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UM SUPLEMENTO

DE O ALDEÃO Supervisão: José ltamar de Frcitas Coordenação: Henrique Olivier Editor: André Motta Lima Ilustrações: Roberto Simões

Qual o público alvo?

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UM JORNAL CLASSE ''P{' PARA DONA MARIA DA SILVA, QUE TEM 40 ANOS, INSTRUÇÃO PRIMÁRIA E MORA NUM SUBÚRBIO DA CENTRAL

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DONA MARIA ESTÁ VENDO O "AMANHA"

POR CLASSES S6CIO-ECONOMICAS: A/B

38.2%

C

35.9% 25.9%

D

7

61.8%

POR ZONAS:

%

Centro

10

Sul

17 %

Ti juca

6 %

Leopo1dina

11 %

Central

30 %

Estado do Rio 26 % POR SEXO: M

42 %

F

58 % POR IDADE:

Atê 12

9 %

13/18

19 %

19/24

17 %

25/29

% 17 % 28 % 10

30/39 +

de 40

POR GRAU DE INSTRUÇÃO: Primário

48 %

Secundário

40 %

Superior

12 %

Pesquisa do [BOPE, no Grande Rio. Divisão de Análise e Pesquisa

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Ela representa o público principal do telejornal "Amanhã". Comprou sua televisão a prestação. Perto da linha do trem, assiste com muita atenção ao Ministro da Fazenda anunciar modificações no Imposto de Renda. O marido já está dormindo. Tem que acordar bem cedo para conseguir mil e duzentos cruzeiros no final do mês. Dona Maria nunca pagou Imposto de Renda. Mas está atenta. Olha e escuta o Ministro. Ela está entendendo alguma coisa? Criança e cachorro vendem jornal. Esse era um dos princípios de Samuel Wainer, fundador da "Última Hora", para escolher os assuntos que iriam para a primeira página do seu jornal. O que ele procurava explorar, num jornal de tendências populares, era a emoção e o drama que causam uma criancinha que morre ou cachorrinho perdido. Se uma criança sofria pelo seu cãozinho de estimação, melhor ainda. O jornal ia vender. Como Samuel, todo jornalista tem conceitos sobre os assuntos que merecem ser notícia. Conceitos que, na maioria dos casos, foram adquiridos pela experiência e vivência jornalística. O jornalista de jornal não se baseia em pesquisas, mas sempre tem uma noção do público que compra seu jornal. Sabe que o leitor de "O Globo", "Jornal do Brasil" ou "O Estado de São Paulo" não é o mesmo que lê "O Dia", "A Notícia" ou "Notícias Populares". Como não está em contato direto com o seu público, imagina e cria o gosto do público. E aí, começam as definições. Evidentemente, as páginas de economia de um jornal não seriam as mais procuradas por pessoas como Dona Maria', que na televisão ouve atenta o Ministro da Fazenda. Pressupõe-se que o leitor da página econômica é um homem, com nível de instrução mais alto, maior salário e casa de dois quartos para cima, na Zona Sul do Rio, por exemplo. Para esse leitor, coloquem-se assuntos sérios e importantes. Não é preciso fazer textos complicados, é claro. Mas tem que haver um conteúdo. Afinal de contas o leitor vai abrir a página, ler o título, as primeiras linhas da matéria e até ela toda, se for de seu interesse. Dona Maria certamente não ia se deter na página econômica. Ela lê com alguma dificuldade a notícia do aumento do preço do tomate, por causa da geada. Isso in teressa. Mas seus olhos jamais iriam parar nas "modificações do Decreto-Lei 157". E, no entanto, acredite,

ela está realmente interessada em ouvir o que o Ministro está falando no "Amanhã". Na redação está o jornalista que editou a fala do Ministro. Ele vê TV. Dona Maria não está vendo o "Amanhã" por fal ta de opção. Era só virar o canal e escolher outra coisa. Mas ela já se acostumou a ver noticiários na televisão. De dia, não tem quase tempo de ler o jornal e quer ficar bem informada. Carlos Campbell e Márcia Mendes são bonitos e bem informados. E até amigos dela, pois não são eles que todos os dias lhe trazem as notícias? E ela está lá, atenta, ouvindo o Ministro, depois que o Carlos disse que ele anunciou medidas muito importantes lá em Brasília. Muito longe, na redação, estão os jornalistas. Eles também ouviram o Carlos ler o texto preparado por um deles. Este, na hora que escreveu o texto, é quase certo que não pensou na Dona Maria. Analisou a importância da informação. Procurou saber o que mudou, como mudou. E até fez contas para saber o que ia ganhar ou perder com as modificações. Na hora de escrever, ele procurou transmitir essa informação de maneira clara. O telespectador, em casa, também gostaria de analisar, como ele, a informação. E, afinal de contas, o telespectador desse horário do "Amanhã" deve ser no mínimo, um pouco parecido com ele. Na sala, em frente à televisão, pensa o jornalista, deve estar o chefe da farn ília. A mulher talvez esteja junto, mas as crianças certamente já estão dormindo. A sala dele deve ser ampla, confortável. Porque nesse horário, certamente é uma sala da Zona Sul. Certamente também, a instrução do telespectador deve ser de grau secundário ou até mesmo superior. Quem sabe, um dono de empresa, um profissional liberal? O jornalista escreveu para ele. Não, não foi demasiado técnico. O clima do programa é coloquial. O "Amanhã" é feito para agradar


