Comunica - n° 2

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Elisa Chueiri • Felipe Saldanha • Lucas Felipe Jerônimo • Paula Oliveira • Paula Arantes Um debate discutindo os desafios da produção do Jornalismo Literário no Brasil foi realizado no dia 12 de maio, no Teatro Rondon Pacheco, em Uberlândia, como atividade da Programação Itinerante do Centro Cultural Banco do Brasil. O debate, mediado pela editora de cultura do Correio de Uberlândia, Adreana Oliveira, contou com a presença de Nirlando Beirão e José Arbex Jr. (box) e foi prestigiado por alunos de Jornalismo, em especial da UFU, acompanhados pelas professoras Mirna Tonus e Adriana Omena. No evento, foi abordado o posicionamento do jornalista diante das diferentes correntes de pensamento veiculadas nos meios de comunicação. Afinal, o profissional deve ou não opinar sobre os fatos? Arbex Jr. ressaltou que, na França, existem jornais com linhas ideológicas diferentes e que há um jornalismo mais opinativo, modelo predominante da Europa. No Brasil, nota-se um jornalismo mais informativo, que tende à isenção do jornalista, afastando-o da análise dos acontecimentos. Em meio à discussão, surgiu a polêmica da neutralidade, e chegou-se à conclusão de que, em Quem? alguns momentos, ser neutro significa ser conivente com o discurso da classe dominante e, portanto, subserviente a ele. Nirlando Antônio Lacerda Beirão Os participantes do debate defenderam Jornalista, publicitário, consultor e escritor. que o jornalista deve expressar seu ponto de vista e Formado em Antropologia pela UFRJ. Foi deixar claro qual a sua ideologia. Dessa forma, é editor da revista Veja, editor chefe da revista possível fazer um jornalismo mais transparente, Isto É, correspondente da Isto É e da Carta mais sério e mais engajado. Capital, lançou a revista Caras no Brasil, foi colunista social do Estadão, é publisher da Ficção e realidade revista Wish e escreveu oito livros.

FU /U D E C FA o m s li a n r Jo l a i nicação Soc u m o C e d o s r u c o d l ra – Agosto de 2009 u G m M a, di ân l Jornalr be U – 2 o r e Ano I – Núm Caravana da Anistia difunde conhecimento e reflexão sobre supressão das liberdades individuais

Rubem Alves aborda educação em palestra no Center Convention Carolina Batista • Eugênia Vasconcellos • Marina Martins • Natália Santos • Raíssa Rodrigues

Com status de capital, Uberlândia foi selecionada, dentre as cidades do interior de Minas Gerais, para receber a transmissão do sinal digital de TV. Por se tratar de uma nova tecnologia, ainda em fase de implantação, o Núcleo de Política e Gestão em Educação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), sob orientação do Professor Antonio Cláudio Moreira Costa, promoveu, ao final de abril, uma mesa redonda com o objetivo de levar ao público os diferentes pontos de vista acerca do assunto. O evento contou com a participação de Paulo Feres, engenheiro de Televisão da Rede Integração, afiliada à Globo, e de Adriana Omena, publicitária e coordenadora do Curso de Comunicação Social – habilitação em Jornalismo da UFU, com a mediação da professora Mirna Tonus. A discussão foi aberta a toda a comunidade acadêmica, mas direcionada principalmente aos alunos de Jornalismo e Pedagogia. Em defesa da visão de vários pesquisadores e profissionais da área, Adriana citou a falta de informação como principal obstáculo à efetiva implementação da tecnologia digital. Segundo ela, o debate técnico, além de excluir o cidadão comum, uma vez que o mantém desinformado, impede a possibilidade de um debate político. Por essa razão, faz-se cada vez mais necessária uma política governamental que busque se adequar ao marco regulatório. Em contrapartida, Feres centrou sua argumentação buscando evidenciar apenas as vantagens que o modelo adotado pelo Brasil, com base no padrão japonês, é capaz de oferecer: mobilidade e portabilidade, bem como interatividade, além de imagem com alta definição. “Com a interatividade, a democracia tende a atrair um público privado da tecnologia. É mais fácil lidar com o controle remoto do que com o teclado. É válido lembrar que o brasileiro é espectador da TV aberta”, explicou Feres. O fato, como lembrou o engenheiro, é que a tecnologia está sempre mudando e proporciona inúmeras facilidades. “A questão é de treinamento. É de responsabilidade das novas gerações a elaboração de conteúdos apropriados para fazer uma maneira diferente de TV”, acrescentou. 

