especial natal
integrar
2016
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especial natal 2016
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Como um puzzle Pedro Santos Pereira
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A estrada para onde temos de voltar
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Integrar é saber aceitar
André Julião
Integrar: Uma prenda para este Natal
Maria Manuela Dias
Em Loures Todos Fazem Parte
Maria Eugénia Coelho
Natal: Porta da integração
Padre Alberto Gomes
Integrar
Khalid Sacoor D. Jamal
Integrados na comunhão
Padre José Fernando
Natal
Filipa Monteiro Fernandes
Natal: Melodia de Amor
Mercedes Nunes Vaz
Nuno Luz
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Como um puzzle Integrar é, seguramente, das coisas mais difíceis que existem. Porque integrar não se resume, apenas, a aceitar, respeitar e tolerar. É necessário compreender e conviver. Cada indivíduo é comparável a uma peça de puzzle, com recortes diferenciados. Promover o envolvimento é algo complexo e, numa comunidade, nem todas as peças se encaixam umas nas outras directamente. É necessário que se promova a integração de cada peça, de uma forma natural, simples e sem atritos, de forma a que o quadro final seja alcançado. Como nos puzzles, em que cada peça tem uma função e um lugar específico, também na comunidade cada pessoa tem as suas vicissitudes e, como tal, deve ser compreendida por isso, sendo integrada de maneira a que não saia diminuída. Não podemos cortar saliências da peça, apenas para que ela encaixe, devemos respeitar cada recorte, de forma a que se sinta integrada e realizada, fazendo do quadro final uma fotografia harmoniosa, em que a liberdade individual predomina, tornando o colectivo mais forte e rico. Natal é isso mesmo, compreender e conviver. Dar menos importância a momentos menos conseguidos, em detrimento de uma procura de bases comuns, mais próximas, que sirvam para esbater as divergências. Para isso não é preciso ignorar as diferenças, é preciso compreendê-las e construir os alicerces de uma relação, cujo fundamento principal será, indiscutivelmente, a força onde tudo assenta.
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Como é óbvio, o espírito natalício, por norma, não perdura muito além dos primeiros dias do ano, apesar de constantemente ouvirmos dizer que o Natal é sempre que o Homem quiser. Mas também é verdade, que quanto maior forem as bases de uma relação, mais inabalável ela será. Como tal embalemos neste espírito de Dezembro, de maior compreensão e convívio e construamos bases mais sólidas, de modo a que perdurem no tempo e não terminem em Janeiro ou Fevereiro. Vamos encaixar as peças, não de forma aleatória ou forçada, mas natural e desprendida, para que o resultado final do puzzle seja do agrado de todos e reflexo de boas relações. Boas Festas Pedro Santos Pereira Director MP Este colunista escreve em concordância com o antigo acordo ortográfico.
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Integrar: Uma prenda para este Natal Tempo de Natal, época propícia ao reencontro com os nossos semelhantes. Aqueles que vivem tão perto de nós e no entanto são ignorados ao longo do ano como se habitassem num continente distante. Aqueles que passam por dificuldades, aqueles que sentem privações, aqueles que não têm nada para partilhar. Aproveitemos esta quadra para estabelecer pontes. Para estarmos atentos a quem nos rodeia. Para dispensarmos pequenos gestos de atenção a familiares, amigos, colegas, vizinhos, simples conhecidos. Sejamos capazes de levar um sorriso a alguém neste tempo tão propício a demonstrações de afeto. Risquemos do nosso vocabulário pessoal expressões que possam magoar os outros. Demonstremos compreensão e tolerância pelas crenças alheias. Adotemos como lema aquele antigo mandamento que nos veda fazer ao próximo tudo quanto não queremos que alguém nos faça. Procuremos combater suspeições e preconceitos. Saibamos valorizar o direito à diferença, incorporando-o sem reservas no catálogo dos princípios fundamentais da cidadania. Abdiquemos de impor os nossos pontos de vista como se fossem os únicos válidos em qualquer debate. Escutemos sem enfado os argumentos daqueles que não pensam como nós. Saibamos celebrar em 2016 um Natal com valores: da compreensão, do entendimento, da tolerância, da integração. Pensemos todos até que ponto, no espaço em que nos movimentamos, estamos verdadeiramente motivados e disponíveis para atitudes integradoras. Sem espaventos, sem proclamações de bondade postiça, sem fazer propaganda dos nossos atos. Com firme e resoluta solidariedade perante todos quantos sofrem. Nos últimos dois anos, centenas de milhões de pessoas oriundas de zonas desfavorecidas procuraram esta Europa onde vivemos em busca de um porto de abrigo. Movidos