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ANO II Nr.09 BIMESTRAL

ABRIL 2015 - Director: Pedro Santos Pereira Distribuição Gratuita

PS critica actuação da Junta Em reunião de Câmara, os vereadores do Partido Socialista (PS) apresentaram uma moção a criticar o comportamento da Junta de Freguesia com as associações. Pág. 3

Freguesia vai ter ciclovia A promessa é do presidente do Município, Bernardino Soares, que pretende a ligação de Moscavide, Portela e Sacavém através de uma ciclovia. Pág. 4

Elo Social enche Coliseu Depois do S. Jorge agora foi a vez do Coliseu dos Recreios. A equipa do Elo Social voltou a demonstrar que, quando se acredita, tudo pode acontecer. Pág. 6

AMP faz 40 anos Quatro décadas ao serviço da comunidade, é esta a marca da Associação dos Moradores da Portela (AMP). Nesta edição um resumo da criação desta instituição de utilidade pública. Pág. 12

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PORTELA FASHION NIGHT OUT

O

AO RUBRO

C e n t r o C o m e r c i a l d a P o r t e l a v o l t o u a e n c h e r e m h o r á r i o n o c t ur n o . P e l o s e g un d o a n o c o n s e c ut i v o e s t a i n i c i a t i v a v o l t a a s e r um s uc e s s o .

Pág. 5


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MP

EDITORIAL

O associativismo Pedro Santos Pereira Director Editorial

Antes de mais quero e devo agradecer a duas associações/clubes que tive o prazer de representar. O CDOM e a AM Portela, dois clubes de referência na nossa Freguesia, apesar do CDOM administrativamente estar integrado na freguesia do Parque das Nações, será sempre, também, um clube dos moscavidenses. Foi através de ambos, primeiro com o CDOM e depois com a AMP, que percebi o quão importante é o associativismo no nosso País, mas também no Mundo. São este tipo de instituições que proporcionam a crian-

Loures

Loures

Notícias de

Loures

Notícias de

ANO 1 | Nr.01 MENSAL | MAIO 2014 | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

ANO 1 | Nr.02 MENSAL | JUNHO 2014 | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

Delegação de Competências

Loures

Notícias de

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Entrevista a Félix Bolaños

Quem quer ir para o Beatriz Ângelo?

Conheça a história de um dos monumentos mais emblemáticos do concelho. O palácio que em tempos foi local de férias dos patriarcas de Lisboa.

O director do Agrupamento de Escolas da Apelação conta-nos a forma como procura um futuro melhor para os alunos.

Câmara e freguesias, alocadas ao Hospital de S. José, auscultam a população para saber se alguma destas freguesias quer integrar o Hospital Beatriz Ângelo.

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Pág. 4

Reductores no concelho Pág. 6

Escola de S. João da Talha remodelada

Loures ANO 1 | Nr.04 MENSAL

Eduardo Gageiro está a ser homenageado na sua terra, Sacavém, através de uma exposição que relembra a sua obra. O NL foi ao 2014 seu encontro e recolheuPedro informações de | AGOSTO | Director: Santos um homem realizado.

Conheça melhor o movimento Rotary

GESTÃO "RIGOROSA" DA CÂMARA DE LOURES G rande entrevista ao NL f ocado no passado e no presente do nosso concelh o, não esq uecendo os grandes proj ectos para o f uturo de Loures.

SportingTV dirigido por Lourense EGF - VALORSUL

TODOS UNIDOS CONTRA Município distingue A PRIVATIZAÇÃO personalidades

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20 anos mais tarde

Valorsul tratou 14 milhões de toneladas de resíduos em 20 anos, de 19 municípios das regiões de Lisboa Norte e Oeste.

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Fomos visitar o Grupo de Teatro Amador Corações de Vale Figueira, um dos condecorados este ano Em entrevista aopelo NLmunicípio PaulonaPiteira, área da cultura.

na A ssembleia Municipal de acordo contra a Pág. 3 venda da Empresa G eral de F omento.

vice-presidente da câmara, demonstra Pág. 4 preocupação com as escolas tuteladas pelo Ministério da Educação.

Pág. 3

E m c o n f e r ê n c i a d e i m pr e n s a o pr e s i d e n t e d a C â m a r a M un i c i pa l d e L o ur e s f e z um ba l a n ç o d o s pr i m e i r o s 3 6 5 d i a s à f r e n t e d o m un i c í pi o

Munícipes com direito a sugestão

Pág. 4

Campeão do Mundo mora em Loures

O sucesso do Sacavenense

Rodrigo Matos, reside em Sacavém e sagrou-se campeão do mundo de ginástica acrobática juntamente com o seu par Beatriz Gueifão.

Climério Ferreira fala-nos dos êxitos alcançados, em especial na formação, do Sacavenense. O clube também foi um dos medalhados pela edilidade na vertente desportiva.

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BERNARDINO SOARES FAZ REVISÃO

ESCOLAS BÁSICAS SEM Em busca dos AMIANTO ATÉ 2017 condecorados

Mais uma vez o Município de Loures atribuiu medalhas a personalidades e empresas o nosso concelho. T odosque osmarcam partidos com assento

Págs. 1 3 , 1 4 e 1 5

1º ANO DE MANDATO

Apesar do interesse de investidores nacionais e internacionais, a Câmara de Loures quer que o Hospital Beatriz Ângelo passe para as mãos do Estado.

Pág. 3

P á g . 3

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Moscavide e Portela já têm disponível o novo Centro de Saúde. De momento apenas a Unidade de Cuidado de Saúde Personalizados se mudou, mas a breve trecho a Unidade de Saúde Familiar Tejo e o CATUS também se mudarão.

Pág. 4

Pág. 5

A a r t de e ur ba Loures n a n a Q ui n t a d Escolas v e r d a d e ir a g a le r ia d e a r te melhoram médias

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Comunidade Hindu Integração plena

Loures é um dos concelhos onde a comunidade Hindu decidiu viver. Com cerca 1 0 de0 2000 a n o membros, s d e po sente-se i s o P plenamena lá c io d te integrada.

o M o c h o e s tá a c h a m a r a a te n ç ã o d o P a ís . U m a a c é u a be r t o .

O vereador António Pombinho revela algumas das iniciativas que irão dinamizar a Economia do Concelho.

Quase um século de apoio ao próximo

Saúde dos lourenses em maus lençóis

O Bairro i o Mundo na Final

Entrevista com o presidente da Associação Luís Pereira da Mota, José Maria Lourenço, que nos explica o funcionamento da instituição e os objectivos para o futuro.

A população de Loures não tem grandes motivos para sorrir no que à saúde diz respeito. Estudo revela que os indicadores em diferentes áreas estão acima da média nacional.

O Bairro i o Mundo é um dos cinco finalistas do "Diversity Advantage Challenge", um concurso europeu que tem como objectivo premiar as melhores práticas no âmbito da diversidade cultural

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DE LOURES PARA O MUNDO

O F estival do C aracol despertou o interesse nos Lourenses, em milh ares de visitantes e até no programa de televisão Norte A mericano “Bizarre Foods”, apresentado por Andrew Zimmern. Pág. 4

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REGRESSO ÀS AULAS:

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ESTÁ TUDO A POSTOS

Entrevista com a vereadora Maria Eugénia C oelh o, responsável pela educação na C âmara Municipal de Loures.

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TRIBUNAL DE LOURES

GREVE A CAMINHO DO TRIBUNAL

U m a a ut ê n t i c a T o r r e d e B a be l é o q ue pa r e c e o T r i bun a l d e L o ur e s , a g o r a d e s i g n a d o d e C o m a r c a d e L i s bo a N o r t e . Pág. 11

P á g . 4

MENOS IMPOSTOS EM 2015

CÂMARA DE LOURES BAIXA IMI A C â m a r a M un i c i pa l d e L o ur e s a pr o v o u o O r ç a m e n t o pa r a 2 0 1 5 . A d e s c i d a d o I M I e m 0 . 0 0 5 % e um e m pr é s t i m o a c o n t r a i r n o v a l o r d e 1 2 m i l h õ e s s ã o a s pr i n c i pa i s n o v i d a d e s . P á g . 3

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1 P á g . 3

António Pombinho em entrevista

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O atleta da Gesloures alcançou o terceiro lugar nos europeus de Eindhoven na categoria S9 (natação adaptada).

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a M i t r a v o l t a a a c o l h e r um a r e un i ã o o f i c i a l d e m e m br o s d a A s s e m bl e i a Pág. d a 8 R e pú bl i c a .

P á g . 3

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David Grachat conquista bronze

Comissão dos Utentes de Transportes de Santo António dos Cavaleiros e Frielas (CUTSACF) luta contra a falta de acessos ao Hospital Beatriz Ângelo.

FESTIVAL DO CARACOL: UM SUCESSO

100 ANOS DEPOIS

PARLAMENTO VOLTA AO TOJAL

PINTURAS SÃO UM SUCESSO

CAMÂRA MUNICIPAL DE LOURES

DÍVIDA DO MUNICIPIO BAIXA

D e s d e q ue t o m o u c o n t a d a C â m a r a M un i c i pa l d e L o ur e s , o a c t ua l e x e c ut i v o a n un c i o u q ue j á d i m i n ui u a d í v i d a e m m a i s d e 1 8 m i l h õ e s d e e ur o s , um a P á g . 3 q ue d a d e 2 8 , 4 % .

ANO

Pág. 12 ANO 1 | Nr.12 MENSAL | ABRIL 2015 | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

Centro de Saúde a estrear

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População reclama mais transportes

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Cerca de 90 mil foliões animaram o Carnaval deste ano, que voltou a ser um sucesso.

ANO 1 | Nr.10 MENSAL | FEVEREIRO 2015 | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

A construção do Centro de Saúde de Santa Iria arrasta-se desde 1986, mas os utentes não desarmam em prol deste equipamento.

As escolas do concelho subiram no ranking nacional. Pela primeira existem quatro escolas no top-100 do ensino secundário.

A Câmara Municipal de Loures encetou 18 sessões de esclarecimento sobre o próximo Orçamento Municipal. Clarificação de opções e percepção da vontade popular foi o objectivo.

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Carnaval de Loures

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Centro de Saúde de Santa QUINTA Iria DO MOCHO A luta continua

Loures O testemunho de quem vê na "espada" uma opção repudiante.

As condições de funcionários e utentes do tribunal de Loures estão no fim da lista de um relatório da Associação Sindical dos Juízes Portugueses .

ANO 1 | Nr.08 MENSAL | DEZEMBRO 2014 | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

Muitos o querem

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Governo e Câmara de Loures continuam a digladiar-se, tendo como pano de fundo a privatização da EGF e consequentemente da Valorsul.

Pág. 10

Loures

Comunidade

Notícias de Muçulmana

Tribunal de Loures eleito um dos piores

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ANO 1 | Nr.06 MENSAL | OUTUBRO 2014 | Director: Pág. Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€ 19

EGF Não háCÂMARA tréguas DE LOURES PROMETE

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José Quintela em entrevista ao Notícias de Loures explica como tudo aconteceu.

Loures O dia 20 de Outubro representará o Dia Nacional das Linhas de Torres. Uma decisão já confirmada pela Assembleia da República.

Secretário de Estado da Cultura promete elevar a Rota das Linhas de Torres a Património Nacional.

ANO 1 | Nr.05 MENSAL | SETEMBRO 2014 | Director: Santos Pereira | Preço: 0.01€ Pág.Pedro 17

Pereira | Preço: 0.01€

Loures Linhas de Torres Património Nacional

Entrevista ao governador do distrito 1960, Fernando Martins, que explica o conceito de ser rotário.

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BERNARDINO SOARES PROMETE

Loures

Pág. 5

Pág. 7

Notícias de

Pág. 8

Rota das Linhas de Torres com dia nacional

Pág. 13

A luta continua intensa entre o Estado Português, que quer privatizar a Valorsul e os municípios que a compõem, que utilizam todos os mecanismos para evitar essa privatização.

Mais de 1 milhão de euros foi quanto custou a remodelação da Escola nº 4 de S. João da Talha. Parte desta verba foi cofinanciada pela Valorsul.

A maior AUGI do concelho, o Bairro da Castelhana, está finalmente licenciado. Um alívio para os moradores.

De 10 a 27 de julho vai decorrer em Loures o maior festival de caracol do país.

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Gageiro: O fotógrafo de Abril

Maior AUGI resolvida

Notícias de

Notícias de

Partido Socialista vence estas eleições em todas as freguesias do concelho. Uma vitória que, a nível nacional, soube a pouco.

Pág. 21

Pág. 4

Privatização da Valorsul protelada

Câmara avalia o projecto piloto dos reductores da água para quem não paga a factura.

Festival do Caracol Saloio

Notícias de

O pretexto para tal reivindicação foi o debate promovido pela CM Loures, cujos temas principais foram os Transportes e o PDM.

Jorge Barreto Xavier proferiu, em Bucelas, que a Uinão Europeia não deve ter a cultura como um fim-de-linha

Pág. 5

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Eleições Europeias

Município exige Metro para Loures

Secretário de Estado quer cultura como prioridade

Cerca de 600 mil euros é quanto "Os Amigos da Igreja Matriz" tentam angariar para as obras deste monumento.

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Notícias de

ANO 1 | Nr.11 MENSAL | MARÇO 2015 | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

Igreja Matriz de Loures precisa de ajuda

Os motivos que levam às cheias periódicas na Baixa de Sacavém.

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Palácio dos Arcebispos

Notícias de

ANO 1 | Nr.09 MENSAL | JANEIRO 2015 | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

Cheias em análise

Resumo da história do concelho, onde a República foi instaurada um dia antes do resto do país.

Loures

Notícias de

ANO 1 | Nr.07 MENSAL | NOVEMBRO 2014 | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

Loures - 128 anos como concelho

Saiba tudo o que vai acontecer no Mundial de Futebol do Brasil. Os favoritos, os eleitos de Paulo Bento, o calendário e curiosidades acerca do evento.

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Loures

Notícias de

ANO 1 | Nr.03 MENSAL | JULHO 2014 | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

Especial Mundial Brasil 2014

Integrado no plano de delegação de competências, a Câmara Municipal de Loures distribuiu 8,3 milhões de euros pelas 10 freguesias.

