? Sim, os 4 espaços que disponibilizámos são todos em Sacavém. Pode-se dizer que foi uma perda temporária? Espero que assim seja, aliás neste momento tudo indica que será, apesar de ser um pouco prematuro anunciar já como readquirido. Como responsável pela Habitação na área social e, após a resolução da Quinta da Vitória, sente que será necessário intervir noutros locais? Em termos sociais não, mas no
que toca a edifícios, através do Presidente Executivo, temos ideia que será necessário recuperar as zonas mais antigas com planos recuperação e salvaguarda como houve anteriormente. É preciso, de facto, dialogar com os proprietários dos edifícios no sentido de os recuperar e dar as condições necessárias aos inquilinos. Por outro lado também é necessário que o espaço público, principalmente em Moscavide, seja mais atractivo e de acordo com as necessidades das pessoas. Tendo em conta que existe uma considerável percentagem de população envelhecida, será necessário eliminar as barreiras arquitectónicas, de forma a que os espaços possam ser usufruídos por todos. Isto terá de se feito de forma coordenada e reflectida sempre na procura de adaptar o espaço às pessoas.
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No que respeita à Educação, outra área que coordena, parece-lhe ser suficiente o parque escolar em Moscavide e na Portela? Em Moscavide existiam algumas dificuldades, mas com a adaptação da Escola Básica Dr. Catela Gomes a situação ficou resolvida. O Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide dispõe de escolas boas, que dão resposta adequada à população. Existem apenas algumas lacunas no que diz respeito à educação pré-escolar, apesar de não ser a freguesia mais gritante, mesmo assim precisamos de reforçar as ofertas nessa área, principalmente em Moscavide.
Pedro Pereira
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ARTE
Portelense Rui Aleixo brilha em Óbidos no 12º ano, a escolhida foi a Vitorino Nemésio. Passando a ter passe social, começou a ter mais mobilidade para ir visitar exposições e museus sozinho. Quando chegaram os exames de entrada na Universidade, escolheu a Faculdade de Arquitectura. No final do 3º ano Rui Aleixo decidiu interromper o curso, que não correspondia ao esperado. Começou então uma longa “viagem” e experiência de vida comunitária e de voluntariado que o levou a Taizé (1997-2001), Mymensingh (Bangladesh) e Calcutá (20012002). Ao regressar concorre e ingressa no curso de Pintura do Ar.Co e no de Canto da Escola de Música do Conservatório Nacional. Desde então vive em Lisboa. Concluiu o Plano de estudos completos em Pintura, o Curso avançado de Artes Plásticas e o Projecto Individual de Artes Plásticas no Ar.Co. Após ter concluído o curso de Canto no Conservatório Nacional, licenciou-se em Canto na Escola Superior de Música de Lisboa.
O início Rui Aleixo nasceu em 1976 e passou a infância e juventude entre a Portela e a zona Saloia, passando os fins-de-semana e as férias na casa dos avós paternos (Chamboeira, região de Bucelas).
Na altura era conhecido por Rui Silva, vivia com os pais e irmãos no lote 190 e frequentou as escolas Gaspar Correia e a “Azul”. No 10º ano foi para a “Arco-Íris” onde pôde optar pela “área E”, a das artes. Tendo de mudar de escola
Exposição em Óbidos WE é o nome da exposição de Rui Aleixo, patente na Galeria NovaOgiva em Óbidos de 22 de fevereiro a 18 de maio de 2014 (aberta todos os dias entre as 10h e as 18h; encerra às terças-feiras e das 13h às 14h para almoço). Trata-se da primeira exposição individual do artista, que ocupa por inteiro o espaço da galeria com trabalho recente, construído de raiz para o projecto. WE é em simultâneo uma alusão ao Oeste (West) e ao tipo de alcance e reflexão pretendido para o projecto: uma exposição que aproxime o público do artista (e vice-versa) e do seu processo criativo. Como afirma Rui Aleixo “na Arte os processos não dependem de uma única pessoa. Ela é constituída por uma teia intrincada de intervenientes e, o artista, por mais eremita ou autónomo que seja, não alimenta a sua obra exclusivamente com o que traz dentro de si. Ele precisa do mundo – ele vive no mundo. E, em última análise, a obra precisa do observador para se tornar num “objecto de arte”.” A preparação deste projecto começa com períodos de residência na vila de Óbidos. Em outubro de 2013, uma primeira residência “preparatória” serve para fazer levantamentos do espaço expositivo e das necessidades materiais e humanas para a produção e montagem. É uma
permanência num local que, até então, o artista só frequentara enquanto visitante. Corresponde igualmente à fase de pesquisa de documentação, informação e imagens que serão ponto de partida, tema ou conteúdo para alguns dos trabalhos apresentados. Em novembro, Rui Aleixo volta a Óbidos para começar a definir a organização do espaço expositivo e avançar na produção dos conteúdos. É o momento para deixar definida a estrutura de um projecto que pretende desenvolver junto da população. Realiza-se um encontro com todos os professores, animadores e educadores que trabalham dentro das áreas artísticas com os alunos de todas as faixas etárias das escolas do município de Óbidos. É-lhes apresentado o projecto WE e o artista propõe e lança um Enunciado Visual: trata-se de um “exercício” a realizar pelos alunos e a ser acompanhado pelos professores, educadores ou animadores que aceitam o desafio. Numa fase final, quando o “desenho” está próximo da conclusão, Rui Aleixo vem ao encontro de cada turma participante para conhecer os trabalhos e os alunos envolvidos. Mais do que “bons desenhos”, pretende com o Enunciado estimular uma resposta que passa por dedicar uma atenção ao quotidiano e ao próximo, aguçar uma curiosidade que funciona como motor dinâmico e criativo em qualquer área do saber e do fazer. Os trabalhos dos alunos foram expostos na galeria do Pelourinho, em Óbidos, durante o mês de março de 2014. A mostra chamou-se NÓS. O nome evidencia a relação com o projecto expositivo WE e sugere igualmente encontro e rede. A exposição pretende aproximar o turista/ visitante do ponto de vista dos habitantes da vila de Óbidos – neste caso as crianças e jovens. Durante os meses de dezembro e janeiro Rui Aleixo desenvolve o trabalho num atelier improvisado, um apartamento na Portela recentemente adquirido por amigos. É aqui que surgem as telas C.A.L. e o painel WE(st) é concebido de forma a que os módulos sejam autónomos e portáteis. Em fevereiro Rui Aleixo regressa a Óbidos para o último longo período de permanência na vila. O tempo é partilhado entre as visitas às escolas – para o acompanhamento do projecto NÓS – e a montagem da exposição na galeria. Durante três semanas o
