Jornal da Pesca Nº 017

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CHEGOU A INTERNET MÓVEL MAIS RÁPIDA DE SEMPRE!

17 ANO IV

ABRIL/MAIO 2014 TRIMESTRAL GRATUITO DIRECTOR DINIS ERMIDA jornaldapesca@mundinautica.com

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PREPARE O SEU MATERIAL A nova temporada, com José Gomes Torres

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PESCA AComPARGOS E A CHOCOS Rui Santos e Rui Carvalho

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PESCA NA ESPUMA Guia prático, com Fernando Encarnação

NOVIDADES 2014!

CARRETOS · CANAS · LINHAS · AMOSTRAS · ACESSÓRIOS p. 28

LOCALIZAR ACHIGÃS Dicas de Jaime Sacadura

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AS REPORTAGENS MAIS INTERESSANTES DE CAÇA E PESCA DA PENÍNSULA IBÉRICA.

OS MELHORES CONTEÚDOS INTERNACIONAIS.

300 HORAS DE ESTREIAS ANUAIS ABRIL/MAIO 2014

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EDITORIAL

Energia renovada

Caro leitor, esta edição marca o início de uma nova fase na história do Jornal da Pesca. O seu lançamento, em 2011, foi um gesto corajoso — trata-se de uma publicação gratuita para todos os pescadores. Há muitos, muitos anos que os pescadores não tinham uma publicação, em papel, com conteúdos diversificados e muito úteis, que não tivesse custos para eles; só foi possível graças ao apoio de anunciantes, autores e inúmeras lojas de todo o País. O Jornal assumiu-se como publicação de referência, já aguardada pelos leitores. É hoje aceite e respeitado; chegou à maturidade. Por isso, é hora… de o levar um pouco mais longe. É que o Jornal da Pesca, apesar dos seus muitos méritos, continua a ser generalista; a dar o espaço possível a todas as técnicas de pesca. É altura de a especializar um pouco e, para isso, nada como lançar edições temáticas, com mais espaço para as principais disciplinas. Assim, em 2014, além de três edições generalistas (Abril, Junho e Outubro), vamos ter três edições especiais — uma centrada na pesca com amostras (mar e águas interiores), em Maio; outra na pesca de competição e no feeder, também

em Maio; e uma outra nas pescas de mar com iscos naturais, em Setembro. Abandonamos a periodicidade fixa, como reparou, e passamos a publicar o Jornal nas épocas do ano em que os praticantes de cada técnica mais contam com ele, para se munirem de dicas e conselhos sobre técnicas, materiais, segurança e muito mais. Mas não ficaremos por aqui. Nos intervalos das edições em papel, os leitores poderão manter o contacto connosco, quer através das nossas três páginas no Facebook, quer através das nossas três newsletters gratuitas. Estes meios vão acompanhar a segmentação do próprio Jornal e centrar-se, também eles, na pesca a predadores (mar e água doce), nas pescas de mar (iscos naturais) e na pesca em águas interiores. Inscreva-se pelo e-mail jornaldapesca@mundinautica.com e fique a par de tudo. Por fim, uma breve palavra para assinalar o prazer que sinto em regressar a um mercado em que trabalhei durante tantos anos e onde deixei tantas portas abertas. Até já! Dinis Ermida

Nº 17 ANO IV

EDITOR

Impressão

Abril/Maio 2014

Jorge Mourinho

Dilazo, S.A. ZI Frielas - Rua Cidade de Aveiro, 7 - A Armazém C - 2660-081 FRIELAS T. 219 897 340 F. 219 886 058 DISTRIBUIÇÃO Chronopost TIRAGEM 7.500 Exemplares PERIODICIDADE Trimestral PREÇO Gratuito ERC Nº registo: 125807 DEPÓSITO LEGAL Nº 305112/10

PROPRIEDADE Mundinautica, Lda.

REDACÇÃO, PUBLICIDADE E MARKETING Lourel Park, Ed. 5 2710-363 Sintra T. 219 617 455 F. 219 617 457

DIRECTOR Dinis Ermida dinis.ermida@mundinautica.com

Redacção Paulo Soares paulo.soares@mundinautica.com

DEPARTAMENTO GRÁFICO Fernando Pina

COLABORAM NESTE NÚMERO Ernesto Lima, Fernando Alpalhão, Fernando Encarnação, Filipe Ferreira, Jaime Sacadura, José Gomes Torres, Rui Carvalho, Rui Santos, Sandra Cunha, Vasco de Melo Gonçalves.