Talvez por isso os clubes que adoptam este modelo funcionem melhor, existem menos focos. Os clubes e as associações têm, alguns já não, um valor fantástico, que era o da não discriminação, tratando todos por igual, independentemente do credo, da raça, da sexo, do estrato social ou da ideologia. Nos dias de hoje há instituições que não passam de meros trampolins e a ginástica nem sequer é uma das suas actividades.

falta genuinidade. Cada instituição tem as suas funções e deve desempenhá-las, alargar o raio é ir interferir com as competências de alguém. A César o que é de César. Tal como contra dirigentes que, mais do que velar pelo interesse dos sócios, se preocupam em fazer gincanas políticas. Não me recordo no meu tempo de atleta e treinador, destes clubes que referi, dos outros não posso aferir, haver alguém a fazer parte de listas de partidos candidatos a algumas eleições ou a dar apoio explícito a alguma força política.

em vão. Aparece em função das guerras e guerrilhas que vão acontecendo na nossa Freguesia, entre algumas associações e o poder local. Uma situação que não enaltece nenhuma das partes, pelo contrário. As posições estão extremadas, o que significa uma falta de bom senso de alguma das partes ou de ambas. Mais do que apurar quem tem razão e quem são os culpados, urge resolver. Sou absolutamente contra quem copia as associações para as substituir e pôr-se em bicos de pés com as actividades produzidas, até porque

ças, adultos e seniores a possibilidade de praticar e usufruir de inúmeras actividades, que sem a sua existência apenas estariam acessíveis às elites. Sejam elas de índole desportiva, como foi o meu caso, cultural ou social. Mas tão importante como aquilo que já referi era o altruísmo, a disponibilidade e a vontade de fazer sempre mais e melhor por parte das pessoas que dirigiam estas instituições. É raro ver alguém dar tanto sem qualquer retorno financeiro. Aprendi muito com eles. Mas esta referência não vem

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DA INFORMAÇÃO QUE FAZ FALTA pub

O NOTÍCIAS DE LOURES FAZ 1 ANO

Ficha Técnica

OBRIGADO A TODOS OS LEITORES Director: Pedro Santos Pereira Colaborações: Ana Rodrigues, André Julião, António dos Santos, Filipa Monteiro Fernandes, Filipe Amaral, Filipe Godinho, Francisco Rocha, João Alexandre, José Luís Nunes Martins, Joyce Mendonça, Maria Margarida Oliveira, Martim Santos, Ricardo Andrade, Rita Paulos, Rita Santos Fotografia: Cátia Isaías, João Pedro Domingos, Nuno Luz Director Comercial: Luís Bendada Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 13 500 Exemplares Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: moscavideportela@ficcoesmedia.pt Nr. de Registo ERC - 121 952 Depósito Legal nº 119 760 / 98


ACTUALIDADE

MP

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Chumbada a moção apresentada pelo PS na CM Loures relativa à Freguesia O motivo da moção apresentada foi o descontentamento dos socialistas em relação à forma como o movimento associativo está a ser tratado na nossa Freguesia. Uma moção que foi rejeitada com os votos contra dos vereadores da CDU e da coligação Loures Sabe Mudar. Em reunião de Câmara e tendo como base o movimento associativo, os vereadores do Partido Socialista (PS) na Câmara Municipal de Loures, no dia 1 de Abril, insurgiram-se contra a gestão do actual executivo da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela, através de uma moção que teve os votos contra da CDU e da coligação Loures Sabe Mudar. A moção Uma moção que vem na linha de intervenções anteriores desta bancada, onde acusavam e questionavam a forma como as associações da Freguesia vinham a ser discriminadas. Começou com a CURPIM, o Grupo de Atletismo Super Estrelas e a Associação de Jovens de Moscavide (AJM), tendo agora sido acrescentado o Grupo Coral da Portela. A moção tinha dois objectivos, o primeiro

que o Município manifestasse o seu repúdio pela política seguida na freguesia de Moscavide e Portela, apelando ao executivo desta que reconsiderasse a sua posição, de forma a que se chegasse a um entendimento. As principais razões que, no entender do PS, têm denegrido esta relação são a falta de apoio financeiro e logístico. O outro objectivo pretendido era que a Câmara Municipal de Loures manifestasse a sua solidariedade com as associações da Freguesia, o que naturalmente reforçaria o primeiro ponto. A rejeição Os vereadores foram esgrimindo argumentos, sendo de destacar que, segundo a CDU e a coligação Loures Sabe Mudar, não compete ao Município intrometer-se na política do executivo desta Freguesia, que foi democrati-

camente eleita pela população, foi este o argumento para declinarem esta moção. Pelo lado socialista relevo para a falta de apoio, essencialmente financeiro e logístico, dado às associações para a sua actividade regular, elas que são factor determinante no desenvolvimento local, na oferta de actividades, sendo um exemplo de cidadania activa. Aliás, na parte logística os socialistas já, por diversas vezes em reuniões anteriores, tinham sugerido ao Município que exercesse o seu poder sobre os edifícios municipais cedidos à Freguesia, algo que foi sempre rejeitado, tendo por base as justificações anteriores, o bom relacionamento institucional e a não ingerência na gestão de órgãos eleitos democraticamente. Pedro Santos Pereira


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MP

LOCAL

“Criação de uma ciclovia entre Sacavém, Portela e Moscavide” Foi com esta promessa que Bernardino Soares, presidente da Câmara Municipal de Loures, abriu “Mobilidade: Novas práticas”, um debate efectuado na Portela e que faz parte do Loures em Congresso, uma iniciativa municipal de debate e recolha de opiniões, de forma a preparar um futuro melhor para o Município. Filipe Esménio Comunição

Mel de Cicuta Viver em Loures … ai que dores!? O IMI baixou no concelho de Loures, é um bom princípio, mas foi pouco. Parece que para o ano baixa mais um bocadinho… A água, ou se quisermos a factura da água e todas as suas taxas são das mais caras do nosso País. As notícias que falam do nosso concelho, na tv ou na imprensa escrita, são em 90% dos casos negativas. E a verdade é que se houvesse um referendo, quase todos, pelo menos do túnel do grilo para cá, queriam pertencer a Lisboa. A verdade é que não partilho desta opinião. À parte de um bacoco estatuto social inerente à residência e um eventual valor acrescentado nas habitações, eventual repito, o resto são vantagens. A nossa freguesia, Moscavide Portela, tem piscina, auditório no antigo cinema, vários pavilhões desportivos, bombeiros voluntários, centro de saúde, courts de ténis, clubes de futebol e futsal com história, basquetebol e de muitas outras modalidades, vários ginásios, centro de dia, um conjunto de valências e apoio social invulgar. Comércio tradicional riquíssimo e variado, um grande centro comercial, banca, correios e todos os bens de primeira necessidade e não só. É verdade que os tempos mudaram, e a oferta aumentou um pouco por todo o lado, mas esta freguesia é de eleição. Se vivêssemos em Lisboa, independentemente das cores políticas e partidárias não teríamos tudo o que temos. Porquê? Por estratégias regionais e prioridades concelhias. A luta e o combate forte que os moradores da Portela e Moscavide travaram para ter o que têm hoje, seria mais difícil se fossemos do concelho de Lisboa. Loures é um concelho grande e complexo, difícil de ser gerido, mas a verdade é Moscavide e Portela têm beneficiado duplamente, de ser de Loures, por um lado, e de estar perto de Lisboa, por outro. Por isso, independentemente dos orgulhos bairristas, concelhios ou regionais, que normalmente colhem numa estratégia populista, acredito que temos somos hoje uma freguesia de referência no espectro concelhio, regional e nacional. Agora basta não baixar os braços e continuar a lutar por uma freguesia melhor. Os laços afectivos existem e gosto de viver por cá também. Eu… aconselho…

Foi no salão da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela que, no dia 1 de Abril, se reuniram em debate diversos especialistas em mobilidade urbana e acessibilidade. A sessão, subordinada ao tema Mobilidade: Novas práticas, realizou-se no âmbito do Loures em Congresso, iniciativa que pretende debater temas de interesse estratégico para o Concelho. “Pretendemos, com esta semana dedicada à mobilidade, que estas questões sejam amplamente debatidas”, começou por dizer Bernardino Soares, presidente da Câmara de Loures, na abertura do evento. “Já realizámos um debate sobre transportes públicos e quisemos agora complementá-lo com uma abordagem a novas práticas de mobilidade, mais suaves e alternativas. Somos um concelho que deve ter maior atenção à possibilidade de se fazerem percursos pedonais e de promoção de outras formas de mobilidade, como a bicicleta, pois continuamos a ter, em muitas localidades do nosso conce-

lho, imensas dificuldades de mobilização a pé”, acrescentou Bernardino Soares. O presidente da Câmara justificou, ainda, a realização deste debate na Portela, por ser um dos locais onde a Autarquia “pretende desenvolver, nos próximos anos, um projecto de criação de uma ciclovia que faça a ligação entre Sacavém, Portela e Moscavide”. Novos padrões de mobilidade Acessibilidade e mobilidade: factores de competitividade para o território foi o primeiro tema a ser abordado por Paula Teles, da mpt, empresa de planeamento e gestão da mobilidade. “Uma cidade é feita de pedaços, que têm de ser geridos. As cidades têm de ser mais organizadas, intuitivas e simples, sem esquecer que deve ser o peão o centro da mobilidade urbana”, referiu a engenheira de planeamento do território. Paula Teles falou nas novas realidades sociais, no direito à mobilidade, mais sustentável e na importância de se

compreenderem as novas realidades urbanas, sempre com objectivo de desenhar cidades e vilas com mobilidade para todos, tornando os territórios acessíveis no edificado, no espaço público e nos transportes. Sérgio Manso Pinheiro, do IMT – Instituto de Mobilidade e Transportes, apresentou o plano CiclAndo, Plano de Promoção da Bicicleta e Outros Modos Suaves, reiterando a ideia de que a bicicleta e o andar a pé devem passar a estar no centro da vida quotidiana. A promoção de meios de transporte mais sustentáveis constitui a grande motivação e o principal desafio do Plano. Este insere-se num novo paradigma de mobilidade, que tem em vista combinar o desenvolvimento económico das cidades e vilas, bem como a acessibilidade como uma melhoria da qualidade de vida, a defesa do ambiente e a redução da dependência energética. Já Adélia Simões, da Câmara Municipal de Torres Vedras, partilhou a experiência das

Agostinhas, sistema de aluguer de bicicletas públicas. As Agostinhas estão distribuídas por 11 estações de bicicletas públicas, distribuídas pela cidade de Torres Vedras, junto às escolas, áreas comerciais e serviços públicos, disponibilizando bicicletas convencionais, a pedal e eléctricas. Almada Ciclável foi outro dos projectos inseridos na mobilidade sustentável, apresentado por Catarina Freitas, da Câmara Municipal de Almada. A Autarquia está a apostar na bicicleta como modo de deslocação suave, para viagens quotidianas de curta distância, tendo o Município aprovado uma rede com 217 km de percursos cicláveis, contínuos, de três tipologias: percursos de uso quotidiano, cultural e de lazer e com qualidade ambiental. Estes foram alguns dos exemplos daquilo que se vai fazendo pelos concelhos vizinhos, no que toca a acessibilidade e mobilidade.


LOCAL

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Portela Fashion Night Out Há mais vida no C. C. Portela Centenas de pessoas marcaram presença no Portela Fashion Night Out 2015. Atracções para novos e menos novos aumentaram vendas e animaram o ambiente. A adesão superou as expectativas. O mundo inteiro no Centro Comercial da Portela. A expressão pode soar a exagero, mas a imagem que transpareceu no II Portela Fashion Night Out, na noite de 27 de Março, foi a de uma imensa Torre de Babel do século XXI. Dança do ventre, passagens de modelos, fado, ópera, provas de vinhos e de gin, animação para as crianças e até um DJ foram as iniciativas que marcaram a noite no Centro Comercial da Portela, para gáudio de miúdos e graúdos. As expressões de espanto e admiração teimavam em cristalizar nas faces de novos e menos novos, naquelas pessoas que, diariamente, ali tomam o café da manhã ou fazem as compras para o jantar. Pedro Campos, lojista e membro da administração do Centro Comercial da Portela era a voz do optimismo: «Por aquilo que vejo, embora não estejamos a fazer uma contagem rigorosa, já temos mais pessoas do que tínhamos no ano passado. Estamos a ocupar mais área do centro e todas as zonas estão bastante preenchidas. Tenho a sensação de que conseguimos chegar a mais pessoas e cativar mais gente para o evento.» No seu segundo ano de existência, este jovem evento partiu da iniciativa dos lojistas do centro, numa tentativa «de criar empatia e uma relação mais próxima com os clientes», revela Pedro Campos. «Foi uma forma que encontrámos para apresentar novas colecções, novos produtos e de alimentar a relação com os clientes», acrescenta o responsável. Além de fomentar as boas relações com os clientes, o Portela Fashion Night Out tem também como objetivo trazer as pessoas para o centro à noite e dinamizar o comércio em todas as áreas do espaço comercial. «Este é o segundo ano desta iniciativa, já o havíamos feito no ano passado, enquanto experiência dos lojistas para trazer as pessoas para o centro à noite e a iniciativa correu muito bem, pelo que, este ano, decidimos fazê-lo de uma forma um pouco mais ordenada, organizada e profissional», conta Paulo Campos. Vinho, modelos e até um DJ profissional E a ideia parece ter resultado em pleno, a julgar pelas palavras de Eduardo Marcelino, responsável da garrafeira «Wine of Wines», localizada mesmo à entrada do primeiro andar: «Está a correr muito bem. Quando o centro está aberto até mais tarde, as pessoas aderem e consegue criar-se um ambiente fantástico». Rodeado de clientes e provadores de gin que não arredavam pé, Eduardo Marcelino lá ia revelando que «as pessoas adoram estes eventos e comparecem em massa», alertando para o facto da Portela «precisar de mais iniciativas deste tipo». O lojista confirma «in loco» que «as lojas ganham mais clientes e o centro fica realmente cheio, com um ambiente fantástico». Para

Marcelino, «devia haver muito mais iniciativas do tipo e as lojas deviam começar a ficar abertas até bastante mais tarde, pelo menos, até às 22h00». A primeira edição surpreendeu, pela positiva a organização os lojistas do centro, revela Pedro Campos, até porque ninguém «sabia muito bem o que ia encontrar, uma vez que o centro normalmente não está aberto à noite». Mas o resultado final foi extremamente positivo: «A verdade é que funcionou muito bem, as pessoas aderiram em massa e isso levou-nos a organizar o evento pelo segundo ano». Uma das várias centenas de pessoas que saíram de casa para dar um salto ao Portela Fashion Night Out 2015 foi Jorge Oliveira, 46 anos, que ali decidiu levar a família para «matar a curiosidade». Surpreendido com o que encontrou, Jorge Oliveira, conta ter ficado curioso e decidido ver do que se tratava. Revelando estar uma noite «muito bem conseguida», importante para que o Centro Comercial da Portela «comece a ganhar um pouco de vida depois das 20h00», Jorge Oliveira é da opinião que «se as lojas estiverem abertas até mais tarde, o centro terá mais movimento», pelo que defende a realização «de mais iniciativas no centro» para chamar mais pessoas. «Se as lojas estiverem abertas até mais tarde, o centro vai ter mais movimento», defende. Mais pessoas, mais clientes, mais vendas Prova disso é o acréscimo do número de clientes que Inês Caiola teve ao longo da noite. Visivelmente surpreendida, a responsável da loja «Centro de Compras» revela que até costuma fechar um pouco mais cedo, mas o evento fez com que se esforçasse mais «para ter mais clientes e conseguir mais vendas». Inês Caiola sustenta que são ideias como esta que podem «trazer mais gente a um centro comercial que tem uma história imensa». Para Inês, a noite correu «super bem», pelo que «quanto mais iniciativas deste género houver, melhor». Bruno Sousa, 41, alinha pelo mesmo diapasão. Agradado com o que encontrou no centro, Bruno Sousa ficou surpreendido com a quantidade de gente presente no evento, sobretudo na altura dos desfiles de modelos e da actuação do DJ. O futuro, para Bruno Sousa, devia passar por «aproveitar e apostar neste tipo de eventos, porque é bom que as pessoas tenham o hábito de vir ao centro da Portela». Defendendo trata-se de uma iniciativa de louvar, Bruno Sousa sustenta que «tudo o que sirva para trazer mais pessoas ao centro comercial, nomeadamente o que traga a dinâmica de algo novo, é extremamente positivo». Bruno Sousa constata ainda que «as pessoas estão muito divertidas, portanto, isto é algo de muito bom para todos.» André Julião

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LOCAL

As 80 Superstars Depois do São Jorge, as 80 estrelas do Elo Social subiram ao palco do Coliseu, para mais um êxito com o musical “Jesus Cristo Superstar”.