artista faz da galeria o seu atelier, onde instala as obras previamente concluídas (pintura) e constrói grande parte do trabalho tridimensional site-specific (escultura e instalação). À entrada da galeria encontra-se WALL #2 (desinstalação), um mural composto por postais. Esta imagem surge a partir da tela de Josefa de Óbidos, que encima o retábulo de Santa Catarina de Alexandria (1641) da Igreja de Santa Maria, em Óbidos. O visitante pode escolher as parcelas (postais) que deseja retirar da parede, actuando assim sobre a imagem inicial – a que encontra ao entrar na galeria – e participando na construção de uma nova imagem – a que deixa ao sair da galeria – que incluirá uma nova porção de parede nua (como contrapartida é sugerido um valor simbólico por cada postal escolhido). A outra obra que ocupa o piso térreo da galeria é WE(st), um painel composto por 20 telas, agrupadas em 10 módulos/ unidades. O painel forma uma mancha cromática que ocupa a maior parede da galeria. A forte componente cromática das telas não resulta de um acaso ou de uma composição decorativa, mas de uma correspondência visual com o mapa, com as épocas da construção do centro histórico de Óbidos e com as transformações emblemáticas da estrutura da vila. Nos três pisos da galeria vêem-se telas caiadas, esculturas e instalações criadas especificamente para o espaço: as peças entram em diálogo com a arquitectura modernista da galeria mas relacionam-se igualmente entre si. O piso intermédio funciona como um “patamar performativo” onde ocorrerá uma performance nos dias 10 e 17 de maio às 16h. Trata-se de uma acção que integra o espaço da galeria e usa os objectos/materiais que habitam o espaço, como cenário e personagens da própria história. A moleira é o nome da performance onde o artista cruza as artes plásticas com a música, a sua outra área de formação. No mezanino do último piso o visitante é presenteado com um espaço onde se observam os materiais e matérias-primas utilizadas na execução das obras, assim como os desenhos e cópias das páginas dos cadernos onde foram anotados os passos do trabalho.
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Rita Paulos
Diretora da Casa Qui - Associação de Solidariedade Social
O Quiçá Menos Evidente na Natalidade
Artes plásticas Em 2013, Rui Aleixo apresenta o projecto de instalação e performance Transition (Nur als Schmetterling) na Kunsthause de Hamburgo, numa parceria com a artista Valeska Schulz; desenvolve o conceito de uma performance musical – interpretada por um quarteto de cordas – em diálogo directo e simultâneo com uma performance visual. Em 2012 participa no projecto colectivo de instalação Montra 0.47, com as artistas Andrea Brandão e Glória Oliveira, ocupando uma loja vazia de um centro comercial. No mesmo ano realiza Manifesto P, uma Acção de intervenção urbana na Praça de Espanha. Na Experimenta Design 2011 participa com o projecto tangencial de artes plásticas WALL #1 (desinstalação), trabalho onde explora
Foto: Rui Dias Monteiro
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Foto: Rui Dias Monteiro
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a co-criação de um determinado resultado plástico operada entre o artista e o público. Em 2009 participa em três mostras colectivas: School Out-Out of School (Arthobler - Lx Factory), 12|09 (9arte) e Bolseiros e Finalistas do Ar.Co 08 (Palácio Galveias). Em 2008 participa nas colectivas Projecto E – Bolseiros e Finalistas do Ar.Co 07 (espaço Tranquilidade – Projectos Especiais) e Pôr a Par (espaço Avenida). No mesmo ano entra no exercício colectivo de escultura Nota de Encomenda (galeria da livraria Assírio & Alvim). É seleccionado para a mostra Jovens Criadores (Montijo) e participa em SIM NÃO, um projecto de instalação de Francisco Tropa (auditório de Serralves, Porto) em 2006. Tem obras presentes em várias colecções privadas e numa pública
(Fundação Portuguesa das Telecomunicações) e ilustrações editadas em Portugal e em Espanha (para mais informações, ver http://ruialeixoartistaplastico.blogspot.com/). Canto Em Música, Rui Aleixo trabalha como tenor. Em 2013 é Pilatos na Passio Domini nostri Jesu Christi secundum Joannem de Arvo Pärt e canta as Leçons de Ténèbres pour le Mercredi Saint de François Couperin. Em 2012 apresenta-se no Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian na Acção Imagética Ifigénia e Isaac do colectivo A kills B (João Ferro Martins e Hugo Canoilas). Em 2011 participa na estreia mundial da ópera Ainda não vi-te as mãos e em 2009 na de In Memoriam Bernardo Soares op 37 (Edward Ayres d’Abreu).
Em Oratória interpreta Bach e Mozart e em Ópera é o Marinheiro em Dido & Eneias de Purcell (Teatro Nacional de São Carlos, 2009). Em 2007 participa n’A Barca de Veneza para Pádua de Adriano Banchieri (Teatro Taborda e Teatro da Comuna). É membro co-fundador do grupo vocal d’Homini+. Colabora regularmente com o Coro da Casa da Música e com o Coro Gulbenkian, faz parte do Coro de Câmara Lisboa Cantat. Em 2012 participa no espectáculo A Africana, da companhia de teatro Cão Solteiro e de Vasco Araújo e na ópera Páris e Helena de Gluck, com o Estúdio de Ópera da ESML, encenação de Clara Andermatt e cenografia de Rui Horta. Pedro Pereira
Soubemos nos últimos meses que o governo irá apostar na natalidade. A mesma será difícil de aumentar perante a redução ou falta de apoios, o aumento do custo de vida, a precariedade e o desemprego. Será interessante descobrir como pretende um governo aumentar a natalidade quando contribuiu ativamente no sentido oposto. É aliás de uma ousadia e de uma ignorância atrevida quem das gerações mais antigas acusa as mais novas de egoísmo por não terem filhos ou mais filhos, não entendendo que, em verdade, em muitos casos essa é uma escolha feita a pensar nos potenciais filhos ou nos que já têm, como confirmado pelo Inquérito à Fecundidade 2013 do INE. Podemos falar também dos casais do mesmo sexo que gostariam de recorrer à procriação medicamente assistida em Portugal, pelo menos num estabelecimento de saúde privado, e são obrigados a recorrer ao estrangeiro, tornando-se este num privilégio de casais com meios suficientes, implicando que quantias avultadas dos seus rendimentos se transformem assim em consumo externo e impedindo que com os seus projetos familiares contribuam, com mais facilidade, para a natalidade, por via das soluções que se ajustam à sua realidade conjugal e às suas características intrínsecas enquanto pessoas. Não menos importante, não é possível criar condições adequadas enquanto as mulheres forem vistas como guardiãs da maioria das responsabilidades familiares e, consequentemente, receberem menos salário que os homens pelo mesmo trabalho - implicando um orçamento familiar mais baixo em qualquer casal de um homem e de uma mulher ou de duas mulheres - e não existir uma cultura empresarial que defina a vida familiar como uma prioridade para o bem-estar de muitos dos seus trabalhadores e trabalhadoras. É necessário efetuar uma articulação vida profissional e vida familiar/doméstica que considere que pais e mães precisam em igual medida de tempo para gerir esse aspeto das suas vidas. Afinal, é do interesse do tecido empresarial esta mudança na gestão dos seus recursos humanos, porque mais filhos significam mais consumo e mais consumidores. Todos e todas ganhamos.