EXPEDIENTE O jornal-mural COMUNICA! é uma produção dos alunos do 1º período do Curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo da Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), desenvolvida no Projeto Interdisciplinar em Comunicação I, sob orientação da Profa. Dra. Mirna Tonus. Coordenadora do curso de Comunicação Social: Profa. Dra. Adriana Cristina Omena dos Santos. Diretora da FACED: Profa. Dra. Mara Rúbia Alves Marques. Tiragem: 100 exemplares. Impressão: Imprensa Universitária/UFU.

Pouco mais de cinco mil pessoas lotaram o Center Convention no dia 19 de maio para ouvir as palavras do professor escritor Rubem Alves, que ministrou a palestra com o tema “Educar para transformar”, em evento organizado pela ONG de Defesa da Cidadania. O mineiro de Boa Esperança deu sua opinião sobre os desafios enfrentados pela educação no Brasil. Apesar de seus cabelos brancos, Rubem Alves mostrou-se preocupado com uma questão que atinge os jovens: o vestibular. “Se os reitores, professores que o elaboram ou professores de cursinho o fizessem, seriam reprovados”, disse o também teólogo e psicanalista. Ele discutiu outros graves problemas da educação brasileira atrelados ao vestibular e criticou a extrema burocracia no sistema de ensino, bem como a valorização da simples presença do aluno em sala de aula. “A obrigatoriedade de 75% de presença ou então a reprovação não estimulam o aluno a aprender, mas apenas estar presente”, disse. O escritor fez ainda referências às suas lembranças escolares e enfatizou a questão da admiração e respeito que o aluno deve ter em relação ao professor, despertando, assim, o interesse pela matéria. Rubem Alves acredita que a missão do professor é estimular o encantamento do aluno utilizando a leitura como mecanismo de apoio. Para ele, tanto os livros quanto a utilização de mídias, que dinamizam as aulas, são fundamentais no processo de ensino-aprendizagem, levando à concretização da Educomunicação, prática já muito utilizada, mas ainda pouco reconhecida. 

Jornalismo Literário é uma especialização José Arbex Jr. que mistura informação com literatura, nascida nos Jornalista e escritor. É doutor em História Estados Unidos no final dos anos 1950. Também é Social pela USP e é professor de Jornalismo na chamado de literatura da realidade, novo PUC-SP. Trabalhou no jornal Folha de São jornalismo (“new journalism”) ou romance de nãoPaulo e foi editor-chefe do jornal Brasil de ficção, pois as notícias são reais e utilizam todos os Fato. Atualmente, é editor especial da revista recursos literários que impressionam e envolvem o Caros Amigos. leitor. Para o professor, escritor e jornalista literário Mark Kramer, que esteve no Seminário Brasileiro de Jornalismo Literário, realizado pela Academia Brasileira de Jornalismo Literário (ABJL) — www.abjl.org.br —, em parceria com a principal revista digital brasileira do gênero, Texto Vivo — www.textovivo.com.br —, o jornalista que escreve nessa área não é um expositor impessoal e obediente à escrita acadêmica. Possui uma personalidade profunda, irônica e franca, qualidades que os repórteres do dia-a-dia evitam com veemência, pois são treinados para não revelar suas reações e não expor nenhuma visão pessoal. “O poder do gênero chamado Jornalismo Literário é a força da voz do autor”, diz Kramer em artigo publicado no site da ABJL. “É uma das poucas ocasiões em que o grande público pode consumir declarações pessoais ilimitadas, verbalizadas em nome de ninguém menos que o próprio autor em plena ousadia”, destaca. 

