Revista Movimento - Abril 2010

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Ano 12 Abril 2010

108 Textos:

Reportagem:

Escola integral Entrevista:

Marcos M. Almada

Capa:

Leonardo Nascimento




ENTREVISTA

Marcos Medrano Almada

EDITORIAL

O engenheiro Marcos Medrano Almada tem origem moura - Marcio disse que por isso foi secretario do Mourão - nasceu em São Paulo, capital, e mora em Valadares há cerca de 17 anos. Com sólida formação intelectual, e forte vocação política, ele coordena o Fórum de Desenvolvimento, preside a Sociedade de Garantia de Crédito, é segundo vice-presidente da Associação Comercial, delegado eleito da Fiemg pelo Sindicato Metalúrgico, entre outras participações em entidades do Terceiro Setor. Muito participativo na vida social e empresarial da cidade, ele demonstra isso, com clareza, na entrevista que concedeu à revista Movimento. Lincoln Byrro, Márcio Aguiar, Lena Trindade, Adolpho Campos e o entrevistado sentaram-se em torno de uma mesa de doses de whisky e copos de cerveja, acompanhados de guloseimas variadas, por mais de três horas, num bate-papo animado e agradável. O entrevistado estava bem humorado e se mostrou totalmente à vontade, o que contribuiu decisivamente para que a entrevista se tornasse rica e reveladora, como nossos leitores poderão conferir nas páginas 20 a 26.

EXPEDIENTE Revista MOVIMENTO Cnpj: 03379370/0001-70 Endereço: Av. Brasil, 3.277 - sala 6 Diretora: Lena Trindade Conselho Editorial: Lena Trindade, Adolpho Campos e Márcio Aguiar Jornalista Responsável: Francisco Luiz Teixeira - Profissional : 1305/MG Colaboradores: Adolpho Campos, Darlan Corrêa, Zenólia de Almeida, Paulo Greco e Marcos Mendes. Revisão: Tarciso Alves Diagramação: Alderson Cunha (Kila) Foto Capa: Marquinho Silveira Fotos: Ramalho Dias, Marquinho Silveira, Lena Trindade Impressão: Lastro Editora As opiniões emitidas em artigos assinados e declarados são de total responsabilidade de seus autores.

Lincolm Byrro Neto

Márcio Aguiar

6 Darlan Corrêa 7 Matéria da Capa 8 Qualquer Coisa 10Marcos Mendes 16 Suruba 18 Zenólia de Almeida 20 Entrevista 28 Entrevista Aécio Neves Cinquentinha

rmovimento@gmail.com

(33) 3271-9240 | 9974-8892 | 8403-1434

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Leonardo Nascimento

Turismo Ê trem bom, sô!

Política e futebol Ser e agir Green

Tudo de novo outra vez

CONTATO Comercial:

Difunde-se a percepção de que Governador Valadares necessita de algo, ainda indefinido, que possa provocar um novo “Start” para seu desenvolvimento. Percebe-se cada vez mais que a cidade está ilhada e que as ações e os projetos que se irradiam da Capital do Estado tendem a chegar, no máximo, a Belo Oriente, e não nos alcançam. Assim acontece com o gasoduto, assim parece ser o caso da duplicação da BR381. Nesta edição da Movimento, a entrevista com Marcos Almada reprisa com insistência o tema do nosso desenvolvimento e repete com desalento nossa situação de ilhados. A reportagem desta edição, entretanto, foca uma iniciativa do Poder Público Municipal, que cria uma expectativa de melhores dias, não imediatamente, mas para as próximas décadas. Trata-se do ensino em tempo integral, projeto que merece todo o nosso apoio e que deveria envolver toda a sociedade. Além da entrevista e da reportagem, a revista traz também suas seções permanentes, os textos de nossos colaboradores, coberturas de eventos institucionais e sociais, enfim uma variedade de matérias para agradar a todos os leitores. Na capa e na página 7 o jovem político Leonardo Nascimento. Leia também uma entrevista muito especial com Aécio Neves, que passou o comando do Estado para Antônio Anastasia, e faz um balanço do seu governo. Até a próxima edição.

Marcos Medrano Almada

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Internet

Se joga no Google

Empresas e Negócios Reportagem

Escola em Tempo Integral

Receita



Darlan corrêa

Cinquentinha F

azer meio século, a principio, é uma coisa meio “deprê”... Um cretino me chamou num canto e falou cheio de ironia: “Você está descendente, meu rapaz”! Eu me defendi: “Não, senhor, estou no platô”! O canalha me olhou com um ar maroto, sorriu e saiu de perto... Fiquei arrasado! Platô, descendente, meio século... PQP! Como é difícil fazer cinqüenta anos! Tento argumentar com os meus bo tões: “Pó, rapaz, agora é que a vida começa! Você já não leu isso em algum lugar?”. Sim, li.... e não acreditei! Vejam só: se o Criador sabe tudo, como a vida começaria aos cinqüenta? Com trinta quilos a mais, usando bifocais, dor nas costas, falta de fôlego... Que começo, meu irmão! Tudo bem, existem coisas que só a vivência nos concede. Em meio século testemunhei muita coisa bacana: o fim da guerra do Vietnã; as Copas que o Brasil ganhou; a chegada do homem a Lua; estréia do Rivelino no Fluminense; os filmes do Indiana Jones; música do Chico Buarque; os livros de Ruben Fonseca; as poesias do Manoel de Barros; o pôr-dosol do Arpoador; a Elis e o Tom cantando “Águas de março”; a Juliana Paes desfilando na Sapucaí; o comício das Diretas Já; a Bibi Ferreira atuando; a Betânia cantando; o velho Ulisses discursando; a Camila Pitanga; Os Simpsons; as

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Cataratas do Iguaçu; as praias de Fortaleza; o Gonzaguinha; o Betinho; “O Grande Sertão: Veredas”, “O tempo e o vento”, “Viva o povo brasileiro”... Realmente deu para viver muita coisa boa! Nem vale a pena falar das ruins... Talvez seja burrice tentar enxergar em que ponto da curva nos encontramos. Se platô ou descendente, que diferença faz? Melhor tocar a vida como se outros cinqüenta me esperassem... Não tenho direito a reclamar. Tenho um profissão espetacular (a melhor de todas), uma companheira maravilhosa, duas filhas lindas (que têm um enorme potencial) e a minha mãe está vivinha, com seus 84 anos... E, ainda, tenho bons amigos! Acho que o mínimo que posso fazer é me alegrar... Afinal, cheguei até aqui! Obrigado a todos que me abraçaram no dia 03 de fevereiro! SIM, É VERDADE! VOU FICAR UM ANO SEM BEBER CERVEJA! Prometi e vou cumprir, mesmo sendo um ano eleitoral e de Copa do Mundo... Não se preocupem. Ninguém morre se não tomar cerveja... Claro, talvez eu fique um pouco sem graça... Mas, com certeza, vou controlar melhor minha pressão e meu peso... Portanto, amigos de bar: NÃO ME OFEREÇAM A MALDITA LOURA ATÉ 04-02-2011! Obrigado!


CAPA

Uma paixão

para toda a vida

LEONARDO NASCIMENTO TRAZ A POLÍTICA NO DNA E FAZ DELA SEU EXERCÍCIO DE CIDADANIA

Léo e Aécio Neves, em recente visita a Governador Valadares

Q

uem conhece o jovem Leonardo Nascimento sabe da sua inteligência, cultura, da sua educação impecável e da absurda simpatia que transmite a todos que o cercam. O riso sempre aberto, a disposição para uma boa conversa e a naturalidade com a qual transita em todos os meios fazem dele um típico mineiro. E, como bom mineiro, Léo – como é chamado pelos amigos – revela-se um apaixonado por política. O gosto pela atividade vem no DNA. Caçula dos quatro filhos do ex-deputado Alcyr Nascimento, Léo literalmente cresceu em meio aos agitos que cercam campanhas e eleições. Foi em um momento de profunda dor pessoal que ele viu-se, aos 9 anos, fascinado pelos meandros desse meio. Sua mãe acabara de falecer, e a campanha para deputado estava a todo vapor. Para não deixar o filho pequeno sozinho, o pai passou a levá-lo às reuniões, viagens e comícios. A novidade não apenas lhe deu alento durante o momento tão difícil, como também plantou uma paixão que Léo carrega para toda a sua vida. Precocemente amadurecido em face do novo convívio da família, Léo sempre levou seu gosto pela política muito a sério, tanto que, tão logo pôde, filiou-se a um partido: na época, o PFL, que agora é DEM. Há 16 anos no mesmo partido, ele demonstra, politicamente, uma outra característica de sua personalidade: a fidelidade.

Dentro do partido, sempre trabalhou “jogando para o time”, tendo tido ativa participação em setores partidários, o que permitiu a lembrança do seu nome e a posterior nomeação pelo Governador para a composição do Conselho Estadual da Juventude, na primeira gestão do Governo Aécio Neves, acompanhando de perto a discussão de importantes projetos administrativos do Governo Estadual, no período de 2003 e 2004. Passada essa fase, retornou em definitivo a Governador Valadares, onde fora convocado a colaborar com o Governo Bonifácio Mourão, fato que lhe proporcionou ampla visão da administração municipal, além do orgulho e satisfação de ter participado de tão profícuo governo. Este valadarense que vive entre sua cidade natal e a capital mineira desde a infância, mas sem jamais perder suas raízes familiares, contabiliza com orgulho o fato de viver metade de sua vida atento à política. Para ele, é um privilégio e uma honra já ter visto e participado ativamente de tantos momentos marcantes da história recente da nossa cidade, do Estado, e até do país. A paixão pela política, que ele espera vivenciar ainda por todas as décadas de vida que tem pela frente, lhe deu oportunidades de passar por experiências únicas, conferindo-lhe um olhar singular sobre a realidade brasileira, e que, longe de deixá-lo desesperançoso, reforça sua convicção de que não existe uma forma mais contundente de exercer a cidadania e fazer sua parte – começando por Governador Valadares – na construção de um país que realmente seja melhor a cada dia, para todos os seus filhos.

Posse no Conselho Estadual da Juventude

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QUALQUER QUALQUER COISA

Política e futebol “Vi na TV que a unha encravada do Maycon inflamou, e ele não joga domingo”. Coisas desse tipo, ouvimos quase todos os dias, o ano inteiro. São frases do torcedor de futebol brasileiro, que monitora detalhes da vida de seus ídolos. Futebol é a paixão nacional, uma “caixinha de surpresas” e muitas outras coisas que parecem desimportantes, mas não são. É simplesmente um esporte e uma diversão. Ultimamente transformou-se em “business”. Não muda a vida de ninguém, nem de cidade ou estado nenhum, nem do País. Fico pensando que se o brasileiro tivesse mais educação e, com isso, se interessasse mais por política, nosso país seria muito melhor. Penso até que, durante pelo menos esta e a próxima década, deveria haver nas escolas uma disciplina que tratasse de política. Estamos em ano eleitoral, vamos eleger o presidente da República, governadores, senadores, deputados, e se soubéssemos um pouco da vida dos candidatos - não tanto como a dos jogadores de futebol - poderíamos votar melhor, escolher com mais propriedade nossos governantes e legisladores. Lógico que futebol é muito mais divertido, mas política pode ser, também, interessante. Basta acompanhá -la e exercitá-la. O desinteresse pela política, entre nós surgiu na época da ditadura, quando não havia liberdade, e o brasileiro, especialmente o jovem, se julgava impossibilitado de interferir nos destinos de seu próprio pais. Formou-se, então, uma geração de alienados. Antes da ditadura — e eu era estudante então — a juventude se engajava de verdade em atividade política, principalmente nos Diretórios Acadêmicos. Os movimentos estudantis tinham grande importância 8

na moldagem da consciência da sociedade brasileira. Hoje, sobrou a alienação:”Político é tudo a mesma coisa”. Com isso, aumenta o risco de vermos com mais freqüência imagens, na TV, de deputados, governador e empresarios enchendo cuecas e meias de cédulas de R$ 50,00 e R$ 100,00. Nosso rico dinheiro. A propósito, dizem que estão na moda cuecas “boxer”, que são do tipo samba-canção porém mais apertadas, e meiões desses de jogador de futebol . Com esse conjunto “boxer - meião” pode-se transportar até R$ 100 mil: dois maços de cédulas na região das nádegas, outros quatro na parte da frente. Nos meiões, dois bolos de grana em cada perna. Cada massaroca de papel moeda contendo R$ 10 mil, sem correr o risco de ser surpreendido com cédulas brotando calça a fora, o que, convenhamos, além de inconveniente, não é nada elegante. As consultoras de estilo Constanza Pascolatto e Gloria Kalil não aprovariam. Alem do presidente da República e dos governadores, vamos eleger, em outubro próximo, deputados e senadores. Estamos num momento importante, e é necessário ter um Congresso mais forte para se contrapor à tendência de hiperpresidencialismo que assistimos, baseado na deterioração do Parlamento e no enfraquecimento das organizações partidárias. Então fiquemos acertados: saber escolher, criteriosamente, nossos candidatos e, quem sabe, poderemos dizer no futuro: “O deputado que ajudei a eleger está batendo um bolão”.

Aviso a alguns políticos meófitos valadarenses: “Política não se faz com o fígado. Não é uma função hepática”. Ulysses Guimarães


Além de impressionar à primeira vista pelo visual inovador e jovem, o carro é extremamente confortável.

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Marcos Mendes * Marcos Mendes é jornalista, professor da Univale e assessor de comunicação da Câmara Municipal

Ser e agir Green

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nquanto criacionistas e ambientalistas digladiam sobre a responsabilidade humana na mudança climática, e enquanto os físicos debatem sobre as assimetrias e imperfeições das complexas estruturas existentes no universo, a consciência ecológica ganha terreno em setores industriais e comerciais, como os da moda, do design, da gastronomia e da beleza. É certo que muitos por desinformação ainda não entendem o que é ser socioambiental. Comparativamente com a Europa e os Estados Unidos, o Brasil ainda é um alienado. É certo também que a luta ambiental surgiu há algumas décadas entre europeus e americanos, e já se incorporou no cotidiano desses povos. No Brasil, o socioambientalismo tem conquistado adeptos que vão muito além da preferência por verduras e frutas sem agrotóxicos. Ser e agir “Green”, na Europa e nos USA, já é quase uma necessidade. Eles têm escassez de recursos naturais, climas muito frios e espaços diminutos. O consumo sustentável tem ganhado cada vez mais adeptos mundo afora, e inclusive no Brasil, que já começa a perceber que ele não traz benefícios imediatos, mas garante condições de trabalho justas e a preservação do meio ambiente. Enquanto o consenso não acontece entre os que defendem uma ordem fundamental que unificaria todas as forças componentes da matéria e a teoria das assimetrias, as mudanças climáticas têm provocado inundações e secas prolongadas, invernos

e verões intensos, mas também motivaram uma série de tendências ecocool, que todos nós já podemos e devemos incorporar em nosso dia-a-dia. Novos tecidos feitos com matérias-primas como garrafas pets, couro ecológico a partir de látex natural, a lona com fibra de juta e o couro de peixe, e até a lona de caminhão, formam a base de muitas peças das coleções de marcas como a Osklen e a Yves Saint Laurent. A cor sem tinta, para tingimento natural de roupas, extraída de corantes vegetais e pigmentos naturais, é um recurso cada vez mais usado em camisetas de algodão 100% orgânico. Um plástico à base de milho aplicado por cima do tecido parece um couro craquelado, e assim como o acetato de celulose, usado em óculos de sol, são biodegradáveis, o que garante o descarte sem culpa. Depois dos vinhos e cafés, é a vez de os chocolates ganharem safras especiais e se livrarem dos agrotóxicos. Em tempo de Páscoa, já é possível consumir chocolate safrado orgânico. Provavelmente as simetrias, assimetrias e imperfeições ainda provocarão muitos debates no contexto da física teórica moderna. Paralelamente, as mudanças climáticas também. Sejam quais forem as conclusões dos debates, é imperioso que adotemos hábitos mais conscientes, como a reciclagem do lixo, o uso racional de água e, principalmente, o consumo de produtos orgânicos e naturais. O meio ambiente e a humanidade agradecem.



