Ano 11 Agosto 20 0 9
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Textos:
ADVOGADAS Rosamélia de Souza L. Apolinário Cármem S. de Carvalho e Mônica R. Rocha Monte Alto
REPORTAGEM:
Um ciclo sem fim
ENTREVISTA:
Deputado Leonardo Monteiro
Entrevista:
Deputado Leonardo Monteiro Agenda de deputado federal, que tem votos em toda nossa região, à qual deve dar assistência permanente, não é simples. Por conta disso, a Movimento esteve monitorando o deputado Leonardo Monteiro, através de sua assessoria, durante pouco mais de dez dias, para conseguir marcar a entrevista. Enfim acertou-se o bate -papo para uma sexta-feira, às 16 horas. Nesse horário, os colaboradores José Altino Machado e Marcio Aguiar não puderam comparecer, mas por sorte tínhamos o José Orlando, que, sendo ex-colega do Leonardo, na Cenibra, estabeleceu uma boa “liga” com o entrevistado. E temos o Lincoln Byrro, que a cada dia se torna mais eficiente como entrevistador. Um craque. Estávamos, então, o José Orlando e o Lincoln, já mencionados, Lena e Adolpho, o deputado Leonardo Monteiro acompanhado dos assessores Poliana e Jaime, em torno de uma mesa, para a entrevista, animada e descontraída, que durou quase quatro horas. Leonardo, que se diz tímido, estava de muito bom humor e bem à vontade. Falou, entre outras coisas, de suas origens, sua trajetória política, de seu amor por Governador Valadares, cidade onde nasceu, e nos passou a sensação de ter gostado da entrevista, e de que a teria alongado, não fossem os outros compromissos. O leitor vai poder conferir tudo da página 20 à 26.
José Orlando
Lincoln Byrro Neto
EDITORIAL
Endereço: Av. Brasil, 3.277 - sala 6 Diretora: Lena Trindade Conselho Editorial: Márcio Aguiar, Lena Trindade e Adolpho Campos Jornalista Responsável: Francisco Luiz Teixeira - Profissional : 1305/MG Colaboradores: Adolpho Campos, Darlan Corrêa, José Orlando de Andrade, Zenólia de Almeida, Cláudia Giacomini, Paulo Greco e Marcos Mendes. Revisão: Tarciso Alves Diagramação: Alderson Cunha (Kila) Foto Capa: Marquinho Silveira Fotos: Ramalho Dias, Marquinho Silveira, Lena Trindade Impressão: Lastro Editora As opiniões emitidas em artigos assinados e declarados são de total responsabilidade de seus autores.
CONTATO Comercial: rmovimento@gmail.com (33) 3271-9240 | 9974-8892 | 8403-1434
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O empresário Bruno Maikel
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EXPEDIENTE Revista MOVIMENTO Cnpj: 03379370/0001-70
EU LEIO MOVIMENTO
Alguém ainda se lembra da “marolinha” do Lula? Poucos devem se lembrar, outros dirão que isso é assunto ultrapassado. No entanto a impressão que temos é que ela está entre nós. Foi chegando devagar...e ficou. Dias atrás, lemos na publicação institucional da CDL o editorial do seu presidente, José Geraldo Prata. Achamos perfeito para os tempos em que estamos vivendo. Dirá a maioria que era um editorial pessimista, mas nos pareceu correto e exato. Mas...Mas a Movimento, ainda assim, respira otimismo, vai à luta e vence as dificuldades. Aliás, uma das características editoriais da Movimento é o otimismo. Vamos em frente! Na presente edição, trazemos a entrevista com o deputado Leonardo Monteiro, que procura transmitir uma expectativa favorável para nossa cidade. A entrevista está muito boa e o leitor poderá conferi-la. Nossos colaboradores, além de talentosos, também são em geral otimistas e vocês o podem comprovar nesta e em outras edições. Temos, também, todas as seções permanentes, com destaque para uma ótima reportagem de Paulo Greco. A capa traz Dra. Raosamélia Apolinário, Dra. Mônica Perim e Dra. Carmem, e a matéria das páginas 6 e 7 detalha a atuação firme dessas personalidades. Bom proveito, e até a próxima. Se Deus quiser.
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Matéria da Capa Qualquer Coisa Adolpho Campos
Marcos Mendes As razões de Mário de Andrade
Paula Greco O “virundum”
Darlan Corrêa Abduzido
Suruba Entrevista Leonardo Monteiro
Marquinho Silveira Champanhe Empresas e Negócios José Orlando Cazuza
Turismo Turismo ecológico
Zenólia de Almeida Namasté
Reportagem Um ciclo sem fim
Receita
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Talento e profissionalismo ADVOGADAS ROSAMÉLIA DE SOUZA LIMA APOLINÁRIO, CÁRMEM SILVA DE CARVALHO E MÔNICA RIBEIRO ROCHA MONTE ALTO: PARCERIA QUE JÁ NASCEU VITORIOSA.
Dra. Rosamélia de Souza Lima Apolinário
Dra. Carmem Silva de Carvalho
OAB/MG 79.258
OAB/MG 72.798
Advogada graduada pela FADIVALE, é Mestre em Direito Público, PósGraduada em Direito Civil e Processual Civil, também Graduada em LETRAS pela UNIVALE. Tem Capacitação em Mediação e Arbitragem, além de inúmeras participações em congressos nacionais e internacionais. É Associada ao INSTITUTO PLANETA VERDE – com sede em São Paulo, e Associada ao IBDFAM INSTITUTO BRASILEIRO DE DIREITO DE FAMÍLIA. Além do exercício diário na Advocacia, também é Conciliadora/Orientadora do Juizado de Conciliação do TJMG, e Rotariana. 6
Advogada Graduada pela Faculdade de Teófilo Otoni, Pós-Graduada em Direito Civil e Direito Público, veio para Governador Valadares em 1996 e, desde então, vem atuando em diversas áreas do Direito, destacando-se em Direito Trabalhista Patronal, Direito de Família e Execução Fiscal, com maior afinidade pelo atendimento a empresas.
em dose tripla U
ma parceria bem-sucedida é aquela que reúne talento e competência de forma que eles se completem, trazendo benefícios tanto para as partes quanto para aqueles que usufruem desta parceira. Reunir todos esses ingredientes pode não ser fácil, mas quando isso acontece o sucesso é imediato. Trabalhando juntas desde o começo deste ano, as advogadas Rosamélia de Souza Lima Apolinário, Carmem Silva de Carvalho e Mônica Ribeiro Rocha Monte Alto personalizam com exatidão esse tipo de parceria. Todas com mais de 10 anos de carreira bem-sucedida, com áreas de atuação diversificadas e personalidades diferentes, elas se completam, trocam idéias e conhecimento. Para elas, oportunidade constante de crescimento profissional, para os clientes que as procuram, a certeza do melhor atendimento, seja qual for a área jurídica na qual se encaixe o caso. As advogadas Rosamélia, Carmem e Mônica já se conheciam há alguns anos, devido ao convívio no ambiente jurídico. A vontade de trabalharem juntas também não é recente, mas somente no começo deste ano é que este encontro profissional pôde ser concretizado através de uma Sociedade de Advogadas, devidamente legalizada, com escritório bem estruturado, salas amplas e instalações modernas, além de um rico e diversificado acervo jurídico, que assegura um atendimento
especializado, tanto a pessoas físicas quanto a pessoas jurídicas. Apesar de ser uma sociedade que se concretizou relativamente há pouco tempo, é nítida a satisfação delas com o trabalho, que, na opinião geral, ganhou em produtividade e qualidade. Esta parceria trouxe um diferencial para o atendimento aos clientes, pois, além da experiência em diversas áreas do direito, cada uma das advogadas se destaca em uma área específica. Rosamélia Apolinário atua mais nas áreas do Direito Processual Civil em geral, com afinidade ao Direito de Família, Infância e Juventude e Execuções, e no Direito Público, presta consultorias a prefeituras da região. Carmem de Carvalho atua na área de Direito Empresarial e Trabalhista Patronal. Mônica Rocha tem vasta experiência na área do Direito Imobiliário, atuando também nas demais áreas cíveis. Observá-las “em equipe” dá a perfeita compreensão dos motivos pelos quais a parceria já nasceu vitoriosa. Comungando valores e conceitos, elas são três mulheres guerreiras, inteligentes, dedicadas às suas carreiras e também às suas famílias, cidadãs engajadas e participativas. Profissionalmente, compartilham da fé na profissão e no entusiasmo com o qual exercem a advocacia, dedicando-se pessoalmente aos seus clientes, com competência e atenção.
Dra. Mônica Ribeiro Rocha Monte Alto OAB/MG 68.639
Advogada graduada pela Fadivale, tem PósGraduação em Direito Civil, participou de cursos e congressos da Associação Brasileira de Advogados do Mercado Imobiliário, tendo se especializado em Direito Imobiliário e Contratos, advogando há 10 anos para empresas da área imobiliária.
Rua Marechal Floriano, 600 - Sl. 306/307 - Ed. Montenegro - Centro - Governador Valadares - MG (33)
3271-9100 | 3084-1821
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QUALQUER QUALQUER COISA
Sherlock O
casamento vai acabar, pensava Levon, no trabalho, diante do computador, matutando como seria quando chegasse em casa. A carência doentia da Ritinha estava matando a relação dos dois. Levon, um solteirão convicto, se apaixonara por Ritinha, que era, de fato, uma gata, e a paixão o levou ao casamento, coisa que ele, até então, não admitia. Ainda durante a Lua de Mel, Ritinha começou a sufocálo, sem dar-lhe nenhum espaço que não fosse partilhado com ela. Instalaram-se, depois, num pequeno e confortável apartamento em um bom bairro da cidade. O comportamento de Ritinha passou de doce a meloso. As coisas se davam assim: ele se sentava na sala para ler os jornais, Ritinha reclamava: “Queridinho, você fica lendo e se esquece da sua Princesa, - ele a chamava assim, quando namorados vou colocar uma música romântica”. E lá vinha Roberto Carlos. Ele parava de ler, o am-
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biente invadido de “Emoções.” Ela enternecida, olhos lacrimejantes: “Não é lindo?!”. Levon, deitado, relaxava, abria os braços na cama,. Imediatamente a mulher se colocava ao lado, bem junto, a cabeça deitada no braço dele. A mão começava a ficar dormente e ele tentava mudar de posição. Ela: “Está vendo?! Você não gosta mais de mim, não quer que eu fique juntinha, não me ama”. - Não é isso meu bem. Minha mão dormente. Quando o episodio se repetia, ele ficava inerte, com os dedos “formigando” de dormência, segurando a onda, firme, para não ter que ouvir as lamurias da Ritinha. Às vezes, tentando ter um espaço para si, entrava no banheiro com o jornal, a revista ou livro, sentava no “trono” e...lia. - Benhê, vai demorar? - ela gemia. Ele desistia de ler. Tomar um banho. Quando abria o chuveiro, ela ouvia o ruído da água, chegava bem perto da porta, sussurrante: - Tá vendo? Nem tomar banho juntinhos você quer mais. Se você me ama de verdade, abre a porta para nosso banho a dois. Ultimamente ele não relaxava. Deitava-se com os braços sobre o tronco, pois qualquer vacilo seria fatal. Pensava...”ah, a solteirice, quando morava com os pais, que, liberais, o deixavam até levar as namoradas para dormir em casa. Agora era mãos dormentes, dedos “formigando”, dia sim e outro também. Saindo do escritório, já indo para casa, teve uma idéia que lhe pareceu brilhante: parou numa Pet Shop, encontrou um filhote de Poodle branco, comprou-o para Ritinha - a mulher gostava de animaizinhos fofos - e se foi, levando aquela fofura que ele imaginava ser a salvação do seu casamento. Ritinha dividiria, agora, sua carência afetiva. Instalou a fofura no assento dianteiro do carro, dentro de um cesto acolchoado. A caminho de casa olhava, as vezes, para o bichinho peludo ao lado dele. O bichinho olhava para ele. Numa dessas trocas de olhares, Levon imaginou ter percebido nos olhos do Poodle uma expressão de “Não vai dar certo.” Batizou o cachorrinho, ali mesmo, de Sherlock.