pelo desespero, tantas vezes com risco para a própria vida, buscam na Europa o asilo, a segurança e o amparo que não conseguem encontrar nas paragens de onde são originários. É demasiado fácil lançar-lhes anátemas. Mas sejamos sensíveis à dor alheia. Tenhamos consciência deste privilégio que é viver na Europa dos direitos, das liberdades e garantias. Pensemos que bastaria um acidente geográfico, fruto do acaso ou do destino, para nos situar num quadrante bem diferente. Saibamos valorizar esse bem tão precioso que é a paz num espaço territorial que durante milhares de anos foi flagelado pelos demónios da guerra. Mas a solidariedade, que é um imperativo moral perante todos quantos sofrem, não deve estar reservada a quem chega de longe. Tem de começar nas nossas cidades. Nos nossos bairros. Nas nossas ruas. Este é o desafio que lanço a quem me lê, aproveitando uma pausa natalícia, mais propícia à reflexão. Um desafio que não deve dirigir-se apenas aos cidadãos a título individual. Porque a integração tem de ser também uma palavra de ordem destinada a mobilizar os poderes públicos em toda a sua escala hierárquica. A nível nacional, a nível regional, a nível municipal. A nível também das Juntas de Freguesia. Aqui fica, portanto, o meu repto: transformemos a palavra integrar numa original prenda para este Natal. Tudo pode começar num gesto caloroso, num olhar ameno, numa palavra solidária. Nada mais simples. Feliz Natal para todos.
Presidente da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela
Em Loures Todos Fazem Parte Estima-se que um elevado número da nossa população apresente um qualquer tipo de deficiência. Infelizmente, os dados estatísticos nacionais não são suficientemente rigorosos para podermos conhecer com precisão quantos são, que idade têm, ou que tipo de deficiência apresentam. Possuímos o diagnóstico das crianças e jovens em idade escolar e que, através de um trabalho cuidado e especializado, encontram, nas escolas, resposta para grande parte das suas necessidades. A partir dos 18 anos, existe um enorme vazio nas respostas necessárias à integração destes jovens. Conhecemos o número dos que frequentam instituições nos concelhos limítrofes e estimamos também, que existe um grupo significativo que não frequenta qualquer instituição, permanecendo em casa sem qualquer tipo de apoio e, em muitos casos, regredindo no desenvolvimento das suas capacidades que foram potenciadas no seu percurso escolar. A Câmara Municipal de Loures entendeu como prioritária a mobilização da comunidade para uma reflexão séria sobre esta matéria, no sentido de, todos juntos, adaptarmos o quotidiano a estes cidadãos, potenciando as suas capacidades e aproveitando as
suas competências. Aproveitando o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, desenvolvemos um conjunto de ações, convidando os participantes a experienciar tipos de deficiência como a cegueira, a surdez ou as deficiências motoras. Alguns milhares de pessoas participaram neste desafio. Paralelamente, sensibilizámos a Rede Social de Loures a construir respostas para estes jovens e jovens adultos, disponibilizando equipamentos e serviços da autarquia. Desafio que está a ser desenvolvido com entusiasmo por algumas instituições. Mas entendemos que a integração, a inclusão da pessoa com deficiência na nossa comunidade, terá de ser um objetivo abraçado por todos e que passa também pela mudança que se terá de operar em cada um de nós, no modo como aceitamos o outro. Não somos todos diferentes? Maria Eugénia Coelho Vereadora do Departamento de Coesão Social e Habitação da Câmara Municipal de Loures
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Natal
porta da integração «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor» (Lc 4, 18-19). É este texto retirado do Profeta Isaías, que Jesus proclama quando de visita à sua terra natal, Nazaré. Cumprindo o dia de Sábado dirige-se à sinagoga, e como sinal de deferência oferecem-lhe o livro para ser Ele a ler. Concluída a leitura Jesus assume-se como aquele que vem ser a encarnação desta missão de que fala o Profeta. É sem duvida a missão de quem a todos quer integrar, de quem vê em cada um uma pessoa única e irrepetível a quem tem de dar toda a atenção. É um dos desafios que Jesus nos deixa de forma muito clara, para nós cristãos, mas também para toda a humanidade. Desde o seu nascimento Jesus viveu a experiencia contrária: foi
rejeitado e foi nascer a um estábulo, é perseguido e foge para o Egipto, é constantemente apontado como o que se aproxima dos pecadores, dos leprosos, é escarnecido, flagelado, exposto na Cruz, morto. Mas a sua ação quotidiana é o oposto do que com Ele fazem: acolhe os pecadores, os rejeitados, os excluídos, acolhe-os reintegrando-os na sociedade. Nós vamos mais uma vez celebrar o Natal de Jesus, que é sinal claro da integração pois com o nascimento de Jesus inicia-se a integração dos afastados e excluídos da sociedade, a começar com os primeiros que vão ao presépio: os Pastores. Santo Natal e que aprendamos do Menino que nasce a integrar e acolher todos os homens e mulheres que encontramos na nossa vida. Padre Alberto Gomes Pároco da Portela