Nota: As opiniões, notas e comentários são da exclusiva responsabilidade dos seus autores ou das entidades que fornecem os dados. Nos termos da lei está proibida a reprodução ou a utilização, por quaisquer meios, dos textos, fotografias e ilustrações constantes destas publicações, salvo autorização por escrito. © Mundinautica Portugal, Lda.


NOTICIAS PESCA LÚDICA

Nova regulamentação publicada Em Janeiro, foi publicada a Portaria 14/2014, que disciplina a prática da pesca lúdica de mar, reunindo normas que estavam espalhadas por vários diplomas. A nova Portaria regula os condicionamentos da pesca, as artes permitidas e o licenciamento, indicando os limites para as capturas diárias por praticante, iguais em todo o País, e definindo limites de captura específicos para determinados organismos. Além disso, reúne, numa única lista, as espécies cuja captura ou retenção está proibida em todas as modalidades, com a fundamentação técnica da proibição. A pesca lúdica nas áreas protegidas continua a sofrer restrições em zonas delimitadas como Protecção parcial de tipo I e Protecção Total nos Planos de Ordenamento. Proíbe-se a pesca de espécies em épocas e zonas onde a pesca profissional esteja interdita por motivos biológicos e a de espécies interditas à pesca comercial, conforme informação divulgada no site da DGRM, devendo os espécimes capturados ser imediatamente devolvidos ao mar. O peixe capturado em competições de pesca desportiva deve ser mantido em condições de sobrevivência e devolvido à água.

Restrições na pesca de costa Em determinadas áreas de risco, a pesca apeada pode ser interditada ou condicionada ao uso de meios de segurança individual, por despacho conjunto dos ministros responsáveis pelas áreas do ambiente, do mar e da autoridade marítima. A captura diária continua a ter limites diários por praticante: no caso de peixes e cefalópodes, de 10 kg, sem contar com o maior exemplar; no caso de perceves, ouriços-do-mar, lapas, caramujos, berbigão e navalheiras, de 2 kg. Por sua vez, o mexilhão tem limite de 3 kg, a ostra e a amêijoa-japonesa de 5 kg e os anelídeos de 0.5 litros. Por despacho, a DGRM pode alterar ou fixar limites diários por praticante das capturas por espécie e por local de pesca.

Pesca embarcada Para conservar a biodiversidade e a estabelecer uma clara distinção entre pescadores lúdicos e profissionais, a pesca lúdica embarcada passa a estar limitada a cinco dias por semana, entre Outubro e Maio, nas Áreas Protegidas com área marinha (Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, Arrábida, Litoral Norte e Berlengas). No período entre 1 de Junho e 30 de Setembro, as embarcações particulares só podem pescar nas áreas marinhas protegidas (Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, Arrábida, Litoral Norte e Berlengas) de Quinta a Segunda-feira e nos dias feriados; as marítimo-turísticas não estão sujeitas a esta restrição.

Licenciamento Deixando de ocorrer o licenciamento para Capitanias locais, o pescador lúdico pode optar entre três licenças nacionais: a de pesca apeada (apenas), com preço de 2, 4 ou 8 €, conforme seja diária, mensal ou anual; a de pesca embarcada (que também permite pescar apeado), com preço de 5, 12 ou 50 €; e a lúdica geral (inclui as anteriores e a de caça submarina), com preços de 20 ou 70 €, conforme seja mensal ou anual. Só há três situações que dispensam a licença de pesca: a apanha lúdica (sem utensílios), os menores de 16 anos (quando acompanhados por titulares de licença) e a pesca por não-residentes participantes em competições internacionais (com o comprovativo da inscrição). As novas licenças podem ser pedidas pelo e-mail pesca.ludica@dgrm.mamaot.pt ou no site www.dgrm.min-agricultura.pt (Recursos Marinhos / Pesca Lúdica / Pedido de licença); em breve também estarão disponíveis no Multibanco.