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Maria da Penha Siqueira Assis A importância do cirurgião dentista no tratamento dos distúrbios do sono

FOTO: RAMALHO DIAS

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A Dra. Maria da Penha Siqueira Assis é Mestre e Especialista em Reabilitação Oral, Especialista em Odontogeriatria, PósGraduada em Odontologia do Sono, Membro Efetiva da Sociedade Brasileira de Reabilitação Oral, professora do curso de Especialização em Implantodontia da Univale, professora de Prótese Fixa do curso de Odontologia da Univale.

ormir bem não é importante apenas para descansar o corpo. O sono é fundamental para a saúde mental e emocional das pessoas, pois é durante este período que ocorrem importantes processos biológicos essenciais para uma vida saudável. Uma noite mal dormida interfere na integridade das funções diárias do organismo, ao gerar cansaço, esgotamento, dores no corpo, mau humor. A privação do sono também prejudica a atenção e a memória, além de afetar a circulação sanguínea e o coração. A necessidade diária de sono varia de acordo com a idade. Mas quem não tem um sono reparador mostra-se menos produtivo, pois é durante o sono e os sonhos que acontece o arquivamento do que se aprendeu durante o dia. Daí a necessidade de a criança em idade escolar, por exemplo, ter horários regulares de sono. Existem vários distúrbios que acometem esse estágio de repouso do organismo, podendo ocorrer em crianças, adolescentes, adultos e idosos. O tratamento desses distúrbios é feito de forma multidisciplinar e dentro desse conceito surge uma nova especialidade odontológica, a Odontologia do Sono, que, junto à Medicina do Sono, vem colaborar com a qualidade do sono desses pacientes. Os principais distúrbios do sono são: insônia, parassonias (pesadelos, sonambulismo), narcolepsia (sonolência diurna excessiva), distúrbios respiratórios como a Síndrome da Apneia Hipoapneia Obstrutiva do Sono (SAHOS), resistência das vias aéreas superiores, o ronco, e o bruxismo. O exame utilizado para detectar e diagnosticar esses distúrbios é a polissonografia. A indicação se dá quando o profissional, seja da medicina ou da odontologia do sono, suspeita de apneia. Mas é o médico do Sono o responsável por realizar o exame clínico, os estudos apropriados ao caso, o diagnóstico e o plano de tratamento. Aí é que, se necessário, é solicitada a integração do Dentista do Sono à equipe, para o tratamento do paciente.

COMO ATUAM OS DENTISTAS DO SONO A Dra. Maria da Penha Siqueira Assis, Dentista do Sono, explica que no 1º Consenso

de Ronco e Apneia do Sono de 2.000, promovido pela Sociedade Brasileira de Sono, foi recomendada a criação de um “curriculum” mínimo em Medicina do Sono, para os dentistas que se propusessem a tratar esses distúrbios, uma vez que os conhecimentos exigidos aos profissionais para atuar nessa área não fazem parte do domínio de sua formação acadêmica. Dentistas treinados especificamente em aspectos da Medicina do Sono são grandes auxiliares dos médicos no tratamento de pacientes com transtornos respiratórios do sono, contribuindo com mais uma condição terapêutica para os pacientes, como a construção de dispositivos intraorais, cirurgias ortognáticas e tratamentos ortopédicos preventivos. A participação do dentista como integrante da equipe multidisplinar que reconhece e trata os portadores de SAHOS é aceita desde 1995 pelo Colégio Real Médico da Inglaterra e pela Associação Americana da Desordem do Sono, que preconiza que cabe ao Dentista do Sono as tarefas de avaliar o paciente, selecionar, instalar e ajustar adequadamente o aparelho intraoral, a sua preservação e avaliação de possíveis complicações, como a Disfunção Temporo Mandibular, má oclusão dentária e o desconforto do próprio aparelho. Os Dispositivos Intraorais são placas presas aos dentes, que se articulam entre si avançando a mandíbula, e com isso afastam os tecidos da garganta. Essa mudança postural é individual e depende de característics pessoais, que devem ser avaliadas clinicamente. De fácil adaptação, são indicados nos casos de ronco primário (sem apnéia) e nas apnéias obstrutivas leves e moderadas. Quando mal indicado, esse dispositivo pode ser bastante prejudicial, levando a um quadro no qual o paciente diminui ou elimina o ronco, sem reduzir a apneia. O sucesso do tratamento basicamente vai depender da cooperação do paciente, com mudanças de comportamento para amenizar a gravidade da patologia e melhorar o seu bem-estar. Já com as crianças, é possível fazer tratamentos preventivos através de intervenções ortopédicas funcionais, com o objetivo de prevenir adultos com possibilidade de SAHOS.

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Acupuntura:

muito além das agulhas

uem nunca passou por um tratamento de acupuntura, ou desconhece os detalhes desta técnica da medicina chinesa, costuma relacioná-la basicamente com o uso de agulhas em pontos específicos do corpo para promover a cura ou alívio de sintomas de diversos tipos de mal-estar. Mas a fisioterapeuta e acupunturista Fernanda Dorsch Rodrigues Fialho – há 16 anos trabalhando na área – ensina que os processos de diagnóstico e tratamento vão muito além do uso das agulhas, utilizando-se de outras reconhecidas técnicas da medicina oriental. A avaliação do paciente consiste também em uma criteriosa análise, que começa pelos sintomas queixados, e passa pela observação de sua postura, coloração, respiração. Também são medidos os chamados 14 pulsos chineses, que revelam os pontos de maior desequilíbrio energético. Alguns órgãos, como a língua e a orelha, são chamados de microssistemas, e igualmente recebem atenção especial para formação do diagnóstico.

Na orelha também é aplicada a auriculoacupuntura, uma vez que neste microssistema é possível estimular os mesmo canais de energia que temos espalhados por todo o corpo. Como na orelha esse estímulo é feito com a colocação de sementes ou esferas, Fernanda utiliza-o de forma combinada com as agulhas tradicionais, de forma que o paciente possa continuar o tratamento em casa. Outras técnicas também são associadas pela fisioterapeuta, com o objetivo de tornar ainda mais eficaz o processo de cura. Podem ser usados estímulos elétricos que aumentam o fluxo de energia nos pontos a serem trabalhados, e ainda há a moxabustão, que é a aplicação de calor nestes pontos através de um bastão, que pode ser ou não combinado com a utilização das agulhas. Tudo isso são ferramentas utilizadas a partir de técnicas milenares, de forma segura e eficaz, com um único objetivo: estabelecer o equilíbrio energético do organismo, promovendo mais saúde e bem-estar, de forma natural.

Fernanda Dorsch Rodrigues Fialho Fisioterapeuta

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Micheline Xible:

Uma guerreira com estilo

empresária de moda Micheline Xible é uma dessas raras mulheres que sabem a medida exata para equilibrar a razão e a emoção. Forte o bastante para superar as adversidades, demonstra toda a sua sensibilidade no amor pela música, pelas filhas, pela vida. Uma fortaleza ancorada na inabalável fé em Deus, que Micheline faz questão de professar. Sua trajetória profissional, pautada pelo sucesso, é fruto de muito esforço e muito trabalho. Formada em Contabilidade e Administração de Empresas, Micheline sempre dominou com facilidade a matemática financeira. Já a opção pela moda veio como um presente, uma bênção recebida a partir da observação de um segmento no qual as consumidoras careciam de variedade e bom gosto. Nascia assim, há mais de 10 anos, a Cravo & Canela, loja especializada em roupas para mulheres evangélicas, que buscam peças mais discretas e confortáveis, sem abrir mão da qualidade e da beleza. Como nada vem da noite para o dia, foi com muita dedicação, persistência e feeling para oferecer exatamente o que suas clientes procuram, que Micheline consolidou seu empreendimento. Positiva, cheia de energia e com uma grande visão empresarial, ela vem ampliando seu espaço. A La Sorella (que em italiano significa A Irmã) veio para atender um outro

público, com roupas e acessórios para a mulher do século XXI, dinâmica, produtiva e cheia de charme, como a própria Micheline, que é quem, por sinal, escolhe pessoalmente as marcas e modelos que vende, tendo em mente sempre duas palavras: diversidade e satisfação para suas clientes. E como parar ou estagnar não constam de seu vocabulário, ela vem aí com mais novidades: o projeto de uma terceira loja já está em execução, desta vez para incluir sapatos e sandálias, paixão de 9 entre 10 mulheres, no seu leque de opções. E, mesmo com toda essa atividade profissional, Micheline encontra tempo para participar vividamente de sua comunidade religiosa e ainda se dedicar ao piano e ao violão, instrumentos que aprendeu “de ouvido” ainda na adolescência, e através dos quais exercita seu talento musical. Uma paixão que ela fez questão de incentivar nas filhas desde pequenas e que hoje é um dos elos de ligação familiar. Para quem gosta tanto de matemática, entre tantas multiplicações e divisões, Micheline sabe que obtém, da vida, um saldo muito positivo.

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SURUBA Adjetivo: bom, excelente, forte, supimpa. Sf: grande cacete, bengalão. S. chulo: namoro escandaloso. S. chulo: orgia sexual em que participam mais de duas pessoas; surubada, bacanal.

Cinema anos 60 I A Folha propôs a vários cineastas brasileiros que escolhessem as “cenas que sintetizam a história do cinema”, ou seja, as cenas dos filmes que mais marcaram cada um deles: Hector Babenco, Walter Lima Júnior, Domingos de Oliveira, Cacá Diegues, Sérgio Resende, Sylvio Bach, entre outros. Das 16 cenas escolhidas 10 são da década de 60 e 3 da década de 50, quase 60. Tem, também, Encouraçado Potemkin, que entra em todas as listas, e sobraram 2 cenas para as demais décadas.

Cinema anos 60 II Nelson Rodri gues falava do “complexo de viralata” do brasileiro. Parece que perdemos esse complexo depois do advento de “o Cara”. Pois Janet Leigh no filme Psicose não é que José Mojica Marins, o Zé do Caixão, falando do filme “Psicose”, de Alfred Hitchcock onde há a famosa cena de Janet Leigh sendo esfaqueada no chuveiro, faz restrições ao filme e à cena? Como se ele fosse um Sergei Eisenstein. Psicose é de 1960.

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Se vira nos trinta é o Corintians: Ronaldo,33. Yarley,35. Roberto Carlos,36.

adolpho campos

Minas fácil Deu na Folha que o governo de S.P lançou um sistema para desburocratizar a abertura de pequenas empresas, livrando-as de licenciamentos diversos, vistoria prévia e licença do Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, ou de órgãos do meio ambiente. Podem ser abertas pela internet. Aqui em Valadares, eu e dois amigos estamos tentando, há 60 dias, abrir uma pequena empresa, sem êxito. É o Minas Fácil!

Tempo Integral Pedofilia O Papa pede desculpas, pela enésima vez, por crimes de pedofilia, na Igreja Católica. A Igreja, pelo que dá para perceber, tem um problema crônico que tem que ser resolvido. Pedidos de desculpas não resolvem.

Se tiver êxito o programa de ensino em tempo integral em desenvolvimento pelo Governo Elisa Costa, somente isso justificaria sua passagem pela Prefeitura de Governador Valadares.

Eleições 2010: concurso do carisma Por falar em eleições, qual situação é mais constrangedora ? Dilma sambando, no Carnaval com um gari

Serra, na praia de terno Ambos são feios e mal-humorados. Não tem como mudar isso.


ADOLPHO CAMPOS

Vai dar m... I Teve um bloco de carnaval no Rio com o nome “Tudo certo para dar merda”. Mais ou menos o que acontece em Valadares.

Vai dar m... II

Agregador Inventaram, aqui em Valadares, a figura do agregador. Aquele que não incomoda ninguém, agrada e puxa saco de todos, e não tem opinião. Opinião é uma coisa inconveniente. Esse é o agregador. Tamos ferrados!

Beijar na boca e ser feliz (simples assim...) Os marqueteiros são “feras”. Para anunciar um cervejão contrataram Ivete Sangalo: coxão, bração, peitão. Tudo a ver.

Brasiliense O poeta Nicolas Behr estampou na camiseta: “Sou de Brasília. Mas juro que sou inocente”.

Self-service Dizem que restaurante por quilo em Portugal é assim: pesam o cliente na entrada e na saída. Cobram a diferença.

Por falar nisso, Valadares tem piorado, Antes os desfavorecidos iam p/ os EEUU para ganhar algum, agora são favorecidos quem se muda para Vitória, BH, etc.

Carioquê O carioca já está chamando a popstar Beyoncê de Bionça. Sobre a Madonna, que veio ao Brasil pela segunda vez, no carnaval, em menos de 6 meses, já estão dizendo: “Pô, essa Madonna já está enchendo o saco”.

Pedros -

Pedro Pedro Pedro Pedro

Oldoni vai jogar? ou Doni? Oldoni ! Ken?

Duas loiras - O Robert Altmam *morreu. - Quem? Odete Roitman? * Robert Altman - famoso cineasta morto recentemente.

Duas loiras se brozeando - Qual é seu protetor? - São Expedito, sem dívida.

beto sartori

Horário Eleitoral Tem gente chiando porque cobram ingresso para assistir o filme “Lula, o Filho do Brasil”. Alegam que Horário Eleitoral deve ser gratuito, por lei.

Diogo Mainardi Sa b e - se que o f ilme “Lula, o Filho do Brasil” anda patinando, com bilheteria muito abaixo do esperado. O Diogo Manardi com aquele seu exagero característico diz que “ a média de espectadores do filme foi menor do que a dos Jogos do Macaé”.

Nosso Guia A cada dia que passa descubro mais histórias do Lula, uma mais divertida do que a outra. Vejam essa: no início de seu primeiro governo ele foi ao Piauí (li essa história naPiauí), a uma favela chamada Vila Irmã Dulce. La, no palanque, o então governador Wellington Dias evocou as riquezas do Estado, “abastado em ouro e opalas (gemas)”. Lula não deixou para depois, pegou o mote e lascou: “um estado rico, que tem muito ouro, diamante, que tem Opalas, Chevetes, Fuscas, tem de tudo”.