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uma faixa mais ampla de público. E ele pensou nesse público idealizado por ele mesmo quando escreveu seu texto e selecionou a fala do Ministro. E a Dona Maria, entendeu?

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Amanhã, uma cena no meio da feira-livre. Dona Maria comenta o que viu no" Amanhã"?

o Ministro acabou de falar. A Márcia Mendes começou a contar que o MDB continuava divi·.· .•• . . . . . .. ·11......... • dido entre "autênticos" e "mo...... . ...........•...... derados". Dona Maria continua • 't H • . .. . . . , . i.b •••••tt atenta Agora, à situação do ..... " ':gm" ..••." .. .. " . ~~~ MDB. Ela não teve tempo e não . . .. . , . .. parou para analisar a fala do Mi. .. ., . . . . . ~::::. nistro. Não foi uma notícia den.1.· . . . .. ·····1 tro do mundo de interesses de . . "'1" . . . . . t: tl!t uma dona-de-casa como Dona ::~ :::::~::. Maria. Foi até um pouco compli. . : ~::: : :: : :. : '!i:::i cada para o seu nível de informa... , . ::it::i! ção. Mas mesmo sem entender :::!t:::~ totalmente o que mudou, ela fi........... ~ cou informada. Sabe que mudou . . . ~., . . . . .....••.. !:~::::~ •.....•.•.• . •......•. o Imposto de Renda. Ela viu o ..•....•.•• . ~~~:::::::: :~ .•....•...•• Ministro falar. E é aí que se esta.................... ..•..•.••.. "', .-0 •..•..•••• ::f:::::::: belece a grande diferença entre a . . . . . . - .••.... .......••... •........ ~"'''''''' notícia do jornal e da televisão. . . ... . . . •.....- -. .::;!!: .::: ,." .. ~::;::: :~::: :: ~ . .. ... .• .. .. . . .•. ~ Dona Maria, na página econômi·:~!:::::.: .................. ca, talvez não fosse ler o que o o. . • ., •..••..•••••• .• "" ~. Ministro disse sobre o Imposto " h~ :~~!!!!!!!!!!!!!:!:~!!::. de Renda. Mas na televisão ela •

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Por uma feliz coincidência, o jornalista

viu o Ministro falar. O Imposto de Renda mudou. Amanhã, na feira-livre, ao encontrar uma amiga, ela não vai falar do Imposto de Renda. Essa notícia não tem grande importância para ela. Se a Dona Maria representa o público principal do telejornal "Amanhã", o que se deve fazer? Essa notícia não deveria entrar? Se a notícia do Imposto de Renda não sai, ficariam mal informados 38,2% de telespectadores. Justamente os que se interessariam por saber que mudanças foram essas. Alguns deles que normalmente poderiam passar por cima da página econômica do jornal escrito, ficariam totalmente desinformados. A notícia tem de ficar. E a Dona Maria? De noite, às lOh 4Om, ela volta a ver o "Amanhã". Ela já se acostumou a ver noticiários na televisão. E não ficou aborrecida por causa do Ministro da Fazenda, na noite anterior. Ela nem se lembra do Ministro, mas, entusiasmada, comentava, momentos antes, com o marido, que a Elizabeth Taylor e o Richard Burton reataram o casamento. Ela viu no "Amanhã" de ontem. O mesmo "Amanhã" do Ministro.

encontrou

Dona Maria da Silva no subúrbio da Oentral. E agora?

