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VOCÊ PERCEBE O COMPORTA

Você percebe o comportamento de seu filho como desafiador?

Você já sentiu que algum comportamento apresentado pelo seu filho é feito para te desafiar, para te tirar do sério? E assim, acaba rebatendo o comportamento, jogando de volta para ele, com uma velocidade e força maior? Você já pensou que rebatendo esse comportamento, você pode estar machucando seu filho e o levando a interpretações e sentimentos que você não queria que ele tivesse? Que isto irá gerar os seus resultados futuros?

COMO ASSIM?

Quando respondemos ao comportamento apresentado pela criança, estamos respondendo a nossa própria frustração, ou qualquer outra emoção que este comportamento despertou em nós. A criança ao invés de aprender sobre o que está sentindo e aprender outras formas de agir, terá uma interpretação errada e isso irá gerar um sentimento e um pensamento que irá formar uma crença de quem ela acredita ser, fazer e merecer. Este caminho está longe de fortalecê-la emocionalmente. Quando começamos a pensar sobre isto, vamos tendo uma maior consciência de como estamos nos comportando frente aos comportamentos apresentados por nossos filhos, ficando mais fácil de não rebater os comportamentos que parecem nos desafiar. Não concentre sua atenção no comportamento de choro, birra, de bater à porta, de jogar tudo no chão. Mude o seu olhar. Comece a vê-los como uma expressão do que a criança está sentindo, e descubra que emoções estão desencadeando este comportamento que precisa ser trabalhado para que realmente haja mudança e a criação de crenças fortalecedoras.

Pense que seu filho está em processo de aprendizagem! Aprendendo a andar, a falar, a comer, a ler, a escrever, a ter uma rotina, e várias outras coisas, incluindo, gerenciar suas emoções. Lembre-se que é um processo, não ocorre de uma hora para outra. Atrás de um comportamento visto como desafiador existe uma emoção que ele não está sabendo gerenciar e acaba jogando para fora do jeito que dá naquele momento.

Acalmar a criança não é mimar, assim como fazer com que engula o choro ou ignorá-la não é ensinar. É largá-la sozinha com um sentimento intenso e ruim de sentir, sem saber como agir.

Acalmar a criança, acolher seu sentimento, não é deixar de ser firme, não é deixar de colocar limite. É dizer eu estou aqui, eu te entendo, é dizer que você sabe o que ela está sentindo, é nomear o sentimento, é mostrar que é normal se sentir assim, é compartilhar suas experiências. Use uma linguagem compatível com a idade do seu filho, abrace-o! Depois sim, dê outras opções de agir, oriente seu comportamento com amor e paciência. A criança aprende por repetição e se modela em você, no seu comportamento, no que você fala, mas sobretudo no que você faz. Agora me diz: Você procura entender o que seu filho está tentando te dizer através do comportamento dele? Você responde ao que o comportamento gera em você? Você consegue perceber a emoção que está por trás do comportamento do seu filho? Antes de orientar o comportamento do seu filho você o acalma, valida e acolhe o sentimento dele? Como você orienta seu filho? Já percebeu como está seu tom de voz e sua fala? Refletir ajuda muito neste processo!

Fabiana Muller

Psicóloga e Coach Trabalha com orientação aos pais e com inteligência emocional com crianças @fabianacgm @integrarehdc

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