Marmitza O José Simão diz que Lula foi a Israel e à Palestina e lançou duas coisas: Fome Zero e a revista Caras. Fome Zero em Israel se chama Marmitza. A revista Caras, “Çaras”. Já a Palestina lançou um plano de saúde igual ao SUS: Morramed!

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ZENÓLIA DE ALMEIDA Membro da Academia Valadarense de Letras. Diretora de Planejamento da Associação Comercial de G. Valadares

Tudo de novo outra vez Cortar o tempo Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente”. Carlos Drummond de Andrade

Rituais de passagem existem e são importantes para marcar o tempo e estabelecer papéis sociais. Reproduzem costumes e apresentam-se sob a forma de acontecimentos, datas, eventos que nos remetem a uma nova e quase sempre desafiante fase que passamos a escrever em nossa história. Assim, o findar de mais um ano significa encerrar uma etapa e iniciar a construção de outra, sempre com renovadas esperanças. Na noite do último dia do ano, brindamos e praticamos rituais, acreditando que agora, “tudo vai ser diferente”. Assim, renovamos promessas e desafios de “começar uma nova dieta (ficar esbelta e bonita); fazer caminhadas (manter a saúde); ser mais tolerante (evitar excessos de adrenalina); arranjar um namorado (ser feliz no amor); fazer o passeio dos sonhos (a vida passa tão depressa); ter tempo para os amigos (não quero perdêlos); ler bons livros (ampliar conhecimentos); poupar parte dos rendimentos (pensar no futuro); evitar problemas financeiros (não comprometer o orçamento doméstico); voar de asa delta (sentir-se como um pássaro); cantar alto no banheiro (contagiar o mundo de alegria); escrever um livro (deixar sua marca); fazer o caminho de Santiago (purificar o espírito); fazer sempre o que gosta (viver plenamente)... Enfim, esses são desejos e promessas quase nunca cumpridos, que só serão lembrados no final do ano, quando começamos tudo de novo, outra vez! Na vida, quando as primaveras se acumulam e che-

gamos a uma “certa idade”, encontramos tempo de olhar para trás e pensar nos anos que se passaram: trabalhamos muito, fizemos amigos, curtimos nossa família, tivemos alegrias, sonhamos e plantamos encantos, colhemos realidades e desencantos... Valeu a pena? Ao refletir sobre as escolhas que fazemos na vida, me veio à memória uma mensagem sob a forma de poema — “Instantes”, atribuída a Jorge Luiz Borges. “Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não seria tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido. Na verdade, bem pouca coisa levaria a sério. Seria menos higiênico, correria mais riscos, viajaria mais. Contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria a lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos imaginários. Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto de sua vida; claro que tive momentos de alegria. Mas se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos. Eu era um desses que nunca ia à parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente e um páraquedas; se eu voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez a vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo”. A caminho da maturidade, se me fosse dado esse direito de voltar a viver a minha vida, trataria de “viver cada dia como se fosse o último” e “aprender como se fosse viver para sempre”.


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ENTREVISTA - Marcos Almada

Fico avaliando as questões da BR-381 e sua duplicação, a questão do aeroporto, do gasoduto... tudo para em Belo Oriente. Vejo que estamos ficando ilhados em qualquer processo de desenvolvimento.

Márcio – Como é que você caiu aqui? (risos) Marcos – Sou nascido em São Paulo, capital, na Mooca. Minha origem é espanhola por parte de pai e mãe e, na verdade, minha origem mesmo são os Mouros, que invadiram a Península Ibérica. Daí os sobrenomes Meldrano e Almada.

Márcio – Daí você trabalhar com o Mourão? Marcos – Aí foi coincidência...

Adolpho – Coincidência boa ou ruim? Marcos – O tempo vai dizer. Neste momento acredito que minha experiência na vida política foi importante, e o Mourão me deu essa oportunidade. Reconheço a oportunidade que tive, mas não por isso eu posso dizer que hoje me sintonizo com a ideologia dele. Tenho minhas reservas com relação a isso. Mas foi um aprendizado...Voltando às minhas origens, meu pai foi militar da aeronáutica. Fui morar dentro da base área de Cumbica, onde hoje é o aeroporto. Eu, em criança, armava arapuca para caçar passarinho no local onde hoje estão as pistas do Aeroporto Internacional de Cumbica. Minha infância foi em São Paulo, meu pai sendo mineiro de Piunhí. Como sou o caçula de quatro irmãos, pude ter mais benesses, inclusive ajudado pelos irmãos, alguns já formados. Pude estudar inglês, ter uma boa formação, e queria estudar engenharia no ITA. Não consegui, mas acabei estudando engenharia em outro ITA – Itajubá, uma universidade federal. E lá, inclusive, conheci a Priscila. Lá, também, estudaram o Gabriel e a Euzana (medicina), e daí os laços que nos unem. Minha formação é de engenheiro mecânico, e meu sonho era trabalhar na fábrica da Volkswagen, na indústria automobilística. Tive uma infância muito boa, mas uma adolescência conturbada. Perdi minha mãe muito cedo. Ela sofreu depressão, teve problema de alcoolismo, e morreu muito jovem, logo que entrei na universidade.

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Tendo em vista esses problemas, fiquei mais focado, ainda, nos estudos, e acabei tendo oportunidade de realizar um sonho, que foi trabalhar na Volkswagen. Meu primeiro emprego, quando tinha entre 22 e 23 anos, um garoto ainda... e lá eu me decepcionei um pouco, porque eu queria projetar, queria desafios, e na realidade vinha tudo pronto da Alemanha. Ali eu não tinha desafios. Como eu tinha feito estágios na área de infraestrutura, na Andrade Gutierrez – onde meu irmão trabalhava – e eu gostava dessa área de infraestrutura, uma multinacional americana, a Barber Green, me procurou dizendo que tinha um projeto interessante para meia dúzia de engenheiros-trainees para passar por um processo na fábrica – a Barber Green detinha 95% do mercado brasileiro na área de asfalto, britagem, enfim, insumos para estradas de rodagem, barragens, etc – e ter a oportunidade de substituir os gerentes que estavam em vias de se aposentar. Assim, eu pude conhecer o Brasil inteiro, na Barber Green. Fui um daqueles seis engenheiros (o mais novo) a assumir uma gerência. Nesse período, me casei com a Priscila. Conheci a Priscila quando nós dois fazíamos teatro. Éramos irmãos numa peça de teatro.

Márcio – Essa coisa de incesto é um problemão... (risos) Adolpho – E quando você veio para Valadares?


Marcos – Com essa história da Barber Green trabalhando com as empreiteiras acabei chegando, em 1993, à planta que a antiga Metamig-Comig resolveu arrendar aqui em Valadares. Quem adquiriu o caderno para a licitação foi a Andrade Gutierrez Mineração. Quem tinha feito os estudos para a Andrade tinha sido o seu diretor, engenheiro Plínio Pereira. O projeto era pequeno para a Andrade e o Plínio quis ficar com ele. Fez com a empresa um PDV (Plano de Demissão Voluntária), pegou um bom dinheiro na época, para investir e participar da licitação. Ganhou. E daí a Prominex. Eu já era gerente de exportação, tinha inglês fluente, tinha feito MBA na Getúlio Vargas, em marketing, enfim tinha ótima formação. O Plínio, então, ofereceu uma oportunidade para eu vir para Valadares. Meu filho mais velho, o Lucas, tinha um ano, eu não queria que ele fosse criado em São Paulo, então eu abri um Guia 4 Rodas e mostrei para a Priscila onde era Governador Valadares... Eu tinha vindo aqui uma vez, em 1989, para fazer um star-up numa planta de asfalto, que hoje é do Paulo Preto. A Priscila topou e viemos, em novembro de 1993.

Adolpho – Por que a Prominex não deu certo? Marcos – Questão de impostos. Questão tributária. O Plínio lutou uma vida para mudar a tributação mineira nessa área, sem conseguir. Depois houve a mudança. Hoje a Prominex daria certo. Eu tocava a planta, o Plínio ficava mais em Belo Horizonte. Quero registrar aqui a forma interessante com que o Almyr, na época, compôs a diretoria da Associação Comercial, que ele presidia. Ele queria fazer uma renovação e, para isso, pediu às diversas entidades que indicassem pessoas para compor a diretoria da Associação Comercial. Para se ter uma idéia, o Arnoldo, que era presidente da Assedi (Distrito Industrial) me indicou. A mim e ao Romildo Borborema. Foi interessantíssimo, porque ele queria uma consultoria para tratar do planejamento estratégico – foi o Paulo Tourinho, que era da Agência de Desenvolvimento, e aí eu me encantei mais ainda com o tema de planejamento estratégico. O Paulo Tourinho era diretor da Escola de Formação Gerencial, e me convidou a participar. O Paulo Tourinho era técnico do Sebrae, quando o Sebrae se chamava Ceag. Coincidências da vida: o Paulo Tourinho foi técnico do Seag em Itajubá. Amigo do Harley Araken, que foi meu professor em Itajubá. Tanto o Paulo como o Harley, pessoas brilhantes. Fui para a Escola de Formação Gerencial, para ser professor, atuando numa área inteiramente nova, que era a de Empresa Simulada. E aí, quero voltar à figura do Almyr, para fazer um registro: a gestão do Almyr na Associação Comercial, à época, foi tão brilhante, aquela diretoria promoveu um planejamento tão brilhante que dali surgiram a Expoleste, AC Credi, o Fórum de Desenvolvimento, enfim, grandes projetos que hoje estão consolidados nasceram do planejamento estratégico daquela gestão. Voltando à Escola de Formação Gerencial, naquela época, tinha uma equipe forte: Cristiane Pitanga, Elizabete Esteves, Mariza Coelho, Sames Assunção – hoje secretária de Educação. Os meninos, alunos, eram também brilhantes. Ganhamos um prêmio de melhor Empresa Simulada.

Lena – E hoje?

Marcos – Hoje mudou. O conceito da Escola mudou, para pior. É mais uma derrota por falta de sustentabilidade de projetos como esse. As entidades não têm capacidade econômica de sustentar projetos.

Adolpho – E tinham? Marcos – Olha, tiveram. Porque havia vontade e determinação naquela época. As entidades mantenedoras acreditavam no projeto...

Adolpho- O que falta hoje é vontade política e determinação. A falta de sustentabilidade é decorrente da falta de coragem e determinação. Marcos – Acho que sim. Fico avaliando as questões da BR-381 e sua duplicação, a questão do aeroporto, do gasoduto... tudo para Belo Oriente. Vejo que estamos ficando ilhados em qualquer processo de desenvolvimento. Temos que encontrar uma alternativa para nosso desenvolvimento. E a educação é prioritária. Vivemos, hoje, um momento interessante nessa área, quando se fala no projeto de educação integral do município. Temos que acreditar nisso, como anteriormente se acreditou na Escola de Formação Gerencial, uma formação de empreendedores.

Márcio – Me parece que na época foi criado o Fórum de GV, também... Marcos – O Fórum de Desenvolvimento existe, está vivo. Os presidentes do Fórum foram: Almyr, Ignês Vieira Cabral, Marcelo Marigo...

Lena – Você também... Marcos – Hoje sou coordenador. A gente não chama de presidente... Na realidade se denomina coordenador, porque o Fórum é um foro de discussões. acho que ele tem uma importância muito grande para Valadares, em termos de debate, de discussão.

Adolpho – Marcos, uma pergunta mais direta: você não acha que, afinal de contas, estão faltando para nós, em Valadares, lideranças? Marcos – Você tem razão. Compramos a idéia da Escola de Formação Gerencial pensando nisso. Porque, além de formar empreendedores, a idéia era formar novos líderes. Então, mais do que faltar lideranças, falta-nos a formação de líderes.

Lincoln – E nós temos um histórico onde os lideres políticos não prepararam e nem deram espaço para sucessores... Marcos – No tempo que resido em Valadares, deu para ouvir dizer que, por exemplo, o Ronaldo Perim tinha dificuldade para preparar sucessores, e eu lidei com o Mourão e acho que ele tem, também, essa dificuldade. Essa realidade continua. Uma herança.

Márcio – Quebra a dentadura, mas não larga a rapadura. (risos) Adolpho – A política no Brasil se faz somente através dos partidos políticos, e nos partidos há caciques que não abrem espaço. Marcos – Concordo, em parte. Isso se passou com o Ronaldo, com o Mourão, com o Fassarella, e acho que vai acontecer também com a Elisa. Mas isso é uma via de mão dupla, e a outra via tem que se colocar disponível. Acho que existe hipocrisia por parte dos liderados, que não se colocam à disposição. O que

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“O clima da região é perfeito para a silvicultura, regime de chuvas, solo, vento, tudo”. aconteceu em Valadares, na política empresarial, na questão da União Ruralista, foi interessante: alguém resolveu “bater chapa”.

Adolpho – Achei aquilo fantástico. Mas não acontece costumeiramente. É tão raro na cidade que todo mundo ficou surpreso...além do que liderança empresarial é muito diferente de liderança política. Marcos – Minha tese é que o que houve na União Ruralista foi muito positivo. De repente surge o André Merlo e diz: “Por que não?”. E interrompe uma trajetória de continuísmo. Foi muito salutar.

Adolpho – Concordo. Só acho que esse fato não credencia ninguém a ser candidato a qualquer cargo eletivo, na política. Em São Paulo, o presidente das Fiesp, Paulo Skaf, quer ser candidato ao governo, e as resistências são violentíssimas. Marcos – Acho que, afinal, é uma meia dúzia de seis que tem disposição e/ou disponibilidade para ocupar esses espaços. O que move esse jogo, sempre, é a vaidade, o desejo do poder. Certa vez, estávamos o Augusto Barbosa, eu, outras pessoas num carro, em um bairro da periferia, em função de que poderia haver uma enchente no Rio Doce, e estávamos avisando às populações que estava tudo sendo monitorado e sob controle. A janela do carro aberta, um grupo de pessoas começou a gritar “Dr. Augusto! Dr. Augusto!”. Ele me disse que eu era neófito e que deveria aprender que o poder é bom, mas tem que saber lidar com ele. Num dia você é aclamado, bem recebido, no outro, fora do poder, você é ignorado. Registrei. Mas, enfim, acho que o Terceiro Setor pode andar alinhado com o poder público, paralelamente a ele, aos políticos profissionais, e obter conquistas. Nesse sentido, acho que a prefeita Elisa tem feito um trabalho muito alinhado com o Terceiro Setor, tem encaminhado ao poder público. Ela tem sido sensível, de uma forma que eu não tinha visto ainda, nos outros prefeitos. Ela está mais alinhada com as demandas da sociedade civil. Com isso, ela tem mais chance de acertar. Exemplo: a Fiemg pediu muito, o Francisco Silvestre, das Baterias Rayom, clamava, desde o tempo do Mourão, para se implantar a educação integral. Não agora, mas daqui a 20 anos, isso vai fazer a diferença.