Portaria 14/2014 traz novas normas para a nossa modalidade

PESCA DESPORTIVA DE ALTO MAR FUNDEADA, JIGGING, CORRICO E SPINNING SAÍDAS TODOS OS DIAS DA SEMANA PASSEIOS NA COSTA ESTORIL/CASCAIS

ABRIL/MAIO 2014

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APOIO

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NOTICIAS CABEÇÃO

Exportação

Convívio do TeamVega chamou 120 Exame distingue Vega

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Em Março, o TeamVega organizou na pista de Cabeção o seu Convívio Anual de Pesca, uma prova com grande implantação que envolveu 120 pescadores distribuídos em três sectores, dois com técnicas de bóia e um com pesca de feeder. No sector A, Ricardo Santos, com 11.260 g, foi o vencedor, seguido por Fernando Alpalhão (7040 g) e Fernando Guerra (4640 g). No sector B, os 3440 g de Vítor Marques valeram-lhe a vitória, com Bruno Valente (2580 g) e Luís Simão (1940 g) a completar ao pódio. Por fim, no sector C, o primeiro lugar coube a Fernando Alves, com 6820 g, o segundo a Vítor Maio, com 4620 g, e o terceiro a Josué Rosa, com 4400 g. Na cerimónia entrega de prémios, a organização agradeceu a todos os participantes «o elevado espírito desportivo e a camaradagem que todos demonstraram no decorrer da Prova», realçando a participação de clubes provenientes de locais bastante distantes, como o GD Pevidém Pesca, que efectuou a deslocação mais longínqua (Guimarães).

A revista Exame, uma publicação do grupo Impresa especializada em negócios e gestão, completou recentemente um quarto de século e, para assinalar a efeméride, publicou uma edição especial em que distinguiu 25 empresas portuguesas com sucesso na gestão e na exportação. Mercê dos seus resultados nos últimos anos, a Mundináutica, empresa que distribui em Portugal e muitos outros países a marca Vega, foi escolhida para representar o sector das indústrias de lazer. Em entrevista, os dois sócios da empresa, João Martins e Jorge Mourinho, analisam o presente e o futuro da Mundináutica, revelam as razões da sua competitividade, salientam a importância do Jornal da Pesca e listam os mercados em que estão presentes. A reportagem, intitulada «Lançar Cada Vez Mais Longe», pode ser encontrada na edição deste mês, nas bancas de todo o País.

PARCERIAS

SURF CASTING

Vertical com a Mundináutica

Bordinheira organiza convívio

A Mundináutica anunciou a celebração de um acordo de parceria com a empresa marítimo-turística detentora da embarcação Vertical, sediada em Vila Nova de Milfontes. «Esta parceria visa a divulgação das actividades desenvolvidas por este operador marítimo-turístico, assim como dos materiais comercializados pela nossa empresa», comentou Paulo Soares, um dos responsáveis comerciais da distribuidora. «O nosso catálogo inclui numerosos produtos concebidos especificamente para a pesca embarcada, de várias marcas, por isso o Vertical fica com uma grande capacidade de resposta para todas as solicitações que possam surgir», completou. Por sua vez, Rui Santos, responsável da operadora, explicou que «há muito tempo acompanhamos de perto o trabalho da Mundináutica, que conquistou a nossa confiança. Para nós, este acordo é um excelente modo de trabalhar com produtos de qualidade, que dão garantias aos nossos clientes».

A Associação Des portiva, Recreativa e Cultural da Bordinheira, em Torres Vedras, realiza, no próximo dia 11 de Maio, o seu 10º Convívio de Pesca de Mar, uma iniciativa que conta com o apoio das marcas Vega, Akada e Potenza. O programa, que inclui uma apresentação de materiais de pesca desportiva, prevê a concentração dos participantes às 06h30, no largo da Associação, pesca das 8h30 às 13h30, na faixa entre o Bico da Corva e a praia da Calada, e um almoço de confraternização na sede do clube. Mais informações ou inscrições estão disponíveis até à véspera, na Associação ou pelos tel. 261 332 200 e 918 204 840. ABRIL/MAIO 2014


NOTICIAS 2º Open de Surf Casting do CAP Grândola

PESCA EM FESTA Em Abril, a praia do Carvalhal foi palco da segunda edição do Open de Surf Casting organizado pelo Clube de Amadores de Pesca de Grândola, uma prova com apoio das marcas Vega e Sert e da loja ‘A Barbatana’ que chamou à famosa praia alentejana quase oito dezenas de pescadores, entre os quais três senhoras e nove jovens. A pesca esteve centrada, essencialmente, nas cavalas e nos peixes-agulha, mas o maior dos 142 exemplares pescados foi um pampo de 40 cm. Sérgio Diogo, da Casa do Benfica no Porto, com 2632 g distribuídas por quinze capturas, foi o vencedor na tabela individual, seguido pelo seu colega de clube António Teixeira, com 1787 g (maior exemplar de 670 g), e por António Silva, da Sadopesca, com o mesmo peso total (maior exemplar de 281 g). Na classificação colectiva, a Sadopesca, com os 33 pontos somados pelos seus atletas, ficou em primeiro lugar, seguida pela APD Grândola (82) e pela Casa do Benfica em Serpa (89).

