Revista Movimento - Junho 2009

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Ano 11 Junho 20 0 9

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Textos:

Circuito Diet PatrĂ­cia Barbalho Luciana Quintela Roberta De Marco REPORTAGEM:

Beleza fundamental

ENTREVISTA:

Mauro Murta de Andrade


Nova Loja, No

Descubra o que ĂŠ ter um LifeStyle Dellano em sua vida


vo Conceito. Qualidade e Beleza em Cada Detalhe

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Entrevista:

Mauro Murta de Andrade A pouco mais de um mês da 40ª Expoagro, nada mais adequado do que entrevistar o presidente da União Ruralista Rio Doce, de Governador Valadares, entidade que realiza esse grande evento. O entrevistado, Mauro Murta de Andrade, é de uma família de pecuaristas, tradicional da cidade, e preside a União Ruralista há cinco anos, com atuação firme e eficaz, revelando-se um excelente dirigente. Assim, o bate-papo aconteceu com duas novidades: mudou o cenário, do restaurante do Hotel Realminas para o apartamento do casal Lena e Adolpho, e a participação de José Orlando de Andrade, primo do entrevistado, pela primeira vez numa entrevista. Completaram o grupo de entrevistadores José Altino Machado, Lincoln Byrro Neto, Márcio Aguiar e o casal anfitrião. Mauro Murta falou principalmente de sua classe, de produtores rurais, da União Ruralista e da Expoagro, mas também de política, de família e de outros temas, tudo com muito bom humor. O leitor poderá conferir a entrevista nas páginas 20 a 26.

José Altino Machado

Lincolm Byrro Neto

Márcio Aguiar

EDITORIAL

Endereço: Av. Brasil, 3.277 - sala 6 Diretora: Lena Trindade Conselho Editorial: Márcio Aguiar, Lena Trindade e Adolpho Campos Jornalista Responsável: Francisco Luiz Teixeira - Profissional : 1305/MG Colaboradores: Adolpho Campos, Darlan Corrêa, José Orlando de Andrade, Zenólia de Almeida, Cláudia Giacomini, Paulo Greco e Marcos Mendes. Revisão: Tarciso Alves Diagramação: Alderson Cunha (Kila) Foto Capa: Marquinho Silveira Fotos: Ramalho Dias, Marquinho Silveira, Lena Trindade e KK Gontijo Impressão: Lastro Editora As opiniões emitidas em artigos assinados e declarados são de total responsabilidade de seus autores.

CONTATO Comercial: rmovimento@gmail.com (33) 3271-9240 | 9974-8892 | 8403-1434

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A empresária Adriana Santos

FOTO: Ramalho Dias

EXPEDIENTE Revista MOVIMENTO Cnpj: 03379370/0001-70

EU LEIO MOVIMENTO

Saúde e beleza andam sempre juntas, sendo a saúde um bem essencial nas nossas vidas. Quando a pessoa é saudável, isso se reflete na sua expressão, na postura, no comportamento, tornando o corpo, saudável, mais belo. Beleza nunca vai estar dissociada da saúde, e essa combinação saúde/beleza é o que busca o Circuito Diet, representado na nossa capa por um trio de mulheres belas e produtivas. A matéria da capa, na página 9, conta tudo sobre o Circuito Diet, com detalhes. A reportagem de Paula Greco trata, também, do binômio saúde/beleza, aprofundandose em outros aspectos do tema, inclusive no viés doentio que pode contaminar a busca obsessiva da beleza como um fim. Além destes destaques, a Movimento traz muitas outras atrações, com nossos talentosos colaboradores e as seções permanentes. Como estamos a pouco mais de um mês da Expoagro, e já na expectativa do Espoleste, que acontece em setembro, destacamos também esses dois grandes eventos, com a cobertura do lançamento da Expoleste, e uma excelente entrevista com Mauro Murta, presidente da União Ruralista, entidade que realiza a Expoagro. A entrevista você lê nas páginas 20 a 26. Divirtam-se. Até a próxima edição.

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Matéria da Capa Circuito Diet

Qualquer Coisa Adolpho Campos

Darlan Corrêa Heróis da resistência

Zenólia Almeida Gentileza gera gentileza

Marcos Mendes Gran Torino

Suruba Entrevista Mauro Murta de Andrade

Champanhe Empresas e Negócios José Orlando Dedetizando o ego

Turismo Turismo de Aventuras

Reportagem Beleza fundamental

Receita


Circuito Diet:

a arte de emagrecer com saúde

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As fisioterapeutas Patrícia Barbalho e Luciana Quintela e a nutricionista Roberta De Marco FOTO: Marquinho Silveira. Elas vestem Boutique Versatilles

magrecer com saúde é uma arte. Executar essa arte é tarefa para quem conhece do assunto. E quem conhece sabe que não é apenas um fator que determina o sucesso de um programa de emagrecimento. Multidisciplinaridade é a palavra-chave para tal, e, por isso, tão importante quanto uma boa dieta é a qualidade dos alimentos consumidos. E igualmente imprescindíveis são os cuidados com o corpo e a prática de exercícios. Tudo isso associado garante resultados muito mais eficientes. Foi com esse pensamento que as fisioterapeutas Patrícia Barbalho e Luciana Quintela, a nutricionista Roberta De Marco e a culinarista Bel Oliveira uniram seus conhecimentos e talentos para criar o Circuito Diet, um programa de emagrecimento que associa dieta, refeições prontas, estética corporal e exercícios físicos em três diferentes opções de planos, proporcionais às necessidades de cada cliente e aos resultados desejados. Elaborado para ser uma espécie de “tratamento de choque” na mudança de hábitos necessária a quem deseja realmente emagrecer de forma responsável e definitiva, o Circuito Diet tem duração de um mês e pode ser feito indistintamente por homens e mulheres de qualquer faixa etária. A quantidade de sessões, aulas, refeições e acompanhamento nutricional varia de acordo com o plano. A partir daí, é feita a manutenção das atividades. Neste circuito, cada uma das profissionais se dedica a uma parte do tratamento. A Dra. Roberta faz a avaliação nutricional e prescreve a dieta, Dra. Luciana é a responsável pelo circuito de exercícios, combinados e indicados individualmente. A parte estética – que inclui tratamento de gordura localizada e outros pro-

cedimentos – fica por conta da Dra. Patrícia. As três profissionais atendem no mesmo endereço, mas em espaços individuais, projetados para garantir qualidade e comodidade para os pacientes. Já as refeições são preparadas de acordo com as orientações nutricionais pela expert Bel – que acrescenta este novo ramo, a culinária diet, ao seu leme de atividades profissionais – e entregues no local de preferência do cliente. Esse diferencial garante procedência e qualidade dos alimentos, quantidades e nutrientes exatos e a possibilidade de uma comida diet rica em sabor, poupando ao paciente tempo e trabalho durante o período do tratamento. Comendo e se exercitando com qualidade, emagrecer fica mais fácil, e mais gostoso.

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QUALQUER QUALQUER COISA

Se pesca trutas

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Chile. Aquele país delgado e comprido, espremido entre a Cordilheira dos Andes e o Oceano Pacifico é belíssimo. Belo, civilizado, educado e próspero. Sua história recente vinha tumultuada desde 1973, com a deposição e morte do presidente Salvador Allende. Depois, a ditadura sangrenta de Pinochet, até 1989, quando o país resgatou a democracia. Sua história recente conta, também, sobre La Concertacion, um projeto para o País, um acordo dos partidos de centro-esquerda, que continuam no poder com Michelle Bachelet na presidência. A partir daí a prosperidade. Nesse contexto você vai fazer um city tour na capital Santiago, e o guia, quando mostra o Palácio La Moneda, sede do governo, se enche de orgulho para dizer que ali é o palácio que foi bombardeado na deposição de Allende e é onde trabalha o presidente, que não mora em palácio, mas sim em sua própria residência ou em uma que o governo providencia. Acrescenta, irônico, que o presidente deles não tem avião - usa um da aeronáutica - para suas viagens. Com isso, ele diz, os cidadãos pagam menos impostos. O chileno, em geral é muito politizado e orgulhoso do seu país. City Tour num dia, visita a um vulcão inativo nas Cordilheiras dos Andes no outro. Coincidência: o mesmo guia irônico. Então, entra-se nas Cordilheiras, percorre-se um vale fértil, sempre subindo, com picos rochosos de ambos os lados. Vinhedos e plantações de frutas se seguem, alternando vilarejos aqui e acolá. À medida que se sobe, o Rio Maipo, que abastece Santiago, é visto cada vez mais ao longe. Mais adiante se avista o Rio Gabriel, afluente do Maipo, águas cristalinas e azuladas, refletindo o céu. Vem serpenteando entre rochas, cercado de verde, espumando de beleza. 10

O guia faz parar o veiculo, e tinha que fazê-lo, para admirarmos o cenário de cartão-postal. Impactante! A Cordilheira nos cercando, ao fundo os picos mais elevados, com a neve eterna nos topos. Me senti pequeno diante de tanta beleza. Num momento mágico assim, a gente se pergunta por que tem que ter computador, AutoCAD , celular, jornal, televisão, e demais badulaques. Próximo ao local em que estávamos, numa pequena elevação, às margens do Rio Gabriel, avistei barracas de camping. Perguntei ao guia a razão delas estarem instaladas ali. Ele respondeu: “En aquel sitio se pesca trutas.” E continuou com uma conversa que eu julguei arrogante. “Esse cara está me sacaneando”, pensei. Já estava ficando p. da vida com aquela soberba, quando ele - Andres, me lembrei o nome - insistiu sobre aquelas águas, e aquele rio preservado, com muito oxigênio, onde “se pesca trutas.” Não resisti e falei, depois de prender o nariz com os dedos e fazer pressão para acabar com o incômodo dos ouvidos estalando por causa da altitude (o que eu achei ridículo): “Na minha cidade, no meu rio, (poluído) o Doce, se pesca muito lambari. Com sorte pode-se pegar piaus, e até um ou outro dourado” O chileno: “Lambari? Que es lambari?”. .............................................................................. Fiquei calado, tentando lembrar o nome cientifico do lambari (está no livro Rio Doce 500 anos). Ele, ressabiado, não disse mais nada. Então arrematei: “Lambari, ou Astiamax spp da família dos Characidae é um peixe especialíssimo. Ele, frito, acompanhando uma Seleta e uma cerveja gelada, é indescritível”. Ora, trutas!...