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Integrar Desde os anais da História dos Homens não têm faltado aqueles que devotadamente procuram unir esforços, conjugar vontades, agregar multidões em torno de um propósito comum. Não constitui por tal, motivo de espanto que a figura do L´Imperatore tenha mandado erigir os limes (em latim, “limites”), que mais não eram do que um conjunto de fortificações que pretendiam delimitar o império Romano nas regiões fronteiriças. É curioso como, não obstante as manifestações de ego desmesurado seja individual ou coletivo associadas a este tipo de projetos, em História nada se perde completamente, tudo se renova e se recria. Não resisto pois, à tentação de comparar os limes romanos ao recente e declarado ensejo de erigir mais um muro em torno de uma circunscrição territorial, o que é perfeitamente legítimo e estratégico em ambos os casos, no entanto, com uma particular e avassaladora diferença: os limes romanos assumiram o papel de unificar e conectar as diversas partes do império, naquilo que os próprios classificariam de “romanização”. Ora volvidos milhares de anos pretendemos erguer um muro com o objetivo precisamente oposto: separar, desunir, desintegrar. O que é afinal Integrar? Esta palavra mágica, que nos tempos que correm mais parece uma miragem, significa fazer parte, completar, juntar-se, tornando parte integrante. Daqui extraímos facilmente que o todo supera a parte, e que o interesse coletivo deverá imperar em face do interesse individual. Porque temos então a sensação de que cada vez mais é difícil juntarmo-nos a um grupo, seja este desportivo, local, étnico ou até religioso e que cada um de nós, em especial os mais jovens, vivem em torno dos seus problemas e preocupações, colocando o movimento associativo em crise? Esta fórmula da integração é simples, mas de difícil reprodução e passa sobretudo por não assumirmos como verdade farisaica toda a informação que a dita sociedade com o mesmo nome nos impõe e que somos obrigados, por vezes, a aspirar sem qualquer filtro, e por outro lado, a separar o que é cultural do que é religioso. Pois, na verdade, o fenómeno cultural supera o religioso e sob a falsa capa da religião temos, não raras vezes, uma agenda com outros interesses. Não há verdadeira religião sob coação, nem religião que pretenda difundir
valores que atentem contra a natureza do ser humano e do valor inviolável da vida. Do mesmo modo, as questões culturais devem ser observadas tendo presente um determinado contexto e nunca sob um juízo valorativo, o que contribuirá somente para agudizar a eventual tensão e aumentar o fosso pré-existente. Só isentos destes parti pris é que caminharemos na senda de uma integração real e não mascarada, como por vezes assistimos nas sociedades modernas. É certo e sabido que os paradigmas societários estão em constante mudança e que também estes são de particular relevância, sobretudo no feixe de influências que estes comportam nas nossas vivências quotidianas. Devemos naturalmente estar atentos à influência por exemplo, que as tecnologias de informação têm nas nossas crianças e não descurar dos eventuais isolamentos e atitudes anti-sociais que a excessiva exposição a estes meios pode trazer. A integração não se trata de, numa palavra, cumprirmos com o sonho cor-de-rosa
de darmos todos apenas as mãos e fingirmos que somos amigos; é bem mais do que isso. É perceber que podemos trilhar um caminho comum, na diferença e na perceção da diferença do próximo e que essa diferença não significa desigualdade. É passar das palavras e políticas aos atos, do discurso a um abraço, a um gesto espontâneo, marcado por aquilo que nos caracteriza que é a nossa humanidade, sem máscaras nem artifícios, num verdadeiro amor incondicional. Faço votos pois, que cada um de nós dê cumprimento a um desejo tão próprio desta quadra natalícia: Dar a alguém que tenha sido excluído, um lugar no seu coração. Um Santo Natal para todos Vós. Khalid Sacoor D. Jamal Vogal da Direção da Comunidade Islâmica de Lisboa kdjamal@me.com
