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YAMAHA NMAX 160
Evolução em nome da conectividade
Embora o NMAX tenha recebido vários upgrades, como controle de tração e novos amortecedores traseiros, a Yamaha deu ênfase ao sistema de conectividade através de seu app
texto: Ismael Baubeta | fotos: Gustavo Epifanio
Poucos dias depois da Honda lançar seu novíssimo PCX, o scooter mais vendido na categoria, a Yamaha lança a versão evoluída de seu concorrente direto, o NMAX, com equipamentos que prometem acirrar a disputa pelos apaixonados por scooter
É verdade que a Honda foi ao cerne das “fraquezas” do PCX, se é que se pode dizer assim, já que ele é o scooter mais vendido do Brasil.
A Honda mexeu profundamente no
PCX, mudou todos os pontos em que ele recebia mais críticas, como a potência do motor e a fragilidade da suspensão traseira, e as mudanças elevaram seu patamar de segurança, desempenho e conforto.
Yamaha muda NMAX para enfrentar PCX
A marca dos diapasões fez muitas modificações no NMAX, porém menos profundas que as recebidas pelo PCX. De todo modo, incluiu interface eletrônica para monitorar e compartilhar informações de uso e do scooter através do app Yamaha Motorcycle Connect, tecnologia que a Honda ainda não tem em seu scooter, apesar de tê-lo reformulado por completo. O painel foi mantido; só ganhou novos indicadores de conexão e de chamadas
O sistema keyless também não foi alterado, ele facilita o acesso rápido ao scooter sem chaves
O que seria a chave parece um chaveiro; basta carregá-lo no bolso para ligar o NMAX
Veja mais aqui!
Os novos pneus Pirelli Diablo Scooter também ajudaram a dar um salto no desempenho e conforto do NMAX e fazem muita diferença
O design do NMAX Connected não mudou, apenas a paleta de cores com diferentes combinações e uma versão com grafismo mais chamativo são as novidades. As cores são: vermelho brilhante (Solar Red), azul metálico (Navy Blue), verde fosco (Matt Green) e o cinza fosco com grafismo em amarelo (Matt Grey). O preço sugerido para as três primeiras versões é de R$ 19.690 e o cinza R$ 19.990, sempre acrescidos de frete.
Entre os componentes que mais fizeram a diferença na pilotagem, destaco os novos amortecedores e os pneus Diablo
O que mudou no NMAX
A Yamaha deu ênfase à conexão Bluetooth da moto com o aplicativo Yamaha Motorcycle Connect que permite gerenciar indicadores de utilização e performance do NMAX, programar manutenções, comparar modo de pilotagem mais econômico entre os usuários, localizar o último local de estacionamento, receber notificações de mensagens e chamadas, além de permitir o compartilhamento de rotas nas redes sociais. O aplicativo pode rodar tanto em Android como em iOS.
Em nosso rolé testamos o aplicativo, que registrou, por exemplo, nosso trajeto, marcando o consumo médio e mostrando também a velocidade nos trechos percorridos.
Essa conexão é uma novidade no segmento, principalmente na briga com o PCX, mas as mudanças mais importantes para a pilotagem são outras.
A ergnomia e o espaço sob o banco não foram alterados, assim o NMAX mantém boas virtudes que já tinha desde o lançamento Controles eletrônicos
As normas europeias a partir de 2023 vão exigir que scooter acima de 150 cm³ tenham controle de tração, o que impulsionou a Honda e a Yamaha a instalar a assistência eletrônica na versão de seus best-sellers. Tanto no NMAX quanto no PCX ele pode ser desligado.
O sistema de freio com ABS nas duas rodas do scooter da Yamaha ajuda a aumentar o nível de segurança, principalmente para os menos experientes, o que se destaca entre os scooter da categoria. O PCX, por exemplo, tem uma versão com freios combinados e outra com ABS, porém esta última somente tem assistência na roda dianteira.
Pneus oferecem mais aderência e conforto
Um dos componentes que melhorou seu desempenho dinâmico foi o par de amortecedores traseiros com regulagem na pré-carga da mola. Não é necessário usar ferramenta para o ajuste das duas posições possíveis. A regulagem é feita através de um manípulo na mola, e basta segurar um dos O motor de 160 cm3 “anéis” e girar o outro; consegui fazer o ajuste no meio-tempo de um semá- tem respostas foro, é muito fácil. convincentes e acelera Outros responsáveis pelo aumento no desempenho e conforto são os rápido, bom no novos pneus Pirelli Diablo Scooter tráfego urbano que equipam as rodas de aro 13 polegadas do NMAX. Suas medidas são 110/70 na dianteira e 130/70 atrás. Segundo a Yamaha, eles foram exclusivamente desenvolvidos pela Pirelli para o NMAX.