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Marcos Mendes * Marcos Mendes é jornalista, Mestre em Comunicação Social , professor da Univale
As razões de Mário de Andrade os seis primeiros meses desse ano as duas casas legislativas federais ( Câmara e Senado) protagonizaram uma série de escândalos, o que aliás não é nenhuma novidade. Desde o início de fevereiro, janeiro é mês de férias e julho tem recesso, podem ser listados 32 episódios, numa onda de escândalos que até agora não resultou em punição para nenhum deputado ou senador, e que dá uma média mensal de 6,4 escândalo. A responsabilidade pelos problemas recaiu apenas sobre a parte mais fraca: servidores e empregadas domésticas. Levantamento publicado pelo jornal Folha de São Paulo, em 19 de julho, constata que, além de não produzir nenhuma responsabilização para os autores dos escândalos, Câmara Federal e Senado tiveram , respectivamente, uma queda de produtividade de 18% e 10%. Definitivamente a crise também atingiu o Congresso Nacional. Num cenário de corrupção, nepotismo e corporativismo, onde os “conselhos de ética” acabam sempre absolvendo os pares envolvidos, dos 32 casos, 23 tiveram medidas parciais de correção e nove ainda estão impunes. A sucessão de escândalos teve início no dia 4 de fevereiro. A Câmara se viu envolvida com o “castelogate”, que revelou que o recém-eleito corregedor da Câmara, deputado Edmar Moreira, escondeu da Justiça um castelo avaliado em R$ 25 milhões e pagou com a verba indenizatória seguranças contratados de sua própria empresa de segurança. Moreira foi absolvido pelo “Conselho de Ética” da Câmara. No Senado, o estopim foi a reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo, de 2 de fevereiro, revelando que o então diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, também escondia da Justiça sua casa em Brasília, avaliada em R$ 5 milhões. Com a queda de Agaciel, disputas internas ajudaram a abrir a “caixa preta” do Senado, o que possibilitou revelações surpriendentes. A existência de atos secretos no Senado revelada pelo jornal O Estado de São Paulo, mostrou a gravidade da situação; nomeações políticas, salários exorbitantes, pagamento de horas extras em pleno recesso parlamentar, pagamento de auxílio moradia a parla10
mentares com residência em Brasília, e mais uma série de benesses. Num Congresso leniente, vale a pena relacionar os principais capítulos dessa novela que sabemos qual será o final e que nós contribuintes patrocinamos: seguranças do Senado trabalham para José Sarney no Maranhão; diretores do Senado empregavam parentes através de empresas terceirizadas; o Senador Tião Viana emprestou o celular do Senado à sua filha para viajar ao México, a conta foi de R$ 14,7 mil; empregadas domésticas de pelo menos três deputados eram contratadas como funcionárias do Senado; senadores usam a gráfica do Senado para imprimir livros de autopromoção; deputados e senadores deram passagens de sua cota para amigos, parentes e aliados, alguns gabinetes as comercializavam; mais de 600 atos não foram publicados como manda a lei, a maioria era de nomeações; mordomo da ex-senadora Roseana Sarney é pago pelo Senado; José Adriano Sarney, neto do presidente do Senado, José Sarney, era um dos operadores da venda de crédito consignado no Senado; senador Collor de Mello usou verba indenizatória para comprar refeições para seguranças da Casa da Dinda; Senado movimenta três contas bancárias paralelas; senadores ignoram súmula do Supremo Tribunal Federal e empregam parentes; 83% dos funcionários dos gabinetes dos senadores não têm concurso, muitos são apadrinhados políticos. Diante de tudo isso fica a perplexidade e a indignação que não quer calar: será que se não houvesse tantas mordomias, altos salários, gordas verbas indenizatórias, auxílios, verbas para contratação de “funcionários”, cotas de passagens aéreas, etc, etc, etc haveria interesse de tantos se proporem a “representar” o povo? Será que se todas essas mordomias não existissem e houvesse sistemas de controle eficazes, todos os que estão em Brasília, por três dias por semana, se disporiam a encarar as urnas e a opinião pública? Com tudo isso, Mário de Andrade, referencial da Semana Moderna de 1922 e um dos maiores nomes da literatura nacional, continua tendo razão ao identificar um tipo de brasileiro como Macunaíma, o herói sem nenhum caráter.
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Os muitos benefícios da Acupuntura A
fisioterapeuta Fernanda Dorsch Rodrigues Fialho tem quase 16 anos de trabalho dedicados à acupuntura. A opção veio ainda na faculdade e a partir daí, Fernanda não apenas direcionou seus estudos, mas também buscou especializar-se, estudando três diferentes escolas de acupuntura. Utilizando-se dessas técnicas, ela aplica o que chama de Acupuntura Sistêmica, um tratamento com alto índice de sucesso na cura de tendinites (inflamações nos tendões, músculos e ligamentos), esgotamento físico, insônia, estresse, problemas respiratórios (como asma, bronquite e rinites), dores de
Fernanda Dorsch Rodrigues Fialho Fisioterapeuta
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cabeça crônicas e enxaquecas, além de problemas ligados à saúde da mulher, como TPM, cólicas e diminuição dos sintomas da menopausa. Ao contrário do que muita gente imagina, a acupuntura pode ser indicada para crianças – geralmente a partir dos onze anos. Pacientes com doenças crônicas também conquistam uma melhor qualidade de vida com a prática de sessões regulares. E, além dos sintomas primários, a acupuntura costuma aliviar outros desconfortos, pois trabalha o equilíbrio das energias do organismo de uma forma geral, garantindo bem-estar e mais saúde.
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CLÁUDIA GIACOMINI Mestre em Ortodontia Especialista em Prótese e Oclusão Dentária Pós-graduada em Ortodontia Pós-graduada em Odontologia do Sono
Ruídos noturnos são normais? O primeiro relato literário sobre ronco e SAHOS (Síndrome da apnéia e hipoapnéia obstrutiva do sono) de que se tem notícia foi em 1837 em um romance francês, onde em um indivíduo que estava dormindo de barriga para cima e emitia um som pela boca, o escritor observou que muitas vezes o personagem estava tomando um susto ou ainda tinha a sensação de sufocamento. Você já observou essa cena na vida real? Embora culturalmente convivamos com o ronco dos avós desde criança, sabe-se que hoje o ronco é muito mais que um barulho, é uma doença, que atinge cada vez mais pessoas jovens, evoluindo gradativamente e tornando-se muitas vezes um sintoma da SAHOS. Relatos da esposa insone, de noites mal dormidas, muitas idas ao banheiro (noctúria) sem um sono reparador são comuns. Importante é entender que o ronco não é um ruído inofensivo. O indivíduo que tem ronco primário ou apnéia leve ou moderada, é um forte candidato a desenvolver outras patologias ou ainda agravando-as. Sabe-se hoje que a SAHOS está relacionada com outras morbidades (doenças) e que pessoas portadoras dela têm 7 vezes mais chances de sofrer um acidente automobilístico, tornando-se, portanto, uma questão de saúde pública. Você se identifica com essa cena? Normalmente o ronco não é tratado como uma doença, e sim como um fato normal da convivência conjugal. Entretanto, sabe-se que não é “normal” o maior estra-
go que o ruído produz na vida do indivíduo é nas relações afetivas. Quantos casais dormem em leitos diferentes? Quantos casais deixam de viajar, pois terão que enfrentar a dificuldade de dormir juntos? “Quantos amigos já falam “não quero dormir com fulano” nas viagens de negócios? É possível mudar este contexto. O indivíduo que procura ajuda com certeza está fazendo a escolha certa. Fazer uma opção pela vida saudável tanto física quanto social, é uma atitude sensata.
Curiosidade Uma nova pesquisa da Universidade da Califórnia, San Francisco indica que pessoas com problemas respiratórios e ronco pesado durante o sono queimam mais calorias enquanto dormem.
Responda essas perguntas: Você já foi alvo de piadas nas viagens de férias? O (a) seu parceiro(a) já reclamou que você ronca? Você está obeso(a)? Tem casos de Apnéia ou Hipoapnéia na sua família? Já sofreu preconceito profissional e de amigos porque você ronca? Caso a maioria das suas respostas tenha sido sim procure ajuda. Não considere normal roncar.
Tratamento Colocar um aparelho intraoral confeccionado por profissional habilitado reposicionando a mandíbula do paciente para frente liberando a passagem do ar tem sido o tratamento de eleição para os casos de ronco primário, apnéia leve a moderada. Somam-se aí os esforços pessoais de mudança de hábitos, sendo os resultados muito satisfatórios. Trate seu ronco e tenha noites de sono mais tranqüilas para você e para sua família.
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PAULA GRECO
O “Virundum”
E
stava difícil de sair a pauta para esta matéria. Pensamos em literatura, cinema, música, viagens, e nada! Comecei vários temas e me perdi em todos eles. A alguns ainda quero voltar, mas não é o que vem ao caso agora. O que interessa é que a salvação da pátria (com o perdão pelo trocadilho temático muito sem graça) veio do Adopho, que me emprestou a edição de julho da revista Piauí, e me disse que ela seria inspiradora. Bingo! Depois de ler as duas matérias indicadas por ele, fui “começar do começo” e parei já na primeira página. Gente, onde eu estava com a cabeça para não saber que nosso lindo, emocionante e complicadíssimo Hino Nacional está completando 100 anos? Antes de mais nada, preciso registrar: eu adoro o Nino Nacional Brasileiro. De verdade. Acho poético, acho bonito, melódico, um tanto quanto barroco, e uma perfeita mostra do quanto nossa língua portuguesa pode ser rebuscada e de difícil compreensão. E, ainda assim, belíssimo. E falando em Hino Nacional, a pergunta mais manjada, aquela mesma que nunca se cala, é: você consegue cantar o hino todo, sem tropeçar na letra? É possível, mas, convenhamos, é uma missão inglória. Aliás, lendo a Piauí a gente passa a ter uma idéia dessa dificuldade. Afinal, são oito estrofes e 49 versos da intrincada construção gramatical usada pelo poeta Joaquim Osório Duque Estrada, divididos em duas partes de melodia repetida. Assim fica mesmo fácil fazer confusão. Enquanto lia, fui me lembrando de um episódio que, coincidentemente, logo a seguir, a matéria também citou. Anos atrás, a apresentadora Olga Bongiovanni criou um quadro no programa que ela comandava nas manhãs da Band, com um prêmio para quem cantasse o Hino todo, sem errar e sem titubear. O prêmio começou em R$500, e foi se acumulando semanalmente até chegar em impressionantes R$19 mil. Então, alguém cantou tudo certinho e descobriu que as antigas aulas de “Moral e Cívica” também podiam ser lucrativas.
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Na época, muito me confortou saber que eu não era a única que tropeçava entre “Brasil um sonho intenso um raio vívido” e “Brasil de amor eterno seja símbolo” sem saber qual ia na primeira ou na segunda parte. Lendo a matéria da Piauí (que revista maravilhosa, diga-se de passagem) me confortou saber que não é só o Brasil que tem problemas com seu hino. Rússia, Alemanha e Grécia sofrem com letras grandes e versos que, com o tempo se tornaram pouco apropriados. Para os Gregos, a solução quanto ao tamanho do hino foi cartesiana: de 158 estrofes originais (o que deixava o nosso parecendo cantiga de criança) foi criada uma versão muito econômica de apenas 36 palavrinhas divididas em duas estrofes. Queria ver a Olga Bongiovanni fazer concurso de cantar hino por lá... Aqui no Brasil, o tamanho da letra também gera controvérsias. Fala-se até em unir as duas partes em uma só, já que a melodia se repete e em muitos eventos ele é cortado na metade, exatamente por isso. Eu, particularmente, me preocupo mais com a linguagem que com a extensão dos versos. Muita gente os repete ao longo de toda a vida sem saber ou se atentar para o que está cantando. O rebuscado português permeia a letra do hino de palavras que hoje estão no mais completo desuso, como lábaro, fúlgidas e garrida (quem, quando criança, nunca cantou do que a terra “margarida” no lugar de mais garrida?). Me lembra uma história contada pelo papai, de quando ele era criança, lá no Vale do Jequitinhonha, e um dia a professora da escola reuniu a criançada no pátio para mostrar ao novo diretor – vindo da capital – o quanto estavam todos “afiadinhos” nas demonstrações de civismo. Quando ela concedeu ao diretor a honra de conduzir o coro, e ele pediu que cantassem o Hino Nacional do Brasil, ficaram todos mudos, como se não soubessem do que se tratava. Então, a entusiasmada professora assumiu as rédeas da situação. “Vamos lá, gente, vamos cantar o “Virumdum”. E a garotada, a plenos pulmões, “O virudum Piranga as margens plácidas...”. Só acredito porque foi meu pai quem contou.
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começar do “zero” o processo natural de amadurecimento. Único médico a realizar este procedimento na região, o Dr. Luís Gustavo Rodrigues da Costa estudou a técnica com o médico que a desenvolveu, e tem recebido em seu consultório cada vez pacientes de várias cidades vizinhas, como Ipatinga, Caratinga e Teófilo Otoni, que buscam o tratamento, recomendados por quem já o fez e mostra, literalmente, “na cara”, as notáveis diferenças.