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Darlan corrêa

Heróis da Resistência V

ocê chega cansado, depois de um dia extenuante, só pensando em tomar um banho, jantar e assistir a um pouco de TV antes de dormir. Encontra sua esposa apavorada, pergunta-lhe: “O que foi meu bem?”. Ela conta que o Juninho está com febre alta... Sua sogra vaticina: “E se for Dengue?”. Você nem tergiversa, manda aprontar as coisas, mete a mulher, a sogra e o Juninho no carro e corre para a Emergência Pediátrica. Lá chegando, faz a ficha do menino e se dirige para a Sala de Espera. Logo de cara, o espetáculo da Sala de Espera te apavora. Os bancos estão apinhados de gente, algumas mães esperam de pé no meio da sala, várias crianças brincam e outras correm... Você logo percebe que a sua noite foi pro beleléu... Mas, a esta altura, nada importa, o Juninho está com febre! Durante a espera, sua sogra faz amizade com a avó da Priscilla e as duas desfilam casos tenebrosos, mal se contendo de prazer: meningite, pneumonia, dengue hemorrágica, crupe, tétano, coqueluche, sarampo... As velhas já viram de tudo! Claro, as jovens mães ficam apavoradas. Você está ansioso, procura a recepção. A moça tenta animá-lo: “Calma, senhor, agora só tem cinco crianças na frente do Juninho...”. Você perde a calma e começa a falar alto: “Pô assim não dá! A gente paga a porcaria do plano de saúde e tem que ficar esperando deste jeito!”. Logo ganha adeptos, outros pais se inflamam e começam a gritar também. Catarse! Os dois médicos, coitados, saem da sala de atendimento e procuram explicar que, desde que chegaram ao plantão, não param de atender, nem para ir ao banheiro! Que todos vão ser atendidos e não vale a pena tumultuar o ambiente, porque isso só assusta as crianças... Você fica com pena e até com certo sentimento de culpa, mas sua sogra vira-se para a avó do lado e diz: “Até parece que plantonista de emergência pode ir ao banheiro...” A amiga faz um gesto de concerdância. Você especula com seus botões se, em sua empresa, as pessoas não pudessem parar para fazer um xixi... Daí, finalmente, chega a sua vez! O doutor, educado, permite que entrem você, sua mulher e sua sogra, acompanhando a criança (apesar do enorme aviso, em letras vermelhas, na recepção, dizendo: “SÓ UM ACOMPANHANTE”). Prestativo, o doutor quer saber da história do garoto. Sua mulher, que chegou do trabalho um pouco antes de você, passa a palavra para a mãe dela, e ela manda: - Ah, doutor, o Juninho está queimando de febre! - Sim, febre de quanto? - Não medi... Mas EU sei que a febre foi altíssima! O médico olha para ela com um olhar de quem já ouviu aquele argumento milhares de vezes... - E o nosso rapazinho está com febre desde que dia, senhora? - Desde hoje de tardinha! Você se lembra do Dr. Onofre, seu pediatra, explicando que, com menos de vinte e quatro horas de febre, é muito

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difícil chegar a um diagnóstico, a não ser que a criança esteja com muitos sintomas. - E além da febre alta, ele apresentou outro sintoma, senhora. - Não, doutor, ele está até alegrinho! O médico se levanta, examina o seu filho do fio de cabelo até o dedão do pé, olha para sua esposa e diz: - Mãezinha, graças a Deus, o exame físico do nosso garoto é normal. Eu sugiro que você use os antitérmicos que eu vou passar e, se a febre não passar dentro de vinte e quatro horas, procure seu pediatra. Simpático, preciso e eficiente! Você se despede do plantonista e sai feliz porque se livrou daquela situação chata, pelo fato de o Juninho não ter nada de grave. Quando entra no carro, sua sogra comenta: - Que doutorzinho metido! Nem pediu um exame de sangue ou uma chapa do peito... Nem passou antibiótico pro Juninho. Só faltou falar que era uma virose... Esta pequena história acontece todos os dias em nossa cidade e no Brasil afora. Esta é a realidade do pediatra moderno. Na década de 90, presenciamos o fechamento de hospitais pediátricos em todo o país (inclusive em nossa cidade). Fecharam por que Pediatria é antieconômico. NÃO DÁ LUCRO! Agora, neste primeiro decênio do século, estamos presenciando o fechamento de consultórios pediátricos. Cada vez mais, pediatras estão se convencendo de que manter um consultório aberto é muito caro e cansativo. Consultório é igual a ligações fora de hora, consultas sem marcação, atendimento demorado e desgastante... Enfim, as vicissitudes do pediatra de consultório! Poucos estão querendo se submeter a esta vida... Qual a opção então? Trabalhar no serviço público e em pronto – atendimentos privados, ou seja, pediatra vive de plantão! A qualidade de vida destes profissionais é muito ruim. Acumula noites mal dormidas, jornadas semanais de 60 a 80 horas, pouco reconhecimento, remuneração baixa e pouca oportunidade de se reciclar. Não é à toa que a renovação de pediatras é cada vez mais rara. Temos poucos profissionais, a maioria em vias de se aposentar e não chegam sucessores. “ Ser pediatra? Qual é rapaz! Vou ser cirurgião plástico: dá mais dinheiro e não vou me matar de dar plantão!” – assim pensam os novos estudantes. A pediatria, como ciência e arte, que promove a saúde de nossos filhos, está morrendo. As mães não têm mais tempo a perder em nossos consultórios, preferem a consulta rapidinha do Pronto-Atendimento (Fast Food). Assim o pediatra, médico que cuida do futuro de sua família, vai desaparecer do cenário. Você ainda vai com seu bebê ao pediatra? Ainda o escuta falar de vacina, alimentação, desenvolvimento infantil ou prevenção de acidentes? Seu filho TEM um pediatra? Trate-o bem, ele é um HERÓI DA RESISTÊNCIA!


CURSO ADMINISTRAÇÃO CIÊNCIAS CONTÁBEIS DIREITO EDUCAÇÃO FÍSICA ENFERMAGEM FARMÁCIA ODONTOLOGIA PSICOLOGIA NOVO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

TURNO NOTURNO NOTURNO NOTURNO NOTURNO MATUTINO NOTURNO INTEGRAL NOTURNO NOTURNO

VAGAS 50 50 50 50 50 50 50 50 50 13


ZENÓLIA DE ALMEIDA Membro da Academia Valadarenses de Letras

Gentileza

gera Gentileza

Compre essa idéia...

Sou maluco para te amar e louco para te salvar (Profeta Gentileza)

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novela “Caminho das Índias”, ao abordar a loucura, dentre outros temas sociais polêmicos, traz de volta uma personagem que, apesar de atemporal na trama, nos faz lembrar o Profeta Gentileza. Para quem não sabe ou não se lembra, José Datrino recebeu esse nome porque vivia pregando o amor, a paz e a gentileza. Antes de assumir sua missão profética, foi dono de uma pequena empresa de transporte de carga na zona norte do Rio de Janeiro. Em dezembro de 1961, quando ocorreu em Niterói um incêndio criminoso no Gran Circus Norte-Americano, que matou mais de 500 pessoas, a maioria crianças, José Datrino teve uma revelação (para ele foi um chamamento divino): dedicar-se ao consolo das vítimas. Abalado com a tragédia, largou a família e foi para Niterói, passando a morar na área destruída pelo fogo. Lá, consolava os familiares, dirigindo-lhes palavras gentis. Durante quatro anos, plantou flores e fez naquele lugar de mortes e cinzas, um belo jardim. Descrito como um “homem de túnica branca, cabelos e barba longa, tão alva quanto a pureza de sua alma”, o Profeta Gentileza podia ser encontrado em locais onde havia grande concentração de pessoas. Ao pregar a cordialidade, denunciava a omissão e a brutalidade da sociedade que não reconhecia que a “gentileza é o remédio para todos os males”. Àqueles que o chamavam de louco, respondia: “Sou maluco para te amar e louco para te salvar”. Hoje, gentileza, cordialidade e humanidade desapareceram do cotidiano. Cercamos nossas casas com altos muros e nos escondemos nessa prisão domiciliar, particular e nossa. Com carros blindados, filhos monitorados, a vida segue uma rotina que exclui e rotula aqueles que não fazem parte do nosso pequeno e restrito mundo. Nesse universo utópico, vazio de sentimentos éticos, o outro, diferente, é “ex-grupo”, portanto, não merece atenção e respeito. Quando meus filhos eram pequenos, lembro-me de

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que, antes do Natal, eles arrumavam o presépio e lá colocavam a manjedoura vazia. Ensinei-lhes que, até a chegada do menino Jesus, todas as vezes que fizessem uma boa ação, ou uma gentileza, deviam colocar uma palhinha na manjedoura, tornando-a assim mais macia. Essa foi uma forma que encontrei de lhes mostrar a importância de uma boa ação, de uma gentileza que, tal como mágica, nos torna melhores. Pensando nisso, vejo que o mundo apequenou-se e, com ele, o homem também. Não é saudosismo não. Mas, noutros tempos, as pessoas, mesmo as mais pobres e com menos bens, eram mais solidárias, amáveis e gentis. Não sei ao certo quantas crianças minha mãe aceitou criar e encaminhou na vida. Lembro-me de que nossa casa estava sempre aberta para aqueles que buscavam afeto ou auxílio de qualquer natureza. Meus pais aceitavam ser assim a vida e nunca questionavam as decisões tomadas, pois estavam cientes de que faziam o que era correto. Para o Profeta Gentileza, ficamos cegos e surdos e perdemos a capacidade de ver e ouvir o outro. Isso porque, para mudar, é necessário romper o ciclo vicioso da “violência que gera violência, da hostilidade que gera hostilidade, da raiva que gera raiva”, pois tudo o que fazemos, tal como um bumerangue, volta-se contra nós mesmos. Numa ação meritória, através de pequenos atos de cordialidade realizados no dia a dia, é possível resgatar nossa humanidade e fazer a diferença: cumprimentar alguém sorrindo; dizer sempre as palavrinhas mágicas: ‘muito obrigado’, ‘por favor’, ‘desculpe’, ‘com licença’; não sujar as ruas e respeitar a natureza; não poluir ou desperdiçar água; saber ceder sua vez no trânsito; estar presente nos melhores e piores momentos de vida de um amigo, pois um amigo é para sempre. Quando possível, dirija ao outro uma palavra amigável, dê-lhe um abraço e diga o quanto ele é importante para você. Em outras palavras, faça sua parte: seja gentil no trato com as pessoas. Celebre a vida e contagie o mundo... José Datrino (1917–1996), figura ímpar de lucidez questionada, deixou-nos uma grande lição: exercitar a gentileza e fazer a sua parte significa construir um mundo de paz e harmonia — uma imponderável riqueza que podemos deixar para a posteridade.


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Marcos Mendes * Marcos Mendes é jornalista, Mestre em Comunicação Social , professor da Univale

Gran Torino

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cultura contemporânea é vítima da mania de ver a si mesma como agente do bem comum e, neste movimento, acaba por perpetuar a idéia de que o homem seja capaz de escapar do destino. Este posicionamento é resultado de uma dedução falsa que estimula a covardia estética. Esta interpretação se ampara no otimismo social que preconiza “se sou progressista, logo tenho coragem “, tão do agrado dos amantes de clichês. Xenofobia, crise dos valores familiares e da igreja e negação da vingança como justiça social são temas que emergem de Gran Torino, o mais recente filme de Clint Eastwood, exibido recentemente nos cinemas de Governador Valadares. Gran Torino tem como figura central Walt Kowalski, um metalúrgico aposentado, que mora em um bairro empobrecido da Detroit de indústria automotiva decadente. Veterano da Guerra da Coréia, ele é um americano típico e sua convivência é conflituosa com seus vizinhos asiáticos, da comunidade hmong que apoiou os Estados Unidos na Guerra do Vietnã, foi perseguida e, após o conflito, em boa parte, fugiu para o Ocidente. Gran Torino é um carro modelo 1972, grande objeto de desejo no enredo do filme que carrega seu nome. No filme, Kowalski mora entre emigrantes asiáticos e gangues étnicas cortam o cotidiano de bairro decadente. Seus filhos são dois homens interesseiros e desinteressados pelo velho pai viúvo. Os dois filhos da vizinha vietnamita, Thao e sua irmã, serão os parceiros de Kowalski na luta solitária contra a violência interna a comunidade asiática. A menina corajosa e o menino tímido, mas

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resistente à violência, serão seus verdadeiros herdeiros. O filme supera o maniqueísmo que a cultura da esquerda americana, e que aqui, na tupiniqim, encontra terreno fértil, e insiste em nos induzir. Para além da falsa oposição entre reacionários e progressistas, Eastwood aponta para o verdadeiro impasse da condição humana: quem tem coragem de enfrentar o mundo, sem ser parte dele? Para o personagem interpretado por Clint Eastwood, o mundo nunca foi justo, posições que os amantes dos clichês entendem como uma afronta à liberdade humana. Thao e Walt Kowlski são, de formas distintas, outsiders em suas comunidades. Esse é um elemento de ligação entre os dois. Mesmo com resistências, Walt tem prazer em tutorar o garoto Thao, até ele aprender a ética do trabalho e uma profissão. Walt espera ser uma referência sobre o jovem, para que ele tenha uma vida melhor. Nesse ponto o filme mantém um tom de esperança. Aos 78 anos de idade, 54 de carreira, 88 filmes como ator e diretor, 105 prêmios, entre eles dois Oscars e uma Palma de Ouro Especial do Festival de Cannes/ 2009, Clint Eastwood é um dos melhores diretores do cinema americano, comparável a Francis Coppola, Martin Scorsese e Woody Allen, e que confessa sem pudores a influência e o apreço pelo magistral diretor japonês Akira Kurosawa. Infelizmente, boa parte do “exigente” público valadarense, que reclama por boas opções de lazer e cultura, perdeu a oportunidade de assistir um belo filme, já que as sessões, quase sempre, tinham uns poucos espectadores. Para quem não viu na telona, Gran Torino está disponível em DVD.


