Revista Multticlique 96

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Multticlique& Selton Mello& Niemeyer& Carol Castro& AraquĂŠm& Danilo Gentili& Rodrigo Lombardi.

#AS NOSSAS ENTREVISTAS


Rock Lobster B 52s


The Impression That I Get The Mighty Mighty Bosstones

n u S g in s i R e h t f o e mals s i n u A o e h H T FainPatrk

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edição 87


elton Mello


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le já interpretou um traficante de drogas em “Meu nome não é Johnny”, um tenente na minissérie “Guerra de Canudos”, um atormentado na novela “A Indomada”, um maluco apaixonado em “A mulher Invisível”... Faltava pouco para Selton Mello dizer que já fez tudo na dramaturgia. Agora não falta mais. No filme “O Palhaço”,

que estreia nas telonas no dia 28, um dos maiores talentos do país trabalha como ator, roteirista e diretor. É como se um jogador de futebol batesse o escanteio e fosse à área para cabecear no gol. Ou como se o médico operasse ele mesmo. Nesta entrevista à @Multticlique, o mineiro de 38 anos fala da sua mais nova experiência no cinema, paixão pela arte de interpretar, ídolos de infância...


Foto: TV Globo/ Renato Rocha e divulgação

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MULTTICLIQUE: Como foi dirigir e interpretar em “O Palhaço”? SELTON MELLO: Reconheço que foi meio esquizofrênico. Mas nada de diferente ou você não se lembra que eu já tive uma namorada que não existia (no filme A mulher Invisível, em que ele se apaixona por Luana Piovani, fruto de sua imaginação).

Foto: divulgação

sÃO QUASE 30 ANOS NA PROFISSÃO, VENDO, OUVINDO... Mas você gravava a cena e depois gritava “corta”? Exatamente. Para quem está de fora, fica meio esquisito de ver, mas depois todo mundo acaba se acostumando. Em “O Palhaço”, eu atuo ao lado do Paulo José, um dos ícones da cultura deste país. Fiquei um pouco intimidado nas primeiras cenas, mas passou rapidinho.


Foto: TV Globo/Renato Rocha

Por que virar diretor? Acho que era um caminho meio que natural, porque sou ator desde criança. São quase 30 anos na profissão, vendo, ouvindo... Há uns 10 anos, passei a me interessar mais em acompanhar o trabalho dos diretores e gostei. Você nunca teve medo de palhaço? Pelo contrário. Sei que tem gente que tem pânico de ver palhaço, mas eu sempre adorei. Passei minha infância em Minas Gerais e em São Paulo indo a circos. Escolhi fazer esse filme para homenagear todos os palhaços, que são verdadeiros atores. Palhaço perde a graça? Provavelmente. Tem dias em que ele pode estar mais feliz, outros nem tanto. Pelo menos é assim comigo e com todos que eu conheço.

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Um dos personagens que mais me marcou foi o ChicĂł, de o Auto da Compadecida.


“ Foto: divulgação

Você costuma acompanhar as críticas dos jornalistas sobre seus filmes? Eu leio sempre, a menos que saiba que pode vir alguma crítica por perseguição pessoal. Eu me importo com a avaliação porque sei que o público se importa. E sinto falta de mais espaço para as opiniões. Às vezes, é só uma estrelinha ou um bonequinho. Seria importante saber o que o crítico gostou e não gostou. Jogador de futebol reclama muito das notas dos jornais sobre as atuações no jogo. A imprensa especializada em cinema também é chata? Acho que menos do que a crônica esportiva. Qual o melhor papel de sua carreira? Hum. Difícil dizer. Tenho carinho por todos os papéis. Um dos que mais marcaram talvez tenha sido o Chicó, em o “Auto da Compadecida”. Até hoje as pessoas se lembram.

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Cinema, teatro ou TV? Tem ator que prefere teatro, outros gostam de TV, mas eu me entendi muito com o pessoal do cinema, com sua linguagem... E tem outra: em um ano eu posso fazer dois ou três filmes, coisa impossível com uma novela, que dura quase um ano inteiro. Esse dinamismo me atraiu bastante. Quem era seu ídolo de infância? Putz, eu adorava Os Trapalhões. Didi, Dedé, Mussum e Zacarias eram sensacionais. Gostava tanto que chegava ao cinema para ver um filme deles ao meio-dia e só saía às 18 horas, depois de assistir a três sessões seguidas. Minha mãe levava sanduíche e a gente fazia a maior farofada dentro do cinema.


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Foto: divulgação

sempre gostei de cinema. chegava para ver um filme ao meio-dia e só saía às 18 horas.


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Niemeyer
































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Castro


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- CAROL CASTRO

FOTOMONTAGEM: RENATOPRADO


EXCLUSIVO: A

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musa da Rede Globo gosta

mesmo é de ficar atrás dos holofotes, fotografando com seu iPhone. Clique e confira em primeira

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mão o trabalho da Por Silvia Herrera fotógrafa Carol Castro.



“A foto é a música silenciosa das imagens” Carol C.