Ricardo Andrade Comissário de Bordo

Regressos Nos últimos anos muito se discutiu o recente fenómeno migratório que levou, em parte devido à crise económica europeia e do nosso País, milhares de portugueses a abandonar (espero que apenas temporariamente) o território nacional. Se estes factos são pertinentes no panorama nacional, não é menos verdade, que na freguesia de Moscavide e Portela temos vindo a assistir, em tempos recentes, ao regresso de muitos cidadãos à nossa terra. Este regresso, em muitos casos, não apenas de “filhos da terra”, mas também das famílias que entretanto construíram, trouxe um misto de “lufada de ar fresco” e de “regresso à tradição” a uma Freguesia que, à semelhança de muitas outras, registara durante mais de uma década um êxodo dos seus jovens habitantes, em busca de lugares mais compatíveis com as possibilidades económicas de jovens em início de vida laboral. Mas, analisar o regresso sem procurar entender o que motiva o mesmo, saberme ia a pouco. Por isso, não posso deixar de dar nota do que, julgo, que pesou na escolha de muitos moscavidenses e portelenses na hora da decisão de regressar a esta terra, que é sempre de todos quantos aqui nasceram, cresceram ou viveram. Factores como o espírito que sempre aqui se viveu, a vivência de bairro das duas localidades, o clima de segurança superior a muitos outros lugares. A liberdade de movimentos associada ao viver aqui, a proximidade com a capital comparativamente com outros lugares, a busca por uma proximidade com os membros das famílias, que aqui ficaram, ou também o trabalho de proximidade das instituições de Moscavide e Portela relativamente aos habitantes desta Freguesia foram, certamente, factores essenciais para muitos dos regressos a casa que referi no início deste texto. Mas sem me querer alongar demasiado, parece-me evidente que sem a existência de uma Associação de Moradores da Portela (que comemora este ano 40 anos de trabalho com e pelos portelenses), ou de um Clube Desportivo Olivais e Moscavide, de Escuteiros em Moscavide e na Portela, de duas Igrejas, de comércio local forte em Moscavide, de um Centro Comercial da Portela agregador da população (que também este ano celebra 40 anos de vida tendo sido na altura da sua construção o maior de Portugal) e de muitas outras “forças vivas”, jamais quem hoje regressa pensaria em regressar. Muito haveria a escrever mas por agora despeço-me com um: “Bem-vindos de volta a casa”!!

São estrelas porque sobem a palco com firmeza na representação e com um brilho especial no olhar. Foi assim que, no passado dia 20 de Março, a associação Elo Social levou a palco 80 utentes portadores de deficiência, que se entregaram em absoluto à representação do musical dos anos 70, ‘Jesus Cristo Superstar’. O projecto, que começou em 2006 para consumo interno, ganhou outra dimensão quando em 2011 foi pela primeira vez para o cinema São Jorge. Em noite de estreia, os bilhetes esgotaram e em 2013 decidiram voltar a esta sala, desta vez por duas noites. A sala voltou a estar cheia e propuseram-se a um novo desafio: o Coliseu dos Recreios. Para a nova etapa, os ensaios começaram depois do Natal e estas estrelas especiais apenas pisaram o palco do Coliseu em dia de estreia.

“Não podíamos alugar dois dias e então nós adaptámos o nosso pavilhão à dimensão, como se estivessem aqui. A primeira vez que ensaiaram aqui no palco foi hoje”, contou Cremilde Zuzuarte, presidente da associação Elo Social e mãe do actor que deu vida à personagem de Cristo. O musical durou cerca de duas horas e contou com uma vasta equipa que colaborou no sentido de tornar este sonho possível, “além dos 80 actores, temos por detrás uma equipa pluridisciplinar, multifacetada, que os apoia quer a nível da encenação, quer a nível da cenografia e guarda-roupa, todo ele confeccionado na nossa instituição. E depois todo um conjunto de pessoas em apoio logístico e a todos os níveis, que totaliza mais de 70 ou 80 pessoas. Ao todo, neste espectáculo, devem estar envolvidas mais de 150 pessoas”, partilhou o encenador António Martins,

visivelmente orgulhoso, já no final da peça. Do espectáculo fizeram parte temas originais do musical, alguns deles cantados ao vivo por figuras conhecidas como Bárbara Barradas, André Cruz e Paula Teixeira, a cantora que além de dar voz a algumas das músicas, traduziu todo o espectáculo em língua gestual. Associada “há muitos, muitos anos” à Elo Social, Paula Teixeira vê neste tipo de iniciativas uma importante mensagem para a sociedade, “é de extrema importância que as pessoas consigam verdadeiramente entender o sentido da palavra ‘inclusão’ e de verem que estas pessoas são extraordinárias, são actores maravilhosos e que têm oportunidade de brilhar. Normalmente não têm essa oportunidade e hoje foi um exemplo brutal, toda a gente ficou estarrecida ao ver estas performances espectacula-

res”. Acompanhou de perto os ensaios e tem uma relação muito próxima com as estrelas que subiram a palco e que “viveram isto de uma forma extraordinária. E fazlhes muito bem, sentirem-se muito importantes, sentiremse realmente actores e estrelas de Hollywood, que é o que eles merecem”. Um desafio cumprido que mereceu aplausos em pé, de uma sala cheia. Um projecto que pretende estimular a criatividade de utentes e trabalhadores, num musical por muitos já conhecido, que ganha uma nova forma quando interpretado por pessoas especiais. 80 estrelas que são a prova de que da diferença pode vir o sucesso e de que, com as oportunidades certas, a diferença pode ser o segredo para mudar o mundo. Constança Lameiras


CULTURA

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Portelenses lançam livros Duas portelenses, ambas de nome Ana, editaram dois livros distintos. Ana Quitério debruça-se sobre os temas da educação, tanto na escola como na família, enquanto Ana Cássia Rebelo se foca no universo feminino e nas suas inquietações.

Ana Quitério

Ana Quitério nasceu em Lisboa e viveu grande parte da sua vida na Portela. Mãe da Inês, da Maria e do João, filha de pais Professores, licenciou-se na Faculdade de Motricidade

Humana, Universidade Técnica de Lisboa, em Ciências do Desporto. Doutorou-se no ramo de Motricidade Humana na mesma instituição e é, actualmente, Professora no Departamento de Educação, Ciências Sociais e Humanidades dessa mesma faculdade, hoje inserida na Universidade de Lisboa, fazendo igualmente parte da direcção da Sociedade Portuguesa de Educação Física. No final da licenciatura, o seu encanto pela biologia e pedagogia da actividade física intensificou-se quando se iniciou como professora de um grupo de ginástica de manutenção - o Grupo do Estádio Nacional - do qual ainda hoje faz parte e com quem revela sentir semanalmente a magia da

actividade física em grupo. A sua experiência como professora de Educação Física, assim como a sua convivência diária com Professores de Educação Física, proporcionam uma reflexão partilhada sobre a essência e missão desta profissão. Todavia, foi no decorrer dos últimos seis anos, com o nascimento dos seus três filhos, que os fenómenos da Educação conduziram à sua inspiração para a realização deste livro. Socorrendo-se de uma formação académica muito baseada na biologia da actividade física e desportiva, Ana enfrenta um quotidiano de perguntas acerca do corpo que mexe, que sente, que pensa, que se expressa consigo e com os outros, dos estilos de vida, da educação dos jovens,

da Pedagogia da Educação e do mundo dos comportamentos activos. Não foi pois de estranhar que o lançamento do livro fosse na Livraria Desassossego, no dia 21 de Março, que contou com a presença do jornalista Joaquim Franco, como orador convidado. Nesta sua primeira aventura da escrita, a autora desassossega um olhar sobre uma educação quieta e passiva, revelando publicamente o seu mais franco e sentido reconhecimento pela educação irrequieta, activa e integral.

mim." Antes do blogue Ana de Amsterdam ainda houve, em 2003, Alice no País dos Matraquilhos, depois Pano-Cru e, mais tarde, 2.º Andar Direito. Tanto este como o seu primeiro blogue roubavam o nome a músicas de Sérgio Godinho – como o actual o rouba a Chico Buarque. Fazem parte da “santíssima trindade, Sérgio Godinho, Fausto e Chico Buarque”. Assume a necessidade de estar em Maina, próximo de Goa, como de estar na Portela ou em São Bartolomeu da Serra. São os lugares onde estão os pais, a tia e a família. E a família é tudo para Ana.

para a famosa canção de Chico Buarque), a autora juntamente com o escritor e investigador João Pedro George fizeram uma selecção dos melhores e mais memoráveis textos. Um conjunto coeso que finalmente revela a poderosa e abrasiva voz literária de Ana Cássia Rebelo para lá da blogosfera. O diário íntimo (e ferozmente honesto) de uma mulher dos nossos tempos. Prefácio de João Pedro George "Ana interpreta a condição de muitas mulheres que coabitam com a frustração, asfixiadas pela casa, pelos filhos, pelo trabalho, pela falta de apoio. Noutras palavras: pelos preceitos do repugnante machismo, que impede as mulheres de admitirem publicamente que os filhos lhes esmagam as ambições, as capacidades, as forças realizadoras, e

Sinopse Ler o livro da Professora Ana Quitério intitulado Ajuda-me Mãe!!!... Que eu não sei correr… constitui uma oportunidade

única para quem se interessa pelos temas da educação, quer na escola, quer na família. A obra centra-se, sobretudo, na vertente do cuidar dos mais novos, essa dimensão que deve sobreporse aos diferentes modelos de organização familiar às muitas dificuldades actuais da família e ao contexto de crise social que vivemos. Cuidar significa não só tomar conta, mas também amar e ajudar a crescer numa perspetiva de autonomia, como se pode verificar nestas páginas. A reflexão sobre a família e a escola, com destaque para as questões relacionadas com a Educação Física, surgem neste livro, escrito em linguagem acessível mas cheia de atenção e afeto para com as crianças.

Ana Cássia Rebelo

Ana Cássia Rebelo tem pouco mais de 40 anos, três filhos e é jurista numa instituição bancária. E é muitas vezes no meio da elaboração de pareceres, na redacção de ofícios ou de contestações, que assume o seu

outro papel. Esse papel é o de uma escritora de enorme singularidade, que, até ao momento, se deu a conhecer no blogue que mantém desde 2006, Ana de Amsterdam. Acerca do nome do blogue, elucida em entrevista ao jornal Público: “Gostava da canção, e foi apenas por essa razão que, há quase 10 anos, a escolhi para dar nome a um blogue. Havia a letra – tão simples quanto forte – e aquele verso com o qual me identificava: “Sou Ana do Oriente, Ocidente, acidente, gelada.” “Ao longo destes anos”, diz ainda a autora, "muitas vezes, me interroguei sobre a mulher da canção, mas nunca procurei saber quem era. Ana de Amsterdam, mulher gelada, gelada como eu própria me sentia, permaneceu durante muito tempo uma desconhecida para

Sinopse Do famoso blogue "Ana de Amsterdam" (cujo nome remete

as impossibilitam de desenvolverem plenamente as múltiplas facetas da sua personalidade; pela práxis estabelecida, que diz que a mulher deve ser recatada, deve sujeitar-se ao decoro e circunscrever-se à lógica do coração e dos sentimentos; do pudor tradicional, que castiga as mulheres que confessam gozo sexual, indolência, frigidez, tristeza crónica, rotulando-as de grosseiras, indecentes, deselegantes, umas galdérias (se alguns destes textos chocarem a moralidade convencional, diga-se, desde já, bendita seja) e considerando-as inquietantes e irresponsáveis, sem textura moral, um foco de instabilidade e uma ameaça à educação dos jovens."