Não é muito difícil concluir o que aconteceu. O jornalista ficou muito triste ao saber que Dona Maria só lembrou do novo casamento Liz-Burton. Ela inclusive fez comentários decididos sobre o caso: "Essa gente é sem vergonha. Separa e junta só para aparecer", disse ela, indignada. Ainda traumatizado, o jornalista descobriu rnie precisava fazer alguma coisa pela Dona Maria. E começou a pensar. E xiste uma razão para as manchetes dos jornais populares. Gente como Dona Maria gosta muito de casos amorosos de pessoas famosas. Não dispensa um crime ou um mistério. Prefere sempre adjetivos e verbos ou substantivos que indicam conflitos e crises. A primeira solução seria então a de mudar o conceito de escolha das matérias. Mudou a imagem do público, muda o conceito que dele faz o jornalista. O aumento do preço do tomate, pode. Dona Maria gosta de saber disso. Mesmo assim, é preciso ser didático - sem ser por demais educativo. Didático é a palavra-chave para resolver de uma vez por todas o problema

da Dona Maria. Talvez assim ela passe até a entender melhor a faIa de um Ministro. Quem sabe, vai passar a se interessar por mudanças no Imposto de Renda?

o jornalista

entre duas opções. Um jornal da ou para a Dona Maria?

Também não se pode esquecer outra máxima: o sururu na esquina da rua da Dona Maria é mais importante que a morte de quarenta pessoas na China. A não ser que fossem mortes violentas, dramáticas, misteriosas. Aí, sim, Dona Maria vai comentar. De repente, o jornalista lembrou que não ia fazer telejornal só para a Dona Maria. Além de tudo, assim não estaria contribuindo para melhorar o nível de informação dela. Dona Maria precisa saber coisas importantes. Na linha de pensamento anterior, ia acabar só falando de sexo

e violência ou então dando aulas abomináveis para 38,2%. E o jornalista voltou a pensar. O que foi o Caso Lou? Tinha sexo, violência, mistério e conflito de opiniões. E não foi só a Dona Maria que se entusiasmou. A classe média inteira acompanhou esse caso. Até o dono de empresa e o profissional liberal. Aqueles mesmos da matéria do Imposto de Renda. Então pode haver um senso comum. Os casos dramáticos e misteriosos interessam a todo mundo. Em todo e qualquer assunto existe emoção, conflito de opiniões. Isso é um caminho. B preciso trabalhar cada reportagem. Não se linútar a dar as notícias secamente. Aquele caso do navio que jogou petróleo na Baía de Guanabara é um bom exemplo. Um acidente que faz vazar óleo do navio não é tão importante, se for noticiado assim. Mas se a gente mostrar que esse óleo na Baía vai matar os peixes e sujar as pessoas? Prever que pode se incendiar, que vai ser difícil remover. Ou mesmo que é preciso maior fiscalização, porque muitos barcos vivem soltando óleo na baía?

O jornalista estava redescobrindo a sua profissão. Voltava a lembrar que um fato só vira notícia através dele. Que cabe a ele fazer também a notícia. Ele se sentiu mais confortado. Não precisava baixar o nível dos telejornais para agradar Dona Maria.

E ele chegou a uma conclusão. Tinha de ser um jornalista.

Pelo contrário. Redescobriu também que elevar nível não é escolher assuntos complicados. Bastava tratar melhor os assuntos sérios. Só assim ele compreendia que é possível fazer um jornal classe "A", em todos os sentidos, para Dona Maria da Silva, que tem 40 anos, instrução primária e mora num subúrbio da Central. Ele entendeu. E agora vai começar a fazer Dona Maria entender também. ANDRÉ MOTTA LIMA

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MAIS DOIS CAPITULaS DO LIVRO Imagem continua a publicação adaptada do livro "Produção em Televisão - Noções Básicas", de Desmond Davis, editado pela Livraria Agir. Agora, dois capítulos de uma só vez

EDiÇÃO 1. Ao se abrir um programa, jamais permitir que a imagem preceda o som. Se possível, é melhor apresentá-I os simultaneamente. Caso não seja, fazer com que o som preceda a imagem por urna fração mínima de tempo. Uma imagem sem som é morta e desagradável. O som sem imagem é tolerável e muitas vezes agrada. Ia. Os créditos que se movimentam devem aparecer numa velocidade que permita uma leitura normal em voz alta. 1b. Ao sobrepor os créditos numa imagem de fundo, assegurar -se de que letras e fundo apresentam tonalidades con trastan teso Evite fundos com parte clara e parte escura (fundos mistos). No trabalho a cores, é preciso assegurar-se que letras e fundo oferecerão contraste na recepção em branco e preto. Parece óbvio demais, mas essa regra é com frequência esquecida. lc. Jamais deve uma imagem . mostrar algo diverso do que pronuncia a voz. Vista e ouvido não podem absorver simultaneamente duas informações conflitantes. Um exemplo é quando o apresentador fala do Sr. X que arruma seu gabinete, enquanto no vídeo já aparece o Sr. Y numa praça. Como as palavras levam mais tempo para serem compre-