Organização satisfeita Luís Anastácio, presidente do CAP Grândola, mostrou-se muito satisfeito com a jornada, no final da prova, e não apenas por causa das condições do mar, que considerou excelentes. «Tivemos mais dez inscrições do que na primeira edição do Open, e verifiSérgio Diogo, da Casa do Benfica no Porto, vencedor da prova cámos que houve mais inscritos sem serem federados, e mais jovens em prova», disse, salientando um aspecto que tem estado no topo das prioridades do clube — os jovens José Dinis e Marcos Guerra receberiam mesmo uma homenagem pública, na cerimónia de encerramento de entrega dos prémios, pelo seu apuramento para a selecção de Sub-21 que disputará o Campeonato do Mundo da modalidade, em França, entre 3 e 10 de Maio. «São atletas que nos inspiram muita confiança, pois além de terem participado pela primeira vez num Campeonato Nacional, estão no primeiro ano do escalão etário em que agora competem», adiantou. «É muito gratificante assistir a este percurso de sucesso de dois atletas da Escolinha de Pesca de Competição, que só teve início em 2012». O apoio dos patrocinadores também entrou no balanço: «Este ano houve um maior envolvimento por parte de várias marcas de artigos de pesca, o que é sempre uma mais-valia», disse. «O apoio da Vega e da Sert foi, sem dúvida, excelente, pois assim pudemos melhorar atribuídos aos vencedores». Para Setembro, o clube prepara já o 3º Open Solidário, uma prova «que Artes Pesca.pdfos prémios 1 2/13/13 11:02 AM tem como principal objectivo apoiar uma instituição de solidariedade social», revelou aquele responsável.

zon.pt

Canal 142


NOTICIAS YAMAHA PORTUGAL

Cheia de novidades

A Yamaha Portugal anunciou o lançamento de dois novos motores — um deles em estreia na sua gama de quatro-tempos — e de duas campanhas muito fortes para os portugueses. A grande novidade da Yamaha para 2014 é a nova geração do F115B, um fora-de-borda mais leve e elegante, com 1832 cc, que estará disponível para venda na Europa a partir de Junho próximo. 13 kg mais leve do que o antecessor, graças ao desenho compacto e à nova arquitectura interior, a nova aposta do fabricante nipónico consegue ter a potência por peso mais alta da sua classe, mas os utilizadores apreciarão também o funcionamento silencioso proporcionado pela nova série de hélices Talon Series, em alumínio, e pelo sistema único de amortecimento. «Visite um concessionário oficial Yamaha a partir de Maio para ficar a conhecer os muitos pontos de interesse desta proposta», convidou a empresa, em comunicado.

Estreia na gama acima Este mês de Maio marca também a chegada à Europa, há muito aguardada, do novo F175 anunciado em finais do ano passado. Reforçando a posição da marca do diapasão na gama de potências dos 150-200 cv, onde ainda não tinha um motor a quatro tempos, esta nova solução da Yamaha para embarcações de trabalho ou lazer, sejam de uso diário ou espaçado, foi pensada para utilizadores «que pretendem plena potência, mas com as dimensões compactas e o peso de um Yamaha F150 ou até de um motor de 200 cv a dois tempos», explicou a empresa. «Este motor seria ideal para remotorizar um barco que, hoje, tenha um motor de 200 cv a dois tempos, porque o proprietário iria ganhar um motor a quatro tempos com uma performance mais limpa, mais eficiente e mais amiga do ambiente». Saiba mais no site da marca ou nos concessionários oficiais.

Campanhas já em marcha A remotorização de embarcações é uma das áreas de trabalho mais importantes para a Yamaha, daí o lançamento de uma campanha, a decorrer até 31 de Maio, que permite troca de motores fora-de-borda usados, da marca, por novos. A campanha consiste na atribuição de uma valorização extra ao motor usado, de 300 a 3500 €, na compra de um novo, conforme o segmento a que este pertence. Seja ao abrigo desta campanha ou não, este ano há ainda mais um motivo para optar por motores do fabricante japonês. Numa parceria com a Terra dos Sonhos — uma célebre instituição de cariz social que realiza sonhos de crianças e jovens com doenças graves ou em risco — a Yamaha anunciou que, este ano, por cada cavalo de potência vendido vai doar 1 €, com o objectivo de chegar aos 10.000 € neste ano. «Estabelecemos esta parceria para concretizar não só o sonho de muitas crianças, como a realização de experiências em barco e moto de água, mas também apoiar financeiramente esta Instituição», explicou Pedro Nunes, responsável da marca em Portugal. «Desta forma, definimos que, por cada cavalo de potência vendido, doaremos 1€ à Terra dos Sonhos. Queremos muito melhorar a qualidade de vida mental e física destas crianças e jovens!».