Emoção pode ser saída para a imprensa, segundo Beirão A forma de escrever defendida pelo Jornalismo Literário não deixa de lado o conteúdo. Em entrevista ao COMUNICA!, Nirlando Beirão afirmou que a imprensa precisa se reinventar e abandonar fórmulas superadas. Na visão do jornalista, repensar a escrita pode fazer com que os jornais sejam mais críticos e organizados, olhem para o mundo com mais generosidade e abram espaço para a expressão pessoal. “Isso vai ajudar os jornais a se reencontrarem”, disse.

Docentes do curso de Jornalismo da UFU enviam projetos a agências de fomento Aline de Sá • Lucas Bonon • Stella Vieira • Tatiana Oliveira

Educação para a liberdade A função educacional da Caravana está fundamentada, principalmente, na disseminação do valor histórico e na preservação da memória. Sob o slogan “Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça”, os projetos dialogam com o passado e têm o intuito de sensibilizar e disciplinar a população civicamente. Suas publicações infantis possuem o propósito de inverter heranças e criar uma nova tradição que garanta o valor à vida. De acordo com o palestrante José Ribas Vieira, para os jovens, esse processo de aprendizagem é discursivo e argumentativo, analisado de maneira retroativa por meio da chamada Justiça de Transição, que privilegia o estudo da preservação e da reparação dos Direitos Humanos. A prática dessas revisões pode ser vivenciada pelos presentes através de palestras, relatos, filmes, documentários e julgamentos realizados abertamente ao público. Além disso, o evento foi enriquecedor para os alunos de Comunicação Social da UFU, pois o tema discutido pela Caravana, a democracia, está intimamente ligado à profissão do jornalista. Afinal, mesmo com o país livre do regime ditatorial, o jornalista sofre dificuldades para se posicionar criticamente diante do sistema econômico vigente, que submete a informação ao lucro. Portanto, não deve abandonar completamente seu caráter romântico, mas sim procurar exercer sua profissão em defesa das liberdades individuais e do interesse da sociedade civil. Aqui, vale lembrar a figura de Vladimir Herzog (foto), jornalista assassinado pelos militares por resistir ao regime.

Devido à abertura do curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, na UFU, as professoras Mirna Tonus e Adriana Omena começaram a elaborar e enviar projetos de pesquisa e extensão para editais de agências de fomento, dentre eles, os da FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Mirna elaborou um projeto da área de educomunicação e outro sobre formação jornalística, os quais foram divulgados para os alunos e enviados para alguns editais. Além disso, ela participa, na condição de colaboradora, de outros projetos que foram também enviados para os editais do PIBIC (Programa de Incentivo a Bolsas de Iniciação Científica) e do PET (Programa de Educação Tutorial), ambos da UFU. Já Adriana elaborou um projeto relacionado à inclusão digital e outro sobre a utilização de recursos midiáticos nas eleições de 2010. Apesar de os projetos ainda não terem uma resposta dos editais, Adriana já possui oito voluntários que aguardam a aprovação para iniciar as pesquisas de campo. As professoras também estão envolvidas em um projeto denominado “Professor online: apropriação e uso do ambiente virtual de aprendizagem Moodle pelos docentes, nos cursos presenciais de graduação e pós-graduação, das universidades federais do Estado de Minas Gerais”, que contará com a contribuição de pesquisadores de outras instituições federais de ensino superior instaladas no estado. Voluntários Até o momento, nenhum dos projetos enviados para os oito editais recebeu uma resposta, mas a expectativa é grande, principalmente em relação à competência dos alunos selecionados. Paula Arantes, 18, que está concorrendo para o projeto de inclusão digital, destaca a importância de analisar a situação da inclusão digital nos bairros pobres e afirma que, mesmo que as bolsas não sejam aprovadas, pretende trabalhar como voluntária. Outro aluno selecionado, Felipe Saldanha, 17, acredita que as atividades de iniciação científica não prejudicarão o rendimento dos alunos envolvidos, pois os projetos estão diretamente relacionados aos conteúdos abordados em sala de aula. 