Os pneus fazem grande diferença na tocada, tanto em agilidade quanto em aderência, oferecendo muito controle e confiança para contornar curvas e ao mesmo tempo ajudando no conforto, pois eles também são capazes de se “moldar” para absorver pequenas irregularidades do pavimento, aumentando a sensação de conforto do piloto.
Não por acaso a Honda também instalou os pneus Pirelli Diablo Scooter no novo PCX, que também teve boa melhoria na dinâmica por conta deles. Prova de que os pneus podem ser responsáveis por uma experiência mais positiva tanto em esportividade quanto em conforto.
O design ainda é bem atual e por isso foi mantido. A nova paleta de cores também agradou e tem opções para todos os gostos. Este cinza fosco é o único que tem grafismo em outra cor
Motor
O propulsor do NMAX não recebeu modificações, continua o mesmo monocilíndrico de 155 cm³, com refrigeração líquida capaz de render 15,4 cv a 8.000 rpm de potência máxima e 1,4 kgf.m a 6.500 rpm de torque. Esse motor tem sistema de comando variável, o que lhe permite otimizar a abertura das válvulas de acordo com o giro do motor para melhor aproveitamento do torque e potência, com respostas mais imediatas em todas as faixas de giro.
Esse motor já chamava a atenção pelo bom desempenho, pois é rápido nas acelerações e tem boas retomadas, o nível de ruído não é dos melhores, mas ele empolga e diverte, e, agora, com a adoção do controle de tração, as possíveis derrapagens em pavimento de baixa aderência não causam mais preocupação, principalmente se o piloto for menos experiente ou mais ansioso no giro do acelerador.
Outros componentes
Além dos sistemas descritos acima, o NMAX manteve o Stop Start (que desliga o motor alguns segundos depois de uma parada), tomada de 12 volts no porta-luvas dianteiro e sistema Smart Key, sensor de aproximação para dar partida e abrir os compartimentos sob o banco e tanque de combustível da moto.
O painel continua em LCD totalmente digital, só que agora com os indicadores de conexão Bluetooth, controle de tração e indicadores de chamadas e mensagens.
A aposta das marcas nos scooter não é por acaso, se em 2013 eles representavam 2% do total de motocicletas vendidas no Brasil, em 2021 eles já eram 9% (aproximadamente 107 mil unidades), e certamente esse percentual deve aumentar em 2022, afinal os scooter caíram no gosto do brasileiro, tanto como primeira moto como para quem quer deixar o carro na garagem ou abandonar o transporte público. Os scooter são práticos e ágeis, condições indispensáveis para se sair bem no tráfego urbano, e para as fábricas esse universo em crescimento representa uma boa grana e vale investir em motos melhores para cativar o pretendente. Bom para nós motociclistas que ganhamos melhores opções, principalmente para a mobilidade urbana.
Dados de fábrica
Monocilíndrico I arrefecido a líquido 4 válvulas SOHC I câmbio tipo CVT
Cilindrada 155 cm³ Potência máxima 15,4 cv a 8.000 rpm Torque máximo 1,4 kgf.m a 6.500 rpm Diâmetro x curso do pistão 58 mm x 58,7 mm Taxa de compressão 11,6:1 Quadro Underbone em aço Cáster n.d. Trail n.d. Suspensão dianteira Garfo telescópico com
100 mm de curso
Suspensão traseira Monoamortecida
com ajuste de pré-carga da mola e 100 mm de curso
Freio dianteiro Discos de 230 mm
com pinças de 2 pistões e ABS
Freio traseiro Disco de 230 mm, pinça
de 1 pistão e ABS
Modelo do pneu Pirelli Diablo Scooter Roda dianteira 110/70-13 Roda traseira 130/70-13
MEDIDAS
Comprimento • 1.935 Entre-eixos • 1.340 mm Altura do assento • 765 mm Largura • 740 Tanque • 7,1 litros Peso (seco) • 131 kg Preço: a partir de R$ 16.690