Apostila de Produção Gráfica

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Coordenação Geral Fábio Cezar Aidar Beneduce Coordenação Administrativo-Financeira Anderson Ribeiro Pires Coordenação Técnica Vanessa Saraiva Belém Autor Anderson Ribeiro Pires Co-autores Israel Araújo de Oliveira Pedro Henrique Freitas Vasconcelos Projeto Gráfico Israel Araújo de Oliveira Jefferson Wilker Souza Barreto Revisão Vernacular Vanessa Saraiva Belém Coordenação editorial Antônio Miguel de Sousa Lima

Pires, Anderson Ribeiro. Produção Grafíca. / Anderson Ribeiro Pires. – Aquiraz: ITEVA, 2016. 73 p. : il. 21,0 x 29,7 cm


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Noções básicas

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Produção gráfica

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Funções do produtor

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Caminho do impresso

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Função básica da produção gráfica

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O produtor gráfico em uma agência de publicidade, no escritório de design e na gráfica

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Caminhos da impressão

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História da indústria gráfica

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Técnicas e tecnologias

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Mercado gráfico

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Materiais gráficos e de acabamento

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Recursos de impressão

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Suportes gráficos

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Matrizes e sistemas de impressão

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O Setor de acabamento gráfico

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ÍNDICE

Introdução


INTRODUÇÃO

A Produção Gráfica abrange a impressão, porém não se limita a ela. Este conceito deve estar bem claro para o produtor gráfico, uma vez que o termo impressão trata apenas de um processo de transferência de pigmentos para um plano final, chamado de suporte ou substrato. Para transferir esse pigmento utilizamos uma matriz, assim, o resultado final é uma cópia desta matriz. Obviamente que o processo de impressão é algo grandioso e árduo. Para formar um profissional nessa área, leva-se tempo e dedicação. No entanto ele é parte de algo maior. Configurar e operar o equipamento de impressão, carregar as matrizes, interpretar os sinais gráficos, calibrar à máquina e estar atento a qualidade são atributos indispensáveis para esse profissional, principalmente o último, que é garantir que o resultado final esteja idêntico, ou o mais próximo possível, da prova deixada pelo cliente. Mas quem decide o que se quer ver como resultado final? Você pode acreditar que é o cliente, e talvez até seja, porém, o produtor gráfico é a interface entre o cliente e a impressão. Ele quem traduz o que o cliente quer como resultado final na linguagem e utilizando os sinais que a gráfica opera e entende. O material deverá ser dobrado? Terá um corte diferenciado? Será perfurado? Tudo isso junto? Então, esse é um trabalho para o produtor gráfico. Soma-se as funções do produtor o entendimento de como funciona os diversos processos de impressão e acabamento, uma vez que o cliente geralmente o procura primeiro, antes mesmo de saber qual empresa fará a impressão do seu material. Assim você deve ter conhecimentos para orientá-lo quanto ao melhor processo e melhor uso de seus recursos.


Um exemplo simples que utilizo é de um comerciante que contratou um designer para elaborar uma grande placa, que seria instalada na fachada de sua loja, indicando o nome do estabelecimento e seus contatos telefônicos e site. Ele ficou extremamente satisfeito com o serviço do designer, não só pela produção da arte, mas também sugeriu que fizesse a impressão em um material chamado de Lona, e que contratasse uma metalúrgica para soldar uma esquadria de metal, onde ele poderia esticar a lona, criando assim sua própria placa, economizando dinheiro. E assim ele fez. Passados alguns meses estava extremamente insatisfeito, dizendo que o barato saiu caro, pois “a Lona não suporta sol e chuva, e logo toda a arte foi clareando até sumir”. Ele estava indignado pelo fato do designer tê-lo “enganado e orientado para o prejuízo”. Ele chegou a procurar a gráfica, porém ela disse que se soubesse que ele usaria para esse fim, haveria recomendado outro produto, afinal “a gráfica não tem culpa, eu simplesmente cheguei e pedi o que queria”. Ambos erraram. É claro que a Lona pode ser exposta ao sol. Sua deterioração não é tão diferente de outros materiais de baixo custo e similares utilizados em fachadas. Porém o pigmento... lá estava o segredo. A correta recomendação é que utilizassem tintas resistentes a sol e chuva e o suporte/substrato recomendado para isso, dessa forma o produto final seria mais resistente às intempéries e impactos em geral. Essas informações não só deveriam ter sido dadas para o cliente, como deveriam constar na arte-final entregue pelo designer, dessa forma ele teria feito o que chamamos de “serviço completo”, e assim garantido a satisfação de seu cliente. São esses processos e procedimentos que destacaremos nas páginas a seguir, e lembre-se: após aprender esses conceitos, torna-se sua a obrigação de analisar, planejar, produzir e/ou acompanhar a produção de peças gráficas, de modo a obter a melhor relação custo x benefício para atender as exigências e necessidades do cliente.

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Noções básicas


Noções básicas

J

á sabemos que a transferência do pigmento da matriz para o suporte é a definição do termo impressão, e que o resultado disso é uma cópia. Existem pigmentos líquidos, pastosos, em pó, etc. O corpo que carrega o pigmento também recebe uma nomenclatura, podendo ser toner, cartucho, tinta, filme, etc. O suporte pode ser um papel, couro, madeira, plástico, tecido, metal, vidro, PVC, etc. Nas gráficas, o termo substrato é mais utilizado que o termo suporte, este último, é mais comum entre designers e artistas plásticos. Existem diferentes processos de transferência do pigmento para o suporte, não existindo o certo ou o errado, existe o adequado e o inadequado, dependendo de inúmeros fatores, tais como resultado e finalidade a que se destina o produto, quantidade de cópias, prazo, recursos disponíveis, etc. Um exemplo simples é que o processo de impressão offset, conhecido por seu baixo custo e alta qualidade, passa a ser inadequado quando se quer um número reduzido de cópias, podendo ser recomendado, nesse caso, a impressão digital. Neste material abordaremos os processos de impressão mais comuns e usuais a um técnico em multimídia, excluindo processos que não tem uso industrial.

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Produção gráfica


Produção gráfica Funções do produtor

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produtor gráfico é responsável por todo o conjunto de ações envolvidas na realização dos projetos gráficos. Se há necessidade de uma determinada empresa ter sinalizações gráficas adesivadas em suas dependências, por exemplo, o designer é a pessoa responsável em dar “cara” para esse projeto, torná-lo virtualmente visível. Por outro lado, virtual não é suficiente, assim, o produtor gráfico é quem materializa esse projeto. Seu objetivo é executar com perfeição todas as etapas de pré-impressão, impressão e pós-impressão, e para isso terá que se utilizar de conhecimentos técnicos diversos, uma vez que muitos projetos combinam vários tipos de materiais e técnicas. Ao produtor gráfico também pode ser solicitado a administração dos fornecedores e colaboradores envolvidos no processo de produção, avaliando suas competências, gerenciando os prazos e os custos envolvidos, muitas vezes contratando serviços, pessoas e materiais necessários à produção. Ao técnico em multimídia (que ora pode assumir a função de designer, ora de produtor gráfico e ora de ambos), a importância desse conhecimento é poder prever o processo de produção das peças que pode vir a criar,

reduzindo a possibilidade de retrabalhos e permitindo que seus projetos tenham informações orientativas pertinentes, que garantam ao produto concluído a qualidade almejada na mesa de projeto e desejada pelo cliente. Importante reconhecer que muitos projetos sequer chegam a serem analisados por um produtor gráfico. Nesses casos, normalmente o designer cria a arte e o solicitante envia para uma gráfica, que faz o “favor” de encaixar o projeto aos equipamentos e materiais disponíveis. Algumas vezes isso dá certo, porém noutras geram insatisfações, seja com a qualidade final do produto, com o custo, ou com o atraso na produção/entrega das peças concluídas.

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Portanto, o serviço começa na análise do desejo do cliente, antes mesmo de iniciar a produção, pois é necessário avaliar a viabilidade da impressão, os custos versus benefícios, o aproveitamento de material, a mão de obra envolvida, os processos necessários e o prazo necessário. Essas ações são abordadas durante a discussão sobre a demanda, e funciona como uma espécie de consultoria que o profissional oferta ao cliente. Quando essa visão de consultoria fica evidente, ela remete a duas situações favoráveis, a primeira é que o profissional demonstra conhecimento, organização, responsabilidade e interesse no produto final, diferenciais inquestionáveis na comparação de orçamentos; e a segunda é que evita-se, ou minimiza-se, atritos que possam desgastar a relação entre os profissionais envolvidos e até mesmo chegar aos clientes, afinal, essa melhor gestão de todo o processo torna a comunicação clara para todos, que passam a saber seu papel no processo, o prazo que tem e o que esperam dele. Também deixa claro ao cliente todos os prós e contras de cada decisão, pois sempre há prós e contras. Importante lembrar que, juntamente com os conhecimentos técnicos de um produtor gráfico, é necessário dispor de conhecimentos de administração e gestão de processos. De certo alguns desses conhecimentos serão abordados aqui, no entanto, não serão envidados maiores esforços no ensino didático disso, uma vez que a disciplina de Fundamentos da Administração e Gestão de Processos abordará detalhadamente o que aqui será trazido de maneira generalizada.

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Começando o processo

Entendimento ou Briefing, é a primeira etapa da produção de um produto/serviço, onde o profissional coleta dados para o desenvolvimento de um projeto. É um importante processo, utilizado em várias atividades econômicas, sendo uma ação fundamental para descrição das informações essências do que será produzido. Não existe um modelo de entendimento padrão, cada um cria ou adapta um método à sua necessidade, sendo importante destacar:

- Objetivo geral; - Objetivos específicos; - Prazo disponível; - Resultados esperados (o que se almeja com o serviço/produto); - Público-alvo; - Informações pertinentes sobre a empresa (histórico); - Benchmarking (fontes de inspiração); e - Disponibilidade de investimento.

Importante destacar que o entendimento é um processo contínuo e cumulativo, portanto, não espere obter todas as informações em uma primeira reunião com seu cliente. Outro destaque é que o briefing não é um processo linear, composto por respostas dadas pelo cliente aos itens descritos acima. Você é quem deve preocupar-se em elaborar as respostas aos tópicos mencionados, a partir da interpretação da comunicação que está mantendo com seu cliente. E lembre-se, os tópicos acima são exemplos de importantes informações a se obter no entendimento, mas você não deve se limitar a estes tópicos apenas. Em exemplos que serão dados, você verá outros quesitos relevantes, que podem ser abordados também. Veja o exemplo a seguir, baseado em fatos reais: - Olá Mauro, tudo bem? Vim para falar contigo daquela ideia que tenho para uniformizar os funcionários do mercado.

1ª.

Anotação de Mauro: Objetivo geral – Criar uniformes para os funcionários

- Ótimo Laura, vamos conversar sobre esse projeto. Quantos funcionários você tem no mercado? - Temos 32 funcionários que terão uniforme, pois o pessoal do escritório não precisa. - Certo. Mas esses 32 funcionários devem ser de setores diferentes. Você vai querer um uniforme para cada setor, ou será um uniforme único para todos Laura? - Pensei em mandar fazer um uniforme com as cores da empresa, por isso, o investimento será muito alto se criar um modelo para cada setor, prefiro economizar esse dinheiro para tornar viável a ideia dos uniformes. Apostila de produção gráfica

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2ª.

Anotação de Mauro: Disponibilidade de investimento – Tem disponibilidade reduzida e se o projeto tiver alto custo poderá ser dispensado.

- Laura, vamos falar primeiro da sua necessidade, depois procuramos maneiras de tornar o projeto viável. O que despertou em vocês o desejo de investir em uniformes agora? - Olha Mauro, sempre sonhei com isso, mas agora tornou-se uma forma de nos diferenciar dos demais concorrentes. A padronização dos uniformes irá facilitar a identificação de quem é funcionário, irá tornar mais evidente nossa marca, demonstrará cuidado com a estética do mercado, uma vez que, sem uniforme, o funcionário vinha com sua própria roupa, o que nos causava alguns constrangimentos. Quero demonstrar ao bairro que, pouco a pouco, estamos nos organizando e investindo em melhorias.