endidas, é necessário fazer com que precedam ligeiramente a imagem. No exemplo, o nome do Sr. X deveria preceder sua imagem. 2. O corte, a fusão e o fade devem sempre acompanhar o ritmo da música e jamais contrariá-lo. As razões dessa regra são evidentes. No entanto ela é uma das mais infringidas. Em música ritrnica, o corte deve ser feito no fim de uma frase musical. 3. Só se deve empregar o fade out da música no fim de uma frase musical e nunca no meio desta. por demais irritante para o ouvido parar a música antes de se completar a frase musical. Mas existem duas exceções a esta regra: (a) quando a música vai se apagando tão suave e grada tivamente, durante um diálogo ou qualquer outro efeito sonoro, que não se perceba o seu fim. (b) quando a música é imediatamente abafada por outro som mais forte e de intensidade muito maior. 4. Ao cortar um diálogo, não se prenda estritamente aos finais É

das falas. Essa regra se aplica principalmente nas novelas e só é válida na impossibilidade dos cortes serem feitos pela ação, mesmo que de olhos ou de rosto, dos personagens que dialogam. A orientação é simples: favorecer o sujeito que é mais importante num dado momento. Em geral, a pessoa que está falando é a mais importante. No entanto, algumas vezes quem fala é menos importante que a reação de quem está ouvindo. Há um limite à velocidade de corte tolerada pela vista. Portanto, não faça cortes para cá e para lá a cada sílaba pronunciada. Favoreça sempre a pessoa que está oferecendo o máximo de informação, quer pelas palavras, quer pela expressão facial. 5. Embora a essência da televisão seja o close-up , não subestime o valor das tomadas gerais. Embora o impacto do close-up seja maior, seu excesso pode aborrecer. O sentido da visão precisa de mudança e um descanso eventual, com a apresentação de tomadas gerais, torna os c\oses seguintes mais eficazes e agradá-

veis. Além disso, sem tomadas gerais o espectador não percebe o ambiente ou o relacionamento das pessoas. Saídas, entradas e movimentos principais são boas motivações para fazer um corte para uma tomada geral. 5a. Após apresentar uma nova cena, dê o mais depressa possível um plano geral da mesma. Isso mostra ao espectador onde se encontram as pessoas e como é o ambiente. 5b. Logo após a entrada de novo personagem de certa importância ou após a volta de algum não apresentado durante certo tempo, o close-up deve ser usado. Quando aparece um novo personagem, o espectador quer ver como ele é. Satisfaça essa vontade. O mesmo se aplica ao personagem que deixou de aparecer durante algum tempo, logo que volta a entrar em cena. Nota da redação: O capítulo "Edição" não está completo. Devido a seu tamanho, optamos por dividi-I o em partes, obedecendo a um critério de separação por características. O autor, no capítulo, vai além da montagem, estabelecendo inclusive regras de ftImagem. Mais: As regras deste livro podem e devem ser questionadas por aqueles que discordarem ou tiverem algum comentário a acrescentar. Publicaremos nesta página.

LENTES 1. Evite a panorâmica ou aproximação e afastamento com lentes dando um ângulo horizontal que ultrapasse quarenta graus. As lentes de ângulo muito aberto tendem a encurvar as linhas retas. Isso é muito difícil de se notar quando a camara está parada. Mas logo se nota quando ela se move, já que o grau de curvatura vai variar nas diversas partes da imagem. 2. ão se aproxime ou afaste usando lentes dando ângulo horizontal inferior a vinte graus. Suponha-se uma mão segurando um caniço de pesca. Um leve movimento da mão tem como consequência amplo movimento da extremidade do caniço. O mesmo acontece com a lente de ângulo fechado: o menor movimento da camara terá como resultado um grande salto da imagem. 3. Para todas as tomadas, à exceção dos closes individuais e daqueles onde os objetos de interesse se encontram no mesmo plano, use lentes cujo ângulo horizontal de aceitação seja superior a vinte graus. As lentes de 8

~

Elevaçao

35' ângulo mais fechado distorcem, diminuem a perspectiva e, por conseguinte, os tamanhos relativos dos objetos em profundidade. 4. Não abuse da lente zoom como substituto da aproximação e afastamento. Considere-a como uma torre infinitamente variável

24° de lentes, exceto quando se desejam determinados efeitos. Quando se usa a lente zoom ao ar livre , tem-se um efeito muito estranho e sem naturalidade. Ela faz com que o horizonte e a d istância média se aproximem ou afastem com a mesma velocidade que o primeiro plano, o que não

9" sucede no afastamento ou com a vista humana. Um movimento lentíssimo pode passar desapercebido. O rápido, porém, é insuportável. A não ser em efeitos como um zoom no dose de um rosto que grita. Excetuado esse efeito, a regra é conservar a zoom imóvel.


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