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ACTUAL

Loures INOVA No dia 26 de Março, às 10 horas, no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), em Loures, teve lugar o lançamento do Loures INOVA – Centro Empresarial, uma parceria entre a Câmara Municipal de Loures, o MARL e a Madan Parque – Associação Parque de Ciência e Tecnologia Almada/Setúbal. O Loures Inova, que teve o seu lançamento no dia 26 de Março, é um centro de negócios e de capacitação empresarial dos sectores Agroalimentar e de Logística. Pretende fomentar a fixação de novas empresas no concelho de Loures, permitindo a (re)qualificação do tecido empresarial, num novo paradigma de apoio à inovação e ao empreendedorismo de base tecnológica, funcionando como âncora de recursos humanos qualificados e de projectos empresariais com impacto internacional. O Loures Inova vai funcionar em instalações cedidas pelo MARL no Edifício NAC, piso 2. Numa segunda fase terá também a valência de centro de incubação de empresas. Num momento de estagnação económica, a inovação aliada ao empreendedorismo surge como forma de disrupção, criando mecanismos de crescimento empresarial a partir de: - spin-offs com base inovação: a partir de empresas já existentes, processo de criação de um novo nicho de mercado através de produtos/serviços inovadores; - start-ups com base empreendedorismo: novos produtos/serviços por replicação/novas ideias de

negócio. Neste contexto, desenvolveu-se o projecto Loures INOVA, instalado no MARL, um parque empresarial que com as suas características de “cluster”, permite o ambiente óptimo para o crescimento destas unidades empresariais, com forte componente de inovação e empreendedorismo, apostando no acolhimento e suporte de projectos de base tecnológica, que potenciem a renovação do tecido empresarial do cluster, através do fomento de perfis de empresas de alto valor acrescentado: - pelas parcerias inovação: programa de inovação em parceria com o Madan Parque de Ciência, que permitem a incubação de projectos em fase de teste, com apoio em modelo de matching empresarial de transferência de tecnologia, com certificação oficial IDI; - pelos mentores de internacionalização: sessões de promoção e de trabalho em projectos com parceiros internacionais, enquadrados no quadro do programa Horizonte 2020, e na rede internacional de Parques de Ciência (IASP); - pelo ambiente empresarial de valor acrescentado: apoio ao empresário, serviços coaching, seed capital e internacionaliza-

ção, segurança permanente e acesso a serviços suporte. Eixos Estruturantes O objectivo das acções a realizar pelo HUB Inovação está definido com a construção de uma rede de parceiros já existentes no terreno, com o intuito de potenciar desta forma as suas áreas de actuação pela integração de mais valias comuns, contextos de actuação similares e rentabilização de estruturas físicas já existentes. O Plano de acção conta com quatro áreas que correspondem a quatro eixos complementares de fomento e suporte de projectos de alto cariz inovador. Eixo 1 - HUB I&D Internacional As actividades deste eixo pretendem promover a ligação das empresas do cluster com programas de inovação de escala europeia ou mundial, através de acções de match e consórcio de desenvolvimento no quadro do programa Horizonte 2020, bem como assente na rede internacional de centros de inovação e parques de ciência. Eixo 2 - HUB I&D ClusterLab Neste eixo mais “científico”, estabelecem-se pontes entre as necessidades de suporte tecnológico das empresas do cluster e o potencial de conhecimento

existente nos vários centros de investigação e laboratórios instalados no campus da Caparica, bem como nos vários centros de conhecimento universitários e técnicos já implementados na região alargada de Lisboa. Eixo 3 - HUB Incubadora Negócios Num contexto de ecossistema de negócios de um cluster fechado, pretende-se em duas vertentes funcionar como uma fonte de novos negócios e financiamentos, quer através da facilitação de acesso a financiamento a novos projectos (pool de investimentos), quer pelo estímulo a novas ideias de negócios, desenvolvendo acções e plataformas de inovação criativa em consórcios internos do cluster. Eixo 4 - HUB Inovação Empresarial Introduzir a inovação como facto de diferenciação empresarial, passa por actividades de match entre capacidade técnica e gestão empresarial, cruzando o potencial de inovação dos negócios já estabelecidos no mercado, com os conhecimentos técnicos da investigação feita nas instituições universitárias. Para tal estabeleceu-se um serviço de mentoring tecnológico que permita identificar este match, assente numa e-plataforma que permi-

te monitorizar em tempo real e de forma contínua os processos criados nos eixos de trabalho anteriores. Apoio empresarial O Loures INOVA reúne uma equipa de activação e fomento empresarial, com suporte na candidatura a financiamentos no contexto Portugal 2020 e Horizonte 2020, no desenvolvimento de projectos de inovação tecnológica e na criação de novas plataformas de negócio. O programa do primeiro semestre de actividade inclui, além do lançamento público do projecto, a realização de um ciclo de eventos de divulgação e promoção das oportunidades de financiamento e dos programas de investigação abertos para a participação de PME’s e Médias Empresas. No contexto deste ciclo de eventos, são realizados vários encontros sectoriais, promovendo a discussão e recolha de contributos dos agentes empresariais e associativos do cluster, em formato de sessões técnicas participativas, com o objectivo de desenhar o portfolio de serviços técnicos a criar no contexto do Loures INOVA.

Ciclo de Conferências Empresariais "Loures INOVA" 28 Abril 2015 - Comércio, Distribuição e Internacionalização Conferência Empresarial focada na inovação na comercialização e distribuição como factor crítico de sucesso para o valor do produto, com apresentação de estratégias chave para a Internacionalização. 13 Maio 2015 - Agroalimentar Conferência Empresarial focada nas tendências do sector Agroalimentar e na capacidade de inovação no produto e nos processos de comercialização, no contexto do novo quadro de fundos de apoio, Nacionais (P2020) e Europeus (H2020) . 21 Maio 2015 - Logística Conferência Empresarial focada nas tendências do sector Logístico, apresentando caminhos para a inovação em processos empresariais e nos serviços prestados, no contexto do novo quadro de fundos de apoio, nacionais (P2020) e europeus (H2020) . Todas as datas - Sessões Think Tank Sessões de desenvolvimento estratégico participativo, suportadas por modelos Design Thinking de abordagem ao cluster Agroalimentar e Logístico, identificando necessidades e potencial dos agentes locais.


LOCAL

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Festa da Flor

João Borges Neves

(Im)pressões Acontecimentos - Afinal que portas é que Abril abriu!? Com o anúncio da Greve Geral da TAP e a sua prevista privatização, o Mês de Abril deste ano, promete ser quente e mexido. Ao final destes anos de troika, em que tudo nos parece ser necessário e/ou obrigatório, de que não existe alternativa seja na área da Saúde ou até na farsa dos combustíveis “Low Cost = Maior Lucro”, só me resta dizer: - que não creio em bruxas, mas que as há, há! A 13 abril faleceu o escritor e prémio nobel - Günter Grass, que na sua ultima entrevista, no inicio deste ano, ao “El País” afirmou que na Europa se vive, actualmente, em estado de PréGuerra, como antes da II Guerra Mundial, na qual ele participou na sua juventude. Ou seja, infelizmente, a História por vezes repete-se e como dizia Ary dos Santos para celebrar o 25 de Abril: “Era uma vez um país onde entre o mar e a guerra vivia o mais infeliz dos povos à beira-terra. Onde entre vinhas sobredos vales socalcos searas serras atalhos veredas lezírias e praias claras um povo se debruçava como um vime de tristeza sobre um rio onde mirava a sua própria pobreza. Era uma vez um país onde o pão era contado onde quem tinha a raiz tinha o fruto arrecadado onde quem tinha o dinheiro tinha o operário algemado onde suava o ceifeiro que dormia com o gado onde tossia o mineiro em Aljustrel ajustado onde morria primeiro quem nascia desgraçado. … … …” Assim continuará, até que se abram de novo as portas da claridade!

Tal como aconteceu no ano passado, no dia 19 de Março, dia do Pai e no dia 20 a Festa da Flôr realizada pela Associação de Jovens de Moscavide. Este ano o grande desafio desta Festa era ultrapassar o recorde do Guiness, do maior número de flores distribuídas num só dia. A festa decorreu em Moscavide e na Portela. Existiam 50 mil flores para distribuir. No dia 19 aconteceu a recepção das flores no largo da Igreja de Moscavide. No dia 20 procedeu-se à sua distribuição. A organização distribuiu cerca de 27 mil flores à Portela e 10 mil para Moscavide. Esta diferença existe porque a adesão a esta iniciativa foi maior na Portela do que em Moscavide. Cada comerciante recebia, em média, 300 flores

para oferecer aos seus clientes. A Citroen pediu 600 flores à organização. A distribuição foi efectuada, também, através das suas Mascotes, a Mimi e dois Duendes, que ofereceram 1000 flores na Portela e 1000 flores em Moscavide. O Correio da Manhã, a Rádio Popular, a Rádio Horizonte e a Rádio Amália também aderiram a esta festa, através de passatempos nos seus meios de comunicação, levando as pessoas à Portela e a Moscavide para receberem flores gratuitamente. Várias televisões nacionais deram cobertura a este evento organizado pela Associação de Jovens de Moscavide. Era visível a satisfação de todos, comerciantes, clientes, habitantes das duas localidades, visi-

”Festa é Festa” transporta assistência para o passado Mais uma vez, para contentamento de todos, subiu a palco a peça teatral musical “Festa é Festa”, pelo Grupo de Teatro Musical Sénior da Portela. A actuação teve lugar no auditório do Centro Cultural de Moscavide. Esta peça musical é da autoria de Salomé Guerreiro, que além de subir a palco com a sua companhia, também encena. Este espectáculo tem como tema principal um formato de programas de rádio, anteriores à década de 60 do séc. XX, os discos pedidos. Ainda hoje, em muitas rádios locais, existem programas de discos pedidos, em que os ouvintes telefonam para a estação de rádio e pedem a música que desejam ouvir. Salomé Guerrreiro com esta peça, tenta trazer à nossa memória cantores emblemáticos da música popular portuguesa dessa época, do século casos de António Calvário, Maria de Lourdes Resende, Tony de Matos e Maria Clara. Cantores desconhecidos para a maioria dos jovens, mas que para alguns pais ou avós fazem lembrar bons momentos da sua mocidade. No dia 9 de Abril, por volta das 15h30, o auditório do Centro Cultural, de Moscavide estava praticamente cheio. Na sua maioria a assistência era sénior das duas localidades que constituem a nossa Freguesia. O público estava animado e mostrava sinais de agrado a cada canção que era cantada em palco. A peça contou com a direção de Salomé Guerreiro e teve o acompanhamento ao acordeão de José Joaquim Castilho. Também estavam presentes entre a plateia membros da nossa Junta de Freguesia. Penso que no final, todos estavam satisfeitos com a actuação do Grupo de Teatro Musical Sénior da Portela. Esperemos que em breve nos possam presenciar com outra bela actuação. António dos Santos

tantes e da própria Associação. Apesar de alguns contratempos a Festa da Flôr de 2015 foi um sucesso para todos. São iniciativas deste carácter que dão vida à nossa Freguesia. Todas as organizações sociais ou de carácter cultural devem

trazer até todos os seus projectos, iniciativas e ideias que possam ajudar a dinamizar e a trazer mais valor acrescentado à nossa Freguesia. António dos Santos


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CULTURA

24.04 – 21.30 horas

Agenda Cultural

Canções de Abril com Olavo Bilac, Nuno Guerreiro, Anabela, Tozé Santos (Perfume), Banda de Música da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Loures e Ganda Banda Pavilhão Paz e Amizade | Entrada livre

18.04 – 10-14 horas

26.04 – 18 horas

Coisas e Loisas Rotunda Nuno Rodrigues dos Santos (junto às piscinas) Entrada livre

Concerto de homenagem a Sérgio Godinho com Grupo Contrastos / Escola de Música Fort’aplauso Centro Cultural de Moscavide Entrada livre

19.04 – 15-18 horas

02.05 – 9.30 horas

Baile Sénior com Tomás Sanchez Centro de Dia Social e Comunitário da J. Freguesia de Moscavide e Portela Entrada livre

Campeonato de Dança Desportiva Pavilhão da Escola Secundária da Portela Entrada livre

23.04 – 10.30 horas

24.05 – 9.30 horas

Acção de sensibilização e informação sobre Saúde Oral Centro Cultural de Moscavide Entrada livre

1ª Légua Urbana da Portela (atletismo) Portela Entrada livre

23 e 24.04 – 22 horas

29 e 30.05

Clark no Casino do Estoril Casino do Estoril – Lounge D Entrada livre

Smallville Festival Estádio Alfredo Marques Augusto (CDOM)

13 a 23 maio 21:30 Cristo-Rei Jardins de Cristo • S a í d a e m pr o c i s s ã o d a Q ui n t a d o C a n d e e i r o ( E s t . d a C i r c un v a l a ç ã o ) • M is s a • P r o c is s ã o fin a l

ELO SOCIAL 20:00 Procissão • E lo S o c ia l • B a ir r o G E B A L IS • N . S . P ur i f i c a ç ã o

18:00 T e r ç o s e g ui d o d e M i s s a In íc io d e 2 4 h d e A d o r a ç ã o E uc a r í s t i c a

19:00 F im d e 2 4 h d e A d o r a ç ã o E uc a r í s t i c a 20:00 Jardim Almeida Garrett • T e r ç o v iv o • M is s a Encontro dos Doentes com Maria 11:30 T e r ç o s e g ui d o d e M i s s a (c o m U n ç ã o d o s D o e n te s ) 19:00 • M is s a • P r o c i s s ã o pa r a o S e m i n á r i o

Jornada Vicarial Catequese 20:00 Igreja • V ig ília d e P e n te c o s te s • S a í d a pa r a C h e l a s

21:30 Seminário • P r o c i s s ã o pa r a a i g r e j a • M is s a

MARIA, CAMINHO PARA JESUS Quem arrisca, o Senhor não o desilude

COLÉGIO S.MIGUEL

Visita das Escolas a Maria

21:30 • P r o c is s ã o

16:00 Saída privada para o Colégio S. Miguel Arcanjo

( S a íd a d a Ig r e ja )

• M is s a

18:00 T e r ç o s e g ui d o d e M i s s a

18:00 T e r ç o s e g ui d o d e M i s s a

21:30 • P r o c is s ã o

21:30 • P r o c is s ã o

• M is s a

• M is s a

• ( S a íd a P r a c e ta A lm ir a n te R e is )

( S a í d a R ua T e ó f i l o B r a g a )


CULTURA

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Tiago R. Santos vence

Prémio Sophia

2015 Tiago R. Santos recebeu, no dia 2 de Abril no Centro Cultural de Belém, o Prémio Sophia 2015 na categoria de melhor argumento original, do filme Os Gatos não têm Vertigens. Os prémios Sophia foram lançados em 2012, para distinguir os profissionais do cinema nacional pelos próprios pares, e incluem cerca de duas

dezenas de categorias. É atribuído pela Academia Portuguesa de Cinema que foi fundada em 2011 e é presidida pelo produtor Paulo Trancoso. Antes do início da cerimónia de entrega dos prémios, a Academia evocou a vida e obra de Manoel de Oliveira com a passagem de alguns filmes, como «Aniki Bobó», a pri-

Vencedores: Filme: Os Gatos não têm Vertigens António-Pedro Vasconcelos (MGN Filmes) Documentário: E Agora? Lembra-me Joaquim Pinto (C.R.I.M. Produções) Realizador: Os Gatos não têm Vertigens António-Pedro Vasconcelos Actor Principal: Os Gatos não têm Vertigens João Jesus

meira longa-metragem do realizador, de 1942. O filme de AntónioPedro Vasconcelos, Os Gatos não têm Vertigens foi o grande vencedor dos Prémios Sophia 2015. Das 15 nomeações averbadas conseguiram arrecadar nove. Mas mais do que os números esmagadores foram as categorias onde foram obtidos, além do

já referido para melhor argumento original, também ganhou o de melhor filme, melhor realizador, melhor actor e actriz secundária, melhor música e canção original, melhor som e melhor montagem. Uma demonstração de que foi o filme do ano, na opinião da Academia Portuguesa de Cinema.

