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DUCATI

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YAMAHA NMAX 160

YAMAHA NMAX 160

A Multistrada de entrada ficou melhor e muito mais equipada

texto: Ismael Baubeta | fotos: Ducati

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A identidade visual da Multistrada foi mantida, mas as alterações foram suficientes para melhorar sua ciclística, e ela está ainda mais divertida

O painel de TFT é muito bonito, mas é preciso se acostumar para entrar nos menus e alterar as configurações. Os punhos retroiluminados mostram o cuidado com os detalhes na moto

Asubstituta da 950 recebeu algumas modificações no motor, ganhou um pacote tecnológico mais completo que se soma ás suspensões de ajuste eletrônico, manoplas aquecidas e piloto automático. A Ducati segue firme com sua política de trazer ao Brasil as versões mais equipadas de suas motos que invariavelmente têm mais versões mundo afora. Foi assim com a Multistrada V4S, com a Streetfighter V4S e agora com a Multistrada V2S.

Os engenheiros italianos trabalharam na diminuição do peso da Multistrada; só no motor foram dois quilos. No peso total, foram quase cinco

Design

Visualmente a Multistrada V2S é a mesma moto, suas características se mantêm com os faróis em LED afilados e o bico sob eles de onde se vê um pequeno radiador para refrigerar o sistema de iluminação. O grafismo recebeu novo decalque nas abas laterais do tanque com a nova nomenclatura V2S. As malas laterais passam a ser parte do desenho, já que agora saem como equipamento original e não é mais necessário comprá-las como acessório.

O que muda tecnicamente

A Ducati reviu a ergonomia da Multistrada pensando em ampliar a abrangência de biotipos, principalmente para aproximá-la dos usuários mais baixos, já que a altura da motocicleta pode ser um grande impeditivo para os mais baixinhos na hora da decisão de compra pela dificuldade de apoiar os pés no chão.

A diminuição do peso total da moto também foi outra preocupação dos engenheiros de Borno Panigale. O motor teve uma redução de cerca de dois quilos com a adoção de nova embreagem, engrenagens de câmbio, bielas de titânio e nova tampa lateral do motor. A maior percepção prática na pilotagem no entanto é pela adoção de novas rodas raiadas, derivadas da Multistrada V4S, 1,5 quilo mais leves que as da 950. Menos peso nas rodas, menor efeito giroscópico e consequentemente maior agilidade nas mudanças de direção.

Os ajustes eletrônicos se adequam ao modo de pilotagem escolhido, mas é possível customizar os parâmetros separadamente

Além da moto ter ficado mais baixa, há opção de bancos para reduzir a altura, mas se mesmo assim for pouco, a Ducati oferece um kit para rebaixar as suspensões para ajudar a vida dos mais baixinhos. Agora eles não têm mais desculpas para não comprar a Multistrada

A V2S continua com as suspensões eletrônicas totalmente ajustáveis, que se adaptam a cada um dos quatro modos de pilotagem (Sport, Touring, Urban e Enduro), assim como podem receber ajustes diferentes caso seja necessário, bastando acessar o menu através dos comandos do punho esquerdo.

Foi o que fiz quando estava acelerando no autódromo de Capuava, em Indaiatuba, interior de São Paulo. Ainda que estivesse rodando no modo Sport, com acelerações e frenagens fortes as suspensões estavam um pouco moles para essa utilização. Acessei os menus de ajuste das suspensões e mudei para a posição mais rígida as duas, assim a tocada melhorou e a moto ficou bem mais estável, principalmente nas frenagens, sem as oscilações que estavam ocorrendo antes da nova regulagem. As curvas também ganharam firmeza e consequentemente mais velocidade.

Os pneus Pirelli Scorpion Trail ll são muito bons para rodar no asfalto e também permitem boas incursões pe- Os quatro modos la terra, se o proprietário assim dese- de pilotagem jar. A versatilidade dos pneus é ponto forte para a Multistrada V2S. (Sport, Touring, Urban e Enduro) são capazes de Percepção Basta subir na Multistrada V2S para alterar profundamente perceber que a ergonomia está mais a personalidade da moto apurada. O banco mais estreito na parte dianteira e a menor altura (830 mm) facilitam o apoio dos pés no chão e melhoram o posicionamento para a pilotagem. Chega a ser engraçado como a sensação de segurança aumenta, principalmente com a moto parada. Mas é em movimento que você percebe a boa e leve dinâmica do conjunto.

