PORT FOLIO Arquitetura e Urbanismo
Monique Vale Szpoganicz Abril 2019
CONTATO Tel: (48) 9 9928-8600 E-mail: moszpoganicz@gmail.com https://www.behance.net/moszpoganicz https://issuu.com/moszpoganicz
Currículo
Monique Vale Szpoganicz Brusque, Santa Catarina 16 de setembro de 1993
ensino Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis, Brasil Architectural Studies University of Strathclyde Glasgow, Reino Unido
softwares Autocad Sketchup Adobe Photoshop Adobe Illustrator Adobe Indesign
Podium Revit Archicad Pacote Office
idiomas Português Inglês Alemão
profissional Agosto 2018 | Dezembro 2018 Projeto e execução loja física Off White Cat Brusque, Santa Catarina Agosto 2017 | Julho 2018 Luciana Caiaffa Arquitetura e Interiores Florianópolis, Santa Catarina.
Outubro 2015 | Fevereiro 2017 AR Arquitetura e Interiores Florianópolis, Santa Catarina. Julho 2015 URBAN DESIGN STUDIES UNIT University of Strathclyde, Reino Unido.
1 off white caT Loja física
Off White Cat A marca de bolsas e acessórios visa a simplicidade, atemporalidade e autoralidade de seus produtos, logo, a arquitetura de sua loja não poderia destoar. Utilizando um espaco físico carregado de memórias familiares dos donos da loja, buscou-se preservar algumas de suas características mais marcantes trazendo-as novamente à tona. A obra e o projeto aconteceram simultaneamente visto o prazo de entrega do local fazendo com que a ideia inicial se modificasse bastante devido aos acontecimentos. Viu-se a necessidade de elevar o piso para evitar alagamentos, e a necessidade de retirar o reboco devido a umidade. Com a retirada do reboco encontramos uma parede de tijolos que valia muito a pena preservar mesmo com suas imperfeições e assim criou-se um dos principais elementos do visual da loja. Foram utilizados ferro, cimento e vidro como principais elementos compositores da loja. Deixamos a verdade construtiva do local bem reforçada, e além disso, toda a instalação elétrica ficou aparente de forma a facilitar as mudanças que a loja virá a ter. O seu interior trouxe a proposta da marca de reforçar produtores locais, com isso, os principais elementos de madeira são feitos por pequenos produtores locais. Muitos dos elementos de exposição foram garimpados e reciclados para serem inseridos na loja. Os quadros escolhidos também são de uma artista amiga, e a vegetação, elemento marcante e demasiadamente presente foi escolhido para compôr com todo o resto da loja. A união da proposta da marca com a memória da família e a simplicidade construtiva denotaram o conceito para essa loja / escritório.
MARCA
memória
loja física
conceito
antes
2 APTO 302 Interiores
Apartamento 302 Um fotógrafo que já sabia bastante o estilo de apartamento que iria querer trouxe os conceitos: industrial, prático e moderno. Dentre todas as referências selecionamos aquelas que mais o agradavam e adequamos à funcionalidade do dia a dia. O resultado final fez o melhor uso dos espaços propondo uma outra resposta às já existentes em outras unidades do prédio. Cimento, cores, madeira e revestimentos foram utilizados para compor os ambientes do apartamento. Aliados à diversas possibilidades de exposição de fotos pessoais do fotógrafo que tornaria o apartamento ainda mais próprio.