Adolpho – Quero perguntar ao Almada sobre lideranças, de novo. Você mencionou há pouco o Almyr, e o Almyr é um líder, e ele não reivindicava ser líder – ele o é, naturalmente. O que não estamos vendo na cidade são pessoas assim. E então a pessoa se propõe a liderar, sem ter a aura de líder, e começa a ser bombardeada, cria arestas. outro exemplo: o Fassarella. Ele nunca reivindicou ser líder. Ele era líder... Marcos – O Mourão também é o líder natural...

Adolpho – Certamente. Mas faltam-nos essas pessoas com essa aura de líder, aquela coisa meio mágica. Márcio – É. Mas essa magia, nem no Circo de Soleil... (risos)

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Marcos – Está faltando o exercício da discussão. Volto a falar que o fato de um grupo “bater chapa” na União Ruralista foi bom. Agora o Sicoob Crediriodoce foi ter eleição para o Conselho Fiscal, e de novo um grupo “bateu chapa”. E isso, parece, passou a ser uma questão natural.

Adolpho – É um fenômeno novo em Valadares, e interessantíssimo. Marcos – Para mim, há um bocado de hipocrisia das pessoas ao ficar com o “modus operandi” com o qual às vezes não concordam, ao invés de contestar. Quem me chamou a atenção para isso foi o José Geraldo Sá. Quem sabe possamos ter isso em outras entidades e instituições.

Márcio – Acho que estamos chegando na plenitude da democracia, e as gerações ficam mais contestadoras. Marcos – Com esse exercício da democracia sai fortalecida a classe rural de Governador Valadares. Espero que no comércio aconteça isso. Tenho esperança de que se unam Associação Comercial, CDL e Sindicom. E temos que investir em educação, desde a educação básica, com a Universidade Federal chegando, quem sabe as particulares, a nossa Univale, encontrem seu caminho.

Lincoln – Um dos pilares de nossa economia sempre foi a pecuária, e as coisas estão mudando, o mundo é dinâmico, e estamos vendo o empobrecimento do setor da pecuária. Acho que temos que pensar um novo projeto para Valadares, buscar alternativas, e até mudar a matriz econômica. Como você vê isso? Marcos – Acho que temos que resgatar a história. Como começou Valadares? A nossa origem é rural, é madeira, é comércio. Penso que nosso resgate é através da madeira. Recentemente, através do Lincoln, tivemos a oportunidade de conhecer o professor Pedro, que é neto do coronel Pedro. Ele é bem sucedido em São Paulo e, como herdeiro, receberam, ele e familiares, uma terra, uma fazenda que ele tem que cuidar. Ele diz: “Gado? Já foi o tempo, a terra perdeu a capacidade, houve uma migração da pecuária para o Centro-Oeste”. Ele passou a estudar alternativas e chegou à silvicultura. Ele mostra, matematicamente, que o gado é inviável, se comparado a um pé de árvore, à silvicultura. Só que aí entra outro componente, que é a tecnologia. O empresário, em geral, e a classe ruralista também, são muito imediatistas, querem resultados rápidos, e o Pedro demonstra, no projeto dele, que se Valadares optar pela mudança de matriz econômica, através da silvicultura, ele pode se conciliar com a pastagem, com a produção de leite, por exemplo. Criamos recentemente uma empresa de consultoria, para identificar oportunidades com condição de resolver os gargalos dessa atividade, apresentando alternativas para a


ENTREVISTA - Marcos Almada

pessoa plantar a madeira certa, obter certificação e, com três anos depois da mata plantada, o produtor obter recursos oriundos dela.

Márcio – E a questão climática? Marcos – O clima da região é perfeito para a silvicultura, regime de chuvas, solo, vento, tudo.

Márcio – E o fator humano? A qualificação? Marcos – Não tem nada a ver. O que faz a diferença é a tecnologia, daí a importância da presença, no processo de uma universidade. Capital intelectual.

Lincoln – E existe dinheiro barato para financiar o produtor. Marcos – Fico pensando na idéia do Eduardo, que me antecedeu na presidência da CDL, que imaginava ter, em Valadares, um instituto de desenvolvimento, nos moldes do INDI, para tocar essas idéia para a frente.

Lincoln – Essas coisas que o Marcos coloca abrem o leque para arranjos produtivos, uma cadeia produtiva do setor. Márcio – Falando em universidade, vamos imaginar que essa universidade federal anunciada não seja somente promessa de campanha – já estou de saco cheio, primeiro de eucalipto (risos), e depois de promessas de campanha (risos) – mas se acontecer de uma universidade federal ser, de fato, implantada, para onde vai a Univale? Marcos – Boa pergunta. Creio que a Univale tem que aproveitar a oportunidade e se ajustar para essa nova realidade. É o momento dela rever sua estrutura, rever seus cursos, rever sua gestão. O problema por que passa a Univale é uma questão de governança. Ela não é privada, porque é comunitária, e nem tampouco estatal. Fia no meio de campo e isso gera dificuldades, porque ela não tem dono, e a comunidade não abraça.

acho que ninguém tem o direito de se sentir tão sábio para tomar sozinho uma decisão. Acho que tem que ser ampliada a discussão. Muitos erros foram cometidos em Valadares, porque pessoas se sentiram autosuficientes e não compartilharam a tomada de decisão. Tudo que foi bem sucedido em Valadares foi feito em grupo. Agora, acho que ela vai ter que mudar, talvez até resgatar o espírito que dominava as ações do Talmir Canuto.

Adolpho – Nas comemorações do aniversário da Fundação Percival Farquhar, o Talmir compareceu, e o teor do seu discurso dizia sobre romper paradigmas. Muito interessante. Lincoln – Acho que a universidade tem que se contextualizar. Muita coisa mudou, e hoje é fundamental que ela esteja integrada com o contexto empresarial, ela tem que formar profissionais que o mercado precisa. A Univale deve se integrar com o setor produtivo, que em contrapartida pode financiar pesquisas, etc. Ela vai ter que se reinventar. Marcos – Hoje em dia a universidade forma técnicos, não forma cidadãos. Você não tem na universidade um refeitório para você sentar e discutir política.

Márcio – Eram os bandejões... Marcos – Ali, nos bandejões se formavam lideranças. Acho que a universidade tem que se aproximar da realidade, do dia a dia, prestando serviços, pesquisas, etc. Temos que, em resumo, aprofundar a discussão para concluir sobre o que a gente quer da universidade.

“Sou idealista e não sou hipócrita de negar o que está no meu sangue. Gosto de política.”

Adolpho – Acho que a Univale se fechou... Marcos – É uma questão de governança, mesmo. A Univale deve trabalhar em comunhão com a comunidade, vencer vaidades, vencer vaidades do poder. Quem está na presidência da Fundação é o Edvaldo, e ele vai ter que se despojar de vaidades... Não sei até se eu estivesse no lugar dele se eu teria essa capacidade de lidar com esse poder, mas o Edvaldo vai ter que refletir muito sobre essa oportunidade, vai ter que ser muito aberto para a comunidade...

Lincoln – O Marcos é bom em planejamento estratégico que avalia muito ameaças internas e externas, buscando transformar essas ameaças em oportunidades. É obvio que a Univale vai ter que fazer o dever de casa, estar enxuta, com boa gestão, ou não vai conseguir competir. Ela tem que ser repensada estrategicamente. Marcos – Eu acho que ela vai sobreviver ao processo. Mas

Adolpho – Acho que a Univale tem que voltar a ser o que foi: comunitária. O Marcos mencionou o Talmir Canuto e quero lembrar que ele pensava assim quando, por exemplo, criou a Sodami. Pode ser que a Sodami não caiba mais, mas a idéia naquela época era essa: aproximar a Univale da comunidade. Ele queria que ela se abrisse. Marcos - Conversamos com a Univale sobre ela se tornar referência no projeto de silvicultura. A universidade teria uma oportunidade de adquirir tecnologia nessa área, ou seja, ela se voltaria para fora, através de tecnologia, pesquisa, desenvolvimento.

Márcio – Ou seja: o que é cultivo, correção de solo... Marcos – É a tecnologia a favor do desenvolvimento. E ela pode, ainda, ganhar dinheiro.

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ENTREVISTA - Marcos Almada

Márcio – Mudando de assunto: turismo. Você vê potencialidade turística em Valadares? Marcos – Potencialidade existe. A questão do turismo faz parte da Secretaria de Desenvolvimento, e quando eu era secretário levei a então reitora Inguelore à Newton Paiva, que era referência em Minas Gerais na área de turismo, e inclusive a Secretaria Estadual de Turismo era da Newton Paiva, e nós apresentamos tudo que já tinha sido estudado aqui. E quero fazer uma referência à Ivete Tassis, que deixou a estrutura da Secretaria montada, organizada, com as turismólogas contratadas, concursadas, etc. A Newton Paiva fez o seu diagnóstico: vocês têm que fazer, agora. E isso é uma questão de vontade política, de decisão política. Tinha o projeto Ibituruna Sustentável, muito bacana, que previa um deck junto à Feira da Paz, que previa um observatório (planetário), que foi uma idéia do Edison Gualberto e do Sérgio Sobreira. Um projeto bonito, que está pronto.

Adolpho – Quero fazer uma observação: vocês conhecem Tiradentes? Existe pelo menos uma dezena de cidades como Tiradentes, com sua arquitetura colonial, etc. Por que, diferentemente das outras, Tiradentes recebe aquela horda de turistas? Porque a população se incorporou num projeto de turismo. Vocês conhecem alguma cidade de Minas, ou do Brasil, que tenha uma orla de rio, como a Ilha dos Araújos e o Rio Doce compõem? Se a população e o poder público souberem explorar isso, não ficaremos restritos à Ibituruna, quando se fala em turismo em Valadares.

“A Sociedade de Garantia de Crédito é um exemplo de projeto bem sucedido, em função da integração de forças”. Marcos – Falta-nos um sentimento de pertence. Tiradentes faz sucesso porque eles têm sentimento de pertence. A cidade tem que incorporar o projeto de turismo como a grande causa.

Márcio – Agora tem uma coisa: vejam os nomes das cidades, Tiradentes, Poços de Caldas, Diamantina, nomes maravilhosos. E o nome da nossa cidade: Governador Valadares! (risos) Aqui já se chamou Figueira do Rio Doce, nome lindo, poético, atrativo. Lincoln – Marcos, vamos falar da sociedade garantidora de crédito. Marcos – Por que a Sociedade de Garantia de Crédito dos Vales chegou até onde está agora? Porque, primeiro, não teve um pai; segundo: foi uma questão de grupo; terceiro: foi feito tecnicamente, teve planejamento, cronograma, reuniões, disciplina, organização, teve integração. Tudo o que vocês podem imaginar para uma coisa ser bem sucedida, aconteceu.

Adolpho – Marcos, antes de você continuar a sua fala, que pedir que você explique o que vem a ser uma sociedade garantidora de crédito. Muita gente não sabe o que é. Marcos – Todo o processo de invenção da Sociedade de Garantia de Crédito começou na Europa, onde o cooperativismo é muito forte, principalmente no setor rural, e a partir da necessidade de se desenvolver projetos produtivos. Chegou-se à conclusão que os grandes proprietários não dariam conta de atender o mercado, por exemplo, no que se referia ao gado

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Piomontês, na Itália, que havia se tornado uma marca, com grande demanda. Era necessária a participação dos pequenos produtores e concluiu-se que a melhor forma de contar com eles seria através de uma forma cooperativada. Para ampliara o processo produtivo precisa-se de dinheiro. O grande produtor tem facilidade de captar dinheiro, o pequeno, não. Então, era necessário montar uma cooperativa de crédito. Numa terceira fase, o pequeno produtor precisou da garantia de crédito que ele demandava. Precisava de aval. A falta de garantias reais para o pequeno que quer produzir é um problema. A Sociedade de Garantia de Crédito assessora no desenvolvimento do projeto, dá consultoria, e garantia real. Por quê? Porque o Sebrae vai colocar R$ 2 milhões para a nossa Sociedade garantidora de crédito.

Adolpho – O projeto da sociedade garantidora já está implantado? Marcos – Sim. É uma OCIP, funciona na Associação Comercial, e breve receberemos um valor considerável da prefeitura, porque a Elisa acreditou e apostou no projeto. Por que está indo bem o projeto? Um dos motivos é a ausência de vaidade pessoal. Isso é uma idéia do Silas, do Sicoob, que nos disse que o Sebrae estava incentivando para que criássemos uma missão técnica para ir a Caxias, para conhecer a iniciativa e como ela funciona. E fomos, um grupo de dirigentes de entidades, sem que houvesse um pai. Essa missão voltou muito impressionada com o projeto. E o Fórum de Desenvolvimento comprou a idéia. O Fórum congrega, hoje, quase 70 entidades: Prefeitura, Câmara, Univale, Unipac, etc. A Sociedade de Garantia de Crédito é do Fórum. Não é de ninguém, não tem pai. Fiz questão de dizer, no discurso, quando veio aqui o Paulo Okamoto, do Sebrae, que foi o Silas que trouxe, porque a idéia foi dele. E, nessa ocasião, o auditório estava lotado de lideranças, de empresários, de médicos, advogados, etc.

Adolpho – O que nós, Lena, Márcio, Lincoln, eu, podemos fazer para que o Fórum seja mais percebido pela população? Marcos – Acho que é uma falta de humildade da gene, que se acha autosuficiente, que acha que esse pequeno grupo pode fazer a diferença. Temos que saber ouvir outros, abrir o debate. Acho que o Fórum só vai ser eficaz e aparecer quando ele tiver o braço operacional. Quando fui secretário de Desenvolvimento, chegamos a criar o IDGV (Instituto de Desenvolvimento de Governador Valadares), com a finalidade de ser o braço operacional do Fórum. Tínhamos criado um grupo que era o Conselho Consultivo, que se compunha dos presidentes da CDL, Associação Comercial, Sindicom, Fiemg, as universidades, etc. Tudo que foi idealizado na Secretaria de Desenvolvimento não se deve a Marcos Almada ou ao Mourão. Era o Conselho Consultivo que sugeria. Era a comunidade atuando. Agora, a gente discute e não consegue colocar em prática as idéias, sem que haja um braço operacional.


A Sociedade de Garantia de Crédito é um exemplo de projeto bem sucedido, em função da integração de forças. Tivemos o Sindicato Rural, Fiemg, AC Credi, Unicredi, etc. Foi uma conjunção de interesses comuns.

Adolpho – Quando começa a funcionar, efetivamente, a Sociedade garantidora de crédito? Marcos – Precisamos receber o dinheiro do Sebrae, que está previsto para acontecer em março ou abril. Acontecendo isso, já podemos contratar o executivo, e deve entrar em funcionamento entre abril e maio.

Adolpho – E como vai ser a divulgação disso? Marcos – Tem que se fazer um trabalho, um planejamento de mídia para divulgar, esclarecer. E as instituições financeiras envolvidas também deverão divulgar: Caixa Econômica, Banco do Brasil, Cooperativas.

Adolpho - Para chegar lá no pequeno empresário da periferia tem que haver divulgação, do contrário como ele vai saber da existência da Sociedade? Marcos – Vamos ter, também, os agentes de negócios, que contribuirão para divulgar.