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Síndrome da apnéia obstrutiva do sono e o ronco

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ormir adequadamente é fundamental para restabelecer o indivíduo para suas atividades pessoais e profissionais do dia seguinte. Contudo, algumas patologias podem estar associadas com o sono, tornando-o não reparador. Dentre as patologias podem-se citar a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) que se caracteriza por um colapso das vias aéreas superiores, devido ao posicionamento posterior da língua, diminuindo a entrada de ar. A SAOS CARACTERIZA-SE COMO UMA DOENÇA CRÔNICA, PROGRESSIVA, INCAPACITANTE. Como sintomas da SAOS pode-se citar

o sono podem mudar de localização pois o sono possui duas fases e o comportamento da SAOS é diferente em cada uma delas. Vários tratamentos podem ser instituídos para a SAOS, entre eles os cirúrgicos e os conservadores. Tratamento conservador: • Aparelhos intra-orais para avanço mandibular (para formas de apnéia suave e moderada). O principal mecanismo de ação do aparelho é o avanço do músculo genioglosso e aumento das vias aéreas superiores. • Placas interoclusais (placas de bruxismo, por exemplo) • Reabilitações protéticas Tratamento cirúrgico:

• o ronco, • interrupção da respiração de forma intermitente durante o sono, • agitação ao dormir, • sensação de sufocamento ao despertar, • sonolência diurna excessiva (com bocejos freqüentes) • impotência sexual • dores de cabeça • irritabilidade Tratamento Antes de iniciar um tratamento odontológico, deve-se analisar se existe alguma obstrução de uma ou mais áreas da faringe, que durante

• rurgia • • • •

Avanço mandibular com ciortognática Traqueostomia Uvulopalatoplastia Trações musculares Tereoidexia

AS QUEIXAS MAIS COMUNS DE PACIENTES SÃO A HIPERSONOLÊNCIA DIURNA E O SONO AGITADO (CARACTERIZADO POR RONCO FORTE E DESPERTARES FREQUENTES) Tratar a apnéia é ter qualidade de vida.

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SURUBA Adjetivo: bom, excelente, forte, supimpa. Sf: grande cacete, bengalão. S. chulo: namoro escandaloso. S. chulo: orgia sexual em que participam mais de duas pessoas; surubada, bacanal.

Do Carlos Heitor Cony: “É bem verdade que certas coisas que acontecem no mundo volta e meia me inquietam. Bem ou mal, íamos levando a vida, até que o Obama descobriu que Lula é o cara. Antes, quando não sabíamos disso, tínhamos alguns problemas, mas dávamos a volta por cima. Agora, o que vai ser de nós?”

Avacalhação Quando vejo a bagunça em que está mergulhado o Brasil, me lembro de uma frase do “Bandido da Luz Vermelha” filme de Rogério Sganzerla: “Quando a gente não pode fazer nada, a gente avacalha”.

Brilhante! Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, ministros do STF, quebram o pau ao vivo e o Lula diz: “Isso é natural. É que nem futebol, onde se briga a toda hora. Nem por isso o futebol vai acabar”. Observação de raro brilhantismo, como todas dele.

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adolpho campos

Cae Foi lançado o novo disco de Caetano, ‘Zii e Zie” que segundo ele significa Tios e Tias em italiano. Ele diz que as músicas do disco são “transambas”, com sonoridade calcada na guitarra elétrica de Pedro Sá. Diz também que no disco tem o rock, “Lobão tem razão.”, uma resposta as provocações que o músico Lobão faz a ele o tempo todo. Caetano completa: “É engraçado porque ele, quando me vê, é doce e muito reverente, e ainda compôs a musica “Pro mano Caetano”, que é linda, deixou-me emocionado, chorei e tudo.” Quanta viadagem!

Fazendo merda A linguagem desses palestrantes motivacionais é uma coisa que já encheu o saco. Então faz sentido o espetáculo que o publicitário Lula Vieira e o jornalista Maurício Menezes escreveram e vão encenar: “Agregando Valores, Resgatando a Cidadania e Fazendo Merda.”

“O Cara” O José Simão diz que o pessoal chegava na banca e via a foto da capa do jornal com o Lula sentado ao lado da rainha da Inglaterra e perguntavam: “quem é essa velhinha ao lado ‘do cara’”?

Beleza é passageira, feiura é para sempre Serge Gainsbourg (que pegava Brigith Bardot e Jane Birkim e autor do hino de motel “Je T´Aime Moi mon Plus.”


beto sartori

ADOLPHO CAMPOS

Vício I Dá barriga De um cronista esportivo falando do Ronaldo como estrela da propaganda da Brahma na TV. Acho que a propaganda deveria vir com um daqueles avisos no final, algo do tipo: “O Ministério da Saúde adverte: cerveja dá barriga e faz você confundir mulher com similares”. Tudo bem! Mas ele joga um bolão!

Tal qual Pondé e Sade, acho que o que nos humaniza são os vícios, não as virtudes. O hipócrita de hoje é magro, não consome gordura trans, come rúculas e alfaces, não bebe, é “verde” e antitabagista.

Uma cidade onde te privam das calçadas é inviável. Adolpho Campos

Crise Com a crise o Japão passou a oferecer US$ 3.000 para cada dekasegui que se dispusesse a voltar para o Brasil. Dizem que o governo brasileiro ofereceu US$ 5.000 para eles ficarem. Não aceitamos devoluções!

Transnotícias GV Você, no carro, pouco antes de 18 horas, no trânsito cada vez mais enlouquecido de Valadares. Ligue na Transamérica, nesse horário, ouça um ótimo noticiário, e os comentários sempre corretos do ex-presidente da Câmara, Paulinho Costa. Vale a pena.

Galvão Bueno Internautas não perdoam nem a Globo: puseram na rede imagens do Galvão Bueno narrando o GP da Malásia de F1, diretamente do...estúdio do “Globo Rural”, em São Paulo.

Felicidades, não! Estranho aquele cara que mandou o veterinário cortar o rabo do cachorro. Não suportava ver sinais exteriores de felicidade ou alegria.

Vício II A propósito, tomei uma posição irretratável, irrevogável de parar de fumar. Não porque fumar seja vício, mas por meus amigos, minha mulher, meus filhos. Tem um detalhe: assim como Lula, que afirma que vai construir 1 milhão de casas mas não marca prazo, eu também digo: “Vou parar, mas não me cobrem data”.

Preconceito As pessoas, em geral, dizem que tenho preconceito com o Nordeste brasileiro. Não acho. Mas concordo com o nordestino Graciliano Ramos que dizia numa entrevista ao jornalista Joel Silveira: ” O Brasil não dá certo porque não tem golfo”. Propunha que se afundasse o Estado de Sergipe, terra do Joel, e Alagoas, terra dele mesmo. Estaria criado o Golfo das Alagoas.

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Meu partido é o produtor rural.

Márcio – Mauro, qual é o seu cargo na União Ruralista? Mauro – Sou presidente da União Ruralista desde 2004. Já estou no segundo mandato, que termina agora em 2010. Márcio – Existe reeleição? Mauro – Tem reeleição. Podemos ser reeleitos uma vez, mas o estatuto foi reformado no ano passado, então eu teria direito a um novo mandato. Adolpho – Por que “teria”? Mauro – Porque tenho companheiros que querem que eu continue lá... Adolpho – Então, você tem o direito... Mauro – É...tenho. E tenho compromisso com minha classe, um compromisso muito sério, inclusive com meu pai, cujo falecimento completa 40 anos esse mês. Ele foi um dos sócios fundadores da União Ruralista e o compromisso que ele e os companheiros fundadores da União Ruralista assumiram eu estou seguindo. Adolpho – O nome do seu pai? Mauro – Omar Andrade. A Associação Rural do Vale do Rio Doce foi fundada em 1950. Em 1956 mudou para Associação

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Rural de Governador Valadares, e hoje é União Ruralista. Márcio – Quando se fala União Ruralista você acha que existe isso de união ruralista? Da classe? Mauro – Como presidente da União Ruralista, eu até tenho que achar que existe, mas penso que ainda temos que lutar muito para haver essa união. O povo tá muito desunido, ainda, o fazendeiro em geral... Adolpho – A União Ruralista é uma entidade privada, não? Ela tem donos? Mauro – Nós somos 520 sócios hoje. Ela tem dono, o patrimônio do terreno de 5 alqueires que tem lá no Bairro São Paulo... mas é uma entidade sem fins lucrativos. Márcio – Aquilo foi aquisição ou doação?

Mauro – Foi aquisição. Começou com um terreno ali no Grã Duquesa, que foi trocado por aquela área, durante o mandato de meu pai. Com o movimento militar de 64 a entidade passou a ser regida pela CLT, e se resolveu separar a Associação Rural, que passou a se chamar União Ruralista, e o Sindicato Rural. Existe uma corrente dentro do Sindicato Rural que, desde há muito tempo, pretende fundir o Sindicato à União Ruralista. Nós somos totalmente contra isso, até porque é fácil vir o governo e tomar aquela área da União Ruralista. Enquanto eu puder lutar contra isso, vou lutar. Márcio – Até porque a União Ruralista tem donos... Mauro – Tem donos! E estou falando a respeito do Sindicato Rural, do qual sou até diretor.


José Altino – Mauro, você até podia identificar as pessoas que cogitam isso, que é uma coisa pouco inteligente, primeiro porque o Sindicato tem que cuidar de interesses de classes, e a União Ruralista cuida de interesses econômicos, de fomento, etc. Mauro - Existem líderes rurais antigos aqui, que até hoje batem nessa tecla. Há um grupo forte querendo entrar na União Ruralista e, se eu sair, temo pelo que pode acontecer... Adolpho – Você vai ter que sair em algum momento... Mauro – Aí entraria gente do nosso grupo. Só que agora o momento é ruim, porque o outro grupo está forte. Aquilo lá é uma coisa muito desgastante. Adolpho – Há remuneração? Mauro – Não. Hoje existe uma verba de representação que foi aprovada em Assembléia, mas não há remuneração. Adolpho – Mauro, você nasceu onde? Mauro – Sou de Governador Valadares, com muito orgulho, e quero lutar por esta cidade muitos anos ainda. Adolpho – Você tem uma opção político-partidária? É filiado a algum partido? Mauro – Sou do PSDB, sem militância. Agora, que-

rendo ou não, sou um político, pelo cargo que ocupo, mas não gostaria de participar de nada disso... Adolpho – Por que você falou “sou do PSDB” tão baixinho assim? (risos) Mauro – Não falei tão baixo assim... já começou a provocação (risos)... Márcio – Vocês são quantos irmãos?

Mauro – Éramos oito, dois faleceram. São dois médicos, outro que é presidente da Associação de Criadores de Zebu... A família é meio repartida: dois nasceram em Sabinópolis, três em Abaeté, e três daqui. Adolpho – Você falou em Sabinópolis, e pensei que você pode ser PSDB por causa do Mourão (que é de lá) ... Mauro – Também. Te conto uma história: quem fez o parto da mãe do Mourão, quando ele nasceu, foi meu pai.