3ª.

Anotação de Mauro: Objetivos específicos – (i) Identificação dos funcionários; (ii) Exposição da marca; e (iii) Melhoria da estética.

Público-alvo – Clientes. Resultados esperados – Demonstrar aos clientes que estão investindo em melhoria continuamente. Informações pertinentes sobre a empresa – É uma empresa de bairro que quer se diferenciar por conta da concorrência. - Muito bem Laura, estou entendendo. Você pensou em alguma cor específica ou algum modelo lhe chamou a atenção? - Visitei um grande mercado e vi que as caixas vestiam roupas tipo casaco na tonalidade azul sobre uma blusa branca. Adorei o modelo, pois ficou sóbrio e organizado. Pensei em algo do tipo, porém com a cor vermelha, que é nossa primeira cor no logotipo. Já para os demais, pensei em uma camisa branca apenas, com nossa marca estampada em algum local.

4ª.

Anotação de Mauro: Benchmarking – Mercado concorrente que utiliza uniformes diferentes para caixa (mais social) e demais funcionários (camisas simples).

Certo Laura, vamos a algumas considerações: esse uniforme de caixa me parece quente, uma vez que teremos uma sobreposição de duas roupas, o casado e a blusa. Isso pode ser um problema para você? - Certamente. Não havia pensado nisso. A frente de caixa é quente mesmo. Esquece o casaco. - Ok, continuando: sei que camisas brancas são fáceis de lavar e de tirar manchas. Positivamente também conta a seu favor a dificuldade de desbotarem. No entanto, seus repositores e pessoal da limpeza terão dificuldade de mantê-las limpas durante o expediente de trabalho, pois provavelmente se agarram à caixas e produtos possivelmente sujos. Desfilar com uniforme branco é positivo, porém se ele estiver sujo, isso refletirá descuido, o contrário do que pretende demonstrar. Entendo que esteja preocupada com custo, mas podemos escolher blusas que já tenham cores padrão que nos sirvam. Por exemplo: podemos escolher blusas com gola polo de cores claras – branca, verde, azul – onde o logotipo do mercado pode ser bordado colorido no peito, e assim separamos os funcionários do caixa, dos frios e da padaria. Depois escolhemos polos de cores escuras e bordamos o logotipo na versão branca, e deixamos estas para os repositores, seguranças e pessoal da faxina. Como as cores são as da própria blusa, você não alterará o custo, além de conseguir um ótimo desconto no bordado por fazer em quantidade. O que acha? Apostila de produção gráfica

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- Adorei a solução Mauro, da forma como disse, posso setorizar todo o mercado sem impactar tanto no investimento. Só acho muito básico o uniforme dos caixas, eles são as primeiras pessoas e as últimas que os clientes veem, por isso gostaria de marcar esse setor. Também gostaria de bordar não só o peito, mas os ombros ou as costas também, para ampliar a facilidade de identificação dos nossos funcionários. - Você está correta Laura, vou pesquisar algo que possa solucionar o problema dos caixas. Talvez um colete de tecido frio ou adereços, como lenços, possam aumentar a sofisticação do uniforme sem impactar no custo ou prejudicar o conforto deles. Deixe-me fazer uma pesquisa, que na próxima vez lhe trago mais ideias. Quanto à disposição das marcas nos ombros ou costas, bem, isso sim aumenta muito o custo, por conta do bordado, mas podemos utilizar outros processos de impressão, isso dependerá de dois fatores: o tipo de tecido e a quantidade de cores que quer usar. - Como assim Mauro? - É porque podemos estampar o logotipo utilizando um processo conhecido por silkscreen, ele pode ser feito em blusas de algodão, que são bastante duráveis e confortáveis, no entanto aceitam pouca quantidade de cores. Já no processo de sublimação, podemos imprimir uma foto sobre o tecido que ficará ótimo, porém teremos que utilizar tecido sintético, que é menos confortável para o tipo de trabalho que você quer. Mas, agora que já tenho algumas informações sobre seu serviço, preciso compor um projeto básico para poder lhe passar soluções para sua demanda e um orçamento, no entanto, ainda tem algo que preciso saber: para quando quer estar com os uniformes prontos? - Em até 30 dias, Mauro. - Certo, enviarei orçamento então. Obrigado Laura. - Eu que agradeço, todas essas informações me ajudaram muito a decidir, Obrigada.

5ª.

Anotação de Mauro: Prazo disponível – trinta dias.

Perceba que Mauro atuou também como consultor, buscando não somente obter as respostas que precisava, mas também, orientando e auxiliando sua cliente na busca de satisfazer seus anseios. Mauro também assumiu a responsabilidade por buscar mais ideias para apresentar, isso é importante, separa os profissionais dedicados ao cliente, daqueles dedicados ao dinheiro. Mauro também deixou claro que as informações iniciais ele já havia conseguido, e estava dando um fim à reunião. Isso é muito importante, uma vez que o Entendimento deve ser uma etapa concisa e objetiva, tão curta quanto possível, mas utilizando todo tempo quanto o necessário. Há de se lembrar que pelo fato do Entendimento ser contínuo e cumulativo, não há necessidade de esmiuçar tudo no primeiro encontro, tornando enfadonha a reunião, o que pode prejudicar sua imagem de bom profissional. Ao primeiro encontro para tratar do projeto damos o nome de Entendimento inicial, é o momento em que apenas as informações básicas são reunidas. Somente aquilo que é essencial entender e conhecer é que será tratado. Porém, não presuma que são informações relevantes, pelo contrário, são os princípios que regerão todo o trabalho, então, se muna com tudo o que é necessário para iniciar um trabalho e entender o quanto terá que se dedicar, até mesmo porque só assim conseguirá precificar seu serviço ou descobrir quanto tempo precisará para entregar a demanda, pois mesmo que seu cliente diga qual prazo disponível (geralmente eles precisam “para ontem”), você terá que avaliar se consegue entregar tudo que esperam de você em qual prazo, avaliando inclusive “fatores complicantes”, como atrasos de fornecedores, falta de energia elétrica, problemas com equipamentos, etc. Apostila de produção gráfica

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É recomendado que, sempre que possível, o Entendimento inicial seja realizado pessoalmente com o cliente, apesar disso nem sempre ocorrer. A maioria dos entendimentos são realizados por telefone, e-mail ou representantes designados pelo cliente, o que mesmo sendo um encontro presencial, acaba por apresentar ruídos na comunicação cliente-produtor gráfico. Ao agendar uma reunião para Entendimento, é bem possível que o cliente queira repassar informações iniciais sobre o projeto. Isso é interessante, uma vez que lhe permite investigar mais sobre o assunto em questão. A investigação ocorre de qualquer forma, pois uma pesquisa mais ampla é necessária para se apresentar o que há de melhor para seu cliente, além de lhe ajudar com subsídios para defender ou derrubar ideias. Veja no exemplo dado anteriormente. Mauro conseguiu derrubar a ideia de utilizar casacos nos caixas, pois tinha bons argumentos para isso, e sustentou sua ideia de criar mais de um tipo de uniforme, que tinha sido rejeitada inicialmente por Laura, que pensava em reduzir custos. Ele poderia ter essas informações, pois são de certa forma óbvias, ou então por experiências em trabalhos anteriores. Já você poderá ter argumentos similares, pois investigou antecipadamente o assunto do Entendimento e estava preparado para lidar com isso. Lembre-se da frase de Louis Pasteur: A sorte favorece a mente bem preparada. A investigação pode ser feita por meios digitais, tais como: assistir a algum vídeo sobre o assunto, ler em blogs da área, pesquisar em sites de concorrentes ou interesses similares ao do projeto, pesquisas na área de imagens também podem ajudar, dependendo do tema em questão. Mas você também pode pesquisar em livros e revistas, e também o que mais eu recomendo: conversar com pessoas que viveram ou vivem de algo semelhante ao que se quer pesquisar. Imagine o quanto rico seria para Mauro se pudesse conversar com alguém que trabalhou em um mercado ou que participou da implantação de uniformes em uma empresa semelhante.

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Caminho do impresso A impressão segue um caminho dividido em 4 etapas, conhecido como Etapas do Processo Gráfico, são elas:

01 Projetação Ocorre na instituição ou birô do designer. Nessa etapa as formas, tipos e informações gráficas serão inseridas no material. O processo termina quando se conclui o original (que servirá de matriz) e será gravado para ser posteriormente ser impresso.

02 Pré-impressão Ocorre antes da impressão do material, sendo sua principal tarefa, verificar se o material recebido do designer atende aos requisitos e condições solicitadas à gráfica.

03 Impressão A primeira impressão é a da matriz. Nessa etapa tudo o que o designer idealizou passa a ser materializado, ou seja, de fato ocorre a visualização do que foi planejado diretamente para o suporte escolhido.

04 Acabamento Os processos que se seguem após a impressão do material são chamados de acabamento. A maioria das gráficas já realizam o acabamento dentro de sua estrutura, não necessitando contratar o serviço de um terceiro, porém, dependendo do porte da gráfica, essa terceirização ainda pode ocorrer. Alguns exemplos de acabamento são: corte, grampeamento, refile, encadernação, aplicação de verniz, etc.

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PROJETAÇÃO

IMPRESSÃO

Projeto gráfico Diagramação / layout Arte-finalização

Montagem da matriz Prova de chapa Impressão

ACABAMENTO

PRÉ-IMPRESSÃO

Dobras Empacotamento Refiles Revestimento

Provas para o Cliente Geração de Fotolitos Prova dos Fotolitos

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03 Apostila de produção gráfica

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Função básica da produção gráfica

ETAPA

Depois de entender a demanda, que é a primeira etapa (Entendimento), o produtor gráfico ainda terá que passar por outras 4 etapas, sendo elas:

ETAPA

Estruturação: com as informações em mãos, o produtor começa os esboços para demonstrar ao cliente que entendeu a demanda. Pode ser um rabisco em um pedaço de papel, um desenho digital, montagens feitas a partir de computadores ou mesmo colagens (antigamente recortava-se fotos e figuras e literalmente as colava em cartolinas para demostrar como ficaria o produto final). Cada caso é um caso. O importante é que na etapa de Estrutura não é investido grande quantidade de tempo e demais recursos, pois ela serve apenas para que o cliente aprove se as informações que ele passou estão sendo apresentadas ali e se estão na ordem desejada. Nada mais.

Layout: essa etapa é a terceira, porém ela pode ser realizada simultaneamente a etapa da estrutura, caso a agência disponha de equipes distintas para cada etapa. Aqui demonstramos a arte gráfica que será utilizada, cuidando para apresentar a correta cor, tamanho final e modelos de uso. Também é uma etapa que necessita de aprovação do cliente, portanto não é recomendado o investimento alto de tempo e demais recursos, por isso temos o cuidado de escolher um único layout à ser produzido que ajude ao cliente visualizar todos os demais layouts que existirão.

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ETAPA Montagem: Passadas as etapas dois e três, agora é necessário que tudo seja produzido seguindo a estrutura e o layout aprovados. A cada peça montada, enviamos novamente o material para o cliente aprovar e também para que ele possa acompanhar a demanda enquanto ela ainda está sendo produzida, dessa forma garantimos que, chegando a data final da entrega, não hajam imprevistos, como a solicitação de ajustes do cliente, que pode dizer que não era exatamente aquilo que ele esperava, ou que, ao mostrar para outra pessoa, recebeu uma sugestão de mudança.