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Darlan corrêa
ABDUZIDO Contos extraordinários
T
avinho era um tilelê, um sujeito com mania de comida natural, com amor ao meio ambiente e com modos politicamente corretos. Era profissional bem sucedido na área de marketing. Nos fins de semana ia para seu sítio na Ibituruna, e ficava contemplando a natureza. Tomava chá verde com gengibre, fumava um cigarrinho de palha, ouvia mantras indianos, executava a posição de Lótus e meditava. Numa noite sem lua, ficou meditando de frente para a lagoa, ouvindo o som dos grilos... Repentinamente, uma intensa luz surgiu no céu, quase cegando o nosso herói. Um imenso objeto voador, cheio de luzes coloridas, jogou um poderoso foco sobre Tavinho. Este conversou com os visitantes extraterrestres sem emitir palavras. Eles o convidaram para ir conhecer seu planeta, que fica em outra galáxia. Tavinho Tilelê topou na hora! Assim, viajando numa velocidade estonteante, percorreu o Universo conversando telepaticamente com seus bondosos captores. A namorada de Tavinho tomou um susto, quando chegou ao sítio e não encontrou o seu amor. Os vizinhos declararam que o rapaz havia passado todo o fim de semana no sítio, mas que sábado à noite, todos os cães da região ficaram muito irritados e uma imensa bola de luz desceu sobre a lagoa. O evento não durou quinze minutos. Quando cessou tudo voltou ao normal, só Tavinho havia sumido... Manchete no DRD, matéria nos telejornais: PUBLICITÁRIO ABDUZIDO? Passados trinta dias, a família estava reunida para discutir o que fazer... Aparece Tavinho! Alívio, alegria, espanto, incredulidade... Tudo ao mesmo tempo... Houve quem desmaiasse quem dissesse que tudo não passava de mais uma esquisitice de nosso excêntrico personagem... A namorada de Tavinho sapecou-lhe um beijo de filme, que foi correspondido com entusiasmo algo exagerado. Após os trâmites da chegada, o pródigo deu a sua explicação: “Fui abduzido sim! Os extraterrestres eram uma versão evoluída da humanidade. Estavam passando em nosso sistema solar e visitaram a Terra em missão de estudo... Nós somos modelos para que eles não repitam os erros do passado. Simpatizaram comigo, na posição de Lótus, ali na beira da lagoa, e se espantaram por conseguir se comunicar tão facilmente comigo, sem usar palavras... Acho que a meditação me favoreceu, sei lá... a verdade é que me chamaram e eu fui... 16
A viagem interplanetária não diferiu muito do que a gente vê nos filmes do tipo Star War, só que sem raios destruidores. Chegando lá, era um planetinha prateado, com uma temperatura amena. Não há divisão de países, todos são irmãos e não há barreira de língua, todos se comunicam pelo pensamento – não há, portanto, espaço para a mentira e hipocrisia. Segundo me fizeram entender, há três milênios, não há uma guerra no planeta e as armas de qualquer espécie estão extintas. Perguntei (tolo que sou): “e se outros planetas quiserem invadir vocês?”. Todos riram, de maneira misteriosa. Ao que parece, não há planeta no universo com tecnologia para isso. Como não existem armas, o exército só continuou existindo para ajudar as populações, no caso de desastres naturais. A criminalidade praticamente sumiu do Planeta Prateado. Não há desemprego e os salários são justos, proporcionais à escolaridade das pessoas (não há crianças fora da escola). Portanto, sem desemprego e sem injustiça social, a criminalidade é reduzido e os criminosos não têm armas. No Planeta prateado as drogas são proibidas, mas há quem queira fugir da realidade! Não existem traficantes, já que o narcotráfico não dá lucro... Os remédios são de graça e o sistema de saúde é justo. Nunca se ouve falar de filas em hospitais... Foi há quinhentos anos o último acidente de trânsito! Simplesmente por que ninguém desrespeita as leis!!!! Eles também resolveram questões como corrupção e o mau uso do dinheiro público. Há até uma estátua para o último corrupto (para que ninguém se esqueça deste mal). Lá não tem fome, câncer, DST, asma e alergia... A média de vida é de duzentos anos. A poluição inexiste e a camada de ozônio é íntegra. Não há conflitos religiosos no Planeta Prateado, todos têm liberdade de culto e se respeitam. Fiquei andando por lá durante um mês... “Quase pedi para ficar...”. Todos, espantados com o relato, perguntaram em uníssono: “E por que não pediu?”. “Bom, não falei que lá não tem DST? Isso acontece porque a procriação é 100% feita por clonagem ou inseminação artificial... E o sexo por fazer? Há dois mil anos o sexo é feito por telepatia! Pedi para voltar na hora!!!”.
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SURUBA Adjetivo: bom, excelente, forte, supimpa. Sf: grande cacete, bengalão. S. chulo: namoro escandaloso. S. chulo: orgia sexual em que participam mais de duas pessoas; surubada, bacanal.
O senador A Folha de São Paulo deveria cancelar a coluna que José Sarney escreve no jornal às sextas-feiras. É uma agressão quando sabendo-se das safadezas do senador, ele escreve no seu texto “Uma vela de fé”: “Na semana que passou houve a celebração de Pentecostes, quando o espírito de Deus, como uma “língua de fogo” desceu sobre a terra”. Muita cara-de-pau! Do mesmo: Este espaço jamais pode ser usado para assuntos pessoais. Aqui não tenho o Senado para atrapalharme, e sim gosto de escrever. José Sarney
Pesquisas revelam que sexo oral diminui riscos de câncer nas mulheres. Mas pode dar cãibra.
Do M.C. Fábio Luiz, do grupo de rap/ hip hop Mzuri Sana, que criou a Opera Obliqua, um trabalho inspirado numa personagem de Dom Casmurro, de Machado de Assis: “Misto de tragédia grega [e novela das oito. Coito interrompido quando o pai [bate na porta. O diretor diz: “ corta, mas a [vida continua”. Uma mente como a sua [deve pesquisar meus versos.”
Frei Betto
Diálogo Oxalá a minha vida seja sempre isto (...) Sentir a vida correr por mim como um rio por seu leito. Fernando Pessoa.
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A vida continua
O ser humano padece de duas limitações insuperáveis: defeito de fabricação e prazo de validade.
Alguns homens envelhecem com dignidade. Outros se tornam velhos safados.
Cãibra
adolpho campos
- Fiz tanta merda na vida! - Espero que ao menos tenha aprendido alguma coisa - Aprendi sim. Aprendi que é assim mesmo.
ADOLPHO CAMPOS
beto sartori
Sina
Da mulher do Rubinho Barrichello: “Amo primeiro meus filhos, o Rubinho tá em segundo”.
Barbas de molho
Insone Deitou-se, e dezenas de pernilongos assaltaram suas mãos, seus braços, seu rosto. Reclamou á gerencia. Enviaram uma camareira que aspergiu algo no ar, e recomendou que ele ficasse de luzes apagadas. Sumiram os mosquitos. Ele, já entre dormindo e acordado, viu pontinhos de luz no quarto - vaga-lumes - e pensou sonolento:”...voltaram com lanternas”.
Professores da Unib - Universidade Ibirapuera entram em greve por causa de atrasos de pagamentos. A Unib perdeu metade de seus 12 mil alunos nos últimos dois anos e a inadimplência está na casa dos 50%. Na Universidade São Marcos a inadimplência chegou a 60%. Professores em greve.
“Sandwich” Lula na Arábia Saudita fala para a mulher: “Marisa, está chegando a comitiva de Beirute”. Ela respondeu: “O meu eu quero com rosbife”.
Voar é com os pássaros A queda do avião da Air France, no Atlântico aumentou o medo das pessoas de voar. Vinicius de Morais achava que não podia dar certo um troço que voa, tem motor a explosão é mais pesado do
que o ar, e foi inventado por um brasileiro. Para os medrosos, recomenda-se ansiolíticos ou álcool. Ou não voar, como faz Oscar Niemeyer, que tem 102 anos.
Valesca e Lula se conheceram no Rio, no Complexo do Alemão, onde ele foi inaugurar uma escola. Resultado:
Funk do Lula Valesca Popozuda
Conheci o Lula no Complexo do Alemão E ele não tirou o olho do meu popozão. Com todo respeito, senhor presidente, o senhor gostou de mim e seu olhar não mente Mas, senhor presidente, meu papo é outro. Sou popozuda e represento a voz do morro. Luiz Inácio é do povo e escuta o que ele diz. A favela tem muita gente que só quer é ser feliz. Que Dilma que nada, me leve pra Casa Civil. Vou por som na caixa e balançar o quadril. O funk não é problema, para alguns jovens é solução. Quem sabe algum dia viro ministra da Educação.
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Leonardo Monteiro Eu quero ser prefeito da cidade
Adolpho – O leitor, naturalmente, que saber onde você nasceu. Leonardo – Nasci no município de Governador Valadares. Meu pai é da zona rural, produtor rural, e quando ele se casou morava entre Pontal e Santo Antônio do Porto. Ele, além de produtor rural, era comerciante e foi tocar uma lavra que se chamava Ferreiriabe. Era uma lavra de americanos. Fiz até o terceiro ano primário em Pontal, e era até aonde se podia ir lá. Mas meu pai, que não teve oportunidade de estudar, queria que os filhos estudassem. Fiz o quarto ano primário em Valadares, e o ginásio no Colégio Ibituruna. Depois fiz o curso técnico em química, e meu primeiro emprego foi no Pague Pouco Supermercados. Depois trabalhei na Barbosa & Marques. Concluí o curso técnico em 1975, 1976, e aí fui trabalhar na Cenibra. Foi uma oportunidade boa, porque era uma empresa nova, estava nascendo, e fui um dos primeiros funcionários contratados.
José Orlando – Nessa época, eu lecionei matemática para o Leonardo, num curso de especialização que eles fizeram. Leonardo – Na verdade, ficamos 1 ano e meio antes da fábrica funcionar, nesse curso
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de especialização. Fizemos, também, estágios em outras fábricas, como a Suzano, em São Paulo. Fiz também uma viagem ao exterior, tudo isso para observar outros processos fabris. Trabalhei na Cenibra por 19 anos, e sou muito grato à empresa. Quando me elegi vereador, eu saí. Eu sempre gostei de política, militava nos movimentos estudantis, na Pastoral Operária...
Adolpho – Seu pai tinha viés político? Leonardo – Sim, meu pai era do PSD, juscelinista, cabo eleitoral forte. Minha mãe é mais política que meu pai. A política no país estava em efervescência. Aquele período em que estava no fim do período militar, e muitas lideranças preparando para retomar o processo democrático. Acabei sendo provocado para participar do movimento sindical na Cenibra. Fui um dos fundadores do sindicato e o seu primeiro presidente.
Adolpho – O José Orlando me contou que você era tímido. Como conseguiu ser presidente do sindicato? Leonardo – Sou tímido até hoje. Nas primeiras vezes que tive que falar em público foi um trauma.
José Orlando – Você fez curso de oratória? Leonardo – Sim. Fiz. Tive que fazer.
Adolpho – Você é um dos fundadores do PT? Leonardo – Sou um dos fundadores. Primeiro a CUT, depois o PT.
Lincoln – O que te fez candidatar a vereador? Leonardo – Como tínhamos feito um trabalho no movimento sindical... depois fundamos a Federação dos Trabalhadores na Indústria de Papel e Celulose de Minas e do Espírito Santo. Então, depois da fundação do PT,
vieram as primeiras eleições, e ninguém queria ser do PT naquela época. O Marcos Helênio resolveu sair candidato a deputado estadual, e ele precisava de um candidato a deputado federal. Mesmo sabendo que eu não tinha chance, saí candidato, para ajudar o Marcos Helênio. Nós elegemos o Marcos Helênio, e eu quase fui: tive quase oito mil votos. Somente depois disso me candidatei a vereador. Fui eleito para três mandatos, e fui presidente da Câmara. Depois me candidatei, de novo, a deputado federal, e então fui eleito.
Adolpho – E agora você quase saiu com a candidatura a prefeito... (risos) Leonardo – Na época das eleições para prefeito eu estava na metade do segundo mandato de deputado. E em determinado momento eu estava na frente, nas pesquisas. Uma boa parte do partido, tanto aqui como a nível nacional, queria que eu fosse candidato. Fui sondado até por alguns assessores do Lula. Mas senti que a Elisa queria, e não dava para criar uma disputa. Isso traria desgaste, então eu a chamei e abri mão da candidatura.
Adolpho – As pessoas acham que você se desinteressou. Leonardo – Não. Eu quero ser prefeito da cidade. Mas isso não pode ser um projeto pessoal. Agora, acho, também, que é importante para a cidade e região esse segundo mandato que estou fazendo. Nós temos um número pequeno de representantes. Nós conseguimos trazer para Valadares, entre o mandato do Mourão e agora o da Elisa, quase R$ 200 milhões. O Mourão cansou de ligar pra mim, pedindo para acompanhar os pro-
cessos. Fomos, agora, a Elisa e eu, lá no BNDES. Conseguimos o recurso para a última Estação de Tratamento de Esgoto (vai tratar 60% do esgoto de Valadares. Essa obra vai custar R$ 70 milhões).
Lincoln – Então vamos tratar 100% do esgoto de Valadares? O que se comenta é que você conseguiu, mesmo sendo de partido contrário, um bom trânsito com o governo passado. Isso é uma característica sua, ou você acha que é uma liderança da sociedade e não do partido?
As coisas, entretanto, só mudam através da política Leonardo – A gente tem que ter compreensão que o mandato, apesar de ter de estar de acordo com a orientação do partido, tem que observar os princípios do partido, mas quando se exerce o mandato é para a sociedade.
Adolpho – Tenho a impressão que você é um deputado, antes de tudo, pragmático. Tem a ver? Leonardo – Um pouquinho...O movimento sindical é uma escola, e tem me ajudado. Meu mandato tem me dado a oportunidade de trazer benefícios para a cidade e região. Agora mesmo, em Mantena, nós vamos levar recursos para o aterro sanitário e uma Estação de Tratamento de Esgoto. Estamos trazendo para Valadares um Instituto Federal de Ciência e Tecnologia, o IFET. Vai ter cursos de segundo e terceiro graus. Vai ser possível fazer um curso de engenharia, de matemática, de física, de química. Sabemos que estamos na única região do Estado que não tem ensino público de terceiro grau. Para desenvolver nossa região temos que investir mais em educação. Estamos aqui diante do Lincoln, que já foi presidente da Associação Comercial, e acho que temos de criar uma Agência Regional de Desenvolvimento. Temos, aqui, o Fórum, mas precisamos ampliar mais as discussões, envolvendo empresários, o Sebrae, Associação Comercial, a Prefeitura, associações de prefeitos da região, as universidades, etc.