Márcio – Já que você fala tanto em planejamento, gestão, etc., vou perguntar: você tem vontade de ser prefeito? Marcos – Tenho. Sou idealista e não sou hipócrita de negar o que está no meu sangue. Gosto de política. Agora, acho minha viabilidade pequena. Você tem que ter uma folha de serviços prestados e deve, como disse o Adolpho, começar sendo, primeiro, vereador, conhecer os meandros da Câmara. E mais: não tenho disponibilidade financeira para isso.

Lincoln – Como você avalia o primeiro ano de governo da Elisa? Marcos – Sou suspeito para falar, por dois motivos. Primeiro, porque fui tesoureiro da campanha do Mourão; segundo, porque sou hoje uma pessoa que apóia fortemente a Elisa. E por quê? Porque acho que ela está alinhada com o projeto de levar a sociedade para dentro do governo, principalmente na área empresarial. Acho muito importante essa questão do ensino em tempo integral, que pode vir a ser a marca do governo dela...

Adolpho – Na Educação, ela tem uma ótima secretária... Marcos – Como a Zenólia também foi. Na Educação estamos indo bem.

Márcio – Você participaria do governo? Marcos – Não. Prefiro concentrar meu trabalho no Terceiro Setor. Dentro do meu partido (PDT) tem pessoas mais habilitadas para isso.

Márcio – Há quanto tempo está filiado ao PDT? Marcos – Logo depois da eleição me desfiliei do PSDB, e ingressei no PDT.

Márcio – Você sabe que o Paulinho Costa tentou ser vice da Elisa? Marcos – Participei do processo. Acho que o Paulinho poderia ter sido vice da Elisa, como foi do Mourão. Mas acho que, hoje, temos um projeto maior. O Paulinho faz parte de um grupo. Fui contra o Paulinho sair de vice. Preferia uma candidatura independente, assim como o nosso grupo todo queria. Queríamos que o Paulinho fosse uma terceira via. O Lincoln fazia parte do grupo, com o PHS. O Paulinho poderia ter tido

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ENTREVISTA - Marcos Almada

“Fui contra o Paulinho sair de vice. Preferia uma candidatura independente, assim como o nosso grupo todo queria. Queríamos que o Paulinho fosse uma terceira via” um destaque maior do que como vice do Mourão, se ele tivesse partido para uma candidatura própria...

Márcio – Você acha que o Anastasia vai ser governador? Marcos – Eu gostaria que ele fosse governador. Acredito nesse movimento técnico, uma quebra de paradigma.

Adolpho - Marcos, ouvi dizer que existe um projeto de um parque florestal, que, aliás, foi uma promessa de campanha, em que você teria sido escolhido para presidir uma ONG para trabalhar junto à Vale com a finalidade de implantar esse parque. Tem a ver? Marcos – Não tem a ver, não. Eu faço parte de uma OCIP que a Vale constituiu dentro de um projeto que a Vale tem, que é a Estação do Conhecimento. A Fundação Vale é rigorosa, e não permite que pessoas ligadas ao poder público façam parte dessa OCIP. Sou um membro dessa OCIP, que congrega pessoas ligadas à educação... pessoas que tenham participação na sociedade. Até aonde essa OCIP vai ampliar sua ações, eu não tenho conhecimento.

Lincoln – No final deste ano vai haver eleição na Associação Comercial. Você vai ser candidato? Marcos – Sou o segundo vice-presidente, e o Edmilson tem dito que pretende nos ouvir, a mim e ao Celso Gama, seu primeiro vice-presidente, sobre sua sucessão. Só depois de tomada essa posição é que o processo deve evoluir. Como participo de uma empresa com o Gabriel Milbratz, em qualquer hipótese tenho que ouvi-lo. Eu teria até disposição, mas não creio que tenha disponibilidade. Acho que meu tempo passou. Acho que, inclusive, na coordenação do Fórum meu tempo está no fim, e na Sociedade de Garantia de Crédito fiz questão de fazer constar em ata que meu mandato seria de um ano.

Adolpho – Um ano com reeleição... Marcos – Penso que não. Acho que a oxigenação de uma entidade se dá com alternância, com pluralidade.

Adolpho – Marcos, estamos na iminência de mudança na presidência da Fiemg-Regional Rio Doce. Como você vê isso? Marcos – Sou delegado da Fiemg, delegado eleito dentro do Sindicato Metalúrgico, cujo presidente é o Paulinho Cunha. Tenho reservas com relação ao modelo de eleição, muito limitado aos presidentes de sindicatos. O Francisco Silvestre defende que a consulta devia ser mais ampla, para haver mais legitimidade. Concordo com isso. O próprio Luiz Alberto Jardim acabou carregando o estigma de querer o cargo, mas o que acho é que existe um desarranjo entre as lideranças sindicais daquela federação.

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Na sucessão, hoje, houve uma série de acordos para levar a Rozani à presidência. O candidato era o Marcos, e quando sua chapa foi colocada na Fiemg, ela não foi aceita. Como uma chapa que é indicada não é aceita? Acho que não existe uma consulta ampla, e isso compromete a legitimidade. Soube, inclusive, que a Rozani, com muita grandeza, abdicava da presidência, se isso fosse criar qualquer mal-estar. Diferentemente do que aconteceu na União Ruralista, não havia propostas. Qual era a proposta da Rozani, do Marcos, do Francisco Silvestre? Não havia. Que legitimidade tem isso? O modelo da Fiemg está equivocado. Não é culpa do Luiz Alberto, da Rozani, do Marcos, ou do Francisco.

Adolpho – Concordo com você totalmente, mas acho que o epílogo foi bom. Acho que a Rozani tem legitimidade para ser presidente... Marcos – Peraí: você está falando outra coisa. Pelo tempo que ela milita, pela empresária que ela é, pela garra, pela força, ela merece. Ela tem méritos para ser. Mas o modelo está equivocado. Caminhamos para algo correto: os mandatos dos presidentes da CDL e da Associação Comercial agora serão de três anos sem reeleição. Sem reeleição.

Márcio – Marcos, você está no PDT. Por que você não está no PT? (risos) O PDT está com uma tendência muito grande de votar na Dilma. (risos) Marcos – O Carlos Aguiar, presidente da Fíbria, fez uma boa análise: ele comentou que os dois, Dilma e Serra, são tão “malas sem alça”, tão pesados, que a Fíbria espera que, qualquer dos dois eleitos, haverá um movimento forte na Bolsa. A Dilma confundiu três vezes Governador Valadares com Juiz de Fora. A Dilma só é candidata porque o Palocci teve problemas.

Adolpho – Já estamos aqui há horas. Então, Marcos, vamos para sua mensagem final. Marcos – A conclusão que tiro do que conversamos aqui hoje é que vamos ter uma Valadares melhor, uma Valadares diferente, a partir do momento que a gente conseguir, na diversidade, na pluralidade, buscar a humanidade. Precisamos da riqueza da diversidade, porque Valadares é uma cidade nova, em formação, cheia de forasteiros. Temos que convergir, ter coesão, para o êxito dos projetos que a gente pretenda construir. Temos que nos unir sem perder as identidades e as ideologias. Valadares chegou aonde chegou, a partir da diversidade. Da diversidade e da convergência. Estou me sentindo á vontade neste bate-papo, e enquanto leitor da revista Movimento pensava que havia uma certa formalidade nas entrevistas, o que, de fato, não existe. Como ator, agora, nesta entrevista, percebo que a gente, quando se envolve na entrevista, não dá para você ser personagem. Você passa a ser você mesmo. A revista transmite isso, e por isso ela perdura. Ela não tem facção, ela é plural. A Movimento é uma opção de leitura muito interessante.


Holly Place É A PARADA OBRIGATÓRIA NESTE INVERNO DA MULHER DE BOM GOSTO

Vanessa Prado, Beré Magalhães e Penha Lucca

Heloísa Lucca Dra. Denise e Zilmar Drumond Penha Lucca

Equipe Holly Place

S

Débora Di Spírito

alve, salve a democracia que impera na moda inverno 2010. Como diz – com toda razão – a proprietária da Holly Place, Berenice Magalhães, “a moda permite tudo! Basta ter estilo para carregar a roupa”. A estação mais elegante do ano vem com peças cheias de personalidade, ampla cartela de cores e modelagens que contemplam desde as calças boyfrend até as leggings, passando por pantalonas e alfaiataria, em contraponto às saias e vestidos com comprimentos que variam com o estilo, idade e ousadia de cada uma. Nas prateleiras da loja, tudo isso e os clássicos de sucesso atemporal, que fazem da Holly Place o point das elegantes e descoladas, como mostram essas fotos.

Nayara Magalhães

Luciana e Sônia Leão

Araceli Vieira

Tânia Costa

Beré, Jandira e Lindalva

Beatriz Neves

Berenice Magalhães

Rua Marechal Floriano, 600 - Lj 01 | Tel.: (33) 3271-1661

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Entrevista

Governador

Aécio Neves

O governador Aécio Neves, depois de sete anos e três meses à frente do Palácio da Liberdade, passa o cargo para o vice-governador Antônio Anastasia. Nesta entrevista, o governador faz um balanço desses últimos anos, fala da importância do novo modelo de gerenciamento na administração pública criado em Minas, que foi batizado de Choque de Gestão, e dos enormes avanços sociais que ele proporcionou. Ele também enumera os principais avanços e conquistas do Estado em áreas consideradas prioritárias, como saúde, educação e segurança, e conta qual será o seu futuro político. 1 – O senhor foi o primeiro governador reeleito da história de Minas. Como foi a experiência de ficar durante mais de 7 anos à frente do governo de Minas Gerais?

Governador – Certamente a experiência mais gratificante da minha vida política. Sou um privilegiado. Os mineiros me honraram com dois mandatos e procurei corresponder às expectativas. Dei o melhor de mim e deixo o cargo com o sentimento de que fiz tudo o que estava ao meu alcance para oferecer aos mineiros educação e saúde de melhor qualidade, mais segurança, mais desenvolvimento econômico, que resultaram na criação de milhares de empregos. E, sobretudo, fizemos um grande esforço para investir mais e melhor nas regiões mais pobres do nosso Estado. Estou certo de que avançamos muito nos últimos anos.

2 – O senhor foi apontado em pesquisas como o governador mais bem avaliado do país. Como o senhor recebe esse resultado?

Governador – Com muita humildade, mas, ao mesmo tempo, com muita alegria. Creio que essas avaliações são conseqüência do trabalho que conseguimos fazer, graças a uma equipe grande e competente de governo, ao longo desses últimos sete anos. O Estado voltou a ter um dos melhores ensinos públicos do país, a população tem à disposição serviços de saúde de melhor qualidade e mais perto de casa, os índices de violência vêm caindo nos últimos anos. As estradas estaduais, fundamentais para a economia do Estado e para a segurança do usuário, estão em melhores condições. Conseguimos atrair para Minas, nos últimos anos, mais de R$ 200 bilhões em investimentos, que vão gerar mais postos de trabalho e renda para os mineiros.

3 – Quais são, governador, as grandes marcas desses dois mandatos como governador de Minas?

Governador – Olha, no início de 2003 fizemos o Choque de Gestão para, numa linguagem muito simples, arrumar a casa. Reduzi o meu próprio salário e dos secretários de Estado, extinguimos secretarias, cortamos 3.000 cargos que podiam ser preenchidos por indicação, enfim, promovemos um corte drástico em nossas despesas. Por outro lado, aumentamos a nossa arrecadação, sem que fosse necessário aumentar impostos. Em pouco tempo atingimos o déficit zero e 28

pudemos, a partir daí, realizar, de forma mais intensa, os investimentos nas áreas prioritárias para a população. Criamos um novo modelo de gestão no país, que hoje inspira vários estados, e que tem uma lógica muita simples: é preciso investir mais no cidadão e menos no governo. E foi o Choque de Gestão que nos permitiu criar programas sociais inéditos e inovadores na educação, na saúde, na segurança, em infraestrutura, com resultados altamente positivos para a população.

4 – Na área social, governador, quais são as principais realizações do governo ao longo desse período?

Governador - Veja bem. Eu entendo que investimento social não é apenas sinônimo de investimentos em assistência social, embora esses também sejam importantes. Os verdadeiros investimentos sociais, que têm efeitos mais duradouros, nós estamos fazendo em saúde, educação, em saneamento básico, em estradas de cidades mais pobres. São esses os investimentos que, de fato, geram independência para as populações que mais necessitam de apoio do Estado. Implantamos, por exemplo, o projeto

Travessia, talvez a mais ousada ação social em curso no país. Trata-se de um mutirão de combate à pobreza, que envolve secretarias de Estado e órgãos públicos, que atua nos municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado. Por meio do programa estamos fazendo saneamento, calçando ruas, levando educação de melhor qualidade, melhorando a estrutura dos órgãos de saúde, qualificando as pessoas para o mercado de trabalho. O programa beneficia uma população de cerca de 1 milhão de pessoas.

5 – As pesquisas mostram que a saúde é um dos principais problemas não somente em Minas, mas em todo o Brasil. A saúde pública melhorou no Estado nesses últimos sete anos?

Governador - Melhorou e muito. Entre 2003 e 2008, a queda da mortalidade infantil em Minas foi de 17%. Criamos um programa para levar a saúde para mais perto dos moradores e para alcançar esse objetivo o governo promoveu reforma e ampliação em 130 hospitais, por meio do Prohosp, que hoje estão capacitados para fazer até os procedimentos de maior complexidade, evitando que os doentes tenham que se


deslocar para os grandes centros. Promovemos também a construção, reforma e ampliação de 1.200 postos de saúde, onde mais de 80% dos problemas mais comuns podem ser solucionados. Minas tem hoje o maior número de equipes do Programa Saúde da Família (PSF) do país, que atua na medicina preventiva. Ampliamos de forma expressiva a nossa produção de medicamentos e hoje a população recebe, gratuitamente, uma cesta com mais de 100 itens. Pode melhorar? Evidente que sim. E o nosso esforço e o nosso compromisso é exatamente nessa direção.

6 – E a Educação, o ensino público estadual, vai bem em Minas, governador?

Governador – É outra área que, posso dizer com muita alegria, melhorou muito. Temos progressos extraordinários na educação em Minas. Voltamos a ter um dos melhores ensinos públicos do país, o que pode ser constatado por avaliações feitas pelo governo federal. Minas foi o primeiro estado do país a ampliar de 8 para 9

anos a duração do ensino fundamental. Hoje, mais de 70% das crianças chegam aos 8 anos de idade sabendo ler e escrever. Implantamos laboratórios de informática nas escolas estaduais, com computadores conectados à internet. Quando assumimos, apenas 30% das escolas estaduais tinham computadores. Lançamos o mais ousado programa de educação profissional para jovens, inteiramente gratuito, que está beneficiando 120 mil estudantes. Boa parte desses jovens vai sair da escola com emprego garantido, uma vez que muitos dos cursos são montados em função de demanda do mercado. E estamos conseguindo reduzir as diferenças entre o aprendizado dos alunos das regiões mais pobres na comparação com os alunos daquelas mais desenvolvidas, o que é algo excepcional, uma vez que temos grandes diferenças socioeconômicas entre as nossas regiões. Então, estamos avançando rápido para reconquistar a posição de Estado com o melhor ensino público do país. .