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PSICOLOGIA
Psicologia para todos
O Nosso Testamento Espiritual Filipa Monteiro Fernandes Psicóloga Organizacional
Como podemos mudar o nosso comportamento? Como podemos “cancelar” um hábito? O que temos que fazer para ser mais felizes? Nesta edição, vamos abordar um tema que de certa forma nos ajudará a compreender algo que dificilmente tomamos consciência: os 4 níveis de consciência relacionados com a curva da aprendizagem. Numa primeira fase – nível 1: inconsciente incompetente – a pessoa encontra-se inconsciente da sua incompetência, ou seja, não sabe que não sabe (por exemplo, uma criança que por volta dos 3 anos de idade, acha sempre que sabe tudo, até conduzir! Como dizia o “meu” Antoninho no outro dia: “Eu já sei conduzir! A mãe só tem que carregar nos pedais!”). No nível 2, consciente incompetente, a pessoa está consciente da sua incompetência, isto é, sabe que não sabe (por exemplo, quando um adolescente com 18 anos de idade começa a tirar a carta de condução, e a deparar-se com as dificuldades reais. Ele toma consciência de que não sabe conduzir). No que concerne ao nível 3, consciente competente, o indivíduo tem consciência que sabe, ou seja, sabe que sabe (quando o indivíduo está numa fase de aprendizagem, nas aulas de condução, tem que tomar consciência do que tem que fazer quando, por exemplo, quer parar o carro sem o deixar ir abaixo. Claramente, nesta fase, está consciente das acções que terá que realizar (tem que colocar o pé na embraiagem, eventualmente reduzir, e de seguida pôr o pé no travão) até que este novo comportamento se torne um hábito. O nível 4, prende-se com o inconsciente competente, significa portanto que o comportamento já está tão automatizado (hábito criado), não sabe que sabe, ou seja, neste instante quando quer proceder à travagem já o faz de um modo “automático”, comportamento não pensando. É nesta fase, quando os nossos comportamentos já estão de tal forma enraízados que poderemos cair no erro. Ou seja, estamos de tal maneira “fechados” na rotina e nos hábitos criados, que podemos não nos aperceber que estamos a falhar. Na nossa atitude perante a vida, por vezes, temos que sair da zona de conforto, quebrando hábitos, e encontrar novas formas de comportamento, repeti-las as vezes necessárias, para que este novo comportamento, substitua o anterior e se torne num novo hábito, congruente com os nossos valores, para que desta forma, consigamos encontrar soluções para os actuais desafios, para assim, sermos realmente felizes!
Maria Margarida Oliveira Psicoterapeuta
Se a prática do testamento de bens materiais vem desde os tempos remotos, pois que nele se apoiou e baseou a estabilidade das famílias, castas, ou mesmo países, porque não acontecer o mesmo com os bens espirituais (alma, vida …)? No nosso tempo a questão da hereditariedade biológica parece ser já um dado adquirido, que serve para explicar a existência de inúmeras doenças e apoia já a medicina preventiva. Falta ainda avançarmos no caminho da transmissão da nossa parte imaterial, do nosso espírito, ou alma, aos que nos rodeiam e sobretudo aos nossos descendentes, deixando-lhes assim um outro testamento! Este caminho está a ser feito pela Psicologia, sobretudo a Psicologia Transpessoal. É sobre estes dados que me proponho hoje tecer algumas considerações. Deixemos de parte a controvérsia científica entre “se o pensamento” e a “consciência” são unicamente gerados pelo cérebro – como tenta provar a neurociência -, ou se as suas raízes estão para além do cérebro como já defendia Platão! Se tudo termina com a morte então não há nada a discutir! Mas se admitirmos que existe uma parte imaterial em nós que, por ser energia, não se
destrói, então todo o problema religioso e da nossa continuidade após a morte adquire outro sentido. A Psicologia, tal como a Religião, trabalha, escuta, e vê a parte imaterial dos seres humanos, o que designamos por sofrimento, ou vida psíquica, ou seja, uma outra dimensão diferente da biológica, ainda que intimamente interligadas. Agora com a ajuda da Física Quântica, sabemos que essa réstia, essa centelha de humanidade, esse espírito ou alma, que está em cada um de nós e que se vai manifestando ao longo da vida, não se pode dissolver e apagar, pois por definição ela é mesmo eterna e única! Esta é primeira questão a resolver! Resolvida esta primeira questão, há então que passar, para quem crê, ao seu testamento, ou seja, à sua passagem para os descendentes. Se essa herança espiritual nos parece clara para os grandes seres que deixaram marcas profundas no desenvolvimento social, e individual – tal como Cristo, Buda, Gandhi (com a independência da Índia) ou Mandela (com a mudança de regime na África do Sul) só para citar os mais próximos ou influentes, o mesmo nos custa admitir para cada um de nós, pese ainda a afirmação que: “a exceção confirma a regra”! Admitindo assim que existe
mesmo uma herança espiritual, o que poderá fazer parte desta? Avancemos com algumas hipóteses colocadas pela Psicologia Transpessoal. De uma forma muito geral, e por isso mais fácil de constatar, analisemos as grandes decisões, que após a adolescência, somos obrigados a tomar: - O constituirmos, ou não, família. Essa decisão foi baseada na pressão social? Familiar? De classe social? De obtenção de poder? De libertação? De realizarmos o sonho de termos uma grande família? Ou por razões “que a razão desconhece”? Quais? - A importância e a crença no Amor: a nós mesmos, aos outros e à vida! Ou o considerarmos tudo isso como uma ilusão e olharmos só para o lado pragmático e material da vida? Essa foi também uma decisão nossa. - O que desejamos obter na Vida: Poder, Bens Materiais, Consideração Social? Crescimento Espiritual e de Conhecimentos? Aquilo a que chamamos “realização social e pessoal”? - O deixar de tomar decisões e continuarmos eternos adolescentes, vivendo assim à custa dos outros sejam eles os pais, o Estado, ou os companheiros! Etc. etc. O primeiro balanço destas opções faz-se por volta dos
quarenta anos – aquando da chamada “depressão dos 40”-. Aí há ainda oportunidade de se fazer uma avaliação às nossas opções e de mudar o sentido dado à vida. O segundo balanço dá-se mais tardiamente, já no declinar da vida, que agora com as reformas antecipadas acontece mais cedo. E esse balanço pode ser muito negativo e, ou a alma projeta a responsabilidade para os outros, ou assume verdadeiramente as suas responsabilidades, perdoando-se e perdoando, e tentando reparar o que puder. Daí a importância, na nossa cultura, do “perdão”. Se não aceita essas suas responsabilidades e as projeta para os Outros, ou para o Destino, ou mesmo para Deus, não tenho dúvidas que os seus descendentes as vão receber, tal como acontece com as doenças hereditárias. Para isso é já suficiente todo o espetro de decisões que nos são inconscientes, e que acontecem ao longo da nossa vida. Assumamos então o que já nos é consciente e da nossa responsabilidade e a Vida poderá ser-nos mais fácil, feliz, e verdadeiramente humana.” Quando nos queixamos estamos a “queixar-nos de alguém ou de alguma coisa” e com isso a perdermos o nosso tempo e a nossa possibilidade de evoluirmos.