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ABRIL/MAIO 2014


NOTICIAS Etnologia

NATURPESCA

Artes de pesca em exposição

Protocolo vai levar gente à pesca

O Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, inaugurou em Abril uma exposição dedicada às artes da pesca, intitulada «Artes de Pesca: Pescadores, Normas, Objectos Instáveis». A mostra, que está patente ao público na Avenida Ilha da Madeira, no Restelo, às Terças das 14 às 18h e de Quarta a Domingo das 10 às 18h, apresenta uma colecção de artes de pesca utilizadas em Portugal há várias décadas, recolhidas desde 2004 junto de pescadores de todo o País, capitanias e outras instituições que intervêm neste domínio. «A recolha procurou preencher a maior diversidade de artefactos e tipos de materiais, técnicas, processos eAnuncio_20x14.ai funcionalidades», informaram os responsáveis da exposição. 1 25-02-2013 15:17:37 Saiba mais em www.mnetnologia.wordpress.com.

A Naturpesca, empresa de turismo de natureza especializada em guias de pesca, anunciou ter celebrado um protocolo com a empresa de aventuras Experiences para a comercialização de dois produtos relacionados com a pesca desportiva em águas interiores. «As aventuras propostas estão disponíveis para duas pessoas, com opções para as albufeiras de Fratel e de Monte Fidalgo, no Parque Natural do Tejo Internacional, ambas no rio Tejo», revelou ao Jornal da Pesca José Gomes Torres, responsável da empresa. «Qualquer uma das opções desafia os aventureiros a capturar as espécies disponíveis com iscos artificiais: achigãs, lúcio-percas e siluros, enquanto desfrutam da paisagem natural no seu estado mais puro». Saiba mais em www.guias-naturpesca.com.

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REPORTAGEM

2º OPEN DE SURF CASTING DO CAP GRÂNDOLA

NOVIDADES EM ACÇÃO!

TEXTO E IMAGENS Redacção

O Open de Surf Casting do CAP Grândola serviu também para as marcas patrocinadoras da prova, a Vega e a Sert, colocarem ao dispor dos participantes algumas das suas novidades para 2014.

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patrocínio dado ao II Open de Surf Casting do CAP Grândola foi aproveitado pelas marcas Vega e Sert para colocarem ao dispor de todos os interessados, em plena praia do Carvalhal, algumas das novidades destas marcas para a temporada de 2014, no que toca a canas e carretos. Ao longo da prova e após o seu final, quatro conjuntos de cada uma destas marcas, todos devidamente montados já com chumbadas de diferentes pesos, estiveram à disposição de largas dezenas de pescadores — quer dos participantes no Open, quer de elementos do público que mostraram interesse. Uma acção que contou com o apoio da loja A Barbatana, de Grândola, que coloca estas marcas ao dispor de pescadores de toda a região. Durante aproximadamente uma hora, os lançamentos sucederam-se e as chumbadas voaram dezenas de metros, com os pescadores a tomar contacto, em primeira mão, com as novas soluções das marcas para esta disciplina e a fazerem tudo para conhecer os limites destas propostas.

Soluções para todos os gostos

Augusto Sousa, responsável comercial da Vega que esteve presente para apoiar a organização da prova, explica quais os conjuntos que escolheu para este dia. «Trouxe a nova Potenza Supercaster, que é uma evolução da Supercaster de 2012. Essencialmente, alterámos a acção do segundo elemento e parte inferior da ponteira, para ir ao encontro

das exigências dos pescadores de competição, que queriam a cana ainda mais reactiva», contou. «Apresentámos também a versão Evolution da best seller Hellion Surf, agora mais ‘elástica’ e potente, e a Hellion Surf Premium, um pouco mais rápida e forte do que a original, agora totalmente equipada com componentes Fuji». A última cana seleccionada foi a Kinectic Surf, uma cana de gama média que se destaca por ter «prestações muito boas ao nível de lançamento e um preço muito competitivo. É muito versátil, permitindo pescas técnicas com fios finos ou pescas mais pesadas como as que praticamos muitas vezes à noite», considerou Augusto Sousa. «Assim, todos os pescadores, fossem de competição ou não, fossem mais experientes ou menos, teriam uma cana para experimentar».