“ Lucas Felipe Jerônimo

Cindhi Belafonte • Francklin Tannús • Karine Albuquerque • Laís Castro

Raíssa Rodrigues

Mesa-redonda discute TV digital

Durante o governo do General João Batista Figueiredo, comitês populares foram organizados em defesa da Anistia Ampla, Geral e Irrestrita dos exilados pela ditadura militar. Em 28 de agosto de 1979, foi aprovada a Lei n° 6.683, que anistiava os cidadãos acusados de crimes políticos com base no AI-1, editado em 9 de abril de 1964. Aqueles que ocupavam cargos públicos e os que foram acusados de “crimes de sangue” (combate por luta armada), por sua vez, estariam submetidos ao julgamento por comissões especiais. A partir de então, surgiu um compromisso com os anistiandos, como uma espécie de “dívida social”, culminando com a criação da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, em 2001. Um dos projetos da Comissão é a Caravana da Anistia. Criada em 2008 e dotada de caráter pedagógico (box), busca concretizar esse compromisso percorrendo diversas regiões do país a fim de julgar, de forma particular, os requerimentos de anistia enviados para a Comissão por aqueles que sofreram com as medidas opressoras do regime militar. Após o julgamento, a Caravana analisa a possibilidade de reparação econômica por danos materiais e laborais, quando comprovados, e fornece o certificado de anistiado como forma simbólica de o Estado se redimir pelos crimes cometidos durante a ditadura. Em 2009, a Caravana viveu sua 22ª edição na Universidade Federal de Uberlândia, nos dias 13, 14 e 15 de maio, com diversas atividades em período integral. A carga emocional dos relatos de alguns dos oprimidos políticos deixou nos estudantes da instituição a sensação da grande responsabilidade de preservar e zelar pela democracia do país, que foi (re)conquistada com tanto sofrimento. Na região do Triângulo Mineiro, de acordo com Paulo Abrão, presidente da Comissão de Anistia, os casos de perseguições não receberam destaque no país e, não raro, tornaram-se desconhecidos. A Caravana vem justamente resgatar os nomes desses “heróis anônimos”, termo utilizado pelo ministro da Justiça Tarso Genro, que teve uma contribuição significativa no evento. 

Divulgação

Design: Victor Barão Felipe Saldanha

Anna Paula Castro Alves • Clara Ribeiro Sacco • Gabrielle Carolina Silva • Natália Faria • Melina Paixão

O jornalismo literário é a possibilidade de voltar a uma certa emoção nos textos Nirlando Beirão

Beirão citou um precursor do new journalism, Truman Capote, escritor estadunidense que se tornou célebre ao escrever “A sangue frio”, publicado em 1966. Neste livro, o autor relata em detalhes um crime real, investigado por ele durante seis anos, incluindo a personalidade das vítimas e dos assassinos. Capote inaugurou, assim, um novo gênero: o romance de não-ficção. Seu objetivo era fazer da reportagem uma arte. “Ele viveu uma história escabrosa e se deixou levar por uma emoção extrema”, analisa Beirão, que não se importa com a discussão sobre até onde foi o limite de Capote. “Aquela era a história vista com um olhar pessoal, de alguém que foi lá, viveu e transmitiu aquilo, e que te emociona também. O jornalismo literário é a possibilidade de voltar a uma certa emoção nos