O enfoque principal meu é a área técnica Adolpho – Então, quem trouxe à luz o Mourão foi o seu pai? Mauro – Isso!. Então existe essa relação afetiva. Adolpho – A grande presença da União Ruralista na cidade se deve ao fato de ela promover a Exposição Agropecuária. E eu, que não entendo nada da área, tenho a sensação que você e sua diretoria assumiram num momento de crise da União e do evento, e que de lá pra cá tem melhorado. É isso mesmo? Mauro – Tem, tem melhorado. Quando assumi, meu cartão de visita foi uma ação pesada que perdemos, relacionada a um conflito que houve lá, com crime. A União Ruralista foi condenada a pagar, na ação, R$ 280 mil, mais R$ 36 mil, de advogados. Ela já estava endividada, então foi um problema. Graças a Deus, nossa diretoria e eu conseguimos sanear e esse ano, se Deus quiser, vamos conseguir colocar algum dinheiro no caixa. Não quero criticar ninguém que nos antecedeu, até porque considero todos uns heróis, porque manter a União Ruralista não é fácil. Quando assumi, eu era muito cru no assunto, então fui a Uberaba buscar subsídio da melhor exposição do Brasil. Encontrei lá um companheiro, o Zé Renato, que veio aqui, me ajudou a fazer o evento, e vem ajudando. Há dois anos, terceirizamos a bilheteria, e tem dado certo. Márcio – Você não acha o preço do ingresso caro, para o pequeno? Mauro – Antigamente, o ingresso era mais barato, mas se pagava US$ 3 mil a US$ 4 mil para trazer um ar-

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tista. Hoje se paga US$ 120 mil. Vou dar um exemplo: estamos terceirizando essa parte, mas estamos trazendo Vitor e Léo, que custam caríssimo. Em outros locais, para uma festa com show bom você paga R$ 60,00, R$ 80,00. Na Exposição você paga desde R$ 4 a R$ 16,00, que é o mais caro. Imagina você estar trazendo Cláudia Leite, ou Vitor e Léo, e dá uma chuvarada. O risco é muito grande. Agora, do ponto de vista do foco principal do evento, que é o gado, o Parque, devido às circunstâncias, esteve muito vazio. Neste ano, vamos encher o Parque, se Deus quiser. Lincoln – Acho, até, que além de uma festa popular, o mais importante é o evento estar trazendo desenvolvimento para o setor, com parcerias, melhoria dos rebanhos, leilões, etc. Como você vê isso? Mauro – O enfoque principal meu é a área técnica. Na área de shows, como não entendemos disso, deixamos para um profissional da área fazer, que é o Zé Renato. Com isso temos mais tempo de cuidar da área técnica. Neste ano, já visitamos sete exposições, estamos correndo atrás do produtor rural. José Orlando – Nos governos anteriores, parece que havia uma ajuda da Prefeitura. Como está sendo esse ano? Mauro – Ajuda financeira da Prefeitura nunca houve. Acho que ela deveria ajudar, mesmo a União Ruralista sendo uma entidade privada. A

vereadora Fátima Salgado, no ano atrasado e no ano passado, destinou verbas para a União, através de emendas aprovadas na Câmara. A verba do ano passado foi aprovada na Câmara e sancionada pelo então prefeito, Mourão. Nossa prefeita, então, diz que o dinheiro não existe, e muito pelo contrário teria era uma dívida lá, da União Ruralista. Estamos lutando para resolver. No ano atrasado, conseguimos receber um valor, resultado de uma emenda do deputado João Magalhães. Temos que dizer que a prefeita nos recebeu muito bem. Lincoln – A gente sabe que o setor rural é um dos pilares da nossa economia... Mauro - 46% do PIB da cidade... Lincoln – Se colocarmos a agroindústria, deve somar quarenta e tantos por cento, e, sendo esse setor tão importante, acho que o Poder Público, independentemente de questões ideológicas, devia ter uma atenção especial. Como você vê, então, ter um secretário da área com tão pouca ligação com o setor rural? Você vê isso como um impedimento, ou não? Como o setor vê isso?

Ajuda financeira da Prefeitura nunca houve. No ano atrasado, conseguimos receber um valor, resultado de uma emenda do deputado João Magalhães Mauro – Vejo como impedimento. Não é bom para a classe isso, não. Aliás, acho que o produtor rural, hoje, é visto quase como um marginal. Tudo que se tenta fazer, só encontramos barreiras e dificuldades. Aqui na União e no Brasil inteiro é assim. Temos um ministro do Meio Ambiente que fala em confiscar boi, e chama de “boi pirata”, fora da lei. Falta ao Brasil uma política pra nós. Vou falar do meu caso: vendi leite no ano passado a R$ 0,86, e então me sobrava um pouco de recurso para investir. Fiz meu planejamento todo, e tirava 700 litros de leite por dia. Neste ano, vendi leite a R$ 0,46, e aí o planeja-

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mento já era. Estou abandonando o setor de leite, tirando cento e poucos litros, mais para subsistência, não dá nem para pagar os vaqueiros. José Altino – Falta política para a classe, e falta união da classe, também. Hoje, não fabricamos manteiga, queijo, não fabricamos nada. A marca já não existe, acabou. A única coisa que estamos fazendo é envasando leite. Mais nada. O Mauro fala dos críticos: enquanto ele trabalha lá, tem uma pá de gente criticando e puxando pra baixo... Mauro – Me falaram, na época: a partir do dia que você assumir a União Ruralista você vai começar a ser ladrão, vão começar a te jogar pra baixo. Chegaram a falar que eu recebi comissão de leilões. Sempre andei de carro velho, até que resolvi e pude comprar um Focus, e eles falam que aquele carro é o Bruno & Marrone (risos). Esse ano vou comprar um carro: é o Vitor e Léo (risos). Eu era até meio esquentadinho, agora aprendi a absorver essas críticas. Faz parte. Márcio – Dentre os Parques de Exposição de Minas Gerais em que posição se situa o nosso? Mauro – Se se falar da área física, está entre os 3 ou 4 melhores do Estado. Na área técnica, da pecuária, nossa Exposição é a terceira melhor de Minas. Adolpho – Depois de quais? Mauro – Depois de Uberaba e Belo Horizonte (Gameleira). Lincoln – O setor rural está em dificuldade, e ainda vem o governo e incentiva, apóia, financia o MST, que invade as terras. Como você vê isso? Mauro – Eu sou totalmente a favor da reforma agrária, e até fica meio estranho eu falar isso, mas acho que todo fazendeiro é a favor da reforma agrária, desde que seja uma boa reforma agrária. Que que adianta você dar um pedaço de terra, sem apoio, sem incentivo? Vi, na Bahia, cada um com uma gleba de terra – eu era pescador – e o camarada deixa lá a terra e vai beber cachaça o dia inteiro. Eles dizem: “Ah ... mas não tem dinheiro para comprar semente, a irrigação parada... não dão dinheiro pra gente


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plantar...” O pequeno produtor vai se descapitalizando, há burocracia para você pegar um dinheiro no banco... Você não consegue. O único banco que te dá acesso a financiamento, aqui, é o Sicoob Crediriodoce... Adolpho – Você já procurou o Lincoln? (risos) Lincoln – Falando em Cooperativa, ela tendo saído da área industrial, você não acha que o Luiz Fernando (Barbosa & Marques) está assumindo esse papel de empreendedor no setor? Mauro – Acho que um dos grandes nomes de Governador Valadares é o Luiz Fernando, sem dúvida nenhuma. Tiro o chapéu pra ele. Adolpho – Mauro, estamos às vésperas da Exposição. Qual edição mesmo? Mauro – Quadragésima. Adolpho – Então, tem que comemorar os 40 anos. Quais são as perspectivas para essa edição? Sem falar nos shows... mas em termos técnicos... Mauro – A União Ruralista nem devia estar preocupada com shows, a função dela é fomentar o agronegócio... Adolpho – Eu também acho que deviam levar jazz para lá... (risos) Mauro – Só que essa festa (a Exposição) já extrapolou a União Ruralista, é da cidade, do município. Um dos grandes trabalhos da atual diretoria é ter resgatado essa festa regional. Por que acabar com ela, sendo que inclusive ela tem sido instrumen-

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to para o saneamento financeiro da União Ruralista, através da bilheteria da festa? Terminamos a Exposição do ano passado com dinheiro no caixa. A Exposição nada mais é que a vitrine do produtor rural. E nós vamos fazer a terceira melhor exposição do Estado de Minas Gerais. O produtor produz na fazenda dele, e a oportunidade que ele tem de mostrar para um grande público o seu produto é lá no Parque de Exposições. Vamos ter 11 leilões esse ano. Vamos ter uma exposição de Gir leiteiro homologada pela ABCG, vamos ter uma “rankeada” de Brahma, que é uma raça importada da Índia...Estamos pensando em fazer dois turnos. O que é dois turnos? De sábado a quarta-feira uma raça, de quarta a domingo outra raça. Com eqüinos já temos essa experiência, com Mangalarga e Campolina. Vamos ter uma “rankeada” de Nelores, de sábado até quarta. Na quarta, a turma do Nelore vai para Montes Claros... Vamos ter, esse ano, um leilão, que é novidade para nossa cidade: é o Leilão Topa Tudo. Lá você vai poder vender coelho, ema, mula pé-duro, tudo... Todos esses leilões são tercei-

Acho que o produtor rural, hoje, é visto quase como um marginal rizados... Também, quatro desses leilões vão ser transmitidos pelo Sistema SBS de TV. Márcio – Quem paga essas transmissões? Mauro – Cada uma dessas transmissões custa R$ 27 mil... José Altino – Só? Mauro – Ô, Zé Altino! Estamos fazendo um movimento para baixar esse preço. (risos) Lincoln – Naturalmente, eles devem vender inserções publicitárias... Mauro – Estamos fechando, também, com a TV Leste/Record, que vai nos dar uma grande cobertura. Estamos negociando... Lincoln – Vai haver Concurso Leiteiro?

Mauro – Vamos ter três concursos leiteiros: o Concurso Leiteiro da Cooperativa Agropecuária, o Concurso Leiteiro da Raça Guzerá, e um Concurso Leiteiro das Raças Zebuínas. Lincoln – A Laep (Parmalat) vai participar? Mauro – Provavelmente, não. A Barbosa & Marques participa com a gente, a Cooperativa Agropecuária que, infelizmente, no ano passado não participou, agora está conosco. Adolpho – Então, a agenda está boa? Mauro – Graças a Deus. Teremos também, no Parque, a ACOLM – Associação de Criadores de Carneiros e Ovinos do Leste Mineiro, que é importante, por ser um segmento que está crescendo muito, e vamos ter os cavalos, que são sempre um sucesso. Adolpho – E a parte do público, qual é a expectativa? Mauro – Todos os anos estamos batendo recordes de público, um atrás do outro. Ano passado, tivemos mais de 170 mil pessoas. Queremos alcançar neste ano algo em torno de 200 mil pessoas. Adolpho – Acontecendo isso, qual o novo carro agora? (risos) Mauro – Estou pensando, ainda. Depende da renda. Estou pensando, talvez, numa Pajero. Lincoln – Tudo gira em torno de política e acho que é uma missão das entidades tentar viabilizar um líder para nos representar. O setor empresarial não tem conseguido isso, acaba se omitindo. Você não acha que é uma falha nossa, das lideranças do setor? Mauro – Total! Concordo com todas as suas palavras. Acho que faltam lideranças em Governador Valadares. Estou num cargo, mas não me considero um líder, não me atrevo a achar que sou. Penso que líderes eram Zequinha Tavares, Cel. Altino, Cel. Pedro, Dr. Omar Andrade, Hermírio Gomes. O que eles fizeram por Valadares não dá para esconder! Hoje, nos falta isso. Tenho fotos dessas pessoas, inclusive meu pai, com Getúlio Vargas, Juscelino, etc. Eram amigos dessas pessoas, eram líde-


res. Hoje, sou recebido por Aécio Neves, e não sou ninguém. Antes que me esqueça, quero fazer um parêntesis: é sobre presença do produtor rural no Parque. Como o setor de shows é terceirizado, no ano passado fui crucificado porque o produtor rural não teve acesso gratuito ao Parque de Exposições. Neste ano, negociamos com o terceirizado dos shows, e o produtor rural vai entrar de graça, sendo do Sindicato Rural, adimplente... Márcio – O produtor, a esposa, etc? Mauro – Não. Vai entrar o produtor rural. O Zé Renato perguntou, quando acertamos isso, quantos seriam. E eu não sei quantos são. A bilheteria é dele e ele quer saber quantos são. Vão ter que mandar a relação para nós, vamos cadastrar e enviar uma credencial. Além disso, vamos colocar uma secretária, com um computador, e se o produtor chegar com a carteirinha vai ser cadastrado e receber a credencial. José Altino – Mauro, fale-nos da segurança do evento, das regras que vão funcionar. Mauro – Na área de segurança, todo ano a União busca contatos com o Sexto Batalhão e com a Polícia Federal. Hoje tem uma norma que vem deles. Vamos colocar segurança de acordo com o público. José Altino – A União paga por isso? Mauro – Paga. Paga caro, à Polícia e aos seguranças, que hoje têm que

ser fichados pela Polícia federal. A questão de menores foi um dos grandes problemas da última Exposição, além da questão da carteira de estudante para ter acesso à meia-entrada. Agora fomos, o Tininho e eu, cuidar disso, e o juiz fez um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta. Fizemos uma coletiva com a imprensa para comunicar, e é a esse TAC que vamos obedecer. Adolpho – Mauro, você a partir de agora entra em evidência. Em função da Exposição, vira personagem, com a primeira-dama, etc. Agora, há alternância de poder em todos os níveis, e o Lincoln levantou a questão de ausência de lideranças na cidade. Então, a questão é a seguinte: você tem tido um mandato eficiente, eficaz e tal. Com isso, você passa a ter ambição política? Você se coloca como uma alternativa política? Mauro – Não. Estou nesse cargo há cinco anos, pediram para que eu continuasse, trabalhando para a minha classe. E não me considero preparado para outros vôos. Adolpho – Nem como missão? O que