Actriz Principal: Os Gatos não têm Vertigens Maria do Céu Guerra Actor Secundário: Os Maias - Cenas da Vida Romântica João Perry Actriz Secundária: Os Maias - Cenas da Vida Romântica Maria João Pinho Argumento Original: Os Gatos não têm Vertigens Tiago R. Santos Montagem: Os Gatos não têm Vertigens Pedro Ribeiro Fotografia: Os Maias - Cenas da Vida Romântica João Ribeiro Música Original: Os Gatos não têm Vertigens Luís Cília Canção Original: Os Gatos não têm Vertigens “Clandestinos do Amor”, de Ana Moura Som: Os Gatos não têm Vertigens Vasco Pedroso, Branko Neskov e Elsa Ferreira Direcção Artística: Os Maias - Cenas da Vida Romântica Silvia Grabowski Guarda-Roupa: Os Maias - Cenas da Vida Romântica Sílvia Grabowski Maquilhagem e Cabelos: Os Maias - Cenas da Vida Romântica Sano de Perpessac Caracterização / Efeitos Especiais: Os Maias - Cenas da Vida Romântica Sano de Perpessac Curta-Metragem de Ficção: Encontradouro Afonso Pimentel Curta-Metragem Documentário: O Meu Outro País Solveig Nordlund Curta-Metragem de Animação: Fuligem David Doutel e Vasco Sá Sophia Estudante: Bestas Rui Neto e Joana Nicolau Sophia Carreira: Eunice Muñoz e Luís Miguel Cintra

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HISTÓRIA

40 anos de AMP A 22 de Maio de 1975, sete moradores da Portela fundaram a Associação dos Moradores da Portela (AMP). Uma data histórica de uma instituição que fez e vai fazendo história. A AMP faz no próximo dia 22 de Maio 40 anos. Uma data redonda que se deve a sete pessoas, que há 40 anos atrás, tiveram a iniciativa de constituir esta Associação. Os seus nomes: Ramiro Carlos Ramos da Costa, António Martins Lourenço, Mário Henrique Ambrósio Guerreiro, Manuel Cavalheiro Duarte, Juventino Martins Afonso, João Trindade Calha e Francisco Maria Bárrios. Ao analisarmos a actividade da AMP nestes 40 anos, será possível identificar quatro ciclos directivos: O ciclo da consolidação e organização da Associação, o ciclo do desenvolvimento, o ciclo do projecto das piscinas e o ciclo da renovação e relançamento. Nesta edição do MP começamos pelo início, que incide entre 1975 e 1978, onde revelamos o teor das actas das três primeiras assembleias gerais, que levaram à eleição dos primeiros órgãos sociais. Ciclo da consolidação e reorganização O primeiro ciclo, da consolidação e reorganização da AMP, vai até finais dos anos 70. Nos primeiros mandatos deste

Ano Ano 1977-78 1977-78 1978-79 1978-79 1979-80 1979-80 1981-82 1981-82 1983-84 1983-84 1985-86 1985-86 1987-88 1987-88 1989-90 1989-90 1991-92 1991-92 1993-94 1993-94 1995-96 1995-96 1997-98 1997-98 1999-00 1999-00 2001-02 2001-02 2003-04 2003-04 2005-06 2005-06 2007-08 2007-08 2009-10 2009-10 2011-12 2011-12 2013-14 2013-14 2015-16 2015-16

primeiro ciclo, os executivos eram eleitos por períodos de seis meses e foram presididos sucessivamente por Augusto Valadares e Aristides Andrade Mendes. De facto, na reunião de 1 de Outubro de 1977, por proposta do presidente da mesa Francisco Bárrios, ficou estabelecido que o primeiro mandato deveria ter a duração de 6 meses, apesar dos estatutos indicarem dois anos. Esta alteração justificava-se, segundo Acta, “para possibilitar aos sócios uma melhor escolha de elementos para dirigir os destinos da Associação”. Nesta reunião foram também pedidas inscrições de voluntários para os corpos gerentes, de onde saiu a primeira lista, empossada a 4 de Outubro. Constata-se que os estatutos, desde o início, se mostravam desajustados à realidade da Associação e, por isso, logo no mandato da primeira Direcção, se preparou uma proposta de alteração, discutida e aprovada em 3 de Junho de 1978. Nestes primeiros tempos, para além da consolidação da associação, as prioridades centravam-se no problema dos acessos, nas comunicações e na segurança, nomeadamente em relação às

escolas. Ficaram célebres, na altura, os problemas de segurança na Escola Preparatória de Gaspar Correia, relatados pelo então seu presidente, numa reunião da AMP, em que, citando, “assaltos repetidos, cometendo-se continuamente actos do mais requintado vandalismo, desde as destruições de material até ao roubo do piano e do telefone”, obrigaram a um longo processo, com a intervenção da direcção e outros membros da AMP, em várias reuniões com a Câmara. É também desta altura a contratação, ou tentativa de contratação, de guardas-nocturnos, porque, os assaltos e os roubos eram diários sendo muito urgente fazer-lhes face. Entretanto, em 7 de Outubro de 1978, aparentemente devido a desentendimentos ligados ao processo Gaspar Correia, tem lugar a primeira mudança de Direcção, mantendo-se o executivo, nessa data eleito, até 31 de Março de 1979. Assembleia-geral nº 1 No dia doze de julho de 1977, pelas 21 horas e 30 minutos, no edifício da Escola Primária da Urbanização da Portela, teve

lugar uma reunião de moradores da zona denominada Urbanização da Portela. A mesa orientadora da reunião foi constituída pelos moradores Francisco Maria Bárrios, que presidiu, coadjuvado por José Lourenço Lages e Dinis Anacleto Fernandes. Iniciando a sessão, o senhor Francisco Maria Bárrios fez detalhado relato das diligências já efectuadas no que diz respeito à “segurança” da Urbanização da Portela, passando pela cooperação com a PSP de Moscavide. Referiu os contactos feitos, no sentido de se encontrarem quatro homens para desempenharem as funções de guarda-nocturno, a tempo inteiro, das vinte e três às cinco horas. A contratação de quatro guardas-nocturnos dará lugar a uma despesa da ordem dos trinta mil a quarenta mil escudos por mês, a serem suportadas pelos moradores da Portela. Uma tal despesa é, de certo modo, elevada, mas a verdade é que o assunto é premente, pois que os assaltos e os roubos são diários, sendo muito urgente fazer-selhes face, como foi relatado pelo senhor Bárrios. Depois de várias intervenções e ampla troca de impressões entre

Presidentes dos Órgãos Sociais da AMP até à actualidade Presidentes dos Órgãos Sociais da AMPGeral até à actualidade Direcção Assembleia Assembleia GeralMarques AugustoDirecção Costa Valadares Manuel Cristino Gonçalves Augusto Costa Valadares Manuel Cristino Gonçalves Marques Aristides Andrade Mendes Francisco Maria Bárrios Aristides AndradeSilva Mendes Francisco Maria Bárrios Jorge Maria Ramalho Ferreira Aristides Andrade Mendes Jorge Maria Ramalho Silva Ferreira Aristides Andrade Mendes António Francisco Tavares Regal Arménio Aidos Ferreira António Francisco Tavares Regal Arménio AidosTavares FerreiraRegal José António Lopes Santos António Francisco José António LopesMendes Santos António Francisco Aristides Andrade Arménio AidosTavares FerreiraRegal Aristides Andrade Mendes Arménio Aidos João Pereira da Silva Aristides AndradeFerreira Mendes João Pereira da Silva Aristides Andrade Mendes João Pereira da Silva António Francisco Tavares Regal João Pereira da Silva António Francisco Tavares António Francisco Tavares Regal José Medeiros da SilvaRegal António Francisco Tavares Regal José MedeirosTavares da SilvaRegal Sebastião José da Silva Simões António Francisco Sebastião António Sebastião José José da da Silva Silva Simões Simões António Francisco Francisco Tavares Tavares Regal Regal Sebastião José da Silva Simões António Francisco Tavares Sebastião José da Silva Simões António Francisco Tavares Regal Regal Sebastião António Sebastião José José da da Silva Silva Simões Simões António Francisco Francisco Tavares Tavares Regal Regal Sebastião José da Silva Simões António Francisco Tavares Regal João Miguel Girão Queirós Felgar José Manuel Crespo de Carvalho e Souza João Miguel Girão Queirós Felgar José Manuel Crespo de Carvalho e Souza Miguel Nuno Pedro Cardoso Matias Maria Margarida Pedro Louro Miguel Nuno Pedro CardosoTorres Matias Maria Margarida Pedro Louro António Manuel Marques João Miguel Girão Queirós Felgar António Manuel Marques Torres João Miguel Girão Queirós Álvaro Ferreira dos Santos José Medeiros da SilvaFelgar Álvaro Ferreira dos Santos José Ferreira Medeirosdos daSantos Silva Carla Maria Ferro Marques Álvaro Carla Álvaro Ferreira dos Santos Carla Maria Maria Ferro Ferro Marques Marques João Miguel Girão Queirós Felgar Carla Maria Ferro Marques João Miguel Girão Queirós Carla Maria Ferro Marques João Miguel Girão Queirós Felgar Felgar Carla Maria Ferro Marques João Miguel Girão Queirós Felgar Miguel Nuno Pedro Cardoso Matias Carla Maria Ferro Marques Miguel Nuno Pedro Cardoso Matias Carla Maria Ferro Marques

os presentes e depois de se verificar que, dos habitantes dos lotes de edifícios da Urbanização da Portela, os utentes de 35 lotes já deram a sua inteira adesão à Constituição de uma associação de moradores da Urbanização da Portela, o morador Dinis Anacleto Fernandes tomou a palavra para informar a assembleia do trabalho já executado. Referiu a deliberação dos moradores da Urbanização da Portela tomada na assembleia reunida em 20 de Junho último, a esta mesma hora e neste mesmo local, deliberação pela qual foi designada e constituída uma comissão de estudo dos estatutos da Associação de Moradores, da qual ele, dito morador, faz parte. Assim, tendo iniciado os trabalhos, a dita comissão verificou que já existe constituída, por escritura pública, com aprovação dos respectivos estatutos, uma “Associação dos Moradores da Portela”, cuja iniciativa pertenceu aos senhores Ramiro Carlos Ramos da Costa, António Martins Lourenço, Mário Henrique Ambrósio Guerreiro, Manuel Cavalheiro Duarte, Juventino Martins Afonso, João Trindade Calha e Francisco Maria Bárrios.

Conselho Fiscal Conselho Fiscal José Bruges de Ávila Marques José Bruges de Ávila Marques Fausto Quadros Fausto Quadros António Francisco Tavares Regal António Francisco Tavares Regal Manuel de Jesus Martins Manuel de JesusdaMartins João Pereira Silva João Pereira da Silva Augusto Neves Marques Augusto Neves Marques José Luís Ferreira Gomes José LuísAndrade FerreiraMendes Gomes Aristides Aristides Mendes AntónioAndrade Nunes Gouveia António Nunes Gouveia José Medeiros da Silva José José Medeiros Medeiros da da Silva Silva José Medeiros da José Medeiros da Silva Silva José Mendonça Medeiros da Silva João Ramos João Ramos João Mendonça Mendonça Ramos João Mendonça Ramos João Mendonça Ramos João Ferreira Mendonça Álvaro dosRamos Santos Álvaro Ferreira dos Santos João Miguel Girão Queirós Felgar João Miguel Girão Queirós Miguel Nuno Pedro CardosoFelgar Matias Miguel Nuno Pedro Cardoso Matias Nélson da Conceição Ventura Lourenço NélsonRui da Manuel Conceição Ventura Lourenço Duarte Garção Rui Manuel Duarte Fernando José Pires Garção Caetano Fernando José Pires Caetano


HISTÓRIA

Por tal razão, aquele morador contactou os moradores senhores Dr. Manuel Cristino Gonçalves Marques e Jorge Pais do Amaral, que são juristas, no sentido de se pronunciarem acerca dos referidos estatutos da “Associação dos Moradores da Portela”, tendo obtido daquele primeiro jurista o parecer de que os mesmos estatutos estão em condições de servir o que se pretende. Prosseguindo, referiu que era também de opinião de que, para não se perder mais tempo, se deveria avançar desde já, com todos os demais actos que são necessários para que a dita associação entre imediatamente em funcionamento. Sugeriu, em continuação, que os moradores presentes, que assim o entendessem, se inscrevessem como sócios da “Associação dos Moradores da Portela”, preenchendo desde já as propostas de admissão de que a mesa dispunha. É que se constatava, como se constatou, que o número de sócios que assinou a escritura de constituição da associação e da aprovação dos seus estatutos, não era suficiente para preencher os órgãos da associação: Assembleia-geral, Conselho Fiscal e Direcção. O mesmo morador, Dinis Anacleto Fernandes, emitiu a opinião de que, uma vez inscri-

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tos sócios em número suficiente para o preenchimento daqueles órgãos da Associação, se deveria convocar uma nova reunião dos moradores para ratificar a admissão dos sócios assim inscritos, sem observância do disposto no artigo quinto dos estatutos e para eleger, então, os elementos já sócios para preencherem os órgão da Associação. Em seguimento daquela intervenção, verificou-se, desde logo, a inscrição como sócios da Associação dos seguintes moradores (seguem-se os nomes dos 20 sócios inscritos nesta reunião). Tendo sido referida a necessidade de fazer face, desde já, às despesas de organização da associação, logo os sócios adiante designados deram, espontaneamente, as contribuições que também se indicam (seguem-se os 17 nomes e o valor das respectivas contribuições, totalizando 3.750$00). A pedido de um dos moradores presentes, foram lidos em voz alta os estatutos da “Associação dos Moradores da Portela”, para que todos os presentes ficassem com a ideia do seu conteúdo. Feita essa leitura, verificou-se ser indispensável a convocação de uma nova reunião dos moradores para, validamente, se sancionar a admissão de sócios e a eleição

dos órgãos da associação, actos que, por impossibilidade absoluta, são praticados sem rigorosa observância da letra dos artigos quinto e décimo segundo dos estatutos, mas que estão em rigorosa harmonia com o espírito dos mesmos estatutos e com a vontade da assembleia geral, ali reunida. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a sessão de que se lavrou a presente acta, que vai ser assinada pelos componentes da mesa da Assembleia Geral e por todos os mais que, tendo estado presentes, o queiram fazer. Assinado por Francisco Maria Bárrios e mais 14 associados. Assembleia Geral nº 2 Na Assembleia Geral nº 2 (“Reunião plenária dos moradores da Portela”), realizada em 1 de Outubro de 1977, no anfiteatro do seminário dos Olivais, com cento e dezanove presenças, presidida por Francisco Maria Bárrios secretariado por Dinis Anacleto Fernandes, Augusto Costa Valadares e Leonardo Vila Nova Gonçalves, deu-se sequência ao deliberado na assembleia anterior e decidiu-se: Assinar a acta da reunião anterior e ratificar a admissão dos sócios inscritos.