ETAPA

Controle de qualidade: Nessa etapa verificamos se todas as orientações levantadas na primeira etapa, o Entendimento, foram seguidas. É a maneira de garantirmos que o resultado final satisfaça os anseios do cliente. Em demandas que sigam para impressão, é importante que um exemplar seja impresso e que o cliente assine garantindo que é aquele o resultado final que ele esperava. Este exemplar leva o nome de “prova”, e é bem comum sua utilização na gráfica, pois o operador que calibra a impressora analisa se as cópias geradas reproduzem fielmente as cores que foram aprovadas pelo cliente. No caso do produtor gráfico, a prova serve para que o cliente analise se o texto está legível, a cor utilizada é a acordada, se o material foi dobrado ou cortado no local correto, se o texto utilizado está correto, sem erros ortográficos ou faltando informações, entre outros quesitos. Imagine que, após receber uma remessa de 10 mil revistas impressas, o cliente verifica que o texto não está alinhado adequadamente. Ele não poderá recorrer a gráfica, pois a prova que ele assinou já trazia o erro de alinhamento, porém ele pode reverter isso para você, se por algum motivo você não conseguir comprovar que o erro não é de sua responsabilidade, poderá ter que arcar com este custo, ou então responder a um processo. Melhor prevenir, não é mesmo?! Apostila de produção gráfica

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O produtor gráfico em uma agência de publicidade, no escritório de design e na gráfica

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ertamente, o produtor gráfico bem preparado, pode assumir todo seu potencial de trabalho em qualquer um dos espaços apontados acima. No entanto, segundo pesquisas apresentadas (Moro e Santos, 2012), em uma agência de publicidade é mais comum que um produtor auxilie, durante a etapa de projeção, relatando quais são os suportes recomendados a partir do que se quer com a demanda e tirando dúvidas sobre o processo de impressão e acabamento, inclusive indicando custos e prazos envolvidos nesses processos. Por ter essa competência, costuma também lidar com os fornecedores e propostas solicitadas/ recebidas, sendo um importante recurso para garantir eficiência e menor custo.

Também são designados para reuniões na projetação, pesquisa de preço e acompanhamento com fornecedores e lidar com clientes na entrega final dos produtos, porém isso em menor escala e quando há um número grande de profissionais desta área na empresa, o que é raro, geralmente o máximo são de 3 profissionais, mesmo para gráficas de médio/grande porte

No escritório de design, o produtor gráfico costuma assumir as mesmas funções que em uma agência de publicidade, exceto lidar com fornecedores, uma vez que os escritórios de design não costumam se responsabilizar pela execução final da impressão, porém, outra responsabilidade costuma ser designada a ele: a função de designer. Naturalmente que um produtor gráfico não tem em seu currículo de formação o desenvolvimento de certas habilidades e o conhecimento sobre teorias que auxiliam na produção visual, no entanto, como ele costuma trabalhar com muitos materiais produzidos por grandes agências, alguns desses profissionais podem conseguir desenvolver materiais de qualidade pela experiência que tiveram e o repertório que formaram, podendo chegar até a diretores de arte. Já na gráfica suas funções costumam ser as mais próximas do que de fato foram preparados, incluem a verificação dos arquivos enviados para impressão, a pré-impressão e o acompanhamento das etapas do processo gráfico. Apostila de produção gráfica

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Caminhos da impressão


Caminhos da impressão História da indústria gráfica

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primeira técnica de impressão surgiu na China, 200 a.C., conhecida como Xilografia. Era utilizada para aplicar textos e figuras a pedaços de madeira e tecidos, e tempos depois, em papel. Passaram-se quase mil anos, até que outro invento trouxesse desenvolvimento ao setor de impressão, que foi a primeira prensa, também criada na China, no ano de 1040. No entanto, como o alfabeto chinês era muito extenso, esse modelo tornou-se impraticável. Foi em 1439 que Gutenberg criou a prensa móvel, que revolucionou o mundo por sua rapidez e qualidade, e isso fez com que ela, por volta de 1450, se espalhasse por todo o mundo. A partir da prensa de Gutenberg, os livros deixaram de ser copiados a mão, o que possibilitou a expansão do conhecimento para todos. Alguns séculos se passaram, até que em 1796 Senefelder criou um processo de impressão que batizou de litografia. Nesse

processo a tinta era primeiramente transferida para um material intermediário, para depois ser transferida para o suporte final (tecido, madeira, etc.). Isso era possível depois da aplicação de uma tinta mais gordurosa. No século seguinte houve muitas outras invenções, sendo que em 1844 Hoe criou a prensa rotativa, que alcançava o impressionante número de 1800 impressos por hora. No século XX, em 1903, Rubel criou a primeira impressora OFFSET, uma tecnologia fundamental até os dias de hoje. Esse sistema oferece grande velocidade de impressão, imprime em praticamente todo tipo de papel e até em alguns plásticos. Na década de 70 grandes companhias passaram a investir em impressoras jato de tinta, o que permitiu, com a ajuda dos computadores, que pessoas comuns pudessem imprimir textos e fotos. Hoje existem impressoras laser e impressoras 3D. Apostila de produção gráfica

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Evolução das artes

A

evolução da arte anda de mãos dadas com o desenvolvimento histórico dos sistemas de impressão. Desenhos pré-históricos são considerados as primeiras formas de comunicação fruto das habilidades e necessidades da nossa espécie, que essencialmente busca adaptar-se e sobreviver. Esses grafismos, sejam desenhos figurativos ou abstratos, são considerados importantes formas de preservação do conhecimento. A escrita é uma evolução desse processo, que busca, através dos códigos, armazenar conhecimento. Sendo o descobrimento das primeiras formas de escrita no ocidente, considerado um marco entre a pré-história e a história. Enquanto a comunicação oral é entendida como meio de distribuir memórias, a comunicação escrita é entendida como meio de registro histórico, sendo, portanto, considerada como a forma mais eficaz e segura de se transmitir o conhecimento através dos tempos.

Os egípcios criaram a escrita hieroglífica, onde os desenhos tinham significados próprios, transmitindo conceitos e ideias, posteriormente isso evoluiu para a escrita hierática, que simplificou os símbolos, e a demótica, que permitiu que textos fossem escritos sem a necessidade de se levantar a mão do suporte, porém os símbolos ainda não correspondiam aos sons da fala. Enquanto isso o Japão e a China avançavam em sua escrita ideográfica, onde cada símbolo significava uma determinada coisa, o que amplia consideravelmente a quantidade de símbolos. Foram os fenícios e os gregos que criaram o sistema de escrita cujos códigos correspondiam aos sons da fala, chamado de fonéticos. Essa evolução permitiu que as demais formas de escrita também evoluíssem. Essa simplificação também viria a facilitar o processo de impressão, que ainda estava longe de ser criado, porém, se a combinação de um conjunto pequeno de caracteres é que dá origem a todo e qualquer tipo de palavras, então seria mais fácil de se desenvolver um processo para isso.

Pintura Rupestre / Divulgação

Hieróglifo / Divulgação

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Há de se lembrar que também foi na China que o papel foi inventado, isso em 105 d.C. apenas, e foram os árabes que o introduziram na Europa. Isso permitiu que houvesse um grande desenvolvimento na produção de textos, através da gravura artística (seja utilizando metal ou madeira), conhecido como xilogravura. A Revolução Industrial no século 18 e 19 trouxe rapidez para as produções gráficas e a diminuição da mão de obra envolvida por conta da mecanização. Isso permitiu que pequenas oficinas artesanais se transformassem em grandes fábricas, por conta da utilização do vapor nos diversos processos de fabricação. E não foram somente as gráficas que se beneficiaram, a própria produção do papel, em maior escala e com menor custo de mão de obra, barateou seu preço, permitindo a produção de impressos a preços mais acessíveis. Naturalmente ocorreu a expansão da impressão de livros, jornais e embalagens, e iniciou-se a produção de cartazes, catálogos e revistas ilustradas. O aperfeiçoamento da fundição mecânica também dos tipos metálicos permitiu variedade de letras, tanto em sua forma quanto dimensões. Em 1808, ocorreu a mudança da corte portuguesa para o Brasil, que trouxe uma indústria gráfica completa, denominada Imprensa Régia. Essa ação é conhecida como o início do segmento gráfico no país, que desde então passou a ter influência nos rumos da economia brasileira. A partir de 1820, três ações juntas levaram a formação de um parque gráfico local, sendo elas: a missão cultural francesa; abolição da censura à imprensa; e a declaração de independência do país (1822). Na segunda metade do século XIX, houve um crescimento das elites urbanas, juntamente com ampliação das atividades culturais e a produção e veiculação de imagens. As impressões passaram da xilogravura para a litografia, com a gravação sobre chapas de metal. Isso permitiu a abertura de ateliês litográficos, que utilizavam processos de produção semi-industriais.

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Até o final do século XIX o processo litográfico para imagens e o tipográfico para os textos foi dominante, ficando essas impressões dividindo as páginas, uma de cada lado. A fotografia também se juntou ao processo gráfico, sendo impresso por reprodução.

nicas de produção, como a fotomontagem e a superexposição, utilizadas principalmente em cartazes de cinema, isso permitiu a expansão da página impressa, a partir do planejamento arquitetônico da página, o que permitiu coesão e conexão, invés de desenhos isolados de textos nas páginas. Eram as bases para o desenvolvimento Posteriormente, a tipografia passou a mostrar in- da diagramação. fluência do movimento Art Noveau, em parte por nomes como John Ruskin, Willian Morris, Frank As influências da década de 20 e 30 trouxeram Lloyde Wright e Louis Sullivan. Um desenvolveu a necessidade de uma maior clareza, simetria valores estéticos, alinhados à moralidade, outro e funcionalidade dos produtos diagramados. O revalorizou a tipografia na impressão e os dois Abstracionismo surge para reduzir as formas ao últimos deram ênfase à forma e a funcionalidade mínimo, trazendo simplicidade, o bom uso dos arquitetônica. espaços em branco e do contraste. Essas bases foram primordiais, trazidas principalmente por A partir do início do século XX, os movimentos Hans Richer, que ainda são vistas hoje em dia artísticos alteraram o curso do design, como como o princípio das modernas técnicas gráfio Cubismo, o Dadaísmo e o Futurismo, que cas. proporcionaram estilo e influência também na área gráfica. Até mesmo a Teoria da Relativi- Bauhaus é considerada a mais famosa escola de dade, lançada por Einstein em 1905, trouxe arte do século XX. Ela formou pintores, arquiteinfluência ao design a partir da aplicação da tos, escultores e muitos outros artistas. Dela surcientificidade em objetos de decoração, mo- giram as principais contribuições e influências do bílias, na moda e nos pôsteres. Essas ações design gráfico, que impactou na indústria gráfica trouxeram mudanças no formato das letras e também. Isso fundamentou o estilo tipográfico das marcas comerciais, o que demanda avan- da Bauhaus e deu maior importância ao curso ço tecnológico nos equipamentos de impres- de publicidade da instituição. Com mais publisão. Nessa época já havia sido desenvolvida a citários formados no mercado, os lançamentos litografia colorida. dos produtos tiveram influências do design da Bauhaus, principalmente nas embalagens, que Entre as demais evoluções e transformações que passaram a ter um maior cuidado, novamente estavam ocorrendo no design, como o surrea- isso trouxe novos desafios à indústria gráfica, lismo, o construtivismo, o design revolucionário que continua e continuará tendo que inovar, bairusso, entre outras, foram agregadas novas téc- xar custo e seguir tendências.

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A evolução gráfica no Brasil

1808

Por decreto régio, foi oficializada a implantação da tipografia no País.

1922

A gráfica carioca Companhia Lithographica Ferreira Pinto adquire a primeira máquina de offset do Brasil.

1923

Em 17 de fevereiro, nasceu a Associação dos Industriais e Comerciantes Gráficos de São Paulo.

1924

O offset chega a São Paulo pela Graphica Editora Monteiro Lobato.

1926

A Editora Pimenta de Mello & Cia. imprime “Cinearte”, a primeira revista brasileira em offset.

O jornal “O Estado de São Paulo” lança, em 17 de maio, o primeiro suplemento impresso em rotogravura.

1928

A Associação dos Industriais e Comerciantes Gráficos de São Paulo transforma-se no Sindicato dos Industriais e Comerciantes Gráficos de São Paulo.

1931

O presidente Getúlio Vargas edita o decreto nº 2.130, que eliminou as oficinas gráficas de todos os órgãos públicos, incorporando-as à Imprensa Nacional.

1940

Criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

1942

O Sindigraf-SP é reconhecido oficialmente por lei.

1944

É instalada a Escola de Artes Gráficas Senai Felício Lanzara.

1945


A Companhia Litográfica Ipiranga instala um moderno equipamento para imprimir no Brasil o primeiro número da revista Seleções.