Caco Barcellos aborda violência e mídia

Lucas Felipe Jerônimo

Jornalismo Literário: uma discussão atual

Diélen Borges • Julia Siqueira • Luiz Fernando • Suzana Arantes • Talita Martins • Vitor Ferolla O jornalista Caco Barcellos esteve na Universidade Federal de Uberlândia, no dia 18 de maio, como palestrante do programa Diálogos Universitários, e tratou do tema “cultura da violência”. O evento, realizado desde 2005, resulta da parceria entre a Souza Cruz, universidades e representações estudantis, como empresas juniores e centros acadêmicos. Ele deu exemplos de como a violência se configura na sociedade brasileira, salientando que os preconceitos de classe existentes no país mascaram as verdadeiras estatísticas do crime. O jornalista revelou que não são os assaltantes que mais cometem crimes violentos na nossa sociedade, pois eles representam apenas 4% do total de homicídios. Para Barcellos, o verdadeiro matador brasileiro mata numa discussão no trânsito ou depois de uma partida de futebol, por exemplo, e a maioria pertence à classe média. O palestrante divulgou ainda que o Brasil, segundo país mais violento do mundo, tem cerca de 400 assassinatos a cada três meses a maioria cometida pela polícia , de forma que, apesar de ilegal, a pena de morte acaba sendo praticada. Fazendo alusão ao filme “Tropa de Elite”, ele afirmou que “triste é a sociedade que elege um matador [Capitão Nascimento] como herói”. Sobre o jornalismo, afirmou que a imprensa nem sempre cumpre bem o seu papel de divulgar informações e chega a ser omissa quando o assunto é violência. Ele contou sobre a morte de um amigo por fuzilamento, noticiada pelos jornais como tiroteio com a polícia. O jornalista revelou que chegou a pensar em abandonar a carreira devido a situações como essa e criticou notícias do tipo “capitão Gilson Lopes, brilhante atuação...”. Apesar de elogiar a formação dos jornalistas de hoje, mais bem informados graças à tecnologia, Barcellos disse que falta aos jovens profissionais conhecer uma favela, por exemplo. Após a palestra, Caco Barcellos falou com os repórteres do COMUNICA! sobre a experiência de dialogar com universitários: “Eu acho maravilhoso porque é a oportunidade para você ouvilos de perto e trocar ideias, pena que é pouco tempo”. 

Quem? Nascido em Porto Alegre, em 5 de março de 1950, Cláudio Barcelos de Barcelos, conhecido como Caco Barcellos, é especialista em jornalismo investigativo. Com vários prêmios no jornalismo e na literatura (entre eles, um da ONU) e passagens pelas revistas Repórter, Isto É e Veja, já cobriu guerras e catástrofes naturais. Possui três livros publicados - Rota 66; Abusado, o dono do morro Dona Marta; Nicarágua: a revolução das crianças - e, atualmente, comanda um programa às terças-feiras na Rede Globo, o Profissão Repórter.

Estudantes ficaram de fora Lucas Felipe Jerônimo/Talita Martins

A primeira ninguém esquece Arthur Franco • Mariana Vasconcelos • Dayane Nogueira • Eric Oliveira

Alunos de Jornalismo tentam acompanhar o evento pela janela

A primeira festa do curso de Comunicação Social — Habilitação em Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) ocorreu no dia 18 de abril, na residência da aluna Marina Luísa, 18, e contou com a presença de muitos alunos. Segundo um dos presentes, Lucas Felipe, 20, a festa foi bem-organizada e o que ficou a desejar foi a ausência de alguns amigos. Para ele, o que animou a festa foi a confraternização e as músicas improvisadas com o violão de um dos presentes. Alguns alunos mais empolgados, como Luiz Fernando Barbosa, 19, e Karine Albuquerque, 20, procuraram envolver toda a turma. A estudante Cindhi Belafonte, 19, afirmou que a festa foi uma ótima oportunidade de integrar a turma e que, por ser um ambiente diferente da faculdade, serviu para aproximar as pessoas que não conversavam tanto na sala de aula, apesar de apenas metade dos alunos ter comparecido. A festa foi um momento importante para os jovens, uma vez que se firmou como o primeiro evento da turma, que agora está na expectativa da segunda confraternização. Mesmo assim, para eles, a primeira, ninguém esquece. 

A maior parte dos estudantes do curso de Jornalismo da UFU não conseguiu assistir à palestra. Os universitários declararam que não tiveram a oportunidade de realizar a inscrição dentro do prazo por falta de divulgação do evento. Além disso, as inscrições foram encerradas em poucas horas. Os organizadores alegam não ter havido tempo para a divulgação necessária, uma vez que a responsabilidade das inscrições é da empresa Souza Cruz. O fato é que não foram barrados apenas alunos, mas também um convidado da imprensa local, o jornalista Pedro Popó, que só conseguiu entrar depois que Caco Barcellos, seu amigo, pediu para que colocassem uma cadeira para ele no anfiteatro. A falta de flexibilidade por parte da organização do evento foi apontada como principal motivo da indignação de quem não pôde participar.


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