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Integrados na comunhão Assim acontece connosco: os muitos que somos formamos um só corpo em Cristo, mas, individualmente, somos membros que pertencem uns aos outros. (…) Preocupai-vos em andar de acordo uns com os outros. (Rm 12:5,16) Do mesmo modo como o Pai está unido ao Filho e o Filho está unido ao Pai, os cristãos devem viver unidos entre si. Viver em união com os seus irmãos na fé constitui a melhor prova que o cristão pode dar da sua união com Deus. Esse foi o desejo expresso por Jesus na sua oração ao Pai: Para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste. Eu dei-lhes a glória que Tu me deste, de modo que sejam um, como Nós somos Um. Eu neles e Tu em mim, para que eles cheguem à perfeição da unidade e assim o mundo reconheça que Tu me enviaste e que os amaste a eles como a mim. (Jo 17,21-23) A comunhão uns com os outros desenvolve-se e prevalece através do esforço comum e da boa vontade de todos. A nossa maior prioridade deve ser cuidar dos irmãos. Não é saudável caminhar sozinho - Se “é melhor andar só, do que mal acompanhado”, muito melhor é andar bem acompanhado do que andar só. Foi isso que disse o sábio: É melhor dois do que um só: tirarão melhor proveito do seu esforço. Se caírem, um ergue o seu companheiro. Mas ai do solitário que cai: não tem outro para o levantar! (Ec 4,9-11). Cada um tem o dever de ajudar o outro e não podemos pensar que somos superiores, porque, segundo Jesus, não somos nem maiores e nem melhores do que ninguém. Deus quer que, como irmãos que somos, vivamos em integração e dependência uns dos outros, assim como acontece com as diversas partes do corpo humano. Para que haja união entre os irmãos, é necessário também que haja humildade. Em matéria de humildade, nenhum exemplo pode ser comparado ao que Cristo nos deixou. Foi ele que, sendo Deus, fez-se homem. Fez de tudo para nos unir a ele e para nos unir uns aos outros, assim como ele está unido com o Pai. “Ninguém é uma ilha”. Este é um provérbio antigo que chama a nossa atenção para o fato de que ninguém pode ou consegue viver sozinho. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Ele é Deus trino. Há um relacionamento dinâmico, bonito, santo e intenso na trindade. Daí, aquela fome que existe em cada ser humano de amar e ser amado. Só aprendemos a amar de fato e de verdade quando desenvolvemos relacionamentos profundos de comunhão, de paz e de unidade entre todos. Santo e Feliz Natal para todos. Padre José Fernando Pároco de Moscavide
NATAL
Acompanhar, discernir e integrar (Papa Francisco, 2016)
O Natal está a chegar… Nesta época festiva, em que se proporcionam encontros de família e estamos mais atentos aos que precisam, surgem dentro de mim, e com toda a certeza também dentro de si, perguntas de reflexão: Como poderei contribuir para um mundo melhor? Como poderei apoiar e marcar a diferença junto de quem me rodeia? Como posso melhorar a relação com aquele vizinho ou com aquela pessoa? Não faz sentido vivermos com remorsos, com a consciência pesada, com uma atitude de conflito, com um achar que temos toda a razão (até porque cada razão é reflexo da percepção de cada indivíduo e o bom senso tem e deve imperar)… No que depender de nós e da nossa consciência, vamos aproveitar esta época (Natal, significa nascimento) para nascer no nosso coração, atitudes como: acompanhar, discernir e integrar. Acompanhar, na medida em que cabe a cada pessoa proceder a um acompanhamento da realidade ou da situação em que se encontra. Vida significa movimento. Não podemos “desprezar” o acontecimento, fazer de conta que não existe, e depois entregarmos ao “acaso”. Como refiro em determinadas situações, “um cristão não acredita em coincidências”. Onde se encontra? Está a acompanhar os acontecimentos da sua vida, ou está a deixá-los “ao acaso”? Discernir… Ao acompanharmos de perto
a situação, depois sim, poderemos apreciar e avaliar essa mesma situação, com o intuito de medir e conhecer, ou até mesmo distinguir as realidades que à nossa frente se apresentam. Deus dá-nos também a capacidade de discernimento e de reflexão sobre a situação. Deus dá-nos a total liberdade de seguirmos o caminho do bem, da concordância e da verdade; ou do mal, da discordância e da mentira. Onde se situa? Que caminho quer para a sua vida? O que está a fazer para que esse caminho esteja presente na sua vida? Integrar - A solução para um acompanhamento persistente, muito embora por vezes nos apeteça desistir, e para um discernimento onde a base do bem, da concordância e da verdade esteja presente, passa pela capacidade de cada pessoa proceder à integração das situações, ou pessoas, na sua vida. Integrar significa adaptar a situação/pessoa ao seu modus vivendi. Integrar significa abrir os braços e de forma positiva e construtiva, aceitar essa realidade, e fazer com que esta, de uma forma tolerante, com um novo entendimento e uma nova aprendizagem, faça parte da nossa vida. Integrar com misericórdia e amor, serão julgo eu, as três palavras-chave para este Natal. Três simples e, em simultâneo, complexas palavras a estarem presentes na vida de cada um de nós, de mim que estou a escrever e de si que está a ler.