Respostas para lazer e competição

Adalberto Vieira com a Hellion Surf, da Vega

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Por sua vez, Paulo Soares, responsável pelos produtos da gama Sert/Sunset para todo o País, conta que os quatro mo-

delos que escolheu para apresentar aos pescadores foram a Solica Hybrid, de 4.20 m, a Kemica Power, de 4.50 m, a Eolica Power, também de 4.50 m, e a topo-de-gama Aurica Hybrid, de 4.20 m. «Escolhi estas canas entre toda a gama da Sunset porque são muito adequadas ao surf casting em Portugal», revelou. «A Aurica Hybrid é muito adequada para a competição, pois tem uma acção bastante rápida, sem no entanto ser demasiado rígida. É ideal para pescar muito fino e com iscos sensíveis a grandes distâncias, como se comprovou nos testes de lançamento, em que atingiu sempre distâncias da ordem dos 170/175 m. A Eolica Power é de gama média alta e, como o nome indica, é muito poderosa. Está também disponível em 4.20 m, neste caso com ponteira híbrida, o que potencia a ‘marcação’ dos toques. A Kemica está disponível com ponteira tubular, em 4.50 m, ou híbrida, em 4.20 m, e é ideal para o pescador que, não fazendo ABRIL/MAIO 2014


REPORTAGEM

competição, é igualmente exigente ao nível de acabamentos e prestações técnicas. Por fim, a Solica Hybrid é uma cana que vem colmatar uma lacuna no mercado que não tinha uma cana de ponteira híbrida, com excelentes acabamentos e carbono de alto módulo a um preço bastante reduzido, como o desta. Apesar desse preço muito competitivo, apresenta prestações elevadas, normalmente só ao alcance de gamas superiores». Aquele responsável revelou ainda que os carretos utilizados nestes testes «foram os Sunset Sunbow e Sunlab, produzidos por uma conhecida marca japonesa e com características técnicas desenvolvidas especialmente para a competição de surf casting», das quais destacou «os corpos e rotores em alumínio e as bobines largas e cónicas de lançamento».

«Ainda dava mais»

Um elemento comum às opiniões dos pescadores, no final de cada teste, era a de que, apesar de terem estado a lançar com chumbadas de 140 ou 160 g, tinham a sensação de que os conjuntos ainda aguentariam pesos maiores.

Foi o que nos comentou Adalberto Vieira, muito satisfeito com a Vega Hellion Surf, que testou ao máximo: «Gostei muito desta cana. Estive a lançar com uma chumbada de 140 g e fiz cerca de 140 m, e estou convencido de que ela ainda dava mais se lhe pusesse mais peso. É uma cana muito agradável, fina e com ‘genica’», considerou. A Potenza também o deixou impressionado: «Que cana espectacular! Muito resistente, e com uma ponteira fabulosa. Disparou a chumbada de 160 g sem esforço nenhum». Já Arménio Marques, também adepto desta modalidade, estava deliciado com a Sert Sunset Aurica, uma cana acabada de chegar ao mercado português. «É uma cana um pouco mais macia, que exige menos esforço para lançar. Comecei com uma chumbada de 140 g, com linha 0.25, e foi muito agradável. Para mim, que não sou pescador de competição, achei muito adequada; qualquer pessoa consegue lançar com ela porque funciona muito bem. Basta dizer que com ela fiz 167 m [ndr: medidos com conta-metros disponível no local], quando costumo

fazer por volta de 130, 140 m. Depois com a chumbada de 160 g não se notou diferença nenhuma no esforço para lançar e fiz 168 m. É muito bom».

«grande oportunidade»

Quem também se mostrou satisfeito com a mostra de materiais foi Luís Anastácio, presidente do clube organizador da prova: «Esta mostra foi uma excelente oportunidade para

os pescadores conhecerem e experimentarem os diversos artigos em acção de pesca», disse, «uma oportunidade que nunca teriam numa loja. Os vendedores foram incansáveis, disponibilizando-se para dar todas as explicações sobre os vários artigos, o que para os pescadores é muito útil, porque ficam com um conhecimento diferente das canas, carretos e fios».