1950

Juntamente com a posse da diretoria eleita, tendo Theobaldo de Nigris como presidente, foi inaugurada oficialmente, em 24 de junho, a nova sede do Sindigraf-SP.

1958

1959

É fundada a Associação Brasileira de Técnicos Gráficos que, mais tarde, mudaria a razão social para Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG).

1962

Tem início a campanha pela ampliação da Escola de Artes Gráficas, mediante entendimentos com a diretoria do Senai.

1963

A Assembleia Geral aceita a proposta do Sindigraf-SP de aumentar de três para sete os membros da direção da entidade. A proposta também é aceita pelo Ministério do Trabalho.

1965

Realização do I Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, em Águas de Lindóia (SP), e constituição da Associação Brasileira da Indústria Gráfica - ABIGRAF.

1966

II Congresso Nacional da Indústria Gráfica, realizado na Guanabara (RJ). Foram registradas a presença das delegações do México, Uruguai e Argentina, totalizando 500 participantes.

1967

Realização do I Salão das Artes Gráficas, em São Paulo (SP).

1968

É realizada a 1ª Assembléia da Conlatingraf, em Caracas, Venezuela. É fundada a Regional Bahia-Sergipe, com sede em Salvador.

1969

Construção e Instalação da Escola Técnica Nacional de Artes Gráficas, criada pelo MEC em convênio com o Senai. Inaugurada a Regional da ABIGRAF, em Pernambuco.

1970

Instalação da Regional ABIGRAF no Ceará..

1972

Fundada a Regional ABIGRAF de Goiás.


1973

Realizado, no Rio de Janeiro, o IV Congresso Latino-Americano da Indústria Gráfica, que teve a participação de mais de 300 empresários de vários países.

1975

A ABIGRAF comemora dez anos de fundação. Neste ano, são lançadas a Revista ABIGRAF e a Fiepag.

1980

Surgem, dentro da ABIGRAF, os Grupos Empresariais, que fornecem informações sobre segmentos específicos do setor, além do primeiro consórcio de exportação. O setor enfrenta o problema da bi-tributação com ICM e ISS. É iniciada uma série de ações para solucionar o problema.

Os dez anos de luta da ABIGRAF contra a estatização chega ao fim. O presidente João Figueiredo proíbe a criação de unidades orgânicas de artes gráficas na administração federal direta e indireta, bem como nas fundações instituídas ou mantidas pela União..

1982

O setor gráfico entra na era da informática e continua a luta contra a estatização.

1984

Onze empresas brasileiras participam da Drupa, em Düsseldorf, na Alemanha. Cerca de 800 brasileiros visitam a feira, considerado o evento mais importante do mundo para o ramo gráfico.

1986

O empresariado gráfico privado propõe à Assembleia Nacional Constituinte a desestatização da indústria gráfica brasileira. A ABIGRAF promove a 1ª Feira Nacional de Produtos Escolares, a Escolar 87. Cerca de uma centena de representantes de empresas brasileiras visitaram a Mostra Internacional das Indústrias Gráficas, Editoras, Indústrias de Papéis e Transformadoras de Papéis (GEC’87), em Milão, na Itália.

1987

O Rio de Janeiro sedia o IV Congresso Mundial da Indústria Gráfica, o World Print Congress (WPC), com a participação de 33 países, tornando-se o maior da história.

1989

ABIGRAF comemora seus 25 anos de existência. A Bahia sedia o V Congresso da Indústria Gráfica.

1990

A 12ª Fiepag, Feira Internacional de Embalagem, Papel e Artes Gráficas, em São Paulo, bate o recorde do número de expositores: 500. É criado o Prêmio de Excelência Gráfica, promovido pela ABIGRAF e pela ABTG para estimular a qualidade no setor.

1991


O Conlatingraf comemora seus 25 anos, durante o V Encontro de Empresários Gráficos do Mercosul e do Pacto Andino, realizado em Assunção, no Paraguai.

1992

A ABIGRAF encomenda à ABTG o estudo e a elaboração de normas setoriais que serão emitidas no âmbito da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

1993

1998

Criação do Curso Superior de Tecnologia Gráfica.

1999

O Brasil recebe 40 prêmios no concurso de qualidade gráfica da PIA, enquanto a ABIGRAF marca presença em eventos como Bienal do Livro do Rio de Janeiro e Salão Internacional do Livro de São Paulo.

2002

Pela primeira vez são criadas ações de marketing como peças publicitárias específicas para cada realização do Sistema.

2003

- Durante a realização do Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (Congraf) são aprovados os novos estatutos do Sistema ABIGRAF.

2004

Depois de crescer apenas 2,58% em 2003, a indústria gráfica reage e encerra 2004 com 10% de expansão, atingindo faturamento global acima de US$ 5 bilhões, contra US$ 4,5 bilhões no ano anterior.

2008

A indústria gráfica comemora 200 anos de luta, conquista e muito desenvolvimento.

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Técnicas e tecnologias Técnica

N

os dias de hoje, não é difícil encontrarmos uma criança que pega o celular e pesquisa até encontrar o que procurava, ou pega o controle remoto e altera com propriedade as funções da TV. Nesses casos podemos dizer que elas compreenderam e assimilaram as técnicas necessárias para tal feito. Segundo dicionário, técnicas são conjunto de métodos e procedimentos essenciais à perfeita execução de uma tarefa, seja no campo da arte, da profissão ou em outros campos onde se aplica a atividade humana. Adquirimos (ou assimilamos) uma técnica como consequência da capacidade que temos de experienciar, avaliar e transmitir conhecimento. Técnicas nos auxiliam a lidar com as coisas que nos rodeiam e no ambiente em que vivemos. Quando você aprende a operar um determinado software, ou tocar um instrumento musical, ou ainda a dançar, você está desenvolvendo uma habilidade, uma técnica. Na história da origem das espécies, segundo Darwin, as [espécies] geneticamente mais adaptadas ao ambiente em que viviam eram as que conseguiam sobreviver, e assim tinham a possibilidade de transmitir aos seus descendentes tais características genéticas, perpetuando sua espécie. Porém, o que Darwin não teve a possibilidade de estudar mais profundamente é que, além da genética, a espécie humana tinha outras duas características que auxiliaram na história da nossa evolução. A primeira é a capacidade de aprender com nossas ações, e a segunda é a capacidade de transmitir esse aprendizado para outros, criando uma cultura que sobrevive por gerações.

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Pense você em uma situação onde se comportou de uma determinada maneira e, após isso, algo que lhe interessava aconteceu. O que você fez? Provavelmente voltou a repetir esse comportamento. Um exemplo simples é quando ainda bebês tentamos nos apoiar em objetos para se levantar. Ao vermos que apoiando conseguimos levantar mais rápido e de maneira mais fácil, voltamos a repetir esse comportamento quando queremos nos levantar novamente. Um exemplo mais atual seria quando você conta aquela piada e todos gostam muito e se divertem com ela, dessa forma, quando você estiver com outro grupo de pessoas e quiser que aquele “momento” se repita, buscará uma oportunidade de contá-la novamente. Dizemos que você aprendeu formar de se comportar devido as experiências que teve. Mas você também apresenta comportamentos que foram aprendidos com a experiência de outras pessoas. A exemplo, quando seus pais lhe ensinam como escovar os dentes, tomar banho, trocar-se, comer... esses comportamentos, que costumam ser chamados de “educação”, são práticas familiares repassadas culturalmente. Chegamos ao ponto em que, agregando-se aos conceitos de Darwin, podemos dizer que o ser humano, através de seus comportamentos, pode adaptar-se ao meio em que vive. E se adaptando, ele pode transferir o conhecimento que tem para outros da sua espécie, criando uma cultura diferente ou diferenciada. Hoje, como vivemos em um ambiente cada vez mais complexo e dinâmico, os métodos de trabalho e os procedimentos para se executar tarefas são comportamentos desejados em determinados ambientes e que foram padronizados para se atingir resultados específicos. A isso chamamos de técnica.

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Tecnologia A própria palavra tecnologia é derivada das palavras “estudo” e “técnica”. De maneira simplificada, podemos entender que tecnologia são as máquinas, ferramentas, técnicas e/ou recursos utilizados para atender a determinado objetivo/solução, ou para minimizar problemas, podendo, assim, ser considerada como oportunidade. Na história da produção gráfica, vimos que diferentes tecnologias de impressão surgiram. Entre as diferenças apresentadas de uma tecnologia para outra, é perceptível que há mudanças de:

Velocidade da impressão; Formas de secagem; Suportes aceitos para impressão; Tipos de tinta utilizada; Campo de aplicação (revistas, livros, embalagens, folders, etc.); Matriz de impressão utilizada; entre outras diferenças.

Além dessas mudanças, outra mudança importante é o modo de operação. Quando um novo sistema de impressão é desenvolvido, para operá-lo provavelmente novas técnicas foram desenvolvidas, e os operadores terão que dominar essa técnica. Dessa forma, podemos entender que novas tecnologias podem demandar novas técnicas, e vice-versa. A importância de se trabalhar de maneira adequada, respeitando as técnicas existentes, pode garantir um melhor aproveitamento dos recursos envolvidos na produção gráfica. Recursos humanos, materiais e financeiros. Imagine que você não execute adequadamente a técnica de verificação das cores antes de enviar a matriz para impressão e, por conta disso, toda a produção de um determinado material tenha que ser desprezada e realizada novamente. O que aconteceu:

RECURSOS MATERIAIS Material impresso, Descartado e feito novamente. Aumento na quantidade de recurso material utilizado.

RECURSOS HUMANOS Equipe, Terá que refazer o serviço. Recursos humanos trabalham o dobro para produzir a mesma quantidade. Apostila de produção gráfica

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RECURSOS FINANCEIROS Terá que esperar o dobro do tempo e gastar mais para fazer a mesma coisa. Recursos financeiros desperdiçados.

O exemplo acima, ilustra o que significa não operar adequadamente, dentro das técnicas aprendidas e dominadas. Ações como essa não custam apenas o emprego do produtor gráfico, podem custar a vida da empresa. Imagine que erros menores acontecem diariamente dentro do ambiente de trabalho do produtor gráfico, isso elevará o custo de seus serviços e esse custo será repassado ao consumidor final, ou então a empresa entrará em falência. Se o consumidor perceber que o preço apresentado é maior que os preços da concorrência, então deixará de ser cliente, e isso também poderá levar ao fechamento das portas da empresa. Na contramão disso, a boa execução das técnicas pode significar o sucesso de um empreendimento, e você pode ser parte desse sucesso, ter ação ou ações decisivas nele. Destacamos que implementar ações inovadoras é algo recorrente na sociedade e obrigação das empresas que querem obter sucesso, por isso, eventualmente você terá que aprender a operar uma nova técnica ou tecnologia. O quanto antes se adaptar e antecipar ações assim, maiores serão as chances de sucesso suas também.

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Traço, retícula e meio-tom

E

m um desenho animado ou em histórias em quadrinhos, os personagens e demais elementos visuais geralmente têm seus contornos delimitados por traços, que são preenchidos por cores chapadas (uniformes, sem variações). No entanto, no nosso dia a dia, não é assim que vemos as coisas. Em vez de traços, percebemos o limite dos elementos visuais por variações de tons (os meios-tons) - sejam eles abruptos (quando há um grande contraste entre os elementos) ou tênues (como no caso das sombras, por exemplo). Da mesma forma, não vemos as coisas “preenchidas” por cores chapadas, mas sim por cores repletas de meios-tons, que nos dão a percepção das luzes e das sombras, das texturas, da profundidade, etc. É a diferença entre uma fotografia e um desenho simples feito a caneta: na foto, as formas são definidas por meios-tons; no desenho, por traços e pelas cores que os preenchem. Na foto, dizemos que há uma imagem em meio-tom; no desenho, temos uma imagem a traço. No entanto, não é tão simples reproduzir esses meios-tons num impresso. Para que isso seja possível, é preciso decompor os meios-tons em pequenos pontos que, variando de tamanho e de cor, misturam-se em nossa visão (porque são pequenos). Por conta dessa mistura ótica, nesses pequenos pontos simulam uma variação natural da cor e, assim, também simulam o aspecto “natural” das formas que estão sendo reproduzidas. Esses pontos são organizados numa rede, denominada retícula (ou seja, uma “pequena rede”). Assim, os meios-tons são obtidos na impressão com o uso de retículas.