Eu sou totalmente a favor da reforma agrária, desde que seja uma boa reforma agrária a gente vê: “Não. Vou fazer meu trabalho, depois estou fora”. Todo mundo está fazendo isso, “não quero saber disso”, etc. E nós, oh – top-top – estamos nos lascando... Lincoln – Vejo o Adolpho falando e fico pensando que talvez você pudesse influenciar, liderar processos, às vezes sem ser candidato a nada... Mauro – Amo demais esta terra, mas não gosto de política partidária. Meu partido é o produtor rural. José Orlando – Acho o questionamento do Adolpho pertinente. Todo mundo sai de fininho e fica dando desculpa. Mas há um momento que a pessoa tem que participar de política partidária, caso contrário não se for-

marão novas lideranças na cidade. Mauro – Meu papel político estou exercendo há cinco anos. A minha política é classista e eu acho mais importante que qualquer política partidária. Estou defendendo minha classe, estou somando. Fico constrangido, como valadarense, e acho até que poderia, ao sair da União Ruralista, partir para defender Governador Valadares. Não sei o que pode acontecer amanhã. Valadares tem um defeito grande: chegam certas pessoas aqui que são recebidas como reis, e que não têm nada pra acrescentar. Isso dói. Essas coisas me irritam e, se cutucar, falo até nomes. José Orlando – É o Antônio Lemos? Mauro – É. É! Quando chegou em Valadares, me lembro da primeira reunião que tivemos, o Tininho fez uma pergunta pra ele, e ele: “Quem é o senhor?”. O Tininho respondeu: “Sou advogado de porta de cadeia”. (risos) Ele queria fazer a Expo Country, e eu não quis. Disse a ele que alugava o Parque. Falaram mal de mim, agüentei calado. Ele não pagou à União Ruralista, não pagou Bombeiro, não pagou produtor, e o ruim era eu. Parte da imprensa ainda puxava o saco dele. Adolpho – Ele é amigo do Zé Altino. Mauro – Pois é. Eu sei. José Altino – Quem dera tivéssemos mais gente que arriscasse fazer as coisas... É isso que está faltando. Adolpho – Mauro, sei que você está resistindo a falar de política, mas você, hoje, uma pessoa pública não deve se furtar. O que você acha do governo federal? Sua visão do Brasil, hoje, com sua política econômica, etc. Você nem precisa falar da pessoa que está no governo, mas fale do governo... Mauro – Não gostaria de falar sobre isso, então vou resumir numa palavra: uma merda! Não quero entrar em detalhes. Lincoln – Olha como o Adolpho riu... Adolpho – Sabe por que eu sorri? É porque eu, se fosse ele, diria a mesma coisa.

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Agronomia da Univale é um grande curso, e desde que entrei na União Ruralista tentei fazer alguma parceria com a Univale, e não consigo. Acho que é uma coisa pessoal de um professor lá, que era coordenador de curso e eu tive reuniões com a professora Inguelore, mas nada aconte-

A União Ruralista nem devia estar preocupada com shows, a função dela é fomentar o agronegócio... Mauro – A respeito disso, não quero detalhar, mas tenho dados sobre a tributação que incide sobre nós, sobre o que o governo está fazendo com o produtor rural... Adolpho – Ando preocupado e o Zé Altino fica falando que quero fazer alguma coisa porque estou ficando velho. Pode ser, mas, sinceramente, acho que as pessoas não podem simplesmente dizer: “Ah, estou defendendo minha classe, depois não quero nem saber...”. Ninguém quer nada! Mauro – Quero fazer uma correção sobre isso que você está falando aí. Quando o Lincoln perguntou sobre líderes rurais, hoje, em Valadares, vou responder: acho que o José Altino é. Ele é um político... José Altino – Converso com as pessoas...agora, sobre o que o Adolpho estava dizendo: vivemos uma vida até determinado ponto focados em suprir nossas necessidades. De repente, nos vemos numa idade que suprir nossas necessidades não é o mais importante. Precisamos suprir nossos desejos. Estamos na “tábua da beirada”. Adolpho – Nós, não. Você, Zé Altino... (risos) (A Lena começa a querer encerrar a entrevista) Lincoln – Mauro, como você vê a Univale, com o curso de agronomia em parceria com o setor rural? Você vê isso como uma coisa importante? Falta integração? Mauro – Acho uma boa pergunta. Por exemplo, eu acho que o curso de

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cia. Acho, até, que agora com a professora Ana Angélica pode acontecer alguma coisa. Lá na União Ruralista pode acontecer muita coisa nesse sentido, por exemplo, temos uma capineira onde o estudante pode ir, pesquisar, melhorar. Agora, acho que a Ana Angélica é bem intencionada, acho que ela está no lugar certo, está inteirada... José Altino – Essa parceria tem de ser incentivada. Mauro – Mas até então ela não deu certo. Durante a Exposição não aparece um aluno ... José Altino – Há que se perguntar a alguém da Univale por que tem sido assim. Mauro – Já participei de uma mesa redonda lá, onde coloquei essa questão. No momento todos disseram que a parceria seria importante. Mas não evoluiu. Esteve aqui em Valadares um pessoal lá de Juiz de Fora, querendo fazer transferência de embrião. Isso era uma das minhas metas. Então conversei com o pessoal, mostrei os currais, as instalações do Parque, e eles gostaram muito do que viram. Aí, entrou no circuito um professor baixinho da Univale. O negócio já estava quase fechado com a União Ruralista, esse camarada entrou, atravessou para levar para a Univale. Conclusão: não foi para a Univale e nem para a União Ruralista.

Lincoln – Há que se ressaltar que o Edvaldo, presidente da Fundação Percival Farquhar, é produtor rural. Acho que esse assunto vai surgir na reunião do Conselho Diretor. Mauro – Eu fui convidado e faço parte do Conselho Diretor. Márcio – Mauro, quando você não está trabalhando, como é o seu lazer? Como se diverte? Mauro – Vou para o Garfo, aos sábados, fico lendo jornal... estou cheio de câncer de pele... José Orlando – E sexta à noite? Mauro – Bebo com o Piscuira, no bar da Sãozinha. José Altino – Me lembrei de uma coisa: por que, durante a Exposição, não convidam alunos para trabalhar como voluntários? Mauro – É uma boa idéia, mas para este ano não tem mais vaga. Há vários estudantes de Uberaba, eles disputam, porque uma pessoa para ser juiz tem que estagiar como auxiliar de juiz. Os alunos vêm de Uberaba para isso... Agora, eu acho um absurdo o que a cidade, a comunidade, faz com a Univale. Por qualquer coisa já começam a falar que a Univale está quebrando. Parece que a Univale não tem o apreço da comunidade. José Orlando – Voltando à Exposição, que acho que voltou a ser sucesso, penso que o grande lance do Mauro e sua diretoria foi a terceirização. Quando terceirizaram atividades que eles não dominam, a coisa começou a fluir melhor. (Lena ameaça desligar o gravador para terminar a entrevista, um pouco pelo nível etílico de alguns participantes) Mauro (encerrando) – Acho que estamos no caminho certo, e com a ajuda de Deus vamos conseguir realizar uma bela Exposição Agropecuária. Junto com minha diretoria, vou continuar trabalhando para isso. Estou me sentindo orgulhoso de estar sendo entrevistado pela Movimento, e espero continuar contando com o apoio, não só dela, mas da comunidade toda, em especial dos produtores rurais.


FOTO: Ramalho Dias

Rua Bรกrbara Heliodora, 576 - Centro | Tel.: (33) 3225-1741 GV Shopping | Tel.: (33) 3272-4100 G o v e r n ad o r V aladar e s

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Os palhaços Patati e Patatá fizeram a alegria da festa

Os anfitriões Luciano Souto, Thiara e Clara Lis

Clara Lis, Luciano Souto, Thiara e Izadora

A bisavó Custódia

Vovó Geralda, Rúbia, Patatá, José Afonso, Ana e Bruna 28

Mateus, Júnior, Luciana, Vera, Luciano, Clara Lis e Thiara A bisavó Maria

Patati, Francisco Shimabukuro, conselheiro estadual da OAB - MG, Davi e Flávia

As tias Brenda e Bruna com Clara Lis

Thiara, Clara Liz, Luciano com Patati e Patatá


Os papais Luciano Souto e Thiara não pouparam alegria e carinho para comemorar o primeiro aniversário da foférrima Clara Lis, que deu show de simpatia do colo dos pais, dos avós e dos primos, lindinha de viver em uma roupinha inspirada no tema circense, com direito a cartolinha e colete, tudo em rosa e branco. A Terra dos Sonhos brilhou no colo-

FOTOS: Ramalho Dias

1 aninho de Clara Liz rido da decoração, que agradou a todos os convidados, que, além da família, incluíram a turma de professores da Fadivale. A grande atração da festa ficou por conta da dupla de palhaços Patati e Patatá, vinda especialmente para animar a noite de Clara Lis e das crianças. Mas os adultos também se deixaram encantar pela magia do circo e se divertiram pra valer com as brincadeiras.

Alegria dos palhaços Patati e Patatá contagiou as crianças

Momento dos parabéns com Geralda, Valéria, Luciano, Wilton, Thiara e Clara Lis

Clara Lis

Delegado Marcelo Rocha com Luciano, Clara Liz e Thiara

Os priminhos de Clara Lis

Adílson, Valêcia, Vanuza, Gabriel, Sérgio, Synara, Maria Eduarda, Luciano, Clara Lis, Denílson, Dante, Luciano, Thiara, Clara Lis, Davi, Francisco, Renata e Dilson Thiara, Vinicius, Mariana, Amanda 29


Parabéns

Élcio e Simone com o aniversariante

Aniversário

Inteligência rara e finesse do jornalista Marcos Mendes, que também contou idade nova e recebeu grupo de amigos íntimos em sua belíssima casa, para brindes com Champanhe. Mui chique!

Gentileza astral sempre altíssimo de Léo Da Vinte já bastavam para garantir o sucesso de seu aniversário, comemorado, como não poderia deixar de ser, na pista da Monalisa Jump Bar, que transformou - se no metro quadrado mais bonito e animado da noite.

Comemoração Os 20 anos da Sicoob Crediriodoce serão comemorados em grande estilo no dia 05 de junho, com a inauguração da nova sede da entidade. E motivos não faltam para tanta comemoração, afinal ao longo de sua existência, a instituição construiu uma relação de solidez e credibilidade, no mercado financeiro e junto à comunidade.