7 – Outra grande preocupação da população, que as pesquisas também mostram, é com a violência. O senhor diria que Minas é hoje um Estado mais seguro do que tempos atrás?

Governador – A população, em especial os pais de família, tem toda razão em se preocupar com a violência. Mas desde 2003 a segurança dos mineiros tem sido uma das prioridades do governo. E podemos dizer, com muita alegria, que os resultados que temos conseguido são muito importantes. Segundo levantamento feito pela Fundação João Pinheiro, os crimes violentos vêm caindo nos últimos anos e recuaram a patamares de dez anos atrás, apesar do aumento da população. No período de 2003 a 2008, conforme a Fundação João Pinheiro, a

redução nos crimes violentos, que são os homicídios, roubos, assaltos e estupros, foi de 36% no conjunto dos 853 municípios mineiros. Esse resultado é conseqüência dos grandes investimentos que estamos fazendo na área. Minas é um dos Estados que mais investe em segurança no país. Tínhamos, quando assumimos, pouco mais de 5.000 vagas no sistema prisional. Hoje, são mais de 20 mil. Temos o melhor programa de controle de homicídios do país, o Fica Vivo, voltado para jovens de 12 a 24 anos em situação de risco social. A redução das taxas de homicídio em alguns lugares onde o programa foi implantado é superior a 50%. Podemos dizer, então, que Minas é um estado bem mais seguro.

8 – Ainda temos muito problemas também, governador, com as estradas que cortam o nosso Estado. E para um Estado do tamanho de Minas, com uma economia forte como temos, as rodovias, em boas condições de tráfego, são fundamentais.

Governador – Você tem toda razão. Mas precisamos fazer aí uma diferença entre as rodovias estaduais, as chamadas MGs, que são de responsabilidade do governo de Minas, e outras que não são. As rodovias estaduais, na sua grande maioria, estão muito bem. Nos últimos anos, fizemos um programa para recuperação e manutenção de mais de 12 mil quilômetros de Estradas. Temos aqui um programa, do qual me orgulho muito, que é o Proacesso, pelo qual estamos levando asfalto a todos os municípios mineiros que ainda não contavam com esse benefício. Mais do que o asfalto, estamos levando para essas cidades desenvolvimento econômico e social. Nenhuma cidade, cuja ação depende do governo do Estado, vai ficar sem o asfalto. Vamos incorporar à malha estadual mais de 5.000 km de estradas, de boas estradas, beneficiando uma população de mais de 1,5 milhão de pessoas.

9 – Minas é um Estado muito desigual, com regiões ainda muito pobres. O que o governo fez, nesse período, para as regiões mais carentes?

Governador – Uma das minhas obsessões como governador foi trabalhar para reduzir as graves diferenças regionais que temos em Minas Gerais. Por isso, as áreas que concentram os municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) receberam, desde 2003, investimentos crescentes e diferenciados. Os vales do Jequitinhonha e Mucuri e o Norte de Minas, as regiões mais carentes do Estado, têm recebido um investimento per capita bem maior do que as demais regiões. Portanto, nunca houve, na história do Estado, uma inversão tão clara de prioridades. Pela primeira vez, essas regiões tiveram mais recurso que o conjunto das outras regiões do Estado, sem que essas, evidentemente, deixassem de se desenvolver. Falar em diminuir diferenças é fácil. Mas só com planejamento é possível fazer isso na realidade. É muito bom chegar ao final do governo vendo que as

regiões que não eram as mais desenvolvidas do Estado têm hoje instrumentos de telefonia celular, que os municípios receberam o asfalto, têm saúde de melhor qualidade, mais segurança pública, melhores escolas, mais emprego.

10 – E o futuro, governador? O senhor é um político ainda muito jovem. Quais são seus projetos após entregar o governo de Minas para o vice-governador Antônio Anastasia?

Governador - O meu projeto é ser candidato ao Senado e se eu tiver, mais uma vez, a confiança dos mineiros, vou continuar trabalhando para defender os interesses de Minas e da nossa gente. Até o final do ano, o vice-governador Antonio Anastasia estará à frente do governo cumprindo os compromissos que assumimos com a população. Ele é um homem íntegro e preparado e tenho certeza de que Minas Gerais estará em boas mãos.

Vejam os principais avanços de Minas Gerais que Minas conquistou, nos últimos sete anos, em várias áreas: Saúde Entre 2003 e 2008, a queda de mortalidade infantil foi de 17%. Educação Criado em 2008, o programa de ensino profissionalizante beneficia mais de 120 mil jovens no Estado Segurança A taxa anual de crimes violentos registrada em 2009, em todo o Estado, foi 17% menor do que a registrada em 2000. Emprego Entre 2003 e 2009, segundo dados do Ministério do Trabalho, foram criados 948.334 empregos com carteira assinado em Minas Gerais Asfalto – Proacesso Até 2003, 74% dos municípios mineiros eram ligados por asfalto. Em 2009, 90% dos municípios já contavam com esse benefício Desenvolvimento Social Entre 2003 e 2009, foram investidos pelo Governo de Minas R$ 4,7 bilhões em ações de redução da pobreza e das desigualdades regionais. Em 2003, 26,7% da população mineira era considerada pobre. Em 2009, esse percentual caiu para 14,3% da população. Saneamento O volume de esgoto tratado saltou de 22 milhões de metros cúbicos, em 2003, para 150 milhões de metros cúbicos em 2009.

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Exercício

sempre!

A necessidade de atividade física para o organismo vai muito além do verão ocê faz parte daquele grupo de pessoas que se exercita somente no verão? Pior, você é daqueles que se exercitam somente no período das férias? Ou, ainda pior, você não se exercita nunca? Então, cuidado! Você pode inconscientemente estar comprometendo o funcionamento do seu corpo e muito provavelmente a sua saúde. Pesquisas e estudos revelam, ao longo dos anos, que o sedentarismo é um grande vilão da saúde. E a única forma de prevenir os males da inatividade física é permanecer ativo por toda a vida. Para que isso ocorra é preciso que as pessoas se tornem mais conscientes da importância da prática habitual de atividade física, e mudem os seus hábitos de vida. O corpo humano foi “projetado” para se movimentar, mas na era moderna, com os avanços da tecnologia se incorporando ao cotidiano, a locomoção e os trabalhos chamados braçais foram se tornando mais fáceis e confortáveis. Porém, com toda essa economia de movimentos e de força para realizá-los, há um custo: a atrofia de todo o organismo. O simples toque de botão para controlar máquinas que fazem o serviço pesado pode ser agradável, cômodo e aumenta a velocidade de execução das tarefas, mas acelera o processo de atrofia muscular e promove o sedentarismo. O jeito é compensar com uma prática regular de exercícios físicos.

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E não estamos falando de um futebolzinho com os amigos no sábado, corridas sem acompanhamento, ou ginástica feita em casa. Um bom exercício físico rima com responsabilidade e equilíbrio. Trocando em miúdos, é aquele feito por indicação e com o acompanhamento de profissionais qualificados em locais adequados, ou seja, ao lado de um professor de Educação Física, em uma boa academia. SEU CORPO PEDE MOVIMENTO Quem pratica atividade física possui mais vigor, mais disposição e mais pique para fazer as demais atividades do dia-a-dia. Pessoas ativas são mais resistentes a doenças, mais autoconfiantes, menos deprimidas e estressadas. A atividade física faz com que as pessoas mantenham seu peso dentro da faixa de normalidade, e por muito mais tempo do que o sedentário, além de melhorar a postura e auxiliar de forma efetiva a quem quer parar de fumar ou ficar livre de outras dependências. O ideal é fazer algum tipo de atividade física por pelo menos 30 minutos, cinco dias na semana. Para perder peso, é necessário realizar, pelo menos, de 45 a 60 minutos de atividade física por dia, associada a uma alimentação equilibrada.


Letícia Assis:

A debutante de Abril

data é 10 de abril. E o salão de festas Champanhe é o local escolhido pela bela debutante Letícia Assis que, ao lado de seus pais, Marcelo Assis Sobrinho e Nilcéa Leal de Morais Assis, recebe amigos e familiares para comemorar em grande estilo seus 15 anos. Muitas plumas e tons de rosa e lilás vão marcar o ambiente, que será decorado pela Feliz Aniversário. No bufett, sabores para agradar convidados de diferentes gerações. E, na pista, muita música e luzes para garantir a balada da moçada. A organização da festa esta a cargo do cerimonial Sandra Jardim, que tem contado com o suporte e apoio irrestrito dos pais da debutante, acompanhando de perto todos os preparativos e se esmerado para oferecer a Letícia uma festa à altura do que ela representa para eles: filha carinhosa, boa aluna, uma jovem menina que sabe o quer e realiza seus sonhos sem perder a meiguice.

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Por Paula Greco

Se joga no Google O “Boom” da utilização das mídias sociais comprova que tudo - e todo mundo - pode alcançar a fama virtual

E

screver sobre o universo virtual é quase como legislar em causa própria, afinal eu sou uma assídua freqüentadora da “internetosfera” (sim, eu tenho e-mail, orkut, blog, flickr, twitter, myspace, MSN e uma lista de sites favoritos que se aproxima velozmente dos três dígitos). Mas o assunto é tão amplo, tão cheio de possibilidades, que a cada texto que eu começava, acabava perdendo o foco e divagando sobre o tema, falha imperdoável para quem quer soar interessante a quem possa lê-lo. Falar que as pessoas estão levando uma vida cada vez mais virtual (ops, presente!) é chover no molhado. O tema já foi capa de revista e pauta de infinitas reportagens. Mas até então eu não tinha conseguido reunir os pontos essenciais para mim nas questões relativas às chamadas “mídias sociais”, que nada mais são que ferramentas de autopublicação de conteúdo on-line (como blogs e páginas pessoais, por exemplo)l. Mas, na minha ronda de leitura internética diária, me deparei certa vez com um texto que conseguiu, pelo menos para

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mim, acertar o olho do furacão. O autor é um blogueiro chamado Cristiano Dias (www.crisdias.com.br), que trabalha com internet e redes de informação e é um fera no assunto. Com uma impressionante clareza didática, ele usa uma analogia bastante singular, utilizando-se do longa de animação da Pixar, “Os Incríveis”. No desenho, a idéia do vilão para acabar com os super-heróis não é tirarlhes o poder, mas sim dar poder a todos quantos queiram. Resumindo a ópera, “se todos forem supers, ninguém será super”, ou seja, é a democracia, o “libertè, igualitè, fratenitè” elevado à sua máxima potencia. Se todo mundo pode ter um blog, pode publicar e divulgar o que escreve, o mais natural é que estas pessoas, que passam a se tornar públicas, formem grupos de acordo com seus interesses, onde estes conteúdos vão circular, revelando gente comum que acaba convergindo idéias e opiniões para seus espaços pessoais na web, e com isso criando uma certa “fama”, mas muito diferente das “new celebrities” forjadas instantaneamente pela mídia de entretenimento,

como por exemplo, o recém-terminado Big Brother. Até porque isso já é outro assunto, para outra hora. Dito assim, parece complicado, mas não é. O fato é que, com as mídias sociais (nome que eu particularmente não gosto, mas caiu no jargão popular dos analistas de comunicação de plantão) todo mundo, literalmente, pode “ser super”, como diria o Cris Dias. Ou como disse o Marcelo Tas, apresentador do programa CQC (e eu achei muito bacana), “ser o Roberto Marinho de si mesmo”. Essas ferramentas já estão, de fato, encurtando a distância entre formadores de opinião e o público, tanto quanto de ídolos e fãs. E a bola da vez é o twitter, que caiu tanto no gosto dos “simples mortais” quanto de artistas, políticos, atletas, jornalistas, articulistas de uma infinidade de assuntos, meios de comunicação, escritores, humoristas e uma infinidade de pessoas notórias que podem ser “seguidas” por seus admiradores e até estabelecer um “diálogo” (meio fake, eu diria, para me manter dentro da linguagem internética) com eles. Para confirmar tudo isso, uma pesquisa da Global Language Monitor revela que “twitter” é a palavra de língua inglesa mais popular de 2009 na internet. Este estudo, conhecido como “Top Words”, considerou o uso de todas as palavras em inglês produzidas e distribuídas por mais de um bilhão de pessoas que dominam o idioma e usam a internet. No “Top 3” das mais populares, logo abaixo do twiiter, em segundo e terceiro lugares respectivamente, estão as palavras “Obama”, presidente dos Estados Unidos, e “H1N1, vírus da gripe A que assolou o mundo ano passado. Motivos mais que justificados para creditar ao microblog, onde pessoas relatam seu cotidiano em posts de 140 caracteres, a condição de atual maior fenômeno tecnocultural da internet.


Os

Anos de Luísa C. Thomé

A

O brinde da família Camargo Thomé

linda debutante Luísa Camargo Thomé fechou o mês de fevereiro com chave de ouro na Boate Monalisa. Sob a coordenação da promoter Érika Coelho, tudo esteve impecável: da decoração ao buffet, passando pelo belo vestido da aniversariante, que trocou o tradicional branco por um antenadíssimo nude, bem ao estilo das divas de Hollywood. Ao lado dos pais, Ignácio Thomé e Lígia Maria Camargo Thomé, e do irmão Guilherme Camargo Thomé, Luísa recebeu os convidados em uma festa para a qual não cabe outro adjetivo que não seja perfeição.

Luísa e o irmão Guilherme


As promoteurs Bel Oliveira e Érika Coelho

Muitas luzes, boa música, buffet delicioso e o alto astral dos convidados foram os ingredientes do Reveillon pilotado pelas promoters Érika Coelho e Bel Oliveira no La Maison. Por lá, 2010 chegou em grande estilo.

Dr. Luís Gustavo e Karine

Bia e Pulcra Miranda

Celso Gama, Aline e Letícia

Cláudia e Bebel

Cilene e Marcelo

Júnia Pereira

Breno e Inês Pereira


Janiceé o Barroso nome de sucesso à frente do La Maison O lugar perfeito para todas as festas

FOTOS: Ramalho Dias

A

Empresária Janice Almeida Barroso

empresária Janice Barroso se destaca por seu bom-gosto, objetividade e competência, características que se refletem em seu trabalho. De volta ao Brasil, depois de uma longa temporada nos Estados Unidos, ela assumiu, há pouco mais de um ano, a direção do seu salão de festas La Maison. Sua aguçada visão empresarial levou-a a implementar uma série de mudanças e novidades em seu empreendimento, com o objetivo de atender melhor e com absoluta qualidade a grande e exigente clientela já conquistada, bem como os novos clientes que estão chegando. A principal mudança foi transformar uma grande área descoberta em extensão do salão, que agora está todo climatizado e pode funcionar em tamanhos diferentes, dobrando a capacidade de público do La Maison. Além disso, foi construída uma varanda coberta para garantir espaço ao

ar livre, abrigado das condições climáticas. A pintura interna também foi renovada, praticamente toda em tons neutros, de forma a não interferir nas decorações propostas pelos clientes. Este quesito, aliás, ganhou maior diversificação, bem como a questão do serviço de buffet. Janice sabe que é importante dar aos seus clientes liberdade para escolher seus fornecedores, de acordo com seu gosto pessoal, colocando à disposição deles a excelente infraestrutura que o La Maison oferece. Expert em administrar tempo e espaço, Janice consegue conciliar toda a movimentação do La Maison e os cuidados com família, marido, filhos e casa, sempre empenhada em atender a todos com simpatia e educação. Festa, para ela, é sinônimo de muito trabalho, mas também da satisfação de realizar com carinho os sonhos de seus clientes.