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- CAROL CASTRO



Multticlique - Como é estar “atrás da câmera” para alguém que sempre está no foco? Carol Castro - Eu amo estar por trás das câmeras! Sempre gostei... É sempre uma oportunidade de mostrar a sua “visão” do mundo.

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- CAROL CASTRO


Multticlique - Aos 9 anos você estreou como atriz, dirigida por seu pai - e nas fotografias - quando começou? Carol Castro - Difícil dizer. Sempre gostei de fotografia. Lembro de “dirigir” uma foto da minha irmã com 11 anos...

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- CAROL CASTRO


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“As fotos inesperadas sempre são as melhores“ Carol C.

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Multticlique - Quais são seus fotógrafos preferidos? Carol Castro - Gosto de muitos, mas agora me veio à cabeça o Herb Ritts, Elliott Erwitt, Henri Cartier Bresson e Pierre Verger.

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- CAROL CASTRO


FOTO: DIVULGAÇÃO GLOBO/MORDE E ASSOPRA


“Fotografar é brincar com sensações e emoções” Carol C.

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- CAROL CASTRO


“Adoro as fotos de Cartier Bresson e Pierre Verger” Carol C.

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- CAROL CASTRO


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Multticlique - O que é fotografia para você? Carol Castro - Traçar um “recorte” do mundo. É transformar pontos de vista, inverter valores, possibilitar observações, pensamentos e conceituações da coisa em si. Brincar com sensações e emoções. Trazer uma verdadeira e única relação entre o observador e o “objeto” observado.

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- CAROL CASTRO


edição 46


raquĂŠm Alcantara


















edição 92


anilo entili


danilo gentili

filhinho

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orar com a mamãe aos 32 anos pode parecer piada, mas é fato na vida do comediante mais badalado do Brasil! Nesta exclusiva,

o garotão Danilo Gentili desvenda os bastidores mais interessantes de sua rápida trajetória de sucesso. Boa leitura!


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MULTTICLIQUE: Como alguém formado em publicidade como você foi virar humorista? DANILO GENTILI: É porque eu sou publicitário por má formação. Assim que me formei na UniABC tive vontade de trabalhar com humor: fiquei sabendo que, além de quatro anos pagando, iria precisar dar mais uma grana para a faculdade se quisesse ter meu diploma. Pensei: eu sou um palhaço. É isso que farei daqui para a frente.

Qual é a área no Brasil que rende mais piada? Eu diria que a população é a grande matéria-prima do humor brasileiro. São eles que fazem a merda de eleger os idiotas que vemos por aí e dão audiência para programas péssimos, que afundam a cultura popular. Se não fossem os brasileiros, eu não teria tanta ideia pra piada.


MULTTICLIQUE: Você tem medo de alguma coisa?

Fico muito irritado de ver alguem maltratando Qual o segredo para animais. manter todo esse pique aos 81 anos? É a pior covardia que existe.

LIMA DUARTE: Claro que tenho. De muitas coisas. Porém nada me assusta mais do que a ideia de parar de trabalhar. Sou ligado no 220 e não consigo ficar parado um minuto. Tenho certeza de que eu morro se parar de trabalhar.

Eu trabalho desde os sete, então o difícil é me imaginar sem fazer nada. E adoro minha rotina de viagens, gravações... Para falar a verdade, tudo o que não existe para mim é rotina.

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Como é seu processo de criação? Tem piada que vem pronta na cabeça, agora tem piada que eu falo: “Quero falar sobre isso”. Então penso, penso, penso... E tem piada que invento no palco, na hora.


Alguém já roubou piadas suas? Sim, e não foram poucas vezes. Pior é que morro de ciúmes das minhas piadas. Mas tem também o lance da coincidência. Digamos que 80% da turma é do bem. O resto...

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É verdade que você é fã de Carnaval? (Risos) É, claro! É legal ver um povo sem nada rindo não sei do que, enquanto todos riem da cara deles por comemorarem algo sem motivo.

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VocĂŞ assiste a seus programas?

Assisto e nem sempre gosto do que vejo, sabia? Muitas vezes, tenho a impressĂŁo de que estou meio mole, devagar...


Humorista dorme com a consciência tranquila? Não posso falar pelos outros, mas meu sono é bem ruim. Durmo três, quatro, cinco horas por noite, no máximo. Minha cabeça não para um minuto. Posso dizer que a hora de deitar na cama é o fardo da minha vida.

Será que dormir pouco é o segredo para conseguir ser apresentador de TV, ter um bar, estar lançando um DVD e um jogo para celular? Eu sempre fiz muita coisa ao mesmo tempo, desde moleque. Mas se o dia tivesse umas 48 horas, eu garanto que seria mais feliz.

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Você já entrevistou atriz pornô, político, jogador de futebol... Tem alguém que ainda gostaria muito de entrevistar? Queria muito colocar no sofá lá do “Agora é Tarde” o Lula, o Collor, o Maluf, o Alckmin... mas quem eu quero muito, mas muito, entrevistar é o Jô Soares. Vai ser um entrevistado de peso (risos). Que assunto merece ser tratado sem piada? A covardia com os animais. Fico profundamente irritado de ver alguém maltratando um bicho. Eu me transformo, acho que é a pior forma de covardia que existe.