O chic Marcos Mendes

Lucas e Darkiana

Napoleão Sabino Jr.

DEBUT - Debutante moderna, Eduarda Almeida Wakabayashi Aliene e José Carlos Marsieiro

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Kurtinha, Gilmar Nascimento e Mendes

Valéria Alves, Daniel e Robson Almeida

usou vermelho para receber seus convidados, ao lado dos pais Carlos Wakabayashi e Miriam, e do irmão João Vítor. A festa, em grande estilo, movimentou a juventude no Buffet Champagne.


Reciclagem

Santa Maria

FOTO: Ramalho Dias

Destino correto dos resíduos de serviços de saúde

Empresária Maura Avelar que gerencia a Reciclagem Santa Maria em Governador Valadares

coleta, tratamento e destino final dos resíduos de saúde (popularmente chamado “lixo hospitalar”, mas que também é produzido por diversos outros tipos de estabelecimentos) são uma das maiores preocupações dos empresários e das autoridades sanitárias. Em Governador Valadares, a solução para este problema tem nome: Reciclagem Santa Maria. Instalada no Distrito Industrial da cidade desde agosto do ano passado, a empresa é a única licenciada pelos órgãos reguladores da atividade, com o aval do FEAM e da ANVISA. A empresária Maura Cristina Fernandes Avelar, uma das proprietárias e gerente da unidade da Reciclagem Santa Maria em Governador Valadares, explica como funciona a empresa: P: Qual é o serviço prestado pela Reciclagem Santa Maria? R: A Reciclagem Santa Maria que, há mais de 30 anos atua no mercado de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, oferece aos seus clientes o serviço de incineração de resíduos de saúde e

destinação final, como uma solução ambientalmente correta. P: E a empresa trabalha exclusivamente com resíduos de saúde? R: Não. Nós processamos e damos destinação também a resíduos industriais, produzidos por fábricas, postos de gasolina e similares. P: O que é a incineração? R: A incineração é uma forma segura, econômica e ambientalmente correta para a eliminação de resíduos contaminados e perigosos. Trata-se de um processo de tratamento de resíduos através da oxidação a altas temperaturas, um processo auto-sustentável de combustão, capaz de reduzir o volume dos resíduos em até 90%. Esse método diminui tanto o consumo de recursos naturais quanto o custo do processo, vantagem esta que é transferida ao cliente. P: De quem é a responsabilidade da incineração? R: De acordo com a Resolução RDC 306, de 07 de dezembro de 2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANVISA, todos os estabelecimentos que gerem resíduos de saúde, tais como farmácias, hospitais, clínicas de atendimento à saúde humana (consultórios médicos, odontológicos, laboratórios, clínicas de estética) e animal (clínicas veterinárias, petshops) são os responsáveis pelo correto gerenciamento de todos os resíduos por eles produzidos, desde o momento de sua geração até a sua destinação final, atendendo às normas e exigências legais. P: Como é realizado o serviço prestado pela Reciclagem Santa Maria? R: A Reciclagem Santa Maria está preparada para atendê-lo com rapidez e eficiência. Oferecemos os recipientes adequados para a coleta, buscamos os resíduos no endereço solicitado e damos a destinação correta. A estocagem e a manipulação são feitas em ambientes preparados para garantir a completa segurança do processo. Além do monitoramento de todo o procedimento, a incineração é controlada também pelo órgão ambiental estadual competente. P: Como é o processo de tratamento desses resíduos? R: O produto final do tratamento não fica na cidade. Nós recolhemos os resíduos nas empresas, incineramos, classificamos as cinzas e, de acordo com esta análise, elas são enviadas para um dos dois aterros apropriados para este tipo de resíduo. Um fica em Magé (RJ) e o outro em Betim (MG). A Reciclagem Santa Maria trabalha com alto padrão de qualidade, nossos funcionários e equipamentos estão rigorosamente dentro

das normas de segurança exigidas pelos órgãos competentes, e toda a água utilizada no processo é reaproveitada e nada volta para a natureza, ou seja, estamos também de acordo com a legislação ambiental. P: Como é feito o controle e segurança destes procedimentos? R: A Reciclagem Santa Maria funciona com a licença da Secretaria do Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD, seguindo recomendação do Decreto 74 do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM. Atuamos com autorização de funcionamento da Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM. Além disso, atendemos a resolução 316, que dispõe sobre os critérios para tratamento térmico de resíduos. A

Forno incinerador reciclagem Santa Maria garante uma atuação de qualidade e ambientalmente responsável. Por isso, podemos afirmar aos empresários que necessitam do serviço que podem contar sempre com nosso atendimento e nossa parceria.

Av. Industrial, 1735 - Distrito Industrial Governador Valadares/MG

(33) 3277-1222

www.reciclagemsm.com.br | gvaladares@reciclagemsm.com.br


Estilo & Elegância. Uma combinação poderosa que atrai todos os olhares, as atenções e agora também os clicks da Movimento, que passa a registrar os “looks” de quem se destaca, pelo figurino, por onde passa.

José Luiz e Valéria Esteves

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Ricardo Rezende e Alessandra

Celso Resende e Vanessa


A

Os 15 anos de Larissa Cruz Terra

noite de 04 de abril foi inesquecível para a linda Larissa Terra, que ao lado dos pais Afrânio e Rita Terra, recebeu elegantemente seus convidados no buffet Maristela Chisté. A alegria típica da juventude tomou conta da festa em que Larissa brilhou como uma princesa. O toque especial ficou por conta da presença dos familiares que vieram de Itabira, especialmente para brindar com ela.

Os pais com as filhas Carol e Larissa

A debutante Larissa Cruz Terra

Afrânio Terra, Larissa e Rita

O brinde da família à debutante Larissa

Os tios Beto, Diana, Valdio e Raquel, Cristiane e Larissa Lindamar, Samara e Larissa

Larissa e Carolina

Larissa e a avó Lia

Márcio, Larissa, Matheus e Carolina

Larissa, Juliana e Sophia

Anderson, Alex, Josiane, Adams, Larissa, Vó Leila, Arthur, Afrânio e Rita Larissa, Luizmar e Marcela

Camila, Juliana, Ana Clara, Larissa, Taís, Marcela, Natália e Camila

Matheus, Marcela, Marley, Caroline, Rita, Afrânio, Hélcio, Márcio e Larissa Larissa, Eliane e Gustavo Selma, José, Larissa e Lidyane

Márcia, Larissa e Amaro

Daniel, Cristiane, Sâmara, Larissa e Caroline

Larissa, Marcela, Anniele e Camila 33


Tê e Oswaldo e Kk Gontijo

Renato Leite e Tida, Kk Gontijo

A

bela KK Gontijo, publicitária e fotógrafa preferida de muitas noivas e debutantes, inaugurou seu estúdio fotográfico, recebendo clientes, colaboradores e amigos para brindes com champã e docinhos by Bel Oliveira, contando sempre com o suporte dos pais, Oswaldo e Tê, e da irmã Daniela. Uma alegria a mais para a família, que vibrou muito com o título, muito merecido, por sinal, concedido ao empresário Oswaldo Gontijo, agraciado com o “Mérito Industrial 2009” pela FIEMG, em noite de gala na capital do Estado. Além de sua competência à frente da Precoce, Oswaldo também é exemplo de cidadão engajado em causas sociais.

Mariana, Marcus Moraes, Kk e Sílvia

No café da manhã da Brasauto, a chiquérrima Leninha Quintão posou para as lentes da Movimento

Júnia, Renata, Kk e Daniela Gontijo

Roberta, Ricardo, Bidu, Kk e Daniela Andrade 34

Toninho Coelho e Érika


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Diretores da Unimed-GV: Manoel Arcísio, Carlos Eduardo Pimentel e Ricardo Rezende

Augusto Barbosa

Almyr Vargas

Dr. Ubirajara e Marilda

Carla e a mãe Marilac Barroso

O FOTOS: Ramalho Dias e Lena Trindade

prestígio do Dr. Carlos Eduardo Pimentel, presidente da Unimed GV e sua diretoria, fez com que a solenidade de sua posse, no salão nobre do Filadélfia, se tornasse um evento de sucesso, com a classe médica e autoridades comparecendo em peso.

Renato Fraga, Luiz Alberto Jardim e Josélia

Drª. Isabel e Paulo Petrucelli e Cristiane

José Luiz Felipe e Jacqueline 36

Dr. Rômulo, Sebastião Santiago e Arcênio Mendonça

Dr. Haroldo e Telma

Fernando Menezes e Anelize

Dr. Nilo Nominato e Marília

Oswaldo Murta e Poliana

Carlos Eduardo Pimentel e Ana Paula

Deputado Leonardo Dr. HomeroMagalhães Monteiro e Regina


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FOTO: Ramalho Dias


Dia dos Namorados Ah, amor... Como não celebrá-lo?

Sobre ele já versaram todos os poetas, já cantaram todos os trovadores, já se perderam reinos, venceram batalhas, mudaram o rumo da história. Do faz de conta para o cotidiano com menos ou mais glamour, com os arroubos juvenis ou madura serenidade, o amor se manifesta a todo tempo, a qualquer hora, a nossa mais perfeita conexão com a plenitude. O mais antigo e sempre renovador sentimento que é se sentir ENAMORADO!

Carlos Eduardo e Ana Paula

Alexandre Negri e Ana Angélica

Athos Pires e Elaine

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Célio Cardoso e Mírian

Manoel Arcísio e Cida

Edmilson Soares e Telma


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Celso Gama, Leonardo Monteiro e Edmilson Soares Edvaldo Soares, Ana Angélica e Almyr Vargas

Manoel Arcísio e Renato Frag

Giovane e Rogério Primo

Marcos Almada e Priscila

Inêz Soares

Pres. da CDL José Geraldo Prata e Edmilson Soares

Edimilson Soares com Augusto Mott Carvalho – Diretor do Pitágoras

Hélio e Osvaldo, Brasauto

EXPOLESTE 2009 - Incontestável a estrela do presidente da Associação Comercial, Ed-

mílson Soares. Na noite de lançamento da 12ª Expoleste, ele e toda a sua diretoria, já comemoravam a marca de mais 90% dos estandes comercializados. Auditório da ACGV foi pequeno para o tamanho do prestígio de Edmílson que recebeu seus convidados com impecável bufet de Célia Bitencourt.

Jander, Hélio e Sérgio Munhoz do Banco do Brasil Carlinhos e João Carlos, W3 Criação

Telma e Edmilson Soares Gabriel Milbratz, Ana Angélica e Drª. Euzana

Aline Gama, Mirian Cardoso 40

Paulo Lobato e Márcio Pereira

Aparecida Correia e Renata Lins

Luis Gustavo e Robson


ga

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As noivas que

brilharam

Emílio Cipriano e Fernanda

FOTO: Kk Gontijo

FOTO: Marquinho Silveira

FOTO: Kk Gontijo

Priscilla Graciolli

Josué e Marusa Machado 42

Daniela Andrade


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empresas e negócios

Visita de honra

De cabeça Otorrinolaringologia, cirurgia plástica facial e medicina estética. Sempre atualizado nessas áreas, o Dr. Marco Aurélio Linhares coloca à disposição de seus pa cie ntes n o IORL, entre muitas opções, algumas novidades: para tranquilidade das mamães e seus bebês. Já é possível realizar lá o “teste da orelhinha”. Para quem não abre mão da beleza, a opção é o tratamento de rejunescimento facial com laser e luz pulsada. O IORL fica na Rua Oswaldo Cruz, 125, Centro. Telefone (33) 3225-3344.

Saúde Bucal Atendendo por vários convênios, a Dra. Mara da Costa Fernandes trabalha com clínica geral em odontologia para adultos e crianças, tratamentos preventivos, prótese (total e removível), endodontia (tratamento de canal) e cirurgia de ciso incluso e semiinlcuso, atendendo inclusive aos sábados e feriados. Uma profissional dedicada.