Se você comparar com a Multistrada V4S, por exemplo, percebe que os 10 quilos a menos da V2S lhe dão uma boa vantagem na agilidade, bom para torná-la mais apta também para rodar por centros urbanos de tráfego intenso. Mas a estrada deve se tornar o cenário mais divertido para a pilotagem pura, tanto por longas retas (já que o nível de conforto aumentou), quanto para devorar curvas com competência e bastante esportividade; basta ver nas fotos o quanto ela é capaz de deitar para contorná-las com segurança e sem esforço. Se você estiver pilotando, vai se deliciar em sentir como ela segue estável pelo traçado escolhido.

O câmbio recebeu mudanças que deixam as trocas mais precisas e mais rápidas; o quickshifter também evoluiu, ganhou mais precisão e agora exige menos força

O sistema de freio, como de costume nas motos da Ducati, também é muito eficiente e assistido por ABS cornering transmite muita segurança e bom tato em seu acionamento, com espaços de frenagens menores.

Motor Testastretta

Colocando em funcionamento o motor de dois cilindros em V a 90° e comando desmodrômico, você vai sentir um ruído metálico que instiga os sentidos, e para quem gosta de motores com esse tipo de configuração sua sonoridade é uma bela sinfonia.

Já se foi o tempo da grande aspereza dos motores em V da Ducati. Hoje eles podem ser utilizados de forma prazerosa e suave em deslocamentos diários, ou, se você preferir aumentar o seu ritmo cardíaco, basta selecionar o modo Sport para que o seu metabolismo passe a produzir boa dose de endorfina.

As mudanças internas no motor ficaram por conta da adoção de novas bielas de titânio, conjunto de embreagem mais robusto e mais leve, câmbio com novos garfos seletores e a tampa do lado da embreagem aliviada. Essas modificações emagreceram o propulsor em aproximadamente dois quilos.

Os 113 cv de potência máxima são de bom tamanho para um desempenho empolgante e os quase 10 kgf.m de torque fazem as respostas ao giro do acelerador serem incisivas tanto nas acelerações como nas retomadas. Eletrônica completa

O excelente pacote eletrônico da Multistrada V2S, além dos já conhecidos modos de pilotagem, ABS cornering, suspensões eletrônicas, controle de tração e painel de TFT de cinco polegadas, inclui: faróis em LED direcionais em curvas, quickshifter, assistente de arrancadas em aclive, piloto automático, aquecedor de manoplas, para-brisa regulável, punhos retroiluminados e cavalete central. As malas laterais também são equipamento do pacote.

Sem dúvida a Ducati traz para o Brasil a melhor versão de entrada da Multistrada, repleta de tecnologia e acessórios que não só contribuem para uma pilotagem mais segura e versátil, mas também oferecem maior nível de conforto, e tudo isso com quase 6 mil reais a menos que a versão que estava por aqui. Agora também mais acessível para os mais baixinhos, é uma moto que merece ser testada para tirar a prova dos nove.

Dados de fábrica

Bicilíndrico em L a 90° I arrefecido a líquido 8 válvulas desmodrômico I câmbio 6 marchas

Cilindrada 937 cm³ Potência máxima 113 cv a 9.000 rpm Torque máximo 9,6 kgf.m a 7.750 rpm Diâmetro x curso do pistão 94 mm x 67,5 mm Taxa de compressão 13:1 Quadro Treliça em aço tubular Cáster n.d. Trail n.d. Suspensão dianteira Garfo telescópico

invertido ajustável eletronicamente e 220 mm de curso

Suspensão traseira Monoamortecida

ajustável eletronicamente e 215 mm de curso

Freio dianteiro Discos de 320 mm

com pinças radiais de 4 pistões e ABS

Freio traseiro Disco de 265 mm, pinça

de 2 pistões e ABS

Modelo do pneu Pirelli Scorpion

Trail

Roda dianteira 120/70-19 Roda traseira 170/60-17

MEDIDAS

Comprimento • 2.190 mm Entre-eixos • 1.594 mm Altura do assento • 830 mm Largura • 1.000 mm Tanque • 20 litros Peso (seco) • 199 kg Preço: R$ 96.990

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