Morar com a mãe aos 32 anos quer dizer que você é filhinho da mamãe? (Risos) Não casei, não tenho filhos, e diante das várias baixas lá em casa, minha vida em família se resume a mim e à minha mãe. Mas também tenho amigos que são mais chegados do que irmãos e mais folgados do que cunhados. Quem são seus ídolos no humor? Tem muito comediante que eu admiro, mas não tem um que eu veja como ídolo. Quanto menos referência, mais autoral a gente consegue ser.


edição 88


odrigo

Lombardi


EXCLUSIVO

Ele está desde 2009

fazendo papéis de protagonista na TV Globo. É um dos rostos mais disputados pelo mercado publicitário. Também já foi considerado o homem mais sexy do mundo. Apesar de todo o sucesso, Rodrigo Lombardi segue como um astro da humildade,

com o perdão do trocadilho – o ator interpreta Herculano Quintanilha na novela O Astro, que termina hoje. Numa entrevista exclusiva, o paulista de 35 anos fala do início difícil da carreira, dos beijos técnicos nas maiores gatas do país, de seus ídolos e muito mais.


FOTO: DIVULGAÇÃO

Rodrigo Lombardi revela que apareceu pela primeira vez na Globo por acaso e mostra seu lado boa-praça.

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FOTO: DIVULGAÇÃO

EXCLUSIVO

MULTTICLIQUE: É verdade que sua primeira aparição na Globo foi por acaso? RODRIGO LOMBARDI: Totalmente. Sou sãopaulino e fui torcer numa partida de oitavas de final da Libertadores, em 2005, contra o Palmeiras, no Morumbi. A nove minutos do fim, o Rogério Ceni marcou um gol de pênalti e eu comecei a vibrar. Então, a câmera da Globo deu um close em mim... eu gritando que nem um maluco.



FOTO: DIVULGAÇÃO

EXCLUSIVO


E por que levou quase sete anos até estrear na Globo? Eu não sabia, mas nesse período descobri que é preciso saber esperar nesse mundo de ator. Para tentar me manter no meio, fui assistente, iluminador, aluno, faxineiro... até começar a fazer alguma coisa como ator de verdade. E a grana era sempre curta. Eu vivia duro. Vendia o almoço para conseguir jantar.

Nunca pensou em desistir? Várias vezes, principalmente na época em que fiz uns 50 testes e não fui aprovado em nenhum. Teve uma época em que as coisas estavam tão difíceis, mas tão difíceis, que eu ia a pé até o grupo de teatro para economizar o dinheiro do ônibus. Assim conseguia tomar um refrigerante.

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Você já beijou em cena Grazi Massafera, Juliana Paes, Carolina Dieckmann, Carolina Ferraz... Vai dizer que todos os beijos foram técnicos? Sempre! Faz parte do nosso trabalho, né?! E não pode passar do beijo técnico, até porque elas são comprometidas e eu, casado.

Como você lida com o status de sexy simbol? É até engraçado, porque isso é novo na minha vida. Nunca me esqueço: numa das primeiras novelas que fiz, meus dentes eram todos tortos. Aí, um diretor falou que ia me apresentar a um dentista que arrumaria minha boca. Hoje, anos depois, já fui até mestre de cerimônia de um evento de odontologia.

O que faz o Rodrigo Lombardi sorrir? A felicidade alheia. É muito bom ver alguém feliz. E quando estou em uma novela e sei que faço as pessoas sorrirem, me sinto realizado com a minha profissão.


FOTO: MIGUEL JUNIOR/TV GLOBO

A felicidade alheia me faz sorrir.E FOTO: KIKO CABRAL/TV GLOBO

quando estou em uma novela e faço as pessoas sorrirem, me sinto realizado com

FOTO: RENATO ROCHA MIRANDA/TV GLOBO

a minha profissão.

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E o que faz o Rodrigo Lombardi ficar de cara fechada? Injustiça e traição. Acho que elas estão superligadas e mexem bastante comigo.

Você já teve vontade de ser outra pessoa? Difícil responder essa, hein?! Mas o Rogério Ceni sempre foi meu grande ídolo. Seria muito bacana se eu tivesse a oportunidade de conhecê-lo. Acho que eu viraria uma pedra se o encontrasse.


FOTO: DIVULGAÇÃO

Você é tão fã assim? Muito. Meu pai sempre foi são-paulino fanático e espalhou esse vírus tricolor para os cinco filhos. Como o Rogério Ceni é excelente goleiro e ótimo profissional, a família inteira o adora.

Mas e no meio artístico? Ah, tenho vários ídolos. Foi ótimo contracenar com o Caio Blat, que eu adoro, com o Tony Ramos, o Danton Mello... nossa! Às vezes eu olhava para o Danton e pensava: ‘Caramba, ele estava em A Gata Comeu (1985). Eu vi essa novela’. Até tenho que me policiar para não dar uma de fã.


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