3 intervenção em patrimônio tcc
acadêmico
Uma nova alternativa para a fábrica Renaux Quando transitava pela avenida Primeiro de Maio em minha cidade, Brusque, Santa Catarina, a imponência da Fábrica de Tecidos Carlos Renaux era algo que me chamava a atenção. Desde o ano de 2013 a fábrica decretou falência e eu assisti seu espaço físico ser entregue aos efeitos do tempo e da degradação. Sempre imaginei o que poderia vir a ser esse espaço já que seu uso original não lhe servia mais, e dessa curiosidade nasceu o tema para esse trabalho de conclusão de curso. Em busca de uma melhor compreensão sobre o tema e de forma a preservar a integridade da memória acima de qualquer inserção, estudei a história não só da fábrica mas também da cidade em que está inserida e entendi que uma é diretamente influência da outra. Logo, repensar esse parque fabril não seria só uma ânsia pessoal, mas também uma maneira de manter viva a memória da população brusquense. A cidade complexa, aquela que mantém sua história preservada ao mesmo passo em que investe em seu futuro é o foco em que este trabalho embasa, buscando criar uma mentalidade voltada à preservação, e mostrando maneiras de se lidar com esse legado arquitetônico. A fábrica de tecidos Carlos Renaux é apenas um caso em uma cidade em que as fábricas por vezes centenárias deixaram de se tornar parte atuante da economia e que o espaço físico tem tamanha proporção que sua demolição seria insustentável. O trabalho que começou como uma vontade de desconstruir pensamentos daqueles que acreditam que a solução é a demolição, acabou por tornar-se um exemplo de como esse pensamento poderia ser empregado. Dando à uma fábrica uma diretriz e inserções, sejam elas arquitetônicas ou intencionais de forma a torná-la presente no cotidiano da cidade e não somente uma observadora passiva. A fábrica veio de uma longa tradição têxtil com não só o nome, mas um parque fabril de muita força na cidade e que pede por uma intervenção que traga retorno à essa comunidade. Dois pontos foram preliminares: a sua abertura para o público como um espaço urbano acessível e de qualidade e, também, sua reinserção na economia porém preservando sua memória têxtil. Além do mais, os cuidados acerca da preservação patrimonial deveriam nortear toda e qualquer intervenção a ser feita no local de forma a manter sua integridade. De forma a manter a memória de seu antigo uso, foi pensado de que maneira a moda é vista e produzida atualmente, não só na cidade, mas no todo, com o objetivo de tornar o parque um produtor têxtil em uma situação mais pública, mais acessível e mais contemporânea. Entretanto, dado sua escala, relegar apenas um uso ao local seria superestimar a capacidade do uso e, também, o tamanho do parque fabril. O local deve ser utilizado como um todo, empregar-lhe todas as partes, preservando sua memória física e subjetiva, abrindo-o à cidade como anteriormente já foi, repensar sua linha produtiva fordista em um novo mecanismo e, além disso, promover sua sustentabilidade não só na preservação do seu parque mas também em seu uso interno. Abarcar todas as etapas da criação de um produto de moda até seu ponto final, repensando o seu descarte ou retorno. Além disso, integrar também outros públicos de forma a criar uma dinâmica que não se limite à horários de trabalho, mas sim de lazer e serviços. A proposta visa criar um ciclo produtivo próprio no interior desses galpões, ou seja, abranger todas as etapas de um produto de moda, incitando a indústria criativa. Focar no protótipo, na criação, fazer desse local novamente um local inovador - como anteriormente já foi - e dar as possibilidades para se criar esse produto desde sua concepção até o seu retorno. O local funcionaria com cursos específicos, como apoio para as faculdades e cursos técnicos de moda já existentes na cidade, e também como incubadora de novas empresas e fomentador das já existentes. Um processo simbiótico entre a indústria criativa e também a comunidade, visto que, para tornar viável a utilização desse espaço, seriam implantados alguns serviços junto aos galpões. O propósito deixa de ser apenas um local de trabalho para ser também um local de convivência.
LOCALIzAÇÃO N
Mapa Santa Catarina sem escala
Mapa Brusque
Foto aérea fábrica
sem escala
sem escala Fonte: Google Maps
proposta ciclo ENSINO
CRIACAO
PRODUCAO
APRESENTACAO
COMERCIALIZACAO
RETORNO
A insustentabilidade tanto da construção civil como da produção de moda é repensada na preservação do patrimônio e também no destino dado às sobras de material. Um dos galpões propõe-se à encontrar esse destino. Além do ciclo, são previstos galpões de apoio, ou seja, espaços destinados à alimentação, permanência, lazer e recreação, para que o espaço fabril não seja mais olhado como um espaço fechado mas sim um espaço urbano de qualidade. Todos as empresas a se colocarem no complexo, seja alugando salas para sua instalação ou as do gênero alimentício e de serviços trariam parte do retorno financeiro à entidade mantenedora. A proposta é que essa seja uma colaboração público-privada para que o espaço seja viável e com caráter de vivência pública. Logo, a proposta geral visa englobar as esferas de desenvolvimento urbano, social, cultural e ecológico em menor e maior escala. Promover mudanças que não interfiram no patrimônio edificado, mantendo o respeito pela arquitetura existente e sem negar seu passado em detrimento de estruturas modernas. Utilizar-se da história como estimulador. Em resumo, o projeto preserva a memória da indústria têxtil criada por Carlos Renaux, mas ressignificando-a de forma a participar de forma mais ativa da economia brusquense através do ensino e produção de moda em todas as suas vertentes. Além de retomar a vivência que existia nos primórdios da fábrica, através da permanência em seu espaço urbano.
Visto a dimensão de seu parque fabril, admitir que essa mudança se daria de uma hora para a outra é um pensamento utópico. A proposta parte da ideia de iniciar com um núcleo gerador que irá reger alterações futuras, funcionando como um estimulador para as próximas inserções a serem executadas. Há um primeiro desenho porém é a partir desse núcleo e das demandas que surgirem que o projeto irá se desenvolver. O primeiro passo de inserção seria a abertura e requalificação do espaço urbano, ligando pontos de interesse de espaços verdes de forma a abraçar todas as edificações em um percurso acessível para que seja implícita a possibilidade de se caminhar pelo todo. Além de proporcionar grandes praças para eventos públicos da cidade como atrativo, o espaço urbano se torna um espaço agradável para permanência. Um segundo momento seria o projeto de dois galpões no coração do parque fabril, dois dos galpões mais antigos, mas que também pela sua localização no todo seriam um bom motivador de reforma nos galpões adjacentes, além de incentivar a entrada de pessoas no complexo.