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Muitos processos gráficos utilizam retículas, como o offset, a rotogravura e impressão digital, assim eles conseguem reproduzir imagens fotográficas com bastante realismo. Se utilizarmos uma lente de aumento (ou um conta-fios, que é o instrumento o que os profissionais usam para tal), veremos que se trata de uma simples simulação, obtida por meio dos pontos da retícula. Outros processos, por questões tecnológicas, não têm como reproduzir pontos tão pequenos e, por isso, são incapazes de simular os meios-tons. É o caso da maior parte dos equipamentos de serigrafia e de boa parte do parque gráfico de flexografia. A plotter de jato de tinta é um caso à parte: embora utilize pontos pequenos, seu meio-tom só é satisfatório quando observado a uma certa distância, devido à baixa resolução resultante do processo eletrônico usado. Quando não há meio-tom, temos uma impressão a traço. O traço é a propriedade de todo elemento impresso que é formado por uma única tinta e, portanto, por uma única cor física: não há meio-tom algum. Por exemplo: os grandes jornais, que são impressos no processo offset, utilizam traço para a impressão dos textos (com a tinta preta) e meios-tons para as fotos. Nas fotos em preto-e-branco, esses meios-tons são formados apenas com a tinta preta. Nas fotos “coloridas”, são usadas outras tintas que, na nossa visão, parecem se misturar por meio das retículas. Cada uma dessas tintas é impressa separadamente (ainda que uma logo depois da outra, na mesma máquina). Isso significa que um impresso que possui mais de uma cor, foi impresso mais de uma vez.

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Mercado gráfico

A

cadeia que envolve a indústria gráfica compreende uma variada quantidade de empresas, desde pequenos negócios até grandes indústrias. Esses empreendimentos atuam em diferentes tipos de negócios, variados segmentos, com diferentes materiais e finalidades diversas.

Existe o designer, a empresa que faz o papel, a empresa que constrói impressoras, outra que produz tinta, outra que a vende, que transporta materiais, que imprime somente em vidro, que monta e solda estruturas para outdoors e placas, ou seja, compreende os mais distintos tipos de produtos e serviços. Uma investigação internacional em 2013, realizada pela PIRA Smithers, revelou que o setor movimentou aproximadamente 897 bilhões de dólares, sendo que 43% estava relacionado apenas a impressão de embalagens. A maior parte dos impressos estavam no segmento comercial, seguido por produtos editorias, promocionais e, uma pequena parcela, relacionada a impressos de segurança, fiscais e de formulários. Gráfico 1: Mercado Global de Impressão Impressãa de embalagens

388,3

43%

Valor Total U$ 897 Bilhões

Gráfico 2: Segmentação Mercado Gráfico em bi U$ 28,4

6%

146,7

29%

156,3

31%

57% 174,9

35%

Imp. de segurança/ Fiscais/Formulário Impressos Promocionais Produtos Gráficos Editorias Impressos Comerciais

Impressãa Gráfica

509,4

Gráfico 3: Mercado Global por Região Demais Países do Mundo

36

Europa e Lesta da Asia

304 4%

39%

34%

23% Asia

350 América do Norte

208

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Segundo projeções, estima-se que o mercado atinja o expressivo valor de 1 trilhão de dólares até 2018. No gráfico abaixo, podemos perceber que a África, a América Latina e a China, são regiões em destaque, enquanto potências econômicas têm um retrocesso no setor.

Gráfico 4: Projeto da Indístria de Impressão Global até 2018 ( em %) GLOBAL

EUROPA

AMERICA DO NORTE

ÁSIA

AMÉRICA LATINAÁ

FRICA

6,8 6,0

4,1

4,1

1,5

1,2

-0,1

3,9

3,8

1,8

1,8

-0,6

6,2 5,6

2,0

-0,6 -1,9 -2,6

No Brasil, as menores instituições são maioria absoluta no setor, onde, de um total de 20,7 mil empresas classificadas pelo IBGE em 2014, mais de 90% são microempresas. Juntas, elas empregam 213 mil pessoas. Gráfico 5: Distribuição por parte das indústrias gráficas - 2014

7,8%

1,3 % 0,1%

90,8%

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S

egundo ABIGRAF, o Brasil possui 20 mil gráficas, sendo que cerca de metade delas estão concentradas na região Sudeste. Isso demonstra a força do setor no país e, principalmente, na região. No entanto, as demandas gráficas não são concentradas, e os profissionais de produção visual podem operar a partir de qualquer local do mundo. Acompanhando a tendência mundial, no país 42% dos impressos são de embalagens. Já os impressos editoriais, mesmo sendo o segundo maior, representam 26% do total apenas, número baixo se comparado aos 31% na produção mundial. O setor sofreu na crise, principalmente em 2008, porém ainda representa uma ótima opção de investimento, principalmente para quem acompanha as novas tendências. A principal é o trabalho conectado, on-line. O cliente hoje deseja fazer tudo pela Web, escolhendo o serviço, a quantidade, a qualidade, os materiais utilizados, entre outros detalhes, incluindo quando e onde quer receber o produto. Hoje o cliente está atento as inovações tecnológicas e busca sempre o melhor custo, prazo e qualidade. Quem estiver disposto a ousar têm grandes chances nesse mercado multimilionário. As importações de alguns dos insumos e de praticamente toda tecnologia envolvida no processo de produção gráfica, incluindo os softwares, ainda causam oscilações quando o mercado também oscila.

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Materiais gráficos e de acabamento Peças gráficas A criação de materiais gráficos engloba folders, filipetas, revistas, encartes, entre outros. Estes materiais estão entre as peças gráficas mais comuns no mercado. Seu formato, tamanho de papel e sangria costumam se repetir. Já o acabamento e tipo de suporte podem variar de acordo com o objetivo do material, custo do suporte e restrição técnica do modo de impressão (sobre isso você aprenderá mais em RECURSOS DE IMPRESSÃO, Suportes Gráficos). Conheça um pouco mais sobre essas peças gráficas:

Folder: O que caracteriza um folder, e o diferencia de um panfleto, é a sua divisão, composto por: uma capa, que será a página principal, uma mensagem interna e a última página, que de modo geral vem com informações institucionais, contato, entre outros. Esse tipo de peça gráfica normalmente vem com ilustração e pode ser de dois tipos: promocional, usado principalmente para promover um determinado produto, ou institucional, entregue dentro de uma instituição/empresa, normalmente com informações internas.

Sugestão: Papel: Papel Offset ou Couchê Formato/Tamanho: Todos os formatos Tamanho com sangria: 31,6x44,6 cm - 20,48x27,3 cm - 18,2x15,36 cm - 18,2 x 20,76 cm - 10,6x21,6 cm - 15,211x10,24 cm - 15,6x10,6 - 15,6x21,6 cm - 21,52x18,2 cm - 10,76x18,2 cm. Cor: Todas as cores

¹Área da chapa ou impressão que se estende além da margem a ser refilada (sangria). É utilizada principalmente para fotografias, ilustrações ou áreas de cor.


Filipetas: É um termo usado no Brasil, confundido também como flyers. As filipetas são pequenos materiais publicitários e, normalmente, são usadas para anunciar e promover eventos e serviços em uma ampla forma de aplicação. Esse tipo de material geralmente é impresso em único lado, visando atingir um público específico. A diferença das filipetas (ou flyers) para os panfletos ou folhetos vem, principalmente, da sua gramatura especial.

Sugestão: Papel: Papel Couchê Formato/Tamanho: Todos os formatos Tamanho com sangria: 10,6 x 21,6 cm Cor: 4 x 0

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Revista: As revistas e os catálogos são um dos meios de divulgação mais eficientes em diversas ações de marketing, seja ele, promocional ou institucional. Neles, é possível apresentar os produtos, incluir informações importantes, como preço e características. Além disso, as pessoas, seja cliente ou parceiro, têm uma cultura de respeito e admiração criada sobre as revistas. Por isso, é importantíssimo produzir um material gráfico (design e impressão) de uma revista priorizando a qualidade.

Sugestão: Papel: Papel Offset ou Couchê Formato/Tamanho: Todos os formatos Tamanho com sangria: 15,5 x 21 cm - 16 x 10,5 cm 30,7 x 21,5 cm Cor: 4 x 4

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Encartes Vistos em supermercados, farmácias ou perfumarias, os encartes são uma ótima ferramenta para divulgar ofertas, tendo um ótimo retorno do investimento na produção e distribuição do material. A principal característica desse tipo de mídia está na qualidade do impresso, podendo ter sua distribuição bem planejada. Por isso, podemos perceber atualmente a presença desse tipo de material em outros seguimentos, como autocenters e pet shops. Na maioria dos casos, a empresa conta com o patrocínio dos próprios fornecedores. Em conjunto, eles arcam com o custo de produção e distribuição.

Sugestão: Papel: Papel Couchê Formato/Tamanho: Todos os formatos Tamanho com sangria: 31,6 x 44,6 cm - 30,6 x 42,6 cm Cor: 4 x 4

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Acabamento

Os serviços de acabamento referem-se às atividades que finalizam os produtos, definindo certas características que devem ser atendidas conforme o pedido do consumidor. As operações de refile, vinco, corte, colagem, aplicação de verniz, alceamento, encadernação, entre outras, estão inseridas nesse contexto. O acabamento é recomendado em um impresso para aumentar sua qualidade, seja por questões estéticas ou por reforçar restrições técnicas do suporte. Como exemplo de estética, a aplicação de verniz localizado em um logotipo pode destacá-lo dos demais elementos de uma peça gráfica e assim dar brilho ao nome da empresa. Já a aplicação de laminação sobre um papel de média gramatura poderá permitir que este seja dobrado sem “quebrar” as fibras desse papel, o que demostra um aspecto ruim, sendo isso um exemplo de acabamento que reduz a restrição técnica do suporte. Há ainda o acabamento que finaliza o produto para manuseio do consumidor final, como é o caso do alceamento ou grampeamento, muito comum em revistas de lombada fina. Certos recursos utilizados como elementos adicionais de acabamento são, na verdade, processos de impressão. Seja porque têm um custo muito alto ou porque seu efeito é marcante, eles acabam por ser utilizados apenas em determinados elementos do layout, conferindo-lhes destaque no conjunto. Alguns desses processos convertidos em elementos de acabamento são:

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Gravação a quente (hot-stamping)

E

feito semelhante a impressão em metal, tanto referente à coloração quanto ao brilho e textura. Suas tonalidades mais comuns são o ouro e a prata, sendo comum o uso de hot-stampings holográficos em cartões, embalagens e ingressos. A aplicação do hot-stamping confere tom nobre ao material (a depender do design também). Não é recomendada a utilização em elementos visuais muito detalhados ou letras serifadas inferiores a 9 pontos.

Relevo seco (timbragem)

P

odendo ser em alto ou baixo relevo, esse tipo de acabamento utiliza um molde em metal que é pressionado contra o suporte para que esse fique marcado. Pode ser aplicado manualmente, com a utilização da chancela (uma espécie de carimbo), ou com maquinários específicos. Costuma ser aplicado em convites, cartões, catálogos, embalagens, entre outros impressos. Seu uso mais comum é em convites de casamento, conferindo aspecto elegante a peça.

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Plastificação

A

plastificação consiste na aplicação de um filme em polietileno que sob calor e pressão adere ao papel já impresso. Esse filme pode ter diferentes espessuras, o que altera o aspecto final do produto. Apesar do objetivo principal ser o aumento da durabilidade do impresso, a plastificação também altera o visual do produto, melhorando seu aspecto. Deve-se ter cuidado com a gramatura do papel, que deve ficar entre 75g/m² e 500g/m², sendo mais indicado gramaturas superiores a 120g/m². Evite a plastificação quando seu impresso conter tintas metálicas ou o suporte for papel áspero com grande área chapada. Laminação

A

laminação consiste em processo similar ao da plastificação, porém possui maior aderência ao papel e uma vasta quantidade de diferentes insumos. Você pode ter a laminação brilho (com aspecto final semelhante a plastificação), ou a laminação fosca, muito utilizada por propiciar acabamento discreto, resistente, elegante e de baixo custo. O designer tem que saber exatamente qual o objetivo de seu uso, pois nesse processo fosco, as cores obviamente perdem a vivacidade e prejudicam a definição de elementos com maior quantidade de detalhes. Se mal planejado, o acabamento pode prejudicar invés de ajudar.