INSTITUIÇÕES
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Jovens Sem Fronteiras Os Jovens Sem Fronteiras (JSF) da Paróquia de Cristo-Rei da Portela fazem parte de um Movimento Missionário Católico de Jovens nascido em 1983, atualmente com cerca de 43 grupos espalhados de Norte a Sul do país. Estando ligado aos Missionários do Espírito Santo, este movimento tem como objetivo, entre outros, viver e construir a fraternidade entre os homens e apoiar os adolescentes e jovens que queiram preparar-se para a vida missionária, levando-os a participar em iniciativas e projetos que vão ao encontro dos mais desfavorecidos. Entre as várias atividades desenvolvidas durante o ano pelos Jovens Sem Fronteiras da Portela, encontram-se as visitas mensais ao Elo Social e a participação em atividades da paróquia e de toda a região Sul deste movimento nacional. Anualmente os JSF realizam atividades missionárias durante o verão. Em Portugal, desenvolvemos as chamadas Semanas Missionárias, em que vários grupos de jovens se deslocam a aldeias e cidades de Norte a Sul do país para aí desenvolverem, durante 10 dias,
as mais variadas ações missionárias: visitas a idosos, doentes, prisões e hospitais, animação da eucaristia e evangelização. Também durante o verão, o movimento JSF realiza o chamado Projeto Ponte. Trata-se de um mês de voluntariado missionário num país estrangeiro de língua oficial portuguesa. Durante todos estes anos, os Jovens sem Fronteiras já “realizaram Pontes” em países como Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Cabo-Verde e Brasil. Este ano, um grupo de 10 jovens de todo o país, incluindo um elemento do grupo da Portela, irão abdicar das suas férias para partir durante o mês de Agosto para a Guiné Bissau, onde desenvolverão um projeto nas áreas da saúde, educação e direitos humanos. É para este projeto, apoiado pela ONGD Sol sem Fronteiras, que vários grupos de todo o movimento organizam por esta altura festas e atividades de angariação de fundos, na qual se inclui a Feira Gastronómica dos JSF Portela. A entrada é livre e os lucros da Feira reverterão na totalidade para o Projeto Ponte.
Feira Gastronómica a favor de projeto na Guiné Bissau O Grupo de Jovens Sem Fronteiras da Portela irá realizar a III Feira Gastronómica no dia 24 de Maio na Paróquia de Cristo-Rei da Portela, para ajudar a suportar custos inerentes a um projeto missionário na Guiné Bissau. Esta feira solidária terá lugar, como habitualmente, no pátio da igreja da Portela, a partir das 19h, e conta com diferentes opções: Caril de Gambas, Cachupa, Bacalhau com Natas, Caldo Verde e Carne de Porco à Portuguesa, juntando assim os sabores do nosso país com os pratos tradicionais de outros lugares. O visitante pode escolher um dos vários menus à disposição ou optar por um menu degustação (que inclui 4 mini-pratos). Todas as opções estarão a um preço bastante acessível. Haverá ainda vários petiscos e doces para quem não tiver muito apetite.
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MÚSICA
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Ninho de Cucos
Festivais de Verão – Antevisão
João Alexandre Músico e Autor
Os “Festivais de Verão” em Portugal vieram para ficar. São hoje uma realidade incontornável da oferta musical, cultural e turística, distribuídos um pouco por todo o país e com especificidades que os ajudam a ganhar identidade e espaço próprios. São igualmente um conjunto de negócios associados e uma disputa de grandes marcas por notoriedade e, obviamente, retorno dos investimentos efetuados. Um estudo da GFK Metris revela que apenas 20% dos portugueses rejeita este tipo de eventos e que, em 2013, o número de espetadores de música foi superior ao número de espetadores total dos jogos de futebol da 1ª Liga. Mas os “Festivais de Verão” de maior dimensão há muito que ultrapassaram fronteiras. Segundo Álvaro Covões da Everything is New e mentor, entre outros, do Optimus Alive em Lisboa, no ano passado foram vendidos cerca de 12.000 bihetes para o estrangeiro e 17.000 em 2012 (factor Radiohead). A
internacionalização deste festival é um facto e bastará percorrer alguns metros dentro do recinto, para logo percebermos que por ali se fala muito mais que apenas português. Espanhóis (muitos), franceses, ingleses, alemães, italianos, americanos, entre outros, habituaram-se já a ter em conta este festival referenciado por todo o mundo, pelo cartaz apresentado, pela cidade, pessoas, clima e preços. Numa breve antevisão sobre alguns destes maiores eventos para o corrente ano, sem desprimor pelas largas dezenas que se realizam em todo o país com diferentes objetivos e vocações, analisemos o cartaz proposto na presente data de 3 deles: Rock in Rio, Optimus Alive e Super Bock Super Rock. Rock in Rio 2014 Realiza-se nos dias 25, 29,30, 31 de Maio e 1 de Junho no Parque da Bela Vista, em Lisboa. Autointitula-se como o maior festival de música no mundo, que tem
como objetivo levar todos os estilos de música aos mais variados públicos, abordando ainda os temas muito em voga da sustentabilidade e responsabilidade socio ambiental, de modo a consciencializar as pessoas de que poderão também elas tornar o mundo num lugar melhor. É bonito! Relativamente ao cartaz, este festival confirma as próprias pretensões e é sem dúvida um evento para o povo em todos os sentidos. Há de tudo e para todos ainda assim com algum critério na divisão estilística por dias, o que por outro lado poderá condicionar a compra de passes, naturalmente substituída pela aquisição de bilhetes diários em função dos gostos de cada um. Robbie Williams com Ivete Sangalo e Boss Ac no 1º dia, Rolling Stones (provavelmente uma última oportunidade de ver estes monstros sagrados ao vivo, apesar deste rumor já correr há uns 20 anos) e Xutos e Pontapés, no mesmo dia de Gary Clark jr. e Rui Veloso com Lenine