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Adolpho – Vamos ter um estádio de futebol para 24 mil pessoas, uma arena multiuso. Depois quero falar disso... (risos) Leonardo – Eu sou um dos diretores do Democrata, e tenho o maior orgulho disso. A cidade tem que investir mais no Democrata. O Edvaldo é um herói, vem tocando isso quase sozinho. Acho que o Democrata é um grande divulgador da cidade. Vejam o caso de Ipatinga, cidade mais nova, e o seu clube está sempre na mídia. Ajudar o Democrata é importantíssimo.
José Orlando – Por falar nisso, você tem alguma informação sobre a Aracruz? Leonardo – Tenho. Estivemos semana passada no BNDES, no Rio de Janeiro, que é um dos grandes financiadores da Aracruz, e acertamos uma próxima conversa com o presidente da Aracruz. Houve um processo de retardamento em função da crise, mas os dois programas que ela vai retornar primeiro é lá no Sul e o nosso aqui.
Lincoln – Mas, entendo que a Prefeitura, o Poder Público, tem que ter o papel de indutor desses processos. Acho que é importante a prefeita chamar as lideranças empresariais para andarem juntos. Leonardo – Temos que trabalhar em sintonia, e visando não somente a cidade, mas a região.
Adolpho – Tenho notícia de que tempos atrás havia uma tentativa de criar uma agência, e quando a prefeitura – não do PT – foi chamada a contribuir com uma verba para comprar mesas, computadores, etc, o dinheiro não apareceu. Lincoln – O Fórum de Desenvolvimento congrega mais de 60 entidades, e a Prefeitura tem assento lá. E não podemos falar em questões ideológicas. Um prefeito para a cidade tem que unir todos. Leonardo – Nós temos a Expoleste, temos a Exposição Agropecuária, uma bela estrutura, temos universidade, como a Univale...
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Adolpho – Sou um dos mais entusiasmados com o Estádio Municipal Universitário. Sou autor do projeto, conseguimos um valor importante para elaborar o projeto executivo, então temos o terreno maravilhoso, e já vamos ter o projeto executivo. Acho que isso é muita coisa. Um empresário daqui de Valadares se encontrou, há poucos dias, em Brasília, com um empresário ligado à construção civil. E ele disse o seguinte: “Se vocês conseguirem através do Anastasia, ou do Leonardo Monteiro, ou de outro político, que indiquem Valadares como uma subsede da Copa de 2014, nós empresários construímos o estádio”. Você não acha que devemos trabalhar em cima disso?
O voto, na prática, já é distrital. Onde estão meus votos? Onde eu fui eleito? No grande distrito de Valadares Leonardo – Quero conhecer esse empresário.
Adolpho – Podemos cuidar disso... Se a cidade incorporar esse projeto, podemos conseguir construir o estádio. Leonardo – Estive com o secretário municipal de Desenvolvimento, o Walter, em Belo Horizonte, para falar sobre a extensão do gasoduto até Valadares. Pensam em ir com o gasoduto até a Cenibra, somente. E o Mourão foi conosco. Temos que cobrar isso.
Lincoln – Acho que Valadares, pela sua situação geográfica, tem uma vocação natural para turismo de eventos, e foi uma luta nossa das entidades para construir um Centro de Convenções. E foi vitória termos conseguido recursos através do deputado João Magalhães, para construir o Unicentro. Por um desacordo político, a obra não saiu, e o recurso está na Caixa, disponível. Agora, o governo que entra quer retirar esse dinheiro e levar para a Açucareira. Sem discutir com as lideranças. A gente vai acabar perdendo esse dinheiro. Tem que chamar a sociedade e discutir esse assunto. Agora eu queria falar da decadência que está vivendo a agropecuária. Estamos precisando entender o que está acontecendo, e o que é necessário para viabilizar o setor. Importamos alimentos, o que é um absurdo. Caberia uma discussão a respeito desse tema. Leonardo – Precisamos fazer com que as terras sejam produtivas, como no Espírito Santo e no Sul do país. Os jovens herdeiros dessas terras vão estudar fora e ficam por lá.
José Orlando – Temos que ver o que vamos fazer com isso aqui, tanto na área industrial, como na área rural. Lincoln – Vocês falaram alguma coisa aí que aconteceu no mundo todo: uma reforma agrária forçada. Isso é bom? Acho que sim, mas não adianta o pessoal insistir nessa forma tradicional de criar boi. É necessário uma discussão sobre isso, e o produtor precisa de apoio, assessoria técnica, e aí a universidade é fundamental. Adolpho – O Leonardo falou há pouco uma palavra mágica: pesquisa. E o IFET pode fazer pesquisa. Leonardo – Há um tempo atrás, lá no MEC, peguei a lista de onde seriam construídos os IFETs. O professor Eliezer me mostrou...
Lincoln – O Eliezer Batista? Leonardo – Não, outro Eliezer.
Lincoln – Pensei que fosse o Elliezer, namorado da Inguelore (risos). Leonardo – Mas peguei a lista com 12 cidades e Governador Valadares estava fora. Falei pra ele: “Mas como? Valadares precisa ter um IFET”. Aumentaram a lista para 13. Agora, o fato de termos poucos
representantes prejudica a cidade. São R$ 5 milhões para a construção da escola, vai ter um número grande de professores concursados, de nível superior, uma equipe de funcionários administrativos. Só isso vai movimentar nossa cidade. Vamos ter alunos de Valadares e da região.
Lena – Quando começa a funcionar? Leonardo – O nosso IFET aqui está mais atrasado que outros, mas a licitação está na fase final, com o terreno já definido. A expectativa é que a escola funcione no próximo ano. Na escolha do terreno, que foi uma parceria com o Gerson Peixoto e o Paulo Lobato, quero frisar aqui que ambos foram muito corteses e interessados.
Lincoln – Já comentamos aqui sobre o pragmatismo do Lula, e que isso pode ser até bom. Mas o Lula sinalizou agora, por último, que o PT e o próprio Lula estão deixando a ética de lado, na construção de alianças políticas. Isso está desgastando o PT, até pela história do par tido. Isso não está desconstruindo a imagem do partido e de seus líderes? Adolpho – Principalmente a do Mercadante, coitado... Leonardo– Participei, graças a Deus, da fundação do PT e acho que o PT está correto. Naquela época, a gente estava iniciando, foi um momento em que a gente evitava coligar, para sair sozinho. Mas, agora que somos governo, também o Lula está nos ensinando muito, e mudando algumas tradições. Nós somos governo numa conjuntura em que temos uma legislação eleitoral antiga, onde nós fizemos somente oitenta e poucos deputados. Então, precisamos do PMDB. Até porque a oposição nossa, a nível nacional, é o PSDB e o DEM. Por isso é que o Lula considera o PMDB como o principal aliado, tanto para governar quanto para dar continuação ao nosso projeto. Para isso, precisamos estar juntos no ano que vem, PMDB e PT, seja quem for o candidato. Isso pode até não acontecer, mas o Lula quer isso.
José Orlando – Esse PMDB é uma coisa horrorosa! Eles ficam mamando em todos os governos... Leonardo – Sei aonde você quer chegar, e concordo. Sou uma pessoa que defende que a maior responsabilidade que temos é a gente resgatar a credibilidade na política. Se você fizer uma pesquisa vai ver que uma das
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Leonardo – A imprensa caiu em cima...
Adolpho – A imprensa caiu em cima e talvez agora a gente tenha uma mudança forte.
instituições mais desacreditadas é a política. As coisas, entretanto, só mudam através da política. Fortalecer a democracia é importante. Agora, o governo Lula é um governo de transição, não é um governo que vai terminar. Nessa transição, o PMDB é um aliado importante. Por exemplo, o Pedro Simon...
Adolpho – É ... o Pedro Simon, o Pedro Simon, o Pedro Simon... (risos) Lincoln – Acho que isso tem limite, e o Lula e o PT estão passando dos limites... Leonardo – O Lula tem razão. Ele disse: “O que o PMDB quer? Ganhar no tapetão e ter o presidente do Senado?”.
Lincoln – Por falar em Senado, o que você achou da entrevista do Tião Viana? Leonardo – O Tião era o nosso candidato a presidente do Senado. Se ele tivesse ganhado, talvez ele estivesse consertando o Senado. Ele foi um grande governador do Acre, é um grande senador, e é uma pessoa histórica no nosso partido.
Adolpho – Você usou muita passagem da Câmara? Leonardo – Todo mundo usava. Várias pessoas daqui de Valadares pediam passagem, e eu dava. Isso era encarado como uma coisa natural. Só que eu acho errado. Um absurdo!
Adolpho – O Tião Viana talvez fosse dar uma melhorada no Senado. Mas seria uma coisa tópica. Ele não ter sido eleito foi bom, porque ele se revoltou com aquilo...
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Leonardo – Vão derrubar todos os atos secretos, você viu? Na Câmara a coisa é mais transparente. Discute-se muito hoje as funções que o Senado deve ter e fala-se até da desnecesidade do Senado. Imagine que eu aprove um projeto na Câmara, depois de muita dificuldade e muito tempo. Então, aí ele tem que ir para o Senado, e lá ele fica outra eternidade, até voltar de novo para a Câmara. O Senado poderia ser uma casa para discutir, talvez, revisões necessárias na Constituição, ou alguns contratos internacionais que o Brasil tem que fazer... ter outros objetivos diferentes dos da Câmara.
Lincoln – Você é a favor do voto distrital? Leonardo – Sou. O voto, na prática, já é distrital. Onde estão os meus votos? Onde eu fui eleito? No grande distrito de Valadares, onde tive 37 mil votos. Tive mais 40 mil na região. Meu distrito é o Vale do Rio Doce.
Eu acredito muito no mandato da Elisa, acho que a Elisa vai fazer um bom governo. Adolpho – Você falou aqui, há meia hora ou mais, que você conseguiu para Valadares, no BNDES, um financiamento para uma Estação de Tratamento de Esgoto, o que eu não estava sabendo. E que o IFET já está sendo licitado, o que eu também não sabia. O que está acontecendo com a nossa Prefeitura? No governo federal, depois que o Franklin Martins entrou lá, de repente o Lula descobriu que ele tem que ter uma coluna em 94 jornais, e tem que participar do twiter, etc. Por que o PT tem tanta coisa contra a comunicar? Porque a cidade não está inteirada disso que eu falei, por falta de comunicação. Você tem, também, muito isso que a Áurea chama de comunicação social direta... Leonardo – Essa comunicação não é fácil, ela é feita corpo a corpo...
Adolpho – Você crê nisso? Leonardo – Creio. Mas eu sempre defendi, principalmente com o Dulci, que o governo federal deveria estabelecer uma comunicação com os órgãos regionais, que são as rádios de Caratinga, as rádios de Valadares, de Teófilo Otoni, e o Diário do Rio Doce, etc. Mas acho que está correta também, a comunicação social, panfletando no sinal de trânsito, nos bairros, visitar as obras. Acho que as duas coisas são complementares.
Adolpho – A comunicação social é válida, mas ela não exclui a outra comunicação... Leonardo – Exclui não. Hoje, tenho que estar em mais de 200 cidades. Se eu for fazer isso só com a minha presença, tô morto. Quando a Movimento faz a entrevista comigo ela está fazendo uma contribuição social importante, está divulgando o meu mandato. As pessoas vão compreender o que faz um deputado no seu mandato, e o que eu estou fazendo. Sobre isso, quero dizer que a BR-381 vai ser duplicada de Belo Horizonte a Valadares. É uma obra que foi incluída no PAC, e essa inclusão no PAC tem nossa participação, e existe recurso garantido para essa obra tão importante.
José Orlando – E como está isso? Leonardo – O Ministério dos Transportes e o Dnit já fizeram aprovar o licenciamento ambiental, e agora está sendo feito o projeto executivo. Acontece que, simultaneamente, a ANTT, que tem interesse em fazer a obra em parceria com a iniciativa privada, entrou com outro projeto para fazer a obra. Existem, então, dois projetos em disputa para fazer aobra, um do PAC, outro da ANTT.
Adolpho – Nesse projeto da ANTT eles querem começar a cobrar pedágio antes da obra ser iniciada. Leonardo – Isso mesmo. E certamente vai fazer uma obra, digamos, com menos qualidade. No caso da obra ser a do PAC, o pedágio só seria cobrado depois da obra concluída, e a qualidade com certeza seria muito melhor
Adolpho – Como é a sua convivência com o seu xará, o deputado Leonardo Quintão?
Leonardo – Boa. Temos uma relação fraterna, e em muitos momentos estamos juntos defendendo esta região.
Adolpho – Acho que essas obras sairão com mais velocidade, se houver pressão da população. Um exemplo é aquela ponte ridícula sobre o Rio Manhuaçu, em Aimorés. Enquanto não houve muita pressão, ela não saiu... Agora estão fechando a 381 por aí, em diversos trechos. Leonardo – Por isso é que essa articulação que mencionamos aqui antes, dessa Agência de Desenvolvimento Regional, acima de partidos, é impor tante para nós, para acionar projetos para nossa região, que são impor tantes e até fundamentais, como a Ponte de Aimorés, a BR-381, aeroporto de Valadares, Universidade Pública, o novo Estádio Municipal Universitário.... O nosso campo do Democrata, quando foi construído, era um grande estádio, há não sei quantos anos atrás, mas hoje a cidade merece outro espaço. Essas coisas só saem se houver mobilização... e uma Agência pode ser articuladora, e fazer uma ligação entre os diversos deputados ou políticos que tenham votos na região. São muitos deputados estaduais, federais....