Arménio Marques com a Sunset Aurica, da Sert


MANUTENÇÃO

INÍCIO DE TEMPORADA

TEXTO E IMAGENS Gomes Torres (www.guias-naturpesca.com)

PREPARAÇÃO DE CANAS E CARRETOS Agora que o bom tempo se aproxima e há umas boas jornadas à vista, siga este guia útil para confirmar que, na hora H, o seu material está em condições óptimas.

P

ara quem pesca no mar, chegou ao fim um rigoroso Inverno, que poucas oportunidades nos deixou para tentar a sorte, mantendo peixes e pescadores afastados das costas. Os pescadores de águas interiores, além do Inverno difícil, tiveram também de se debater com a inactividade dos peixes que, devido ao frio, pouco se alimentaram. Pescar em qualquer dos dois casos foi mais uma questão de teimosia e de alguma necessidade urgente de sentir o ar na cara, do que uma decisão lógica e racional. De qualquer forma, o bom tempo aproxima-se e há que preparar e sobretudo manter funcionais os equipamentos para que não surjam surpresas ou pescarias deixadas a meio, devido a falha do material. Aqui fica um conjunto de pequenas dicas para prolongar a vida e a fiabilidade do nosso material de pesca. Cuidar dos nossos equipamentos não é uma perda de tempo, mas pode ser encarado como um investimento e uma salutar ocupação para os dias meteorologicamente ainda instáveis…

Canas

Trata-se de um dos componentes mais importantes da pesca, a par do carreto com que faz conjunto. Esperamos delas várias coisas, de que muitas vezes nem temos percepção. Assim, uma cana tem de ter capacidade para catapultar a montagem ou o artificial à distância que pretendemos e também permitir o deslizar da linha nos dois sentidos, sem lhe causar

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Nesta foto é possível ver a diferença antes e depois da limpeza com diluente.

danos. Tem obrigatoriamente de servir de amortecedor às investidas do peixe, não permitindo que a linha ceda; e deve também oferecer uma irrepreensível fixação do carreto, para que que não abane quando em esforço. Só para cumprir estes pontos, temos de verificar vários componentes. A primeira acção a realizar é uma profunda lavagem da vara e limpeza com água morna e detergente tipo loiça, para remover toda a sujidade. Nas zonas dos passadores, uma escova de dentes fora de serviço permite-nos chegar a todos os pontos e limpar restos de algas, salitre e lixos. Depois de seca, toda a fibra (de vidro ou carbono) deve ser inspeccionada com cuidado para detecção de eventuais fissuras. Se algo for encontrado, deve ser reparado

com uma gota de cola de dois componentes, tipo Araldite. Desta forma, consolida-se a estrutura fragilizada e impede-se que alastre e rasgue a fibra, destruindo-se de forma gratuita e definitiva a cana. Os passadores, pela missão que têm, devem estar limpos também, alinhados uns com os outros e intactos no seu interior, justamente onde se dá o contacto com a nossa linha. O passador que mais se danifica é o da ponteira, porque

suporta ângulos agudos da linha, está mais exposto às acções exteriores e, por isso, bate inadvertidamente em muitos sítios. É o primeiro a receber a linha molhada e com todos os detritos que se encontram na água, trazidos pelo fio. Poucas coisas nos incomodam mais que um carreto mal fixo na cana, que se move quando estamos a lutar com um peixe… Por isso, o porta-carretos não deve ser esquecido nesta nossa tarefa. Independentemente

Cuidar dos nossos equipamentos não é uma perda de tempo, mas pode ser encarado como um investimento e uma salutar ocupação para os dias meteorologicamente ainda instáveis… ABRIL/MAIO 2014


MANUTENÇÃO

Limpeza de passadores com uma escova de dentes reaproveitada

de ser de plástico e roscado ou metálico e roscados, deve ser bem limpo, com a já referida escova para limpeza de detritos e sobretudo areia, considerando que os últimos estão muito sujeitos à corrosão e devem ser alvo de lavagens e limpezas mais frequentes. Os de patim e fixação do carreto por mola em inox são mais resistentes à corrosão, mas devem ser limpos frequentemente também. Em qualquer um destes tipos de porta-carretos, mas em particular nos metálicos e roscados, a aplicação deve ser mais generosa e a tarefa deve terminar com uma ou duas vaporizações spray de silicone. Assim, além da protecção extra contra a corrosão nos metálicos, consegue-se a lubrificação das ros-

diluente celuloso e uma passagem rápida por toda a cortiça do punho faz com que desapareça aquele efeito escuro resultante da transpiração e sujidade das nossas mãos. Não se deve mergulhar nunca o punho no solvente, sob pena de dissolver a cola e descolar os componentes do punho.