(rock e fusão luso-brasileira), dia 30 com mais peso assegurado pelos Queens of the Stone Age (que regressam após uma grande concerto no ano passado protagonizado no Meco) e Linkin Park. Dia 31 uma noite a piscar o olho a outro público, com a presença dos Árcade Fire, Wild Beasts, Ed Sheeran e os portugueses Capitão Fausto e no dia de encerramento um mix que inclui Justin Timberlake, Bombay Bicycle Club, o disco dos Chic, Linda Martini e João Pedro Pais com Jorge Palma. http://rockinriolisboa.sapo.pt/ Optimus Alive É em Algés, Lisboa, que decorrerá nos dias 10, 11 e 12 de Julho o Optimus Alive, aquele que é provavelmente o Festival feito em terras lusas mais galardoado e referenciado lá fora, apresentado como um “Glastonbury Festival” mas com sol e praia. Num cartaz que aproveita e entra no roteiro dos artistas que tocam nesta altura por todos os maiores festivais europeus, o Alive estreita a “banda” de público atingida, ainda assim muito larga e internacional como atrás referido. Arctic Monkeys, Interpol, Imagine Dragons, Elbow no dia 10 de Julho, Black Keys, MGMT e Buraka Som Sistema no dia 11 e Foster the People, Bastille e Daughter no último dia. Estes são apenas as cabeças de cartaz, entre muitos outros, mais de 125, espalhados por seis palcos que garantem a presença de muita gente, muito consumo de cerveja, muita festa, substâncias mais ou menos legais e correrias de um para outro palco. É um festival urbano, onde muitos adquirem o passe porque a música e artistas apresentados se enquadram no padrão de rock e pop rock mais ou menos alternativo. http://www.optimusalive.com/ Super Bock Super Rock
Realiza-se no Meco/Lagoa de Albufeira nos dias 17, 18 e 19 de Julho, precisamente uma semana depois do Alive. Após o fracasso da edição de 2012, fruto de um cartaz pobre em termos comparativos e que afastou muitos potenciais espetadores, o SBSR ajustou em 2013 um cartaz que teve Killers, Queens of the Stone Age e Arctic Monkeys como cabeças de cartaz e recuperou a credibilidade perdida e ofuscada pelo pó contínuo que, apesar de esforços, tende a persistir. Para 2014 os nomes fortes são para já Massive Attack, Eddie Vedder e Kasabian, juntamente com os portugueses Dead Combo e Legendary Tigerman. Parece-nos ainda pouco mas crê-se que mais um ou dois nomes de relevo garantirão o sucesso do evento. http://www.superbock.pt/sbsr/pt/ site.aspx Aproveitamos ainda para destacar dois festivais a norte, normalmente com cartazes muito apetecíveis e, sobretudo, em locais muito aprazíveis como são o Optimus Primavera Sound no Porto (este ano com Pixies, Caetano Veloso, The National, Mogwai, etc), que decorrerá a 5, 6 e 7 de Junho e o Vodafone Paredes de Coura, o mais rural de todos, que se realiza num fantástico anfiteatro natural à beira rio, entre 20 e 23 de Agosto e que conta entre outras com as actuações de Franz Ferdinand, Beirut e Cut Copy. Muitas opções, muita música e alegria, momentos únicos para mais tarde recordar assim haja saúde e dinheiro nestes dias de crise agora vividos.
PERSONALIDADE
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Eduardo Gageiro
Uma Vida Através das Imagens
A Terra que o viu nascer, homenageia um dos seus filhos mais ilustres com a exposição, “Eduardo Gageiro. Rapaz de Sacavém, Fotógrafo do Mundo” Eduardo Gageiro, uma das maiores referências do fotojornalismo português, chegou acompanhado da sua fiel companheira, uma máquina fotográfica e com a vivacidade de quem ama o que faz, guiou os visitantes numa viagem emocional pela sua obra e pela sua vida. A iniciativa “Eduardo Gageiro: memórias na objetiva” proporciona o contato directo com o artista e realiza-se no segundo sábado de cada mês no Museu da Cerâmica de Sacavém. O fotógrafo vive há mais de meio século através das imagens, que registaram grandes acontecimentos da sociedade portuguesa e do mundo. Fotografou desde cidadãos anónimos até figuras públicas, como o ex-presidente António Ramalho Eanes, Xanana Gusmão até ao Papa João Paulo II. O 25 de Abril de 1974 O fotógrafo chegou a ser interrogado pela PIDE, que o queria convencer a fotografar paisagens bonitas em vez das pessoas humildes que existiam em Portugal, imagem que o regime político da altura não queria que fosse transmitida além-fronteiras. Um dos maiores acontecimentos que marcaram a sua carreira e a História de Portugal foi a Revolução dos Cravos. Gageiro captou o instante decisivo, quando o Capitão Salgueiro Maia regressava das negociações na rua do Arsenal e ao perceber que a revolução tinha triunfado, mordeu o lábio para não chorar. Nesse dia, quando chegou estavam militares por todo o lado a
impedir a passagem. Eduardo Gageiro disse a um soldado: “Faz favor, leve-me ao comandante que eu sou amigo dele. Eu não sabia quem era o comandante, nem era amigo dele, mas o rapaz acreditou, coitado". Nesse dia fez centenas de fotografias, muitas foram publicadas no jornal diário “O Século”. “Posso morrer amanhã que morro feliz. Estava a dignificar o meu país, a minha terra.” “Esta exposição significa o culminar de uma carreira, que foi feita a pulso e com muita honestidade. Quando soube que iria ser concretizada, foi na altura que descobri que estava doente com um linfoma. Na inauguração estavam vários amigos como o casal Eanes, a actriz Eunice Muñoz, a deputada Ana Gomes e muitos outros. Num pequeno discurso disse – Posso morrer amanhã que morro feliz. Estava a dignificar o meu país, a minha terra. Nunca trabalhei a pensar nos louros. Desde o início da minha carreira sempre tentei dar o meu melhor e estar próximo dos mais humildes e os mais frágeis. Sempre que ganhava um prémio internacional ficava feliz, sentia que estava a prestigiar Portugal. É preciso gostar, amar muito aquilo que se fotografa, sentirmo-nos identificados. Enquanto fotografamos as pessoas temos que falar a linguagem delas, para que a sua essência transpareça na imagem. A personalidade que gostava de ter fotografado era o Nelson Mandela, foi um grande homem”,
comentou sobre a sua carreira, a exposição, o que é necessário para tirar uma boa fotografia e sobre uma personalidade que gostava de ter fotografado. “Ainda sinto o cheiro do estojo de couro” A sua primeira foto publicada foi na primeira página do Diário de Notícias quando tinha apenas 12 anos. “Ainda sinto o cheiro do estojo de couro”, falou emocionado sobre quando o pai lhe ofereceu a sua primeira máquina. Iniciou a sua actividade de repórter fotográfico em 1957 no Diário Ilustrado e nunca mais parou de fotografar. Foi colaborador em várias e prestigiadas publicações nacionais e estrangeiras e foi fotógrafo oficial da Presidência da República. Expõe individual e coletivamente nos cinco conti-
nentes, desde 1967. Os seus trabalhos estão espalhados por todo o mundo. Venceu mais de 300 prémios internacionais. Entre os quais destacam-se em 1974, o 2º prémio no World Press Photo, na categoria Portraits e em 2005 o Prémio Especial do Júri, a Medalha de Ouro para a melhor fotografia e a Medalha de Ouro para a melhor fotografia a preto e branco da 11ª Exposição Internacional de Fotografia Artística da China, o maior concurso de fotografia do mundo, onde participaram mais de 3500 fotógrafos de 68 países e mais de 35.000 fotografias. Publicou 16 livros, com textos de alguns dos principais escritores portugueses, tais como: José Cardoso Pires, José Saramago, António Lobo Antunes, Lídia Jorge, Sophia de Mello Breyner Andresen e Miguel Torga.