Lincoln – Você mencionou o problema do aeroporto como a porta de entrada para nosso desenvolvimento, e realmente a pista foi reformada e alongada, mas o terminal de passageiros é um problema gravíssimo, especialmente na época de calor. A pessoa de fora que chega aqui... de-
põe contra a cidade. Tem alguma notícia sobre isso? Leonardo – A pista melhorou, e o terminal de passageiros não estava incluído naquela obra. Mas a administração municipal está fazendo uma reforma simples, está cuidando da climatização, vai trocar o piso, fazer uma pintura...
Adolpho – Esse é o perigo. Dá-se uma melhorada, e depois não se faz o que é necessário ser feito. Leonardo – Vai dar uma melhorada. Mas, além disso, precisamos buscar uma ampliação com mais consistência, tanto do terminal de passageiros, como da própria pista.
Lincoln – Não está liberado para vôos noturnos por quê? Leonardo – Aí depende de vistorias da Anac, da Infraero...mas deve sair logo. E temos que ter mais alternativas de vôos.
José Orlando – Leonardo, eu estava no Rodeio, na Exposição Agropecuária, eu estava num camarote e pude presenciar a hora que a prefeita Elisa entrou – com o Mauro Murta e diretores. Houve uma vaia muito grande. E não foi uma vaia que tenha partido dos camarotes, foi lá de baixo, mesmo. E ela foi vaiada até o Mauro pedir para que parassem com aquilo. A que você atribui isso?
Na campanha você tem que ter estratégia para ganhar a eleição. No governo você tem que ter estratégia para governar. Leonardo – Nós que temos mandato, às vezes, temos que tomar decisões que, a princípio, podem ser antipáticas, impopulares. Eu acredito muito no mandato da Elisa, acho que a Elisa vai fazer um bom governo. Agora, acho que no caso da Expoagro, talvez possa ter sido reflexo da relação de trabalho, de algumas pessoas da Prefeitura, durante o período de organização da Exposição.
José Orlando – Não foi uma coisa que tenha tido ligação com a União Ruralista. Nada disso. Acho que foi,
inclusive, problema das passagens de ônibus. Mas, enfim, foi o primeiro teste dela... Leonardo – Eu, pessoalmente, acho que eventos como a Exposição Agropecuária, a Expoleste, precisam da participação do Poder Público. Na última Expoleste, eu trouxe o vice-presidente José Alencar, que veio como presidente, já que o Lula estava fora do país. Na Expoagro devemos trazer o ministro da Agricultura, outras autoridades. O Mauro Murta está levando isso bem, com muita habilidade. Alguém aí mencionou a Assessoria de Comunicação, e eu vejo que a Assessoria de Comunicação tem papel importante, há de ser uma assessoria profissional, que se preparou para isso, estudou para isso. Acho importante que a Elisa tenha uma boa assessoria de comunicação, em sintonia com a política do governo. Não só a de comunicação como todas as outras, também.
Lincoln – Você acha que a estratégia de campanha tem que ser a mesma do governo? Leonardo – Na campanha você tem que ter estratégia para ganhar a eleição. No governo você tem que ter estratégia para governar. A Prefeitura tem feito isso, tem feito planejamentos nas diversas secretarias. Existe o planejamento estratégico da Prefeitura como um todo... Nossa cidade tem evoluído, mas acho que ainda falta articulação. Articulação entre as lideranças empresariais, entre as instituições, entre os representantes...
Adolpho – Não acho que a cidade tem evoluído, ao contrário, acho que ela está involuindo. Há poucos dias morreu uma pessoa, Hermírio Gomes, uma liderança. Esse cara que fazia acontecer. Outra liderança que havia aqui e era do partido dele (indica o Leonardo) era o Fassarella, ele conseguia agregar e fazia acontecer. Nós não estamos tendo esse tipo de pessoa... Cada um olhando seu próprio umbigo, cuidando de seus interesses particulares imediatos. Nós temos que mudar essa fisionomia, senão nós vamos afundar mesmo. Lincoln – Pegando o gancho, me parece que o Adolpho está levantando a possibilidade de que o Leonardo assuma esse papel, tem o perfil. Existe um vazio que precisa ser ocupado.
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o ministro Dulci – o Adolpho o mencionou – que é um grande conselheiro, um grande articulador dentro do governo. Talvez seja uma das pessoas mais importantes...
Lincoln – Uma voz acadêmica ... José Orlando – Antítese do Zé Dirceu... Adolpho – Muito discreto... Golbery... José Orlando – Como está a atuação do Zé Dirceu, no PT e entre vocês da turma? Leonardo – O PT é um partido de humanos. Considero que tivemos erros. Em 2005, naquela crise, fomos, também, muito injustiçados e discriminados.
Nossa sociedade em geral está passando por profundas transformações, com a questão ideológica deixando de ter tanta importância, a questão social ocupando cada vez mais espaço. Então, a pauta são outras discussões. Leonardo – Mudar paradigmas...
Lincoln – Para o governo de Minas, você vota no Patrus ou no Pimentel? (risos) Adolpho – Vai votar no Hélio Costa ...(risos) Leonardo – Quando você tem dois ou três bons jogadores para uma posição só, qualquer técnico fica mais feliz do que se não tivesse nenhum. Então, nós temos, hoje, dois grandes candidatos, Patrus e Pimentel, e temos ainda, da base do governo, o ministro Hélio Costa. Acredito numa coligação do PT com o PMDB.
Lincoln – O PT na cabeça de chapa... Leonardo – Aí nós vamos ver, mais na frente, quem vai ficar numa situação melhor. Acho que o Patrus é um nome que representa tudo isso que o Lula está fazendo a nível nacional, até porque ele é o ministro da área social, e tem uma sensibilidade muito grande...Vamos construir a chapa com candidaturas a governador, vice-governador e senador. A prioridade do Lula e do PT é eleger a Dilma presidente. Para nós, do PT, é importante aumentar o número de deputados na Câmara.
Adolpho – Qual é o seu papel no Diretório do PT? Leonardo – Sou vice-presidente do PT estadual e temos um núcleo de discussão a nível nacional. Conversamos muito com
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José Orlando – Você está falando do “mensalão”? Leonardo – É... daquela época. Algumas lideranças nossas pagaram caro, mas acho que o partido se recuperou bem. O Zé Dirceu é um quadro, que ajudou a pensar e construir a primeira eleição do Lula. (Poliana, a assessora do deputado Leonardo, começa a avisá-lo sobre sua agenda)
Lena – Antes de terminar a entrevista, queria ouvir do Leonardo alguma resposta mais concreta sobre o Estádio... Leonardo – Acho importante e sou parceiro nisso. Quem me apresentou, primeiro, o projeto foi o Edison Gualberto. Acho importante, até porque Valadares merece um estádiocom característica regional. Não se faz mais estádio somente de futebol, tem de ser multiuso. O nosso, do Democrata, é muito bem localizado, mas está ultrapassado do ponto de vista da estrutura física, etc. Acho que temos que pensar nisso, mas além do projeto, que é belo, temos que criar condições legais de como o poder público pode entrar nisso. O poder público pode ou não subvencionar, dependendo do projeto. Sendo possível, me coloco à disposição para conseguir recursos do governo federal, inclusive.
O PT é um partido de humanos. Considero que tivemos erros. Adolpho – Existe uma conversa em andamento, entre lideranças locais sobre a seguinte hipótese: digamos que o Estádio custe R$ 50 milhões. Se seis deputados ligados à região colocarem uma emenda de R$ 3 milhões por ano serão
R$ 18 milhões... Leonardo – Isso nós podemos. São R$ 10 milhões que temos por ano...
Adolpho – E também não se pode pensar em construir estádio somente com dinheiro público. A sociedade tem que participar. Fomos a Curitiba, numa comissão liderada pelo Edison Gualberto, e vimos como eles conseguiram construir a Arena da Baixada. Os dirigentes do Atlético Paranaense nos disseram: “Tínhamos um recurso, iniciamos, e o resto veio da sociedade, da comercialização de produtos ligados à Arena. A cidade se incorporou ao projeto”. Nosso projeto prevê 24 mil assentos,, dezenas de camarotes, academia, restaurante, lanchonetes, etc. .. Leonardo – Podemos pensar em emenda de bancada.
Adolpho – O Leonardo pode ajudar muito, inclusive na questão de Valadares se tornar uma subsede da Copa... (A assessora Poliana: “Podemos encerrar?”) (risos) Leonardo – Ainda tenho que ir a Mendes Pimentel...
José Orlando – Vamos lá, Lincoln? Tomar umas cachaças lá? Adolpho – O Leonardo está com a palavra. Leonardo – Quero agradecer a oportunidade, inclusive de encontrar amigos antigos, que é o caso do José Orlando, estar com o Lincoln, que sempre foi um parceiro importante como presidente da Associação Comercial e como pessoa influente no meio empresarial. Até não considero que tenha havido aqui uma entrevista, mas um bate-papo na casa do casal, diretores da Movimento, o que muito me honrou. Isso aqui foi uma oportunidade de mostrar como me sinto como deputado, responsável por representar Valadares e região. Até porque é aqui que eu tive a maioria dos meus votos. Preciso ampliar minha votação na região, e estou feliz com o mandato de deputado federal, e acho que podemos contribuir para que nossa cidade possa crescer, desenvolver-se, para que nós e nossos filhos possamos continuar morando aqui. Quero aqui, nesta oportunidade, colocar o nosso mandato à disposição de vocês da imprensa, que faz este papel importante de divulgar nosso trabalho, e colocar nosso mandato à disposição da comunidade de Governador Valadares.
Dr. Paulo Bicalho
Adaílson Magalhães
Dep. Leonardo Quintão, Yara Figueiredo (Secret. Mun. de Saúde) pres. do HBS, Renato Fraga Valentin
Reitora Ana Angélica, Renato Fraga, Dr. Altair de Carvalho e o Dep. Leonardo Quintão
Hospital Bom Samaritano
Manhã de sexta-feira, 24 de julho. Inauguração e boas notícias
Renato Fraga e a prefeita Elisa Costa
Em evento importantíssimo, a direção do Hospital Bom Samaritano, capitaneada pelo presidente Renato Fraga, prestigiada por várias autoridades do município, e convidados, inaugurou a Ala Verde do Hospital. São nove apartamentos, sendo um destinado a pediatria, dentro de um conceito contemporâneo, com muito conforto. Durante a solenidade de inauguração, Renato Fraga,
visivelmente emocionado, anunciou a boa nova: o HBS está credenciado a prestar serviços de oncologia, a pacientes do SUS. A família do sr. Izalpino Oliveira, presente à solenidade, recebeu sincera homenagem, em agradecimento pelo incansável trabalho desenvovido por ele na construção do HBS.
Dr. Elson Reis, Laverde e Dr. Samuel G. da Silva Renato Fraga e Edison Gualberto
Inauguração da Ala verde do HBS
Dr. Einstein Arruda e Dr. Rui Moreira
João Batista Pozzato
Dr. Márcio Pena, e Dr. Altair
Davi Fraga, Viviane, Marli, Carmem Cléia, e Maria Vieira Rosamara Fraga e Davi
Dr. Wallace Eller e Dr. Pedro Vieira
Dep. Leonardo Quintão e Edvaldo Soares
Familiares do sr. Izalpino
Heider Cabral
Dr. Carlos Freitas
Pastor Jopenil, Alonso e Neirson Alves 27
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o próximo ano, o fotógrafo Marquinho Silveira completa 20 anos de carreira. Sua trajetória o credencia como um dos mais experientes profissionais do mercado, defensor da qualidade e do profissionalismo acima de tudo, e com disposição e talento sobrando para outros 20, e até mais. O interesse pela fotografia começou sob a boa influência do irmão, Pedro André, a quem Marquinho tem como uma verdadeira luz, referência profissional e pessoal em sua vida. Em outubro de 1980 ganhou sua primeira câmera. Mais tarde, foi repórter fotográfico, passando por todos os jornais diários da cidade, e trabalhou como correspondente free lancer dos jornais Hoje em Dia e Folha de São Paulo, entre outros. Os anos de jornalismo lhe conferiram agilidade e desenvolveram a sensibilidade para captar momentos, olhares,
Marquinho Silveira Fotografia com qualidade e profissionalismo
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detalhes que fazem a diferença. Por cinco anos, ele foi fotógrafo da Prefeitura de Valadares, tornando-se Assessor de Comunicação da SEMOV, por nomeação do então prefeito Rui Moreira, a quem ele admira muito. Para abranger novas áreas dentro da fotografia e manter-se no “top” das tendências e novas tecnologias, Marquinho busca constante aperfeiçoamento. Só de iluminação de estúdio foram cinco cursos, além de vários outros de fotografia e marketing. Cursos de atualização, reciclagem e workshops em fotografia são dezenas, tantos que ele já perdeu as contas. Atualmente, boa parte do seu trabalho concentra-se na área social, como solenidades, festas, casamentos, aniversários de 15 anos e outros eventos. Suas fotos publicitárias também merecem destaque. E sua ligação com a mídia continua firme nas parcerias com colunistas sociais como Márcio Castelo Branco e Sinara Neves, além de ter clicado, entre outras coisas, várias capas da revista Movimento e do jornal Olho Mágico. Seu estúdio tem o que há de mais moderno em equipamentos disponíveis no mercado. Nos eventos, sua presença – bem como de sua equipe – é de um profissionalismo impecável. Seu site (www.marquinhosilveirafotografo.com.br) transpira modernidade, qualidade, e mostra galerias de lindíssimas noivas, debutantes e outros registros que vale a pena conferir.