Dinâmica Samara Garcia comemorando dois anos de sucesso em seu empreendimento “vida saudável” com suplementos nutricionais

Backstage Tecido de qualidade com matéria-prima selecionada e corte impecável são imprescindíveis em um bom terno. E na Backstage, o cliente mais exigente sabe que vai encontrar tudo isso, traduzido em uma perfeita seleção de marcas, entre as quais chamam a atenção a Individual e Dudalina, que valorizam o homem moderno, bem sucedido, clássico e de bom gosto.

A reitora da Univale, Profª. Ana Angélica Gonçalves Leão Coelho, visitou a Movimento. Acompanhada pela Assessora de Imprensa Hélida Patrícia, e pelo Gerente de Marketing Pedro Lucca, ela foi recebida pelos diretores da revista, Lena Trindade e Adolpho Campos, que receberam os cumprimentos pela passagem do Dia do Jornalista. As congratulações vieram acompanhadas de um delicado brinde: canecas personalizadas da Univale. A Movimento agradece.

Lançamento de livro Foi lançado durante o 21º Fórum Estadual da UNDIME/MG: “Os Desafios da Educação Municipal”, o livro da União dos Dirigentes Municipais de Educação de Minas GeProfª. Zenólia Almeida, Profª. Suely Duque rais – UNDIME-MG - “MERodarte, e Dr. Gilberto José de Resende dos MORIAL – Gestão 2005/ Santos 2009”, organizado e elaborado pela professora Zenólia Almeida, ex-secretária municipal de Educação de Governador Valadares e membro da Academia Valadarense de Letras de Governador Valadares.


Di Fatto

Ibituruna Photo Clube Os apaixonados por fotografia já têm seu ponto de encontro. Foi fundado em março deste ano o Ibituruna Photo Clube, uma entidade sem fins lucrativos destinada a apoiar e divulgar o desenvolvimento da arte fotográfica, disseminar conhecimentos fotográficos aos seus membros e à comunidade em geral, através de atividades culturais e educativas tais como cursos, seminários, palestras, exposições, publicações e tarefas afins. Na presidência do clube está o Dr. Wagner Quaresma Damázio, que tem em sua diretoria a companhia De Álvaro Portugal, Paulo Célio Figueiredo, Dr. Marcus Moraes e Daniel Coelho Ramos, entre outros sócios fundadores

O bom-gosto da proprietária Kellry Ornelas Cerqueira garante a beleza e conforto nas araras da Di Fatto, um dos destaques do movimentado trecho da rua Israel Pinheiro, chamado de “Savassinha” de Governador Valadares. Lá, é possível encontrar do básico ao chic, boas opções de moda para todos os dias e ocasiões. Vale a pena conferir.

Fattus: a marca dos pés Os empresários da Rabbit, José Luiz Coelho e Madalena

Rabbit Ficou um luxo o novo visual da Rabbit no GV Shopping. Para os clientes, mais beleza e mais conforto com a qualidade e o estilo de sempre em moda masculina. Sucesso mais que garantido.

Sob a direção da competente Dilene Nunes Coelho e a colaboração da gerente (e braço direito) Rose Morais, a Fattus Calçados desfila em sua vitrine um poderoso e tentalizante mix de produtos, recheado pelas marcas preferidas das mulheres que não dispensam uma boa dose de luxo e beleza aos seus pés: Chanclo, Orcade, Luiza Barcellos, Ferrucci, Dumond, Tabita e Século XX estão na lista, entre outras.

Campus da UNIPAC/GV está em pleno funcionamento Vem dançar Na Oficina de Dança da professora Jacqueline Pereira só não baila quem não quer. Para fazer bonito no salão, para se exercitar, para ficar mais feliz, a dança é tudo de bom, e proporciona benefícios físicos e mentais, além de ser uma encantadora forma de socialização. Democrática, a dança abraça diferentes faixas etárias e estilos. Quem conhece e começa a dançar, não para mais.

A Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) de Governador Valadares acaba de lançar uma nova campanha para que as pessoas conheçam a estrutura do Campus Vila Bretas, que já está em pleno funcionamento. Uma das novidades da campanha é o novo portal (hotsite) que disponibiliza vídeos e fotos dos modernos laboratórios, bem como informações sobre toda infra-estrutura do prédio (www.unipacgv.com.br). As inscrições para o vestibular terminam no dia 28 de junho de 2009 e serão ofertados os cursos de Administração, Enfermagem, Educação Física, Farmácia e Engenharia de Produção. A UNIPAC é uma universidade que não para de crescer e que veio para ficar.


JOSÉ ORLANDO de andrade

Dedetizando o Ego

A pele

O nosso problema é dizer o que o coração sente Fala Lupiscinio! Ultimamente tenho tomado Pisco Chileno, presente de amigos, o que me aproxima dos nossos irmãos latinos, que têm um ego maior e melhor que o nosso. Se o EGO fosse elemento geograficamente onipresente, seria fácil lidar com ele. Mas, o ego é uma coisa individualizadora e nos traduz a vontade alheia. Vontade de todos, menos a nossa... Quem viu “Persona”, de Bergman, sabe o que isso significa. Para quem não viu, aconselho viver uns três meses com os índios no Amapá. Ou faça Ioga! Ou beba Tequila (ou Pisco)! Ou mergulhe em Parati! Ou goze legal! Ou cante “Volare”! Ou olhe no fundo dos meus olhos e diga que você me ama e eu prometo que, do meu ego, arremeto uma bola procê.

Somos todos dermatologistas A primeira coisa que enxergamos no próximo é a pele. A cor. E o que detectamos com isso? Nada. Mas continuamos a balbuciar: Obama, o preto, banqueiros de olhos azuis, judeus malvados, Talebans loucos, Fidel o assassino e outras cositas más. Se você prestar atenção, a pele de seus filhos nem é muito parecida com a sua, não é? O sol procura queimar a sua pele, mas, você pode evitar isso, ou não. Escolhas são fundamentais. São tantas que às vezes nos perdemos. A diferença entre um menino, um lobo e eu, é que os dois primeiros acreditam em Papai Noel. Qualquer coisa é qualquer coisa, ninguém reclama se você é qualquer coisa, mesmo com a pele esticada.

P.S Se você soubesse o que eu sei, você seria diferente?

Portela: Tamborins Sangrentos Nós somos os batuques da vida Batucou, viveu! O batuque do samba e do tempo é cobiçado no mundo inteiro. Eu não entendo mais nada de nada, que por definição é nada. A solidão é a mestra de tudo. Se você olhar atentamente os meninos que tocam tamborim na Portela, verá que seus olhinhos procuram o Paulinho da Viola. Que já era. Os meninos da Portela já eram.

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Editorial New Wave Quem escreve, arrisca Quem não escreve, arrisca também, pelo menos a botar um ovo em pé. Se a sua alma estiver prestando atenção em ovos, be happy! Se não, preocupe-se. A vida corre pelos desenganos e não pelos enganos. Enganos são apenas maneiras de reconhecer nossos fracassos. Que também se enganam. Ser feliz não existe, mas estar feliz é uma questão de escolher entre ter fé e ser a fé.


turismo por Paula Greco e Adolpho Campos

Uma aventura chamada Governador Valadares

N

os últimos anos, ou até nas últimas décadas, vem se falando de Turismo em Governador Valadares, sem que, de fato, se tome uma posição clara no sentido de implementar seu desenvolvimento, mesmo sabendo-se da importância econômica do turismo em qualquer parte do mundo. Existe um vácuo sobre o tema, especialmente por parte do poder público. Entretanto, o potencial turístico de Governador Valadares e região é enorme, e mesmo sem incentivo algum um segmento importante do turismo vem se desenvolvendo, graças a iniciativas isoladas de alguns pioneiros. Trata-se do Turismo de Aventuras. Para exercê-lo é necessário, sobretudo, amor à natureza e à adrenalina que o gênero provoca, além, é claro, da supervisão de um profissional apto a levar o aventureiro por caminhos tortuosos, com a segurança necessária. Os pontos-chaves desse tipo de turismo, em Valadares, são os grandes cartões-postais da cidade: a Ibituruna e o Rio Doce. Mas não é só isso. Entre o rio e a montanha, e para além deles, tem muita estrada de terra, muita fazendinha, cachoeiras, afluentes, enfim, e várias variáveis que podem ser morro acima, rio abaixo ou vice-versa. De moto, de carro, de bicicleta, de canoa, de bote e até em cima de uma prancha de surf, sempre surge um jeito novo de explorar estes ambientes naturais, aventuras inesquecíveis para quem acha “a maior viagem” chegar ao destino molhado, sujo de lama, poeira e com alguns inevitáveis arranhões, que, invariavelmente, viram história para contar. Confira, algumas das formas de curtir essas maravilhas naturalmente radicais da nossa região: 47


turismo

Cachoeiras Para todos estes amantes da diversão radical, as trilhas, estradinhas e fazendas da Ibituruna e de toda a região oferecem um bônus sensacional. São incontáveis as cachoeiras que podem ser encontradas por estes caminhos. Nas maiores, alguma infra-estrutura (ainda que precária) oferece um pouco de agito. Nas mais escondidas, o negócio é o sossego, em paz com a natureza. Depois de acelerar, pedalar, remar ou simplesmente caminhar, é só escolher. E aproveitar.

Jet Ski Acelerando da terra para a água, quem não tem mar se diverte mesmo no rio. Os mais tranqüilos nas águas calmas, geralmente em torno da Ilha dos Araújos. Os mais audaciosos esperam ansiosos o tempo das cheias para se arriscar em saltos sobre as ondas que se formam nas corredeiras.

Caminhadas Da urbaníssima orla do Rio Doce na Ilha dos Araújos até as Trilhas da Ibituruna, o que não falta em Governador Valadares são lindos cenários naturais para quem gosta de caminhar. Para quem prefere pegar leve e ficar em terrenos planos, é possível ficar pela cidade. Mas os grandes aventureiros gostam mesmo é de pegar a estrada, e aí quanto mais difíceis as condições naturais, melhor para os adeptos do trekking de aventura, que inclui subir trilhas íngrimes, atravessar lagoas, descobrir cachoeiras e principalmente se integrar à natureza. 48


FOTOS: Divulgação

Canoagem “Berço” esportivo do atleta olímpico Sebastian Cuattrin, o Rio Doce, ao contrário do que muitos pensam, não é a única opção para a prática desse esporte na região. Os rios Suassuí Pequeno e Suassuí Grande também são águas propícias para a canoagem, podendo o canoísta se aventurar em corredeiras, ou simplesmente curtir as belas paisagens em torno das águas calmas.

Off Road 4X4 Jipeiros possuem uma irresistível atração pela lama, pelos buracos, e pelas difíceis condições de tráfego das estradas de terra. A tração 4X4 dos veículos é o combustível para procurar lugares cada vez menos acessíveis, o que é muito fácil de achar nas infinitas trilhas e estradas antigas que cortam a região, fazendo a festa da galera Off Road.

Mountain Bike

Moto (Cross Country e Off Road) O que é melhor? Espantar o estresse passeando pelas pequenas estradas de terra, passando por rios, cachoeiras, fazendas, “vendinhas”, com a possibilidade de comer uma fruta colhida no pé, comer uma autêntica comidinha da roça, ou acelerar forte morro acima (ou abaixo) nas muitas trilhas existentes na região, em uma pista localizada próxima ao centro da cidade ou saindo, em grupo, do ponto de encontro na BR-259, já conhecido dos trilheiros, distante cerca de 28 km do centro de Governador Valadares? Seja qual for a escolha, ela vem sobre duas rodas e cheia de opções para ser colocadas em prática.

Para passear ou fazer um Cross Country, as trilhas de Santo Antônio do Pontal, Santo Antônio do Porto e Córrego dos Bernardos são excelentes opções. Para os mais aventureiros, o Down Hill pelas pedregulhentas e rápidas trilhas da Ibituruna é fonte certa de adrenalina, e exige equipamento de segurança completo e em excelente condição de uso.