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14/04/17
A obra de Eduardo Gageiro transmite um realismo que nos desarma, a prioridade é dada à riqueza das emoções, ao captar do interior, da alma humana. É esta visão que tornou a sua obra única e ao longo de décadas contribuiu para a construção da memória visual do povo português. A mostra constituída por seis núcleos, inclui inúmeros depoimentos de amigos, familiares, colaboradores e figuras públicas, conta com o apoio institucional de diversos organismos públicos, como a Assembleia da República e a RTP. O público poderá visitá-la até ao final do ano no Museu da Cerâmica em Sacavém, num espaço que será baptizado com o nome do fotógrafo. Joyce Mendonça
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DESPORTO
CDOM Seniores O Desportivo Olivais e Moscavide está a disputar a 2ª divisão da A. F. Lisboa e encontra-se neste momento na 1ª posição, lugar que alcançou após uma enorme vitória por 2-1 sobre o anterior 1º classificado, o Catujalense. A apenas dois jogos do final do campeonato que serão contra os dois últimos classificados, Ota e Almargense, os quais se vencer ambos alcançará o título de campeão. A margem é curta, apenas um ponto de vantagem sobre o Catujalense e o Juventude Castanheira, 2º e 3º classificado, respectivamente. Com 56 pontos alcançados em 24 jogos, que correspondem a 17 vitórias, cinco empates e duas derrotas, 73 golos marcados e 30 sofridos são os números do Desportivo. Juniores A disputar a 1ª divisão, serie 1, é o actual 4º classificado a 11 pontos do 1º lugar, Alta de Lisboa, a cinco pontos do 2º classificado, Musgueira e a três pontos do 3º classificado, Atlético Povoense.Com 26 partidas jogadas, 17 vitórias, três empates e seis derrotas, 58 golos marcados e 34 sofridos. A quatro jogos do fim, a subida será muito difícil.
PLANTEL SENIOR DESPORTIVO O.MOSCAVIDE (Jogadores utilizados)
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Treinador - Ivan Chagas Tr. Adjunto - Diogo Carvalho Director - Nuno Silva Massagista - Manuel Costa Marco Costa Ricardo Cruz Nuno Correia Ruben Tavares Carlos Valério Ricardo Gouveia Pedro Nunes Nelson Serrão José Costa (Pinantes) Sandro Pereira Ernesto Rodriguez Tiago Pinto Taigo Vilela André Coelho João Paulino Bo Ha André Martins (Juve) Eusébio Mendes Alseny Bah José Gomes (Romário) Domingos Jalo José Reis (Zé Pelé) Diogo Sousa Ricardo Araujo Gastão Fernandes (Actualmente na Académica) Daniel Teixeira Ruben Varela Tiago Andrade Juniores Utilizados Duarte Borralho João Grova
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AMP Futsal Seniores A AM Portela continua na senda das vitórias e já a espreitar a 1ª divisão. Tem 18 vitórias e 5 derrotas em 23 jogos disputados, perfazendo 54 pontos que os coloca na 1ª posição com 2 pontos de vantagem sobre o 2º classificado, o Burinhosa. A AMP tem 73 golos sofridos, é a 3ª defesa menos batida. Actualmente tem 114 golos marcados e é o 2º melhor ataque, a apenas 2 golos do Burinhosa. Desde a última edição do MP a AM Portela efectuou 7 partidas. Perdeu apenas na Quinta dos Lombos pela margem mínima (4-3). Venceu em Loures (8-1), no UP Venda Nova (6-5) e nos Açores frente ao Rabo Peixe (7-3). Em casa venceu o Amarense (6-1), o Burinhosa (4-3) e o Operário (4-2). O próximo jogo será no dia 10 de Maio contra a AMSAC, em Santo António dos Cavaleiros. Segue-se o Fabril, em casa, no dia 17 de Maio e a derradeira partida será em Albufeira, no Algarve, no dia 24 de Maio. Faltam 3 finais para a almejada subida de divisão. Juniores A disputar a divisão principal, a Divisão de Honra, e já com as 26 jornadas disputadas, os comandados de Kiko e Pedro Santos ficaram no 10º lugar com 33 pontos. 10 Vitórias, 13 derrotas e 3 empates. 89 golos marcados e 102 sofridos. Encontram-se a disputar a segunda fase e a manutenção ainda está ao alcance.