A inscrição de novos sócios, com aprovação imediata. Pedir a inscrição de voluntários para os primeiros corpos gerentes, tendo-se inscrito: José Bruges de Ávila Marques, Maria Alice Fraústo Basso, José António Lopes dos Santos, Florentino Gaspar, Rui Regueira, Luís Taumaturgo, Armando Vicente da Silva Bernardo, António Manuel Ribeiro, Maria Fernanda Vilela, José Manuel Barata da Silva e outros. Assembleia Geral nº 3 Na Assembleia Geral nº 3, realizada 4 de Outubro de 1977, na sede provisória da Associação, foram então eleitos os primeiros órgãos sociais: Assembleia Geral: Manuel Cristino Gonçalves Marques (presidente), José António Lopes dos Santos (vice-presidente), Dinis Anacleto Fernandes e Rui Trigueiros Sampaio (secretários) Conselho Fiscal: José Bruges de Ávila Marques (presidente), Manuel Coelho Dias (secretário), Pedro Pimentel (vogal) Direcção: Augusto Costa Valadares (presidente), José Lourenço Lages (vice-presidente), António Gomes Ribeiro (secretário), João Manuel Abranches do Loureiro (tesoureiro), José Marçal Matos Ferreira

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(vogal) Foi ainda constituído um Núcleo de Apoio à Direcção que agrupava os seguintes associados: Ilídio da Silva Barros, Francisco Bárrios, Luís Taumaturgo, Orlando Neves, Florentino Gaspar, Maria Alice Fraústo Basso, Rui Regueira, Armando Bernardo, Maria Fernanda Vilela e José Manuel Barata da Silva. Acto de posse Aos quatro dias do mês de Outubro de 1977, na sede provisória da Associação de Moradores da Portela, eu, Francisco Maria Bárrios, na qualidade de presidente da mesa das Assembleias gerais efectuadas nos dias 1 e 4 de Outubro do corrente, conferi posse aos senhores (seguemse os nomes dos eleitos para a Assembleia Geral). Neste acto ao serem empossados nos cargos acima referidos, os empossados tomaram o compromisso solene de fielmente desempenharem os cargos para que foram eleitos e cumprir os fins estatutários pelo que vão de seguida assinar este auto juntamente comigo, presidente da mesa da Assembleia Geral. António Mesquita


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CULTURA

Ninho de Cucos

The Chameleons em Portugal João Alexandre Músico e Autor

A extraordinária banda inglesa de Manchester, The Chameleons regressa no mês de Maio a Portugal para atuações ao vivo, dia 3 no Hard Club em Gaia e dia 5 na Caixa Económica Operária em Lisboa. Agora denominados Chameleons Vox e com uma formação onde apenas se mantém a alma da banda, o vocalista e principal compositor Mark Burgess, o grupo aproveitará a extensa tournée europeia para deliciar os fervorosos fãs e passar em revista os temas da trilogia essencial da sua carreira, os álbuns “Script of the bridge” de 1983, “What does anything mean? Basically” de 1985 e “Strange Times” de 1986. Os Chameleons, formados em 1981 por Mark Burgess na voz e baixo, a dupla fantástica Reg Smithies e Dave Fielding nas

guitarras e o baterista John Lever são o coração do post-punk dos 80’s baseado em linhas guitarras com delay e chorus, de poucas cordas, melodicamente cruzadas em duetos que apoiam e realçam a voz de quase barítono de Burgess. Para Burgess as palavras das canções não eram um aspecto de somenos. À preocupação com a transmissão de emoção nas letras junta-se um toque de fantasia, sonho ou pesadelo patentes nos clássicos : SECOND SKIN “… A sillhouette i thought i knew Came through,someone spoke to me Whispered in my ear This fantasy's for you Fantasy's are in this year …”

Temas fundamentais facilmente encontrados no youtube: ♫

Second Skin

Don’t Fall

Monkeyland

On the beach

Up the down escalator

Soul in isolation

Time / the end of time

Thursday’s child

Perfume Garden

Ou em: SOUL IN ISOLATION “Soul in isolation I can hear you breathing down the hall Soul in isolation I can hear you whisper through the walls …” Os Chameleons foram sempre o parente pobre do reconhecimento musical do rock dos anos 80, desde logo no seu próprio país e subvalorizados pelos media em detrimento dos Joy Division, The Cure, Psychedelic Furs, Echo and The Bunnymen e Bauhaus entre outros. No entanto, passados quase 30 anos acabaria por surgir uma vaga de novas bandas absolutamente inspiradas, para não dizer algumas vezes em forma de decalque instrumental,

nas texturas delicadas dóceis e agrestes dos Chameleons. Que o digam Interpol, Editors, British Sea Power, Arcade Fire, etc Em 1987 quando a banda se preparava para as gravações do 4ª álbum, o seu manager, Tony Fletcher morreu de ataque cardíaco fulminante o que acabou por precipitar o fim dos Chameleons. Já em 2000 algumas reuniões possibilitaram concertos na Europa e América mas … não era a mesma coisa. Mark Burgess criou então, com John Lever o baterista original, os Chameleons Vox, que são basicamente, como refere o próprio Mark, a voz deste camaleões a recriar os temas daqueles mágicos três álbuns. Em 1983 ofereceram a Portugal um fabuloso concerto no saudoso e insubstituível Rock Rendez Vous. Passaram em 2010 pelo

Santiago Alquimista-Lisboa em concerto esgotado e é tempo de os (re)vermos agora sob pena de nunca mais termos tal hipótese uma vez que correm rumores de que finalizarão actividades após esta tournée. Por serem uma peça chave do rock mais bonito alguma vez praticado, porque são intemporais, porque são de culto e quem gosta deles normalmente venera-os e porque quem não gosta é simplesmente porque não conhece, sem qualquer pingo de nostalgia. Os Chameleons Vox retribuirão com juros elevados os 15 euros investidos na entrada. Ao que sabemos ainda é possível obter bilhetes para estes espectáculos a realizar no início de Maio no Porto e Lisboa. O MP vai lá estar. Venham também!


INSTITUIÇÃO

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Associação de Jovens de Moscavide O início A AJM iniciou a sua atividade como uma associação juvenil, dando resposta numa área onde nenhuma outra associação estava a cooperar na antiga freguesia de Moscavide. Durante vários anos a associação desenvolveu actividades desportivas com equipas de futsal federadas de jovens, iniciativas culturais e lúdicas, com visitas a exposições e locais de interesse histórico, utilizando o nosso mini-bus. Realizou vários colóquios centrados na problemática da criança e dos jovens, tendo participado desde a sua criação no Conselho Municipal de Juventude, assim como foi pioneira num projecto que deu o impulso aos actuais GAJ no município de Loures: o Esp@ço Jovem do Centro Cultural de Moscavide. Este espaço que foi concebido para funcionar do foyer do piso 1 do antigo cinema de Moscavide,

como um espaço multi-usos para Educação, Cultura e Lazer. O Esp@ço Jovem passou a ser um espaço intergeracional, com uma Biblioteca, um Espaço de Estudo, um espaço de Multimédia e um espaço Internet. Este projecto, que incluía a próprio equipamento e mobiliário foi aprovado pelo município, tendo sido implementado e funcionado em pleno até final do ano 2013. O presente Com a alteração do Executivo da Junta de Freguesia, o protocolo com a AJM para a gestão do Esp@ço Jovem foi denunciado unilateralmente, deixando o espaço de funcionar com todas as suas valências e num horário alargado. A Associação viu com as alterações implementadas no Esp@ço Jovem o seu espólio (2003-2013) retirado pela Junta de Freguesia, estando o mesmo em parte incerta, tendo a asso-

ciação feito várias diligências para o recuperar sem sucesso até a data. A AJM está sedeada, provisoriamente, nas instalações da antiga Junta de Freguesia de Moscavide (conforme outras associações do movimento associativo de Moscavide), contudo está à procura de uma nova sede em Moscavide, pois foi oficiada pela actual Junta de Freguesia de Moscavide e Portela para alterar a sede. Atualmente a AJM recorre a outras instituições e a espaços públicos para reunir, pois não tem autorização para utilizar os diversos espaços municipais sob gestão da Junta de Freguesia. Mas estes contratempos não têm desanimado as várias direções da AJM, pois tem unido os sócios em prol da realização de mais eventos para a comunidade. Foi o caso da recente Festa da Flor que reuniu mais de 160 comerciantes em prol de uma iniciativa ímpar em Portugal: a

distribuição num dia de 50.000 flores. A iniciativa que concorreu ao record “Guinness Book of Records” distribuiu no passado dia 20 de Março as flores através das lojas aderentes. Mesmo sem o apoio da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela que não autorizou a utilização do espaço público na Avenida de Moscavide para descarregar as flores, a AJM contou com a colaboração de associados, instituições e colectividades para realizar o evento, tendo até os meios de comunicação social nacionais referido a iniciativa, que foi um êxito! Hoje, passados 14 anos da sua fundação, a AJM alterou os seus estatutos, passando a ser uma associação aberta a todas as idades, com um objetivo social mais abrangente. O futuro Trabalhar em prol da comunidade é o lema da Associação de Jovens de Moscavide (AJM) e, por isso, o futuro reserva muitas outras iniciativas e projectos

sociais para Moscavide e Portela. Entre outros projectos destacamos a iniciativa que se vai realizar, durante o último fim-de-semana de Maio e todo o mês Junho, nas instalações do Clube Desportivo Olivais e Moscavide (CDOM), com o objectivo solidário de angariar verbas para um novo relvado para o CDOM. A Iniciativa – SMALLVILLE FESTIVAL será uma iniciativa cultural polifacetada e multi-geracional que irá, mais uma vez envolver toda a comunidade. Porque a problemática inter-geracional é cada vez mais um desafio, a AJM vai actuar mais nesta área social, apresentando às instituições parceiras projectos válidos em prol da nossa comunidade. A AJM está para ficar, para ajudar a comunidade, em prol de uma sociedade mais justa e fraterna. Para conhecer mais esta associação visite o facebook em https://www.facebook.com/ajm. moscavide


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DESPORTO

FUTURÁLIA O futuro dos Jovens em Jogo Os pavilhões da FIL de Lisboa juntaram diversas entidades e parceiros, na apresentação das suas propostas para o desenvolvimento e formação de jovens. Universidades, escolas e entida-

des empregadoras enriqueceram a oferta da FUTURÁLIA, dando a conhecer os seus programas e respectivos percursos profissionais. Ao longo de quatro dias de FIL

no Pavilhão 2. Ciente da importância do desporto para o desenvolvimento dos jovens, Nuno Delgado juntou parceiros de diversas modalidades na construção de um projecto comum: A Escola de Campeões para a Vida. Neste novo conceito, o judoca olímpico visa aplicar nas diversas modalidades os ensinamentos e a experiência de vida, que fizeram do atleta um campeão. O CDOM é a mais recente morada da nova escola de Judo Nuno Delgado. Num clube que juntou os treinadores independentes do movimento Ser Desportivo e os demais profissionais e parceiros

(entre 11 e 14 de Março) foram aos milhares os jovens que passaram no Parque das Nações, em busca de ideias e propostas que pudessem oferecer alguma orientação na difícil tarefa de construir um plano de futuro. Na ala de Desporto, o futebol desenvolvido no Parque das Nações esteve em destaque em parceria com a Escola de Judo Nuno Delgado (EJND). A formação de jovens do Kalorias Futebol Tejo (KFT) e do Clube Desportivo dos Olivais e Moscavide (CDOM) entraram em campo, proporcionando diversas demonstrações e oportunidades de experimentação na zona de treino instalada

da EJND, há um novo projecto desportivo em construção para os jovens do Parque das Nações, Olivais, Moscavide e Portela. A FUTURÁLIA foi o primeiro ensaio da Escola de Campeões de Nuno Delgado, uma prova superada por toda a equipa de profissionais que durante quatro dias participaram em diversas demonstrações e actividades relacionadas com modalidades como judo, hip-hop, ballet, futebol entre outras. Mais informações em https:// www.facebook.com/serdesportivo Jorge Rodrigues Fotografia: Natália Ferraz

SMALLVILLE FESTIVAL Festival Solidário por um campo novo no CDOM Os Alice, Darko, From Kids to Heroes, Kiss Kiss Bang Bang e Mauro Barros são alguns nomes já confirmados neste Festival solidário, através do qual se pretende encontrar novos caminhos para a solução de um problema antigo: a colocação de um tapete de relva sintética no campo de futebol do CDOM. Os dias 29 e 30 de Maio são as datas escolhidas para juntar no clube centenas de pessoas, a festejar todo um trabalho desportivo realizado com crianças e jovens ao longo da presente

época. A estruturação da formação de futebol juvenil e a implementação do projecto de reabilitação do estádio Alfredo Marques Augusto têm sido o desafio de um grupo de treinadores, que em 2014 chegou ao CDOM a convite da Direcção. O melhoramento das infra-estruturas tem sido alcançado através de parceiros estratégicos como a Kid to Kid Expo, a Escola de Judo Nuno Delgado e o Grupo Desportivo do BPI, que apoiaram a concretização das diversas iniciativas do projecto.

O SMALLVILLE FESTIVAL é um evento organizado por jovens para jovens e visa atrair a atenção das entidades governamentais competentes, fundações e demais instituições para a necessidade de colocar um campo novo no CDOM, para que os jovens da zona oriental de Lisboa e da zona ocidental de Loures possam praticar futebol em segurança. Um grupo de alunos da Escola de Comércio de Lisboa é o mais recente parceiro do “Ser Desportivo”. As duas equipas de trabalho assumem em con-

junto este novo desafio. Ainda à procura de mais apoios, o Festival conta já com os Jornais Notícias de Loures, Moscavide Portela e Notícias do Parque como parceiros media. A SIC já manifestou interesse na reportagem do evento. A CM Lisboa e a Junta de Freguesia do Parque das Nações são as entidades que poderão proporcionar os meios necessários à realização deste evento solidário. Ao longo das próximas semanas a organização irá promover o evento no comércio local,

que poderá apoiar a iniciativa através da pré-compra de bilhetes para os dois dias de concertos. A trabalhar a um ritmo acelerado estes jovens procuram encontrar patrocinadores e parceiros media, que possam conferir maior visibilidade ao evento e ao objectivo pelo qual está a ser organizado. Mais informações em https:// www.facebook.com/smallvillefestival Pedro Marcelino


DESPORTO

MP

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Ténis continua a somar vitórias

Futsal com a 1ª divisão no horizonte A Portela continua a lutar pela ascensão à 1ª divisão. Depois de um brilhante apuramento para a fase de subida, a equipa sénior encontra-se a lutar com mais cinco equipas pela vaga que permite esse objectivo. Com três jornadas disputadas, a equipa soma duas vitórias e uma derrota, encontrando-se no primeiro lugar, acompanhada por mais três equipas. Uma delas, a Quinta dos Lombos, é o próximo adversário, onde a Portela se deslocará hoje, dia 18 às 17 horas, numa partida de grande importância, mas que ainda não é decisiva. Numa fase tão importante da prova, espera-se que os portelenses estejam com a equipa, de forma a que na próxima época possamos estar no maior escalão do futsal nacional, competindo com equipas como Benfica e Sporting. De recordar que o futsal é a segunda modalidade mais praticada no País.