N LEGENDA ponto de ônibus primeira etapa de inserção áreas de interesse rio Mapa esquema sem escala
Mapa fรกbrica Renaux sem escala
Corte rua sem escala
Isométrica entradas sem escala
Isométrica praça cantina sem escala
Corte galpĂľes sem escala
Detalhe estrutura sem escala
Corte galpĂŁo principal sem escala
antes
PROPOSTA
4 habhost
Disciplina de projeto
acadĂŞmico
HABHOST O projeto desenvolvido procura englobar diversas camadas e aspectos do cotidiano no centro da cidade de Florianópolis através de um programa que busca ser democrático no sentido das funções propostas, literal e subjetivamente. O terreno é deixado livre afim de ser ocupado de forma pública sem, no entanto, obstruir o caminho dos passantes que têm ali um caminho mais agradável para cruzar de uma rua a outra. Apenas uma torre vertical faz o caminho dos pedestres com os andares superiores, afastados por um pé direito elevado. O primeiro e segundo pavimentos do edifício têm a proposta traduzida em “oferecer local para acontecimentos”, os andares dispõem dos mais diversos tipos de salas, auditórios e espaços de permanência para que o público possa usufruir de seu espaço com a proposta de engrandecer o local e a si mesmo. Entretanto, o espaço dado como público não deve ser utilizado para fins de lucro pessoal sem que esse seja parcialmente revertido em benfeitorias para o próprio edifício. A proposta inicial do projeto desenvolvido na disciplina trazia algo que foi chamado de “passarela da memória” já que mesmo indiretamente evocava a lembrança das ruas, da cidade, da paisagem por meio de um passeio. Na proposta final do edifício essa passarela toma uma forma mais estática e o passeio vira permanência, então, o terceiro piso conforma uma praça elevada que gera mais um espaço público para o centro da cidade, e, ainda faz o intermédio entre a cidade baixa e a cidade alta, ou antiga e nova. Os dois blocos superiores são divididos em hostel e habitação, sendo conectados através de uma passarela de ligação. O primeiro, de gerenciamento da própria entidade mantenedora do edifício, visa trazer recursos para manutenção do mesmo além de propor um uso transitório, com alto giro de pessoas e culturas que atraia pessoas para o espaço projetado. A habitação, por sua vez, cumpre o papel social que o local traz imbuído. Os andares dispõem de pequenos apartamentos que são disponibilizados a população por um tempo determinado que em troca pode servir de mão de obra para a manutenção do prédio. Implantado com fachadas na Avenida Mauro Ramos e na Travessa Dr. Zulmar, o edifício conta com um bloco que contempla o programa e um segundo que abriga a circulação. Os rasgos e recuos propostos trazem a permeabilidade necessária para ser atrativo aos passantes e ainda fazer a transição de seu entorno. A materialidade do edifício é dada por uma estrutura metálica que conforma seu esqueleto, lajes em steel deck e fechamentos em alvenaria e madeira. A estrutura metálica se solta do edifício conformando a estrutura de apoio ao palco externo, denotando o caráter leve que o material tem em relação a outros sistemas construtivos. Em uma busca da relação do prédio com seu entorno, a praça foi trabalhada de forma que o edifício não tenha seu perímetro muito demarcado. A praça acontece pelo jogo de níveis que torna mais lúdica a experiência de seus transeuntes. As diferentes alturas conformam pequenos estares, uma arquibancada para o palco de arena que há em seu meio e ainda propõe diferentes experiências para os que se apropriarem. Visando uma integração com a Av. Hercilio Luz que hoje se afasta do terreno devido à uma rua inutilizada, a praça aumentou tomando a rua como área útil de expansão e o rio da bulha foi reaberto - com o devido tratamento - evocando novamente o sentimento proposto inicialmente pelo projeto que seria o de trazer à tona a memória de uma antiga Florianópolis. O edifício se localiza na extremidade leste do terreno, junto com a Avenida Mauro Ramos mas abrindo o caminho através de um térreo elevado. Suas principais fachadas são a leste e oeste, mantendo o prédio iluminado em grande parte do dia. *Detalhamento de projeto. Colocadas apenas algumas partes devido sua extensão.