O desafio, como refere o Papa Francisco com estes três conceitos - “acompanhar; discernir e integrar”, passa por uma nova forma de estar e sentir. Nascer no coração uma revolução silenciosa, “(…) porque fomos chamados a formar consciências, e não a substituí-las (…) e ninguém pode ser condenado para sempre (…), há que acreditar nas possibilidades de desenvolvimento (…)”. A fé vivida com ternura, capaz de oferecer uma esperança assente na responsabilidade, nestes tempos históricos conturbados, reflecte-se no objectivo que o Papa Francisco pretende para a sua Igreja “atenta à realidade concreta dos seus dias, reflectindo dentro da doutrina, as melhores soluções para transformar o mundo”. Neste Natal, fica o desafio: retirar do nosso dicionário a palavra exclusão e pensarmos sempre, e em primeiro lugar, na integração, com amor e misericórdia… com verdade e com caridade! Se cada um de nós, hoje, neste instante, começar a proceder desta maneira, como estará o mundo daqui a um ano? Um SANTO, ÍNTEGRO e MISERICORDIOSO NATAL, com muito AMOR! Filipa Monteiro Fernandes Psicóloga Este colunista escreve em concordância com o antigo acordo ortográfico.
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Noite Santa elém a l e u B q Na ta em entoa u r g a os num de Anj amor à vida o r o c o um de sagrad elodia uma m ta do ventre o que br m Mãe. e panhia g da Vir do, por com a A seu l Galileia . José da carpinteiro sceu a e d e il d da n ... hum il m u h ! a Daquel dor do Mundo O Salva alegria e Quanta nos transmit s l e o Nata ssos coraçõ vor o u e em n m hino de lo de u a soará á a Humanid de Amor ir que un erna Melodia t a 016 num e Natal 2 az es V es Nun ora d e c r e M profess
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A estrada para onde temos de voltar
Vivemos tempos agitados. O mundo parece caminhar por estradas sinuosas, onde abundam as pedras, os espinhos e os buracos na rua. O ser humano parece não aprender, caindo de buraco em buraco como um criança que ainda não aprendeu a andar. Os acontecimentos de 2016 são preocupantes. Mais serão ainda os de 2017 e dos anos vindouros. O Homem ergue muros, fecha o coração e estreita o pensamento. Como teriam vergonha os filósofos do iluminismo… Os valores que muitos tomavam por garantidos desabam como um castelo de cartas ao sabor de uma corrente de ar. O cenário da barbárie e de fantasmas do passado assombra de novo o mundo, escondido por trás de ecrãs de smartphones e dissolvido em posts nas redes sociais. De mansinho, na penumbra… Tolkien teria hoje vários novos volumes para escrever. Neste cenário tão sombrio como assusta-
dor, INTEGRAR nunca fez tanto sentido. Não o INTEGRAR em bairros sociais, longe dos olhares mais indiscretos, não o INTEGRAR em guetos separados por muros de vários metros e nunca o INTEGRAR à imagem de um qualquer novo «apartheid» que possa surgir de alguma mente mais maquiavélica.
Temos de reaprender a acolher, reaprender a receber, reaprender a ser humanos. Urge voltar a sentir e a pronunciar em voz alta os valores que nos tornam homens e mulheres. É importante recordarmos o que nos diferencia dos animais e nos fez chegar à civilização do século XXI. Não devemos ter medo nem vergonha de dar a mão a quem precisa e mostrar solidariedade a quem mais necessita, independentemente da sua nacionalidade, origem, credo, estrato social ou linha de pensamento. A diferença e a multiplicidade são o que nos torna humanos, a nossa riqueza, a nossa herança para as gerações vindouras. É nestes vetores que assenta a força da raça humana. E é esta a estrada para onde temos de voltar, mesmo com pedras, espinhos e buracos, mesmo com ventos que agitem as folhas, mesmo contra as vozes atrás dos ecrãs. André Julião Jornalista
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