Terminou no final de Março o Campeonato Regional de Ténis de Lisboa, Veteranos, que se realizou de 25 a 29 de Março no CT do Estoril. Os atletas da AMPortela tiveram mais uma excelente participação em todos os escalões de veteranos, com presença em todas as finais. No escalão de 35, 45 e 55 Alexandre Sanches, João Miguel e Mário Almeida, respectivamente, foram vice-campeões, enquanto no escalão de 65 Manuel Coelho da Silva foi campeão. Uma jornada em grande dos veteranos que atingiram estas quatro finais. Na vertente feminina e com idades mais tenras, Sofia Pinto venceu o 2º Torneio António Teixeira Sub-12, que se realizou no Clube de Ténis da Amadora. Na fina a tenista portelense venceu Joana Luz, da Peralta Ténis, por 4-2 e 4-1.

Advogado Director da Associação dos Moradores da Portela

AMP com campeão do mundo em artes marciais Após 3 dias de intensa competição, terminou o Campeonato do Mundo Inter-Estilos de artes marciais e desportos de combate. A representar a AMP estiveram dois atletas mais um Professor do PW, que obtiveram excelentes resultados: Ricardo Prazeres - 5º lugar na categoria light Kick (-74kg), João Cunha - campeão mundial wac (-57 kg) em light Kick e low Kick e o Prof. Rudi Mendes - campeão mundial (-75 Kg) Esta competição contou com 3856 atletas, desde os 4 anos de idade até aos 76 anos, que representaram 36 nacionalidades, envolvendo 493 organizações de diferentes estilos. Nos dias 27, 28 e 29 de Março passaram pelo pavilhão cerca de 10 000 espectadores.

Ginástica também em destaque Realizou-se no dia 21 de Março a Prova Qualificativa 1 de Acrobática de Iniciados, no Pavilhão Desportivo Municipal de Loulé. A AMP esteve representada com três atletas, que se qualificaram para o Campeonato Nacional 1, de Acrobática, a realizar nos dias 25 e 26 de Abril de 2015. Parabéns ao Grupo Feminino - Patrícia Aguiar, Sofia Pinto, Ana Silva, à técnica Cátia Gomes, à monitora Patrícia Figueiredo e à estagiária Inês Pereira.

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Carlos Ribeiro

Rui Rego

Proposta de Sócio Caros leitores, A batalha jurídica que temos a vindo a travar contra a Federação Portuguesa de Futebol conheceu mais um episódio no passado dia 20 de Março deste ano. Data em que, após termos ganho a providência cautelar, que obrigou o Conselho de Justiça (CJ) a conhecer o mérito do nosso recurso, foi proferido o Acórdão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, que entendeu que a AMP não tinha razão nos argumentos aduzidos. Com efeito, após o Tribunal Central Administrativo de Lisboa ter considerado, ao contrário do que inicialmente tinha feito o CJ que a AMP tinha cumprido todos os prazos legais, o CJ chamou a si o processo e decidiu em sentido contrário às nossas pretensões. Alegando em suma que: a Direção da FPF pode unilateralmente alterar os regulamentos em vigor, mesmo que não cumpra as formalidades essenciais previstas na lei e pode fazê-lo a qualquer momento pois, consideram os senhores Conselheiros que, o prazo estipulado na lei para o efeito (30 de Abril) é um mero prazo ordenador que não tem carácter vinculativo. Quer isto dizer, que de acordo com o sustentado pelo CJ as regras podem ser alteradas a todo o tempo (mesmo após o início da época desportiva), como aliás foi o caso em análise (relembramos que o comunicado da Direção da FPF é de 7 de julho de 2014, tendo a época desportiva começado a 1 de Julho de 2014). Esta decisão espelha a necessidade urgente da constituição do Tribunal Arbitral do Desporto (já em constituição), onde os julgamentos passarão a ser efectuados por quem não é eleito nas mesmas listas que as direções e, assim, poderá decidir com plena isenção e independência. E dizemos que se tratou de mais uma batalha, porque a “guerra” não acabou. Iremos continuar a lutar pelos nossos direitos, recorrendo novamente aos tribunais civis, pugnando pela igualdade de tratamento de todos os clubes que disputam os campeonatos nacionais de FUTSAL. Em paralelo, é altura de começar a preparar a próxima época, mais uma vez sem saber se iremos disputar a primeira ou a segunda divisão nacional. Neste momento, decorridas três jornadas da segunda fase ocupamos o primeiro lugar com seis pontos, com os mesmos pontos de mais três equipas, o que leva a crer que apenas saberemos o nosso destino senão na última jornada, muito perto dela. Na minha primeira crónica afirmei que um dos maiores desafios que enfrentamos relaciona-se com o facto de alguns atletas exigirem da Direção da AMP o mesmo que exigiriam de Direções de Clubes de maior dimensão, por onde já passaram. Esta “profissionalização” dos atletas retorna-nos à imperiosa necessidade de escolhê-los com base em dois critérios, a saber: (1) A necessária qualidade técnica e, mais importante, (2) um perfil que se adeque, simultaneamente ao amadorismo de quem dirige e ao profissionalismo que exige a participação num campeonato nacional, binómio difícil de alcançar. Assim, fica a certeza que a sustentabilidade do projecto terá que assentar, primordialmente, na formação dos atletas que hoje jogam nas camadas jovens, com especial enfoque para a formação humana, pois é essa formação que fará com que permanecem no nosso clube em detrimento de outros clubes onde as vantagens patrimoniais são maiores.


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MP

PSICOLOGIA

Psicologia para todos

A validação da Agressividade como Comportamento Social Maria Margarida Oliveira Psicoterapeuta

Na minha geração, anos 60, a manifestação da agressividade – enquanto comportamento que revela qualquer tipo de frustração: dos impulsos, necessidades ou emoções – era totalmente reprimida. Essa repressão, era no entanto bem fundamentada em princípios ideológicos, que por serem

inquestionáveis, dogmáticos, não admitiam qualquer tipo de reacção discordante e que apoiados na força – a cadeia, ou o inferno -, produziram ao longo das gerações um medo inconsciente fortíssimo, que ainda hoje actua. Assim a liberdade, enquanto expressão desses impulsos, necessidades, e ideias ou ideais,

não existia nem podia existir e a transgressão a esses princípios colocava os cidadãos no fim da escala social, o que actuava como força persuasora a qualquer manifestação da diferença ou da individualidade. A mudança desses valores, princípios, e comportamentos foi o sentido de vida para a minha

geração, que culminou, entre nós, com a revolução do 25 de Abril. A alegria colectiva que vivemos nesse dia é algo inesquecível e que reflecte a verdade e correspondente necessidade do ser humano em ser livre, independente e criativo! Estes fenómenos, agora que temos conhecimento a nível global, foram e vão acontecendo por todo o mundo. Mas a ingenuidade perante a força, energia destrutiva, que designamos por Mal, que existe individual, colectiva e transpessoal, foi dando azo e lugar a que este se fosse manifestando. A princípio de uma forma cautelosa – repondo, por exemplo, as instituições que tinham sido banidas - e agora com toda a clareza e com a violência que lhe é própria. E assim como uma “nuvem negra” que produz cada vez mais tornados, esta força, o Mal, manifesta-se todos os dias, estando nós a assistirmos impotentes a uma tempestade (para além das que estão a dar-se na Natureza) Moral que parece engolir todo o Bem, todos os ideais, toda a procura de verdade e de bondade. Mais ainda, esta força destrutiva já adquiriu direitos de cidadania. Basta observar como todos os canais de televisão, os jornais, rádio e meios informáticos ocupam os seus programas e dão grande relevo - em nome das audiências -, a todos os crimes, cada vez mais odiosos, a todas as notícias de comportamentos corruptos dos políticos, dos religiosos e empresários e das lutas e guerras fratricidas pela obtenção de poder ou dos bens essenciais a toda a humanidade. Sem disso darmos conta entrámos num “buraco negro” (concentração de energia que suga tudo o que está à sua volta sem haver retorno) e passámos a ter uma atitude, uma validação e um comportamento ambivalente e perigoso; de “negação”, o que não diminui a sua força destrutiva, como estamos a observar; ou comportamentos de “fuga”, para alguns, muito poucos, que

sentem o perigo das situações e tentam manter-se longe das mesmas; e para a maioria há um processo de “identificação” com as vítimas ou com os manipuladores, o que rapidamente os conduz ao mesmo “buraco negro”. Então antes que fiquemos a olhar e com isso a ser destruídos por esta força do Mal que parece ter invadido o planeta, como já aconteceu noutros períodos históricos, parece que se torna urgente um discutir, um reavaliar, dos princípios e dos valores que nos regem individual e colectivamente e pelos quais temos lutado e regido as nossas vidas! A questão do Bem e do Mal volta a impor-se por muito que achemos isso ultrapassado e fora de moda. “O Mal quer ser reconhecido” afirmava o psicólogo Carl Gustav Jung há quase 100 anos. Pois ele aí está! E agora?! Sem termos verdadeira consciência, ao ouvirmos as notícias de assassinatos, de violências, corrupções, de guerras, estamos a ser envolvidos por ondas destrutivas e com isso chegamos a considerar normal o que nos deveria escandalizar e levar a reagir, abdicando assim da nossa análise valorativa dos factos e dos acontecimentos o que, e sem darmos conta, estamos a validar comportamentos que deveriam ser banidos ou rejeitados com toda a força! Mais do que os fenómenos sociais de contestação, que já se vêm mostrando ineficazes perante os poderes, não haveria de nos reunirmos em grupos de reflexão e de estudo da forma como reagir a esta acção destrutiva que nos invadiu e ameaça cada vez mais?! Tudo isto para além de qualquer força política ou religiosa, ou mesmo filosófica, mas apenas apoiada na procura do Bem e no de encontrar formas de como reagir ao Mal. Pode parecer uma clivagem, e psicologicamente o é, mas do ponto de vista social é assim que os factos se nos apresentam.


OPINIÃO

MP

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As pessoas são um mistério José Luís Nunes Martins Investigador

Querida amiga, Uma das virtudes mais importantes é a de saber conhecer as pessoas. Quando se falha aí, a tragédia é quase certa… assim, se mo permite, escrever-lhe-ei algumas linhas sobre o que julgo haver de mais sábio a este propósito: Em primeiro lugar, não se pode avaliar os outros sem ser com a medida que usamos para nos avaliarmos a nós mesmos. Não faz sentido querer saber tudo sobre o outro, sem antes se ter esforçado por se conhecer a si mesmo. Depois, devemos ter sempre em conta que as pessoas se revelam no tempo. Qualquer análise que seja feita com urgência será, quase sempre, errada. Ninguém se manifesta num momento ou dois. Não há pessoas simples, ninguém cabe dentro de uma explicação fácil e rápida. Somos unidades vivas que se desenvolvem de forma progressiva. A nossa identidade é um complexo equilíbrio dinâmico entre permanência e mudança. Se não somos sempre o mesmo, também não mudamos a cada instante. As maiores mudanças na vida dão-se de forma subtil e quase despercebida. Há quem não se dê conta de que é hoje o oposto do que era há uns anos, porque estas inversões de rumo

se dão sem qualquer choque ou movimento brusco. Só com tempo podemos avaliar estagnações, evoluções e revoluções. Tempo. Muito tempo. Tanto tempo quanto possível. Se lhe for necessário tomar uma decisão, importa que seja humilde a decidir, sem confiar demasiado na sua capacidade de ler sinais e padrões. A verdade é que a maior parte de nós prefere ficar apenas com aquilo que consegue compreender, ignorando tudo o resto… mas isso que pode parecer estar a mais é, muitas vezes, o mais importante… e só se deixará ver se lhe dermos tempo… Mais, as pessoas nunca são o que parecem. Nunca. Nem mesmo quando parecem ser o que são. A aparência nunca é a essência. Há quem se sirva desta distância para criar ilusões, para se enganar a si mesmo e tentar enganar os outros… Há quem não saiba dizer a verdade. O que importa está dentro, para lá, do que se pode ver, ouvir e tocar. O exterior é apenas um suporte do interior, um meio para ele se revelar. Uma aparência, por si só e por mais bela que seja, não é nada, não serve para nada nem vale coisa alguma. O melhor de alguém nunca é evidente. O pior também não. Importa ainda saber que uma pessoa não é apenas uma história passada. Muitos são os que falam de si mesmos como se se conhecessem bem, quando na realidade só relatam acontecimentos passados. Ora, essas autópsias revelam somente o que eles foram, não o que são: uma espécie de cadáveres sem presente nem futuro. É tão fácil cair neste erro… não é? Cada um de nós é uma unidade onde passado, presente e futuro se enriquecem uns aos outros… o que somos resultará mais das acções do que das intenções, mais da vontade do que dos acasos, mais da esperança do que das lembranças. É um erro comum prever o amanhã pelo hoje. Não somos sequências lógicas. Somos livres e é nesta incerteza, ínfima e infinita, que reside o sentido da nossa vida, a verdade da nossa

autenticidade e o valor da nossa singularidade. Mas, como creio que sabe, cara amiga, há quem, mesmo diante de provas da falsidade daquilo em que acredita, se agarre com uma vontade cega e redobrada às suas certezas… convencendo-se ainda mais das suas infundadas crenças… Há pouca gente capaz de assumir a sabedoria da humildade, compreender e aceitar que se enganou, e que, por maior que tenha sido o seu investimento emocional, está na altura de lhe pôr um fim e

mudar de rumo. Tendemos a inventar histórias que nos ajudem a encontrar respostas sobre a identidade, a nossa e a do outro. É raro que consigamos pensar que um ser humano é um verdadeiro e profundo segredo e, por isso mesmo, nos enganamos de forma frequente, deliberada e cruel. A verdade é que quase nunca sabemos o porquê do que sentimos, embora estejamos quase sempre convencidos de que sim, por mais íntimas que sejam as nossas emoções…

Se aceitarmos que cada um de nós é um mistério que se revela ao longo do seu tempo, isso talvez ajude a dissipar as pressas que tantos tropeços e absurdos nos causam… Por fim, peço-lhe que medite em algo que me tem ensinado muito: uma vela é o pavio, a cera é apenas o suporte. A sua verdadeira luz dá-se no tempo, não no momento. Gosto de si, confio em si e rezo por si. Obrigado.