Planta de implantação sem escala
Corte A-A’ sem escala
Planta baixa | cotas primeiro pavimento sem escala
Planta baixa | layout primeiro pavimento sem escala
Planta baixa | cotas segundo pavimento sem escala
Planta baixa | layout segundo pavimento sem escala
Planta baixa | cotas quinto pavimento sem escala
Planta baixa | layout quinto pavimento sem escala
Planta baixa | cotas sexto pavimento sem escala
Planta baixa | layout sexto pavimento sem escala
Fachada Leste sem escala
Fachada Sul sem escala
Fachada Oeste sem escala
Fachada Norte sem escala
Corte de Pele sem escala
5 PARQUE VILA APARECIDA Disciplina de urbanismo
acadĂŞmico
Parque Vila Aparecida O projeto do Parque Vila Aparecida foi desenvolvido em parceiria com os colegas Enzo Pittol Nercolini, Isabela de Carvalho Figueiró, Stefan Maier e Tiago Escher Guimarães da Silva. A proposta do projeto foi a concepção de um parque urbano em um terreno de intervenção localizado na porção continental da cidade de Florianópolis, junto à comunidade Vila Aparecida. Um parque para a Vila Aparecida precisa ser mais que um espaço público, ele precisa ser espaço social e comunitário, capaz de romper com os limites urbanos e permitir o livre fluxo dos vetores sociais que já inundam as quadras adjacentes. O projeto visou transformar uma área esquecida e subutilizada em outra na qual a comunidade apropria-se. Contemplando os usuários em diferentes escalas, o parque Vila Aparecida apresenta-se como um catalizador social capaz de dar respostas às necessidades da comunidade. A estratégia principal do projeto se organizou em 3 escalas: > Semi-pública: consiste em atender as necessidades da falta de espaço para atividades que dizem respeito a vida urbana dos habitantes das bordas do terreno de intervenção. Já é perceptível a utilização do precário espaço de calçadas para a apropriação coletivas com a criação de hortas, instalações de varais, churrasqueiras para festividades etc. > Comunitária: busca dar respostas a uma carência econômica dos habitantes da Vila Aparecida. A forte organização comunitária levou-nos a propor uma cooperativa para não apenas gerir o parque, como também para utilizar seu espaço para gerar renda. Assim, criou-se hortas de larga escala onde propõe-se o plantio de itens que possam ser comercializados posteriormente. Dando identidade à comunidade, buscou-se através do cultivo de flores estabilizar uma atividade econômica no parque. > Pública: propõe atender a carência de espaços públicos e de lazer de Florianópolis e sua região metropolitana.
6 modular
Concurso Projetar 018
MODULAR | Abrigo de emergência O projeto de abrigo de emergência - MODULAR foi desenvolvido em parceria com os colegas Breno Ayres, Isabela Figueiró, Júlia Thomé e Maísa Jordão para uma edição do concurso projetar.org. As escolhas projetuais são baseadas na ideia de proporcionar acolhimento e proteção aos atingidos por catástrofes naturais, por acreditar serem conceitos essenciais na reestruturação das famílias traumatizadas. A proposta desenvolvida pelo grupo busca a simplicidade da forma atrelada à facilidade de montagem, através da privacidade e da criação de espaços que permitam maior apropriação. Os materiais escolhidos foram pensados de forma a serem leves, resistentes, de baixo custo, permitirem uma modularização com encaixes e facilitar a transportabilidade do módulo por dois indivíduos. O módulo base seria o de quatro usuários, a partir do qual, de acordo com a necessidade, poderia ser expandido através de anexos derivados do mesmo. Assim, conseguimos atender também à demanda de seis e oito pessoas com equidade construtiva e conforto das famílias. Para não perder o caráter resiliente, optamos por não propor uma implantação definitiva. Assim, os módulos podem ser organizados de forma a se adaptar à realidade de qualquer sítio. Materiais utilizados: Polietileno de alta densidade (PEAD) - Vedação / Estrutural Placas de acrílico transparente - Esquadrias Madeira OSB - Vedação Travas metálicas Cremalheiras Placas Fotovoltaicas
mรณdulo 4 pessoas
mรณdulo 6 pessoas
mรณdulo 8 pessoas
1 2 3 4 5 6 7 8
manual de montagem Identificar as placas do piso e teto e as das paredes. Desdobre as paredes, deixe-as na vertical e verifique se travaram nessa posição. Encaixe as paredes nos trilhos do piso e o teto nos trilhos da parede conforme a imagem. Após encaixados, certifique-se de travar as placas. Repita o passo de encaixar teto, piso e paredes caso o módulo recebido seja para 6 ou 8 pessoas, conforme a imagem. Desdobre e encaixe a parede de maior dimensão em um dos lados. Encaixe as placas de acrílico na placa restante e a encaixe na superfície oposta do item 6. Encaixe a cremalheira e a placa da cama superior nos vincos e monte os móveis conforme a imagem.