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Wilma, Lena, Chiquita Trindade e Walquíria
Ednéia Ferreira
A aniversariante Valéria Trindade e Zeca Donizete
Felipe Avelino, Aracele e Daniele Trindade
Sônia Leão
Cilene Pereira
Edmilson e Rosangela
V
aléria Trindade montou um verdadeiro arraiá julino na chácara da família, para celebrar seus 49 ½. 0. Com direito a muita comida típica, quentão, cerveja e alegria.
Felipe Batista e Thauana Thiara Pereira
José Orlando Andrade
Éder Monteiro
Stéfanie e Artur Trindade
Felipe Siman e Letícia Júlio Avelar e Teresa Perim
Élcio Espírito e Libório 30
Betinha e Cristiane
Rose e Wagner Trindade
Verinha Trindade
Lya Morhy e Felipe
Fátima Soares
Márcio Andrade
Sayonara Calhau e Thais
Elenir Eller Camila Leite Marieta Byrro e Lena
Newton e Larissa, Thais, Carol e Renato Andrade
Guilherme MourĂŁo e Cristiana
Renato Leite e Tida
MaurĂcio Andrade e Rosangela
Parabéns pra você
A aniversariante, Aurora Sobreira e a mãe Helena
Bia Monte Alto
Cristina e Sérgio Sobreira
Os 5.0 de Cristina Sobreira, foi comemorado na Pousada da Serra, que virou um point de chiques e famosos
Helio Gomes e Aniversariante
B
Bia Coelho
Luis Alberto Jardim e Josélia
ia Coelho tamém comemorou seu 5.0. Aproveitou para abrir as portas do seu recéminaugurado flat – elegantíssimo, por sinal - e recebeu familiares e amigos numa noite de alto-astral.
Andréia Martins
Creusa e Edison Gualberto, Marcelo Marigo
Massoca e Bel
Cristiane e Fernando
George e Beto Monte Alto Lena, a aniversariante e Marcelo
Marinês Pereira Haten Homaidan e Fátima
C
Jovelina e Pedro Colen, Cristina e Luciane Cilene Pereira e Marcelo Puyó
Daniela Byrro com os amigos no dia de seu aniversário
Sônia Leão e Araceli Barbosa
ilene Pereira tinha dois bons motivos para comemorar: seu aniversário, e a chegada à cidade de seu afaire Marcelo Puyó, da Argentina. Reuniu, então, grupo seleto na sua casa, na Ilha, para celebrar.
O brinde a Marcelo Puyó
Maria José Mansur e Cilene
Samara
Garcia
Empreendedora do bem-estar
A
felicidade que transborda nos gestos, olhares e sorrisos da empresária Samara Garcia não deixa dúvidas: ela vive um momento de plenitude em sua vida pessoal e profissional, abençoada e sustentada por sua inabalável fé em Deus, a quem agradece por todas as suas vitórias. Graduada em Administração de Empresas, há quatro anos ela começou a trabalhar com uma multinacional de sucesso. Neste período, construiu uma carreira sólida à qual se dedica com extremo carinho e respeito na distribuição de suplementos alimentares e informações de bem-estar, contribuindo para o melhor entendimento acerca da suplementação correta, acarretando mais saúde e disposição para as pessoas. De uma personalidade forte e grande entusiasta de tudo aquilo que faz, Samara trabalha movida pela certeza da excelência da marca que representa. Estes mesmos entusiasmo e dedicação podem ser observados em sua vida pessoal. Casada há mais de 10 anos com Sérgio Luz e mãe de um casal de filhos, ela não abre mão de uma vida familiar intensa e harmoniosa. Muito simpática e naturalmente atenciosa para com todos os que a cercam, Samara adquiriu habilidade singular para lidar com as pessoas e uma aguçada visão empresarial com os treinamentos enriquecedores feitos na empresa em que atua, contribuindo para o sucesso que ela, no entanto, faz questão de dedicar e consagrar sempre a Deus, e agradecer aos princípios que lhes foram ensinados pelos pais Humberto Nazareth Costa e Maria da Graças Garcia Nazareth.
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Gustavo Leite e Juliana
B
el Miranda disse que vai colocar uma placa no seu esplendoroso recanto na Ibituruna: “Não me fale de seus problemas”. Com esse espírito, ela recebeu, na base de quem se lembrou, familiares e amigos na sua residência na Ilha, para comemorar seu níver. Comida japonesa e muito champanhe, em uma noite de liga perfeita.
Gerson e Ilma Barbosa
Maria Bretas
As aniversariantes, Ducarmo Castelo Branco e Izabel Miranda
Berenice Magalhães Beatriz Neves
Renata e Cláudia Miranda
Marcelo e Graziela
M
uitos amigos, grande parte deles da classe médica, se reuniram na agradável área externa da residência do casal Mírian e Célio Cardoso, para comemorar o aniversário dele. Mírian recebia a todos com o seu conhecido “savoir faire”. Carlos Eduardo e Ana Paula
Célio Cardoso e Mírian 34
Emerson e Ana Beatriz
Arley Araken e Raquel
Célio Cardoso e Darlan Corrêa
Amarildo Nunes e Joselma
OTICA VALADARES 35
Tempo de
Formaturas É
tempo de comemorar com a família, com os amigos, com as pessoas que lhe são queridas, a conclusão de uma etapa importante de sua vida. Daniella formou-se em medicina na Faculdade de Medicina de Barbacena. Agora, grata aos pais Alexandre Prado e Maristela Chisté, inicia uma nova jornada. Parabéns à Daniella!
Rebeca Magalhães acaba de se formar em psicologia e já faz especialização em Psicologia Clínica Infantil, na UnB.
Daniella e os pais Alexandre Prado Alves e Maristela Chisté
Rebeca e seus pais, Regina e Homero Magalhães. 36
Hospital São Lucas recebe Prêmio de Excelência em Qualidade
P
Rogério Monsoures, diretor da Santalmas, e Dr. Francisco Vieira Simões
Igor Velame, Luís Renato, Jackson Brandão e Márcio Avelar - médicos da cirurgia cardíaca e do Instituto do Coração
ioneiro em tecnologia na região Leste de Minas, e sempre preocupado com a humanização do atendimento hospitalar, o Hospital São Lucas teve a qualidade do seu trabalho reconhecida através do Prêmio Top Excelência, conferido pela MFC Consultoria. A importante conquista foi comemorada pela direção com o corpo clínico e staff técnico do hospital. Com UTI de última geração, os procedimentos de alta complexidade, como cirurgias cardíacas, cateterismo e angioplastia são realizados com segurança, além do Pronto-Atendimento 24 horas. Outro diferencial são as cirurgias de redução de estômago (bariátricas) e outras de alta complexidade feitas por vídeo. A Videolaparoscopia (cirurgia por vídeo) garante ao paciente um menor tempo de internação e um retorno mais rápido às atividades rotineiras.
Administração do Hospital São Lucas
Heloísa Lucca, diretora administrativa
Dr. Francisco Vieira Simões e os cirurgiões que operam por vídeo em alta complexidade
Vitor Zambeli, Wolney Bitencourt e Márcio Silveira, anestesistas do São Lucas Staff feminino do Hospital São Lucas
Junea Ferrari, diretora clínica
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Estilo & Elegância. Uma combinação poderosa que atrai todos os olhares, as atenções e agora também os clicks da Movimento, que passa a registrar os “looks” de quem se destaca, pelo figurino, por onde passa.
Flávia Lamounier
Salimi Coelho
Emília Drumond 38
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O Hospital Samaritano será Hospital - Escola quando se concretizar o curso de medicina, objetivo da Univale.
Renato Fraga, pres. do HS, pres. da FPF, Edvaldo Soares, reitora Ana Angélica L. Coelho, dir. clínico do HBS, Xermã Kennedy, Dr. Rui Moreira
No mês de junho último realizou-se no Templo Ecumênico da Univale a cerimônia de assinatura de convênio entre a Universidade e o Hospital Bom Samaritano. Concretizava-se, assim, uma das últimas etapas de um longo processo que a Univale desenvolve, buscando se credenciar para implantação do curso de medicina. Nesse caso, o convênio estabelece uma parceria para que o Hospital Bom Samaritano venha a funcionar como Hospital - Escola, dando suporte às praticas do curso. Na ocasião os presentes puderam ouvir os pronunciamentos dos dirigentes das duas entidades - presidente da F.P.F Edvaldo Soares, presidente do Conselho do Hospital Bom Samaritano, Renato Fraga, reitora da Univale, Ana Angélica Gonçalves Leão Coelho - e outras personalidades. Todos os pronunciamentos manifestavam grande otimismo, com mais essa etapa para o curso de medicina, consolidada. O evento foi muito prestigiado, e ao grande número de presentes foi oferecido um elegante coquetel, para celebrar o acontecimento.
Momento da assinatura do convênio
O evento foi superprestigiado 40
Dr. Rômulo Leite e Adriana
Edvaldo Soares e Inês
Lincoln Byrro e Hober
Secretária da Saúde, Yara Figueiredo, Renato Fraga e Carmem Cléa
Edina, Ana Angélica, Kíssila e Adriana Azevedo
Edvaldo Soares, Dr. Rui e Lucinha e Augusto Barbosa
João B. Pozzato e Xermã Kennedy
Mauro Cruz e Luzia
Robson e Paulo César Denise Chaves Haruf Salmem e Almyr Vargas
Gilberto Boechat e Denise, Claudemiro e Vanda
Ana Angélica e Alexandre, Francisco Graciolli e Emília
Edvaldo, Francisco Silvestre e Tânia
Ildeu Pinto
Dr. Wallace Eller Rosemary Mafra e Renato Fraga
Pedro Vieira e Verinha
Adilberto Melo, Suelen Silva, Rita Viana e Adriana Azevedo Fabíola e Estevão
Edison Gualberto e Dr. Carlos
Dr. Alessandro e Dr. Xermã Palmares 41
José Maurílio e Mauro Murta
Expoagro 2009 Mauro Murta e a diretoria da União Ruralista Rio Doce (URRD) comemoraram o sucesso do evento.
FOTOS: Lena Trindade
Sálvio Paschoal, Helio Paschoal e Mauro Murta
Augusto Barbosa, Sandra e Dr. Mourão e Gladston de Araújo
Tininho e Lincoln Byrro
Guilherme Resende
Wellington Braga
Fábio Brasileiro, Suraia, Roberto César e Artelir
A elegante Sandra Mourão
Rominho Lessa e Castelo Fraga Nita Ferreira e Aldinha
Cláudia Leite
Mauro Bonfim e Edvaldo Soares
Dr. Apolinário e a Prefeita Elisa Costa
Juarez Soares e Gustavo
Marieta Byrro e Adriana Leite Andressa, José Geraldo Sá e Amparo
Alberto Ferreira
Rogério Primo e a Pres. da Câmara Dilene Dileu
Mauro Murta e Jânua
Ignes Cabral e Lícia Hélio Gomes
Maria Barra e Juraci Axar
Deputado Leonardo Monteiro
empresas e negócios
Perfume no ar
Congresso
Élen Marcia Quintão, Sâmara Nick, Cristiane Castro Alves Braga, Janet de Souza e Rokelly Carvalhais fazem parte da comissão organizadora do IV Congresso Brasileiro Ramain-Thiers que acontecerá em setembro no Hotel Pedra Negra. Tendo como base a Psicomotricidade, a Psicanálise e a Filosofia, Ramain-Thiers reúne profissionais da saúde e educação, que estarão em Valadares trocando experiências no campo da integração humana.
Élen, Sâmara, Cristiane, Janet e Rokelly
Pedalando com estilo
Back Stage
NOIVOS – Coletes voltam com tudo. A Back Stage apresenta o traje com três peças (paletó, calça e colete) exclusivo da Rochelle, para NOIVOS. Com corte italiano, designe arrojado e modelagem Slim Fit, não resta dúvidas sobre a elegância e o perfeito caimento propiciado pelas peças. Um evento tão nobre quanto o casamento, merece um traje à altura.
Biocom
Montanha Turismo
Quem esteve na Expoagro se encantou com o trabalho de paisagismo realizado pela Biocom. Tanto no estande próprio quanto em outros onde se fez presente, imperaram o bom gosto e a qualidade. Um trabalho tão primoroso que está rendendo muitos frutos, com o sucesso da loja da Biocom (na Av. JK, 3731 – Santa Rita), onde é possível encontrar tudo em floricultura, jardinagem e paisagismo.
Com a finalidade de atender bem os seus clientes, a empresária Amanda Coelho, da Montanha Turismo, está sempre oferecendo bons pacotes de viagem, de lazer ou a trabalho. Venha e faça-nos uma visita.
Expoleste
Edmilson Soares
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O presidente da Associação Comercial, Edmilson Soares, está eufórico com a realização da 12ª edição da Expoleste, que acontece de 9 a 13 de setembro – e não é para menos, pois o prestígio da feira está cada vez maior. Sua abertura será feita pelo vicegovernador Antônio Augusto Anastasia, junto com o ministro das Comunicações, Hélio Costa.