Rua das Gaivotas, 455 - Bairro Alto Esplanada - Gov. Valadares - MG - Tel.: (33) 3278-5288 | 9919-4140


O sim de Felipe Oliveira A felicidade dos noivos deu o tom na bela festa que marcou a união de Danielle e Felipe, sob a bênção dos pais Walquíria Trindade e Éder Monteiro (dela) e José Luís Oliveira (dele). No salão

Os Noivos e avó paterna do noivo, Danielle e Felipe com a avó Edelweiss Castro de Oliveria

Os pais da noiva, Heder e Valquíria, noivos e o pai do noivo, José Luiz de Oliveira

Danielle e avó Chiquita Trindade e Luíz Felipe

Aline Abi-Ali e Junior (padrinhos)

Alzira Leal Névio Ferreira (Felipe Nolda) e Luzia Monteiro (avós da noiva)

Danielle e Luiz Felipe Cris Trindade e Guilherme

Paulo, Aparecida Castro e Célia

Lourdes Trindade Ana Paula e Tereza Murta 36

Maria Carolina

Nilo Trindade e Patricia Figueiredo (padrinhos) Danielle com Paulo Neto e Raquel

Amigos do noivo


e Danielle Trindade de festas Champanhe, lindamente decorado pela Parabéns Pra Você, os convidados se deliciaram com buffet impecável de Wilma Bastos. A noiva, vestida pela estilista Ducarmo Castello Branco, estava radiante, aumentando ainda mais o brilho da noite.

Érika Sírio e Renato Andrade Tânia, Lincoln e Jamyla Alvarenga

Valéria Trindade e José Donizete (padrinhos)

Osvaldo Murta e Poliana (padrinhos)

Roberta, Danielle e Ana Paula Guilherme e Diego Trindade

Renato Leite e Tida

Letícia Andrade e Felipe Siman Madrinhas Andressa Ferreira e Larissa Barbalho

Denise e Avelino, noivos, Graça, Charles, Cândida e Cristiano Felipe Coelho e Thauana

Nathália Cavalcanti, Camila Leite, Leandro, Karla, Bruna e Jamyla Sônia Leão

Cláudia Murta e Leandro Purger (padrinhos)

Araceli Vieira e Cilene

Márcia e Taninha Reis

Rose Siman

Artur Trindade e Stefany 37


Marquinho e Sonja

Tim e Eliane

Troféu Olho Mágico 2010

Plante Investe Rentabilidade e confiança no seu investimento A Plante Iveste funciona com o sistema de arrendamento agrícola, com prestação de serviços, que vai desde da escolha das mudas e da terra por profissional especializado, até a implantação e manutenção durante todo o ciclo, incluindo assessoria completa no corte e venda da produção. Especializamos em dois tipos de cultura: O Eucalipto e o Mogno Africano, que após pesquisas de mercado e estudos feitos com projeção no mercado de madeiras futura, chegamos a conclusão que são os melhores investimentos no ramo. A Plante Investe chama a atenção que os investimentos feito através da sua proposta gera rendimentos acima dos mercados tradicionais com segurança e credibilidade. Plantar, preservar e colher, é o que a Plante Investe garante ao seu investidor, além de realizar excelentes práticas agrícola, buscando segurança no projeto, preservando o meio ambiente

Reitora da Univale Ana Angélica recebe o Troféu das mãos de Tim e Marquinho

Rua Suíça, 376 - Grã-Duquesa Governador Valadares - MG

Luciano Souto e Thiara 38

Cantídio Ferreira

Hélcio Harmond e Marley

33 3221-9808 / 33 8861-8804 email: contato@planteinveste.com www.planteinveste.com


Almyr Vargas e Dr. Manoel Arcísio Rocha Araújo

Dr. Carlos Eduardo de Miranda Pimentel e Elisa Costa

João Pedro e Maria Aparecida

Dr. Ubirajara Avelino Filho, Dr. Ricardo Rezende Fernandes, Dr. Carlos Eduardo de Miranda Pimentel e Dr. Manoel Arcísio Rocha Araújo

P

restigiada por toda a classe médica e profissionais de saúde, a diretoria da Unimed GV – através de seu presidente Dr. Carlos Eduardo Pimentel, os diretores Dr. Ricardo Rezende e Dr. Manoel Arcísio, e o superintendente da Casa Unimed, Dr. Ubirajara Avelino – inaugurou a nova Casa Unimed, um formidável espaço com mais de 2.000 m2 de área construída, entre consultórios, piscina, auditório e áreas de convivência e práticas terapêuticas diversas. O evento contou com a presença do presidente da Federação das Unimeds de Minas Gerais, Dr. Marcelo Mergh Monteiro, e do presidente da Unimed BH, Dr. Helton Freitas. Dr. Helton Freitas Dr. Frederico Costa e esposa

Inauguração das novas instalações da Casa Unimed

Dr. Eusana Maria Lemes e Valéria Esteves

Dr. Márcio Avelar e Maura Dr. Sebastião Santiago e Mírian

Dra. Joselma Andrade, Dr. Amarildo Nunes e Dra. Ana Paula Dr. Rômulo Leite e Renato Fraga João Carlos Paiva, Dr. Arcênio Coelho e Carlos Henrique

Dr. Victor Zambelli e Marta e Zenólia de Almeida

Heloísa Lucca, Dr. Carlos Eduardo e José Lucca

Dr. Marcelo Mergh Monteiro

Dr. Ubirajara Avelino e Marilda

Carla, Dr. Genserico Barroso e Marli

Dr. Célio Cardoso e Miriam Silvano Gomes, Dr. Aroldo de Paula e esposa

Dr. Einstein Arruda e Cíntia

Silas Costa

Dr. Ignácio Thomé, Dr. Lincoln Alvarenga, Dr. George Wagner e Dr. Paulo Roberto de Azevedo Bicalho

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Deputado federal João Magalhães destinou R$ 4 milhões para o Hospital Municipal A ampliação que está sendo feita no Hospital Municipal de Governador Valadares é uma obra que teve início na administração anterior (Mourão) e será concluída pela atual, no governo de Elisa Costa. Para que ela fosse realizada, o deputado federal João Magalhães (PMDB) conseguiu uma liberação de recursos da ordem de R$ 4 milhões, através de emenda parlamentar na Câmara dos Deputados. Esses recursos estão sendo aplicados na construção de maternidade, UTI neonatal, novo bloco cirúrgico e aquisição de demais equipamentos. Milhares de moradores da região serão beneficiados com a ampliação do Hospital Municipal, que está em fase de conclusão.

João Magalhães DEPUTADO FEDERAL

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Carnaval

na montanha

Verinha

Zeca Donizete e Valéria Trindade receberam, em sua bela casa no Village do Sol, no pico da Ibituruna, toda a família Trindade no período de carnaval, e foi só festa.

Valéria e Lya Mohy Isabel Miranda

Zeca e Valéria

Valéria, Lena e Walquíria Trindade

Thauana

Wilma e Adílson

Mourão, Guilherme, Denise e Cristiana

Letícia

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Débora Spírito

Luciene Sabbagh e Betinha Barbalho

Vanessa, Sinara Neves, Lena Trindade e Luciene Sabbagh

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Kátia Paolielo e Bia Coelho

Tânia Silvestre

Vanessa Gimenez e Cláudia Starling


ais seletiva impossível. Impecável como sempre, Vanessa Gimenez pilotou comemoração especial pela passagem do Dia Internacional da Mulher, reunindo algumas dezenas de poderosas e especialíssimas. Ancoradas pelo savoir faire da anfitriã, as convidadas se esbaldaram no Champã e na alegria de viver, mostrando-se, cada uma em seu estilo, merecedoras de todos os brindes. Por suas trajetórias, seus valores, suas convicções, ou simplesmente por serem mulheres que vão à luta, sem perder o charme e a autenticidade. Mulheres em toda a sua diversidade, pluralidade, intensidade e força, sem deixar de lado aquele toque de glamour, de perfume suave, de seda e salto alto. Legítimas representantes de uma espécie que reúne dentro de si a Bela & a Fera.

E elas cantaram com Belu Senna

Sayonara Calhau

Isabel Miranda

Andriana Gonçalves e Gisele Hastenreiter

Beré Magalhães Fatinha Simões

Kely Soares

Beatriz Neves

Adriana Bicalho e Mirian Santiago

Dita Brasiliense Ana Cláudia Tânia Peloso Ana Lúcia

Sônia Miranda

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Diretores do Ilusão: José Álvaro Pimenta, Marcelo R. Coelho, Paulo Cunha e Lincoln Byrro

Sônia e Anita Byrro

Manoel Arcísio e Haten Homaidan

Adolpho Campos autografando para o Dr. Manoel Arcísio

Presidente do Ilusão E. Clube, Lincoln Byrro Neto e Marieta Lincoln Byrro e Prefeita Elisa Costa

Paulo Byrro e Acy

E

m 8 de Janeiro de 1945 era fundado o Ilusão Esporte Clube. Para comemorar seus 65 anos, sua diretoria, capitaneada pelo presidente Lincoln Byrro Neto, promoveu um prestigiado evento em seus salões no último dia 25 de março. Na ocasião foi assinado um convênio com o Garfo Clube, para beneficiar os associados de ambas instituições, inaugurou-se o Salão Anexo José Duarte Byrro, numa homenagem ao saudoso benfeitor, fundador e ex presidente do Ilusão, e foi lançado o livro “ Ilusão Esporte Clube-65 anos 1945-2010”, que é um resgate da rica história do clube. Dentre as muitas personalidades presentes, a prefeita Elisa Costa, que em feliz discurso destacou a importância da família Byrro na história da cidade, uma forma de homenagem aos vários membros daquela família que estavam presentes.

Tereza Perim e a prefeita Elisa Costa

Mauro Cruz e Luzia Edmílson

Rogério Primo e Luiz Gustavo

Silas Costa

Charles, Danielle e Athiê Liméres

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Reni Ramos, Laércio Byrro e Marco Túlio

José Geraldo Prata e Alexandre (Pitágoras)

Adaílson Cunha

Romildo Borborema Walton e Gracinha Miranda

Sonia Leão e Ana Angélica


As bençãos do Padre Vidal

Edmilson Soares e Lincoln Byrro

Elisa Costa e Leonardo Monteiro

Dr. Bonifácio Mourão e sua elegante Sandra

Zezé e Reginaldo Vilela e Francisco Teixeira

Luiz Alberto Jardim e Josélia

Paulo Cunha e Lorena

65 anos do Ilusão Esporte Clube

Odilon Lagares e Edson Gualberto

Ana Beatriz Copolli

Juvêncio Terra e Creuza e a neta Michelle

Elisio Ferreira

Marieta e Mírian Cardoso

Marcelo Coelho, Betânia e a filha Marcela

Célio Cardoso

Ivaldo Tassis, Délio Perim e Clermen

Sérgio Bambirra e Vera

Marco Túlio, Laércio Byrro, Sônia Byrro, Anita Byrro, prefeita Elisa Costa, Conceição Byrro, Paulo Byrro e Lincoln Byrro

Cantídio Ferreira e Nicola Perim

Hercilinho Diniz e Luiza, Júlio Avelar

Júlio e Dilene Dileu

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empresas e negócios

Sucesso

União Ruralista

Nelson Claret, Isaac Cohen Persiano e Marcos Vinícius M. Melo

Presidente da URRD, André Merlo com o vice Reginaldo Vilela

Em entrevista coletiva à imprensa, a União Ruralista Rio Doce apresentou sua nova diretoria, que tem como presidente o pecuarista André Merlo e como primeiro vice-presidente Reginaldo Vilela. Novidades sobre a Expoagro 2010 foram anunciadas, como um estudo para o reposicionamento comercial de bares e restaurantes, com readequação de preços e otimização de espaços. Shows como Luan Santana, Latino e Djavú também foram confirma-

Troca de Tesouras Irani Fernandes é a nova titular do Stúdio Hair (que fica na Rua Israel Pinheiro, 1842, no bairro Esplanada), em substituição a Poline Fialho. Com 20 anos de experiência, Irani agora comanda o seu próprio espaço, com ambiente climatizado e profissionais especializados para cuidar com perfeição de todos os tipos de cabelo, além de pedicure e manicure.

dos. O presidente André Merlo apresentou ainda uma agenda de leilões promovidos pela URRD nos meses de março, abril e maio, e outras de atividades de fomento dos agronegócios a serem realizados no Parque de Exposição José Tavares Pereira não apenas durante a Expoagro, mas ao longo de todo o ano. Corrida de Argolinha, Cavalgadas, Vaquejada e Feira de Gado estão entre as atividades da programação.

Fiemg Rio Doce Maio é o mês de eleição e posse da próxima diretoria da Fiemg Regional Rio Doce. E vem novidade por aí, com os nomes de Rosane Azevedo e Francisco Silvestre surgindo como os próximos presidente e vice da entidade, respectivamente.

Impermax na Capital

Empresário Rosalvo 46

Proprietário da Impermax e presidente da ASPEA, o engenheiro civil Rosalvo comemora, e com toda razão, a participação da sua empresa – especializada em impermeabilização de estruturas em construção civil – na construção da gigantesca Cidade Administrativa, obra recentemente inaugurada pelo Governo do Estado na capital mineira.

Uma das responsáveis pela excelente performance da Preview Sistemas no mercado de softwares, a empresária Alexandra Siman B. Seidel aposta na tecnologia como ferramenta para facilitar a vida de quem lida com o complicado trâmite financeiro-administrativo das atividades comerciais. Por isso, foi desenvolvido o GestPlus, um Sistema de Gestão Empresarial que informatiza operações que Empresária Alexandra Siman vão do financeiro, passando por fluxo de caixa, vendas e logística, entre outras funções, sendo inclusive preparado para emissão da Nota Fiscal Eletrônica, um importante benéficio para os empresários. Não é por acaso o sucesso que a Preview faz, há mais de 15 anos.

