Ano 8 • nº 1575 Julho/2014 Sítio Novo Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Seu Lula mostra a criação de galinhas do quintal produtivo
Foto: José Bezerra
O senhor Luiz Batista de Oliveira (Lula), viúvo, pai de três filhos, é uma das 113 famílias do município de Sítio Novo, região Trairi do Rio Grande do Norte, que tiveram acesso às tecnologias sociais de captação e armazenamento de água. Seu Lula mora sozinho, na comunidade Serra do Meio, situada na chã da Serra da Tapuia, pois os filhos já constituíram família. No pequeno pedaço de terra que possui, ele cultiva fava, milho e feijão, no período chuvoso, além de manter algumas fruteiras, como pés de pinha e de manga e o plantio de maniva. Nos últimos dois anos, com a escassez de chuvas, a produção de feijão e milho diminuiu. Ele conta que antes das cisternas a água era escassa e difícil. “Antes das cisternas a vida era difícil, porque não tinha água franca. A gente pegava água da adutora, na caixa d'água lá de cima (distante da casa) e usava para tudo”, diz. Seu Lula acrescenta que agora ficou mais fácil, porque a água fica no quintal da casa. “Já tem água na caixa, mas ainda vou começar a plantar. No momento, estou usado um pouco da água para o plantio de maniva, que tenho no quintal”, relata.
Foto: José Bezerra
Criação de galinhas aumenta a renda de seu Lula
A cisterna-calçadão tem água suficiente para o plantio
Foto: José Bezerra
Foto: José Bezerra
Os frangos e galinhas recebem todos os cuidados de seu Lula
O plantio de maniva fica ao lado da cisterna
Com alegria, seu Lua exibe as mangas que colhe no quintal
Foto: José Bezerra
Antes de ter acesso à cisterna-enxurrada, ele já criava galinha caipira. No momento de definir o caráter produtivo, optou pela compra de quatro cabras e pintos. “Mas eu criava as cabras amarradas e elas não se alimentavam direito. Comprei milho e farelo, mas elas não comiam nada. Quando eu soltava, elas pulavam as cercas e invadiam os roçados”, narra seu Lula. Diante do problema, ele decidiu vender as cabras e investir na ampliação da criação de galinhas poedeiras. Atualmente, seu Lula já tem cerca de noventa galinhas e frangos caipiras e algumas delas já botam ovos. Parte dos ovos ele consume e comercializa o excedente. “Muita gente vem comprar os ovos, mas não tem muito e não dá para atender a todo mundo”, informa. Quando as galinhas poedeiras ficam velhas, ele mata para o consumo ou comercializa, e procura repor outras mais novas, para não diminuir a quantidade e manter a produção de ovos. Ele também aproveita os ovos para chocar e aumentar a criação, mas também compra, quando necessita. Faz questão de ter só galinhas caipiras. Por causa da pouca produção de ovos, a renda ainda é pequena. “Eu apuro mais ou menos vinte reais por mês, porque a produção de ovos ainda é pequena. Mas vai aumentar”, diz. Seu Lula pretende implementar o quintal produtivo, com o plantio de hortaliças. Segundo afirmou, vai plantar coentro, pimentão, tomate, cenoura e tudo que um canteiro de hortaliças pode ter. “Eu já tirei as varas para cercar o terreno e plantar as hortas”, informa. Além disso, ele também pretende explorar outras culturas, como milho e fava e manter a produção de feijão. Apesar das poucas chuvas de 2014, a cisterna tem água suficiente para o cultivo das hortaliças. Mesmo sem ter feito o canteiro, seu Lula produziu tomates para o consumo.
Foto: José Bezerra
Articulação Semiárido Brasileiro – Rio Grande do Norte
Foto: José Bezerra
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Seu Lula mostra os tomates que produziu no quintal
Realização
O pé de manga ao lado da casa produz bastante
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