Nada mais gostoso que deixar tudo à nossa volta mais cheiroso e harmonizado. E para quem gosta desse tipo de cuidado em sua casa ou trabalho, as irmãs Paula e Renata Greco estão com uma linha completa de sachês, incensos, essências, aromatizantes para ambientes, roupas e gavetas, com variadas opções de fragâncias, além de difusores e velas aromáticas. Para conhecer de perto, é só ligar para 9905-3032 e marcar uma visita.
Amanda Coelho
Aeroporto No dia 3 de agosto, o ex-prefeito José Bonifácio Mourão, atual subsecretário de Obras Públicas do Estado de Minas (SETOP), esteve em Governador Valadares acompanhado do vice-governador Antônio Augusto Anastasia, para inaugurar as obras de ampliação do Aeroporto Cel. Altino Machado D´Oliveira.
Quem gosta de uma boa pedalada sabe que para praticar com estilo e segurança é preciso uma “bike” de qualidade e bons acessórios. Na Ciclone, dos excelentes Carlos Magno e Carlos Magno e Mônica Mônica, é possível encontrar de tudo em bicicletas importadas e acessórios que fazem a festa dos apaixonados pela vida em duas rodas.
Vita Derm A Vita Derm completa 25 anos e, para celebrar esta importante data, realizará um grande evento, o Vita Derm Day, em São Paulo. Será um dia inteiro de comemora ções, que reunirá o 10º Congresso Nacional de Estudos Científicos Aplicados a Cosmetologia Arley Araken - Vita Derm Estética e Capilar, a feira de Governador Valadares Beauty Fair (a maior feira do Brasil de cosméticos e beleza), e o mega show VITA DERM MUSIC, com Os Paralamas do Sucesso e Capital Inicial. Participe deste acontecimento que agitará o mercado de beleza estética e capilar brasileiro!
Seminário Unipac O Grupo Acadêmico 5º A Unipac-GV realizou com sucesso o Seminário de Comunicação Unipac, enfocando os órgãos de comunicação da cidade. A coordenação ficou a cargo de Elédson Júnior, que se saiu muito bem.
Sorriso perfeito Sem dúvida, um nome de destaque na odontologia em Governador Valadares é o Dr. Jonhver Saraiva Purysko. Especialista e mesJonhver Saraiva tre em perioPurysko dontia, sendo inclusive professor desta matéria na Univale, ele realiza, em sua clínica, implantes e tratamentos de doenças gengivais, com grande sucesso. Um exemplo de profissional.
Preview Há 15 anos no mercado de softwares e com clientes espalhados por todo o país, a Preview Siste mas desenvolveu o Gestplus – um (ERP) Sistema de Gestão Empresarial de Os empresários da Preview Sistemas, Fábio Luís Plácido e alta performanAlexandra Siman B. Seidel ce no gerenciamento de operações que vão do financeiro, passando por fluxo de caixa, vendas e logística, entre outras funções, resultando em um consistente acervo de informações. O sistema
Rejuvenescimento com eficiência A procura por informações sobre a Exoplastia Ortodérmica, também chama da d e químio - cir ur gia, tem sido tanta que o Dr. Luís Gustavo Rodrigues da Costa, único médico que realiza o tratamento na região, está organizando
um evento – com coquetel – sobre o tema, com uma apresentação especial e relatos de pacientes que já passaram pelo tratamento. Os interessados já podem agendar sua participação pelo telefone 3225 -2127.
Casamento profissional A sintonia entre o casal de advogados Dr. Ronaldo e Dra. Juliana Marinho é perceptível também no ambiente de trabalho. Atuando juntos no escritório, eles realizam um trabalho primoroso, digno de nota pela forma profissional e competente com a qual eles o conduzem, para satisfação da clientela.
também é preparado para a emissão da Nota Fiscal Eletrônica, um benefício que reduz custos, tempo e facilita o processo operacional. Direcionado de forma especial para atacadistas, distribuidores, frigoríficos e varejistas, o Gestplus atende desde grandes até pequenas empresas, podendo ser adquirido de acordo com o volume de negócios. Além de implantar o sistema, a Preview dá treinamento, suporte e ainda oferece a possibilidade de customizar às particulares da empresa, se necessário, revelando-se um investimento sólido como ferramenta para organização e crescimento empresarial. Na Expoleste será possível conhecer de perto as vantagens do Gestplus no estande da Preview. Mas quem não quiser esperar até setembro pode agendar uma visita técnica pelo telefone 3271-8844.
Liceu O Liceu, além de ser uma escola de idiomas, é um centro cultural, tradicionalíssimo, que existe desde 1991. Num momento em que se busca recursos para a construção do Estádio Municipal Universitário, o mentor da idéia, empresário Edison Gualberto, e o autor do projeto, Adolpho Campos, estão editando um livro bilíngue, que trata exclusivamento do empreendimento. O Liceu entrou em parceria nessa publicação, fazendo a versão do texto para o inglês. Será um instrumento para apresentar nosso Estádio Universitário, que virá com a assinatura do Liceu. A tradução é do professor Alexandre Gonçalves Dias.
Juliana Marinho e Ronaldo
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JOSÉ ORLANDO de andrade
Cazuza Era amigão do Pedro Bial. Um virou ídolo nacional e o outro um babaca do BBB. Mas, a Globo manda, recomenda, instrui e cobra. Nós somos os inúteis de uma recomendação qualquer. Quem recomenda? Descubram e me digam. Você na sua primária vida diária, não percebe o sopro do poder sobre sua nuca. Um pequeno sopro Quase imperceptível. Somos poesia e verso, tesão e renúncia, mas não aceitamos a morte que é definitiva. Então, como podemos ser definitivos conosco mesmos? Ou com qualquer pessoa? Você cobra de sua mulher e vice-versa o que não cobra do seu vizinho, que incomoda muito mais. Pois, e por aí, quem faz o espetáculo? O vizinho, o diretor, o produtor, o roteirista ou os atores? A vida, o espetáculo, o tubarão e quinhentas calcinhas de mulher teriam forçado Mestre Cazuza a dizer em altos brados: - O buraco é mais embaixo, Negão!
A Mídia Fundida Há duas maneiras de assumir-se: “Ser ou não ser”. Além do mais, só há o Além. E nada mais... A drasticidade é uma coisa bem moderna. Drácula, se ainda for vivo, tá lavando a égua. Quanto mais drástica, mais sangue, mais dinheiro Mais mídia, e mais sexo solitário. E a turma comprando tudo até bosta. E acha que é feliz ou não acha nada. O que importa é a bosta. Bosta que nem tem cheiro mais, de tão difundida.
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Turismo em Valadares: MITO OU REALIDADE?
turismo tem sido pauta de discussões dos mais variados públicos com interesses diferenciados, mas com finalidades semelhantes: aumento de recursos financeiros. Caracterizado no setor terciário, representa o segmento de maior expansão no setor de serviços e é considerado uma das principais atividades econômicas mundiais. A Organização Mundial de Turismo/Nações Unidas sobre Estatísticas de Turismo define o turismo como: “as atividades que as pessoas realizam durante suas viagens e permanência em lugares distintos dos que vivem, por um período de tempo inferior a um ano consecutivo, com fins de lazer, negócios e outros”. Para receber o turista na cidade de destino é necessário muito mais que atrativos para que ele possa visitar, ser bem servido e recomendar ou voltar. Requer um preparo de vários prestadores de serviços e infraestrutura necessária. Para que o turista se interesse em visitar uma cidade, permanecer e despertar a vontade
turismo por Viviane Vale Silvestre Diretora do Vale Silvestre Eco Park e da Vale Silvestre Turismo Secretária Sindicato de Bares, Hotéis e Similares.
em voltar ou divulgar a cidade é necessário muito preparo de vários setores para a chegada deste cliente, sem falar em toda a infraestrutura básica necessária. Pois, em primeiro lugar, a cidade tem de ser boa para o seu morador, deve possuir ótimas infraestruturas de transporte urbano, de acesso à cidade, postos de saúde e hospitais, e meios de comunicação para que ela seja boa também para receber o turista. Não se pode imaginar um turista visitando uma cidade que não seja boa para se morar. Muitos países hoje já perceberam a importância do turismo para a economia da cidade. Países como a França, que hoje está em primeiro lugar no ranking, planejaram o turismo para desenvolver esta atividade de forma responsável e sustentável. Segundo economistas, o turismo movimenta mais de 50 setores da economia. Os gastos do turista não se limitam à hospedagem, transportes, entretenimento, alimentação e bens de consumo, entre outras atividades diversas. Por sua vez, cada atividade relacionada demanda outros serviços vincula47
turismo
FOTO: Sérgio Mourão
Vale Silvestre Eco Park, a 800 metros de altitude, um dos maiores lagos da região, com 100 mil metros quadrados
dos diretamente à atividade turística, beneficiando, indiretamente, outros setores da economia, pelo chamado efeito multiplicador. É necessário a profissionalização desta área para que o turismo seja tratado como “ele” merece. Devemos pensar no turismo como um todo e, sobretudo, como uma forma de ter a nossa cidade com padrão de qualidade de vida para os que aqui vivem e para os que a visitam. O grande paradigma hoje é repensar se a CIDADE possui ou não atrativos que MOTIVAM uma visita. Mas temos ou não condições de gerir o turismo? O que os números nos mostram: permanência de pilotos de vôo livre do período do carnaval à Semana Santa, sem que a cidade faça nenhum esforço para atraí-los. Por si só, o Pico atrai pilotos dos mais variados países, e ainda há muitos pilotos que afirmam: “O Pico da Ibituruna é o melhor lugar do mundo para a prática do Vôo livre”, e outros dizem: “Valadares está para o vôo livre como o Havaí está para o surf”. E nem assim ACORDAMOS
Charmosa Casa do Papai noel 48
para esta realidade. E mais: quanto as FESTAS da CIDADE atraem púbicos diversificados? GV FOLIA, Festa da Fantasia, Feira Internacional de Pedras Preciosas - Brasil Gem Show, Expoleste, Exposição Agropecuária, e muito mais, fazem nossa cidade conhecida! Governador Valadares tem hoje uma boa estrutura hotelei-
City tour em GV - Maria Fumaça, na praça da Estação, a primeira locomotiva a cruzar o município
para organizar e desenvolver a atividade turística regional de forma sustentável, através da integração contínua dos municípios, consolidando uma identidade regional. Atualmente o Estado conta com 58 Circuitos Turísticos formatados e 45 certificados, que contemplam aproximadamente 469 municípios dos 853 existenAtividades de lazer na lagoa: caiaque, pedalinho, bicicleta náutica, bote e muito mais tes (55%). Para desenvolver o turisra, agências de turismo, meios de acesso romo, o CIRCUITO CERTIFICADO conta doviário, aéreo e ferroviário, possui atrativos ainda com verbas do governo para desenvolvisingulares, ou seja, temos muito do que é nemento de projetos. cessário, mas a cidade ainda não vive do turis Contudo, podemos afirmar que Govermo! Além de toda a atratividade de Governador nador Valadares tem potencial e, sobretudo, o Valadares, somos cidade-sede do Circuito Triturismo já acontece na cidade de forma empílhas do Rio Doce. Mas o que é o circuito? O rica e requer uma profissionalização, para circuito é composto por munitornar a atividade turística mais cípios próximos entre si, que rentável, organizada e planejada. se associam em função de Acorda, Valadares! Assuma o que interesses e possibilidades é seu por natureza! de explorar turisticamente Valorizando o turismo local e seus respectivos patrimônios regional, a Vale Silvestre Turismo históricos, culturais e natuAgência de Viagens possui pacorais, assim como outros bens tes inéditos de turismo receptivo, afins. A SETUR (Secretaria de abrangendo roteiros em GovernaTurismo do Estado de Minas dor Valadares e Circuito Trilhas do Gerais) definiu uma linha de Rio Doce, tais como City Tour em atuação para desenvolvimenGV, Um dia na Ibituruna com Vale to dos seus municípios, que Silvestre, Tour Conhecendo os se convencionou chamar Circuitos Turísticos. Encantos da Ibituruna, e muito mais. Mais inEsses são definidos como conjuntos de muniformações: Rua Barão do Rio branco, 480, loja cípios de uma mesma região, com afinidades 4, Centro. Edifício Work Center. Tel: 3271.2728 culturais, sociais e econômicas que se unem – www.valesilvestre.com.br.