Oncologia Internacional Sempre atento às novidades dentro de sua especialidade médica, a oncologia, o Dr. Célio Cardoso acaba de retornar do Rio de Janeiro, onde participou de um evento internacional no qual foram debatidas “Novas Perspectivas da Oncologia”. Profissionais de países como Itália, França, Inglaterra e Estados Unidos estiveram presentes em uma enriquecedora troca de experiências profissionais, sobretudo no que diz respeito a câncer de pulmão, mama, intestino e linfomas. Oncologista Dr. Célio Cardoso

Marechal Motos O empresário Wander Seidel está fazendo um grande trabalho à frente da Marechal Motos, que, depois de 19 anos de mercado, foi reinaugurada em novembro passado, com uma oficina de alto padrão e diferenciais de mercado como a mecânica corporativa, um convênio para empresas que possuem frotas de motocicleta, com manutenção, “Socorro 2 Rodas”, preços e prazos especiais e a qualidade de profissionais treinados pela fábrica. Trabalhando dentro das normas Empresário Wander Seidel ambientais e de segurança, a Marechal Motos atende em um amplo espaço, bem no centro da cidade e com peças de serviços de várias marcas, como Honda, Yamaha, Suzuki, além de ser credenciada como assistência técnica Sundown. Tudo para deixar sua moto em boas mãos.


Posse no Sindicom

Weber Andrade, Frederico Andrade e Ruber Castro

O Presidente do Sindicon Hercilinho Diniz e Luiza

João Emídio

Sílvio Figueiredo

Prefeita Elisa Costa e Ana Angélica

Hercílio Diniz Filho é o novo presidente do Sindicom - Sindicato do Comércio Varejista de Governador Valadares (Sindicom). Sua posse, bem como de toda a nova diretoria, foi marcada por um almoço festivo, dia 9 de março. O evento contou com uma presença expressiva de representantes de entidades, conselhos, empresários e imprensa, entre eles, o Vice-Presidente da Fecomércio Minas, Lázaro Luiz Gonzaga; Presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora, Emerson Beloti de Souza e do Presidente do Presidente do Sindicato do Comércio do Vale do Aço, José Maria Facundes. Durante a cerimônia, os membros da nova diretoria assinaram o termo de posse para o mandato de quatro anos.

Moisés, Helton, Alex, Vinícius Diniz

Hercilinho, Edson Gualberto e Bosco Costa

Toninho Coelho, Irany Vargas e Valter Vilela

Janaína Figueiredo Marcos, Afonso Bretas e Marconi

Paulinho Cunha e Francisco Silvestre

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DECORADORA APARECIDA ANDRADE TRADUZ COM CHARME E ELEGÂNCIA O ESTILO DE SEUS CLIENTES

I

mpecável. Assim é o trabalho da decorada Aparecida Andrade. Sua preocupação com a qualidade está nos mínimos detalhes. Seu bom gosto salta aos olhos; e seu feeling natural para criar ambientes sem excessos ou poluições visuais permite identificar facilmente seus trabalhos, sobretudo em residências particulares. Porque, além de todos estes atributos, Aparecida tem uma outra característica que a torna ainda mais especial: ela consegue conjugar na medida certa seu estilo próprio – clean e contemporâneo – com as preferência e estilo de vida de seus clientes, dando a cada projeto um toque de exclusividade, no qual a palavra qualidade se sobressai no cuidado da escolha de seus fornecedores e parceiros, e podem ser notados em pontos vitais de acabamento e iluminação, passando pelo preciosismo de cores e formas — diferenciais que tornam seus trabalhos únicos e especiais.

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TURISMO por Paula Greco

Ê trem Tiradentes consegue reunir ao jeitinho mineiro um toque de sofisticação

A

cidade foi fundada em 1702, durante a febre do ouro no interior das Minas Gerais e é o berço da Inconfidência Mineira, cidade natal do alferes Tiradentes, que desde 1889 lhe empresta o nome. Mas atualmente essa pitoresca cidade mineira merece ser visitada não apenas por sua importância histórica, mas por ter se transformado em um charmoso pólo de turismo, que reúne tradição, belezas naturais, cultura, vida alternativa, rede hoteleira sensacional e, de quebra, um verdadeiro paraíso de compras para quem gosta de artesanato, desde coloridas peças em papel machê até luxuosos móveis em estilo colonial. Distante 190 quilômetros de Belo Horizonte, Tiradentes tem fácil acesso utilizando as BRs 040, 383 e 265. Para quem sai de Governador Valadares, o melhor caminho é ir pela BR 262 até Rio Casca, passando por Ponte Nova e Ouro Preto até chegar à BR 040 no sentido Congonhas para depois pegar a BR 383. Caminhos tortuosos (no sentido de muitas curvas), com paisagens tipicamente mineiras, muita serra, muito verde e que compensa a distância, sobretudo quando se chega à cidade. O conjunto arquitetônico – bem como os arredores da cidade – tombados pelo IPHAN como patrimônio histórico e natural, é uma autêntica e bem preservada festa barroca, no melhor estilo lusitano da época, com Igrejas e casarões que não podem deixar de ser visitados. Outra atividade turística praticamente obrigatória é o passeio de Maria Fumaça entre Tiradentes e São João Del Rey. O trenzinho foi inaugurado em 1881, pelo então imperador D. Pedro II.


bom, sô! Quem gosta de aventura também tem seu lugar garantido em Tiradentes. A exuberância natural do entorno da cidade permite atividades como ciclismo, caminhadas, cavalgadas, rapel em várias cachoeiras, trilhas de jeep “off road” e descida de bote pelo rio. O pessoal adepto dos programas culturais também se sente em casa, principalmente na segunda quinzena de janeiro, quando acontece a Mostra de Cinema de Tiradentes. O calendário de festas também mistura even-

tos como este e o Festival Gastronômico, que acontece em agosto, com os festejos religiosos da Semana Santa, um dos mais belos do país. A rede hoteleira, com mais de 40 opções entre pousadas e hotéis, segura bem a demanda turística, com opões que vão desde o mais simples até o superluxuoso, no melhor estilo “Senhores de Engenho”. Comer em Tiradentes também é uma atração à parte. Restaurantes, cafeterias e espaços gourmets se proliferam, oferecendo desde a mais tradicional e caseira comida mineira até obras de refinados chefs de padrão internacional, passando por doces, queijos e geléias que são de perder o juízo. Mas nada é tão capaz de tirar o prumo da gente quanto as compras em artesanato, que se pode fazer por lá. Móveis rústicos, barrocos e de demolição; jarros, panelas, travessas e peças decorativas em ferro e estanho; bonecas, mandalas, jóias e esculturas em diversos materiais são alguns dos exemplos do que pode ser encontrado, tanto em Tiradentes quanto nas cidades vizinhas, com destaque para o vilarejo conhecido como Bichinho, uma comunidade onde vivem mais de 70 artesãos e artistas plásticos — peculiaridades “à mineira” que não podem ficar de fora de um bom roteiro de viagem.

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REPORTAGEM por Tarciso Alves

Escola em Tempo Inte

muda rotina de alunos e professores em GV Um novo modelo de ensino está sendo colocado em prática neste ano em Governador Valadares, para atender a um universo de 26 mil alunos, aproximadamente. Ele foi lançado no dia 11 de fevereiro, no Teatro Atiaia. Trata-se da Escola em Tempo Integral – um projeto de educação mais arrojado e abrangente, voltado para crianças de 0 a 4 anos (em creches), de 4 a 6 anos, na Educação Infantil, e de 7 anos em diante, no Ensino Fundamental. A Escola em Tempo Integral é um novo conceito de educação, que vai além do sistema de ensino tradicional. Esse modelo aumenta o tempo de permanência dos alunos na escola e inclui atividades e procedimentos que até então não faziam parte das rotinas do ensino infantil e ensino básico, como teatro, música, dança, capoeira, e outras modalidades de artes e esportes, escolhidas de acordo com as condições físicas de cada escola. Onde está implantado Um total de 50 escolas (40 na área urbana e 10 na área rural) estão colocando em prática esse projeto. Para adequá-las ao novo modelo, a Prefeitura Municipal realizou uma série de obras de reforma e adequação nas unidades, visando atender com o máximo de amplitude os alunos, que terão o ensino regular e várias atividades complementares, como práticas esportivas, culturais e reforço escolar. Segundo a secretária municipal de Educação, Sames Assunção Madureira, a Educação Integral veio para desenvolver uma proposta 52

educacional de mudanças que ofereça educação transformadora e comprometida com a formação humana, integralmente. “Não é apenas ampliação do tempo do aluno na escola, mas uma proposta que possibilite vivência democrática nas relações das crianças e adolescentes, em todos os tempos e espaços da escola e da comunidade”, explicou. Modelo escolhido O projeto da Escola em Tempo Integral consiste na permanência dos alunos na escola durante oito horas por dia, e não mais durante as quatro horas do modelo de ensino tradicional. Nesse período de permanência na escola, além de receberem alimentação nutritiva e balanceada, os alunos vão intercalar o aprendizado dos conteúdos básicos obrigatórios (Português, Matemática, etc), com as novas atividades que serão adotadas, como aulas de música, de teatro, ou qualquer outra modalidade de arte ou esporte, que “não são atividades extraturno, mas fazem parte da educação integral, assim como os conteúdos básicos”, afirma a secretária Sames Madureira. Fase atual O projeto da Escola em Tempo Integral está passando por uma fase de adaptação, e os alunos ainda não permanecem oito horas por dia nos locais onde estudam. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, por enquanto, todas as escolas municipais vão funcionar em dois turnos: das 07h às 13h15, e das 13h15 às 19h15,

com a carga horária de 6 horas diárias, até que as obras de adequações das escolas sejam concluídas e/ou novos espaços sejam alugados, se for necessário. Em breve, as escolas passarão a funcionar durante oito horas diárias, como foi proposto inicialmente no programa da Escola em Tempo Integral. Formação dos professores Um longo trabalho tem sido feito para tornar possível esse novo modelo de ensino. Em 2009, a Secretaria Municipal de Educação promoveu um debate sobre o tema “Escola em tempo integral”, com todos os profissionais da rede. Mais de duas mil pessoas discutiram o programa, em dois encontros, no auditório do Instituto Imaculada Conceição. Em janeiro deste ano, foi a vez da reorganização curricular e pre-

paração de toda a rede para receber os alunos. “Os professores efetivos se reuniram durante três dias na Escola Municipal Teotônio Vilela, para formação”, informou a secretária Sames Madureira. No dia 19 de fevereiro deste ano, através de uma nota publicada no Diário do Rio Doce pela Secretaria Municipal de Educação (Smed), cerca de mil professores e pedagogos aprovados no concurso público da Prefeitura Municipal de GV foram convocados a se apresentarem para o trabalho. Essa convocação obedeceu à classificação dos aprovados no concurso, mas incluía outros servidores que também foram chamados, como auxiliares de serviço público, secretários de escola, agentes administrativos, e profissionais das oficinas de artes e esportes, que são qualificados e habilitados, segundo a Secretaria Municipal de Educação.


gral

Recursos financeiros Para colocar em prática a Educação em Tempo Integral, o município teve também que conseguir novos recursos para atender às despesas decorrentes da nova realidade do ensino, relativas ao quadro pessoal (professores, pedagogos, auxiliares, pessoal qualificado e habilitado para as oficinas, etc), merenda, material de higiene pessoal e limpeza das escolas, etc. O orçamento da Secretaria Municipal de Educação, que no ano passado foi da ordem de R$ 61 milhões, neste ano saltou para R$ 74 milhões. Desse total, uma parte é de recursos próprios, pois refere-se aos 25% obrigatórios do orçamento anual, repassados pela Prefeitura, e outra parte vem do Fundeb, e do programa Mais Educação, do governo federal.

A fala da Secretária e os comentários de Paulinho Costa Segundo a secretária de Educação, Sames Assunção Madureira, a Escola em Tempo Integral está funcionando durante seis horas em quase todas as escolas do município, por enquanto, em virtude de atrasos no cronograma de obras de adaptação e ampliações dos prédios Sames Assunção Madureira escolares, por parte das empresas contratadas. Mas, algumas já têm jornada de oito horas diárias. “Nós começamos com seis horas, mas em breve estaremos estendendo o período para oito horas diárias. Contamos com recursos do orçamento da prefeitura e do Fundeb, que para as escolas que funcionam com maior horário o valor repassado por aluno aumenta um pouco, para custear o tempo maior do aluno na escola. O aumento do Fundeb é consequência do programa Mais Educação, que é a ampliação da jornada do aluno. Através dele, estaremos iniciando o processo de oficinas de música, dança, teatro, capoeira, tae-ken-dô, caratê, futebol, como atividades diversificadas da Escola em Tempo Integral. Uma outra fonte de recursos decorre da economia que se fará tendo em vista em vista o concurso público recém-promovido. Os profissionais de educação serão, em breve, os concursados, e não mais os contratados. As obrigações sociais dos concursados custam metade do que custam as dos contratados. A economia decorrente disso permitirá uma mobilidade no orçamento da Secretaria para custear despesas do Programa”, explicou Sames, acrescentando que ela e a prefeita Elisa Costa sempre visitam as escolas municipais, e que “quase todas estão funcionando com seis horas. No meio rural temos duas escolas funcionando com oito horas diárias, que são as de Goiabal e Santo Antônio do Porto. Na cidade, temos os Cemeis todos (Centros Municipais de Educação Infantil), que funcionam em tempo integral, e temos as escolas Ângelo D´Marco e a Senador Teotônio Vilela, funcionando oito horas”, finalizou a secretária.

Esse projeto é o mais i m p o r t a n t e, dentre todos que estão sendo implantados em Governador Valadares. Aliás, ele é importante não só para ValadaPaulinho Costa res, como também para Minas e o Brasil. Uma boa educação interfere na nossa vida toda. E no caso específico nosso, de Valadares, em que estamos com níveis altíssimos de violência, de problemas com drogas, a Escola Integral é uma arma forte e, além do mais, vai qualificar todas as nossas crianças e adolescentes para, no futuro, trabalhar, ocupar espaços nas empresas, pois temos um problema sério de qualificação em Valadares, também. É um projeto ousado. Ele não é fácil, mas já foi implantado em outras cidades. O meu partido, o PDT, defende a Escola Integral. Acho que a Prefeitura de Valadares está sendo ousada em implantá-lo, porque aumenta custos, aumenta a carga horária do professor e aumenta a presença das crianças na escola. Mas nós todos temos que nos unir em torno desse projeto, porque com ele Valadares vai conseguir superar esses índices terríveis, negativos, de violência e de drogas, para termos aqui, num futuro bem próximo, muita mão-de-obra qualificada e gente preparada para a vida.

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Receita Folhado de Salmão Nadine Ingredientes 120g – Camarão descascado e limpo 120g – vieiras 2 colheres de chá – manteiga 1 receita – Massa folhada 120g – filé de salmão 120g - cream cheese 2 colheres de sopa – pimenta vermelha 1 xícara de chá – molho de cogumelo e xerez

Modo de Preparo Refogue o camarão e as vieiras na manteiga, escorra e deixe esfriar. Abra a massa folhada e corte em 4 partes iguais. Coloque um filé de salmão e porções iguais de camarão, vieiras e queijo, e polvilhe com a pimenta. Enrole a massa cuidadosamente ao redor dos filés. Aperte bem as pontas e decore com o restante da massa para baixo. Asse em forno pré-aquecido a 220ºC por 20 minutos ou até que a massa esteja dourada. Sirva com o Molho de Cogumelos e Xerez.

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