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Verniz verniz pode assumir diferentes objetivos em um material, podendo inclusive ser utilizado como revestimento de uma peça gráfica. Também pode ser utilizado para proporcionar efeito gráfico, destacando algo em uma peça, como valorização do impresso, proporcionando lisura, brilho e avivamento de cores, ou ainda dar maior resistência ao suporte quanto a dobras, calor, abrasão, etc.

O

Existe mais de uma forma de aplicação do verniz, sendo a aplicação offset a de menor custo. Além de barato, é um recurso simples e rápido, porém tem baixa resistência a abrasão e pode, com o tempo e exposição solar, ficar com aspecto amarelado. O verniz de alto brilho é utilizado principalmente para revestir capas, cartazes e folhetos, sendo cada vez mais raro o seu uso, uma vez que a plastificação atende à demanda com menor custo e maior rapidez, embora não traga a mesma qualidade final. O verniz UV é um recurso considerado premium, pois aumenta consideravelmente a durabilidade do material, além de dar aspecto encorpado em toda a peça. Sua aplicação é feita em matriz de nylonprint e possui alto custo, dessa forma costuma ser utilizado em detalhes, sobrepondo, normalmente, papéis que tiveram laminação fosca. Esse recurso é conhecido por verniz localizado. Atualmente costuma ser aplicado sobre toda uma peça, revestindo-a, dessa forma denominou-se como verniz total. A qualidade e velocidade é superior a plastificação e seu custo inferior a laminação brilho. Comumente aplicado em capas, folders, pastas, cartões, etc. As inovações podem trazer diferentes tipos de vernizes para o mercado, como o verniz textura e o verniz brilho glitter. Sua aplicação é mais específica, porém confere sensações táteis únicas para as peças produzidas.

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04

Recursos de impressão


Recursos de impressão Suportes gráficos

O

s clientes cada vez mais buscam materiais diferenciados para apresentar sua empresa, propostas, produtos, serviços e/ou ideias. Essa inovação também pode estar ligada a usabilidade do material, e não só a condição estética. Em suma, o que se busca é a diferenciação em alguma das diversas possibilidades que existem, e o suporte traz essa grande gama de possibilidades de diferenciação

Como dito no início deste documento, suporte é o material que receberá a impressão gráfica. Mesmo sendo o papel o suporte mais comum, existem outras possibilidades bastante utilizadas, vamos conhecer algumas delas, iniciando pelo papel, claro.

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Papel O papel é a união de fibras, unidas tanto fisicamente quanto quimicamente, aonde suas fontes são: madeira, algodão, bambu, cana-de-açúcar, capim. Dependendo do tipo de papel, ele causa a sensação de sofisticação, delicadeza, beleza, como o papel supremo e o couchê. O custo dele depende da tiragem, quanto maior a tiragem mais barato o papel, quanto menor, mais caro. O mercado de papel é sazonal, alguns tipos de papéis são produzidos somente em alguns períodos do ano, exceto o sulfite e o couchê que são mais frequentes.

Vidro Antigamente, era o material mais utilizado para a fabricação de embalagens, sendo utilizado hoje em dia para armazenar alimentos, bebidas, produtos químicos, farmacêuticos e de beleza, pois assim é possível preservar as propriedades dos produtos. Esse tipo de embalagem pode ser lavada e reutilizada.

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Metal É um tipo de suporte que pode resistir à pressão mecânica, sendo usada para preservar alimentos, bebidas, produtos químicos, farmacêuticos e de beleza, como explicado anteriormente no vidro. Essas embalagens são produzidas por folhas de flandres, que é uma liga metálica de folha de ferro-estanhado, aumenta a resistência à corrosão, fazendo com que a impressão feita por cima do suporte dure por mais tempo.

Plástico É um suporte bastante utilizado, pois pode ser moldado em diversos formatos, possibilitando que o designer produza o produto no design que quiser. É um material leve, que permite difusão de gases, vapor e sabores, sendo utilizado em embalagens como frascos, sacos e sacolas, tubos, engradados, filmes, brindes, etc.

Tipos de Plásticos: 1. Polipropileno (PP): usado para moldar tampas, pequenos frascos, rótulos de garrafas, potes, etc 2. Poliestireno (PE): tipo de plástico que possui a forma de espuma. Usado em xícaras de bebidas quentes, recipientes isolantes para comida, caixas de ovos, embalagens almofadadas, entre outras. 3. Cloreto de Polivinila (PVC): utilizado para frascos rígidos e maleáveis, blister e filmes, a exemplo dos cosméticos, produtos de limpeza e da indústria. Apostila de produção gráfica

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Tamanho e proporção do pael

E

scolher o tipo e tamanho do material que você irá utilizar é um fator muito importante, que deve ser feito antes de começar a criação gráfica do projeto. Na impressão offset, o papel é o principal suporte para impressão. As folhas podem possuir diversos formatos, gramaturas e texturas diferentes. Nos papéis mais conhecidos, com a junção de duas folhas A4, obtém-se uma folha A3 com o dobro da área, sendo assim, possível imprimir uma folha A3 em uma folha A4 sem perder sua proporção. Entretanto, realizar o método ao contrário não é aconselhável por perda de resolução, tendo em vista que o formato A3 é maior que o A4. Na imagem abaixo é possível constatar o fato explicado. Esse mesmo método também funciona com as séries de papéis ISO B.

A3

A5

A6

A4

A1 A2

A0

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Escolha do papel Há três parâmetros fundamentais que devem nortear a escolha do papel:

01

Valor subjetivo: beleza, sofisticação, diferenciação, etc.

02

Custo: o custo relativo do papel depende da tiragem. Quanto maior a quantidade de impressos, menor será o valor da impressão. Muitas vezes, em demandas com pequenas tiragens, a diferença de preço compensa o uso de um papel mais nobre, principalmente pelo valor subjetivo que será agregado.

02

Restrições técnicas: é importante verificar o processo de impressão, pois alguns métodos não permitem o uso de qualquer tipo de papel. O processo que aceita a maior variedade de papéis para impressão é o offset, mesmo assim, há diferenças de qualidade de acordo com as propriedades de cada tipo. Em caso de dúvida, é sempre bom consultar um profissional gráfico.

Tipos de papel mais comuns

É preciso escolher muito bem o tipo de papel e suas características para que o produto final saia com qualidade, e da maneira esperada. Alguns sistemas de impressão não permitem o uso de determinados tipos de papéis, sendo necessária essa análise preliminarmente. Vamos conhecer os tipos frequentemente utilizados:

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Offset

P

reparado para resistir o melhor possível à ação da umidade, o que é muito importante na impressão pelo sistema offset e litográfico. Em geral, este papel é conhecido por dar um aspecto “lavado” às páginas impressas. É uma folha macro porosa, não revestido, e, por isso, absorve mais tinta. Sua superfície é uniforme e livre de felpas e penugens. Esse papel é do mesmo tipo utilizado em impressões domésticas, porém disponível em diversas gramaturas: 56, 70, 75, 90, 120, 180 e 240 g/m².

Couchê

E

ste papel é indicado para quem exige cores mais vivas no material impresso, já que, devido à sua microporosidade, a tinta depositada permanece na superfície do papel. Basicamente, o brilho e a lisura de suas folhas, conhecido como papel revestido, são as características básicas desse material. É muito utilizado na impressão de catálogos, revistas, cartazes, posters, folders, malas-diretas, livros, convites, encartes promocionais, capas de CD, calendários, papéis de presente, entre outros. É possível encontrar no mercado várias opções de gramaturas: 90, 115, 150, 170, 230 E 250 g/m².

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Reciclado

J

á que o mercado atual faz questão de mostrar seu compromisso com a sustentabilidade ambiental, o papel reciclado é uma ótima opção para diferenciar seus produtos gráficos. A folha tem uma qualidade superior, possui textura única, ideal para diferenciar seus trabalhos, e é 100% reciclada, sendo: 75% constituído de aparas pré-consumo e 25% de aparas pós-consumo, retiradas dos resíduos acumulados nas metrópoles. Possui diversas gramaturas: 75, 90, 120, 150, 180 e 240 g/m².

Sulfite

C

omum para quem não trabalha com projetos gráficos, este papel é exatamente a folha usada para impressão em casa e no escritório. Só possui duas gramaturas: 75 e 90 g/m².

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Escolha da gramatura

A gramatura de um papel pode ser explicada em duas formas: de grosso modo, significa a espessura do papel. De maneira dedutiva, gramatura não é a medida da espessura, mas sim, do peso do papel. Por isso, ela é expressa em g/m² (gramas por metr o quadrado).É usado principalmente em panfletos. O offset 120g dificilmente é usado, porém podem ser vistos nos timbrados.

Baixa gramatura (até 60g/m²): É uma opção recomendada para impressões de um só lado da folha, já que a maioria dos tipos de papéis possui pouca opacidade (ver à frente). Existem, entretanto, algumas exceções. É o caso, por exemplo, do papel bíblia e dos papéis CWC, que podem ser impressos em ambos os lados, sem interferir na qualidade do resultado. Dicionários e bulas de remédio também são outros exemplos de aplicações que utilizam baixas gramaturas para impressão na frente e no verso.

Média Gramatura (entre 60g/m³ e 130g/m²): Revistas, folders, folhetos e miolos de livros são os produtos mais comuns na impressão de gramatura média. O papel offset de 75g/ m2 é o mais usado e, por isso, é conhecido como principal referência para essa categoria. Porém, muitos trabalhos também são impressos em 90g/m2.

Alta gramatura (acima de 130g/m²): Existem dois modelos: acima de 180g/m2, chamados de cartolina, e acima de 225g/m2, conhecido como cartão. A diferença dos cartões com os papelões (papéis espessos, em geral rígidos) não é dada pela gramatura, mas sim pela espessura da folha, ou seja, há papelões mais leves, só que mais grossos do que cartões com a mesma gramatura. É comum trabalhar com papéis até 250/m2 e 300g/m2, normalmente utilizado para imprimir capas, cartões, embalagens, entre outros. Para trabalhos que exigem uma gramatura maior, é necessário procurar as gráficas de cartonagem, específicas para isso.

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50 a 63g Comum para notas fiscais e blocos de orçamento.

75 g e 90g Bastante usado na maioria dos timbrados, receituários e nas impressoras de casa ou do escritório. Tanto no offset quanto no couchê, também é possível imprimir panfletos de menor qualidade. Outro material bastante usado é o papel reciclado, respeitando o enfoque ecológico.

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120 e 150g É usado principalmente em panfletos. O offset 120g dificilmente é usado, porém podem ser vistos nos timbrados.

180g Típico das cartolinas e dos cartões caseiros de menor qualidade. Geralmente é a maior gramatura que as impressoras domésticas suportam.

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210 a 300g Típica de cartões de visita, folhinhas, calendários e capas de livros.

Acima de 300g Pouco utilizada no mercado editorial. Porém pode ser usada para cartonagem e serviços especiais.

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Diagrama para aproveitamento do papel Desenvolver seu trabalho no formato indicado é a melhor forma para aproveitar o papel ao máximo. Com isso, você evita desperdícios, facilita o trabalho e diminui o custo.