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SAÚDE

MP

Rui Neto Fernandes Médico

Exames de rotina O pedido de exames de rotina é um dos motivos mais frequentes, que leva um utente a uma consulta de Medicina Geral e Familiar. Este pedido reflecte, normalmente, uma preocupação válida com o estado de saúde e uma atitude preventiva recomendada. Para o médico de família, a prescrição destes exames é uma práctica convencional, que procura responder a uma expectativa legítima por parte dos utentes. Médicos e utentes baseiam a sua atitude na importância da prevenção da doença e na crença de que estes exames, pelo menos “mal não fazem”. Paradoxalmente nos últimos anos vários estudos têm alertado que, quando requisitados em excesso e sem critérios válidos, os exames de rotina podem ser prejudiciais. É inquestionável o valor e importância de alguns testes de rastreio na prevenção de doenças graves – por exemplo, a realização de colonoscopia em indivíduos com mais de 50 anos para prevenção do cancro do colon, ou a de colpocitologia (Papanicolau) em mulheres com mais de 25 anos no rastreio de cancro do colo do útero. Também em doentes com patologias já diagnosticadas há exames de vigilância que têm de ser realizados, como por exemplo a glicemia em jejum em diabéticos. Contudo, o pedido sistemático de exames complementares a indivíduos saudáveis, sem queixas ou evidência clínica de doença após exame médico, leva muitas vezes ao sobre-diagnóstico e consequente sobre-tratamento de condições que, de outro modo, não trariam consequências. Quando solicitados rotineiramente a indivíduos saudáveis, estes testes mostram por vezes resultados anormais, não pela existência de uma situação de doença, mas porque há, naturalmente, indivíduos que apresentam parâmetros fora dos valores usados como referência. Um resultado inesperado leva invariavelmente à realização de mais exames para investigar a causa (muitas vezes nunca encontrada), muitos destes invasivos, desconfortáveis e com potencial para complicações. No limite, o sobre-diagnóstico leva à instituição de tratamentos por vezes agressivos e lesivos, para situações benignas, que não trariam qualquer consequência se nunca fossem diagnosticadas. Nos EUA foi implementada, em 2012, a campanha Choosing Wisely, para promover a cooperação entre médico e utente na decisão informada sobre a realização de procedimentos clínicos. Mais do que informativa, esta campanha incentiva a comunicação médico/utente, na busca comum de promoção da saúde. Uma comunicação eficaz é essencial para informar os utentes dos potenciais riscos e benefícios de exames ou tratamentos e estabelecer a relação de confiança necessária a todo o processo. O médico de família é um elemento fundamental na gestão da saúde, mas o utente tem de assumir um papel activo, consciente e responsável na mesma. Deve ser incentivada a prevenção da doença – através da alimentação saudável, exercício físico, cessação tabágica, etc e requisitados exames quando a situação clínica o justificar, com base em critérios validados.

Libério Ribeiro Presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica

Diagnóstico precoce da asma infantil previne insucesso escolar A asma é uma doença inflamatória crónica das vias respiratórias, responsável por episódios recorrentes de pieira, dificuldade respiratória, aperto torácico e tosse, sobretudo no início ou final do dia. Afeta 300 milhões de pessoas em todo o mundo e é uma das doenças crónicas mais frequentes na criança, sendo que em 2025 será a doença crónica com maior prevalência na infância. Além do componente genético, que muitas vezes é determinante é influenciada por mudanças ambientais, climatéricas e do estilo de vida. Em Portugal, o número de casos de asma infantil tem vindo a aumentar e estima-se que, atualmente, afete cerca de 15 por cento das crianças. Os sintomas em crianças até aos dois anos de idade podem não ser suficientemente evidentes, manifestando-se a doença apenas

através de tosse noturna e matinal, aperto no peito e/ ou respiração acelerada. Estes sinais podem ser esporádicos, intermitentes ou persistentes e a intensidade pode variar entre ligeira, moderada ou grave. A primeira manifestação da doença costuma surgir antes dos cinco anos de idade e influencia diretamente a vida das crianças em diversas áreas: atividade física, bem-estar psíquico, social e sucesso escolar. Deste modo, torna-se imprescindível o diagnóstico precoce da asma infantil como o único procedimento capaz de evitar a progressão da doença, a sua evolução para formas irreversíveis e a sua interferência na qualidade de vida das crianças. As crises de asma podem ser desencadeadas ou agravadas por estímulos específicos, como os áca-

ros do pó de casa, os pêlos dos animais, os pólenes das plantas, os bolores e alguns alimentos, ou por estímulos não específicos, que incluem infeções virais ou agentes irritantes (perfumes, vernizes, tintas, vapores de cozinhados, pó de talco, poluentes atmosféricos, fumo do tabaco), alterações climatéricas e prática de exercício físico. Para diagnosticar a asma, o médico deverá solicitar a realização de vários exames, como é o caso dos testes cutâneos, que verificam os alergénios que provocam a reação alérgica, ou o estudo da função respiratória que avalia alterações existentes, a determinação do óxido nítrico exalado que reflete o grau de inflamação dos brônquios. Para complementar o diagnóstico, podem ainda ser solicitados exames ao sangue, fezes e estudos radiológicos.

Os inaladores, comprimidos, xaropes ou aerossóis são os medicamentos mais utilizados para o tratamento da asma e para o controlo das crises. No entanto, o tratamento é adaptado a cada doente, estando sempre dependente da gravidade e natureza da doença. Esta doença não tem cura mas pode ser controlada. Particular importância deve ser dada à terapêutica inalatória pelas suas vantagens (maior eficácia e menos efeitos secundários). No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Asma, que se assinala a 5 de maio, a Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica vai realizar sessões de sensibilização em escolas do ensino básico e secundário em todo o país com o objetivo de promover o diagnóstico precoce da asma em idade escolar.


SAÚDE

MP

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A importância de consumir alimentos da época Anabela Pereira Nutricionista

Quantos vezes já fomos ao supermercado, em pleno Inverno, olhamos para os carnudos e vermelhos morangos e pensamos "olha morangos...que delícia, vou comprar". Lá vamos nós a pensar nos morangos para casa e depois quando os provamos dizemos "não sabem a nada".

Hoje em dia graças às novas tecnologias agrícolas temos acesso a quase todo o tipo de frutas e legumes durante todo o ano. No entanto, os alimentos crescidos em estufa, para além de serem mais caros, não são tão ricos em nutrientes como os da estação. O seu sabor está comprometido

quando comparado com os alimentos que sofrem maturação ao Sol. Sabemos que a natureza produz alimentos em épocas específicas do ano, não sendo preciso o uso de tantos pesticidas e fertilizantes. Assim, por terem sido produzidos em condições climatéricas

ideais tornam-se mais saudáveis e de sabor intenso. As frutas são mais doces e os legumes tem melhor cor e aroma. Outra vantagem é o preço, a grande oferta faz com que os produtos cheguem ao consumidor final mais baratos. O mês de Abril é a época da

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Preparação 1. Lave bem os morangos e retire-lhes os pés; 2. Prepare a gelatina conforme as indicações da embalagem, mas só com metade da água; 3. Coloque numa tigela os morangos, a gelatina preparada, o leite condensado e o iogurte natural; 4. Bata bem com uma varinha mágica ou no liquidificador; 5. Leve ao frigorífico cerca de 6 horas. Sugestões: pode decorá-la com morangos e/ou hortelã.

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MP

OPINIÃO

O Tempo Hoje, diferente do Tempo Passado, diferente do Tempo Futuro! Filipa Monteiro Fernandes Psicóloga Organizacional

Quantas vezes sente que corre atrás do tempo? Desde o momento em que nos levantamos, passamos grande parte do nosso dia numa correria, numa azáfama, num rodopio! O que me parece é que esta geração aceitou, de tal maneira, esta ginástica temporal que aceita viver, ou antes, sobreviver, neste tempo de hoje, sem hesitar, sem questionar, um minuto, um segundo que seja, sobre a vida e o que esta nos determina. Recordo-me numa aula na universidade em que o professor, em determinada altura, refere “o tempo não se gere”! Ficámos a reflectir sobre esta frase... rapidamente acrescentou “o tempo não se gere, porque o dia tem 24 horas hoje e 24 horas amanhã”. Não consegue, portanto, por lhe ser mais favorável, fazer o dia de hoje com 20 horas e o dia de amanhã com 28 horas. Acrescentando de seguida: “O que se gere são as actividades que temos que fazer nesse tempo”. Desta forma, o que se gere é o que podemos manipular, é tudo o que depende apenas de nós. Afinal, sim, podemos gerir e podemos colocar na nossa vida, no nosso dia, no nosso tempo, o que queremos ou o que nos propomos fazer. Deste modo, e porque o tempo é, sem dúvida alguma, um recurso limitado, apresento-lhe nesta edição 5 dicas, das 10 dicas de

Ricardo Vargas, sobre como se colocar no seu dia, para uma melhor e eficaz vivência nesse tempo. 1. Decida o que é importante na sua vida. A distinção entre importante e urgente é, na verdade, muito simples. As coisas importantes são aquelas que contribuem para os resultados que queremos alcançar. As coisas urgentes são as que têm um prazo limite próximo. Nem sempre o que tem um prazo próximo é o que mais contribui para os meus resultados e nem sempre o que contribui para os resultados é urgente. 2. Escreva os objectivos que pretende alcançar em todas as áreas da sua vida. Todos nós precisamos de encontrar a nossa missão na vida. É importante sermos totalmente honestos connosco próprios, porque isso facilita tomar decisões e viver com as decisões que tomámos. Todas as decisões de utilização do nosso tempo se pagam. Para que eu faça umas coisas deixarei de fazer outras. O tempo é um recurso limitado, por isso precisamos de o utilizar no que é importante para nós. 3. Identifique quais as actividades que precisa de realizar para atingir esses objectivos.

Devemos perguntar a nós próprios: Eu tenho uma missão, uma visão para a minha vida, ou qualquer coisa serve? Estou disposto a responsabilizar-me pela minha vida? Tenho a coragem de enfrentar o insucesso? O que é mais importante na minha vida? Nas diferentes áreas: profissional, familiar, carreira, hobbies, condição física, posses materiais, relações, o que quero obter? Quando é que eu gostaria de ter cada uma dessas coisas? Com base numa resposta honesta a estas perguntas, estabelecer objectivos de vida é fácil. 4. Decida quando quer fazer cada uma dessas actividades e quais os recursos que necessita (competências, informação, financeiros, etc.) Escrever tudo é importante. Mas ser realista também. Um plano diário deve ser realista, escrito e flexível. 5. Reserve na sua agenda um tempo por ano, mês, dia, para fazer essas actividades e para organizar os recursos indispensáveis. Nós não gerimos o tempo e a verdade é que muitas pessoas também não conseguem gerir-se a elas próprias. Não conseguem controlar as suas atitudes e impulsos, não pensam de forma estruturada sobre as situações, não têm a discipli-

na necessária para cumprir os seus próprios planos. Mas isso não significa que não consigam atingir objectivos. A maior parte das vezes significa apenas que não conseguem fazê-lo com o menor esforço e o mínimo desgaste possível. É indispensável saber quais são as actividades que contribuem para os nossos objectivos e dedicar-lhes mais

tempo do que às restantes. Tão simples como isso. Para o próximo MP, apresentarei, então, as restantes 5 dicas ou sugestões de melhoria de gestão da nossa vida, por forma a sermos nós na vida e não a vida em nós. Até lá, desafio-o a pôr em prática estas 5 sugestões!


SAÚDE

MP

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A Política Somos Nós Rita Paulos Diretora da Casa Qui - Associação de Solidariedade Social

Vivemos num mundo em que a informação é mais livre e menos mediada. Ainda assim, esse espaço de liberdade restringe-se à internet e não tem o impacto de um programa de televisão em horário nobre. Da responsabilidade dos jornalistas, já poderemos falar de forma diferente quando, em parangonas, apresentam dados que não são factuais. Ao contrário do transmitido por alguns órgãos de comunicação social, as primeiras primárias na história de Portugal não ocorreram no Partido Socialista, no momento da disputa do lugar a candidato a Primeiro-Ministro entre António Costa e António José Seguro. Esta iniciativa pioneira pertence ao Partido LIVRE, por ocasião das Eleições Europeias em 2014.

Carta de Leitor

A abertura de um partido à sociedade civil é um passo de inovação digna de salientar, porque existindo, claramente, políticos e políticas em que a transparência, o rigor, a integridade e o mérito os levaram a chegar a funções de responsabilidade, que quando as exercem, exercem de acordo com a legalidade, sabemos que os partidos podem ser, e são, vítimas fáceis de uma teia de interesses e favorecimento. O que fez o LIVRE então e o que se prepara para fazer para as próximas legislativas? Em Abril do ano passado qualquer cidadão ou cidadã, militante ou não do partido, teve a oportunidade de candidatar-se a fazer parte da lista do LIVRE às europeias e submeter-se à votação por membros e simpatizantes.

O convite por qualquer tipo de direcção para integrar uma lista não tem lugar. Temos no máximo a possibilidade de convite a candidatar-se a tal e sujeitar-se a escrutínio, convite esse então cuja origem, pelo acto de democracia directa do processo, se torna irrelevante. Este ano, já numa plataforma política com grupos no espectro da esquerda, o LIVRE, na candidatura LIVRE/ TEMPO DE AVANÇAR irá repetir as primárias, abertas a candidatos da sociedade civil, para construir a sua lista candidata às legislativas. As candidaturas estarão abertas a partir do próximo dia 25 de Abril. Perante o estado do nosso país este passo deveria ser abraçado e exigido aos demais partidos políticos por qualquer eleitor ou

eleitora. Não está em questão aqui o posicionamento político, embora, evidentemente, não surpreenda que este avanço parta primeiro de um partido no centro da esquerda. Está em causa algo tão simples como a verdadeira oportunidade de escolha e de representação, culminando num grau superior de responsabilização ou, em neologismo, de “acontabilidade” (do inglês accountability). O marasmo da participação cívica e política é um dado adquirido na nossa cultura. Nem todas as pessoas se interessam, têm tempo ou consideram saber o suficiente para querer fazer política, no entanto sabem verbalizar o que querem e o que não querem. A ideia assaz transmitida que as ideologias políticas são todas

iguais é uma mentira. A pulverização de partidos à esquerda, por exemplo, surge porque existem de facto diferenças. Já não é tão falso que algumas linhas se atenuaram nos partidos com experiência governativa e que há um grau de desconfiança acentuado em relação aos agentes políticos, encapsulado no “eles e elas são todos iguais”. Mas não são e, através de primárias, por um lado poderemos ser ou dar oportunidade a novos actores e, não menos importante, por outro lado decidir mais tarde se merecem novamente um lugar¬ entre as 230 cadeiras da Assembleia da República. Até agora não temos sido nós verdadeiramente a determiná-lo, mas alguém num partido a decidir por nós. Isso pode mudar.


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