Juvenis Também a disputar a divisão principal, a Divisão de Honra, a AM Portela ficou num brilhante 3º lugar. 16 vitórias e 4 empates, 52 pontos em 26 jogos, a apenas 5 pontos do 2º lugar, Benfica. Longe do 1º classificado, Sporting, que acabou a primeira fase com 26 jogos e 26 vitórias num total de 78 pontos. Os pupilos de Acácio Santos e Luís Souza alcançaram uma excelente classificação. Iniciados Este escalão tendo com treinadores, também, Acácio Santos e Luís Souza estão a disputar a Divisão de Honra e estão, neste momento, no 7º lugar com 34 pontos em 21 jogos, a apenas 2 pontos do 5º classificado, a AMSAC. A manutenção está praticamente assegurada pois a 5 jornadas do fim, ou seja com 15 pontos em disputa, a AMP tem 12 pontos acima da linha de água. Infantis A disputarem a 1ª Divisão a AM Portela está no 5º lugar com 34 pontos. Ainda com 6 jogos por disputar até ao final, os jogadores de Luís Estrela e Tiago Mendes poderão concluir o campeonato de forma tranquila. Escolas Benjamins Tiago Mendes e Edmar Pinto são os treinadores dos mais petizes. Neste momento estão a realizar a segunda fase da prova para definir a classificação final. Esta fase define do 26º ao 31º classificado. Estão no 1º lugar com 9 pontos em 3 jornadas realizadas.
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Rui Rego
Advogado Director da Associação dos Moradores da Portela
Proposta de Sócio Como anunciado na minha última crónica, irei dedicar-me a partir de hoje aos problemas específicos que as modalidades que desenvolvemos enfrentam, começando pelo FUTSAL. Modalidade em franca expansão (é hoje a maior modalidade practicada em pavilhão com mais de 35.000 atletas federados), a presença no campeonato nacional da segunda divisão (onde se encontra a Portela) obriga a uma despesa mínima na ordem dos € 30.000,00, repartidos entre organização de jogos, inscrições na Federação Portuguesa de Futebol, seguros, entre outras, não contando portanto, com prémios a jogadores. Seria de esperar, noutros tempos, e em face de tais números, que fosse relativamente fácil encontrar um parceiro local que apoiasse o clube, mas já sabemos que hoje é muito difícil. A Federação Portuguesa de Futebol vai tentando dinamizar a modalidade à custa do Sporting e do Benfica, mas parece não saber transmitir, como lhe competia, a relevância e a importância da modalidade ao público em geral. No entanto não se coíbe de, ano após ano, aumentar os custos relacionados com as despesas acima enunciadas, deixando à imaginação dos dirigentes – na sua maior parte amadores - a solução para o problema, e talvez por isso, todos os anos vemos clubes a desparecerem sem que ninguém faça uma reflexão sobre as razões para que tal aconteça. Não sendo obrigação de tal instância desportiva angariar receitas para os clubes, é claramente sua obrigação promover a modalidade de forma mais geral, tornando mais fácil aos clubes encontrar as parcerias necessárias para poderem participar nos campeonatos de forma competitiva tal como fazem, mal comparado, é claro, os Administradores dos Centros
Comerciais que, promovendo o Centro, promovem suas lojas. Não chega, na minha modesta opinião, cavalgar às “costas” dos clubes citados clamando aos ventos com grande orgulho que esta é uma modalidade em expansão e que, por exemplo, os últimos 5 jogos do campeonato (a final é jogada à melhor de 5 jogos) são vistos por milhares de pessoas, porque estes são, quase sempre disputados entre Benfica e Sporting, clubes que, em qualquer modalidade, atraem milhares de espectadores, ainda mais quando jogam entre si. Não, o que devem fazer é criar condições para que um clube, quando se senta com um potencial parceiro, não tenha, antes de mais, que lhe explicar a relevância da modalidade, para só depois falar de si próprio. Assim, seria pois importante que a Federação disponibilizasse, estudos sobre o retorno económico do investimento nos clubes de Futsal, para que estes pudessem depois centrar-se no seu posicionamento dentro da modalidade. Aposto que a maior parte dos leitores não sabem que na sua freguesia mora uma das 20 melhores equipas nacionais, uma das 8 melhores equipas do Distrito de Lisboa e o melhor clube do Concelho de Loures (pelo menos os últimos resultados assim o indicam), mas mais importante que isso, não conseguem bem perceber a importância e o prestígio desta classificação. Como última nota, informo os nossos leitores que à data em que escrevo estas linhas, estamos no 1º lugar da 2ª divisão nacional, série B, com dois pontos de vantagem sobre o 2º classificado, a três jogos do final do campeonato e somos, portanto, sérios candidatos à subida de divisão. Espero, sonho e desejo que a minha próxima crónica sobre Futsal seja com a equipa de todos nós na 1ª divisão nacional.
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MP
DESPORTO
Jornadas Técnicas de Futebol em Moscavide A FM Sports Global, gerida pelo treinador Filipe Moreira, levou ao Centro Cultural de Moscavide algumas das principais figuras do futebol português. Carlos Brito, Marco Paulo, João de Deus, o Prof. Jorge Castelo, Manuel Pedro Gomes, António Fidalgo, Norton de Matos e José Couceiro foram os ilustres que nos dias 31 de março e 4 de abril partilharam o seu conhecimento com todos os presentes. A FM Sports Global, liderada pelo treinador Filipe Moreira, organizou dois eventos dedicados aos amantes do futebol. Decorreram com o apoio da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela, que cedeu o Centro Cultural de Moscavide, do Record, jornal oficial do evento e da Antena 1, a rádio oficial do certame. O dia 31 de março foi exclusivamente dedicado à parte táctica e à homenagem a Manuel Pedro Gomes. Na plateia estiveram presentes alguns ilustres do futebol português, casos do jogador internacional Jorge Andrade e do treinador Carlos Dinis. O primeiro orador foi o Prof. Jorge Castelo, que definiu o "modelo de
jogo" minuciosamente, alertando que próprio deve ser aplicado em função dos jogadores que compõem o plantel. Acrescentou ainda que o "modelo de jogo" é uma construção teórica, que define e reproduz todo um sistema de relações e inter-relações em conjunto. Jogar como se treina e treinar como se joga é outro dos pontos essenciais do ex-adjunto de Eriksson ou Sá Pinto. Seguiuse João de Deus, treinador do Gil Vicente, que defendeu o 4-4-2 losango. Na parte ofensiva deu especial destaque à finalização, enquanto na parte defensiva destacou a transição, na qual devem estar 4+2 jogadores para dar equilíbrio. Sublinhou que, independentemente do "modelo de
jogo", existem factores extrafutebol, como as condições meteorológicas ou lesões e indisponibilidades, que poderão forçar uma alteração de estratégia. Após a intervenção do treinador do Gil Vicente seguiu-se o ex-treinador do Belenenses, Marco Paulo. O "modelo de jogo" defendido foi o 4-4-2 clássico, com três linhas bem definidas, a da defesa, a do meio-campo e a do ataque, sendo para isso sacrificado o "nº 10". É um modelo que privilegia o jogo mais directo, com a bola a chegar aos avançados através dos alas. Os avançados deverão contrastar entre si, sendo um mais móvel e outro mais posicional. Esta forma de jogar deve ser reajustada ou adaptada
em função da equipa adversária. Por último um dos treinadores com mais jogos de Primeira Liga, Carlos Brito. Ao contrário dos seus dois colegas anteriores, defende o 4-3-3. Um modelo mais equilibrado, na sua opinião, em que não se deve castrar os jogadores que fazem a diferença no último terço do terreno. A equipa deve ser montada em função dos jogadores, mas sem que isso obrigue a alterar o sistema táctico. Para o ex-treinador do Rio Ave, mais importante que o "modelo de jogo" é a mensagem que se transmite aos jogadores. No final do primeiro dia deu-se a aguardada homenagem a Manuel Pedro Gomes, que recebeu o "Prémio Carreira".