Tamanho do Papel: 66 x 96 cm Mancha de Impressão: 64 x 94 cm Unidades/Folha: 01

Tamanho do Papel: 48 x 66 cm Mancha de Impressão: 46 x 64 cm Unidades/Folha: 02

Tamanho do Papel: 32 x 34 cm Mancha de Impressão: 30 x 32 cm Unidades/Folha: 05

Tamanho do Papel: 32 x 33 cm Mancha de Impressão: 30 x 31 cm Unidades/Folha: 06

Tamanho do Papel: 22 x 37 cm Mancha de Impressão: 20 x 35 cm Unidades/Folha: 07

Tamanho do Papel: 24 x 33 cm Mancha de Impressão: 22 x 31 cm Unidades/Folha: 08

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Tamanho do Papel: 32 x 66 cm Mancha de Impressão: 60 x 64 cm Unidades/Folha: 03

Tamanho do Papel: 33 x 48 cm Mancha de Impressão: 31 x 46 cm Unidades/Folha: 04

Tamanho do Papel: 24 x 42 cm Mancha de Impressão: 22 x 40 cm Unidades/Folha: 06

Tamanho do Papel: 24 x 48 cm Mancha de Impressão: 20 x 46 cm Unidades/Folha: 06

Tamanho do Papel: 22 x 32 cm Mancha de Impressão: 20 x 30 cm Unidades/Folha: 09

Tamanho do Papel: 22 x 26 cm Mancha de Impressão: 20 x 34 cm Unidades/Folha: 10

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Tamanho do Papel: 19,2 x 33 cm Mancha de Impressão: 17,2 x 31cm Unidades/Folha: 10

Tamanho do Papel: 21 x 25 cm Mancha de Impressão: 19 x 23 cm Unidades/Folha: 11

Tamanho do Papel: 19,2 x23,4 cm Mancha de Impressão: 17,2 x 21,4 cm Unidades/Folha: 14

Tamanho do Papel: 19,2 x 22 cm Mancha de Impressão: 17,2 x 20 cm Unidades/Folha: 15

Tamanho do Papel: 13 x 22 cm Mancha de Impressão: 11 x 10 cm Unidades/Folha: 22

Tamanho do Papel: 16,5 x 19,2 cm Mancha de Impressão: 14,5 x 17,2 cm Unidades/Folha: 20

Tamanho do Papel: 19,2 x23,4 cm Mancha de Impressão: 17,2 x 21,4 cm Unidades/Folha: 14

Tamanho do Papel: 19,2 x 22 cm Mancha de Impressão: 17,2 x 20 cm Unidades/Folha: 15 Apostila de produção gráfica

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Tamanho do Papel: 22 x 24 cm Mancha de Impressão: 20 x 22 cm Unidades/Folha: 12

Tamanho do Papel: 16 x 33 cm Mancha de Impressão: 14 x 31cm Unidades/Folha: 12

Tamanho do Papel: 16,5 x 24 cm Mancha de Impressão: 14,5 x 22 cm Unidades/Folha: 15

Tamanho do Papel: 16,5 x 22 cm Mancha de Impressão: 14 x 20 cm Unidades/Folha: 18

Tamanho do Papel: 12,5 x 21 cm Mancha de Impressão: 10,5 x 19 cm Unidades/Folha: 23

Tamanho do Papel: 12 x 22 cm Mancha de Impressão: 10 x 20 cm Unidades/Folha: 24

Tamanho do Papel: 16,5 x 24 cm Mancha de Impressão: 14,5 x 22 cm Unidades/Folha: 15

Tamanho do Papel: 12 x 16,5 cm Mancha de Impressão: 10 x 14,5 cm Unidades/Folha: 32

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Matrizes e sistemas de impressão Ao longo da história existiram diversos tipos de impressão, conforme descrito anteriormente. Algumas dessas se aperfeiçoaram e ainda são utilizadas, outras foram suprimidas ou são utilizadas em pequenos ateliês, muitas vezes de maneira artesanal ou como forma de manter a história e a cultura vivas. Abaixo você encontra uma relação que apresenta as técnicas e tecnologias mais comuns no mercado:

Sistema de impressão Offset

Sistema de Tintagem Sistema de Molhagem

Porta Chapas

Sugadores Elevadores

Sopredores

Margeador Lateral

Porta Cauchu

Comandos

Saída

S

Alimentação Posterior

Entrada

Margeador Frontal Contra Pressão

eu nome significa “fora do lugar”, pois a impressão ocorre de maneira indireta: a tinta é transferida para o suporte após passar por um cilindro intermediário, por isso o processo é conhecido por sua transferência mecânica e química e não eletrônica, uma vez que a tecnologia eletrônica existente se resume a sensores que controlam certos aspectos da máquina, mas pouco envolve-se no processo de transferência do pigmento. Por esse motivo é necessário que uma chapa metálica seja confeccionada, nela os pontos de transferência do pigmento são gravadas em um equipamento conhecido como CTP (mais comum), do inglês Computer to Plate (computador por placa). São confeccionadas placas diferentes para cada uma das cores CMYK, e cada placa instalada separadamente no impressor daquela cor, também conhecido como “torre”.

A impressora é abastecida com tinta gordurosa e água. A chapa recebe água exatamente nos pontos que não devem receber a tinta. Por conta da repelência entre água e gordura, as áreas gravadas na chapa acabam por receber a tinta (via cilindro entintador), enquanto o restante, que está úmido, a repele. A imagem que se forma na chapa é transferida para o rolo intermediário, chamado de Blanqueta, que a transfere para o suporte por pressão entre dois cilindros, assim o suporte absorve a tinta. Após receber a tinta, o técnico terá que aguardar que esta seque antes de imprimir no verso do suporte, exceto nos casos onde a impressora possui uma torre extra (cinco, invés de quatro), que aplica verniz de secagem rápida, reduzindo o tempo necessário à impressão.

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A chapa utilizada como forma é de alumínio, sendo flexível. Ela recebe tratamento químico especial para tornar-se fotossensível, assim ocorrerá a atração pela gordura ou água. Esse processo é conhecido como planográfico, cuja essência é essa repulsão entre água e gordura. Sobre o processo de transferência de imagem, dizemos que é indireta devido a existência do cilindro intermediário. Já o processo de secagem pode ser por oxidopolimerização, cura ou UV. Na oxidopolimerização o oxigênio reage à tinta ou com os componentes secativos, sendo absorvido por eles, o que os torna rígidos. Geralmente as tintas convencionais utilizam esse processo de secagem, e para auxiliar na entrada do oxigênio é utilizado pó antidecalque, que além de evitar o decalque também tem a função de criar espaço entre as folhas, permitindo assim a secagem. A cura é um processo químico que ocorre na própria tinta, fazendo com que essa se solidifique. A principal diferença entre eles, é que na oxidopolime-

rização há perda do solvente da tinta, seja pela evaporação, pela absorção ou pela oxidação, já na cura todos os componentes se solidificam. O processo por UV, consiste na exposição da tinta impressa a raios ultravioletas, que são gerados dentro da impressora ou próximo a ela. Isso faz com que a película da tinta se solidifique quase que instantaneamente. Esse processo pode integrar a eliminação do oxigênio, pois ele dificulta a ação da radiação UV, causando um superaquecimento do suporte, o que pode deformá-lo. Para isso o gás nitrogênio é injetado nas câmaras de secadores, expulsando o oxigênio. Essa ação é conhecida como secagem inerte, devido o nitrogênio não reagir com o UV (ser inerte). Em impressões de suportes não absorventes, costuma-se utilizar tintas que sequem por cura ou por UV. Os suportes que podem passar pelo processo de impressão offset são: papel, PVC e folha de flandres. As aplicações mais comuns para esse tipo de impressão são os jornais, revistas e folhetos diversos.

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Sistema de impressão Flexografia Substrato (Ex.: Plástico) Papel (Suporte) Cilindro Porta-Clichê Cilindro Entintador (Anilox ou Borracha)

Cilindro de Pressão

Cilindro Tornador

Tinteiro

N

esse sistema são utilizadas formas clichê de borracha (processos mais antigos) ou de fotopolímeros (mais modernos), que formam relevos, daí o fato de ser denominada como impressão relevográfica. Diferente da offset, a flexografia não utiliza tintas pastosas. As tintas são líquidas, a base de água ou de solvente, e transferidas para o suporte diretamente. O processo de secagem ocorre por UV ou EB (Electron Beam).

Os insumos da flexografia estão entre os mais caros de toda a indústria gráfica, principalmente as tintas. Por esse motivo as empresas costumam manter um elevado gerenciamento de uso, manipulação e estoque, pois estes são fatores que impactam diretamente no custo, aumentando ou reduzindo os lucros. É fundamental que dentro dessas empresas se mantenha funcionários dedicados e altamente treinados, conscientes de suas responsaEsse processo tem como ponto positivo a impres- bilidades, algo, na verdade, recomendado a são em diversos tipos de suporte, com diferentes qualquer profissional. gramaturas e superfícies, o que torna bastante comum sua utilização para impressão de emba- Anteriormente os clichês eram de borracha, feitos lagens, sendo também utilizado em etiquetas, de zinco ou entalhados manualmente. Hoje são faixas promocionais, copos descartáveis, toalha de fotopolímeros e gravados de diferentes formas de papel, sacolas, entre outras. e métodos. Muitos outros processos evoluíram na flexografia, e isso acarretou maior eficiência e A secagem da tinta se dá por evaporação, cura ou qualidade que, por sua vez, permitiu melhor coUV. A cura proporciona alto brilho, resistência e locação dessa tecnologia no mercado. O sistema menor consumo de recursos (energia e de tempo), de impressão digital conquistou algumas fatias do sendo o mais recomendado. Contudo, a flexografia mercado da flexografia, muito pelo motivo das pepermite que alguns controles – tais como controle quenas tiragens. Isso faz com que os profissionais de secagem, refrigeração e controle de processo – tenham que se atentar ainda mais para qualidade sejam utilizados como alternativas para igualar as e procedimentos que envolvem os impressos, gacondições da máquina e seus resultados quando se rantindo seu espaço no mercado. utiliza qualquer outra tecnologia de tinta. Proposição de discussão: Por que a qualidade e o cuidado nos procedimentos de impressão ajudariam a garantir o espaço da flexografia no mercado? Por que o problema no mercado gráfico da flexografia pode ser visto como oportunidade para bons profissionais? Qual dos setores da economia (indústria, comércio e serviço), estão sujeitos à oscilação de mercado? Cite exemplos. Apostila de produção gráfica

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Sistema de impressão Rotogravura

Cilindro de contra-pressão Composto cartonado Faca de raspagem

Sentido de impressão

Cilindro de impressão

Tinteiro

É

um processo de impressão voltado ao mercado editorial e de embalagens flexíveis e cartonadas. Recebe esse nome por utilizar um cilindro encavográfico (baixo relevo), o oposto à flexografia, por esse motivo tem a necessidade de trabalhar com tintas líquidas e de secagem rápida, uma vez que o cilindro, que transfere a imagem para o suporte, fica em contato direto com a tinta. Dizemos, por conta do cilindro que recebe a tinta ser o mesmo que transfere para o suporte, que a transferência é direta. A tinta é absorvida no cilindro por alvéolos, após a absorção, uma lâmina de aço retira o excesso imediatamente antes do rolo transferir a imagem. A secagem acontece pela volatilidade do solvente, que evapora em alta velocidade.

assinantes em um território de dimensão continental (como o Brasil), os jornalistas, designers e diagramadores não teriam muita disponibilidade de tempo para se debruçarem sobre a parte mais importante: o conteúdo.

O cilindro da impressora de rotogravura é trabalhado por galvanoplastia, onde se banha a peça em substâncias químicas e depois são aplicadas correntes elétricas para que ocorra a deposição de metal nos locais desejados, que estão com polarização inversa à aplicada eletricamente, causando a atração. São dois banhos (primeiro de níquel e segundo de cobre), para depois ser aplicado um separador e novamente ser banhado em cobre, formando assim uma camisa que receberá o grafismo em baixo relevo. A usinagem do cilindro utiliza ponta de A rotogravura é utilizada na impressão de livros diamante ou videa. Após esse processo a peça de arte e didáticos, rótulos, impressos de luxo, ainda tem que receber acabamento fino, onde revistas, entre outros. Uma vantagem desse são utilizadas lixas que retiram possíveis improcesso de impressão é sua alta velocidade, perfeições resultantes da usinagem. sendo recomendada quando se necessita de agilidade de produção e altas tiragens. Um Como a área de grafismo na matriz fica em baibom exemplo de uso são as revistas que tem xo relevo, os sulcos são gravados de 3 diferentes distribuição semanal por todo o Brasil, pois, se formas: exposição luminosa; gravação por proa revista deve ser impressa, dobrada, alcea- dutos químicos; ou gravação eletromecânica, da (grampeada) e ainda encaminhada para os sendo esta a mais comum do mercado.