Confortáveis chalés do Vale Silvestre !!! 49
ZENÓLIA DE ALMEIDA Membro da Academia Valadarenses de Letras
Namasté! (*) N
unca gostei de novelas, mas confesso que estou acompanhando, com indisfarçável interesse, “Caminho das Índias”. Não sei se me atrai o tema, a cultura do país e sua multiplicidade de costumes e valores ou, quem sabe, a eterna saudade da sala de aula, onde durante mais de 30 anos trabalhei com antropologia. Naquela oportunidade, buscava mergulhar fundo na tessitura da alma humana, decifrando códigos socais, padrões de comportamento, valores culturais, no desejo de entender a tessituta de cores, dores e amores que compõem a existência de cada cultura, oculta nas teias do cotidiano. E, por contraste, entender melhor nossa própria cultura. O estudo da Antropologia (ciência dos costumes) nos mostra a importância da cultura nas nossas vidas (cultura aqui entendida como uma rede de significados — crenças, valores, costumes, leis, moral, línguas, etc. — que dão sentido ao mundo que nos cerca). Aprendida ao longo de nossas vidas, a cultura ocidental é a nossa referência, ou seja, um modelo que acreditamos ser o melhor e, portanto, deveria ser seguido por outras sociedades. Este fato resulta de uma visão preconceituosa, etnocêntrica, de considerar correto apenas os valores e padrões de comportamento de nossa sociedade, em detrimento de outras. Quando estabelecemos contato com outras culturas, seja através dos meios de comunicação (jornal, internet, TV, cinema, etc.) ou até mesmo quando viajamos, estamos expostos ao chamado “choque cultural” — um sentimento de estranhamento que experimentamos diante do novo, do diferente, do exótico, do desconhecido. Ao mesclar tradição e modernidade, a novela “Caminho das Índias” tem causado uma espécie de choque cultural em muitas pessoas que não conseguem relativizar os valores e comportamentos manifestos na cultura oriental. Fazendo jus ao clima de folhetim, Glória Perez retrata na novela uma Índia de costumes fortemente conservadores, com conflitos e dramas que retratam a antiga colônia britânica (que se tornou independente nos idos de 1947) ou, hoje, uma pequena comunidade tradicional. Rica e diversificada, a cultura indiana é uma das civilizações mais antigas da história. Um rígido sistema de castas (extinto na Constituição de 1950), ainda hoje ancorado em razões culturais e religiosas, define uma hierarquização dos grupos sociais assim concebidos historicamente: brâmanes (religiosos e nobres), xatrias (guerreiros), vaixias (agricultores e comerciantes), sudras (escravos) e párias (intocáveis, impuros) ou dalits (sem
castas). Pertencer a uma casta significa saber o destino que os deuses lhe reservaram: onde deve morar, qual profissão desempenhar, com quem pode casar... Mas, tal como o mundo, essa é uma realidade em mudança. Crenças e superstições evidenciadas na trama descrevem uma sociedade onde a mulher tem papel secundário de pouca ou nenhuma relevância: não pode escolher seu marido (papel que compete à família); ao casarse, deixa todos os seus pertences para trás, passando a morar com a família do marido, colocando-se a serviço e caprichos de sua sogra. O artigo 45 do Código de Manu (legislação mais antiga da Índia) estabelece que “uma mulher está sob a guarda de seu pai durante a infância, sob a guarda do seu marido durante a juventude, sob a guarda de seus filhos em sua velhice; ela não deve jamais conduzir-se à sua vontade”. Não ter filhos homens significa desprestígio e humilhação para a mulher. Mas, por outro lado, a mulher é a verdadeira representação de Laksmi, deusa da prosperidade, cabendo-lhe a guarda da chave do cofre e da despensa. (Wikipédia, a enciclopédia livre) Chama a atenção a abordagem de temas sociais tais como a falta de respeito para com os professores, a violência gratuita dos jovens, a educação sem limites dos pais, o uso da internet para denegrir pessoas, revelando uma face sombria da cultura ocidental. Personagens com problemas mentais completam o quadro de uma sociedade que segrega e discrimina o diferente. Valores culturais presentes em frases e ditos populares destacam o respeito aos mais velhos, que, diferentemente de nossa sociedade, são tratados com respeito e atenção: “Quando se perde um velho perde-se uma biblioteca inteira”. (...) “Temos que escutar e curvar-nos diante dos mais velhos; a sua vontade deve ser a nossa vontade”, (...) “os costumes são os costumes”. Eles falam mais alto que as palavras (...) precedem o tempo. Para nós, ocidentais, o tempo é uma referência. Para os orientais, “o tempo é uma ilusão. Não existe”. Baguan Keliê (ô meu Deus)” Are Baba (ai, ai, ai... não brinca). Namasté!
(*) Namasté ou Namaskar vem do sânscrito e significa “O Deus em mim saúda o Deus em você”. É a forma mais popular de cumprimentar na Índia. Sua origem baseia-se na crença de que todos são essencialmente divinos, cabe apenas a cada um despertar essa divindade latente. (Wikipédia, a enciclopédia livre).
REPORTAGEM por Paula Greco
Um ciclo sem fim Já vai longe o tempo em que aos 50 anos uma pessoa era considerada velha ou improdutiva. Avanços científicos apontam os caminhos para se manter belo e saudável por muito mais tempo, aumentando as expectativas de vida, graças a hábitos e tecnologias. Mas enquanto as pessoas ganham qualidade de vida, o planeta perde recursos naturais, fazendo crescer o questionamento sobre em que mundo viverão estes jovens cinquentões do futuro.
A
quele velho ditado de que a vida começa aos 40 nunca pareceu tão novo. Se a uma ou duas gerações passadas, nesta idade a pessoa já era considerada “coroa” e se preparava para encerrar a carreira, ter uma boa aposentadoria e ver chegarem os netos, atualmente eles estão, muitas vezes, tendo ou planejando o primeiro filho,
o próximo empreendimento, as conquistas que virão. Uma radical mudança de hábitos e valores é a grande responsável por esta mudança. Contar os anos é obrigatório, envelhecer é opcional. E cada vez mais as pessoas optam por retardar ao máximo possível este processo de envelhecimento. E têm, na ciência, uma grande alia-
da. O fato é que a expectativa de vida do cidadão brasileiro, por exemplo, que séculos atrás não passavam de 50 anos e até os anos 80 eram de 62, hoje chegam aos 73. E, literalmente, vendendo saúde. Na medicina, foram desenvolvidos medicamentos e vacinas para doenças como a diabetes, que deixou de ser fatal para se tornar um
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REPORTAGEM
risco controlado. Os alimentos mais adequados para manter saudáveis corpo e alma também foram sendo identificados, bem como os exercícios que fazem a “máquina” humana funcionar melhor. Os recursos para a manutenção de uma aparência jovial também crescem a cada dia, deixando no passado rugas e marcas do tempo, dando um outro conceito às noções de idade. De dentro para fora, este “drible” no tempo tem a ver com uma consistente mudança de hábitos, que começa na alimentação, passa necessariamente pela prática de exercícios físicos e inclui cuidados médicos para manter o organismo em condições de manter esse estilo de vida. Em 100% dos depoimentos de pessoas, anônimas ou famosas, para as quais o tempo parece ter parado, o segredo da juventude consiste em reduzir ou suprimir determinados itens da dieta (em especial os já co-
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nhecidos vilões, como frituras, carne vermelha, refrigerantes e doces), cuidar do exterior com filtro solar e hidratação e, sobretudo, colocar o corpo pra se mexer. Quente, plana e arborizada, e ainda livre dos níveis de poluição e violência das grandes cidades, Governador Valadares oferece excelentes condições para quem busca uma vida longeva e saudável. Espaços abertos e aprazíveis para caminhadas, pedaladas e corridas estão por toda a cidade. Para os radicais, a Ibituruna, em pleno perímetro urbano da cidade, é quase uma “academia” natural, oferecendo graciosamente opções de exercício. O ritmo de vida longe das capitais é outro fator favorável, já que diversos estudos apontam o bom humor com uma das mais poderosas armas anti-envelhecimento. Aproveitar todas estas condições e escolher uma vida com mais qualidade é daquelas decisões que exigem disciplina e determinação. A motivação para essa atitude, entretanto, não pode ser apenas estética. Porque sentir-se jovem aos 40, 50 ou 60 anos é muito diferente de achar que ainda tem 20 anos. E embora a diferença visual entre as duas idades seja hoje cada vez maior, incluindo-se aí o modo de vestir, não dá para abrir mão do que a maturidade nos traz de melhor: uma postura serena – ainda que inquieta – diante da vida. Por isso mesmo, empreender um novo trabalho, um novo relacionamento, enfim, (re)começar a vida aos 40 pode ser tão estimulante. É juntar o entusiasmo de quem ainda tem muita estrada para percorrer com a experiência de quem já caminhou o suficiente para aprender com os próprios tropeços e não se deixar levar por eles.
REJUVENE M
as não há como deixar de pensar em que mundo viverão esses cada vez mais jovens cinquentões. Porque com a longevidade da humanidade aumentando, a densidade demográfica cresce junto e os recursos naturais, já tão usados e abusados, vão escasseando mais rapidamente. Profetas do apocalipse prevêem o fim dos tempos em água, fogo ou aridez. Sensacionalismos à parte, a falta de cuidado para com o meio ambiente, a emissão desmedida de agentes poluentes e a extração de recursos não renováveis são as grandes responsáveis, sim, pela queda na qualidade
de vida por todo o planeta. O despertar desta consciência para a preservação do planeta vem de décadas e encontra eco nos estudos de ambientalistas preocupados com esta deterioração de recursos, mais rápida que os avanços tecnológicos disponíveis para contê-la. O fato é que a vida moderna, tal como é, também precisa ser repensada. Cuidar de si inclui cuidar do planeta, que no caso de cada um está na sua casa, na sua rua, na sua cidade. A expressão consumo consciente tem tudo a ver com este novo moddus vivendi que quer prolongar a vida do planeta tanto quanto a sua própria. E para entrar nesta onda, em meio a tantas mudanças de há-
estão ficando cada vez mais baratos. No chuveiro, quanto mais rápido e com água menos quente for o banho, melhor. Consumir menos energia e menos água é bom para o seu bolso e para a saúde do mundo. Pilhas e baterias recarregáveis podem até ser mais caras, mas o investimento compensa e a natureza agradece. Manter o carro regulado é outra dica sensacional. A idéia é calibrar os pneus a cada 15 dias e fazer revisão completa a cada seis meses. Carros regulados poluem menos. A manutenção correta de apenas 1% da frota de veículos mundial representa meia tonelada de gás carbônico a menos na atmosfera. Na hora de ir às compras, fique de olho
SCER O PLANETA bito, algumas pequenas atitudes tomadas em casa e no ambiente de trabalho podem parecer bobagens, mas fazem toda a diferença. Na hora de cozinhar, por exemplo, usar sempre fogo baixo e tampar as panelas são dicas mais que batidas, mas funcionam mesmo. Usar a panela de pressão pode economizar seu consumo de gás em até 70%. Limpar ou trocar com freqüência o filtro do ar-condicionado também funciona. Um ar-condicionado sujo representa 158 quilos de gás carbônico a mais na atmosfera por ano. Se não dá para diminuir a quantidade de eletrodomésticos, pelo menos opte pelos que têm o selo Procel de baixo consumo. TVs, DVDs e aparelhos de som em Stand By também são sinônimos de desperdício. Esta função é responsável por até 40% do consumo de energia do aparelho. Então, parou de usar, desligue na tomada. O mesmo vale para os computadores. Desligue o computador sempre que for ficar mais de 2 horas sem utilizá-lo, e o monitor por até quinze minutos. Aliás, o maior responsável pelo consumo de energia de um computador é o monitor. Monitores de LCD são mais econômicos, ocupam menos espaço na mesa e
nas embalagens. Embalagem pequena é sinônimo de desperdício de água, combustível e recursos naturais. Prefira embalagens maiores, de preferência com refil. E para carregar suas compras tenha em mãos sua própria sacola reutilizável. Elas voltaram à moda e já tem muita empresa patrocinando esse tipo de sacola. As de plástico descartáveis são um dos grandes inimigos do meio ambiente. Elas não apenas liberam gás carbônico e metano na atmosfera, como também poluem o solo e o mar. Além disso, sempre que possível, troque o carro pela bicicleta ao ir para o trabalho, e para subir até dois andares ou descer três, que tal ir de escada? Além de fazer exercício, você economiza a energia elétrica dos elevadores. E já que cada vez mais a idéia é ter uma vida longa e próspera, não deixe de cumprir pelos menos uma das tarefas através das quais os homens se imortalizam, segundo os orientais: plante uma árvore. Ao longo de sua vida, ela vai absorver mais que uma tonelada de gás carbônico da atmosfera. Assim, a juventude pode inspirar fundo e o planeta respirar um pouco mais aliviado.
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Receita
Conchas Gigantes com Siri Mornay INGREDIENTES 12 conchas gigantes de macarrão 3 colheres de sopa de manteiga sem sal 1 cebola em cubos 1/2 xícara de chá de cogumelos em fatias 450g de chá de ricota 1 ovo 1/2 colher de chá de pimenta-do-reino 2 colheres de sopa de farinha de trigo 1/2 xícara de chá de creme de leite com soro 1 xícara de chá de caldo de galinha 1/3 xícara de chá de queijo parmesão ralado na hora MODO DE PREPARO Cozinhe as conchas em 4 litros de água fervente com um pouco de sal, por 12 a 14 minutos. Passe pela água fria. Derreta 1 colher de sopa de manteiga numa frigideira grande. Rofogue a cebola e cogumelos até ficar macio e todo o líquido evaporar. Deixe esfriar. Misture o siri, a ricota, cebola refogada, ovo e pimenta. Recheie cada concha com a mistura, apertando bem para dentro da concha. Coloque as conchas em uma caçarola levemente untada. Derreta o restante da manteiga numa panela, acrescente a farinha e cozinhe 2 minutos em fogo brando. Junte o caldo de galinha e o creme de leite e deixe engrossar. Acrescente o queijo Parmesão e cozinhe mais 2 minutos. Despeje o molho sobre as conchas, asse em forno pré-aquecido a 180ºC, por 20 minutos. Sirva.
Bom apetite!
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