Por fim no dia 4 de abril, numa conferência aberta ao público graciosamente, podemos ouvir António Fidalgo, José Couceiro, Norton de Matos e Manuel Pedro Gomes falarem sobre as diversas valências do treinador. Numa sessão denominada "Polivalência do Treinador", estas quatros figuras do panorama futebolístico nacional trouxeram algumas experiências vividas, eles que foram jogadores, treinadores e dirigentes técnicos. Duas tardes de puro convívio e aprendizagem futebolística, aquelas que se viveram nos dias 31 de março e 4 de abril. Filipe Godinho
19ª Milha Urbana de Moscavide No passado dia 13 de abril decorreu a 19ª Milha Urbana de Moscavide. Uma prova organizada pelo Grupo de Atletismo Super Estrelas de Moscavide e que contou com o apoio da Câmara Municipal de Loures, da Junta de Freguesia
de Moscavide e Portela, Bombeiros Voluntários de Moscavide e Portela e Polícia de Segurança Pública. A prova iniciou-se às 9h e 30m e contou com a participação da maioria dos clubes do Concelho, tendo em conta que este evento faz
parte do 30º Troféu "Corrida das Coletividades do Concelho de Loures", mais alguns provenientes de localidades fora do Município. Uma corrida para todas as idades e para todos os géneros, pois continha 23 escalões de avaliação, desde
os Benjamins aos Veteranos com mais de 65 anos, divididos entre masculinos e femininos. O percurso foi de 800m para Benjamins e Infantis e de 1609m para os restantes escalões. O trajecto começava e terminava na Avenida de
Moscavide, depois de percorrerem as ruas Salvador Allende e 25 de Abril. No final foram distribuídos os prémios, que contemplavam os três primeiros classificados de cada escalão e taças para as 10 melhores equipas da classificação geral.
EDITORIAL
Pedro Pereira
Director Editorial
MP
É com prazer que vejo duas instituições, que muito me deram e para as quais sempre tudo tentei dar, a conseguirem resultados dignos de destaque. Começo por aquela que primeiro representei, o Olivais e Moscavide, vulgo CDOM, onde fiz todo o percurso nas camadas jovens como jogador de futebol e que alcançou a subida à 1ª divisão distrital de Lisboa na categoria de seniores. Em tempos, não muito longínquos, este não era um feito digno de realce, mas após os problemas financeiros pelos quais o clube passou, tendo de extinguir a sua equipa sénior, este é um momento de esperança para que, com os pés bem assentes no chão, o CDOM vá voltando a patamares que em tempos foram seus. Referência ainda para o facto de o clube poder assegurar o título de campeão, a duas jornadas do fim lidera com mais um ponto que os segun-
dos classificados, quando falta ainda defrontar o último classificado fora, o Ota (27 de Maio) e o penúltimo classificado em casa, o Almargense (11 de Maio). Em segundo lugar, apesar de ainda não ter garantido a subida, uma palavra de apoio e regozijo pela excelente época que a AM Portela está a fazer em futsal, no escalão de seniores. Também representei este grande clube, um dos principais aquando da criação deste desporto, na altura ainda denominado futebol de 5, onde tive o prazer de ser técnico. Como já disse, a promoção ao principal escalão do futsal nacional ainda não está assegurada, mas a Portela é a única equipa que apenas depende de si, isto quando faltam apenas três jornadas. Dois pontos são o que separam a nossa equipa do Burinhosa, faltando ainda os jogos com a AMSAC (10 de Maio) e Albufeira Futsal (24
de Maio) fora e contra o Fabril Barreiro (17 de Maio) em casa. Está na altura de apoiarmos estas duas grandes equipas que, independentemente do que ainda possa vir a acontecer, já fizeram uma época digna de registo. Um final de época desportiva intenso e saboroso pelos dois principais clubes da Freguesia. Referência final para duas situações. A primeira é que sairá no próximo dia 3 de maio, juntamente com o Expresso comprado no concelho de Loures, o Notícias de Loures. Um jornal regional, exclusivamente dedicado ao Concelho, que pretende suprir uma lacuna evidente na informação dos habitantes de Loures. Além da distribuição conjunta com o Expresso, o jornal será distribuído por todo o território do Concelho, ao todo são cerca de 200 locais que cobrirão todas as freguesias. Para finalizar, apenas uma
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pequena nota sobre as obras efectuadas na Igreja de CristoRei da Portela. As questões levantadas podem ser diversas, mas eu apenas levanto uma, será permitido alterar uma obra de arte? Sei que nem todos concordam comigo quando entendo este monumento como uma obra de arte, mas tendo em conta que foi desenhada, não só na estrutura como nos interiores, por um dos melhores arquitectos contemporâneos em arte sacra, Luiz Cunha, parece-me que o estatuto de obra de arte se justifica. Ele que se destacou no Movimento de Renovação da Arquitectura Religiosa (MRAR). A descaracterização da obra inicial vai aumentando e, cabe-me dizer que, se a "Mona Lisa" não estivesse no Museu do Louvre, em certos locais, provavelmente, já teria sobrancelhas.
Ficha Técnica
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LAZER
Director Geral: Filipe Esménio Director: Pedro Pereira Redacção: Filipe Amaral, Francisco Rocha, Joyce Mendonça, Martim Santos Colaborações: António dos Santos, Filipa Monteiro Fernandes, Filipe Godinho, João Alexandre, José Luís Nunes Martins, Maria Margarida Oliveira, Ricardo Andrade, Rita Paulos Fotografia: João Pedro Domingos, Nuno Luz Director Comercial: Luís Bendada Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 13 500 Exemplares Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: moscavideportela@ficcoesmedia.pt Nr. de Registo ERC - 121 952 Depósito Legal nº 119 760 / 98
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