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Inauguração da Ford Brasauto em GV

Diretores da União Ruralista no café da manhã de lançamento da Expoagro 2009

A família Quintão: Rodrigo e Suelen, Leninha e Márcio Quintão, Melissa e a filha Sofia

Lançamento Expoagro 2009

H

á quase quatro décadas no mercado do Vale do Aço, o grupo Brasauto agora é também o “sobrenome” da FORD em Governador Valadares. A inauguração foi bastante prestigiada, com a sociedade valadarense marcando em peso. À frente do empreendimento, o empresário Márcio Quintão, que na cidade conta com a dedicação de seu gerente, Adriano Fortes. Gente que faz a diferença.

A

União Ruralista Rio Doce recebeu a imprensa com um delicioso café da manhã para anunciar as atrações da 40ª edição da Expoagro, que acontece entre os dias 04 e 12 julho. E pelo alto gabarito do que foi apresentado, o Parque de Exposições vai fervilhar não apenas com os shows – destaque na programação para a musa Cláudia Leite e os sertanejos do momento, Victor e Léo – e os rodeios da Cia. Paulo Miranda, mas também na programação de agronegócios, com leilões, julgamento de raças e concursos leiteiros. À frente deste superempreendimento, a classe e a competência do presidente Mauro Murta, uma chancela para o sucesso.

Paulo Miranda (Cia de Rodeio) e Mauro Murta Adriano Portes e Lívia

Tininho Machado e Juliana Tavares

O pres. da CDL José Geraldo Prata, Adriano, Márcio Quintão e Renato Fraga

Melissa e Jarbas Moreira e os gerentes Adriano Portes e Silvério Albuquerque


REPORTAGEM por Paula Greco

Quando pediu desculpas às feias e disse essa pérola – Beleza é fundamental – o sempre polêmico poetinha Vinícius de Moraes despertou a ira de muitas mulheres. Mas é preciso interpretar o poeta. Quem conhece sua vida e obra sabe que ele não

De uma boa maquiagem a intervenções cirúrgicas, inúmeras são as opções utilizadas – em especial pelas mulheres – em busca da

estava se referindo (apenas) a formas perfeitas e rostinhos de anjo. A beleza é algo que queremos permanente à nossa volta, em forma de arte, de móveis, de paisagens naturais e, sim, de gente. Na cultura que exalta a falsa modéstia querer ser bonito pode parecer fútil e superficial, mas deixando de lado esse tipo de convenção – felizmente, cada vez mais em desuso – não dá para negar que a beleza povoa o imaginário e o desejo da raça humana. Ela tem tudo a ver com auto-estima, com saúde, com disposição e alegria de viver. Gente bonita faz bem pra saúde. No contraponto desta afirmação estão padrões estéticos estabelecidos sabe-se lá por quem, de

culto excessivo à magreza, e de busca por uma eterna – e artificial – juventude. Os excessos existem, e são tão pouco saudáveis quanto a obesidade, o desleixo para com a própria aparência, para com a pele, e sobretudo com a máquina que movimenta e sustenta a alma humana e precisa se manter forte e bela. Um corpo são carrega, em geral, uma mente sadia, um poderoso conjunto para se realizar pessoal e profissionalmente. Pesquisar, ouvir profissionais da área e mergulhar neste universo amplo de formas, cores, desejos, verdades e mitos, proporciona uma diferente percepção do termo, quebra paradigmas a respeito da vaidade e dá uma conotação absolutamente nova às palavras de Vinícius, sobre o que há de fundamental na beleza

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REPORTAGEM

Saúde

é o que interessa

obre tudo o que envolve tratamentos estéticos, cirurgias plásticas, maquiagem e outros fatores ligados à beleza, há diferentes pontos de vista. Mas em uma coisa a concordância é geral: levar uma vida saudável é essencial e, o que é melhor, não custa caro e nem exige medidas espetaculares. Ao contrário, quanto mais simples melhor. Para isso, basta ter em mente três palavrinhas fundamentais: alimentação, exercício, felicidade. Comer bem e saudavelmente é um aprendizado diário. O “bê-a-bá” da boa alimentação todo mundo conhece, pelo menos na teoria: pelo menos seis refeições por dia divididas em porções balanceadas, muita fruta, verdura e legume diariamente. Comer sempre nos mesmos horários e com intervalos regulares. Não pular as refeições. Não comer com pressa, mastigar bem e devagar. Consumir preferencialmente alimentos naturais e integrais aos refinados e industrializados. A melhor comida é a crua, cozida no vapor, grelhada ou assada, ao invés de frita. As orgias gastronômicas, cheias de comidas gordurosas e calóricas ficam para o fim de semana com a família, ou para festas. No dia-a-dia, o correto é comer saudavelmente e seguir uma outra recomendação de 10 entre 10 especialistas: tomar muita água durante todo o dia. Exercitar-se também é preciso. Mas é sempre bom lembrar que uma boa malhação exige o acompanhamento de um profissional especia52

lizado. Uma boa academia é aquela que dispõe desses profissionais, que vão orientar quanto aos exercícios indicados, a roupa correta, os cuidados com alimentação e hidratação, antes e depois, e toda uma série de coisas que colaboram para melhores resultados. Para pessoas com restrições à prática de alguns exercícios, ou que necessitem de acompanhamento mais rigoroso, clínicas médicas e de fisioterapia também já oferecem programas específicos. E não existe desculpa para a inércia. Se o problema for não gostar de academia, a dica é praticar esportes ou danças: vôlei, tênis, futebol, basquete, natação, dança de salão, jazz, ballet. E se faltou o dinheiro da academia, o jeito é improvisar. Trocar o elevador pela escada, ir andando para o trabalho. Aliás, caminhar, em Governador Valadares, é praticamente um prazer. Não faltam belas – e planas – paisagens, para praticar exercício ao ar livre. O importante é se mexer. Exercícios trazem melhorias no corpo e na saúde, mas também trazem bemestar mental. Fugir do estresse, levar a vida com calma e leveza também são poderosos aliados de quem quer cultivar a famosa “beleza que vem de dentro”. A pergunta que não quer calar, no entanto, é: em meio a tantos afazeres e preocupações diárias, como fazer isso? Se não dá para abstrair os problemas, o jeito é dar a eles uma companhia agradável, ter um olhar (enquanto caminha na orla da Ilha, por exemplo), para os detalhes simples da vida, o encanto natural e gratuito de um pôr-do-sol, uma lua cheia, uma chuva forte. Gentileza na convivência diária, seja com as pessoas próximas, seja com aquelas pelas quais passamos rapidamente, também é uma arma poderosa. E que costuma ser contagiante.

Corpo

em evidência

D

e “dentro pra fora” a beleza vem assim, e é a responsável pelo brilho especial de um sorriso, por aquele “quê” impossível de definir, que não está nos traços do rosto ou no shape do corpo, mas torna as pessoas mais bonitas. O nome disso é charme, um galicismo que criou este sinônimo imperfeito para a bela palavra encantamento. Ser charmoso e encantador é muito bom, ser saudável é o que há de melhor na vida, mas em muitos momentos, naqueles em que a auto-estima praticamente pede para ser chacoalhada, não tem conversa. Cuidar da

A beleza em cores

T

oda ou quase toda mulher reconhece o poder de um bom make-up. Seja no dia-a-dia, no trabalho, ou numa festa, estar com uma boa maquiagem é o primeiro passo para uma mulher se sentir bonita. É claro que a quantidade de maquiagem, a cor do batom, o uso de brilhos, a ousadia ou a discrição vão variar de acordo com o local, o evento, o horário, o traje usado. Mas algumas dicas sobre tons e cores valem para qualquer ocasião. Os maquiadores trabalham com dois padrões para classificar os muitos tons de pele. A pele Dourada é aquela que se bronzeia facilmente e não fica vermelha com freqüência. As cores de maquiagem que mais combinam são marfim, bege, marrom,


beleza exterior faz parte sim. Quem vive descontente com o seu corpo não consegue ver a própria beleza. A harmonia do corpo depende de vários fatores: genética, cuidados com a alimentação, com a higiene, bom vestuário, prática de esportes, e por que não tratamentos estéticos e cirurgias plásticas? Opções não faltam. A tecnologia, a cosmecêutica e a medicina, colocadas a serviço da beleza, desenvolvem técnicas e produtos fantásticos para redução de medidas, rejuvenescimento, clareamento de pele, eliminação de pêlos e toda uma gama de coisas que há algum tempo só existiam no imaginário feminino. Botox, peeling, drenagem linfática, estimulação elétrica, massagens, lipoaspiração, lipoescultura, silicone, e mais um tanto de novidades que surgem a cada dia. Então, o que fazer? Nessa hora, duas coisas são essenciais para não cair em “barca furada”. A primeira é procurar profissionais gabaritados e éticos. Um bom médico, fisioterapeuta ou esteticista, sa-

berá indicar o tratamento ou técnica correto para cada caso, dentro de suas qualificações e competências. Também é preciso ter clareza sobre qual o resultado desejado. Quem não sabe o que quer não consegue ser bem orientado, e experimentar tratamentos por modismos pode acabar sendo uma experiência frustrante. Afinal, milagre não existe. Toda transformação estética é resultado de muito esforço, disciplina, dedicação, uma boa dose de sacrifício, e o acompanhamento profissional adequado. É preciso ter consciência também. De nada adianta ficar horas na academia e depois se acabar de tanto comer. Fechar a boca e ficar no ócio também não é o ideal. Combinar todas essas práticas saudáveis com as muitas variáveis que o avanço em tecnologia, medicina, fisioterapia e estética oferecem é tarefa que exige responsabilidade e comprometimento de ambas as partes. Mas quando isso acontece, não há como questionar os resultados. Fica tudo, literalmente, uma beleza.

dourado, terra, laranja e vermelho. A pele Prateada é aquela pele clara, que logo se queima e fica vermelha sob o sol. As cores de maquiagem que mais combinam são azul, prata, rosa, vinho, fúcsia, berinjela. Após identificar se a sua pele é dourada ou prateada, identifique se o seu tom de pele é claro, médio ou escuro. Isso é essencial para escolher o corretivo, a base e o pó. E aqui vão algumas dicas preciosas para a escolha e utilização destes produtos: Corretivo – usado para esconder espinhas, olheiras e manchas, deve ser um pouco mais claro que o tom da pele. Já a base e o pó devem ter o mesmo tom, da cor exata ou mais aproximada da pele. Sombra – as cores claras iluminam o olhar, e as escuras dão profundidade. Tons mais es-

curos nos cantos externos realçam os olhos. Rímel – pode ser chato de aplicar para quem não tem muita habilidade, mas é fundamental para dar o acabamento à maquiagem. Para o dia, basta uma camada. Na noite, várias, mas sempre mantendo o cuidado para não “emplastar” os cílios, que, na tendência atual, estão cada vez mais longos, nem que seja com o auxílio dos velhos e bons postiços. Batom – se os olhos já estão bem marcados, o batom precisa ser mais discreto, apenas para dar um brilho aos lábios. Neste caso, os gloss são as melhores opções. Aliás, um bom gloss é item básico, mais que necessário, na bolsa de qualquer mulher, a partir da adolescência. Já os batons vermelhos, poderosos, combinam mais com a noite, ou com aqueles momentos de ousadia, mas devem brilhar sozinhos, exigindo olhos discretos, apenas delineados, para a maquiagem não ficar carregada demais.

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Receita Bife com Pimenta e Limão INGREDIENTES 450g de filé mignon ¼ xícara de chá de pimenta com limão 2 colheres de chá de óleo de açafroa 2 colheres de chá de manteiga 1 xícara de chá de Molho de Cogumelo e Xerez 1/3 xícara de chá de coalhada MODO DE PREPARO Retire todo o excesso de gordura da carne e corte em bife. Passe cada bife na pimenta com limão. Numa frigideira grande aqueça o óleo com a manteiga e frite o bife até o ponto desejado. Enquanto frita o bife, leve o molho ao fogo numa panela. Junte a coalhada. Quando os bifes estiverem prontos, coloque nos pratos em que vai servir, despeje o molho por cima e sirva.

Bom apetite!

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