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Sistema de impressão Serigrafia

Rodo Borracha do Rodo

Área da imagem

Movimento da tela

Área de impressão

Movimento do objeto

Sistema que segura o objeto

A

serigrafia, processo de impressão também conhecido como silkscreen, é versátil e utilizada em suportes como tecidos, cartões, vidros, plásticos, metais, entre outros. Seu uso é bastante popular em papéis de parede, eletroeletrônicos, rótulos de CD e DVD, cartazes e placas de sinalização de rua. A impressão se dá de forma direta e utiliza como matriz uma tela permeável de fio sintético, geralmente nylon ou poliéster, esticada sobre um quadro de madeira, alumínio ou aço. Essa tela recebe um tratamento de fotosensibilidade e posteriormente é colocada sobre uma mesa de luz, assim, alguns pontos escuros se formam e estes serão os vazados que permitiram que a tinta passe pela trama de tecidos. Já os pontos claros serão impermeabilizados pelo enrijecimento da emulsão fotossensível que foi exposta na mesa de luz. Somente uma cor poderá ser utilizada em cada matriz, assim diferentes matrizes serão feitas para cada cor que será necessária aplicar.

grande densidade de cor, saturação e textura. Pode-se imprimir com tintas brilhantes, mates (foscas), fluorescentes, fosforescentes, entre outras. A qualidade de impressão dependerá basicamente de 3 pontos: a densidade da tela, da qualidade do equipamento e da qualificação da equipe que vai operar o processo. Hoje o funcionamento manual é o mais utilizado em sistemas artesanais e em pequenos negócios ou produções. A impressão digital, utilizando plotters de tinta ou de corte eletrônico, estão substituindo o uso da serigrafia, principalmente nos materiais de sinalização e cartazes de baixa tiragem.

Na serigrafia existem três diferentes métodos de secagem. No primeiro há perda do solvente, que pode se dar por evaporação, absorção ou oxidação. O segundo é a cura, nela todas as moléculas dos componentes se solidificam, não havendo perda do solvente. O terceiro é por exposição UV, que também solidifica a tinNa serigrafia, a tinta é transferida com o auxílio ta de maneira semelhante a cura, porém em de um rodo ou puxador, as possibilidades de tempo menor. aplicação são diversas e o resultado apresenta

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Sistema de impressão Tipografia Cilindro de Pressão Papel

Tipo

E

ste sistema de impressão está cada vez mais em desuso. Sua história está diretamente ligada a história de evolução gráfica e da prensa de Gutenberg, uma vez que utiliza tipos e clichês, fundidos em metal e de alto relevo, para poder transferir a tinta para o suporte. Apesar de ainda ser utilizado, seu sistema de uso não é prático se comparado aos outros processos de impressão descritos anteriormente. Sua utilização é mais empregada em impressões de rifas, talões de pedidos, formulários numerados, peças com pouco texto e também como forma de acabamento em materiais diversos.

para outro, mas também podem ser produzidos sob encomenda, customizados para o projeto/ cliente. Tanto a produção do tipo quanto sua manutenção tem elevado custo, por envolver mão de obra especializada e de difícil acesso.

A transferência da tinta se dá de forma direta, saindo da matriz para o suporte, que pode ser papel, plástico, alumínio, entre outros. A tinta utilizada é pastosa (ou gordurosa). O alto relevo dos tipos recebe a tinta e a transfere para o suporte por pressão mecânica (em sistemas artesanais a pressão pode se dar por forma A matriz de impressão na tipografia são as pe- manual). A secagem se dá por oxidopolimeriças metálicas organizadas em uma grade que as zação, onde os componentes de secagem reamantém na ordem, conforme modelo desejado, lizam ligações cruzadas entre si por reação do por isso esses “tipos” (como são chamadas as pe- oxigênio, conforme descrito em outros procesquenas peças), são reaproveitáveis de um projeto sos de impressão. Processos de Impressão

Forma

Transferência de imagem

Tinta

Método de Secagem

Substratos Imprimíveis

Campo de Aplicação

Tipografia

Rígida Clichê de Fotopolímero

Direta

Pastosa

Oxidopolimeração

Papel

Livros Folhetos Cartões de Visita Convites em geral Impressoras Administrativo

Serigrafia

Flexível Quadro metálico com tela de nylon

Direta

Semipastosa

Evaporação Cura (UV)

Papel Cerâmica Vidro Couro Pano PVC Madeira

Cartazes Vidros de Perfumes Bolsas Camisetas Circuitos Impressos Azulejos e Pisos Painéis

Permeográfico

Rotogravura

Rígida Cilindro Metálico Encavográfica

Direta

Líquida

Evaporação

Papel Plástico Alumínio

Revista Veja Embalagens Flexíveis Tampas de Iogurte

OffSet

Flexível Chapa de Alumínio Planográfica

Indireta

Pastosa Gordurosa

Oxidopolimeração Cura (UV)

Papel PVC Folha de Flandres

Jornais Revistas Folhetos

Flexografia

Flexível Direta Clichê de Fotopolímero Relevográfica

Líquida

Evaporação Cura (UV)

Papel Plástico Papelão ondulado

Sacos para pães Sacolas Plásticas Caixas de Papelão

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O Setor de acabamento gráfico Também é de responsabilidade do setor de acabamento gráfico o vinco e cortes especiais. Para isso se estabeleceu marcas e convenções gráficas, que incluem as marcas de registro. As marcas de impressão são impressas na folha com o objetivo de auxiliar a impressão e, principalmente, o acabamento. Esse elemento gráfico sempre precisa constar na matriz, sendo descartado na finalização do material.Há três marcas fundamentais nas convenções: Marcas de Registro. Marcas de Dobra. Marcas de Corte.

Outro elemento gráfico que também deve fazer parte da matriz é a Barra de Controle. Esse elemento é impresso na folha de entrada na máquina e será descartado no final do processo de impressão. Essa impressão padronizada é indispensável, pois assim o gráfico pode avaliar a qualidade do trabalho no decorrer da impressão. Marcas de Registro É por meio das marcas de registro, padronizadas, que o profissional gráfico. Barra de Controle Para o gráfico equilibrar o carregamento de tinta, intensidade da umidade (processo offset) e registro, é importante verificar a porcentagem do respectivo meio-tom.

Corte Vinco Meio Corte Serrilhado Picote

Para gráfica saber que se trata da aplicação de vernizes ou relevo seco, são utilizadas máscaras na cor preta em arquivos a parte, nomeados como tal, colocados exatamente na mesma página do impresso original.

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Marcas de corte e Sangria

C

ortar o material, tecnicamente chamado de refilar, é o primeiro passo pós-impressão. Muitas vezes, o corte não é exato, podendo sofrer uma variação de até 3mm. A melhor forma para o material não perder qualidade com essa variação é usar a sangria no documento. Isso significa fazer a arte ultrapassar o limite do formato original. Para ser mais claro, todo elemento que faz contato com as bordas/limites do material deve ser sangrado, ou seja, ultrapassando em 3mm a borda da página (recomenda-se 5mm). Essa técnica também serve para preservar as informações internas, exigindo assim, uma margem de segurança dentro do arquivo no mesmo tamanho (5mm), impedindo que informações importantes sejam cortadas ou que fiquem muito próximas aos limites do material.

àrea segura de impressão àrea de sangria limite final do papel

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Exemplos de peças gráficas com marcas e finalizadas:

Cartão de visita Formato: 9,5x4,5cm

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Cartão de visita Formato: 5,5cm

Business card

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Cartão de visita Formato: 9,5cm Lorem ipsum (99) 9999-9999

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d

s car

sines

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Envelope Saco Vestical Formato: 52x45cm

Envelope Saco Horizontal Formato aberto: 54x30cm

Envelope Ofício Formato aberto: 26x27cm

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Pasta com bolsa Formato: 44,5x42cm

Pasta com 2 bolsas Formato aberto: 44,5x44cm

Pasta com orelha Formato: 43,5x22cm

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Tag com furo Formato: 7x3cm

Tag com 2 furos Formato: 7x3cm

Tag com furo retangular Formato: 6x6cm

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Tipo de imagem

Bitmap Normalmente, uma boa peça gráfica não dispensa imagens e/ou elementos ilustrativos, podendo ser de dois tipos: vetor ou bitmap. Este último é formado pela união de pixels, que carregam uma informação de cor. A qualidade e a nitidez de um bitmap é medida através da resolução, em DPI (“dots per inch”), em português “pixels por polegada”. Por isso, quanto maior o DPI da imagem original, ou seja, quanto maior a quantidade de pixels, maior será sua definição e qualidade. Observe o exemplo do Logo 1: Vetor Basicamente, os vetores são formas em equações com informações de cor, linhas, dimensões e curvas. Isso por ser traduzido para desenhos, que podem ser alterados (forma, cor ou tamanho) sem interferir na sua definição, já que não são formados por pixels. Observe o exemplo no Logo 2.

Logo 1

Logo 2

Cores O método reticulado meio tom é a base da impressão offset. Funciona da seguinte forma: as retículas (pequenos pontos) de cor são unidas para atingir as possíveis tonalidades, variando entre diâmetro (tamanho) dos pontos e o espaçamento entre eles. Esse processo cria uma ilusão de ótica, pois só assim o cérebro irá identificar as cores de acordo com os espaços e tamanhos dos pontos. O processo de transição do cinza para o preto também é realizado através da variação do tamanho dos pontos. Quanto maior os pontos, mais escura será a tonalidade, consequentemente, diminuindo os espaços brancos.

Apostila de produção gráfica

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CMYK

O

modo de cor CMYK (Ciano, Magenta, Yellow e Key) é usado para o processo colorido. Nesse caso, as retículas são posicionadas em um determinado ângulo. Ciano e magenta resultarão em roxo, assim como retículas de amarelo e magenta resultarão em vermelho.

C K

A partir dessas quatro cores principais é possível criar uma quantidade significativa de cores. Para isso, basta mudar suas relativas porcentagens (tamanho dos pontos), além de seus espaçamentos.

M

Y

As cores especiais são tintas únicas que permitem reproduzir a cor de modo fiel, por isso, essa categoria não é o resultado da mistura CMYK. A escala Pantone, como também é conhecida, é um modo de cor mundial que utiliza códigos para representar as cores. Logo, o sistema não gera dúvidas sobre os tons de azul, por exemplo. Nesse caso, cada tonalidade de azul é representada por um código específico. Às vezes, a cor Pantone pode ser aproximada em CMYK. Quando isso acontece, existe uma composição CMYK correspondente à cor Pantone.

RGB

O

conceito de RGB veio das cores predominantes da luz branca: vermelho, verde e azul, em inglês “Red, Green e Blue”. Esse modo, quando dividido em 255 níveis, pode criar mais de 16 milhões de cores. Utilizado principalmente para a produção de arquivos destinados à mídia digital (telas e monitores), o modo RGB é bastante usado em programas para bitmap, que o utilizam como padrão para representação dos pixels. Mas por que não pode ser usado para impressão? Simplesmente pelo fato de ser luz, não tinta. Para se ter noção, ao converter uma imagem RGB para CMYK, sempre haverá uma perda na fidelidade da cor, pois o CMYK tem um número inferior de combinações de cores.

R

G

B

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Impressão em preto e branco

É

possível criar uma enorme gama de cores apenas com a união das quatro cores principais. No entanto, ao misturar uma grande quantidade destas cores, aproximamos do preto. Então, por que existiria o preto propriamente dito? A explicação é que haveria um gasto desnecessário de tinta e algumas peças impressas em papéis de gramatura baixa poderiam sair mal acabadas, devido à resistência do seu papel e ao volume tão alto de tinta. Na ilustração abaixo, veja como chegar a cores similares usando diferentes porcentagens:

C

M

Y

K

100%

100%

100%

0%

C

M

Y

K

0%

0%

0%

0%

C

M

Y

K

100%

100%

100%

0%

C

M

Y

K

100%

100%

100%

100%

90%

100%

300%

400%


Este material foi produzido pelo:

Parceiros Investidores


2017


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