Carretos

No caso dos carretos, independentemente do género, temos em mãos um sistema mecânico, com grande evolução em particular nos últimos anos, que se tornou cada vez mais complexo e preciso. Possui alavancas, diversas rodas dentadas, roletes, veios e um número cada vez maior de rolamentos. Como qual-

Diluente celuloso e um pano de limpeza são suficientes para renovar os punhos das canas

O spray de óleo de silicone É bastante fácil encontrar nas lojas de bricolagem o spray de óleo de silicone. Normalmente, são apresentados em pequenas embalagens, com referência para diversas aplicações em que seja necessário proceder a lubrificações gerais. Ao contrário do óleo mineral, o spray de silicone, além de proporcionar uma lubrificação mais duradoira, não tem cheiro e não se torna excessivamente gorduroso ao tacto, além de ter características mais penetrantes, chegando aos pontos mais afastados do exterior. Em caso de emergência, cumpre as mesmas funções que o óleo referido, podendo por isso fazer parte do nosso equipamento diário de pesca.

O passador que mais se danifica é o da ponteira, porque suporta ângulos agudos da linha, está mais exposto às acções exteriores e, por isso, bate inadvertidamente em muitos sítios. É o primeiro a receber a linha molhada e com todos os detritos que se encontram na água, trazidos pelo fio cas e uma maior facilidade em instalar e desinstalar o carreto. Por último, podemos aproveitar e dar uma limpeza no punho que irá melhorar em muito o aspecto final do nosso trabalho de manutenção, em particular se as pegas forem de cortiça: Um pano branco embebido ligeiramente em ABRIL/MAIO 2014

quer conjunto de peças em movimento, tem desgaste, inevitabilidade que apenas se consegue minimizar através da lubrificação periódica dos componentes. Nos carretos de mar, a situação torna-se mais delicada devido a dois factores verdadeiramente aniquiladores de carretos: a areia e o sal.

Óleo fino, spray de silicone e uma escova de dentes reaproveitada fazem parte do kit de manutenção para canas e carretos

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MANUTENÇÃO

Submeter todo o carreto a um mergulho ou um banho de água corrente não é um procedimento recomendável nos dias de hoje, porque estes artefactos são mais delicados do que eram nos tempos em que essa ideia era válida

As articulações da asa de cesto são pontos a não esquecer na lubrificação com óleo fino

O guia-fio é um dos locais obrigatórios para lubrificar

O excesso de óleo deve sempre ser limpo com papel absorvente

Se conseguimos manter a areia afastada ao apostarmos numa utilização muito cuidadosa, de forma que que não entre em contacto com o carreto, o mesmo já não iremos conseguir com o sal, simplesmente porque este é transportado pela água, em cada volta de linha que recuperamos. Nos carretos usados em água salgada, apenas se deve lavar por imersão em água doce a bobine previamente retirada, para dissolver o sal que ficou entre as espiras da linha. Submeter todo o carreto a um mergulho ou um banho de água corrente não é um procedimento recomendável nos dias de hoje, porque estes artefactos são mais delicados do que eram nos tempos em que essa ideia era válida. Inúmeros rolamentos, molas e delicados mecanismos rapidamente se deterioram apenas com um

Lubrificação das pegas das manivelas

pingo de água que entre no seu mecanismo. Assim, devem ser limpos apenas com um pano molhado em água, em todo o seu exterior e, eventualmente, com um pequeno pincel para remoção de detritos ou areia, se necessário. Posto isto, e para finalizar, basta uma gota de óleo fino em cada um dos pontos móveis, facilmente acessíveis sem qualquer ferramenta: o rolete guia-fio, as articulações da asa de cesto, a pega da manivela e o veio junto ao corpo do carreto depois de retirada a bobina. A bobina, depois de lavada e bem seca ao ar, pode ser submetida a algumas vaporizações de spray de silicone, o que vai aumentar a fluidez da linha nos próximos lançamentos, enquanto protege o metal da bobina contra a corrosão se esta for de alumínio ou qualquer outra liga metálica.


ESPECIAL

VEGA ∙ AKADA ∙ POTENZA ∙ SERT ∙ GARBOLINO ∙ SAKURA ∙ SUNSET

NOVIDADES 2014 VEGA CROWN 4000

Corpo e rotor de metal, com 7+1 rolamentos de alta precisão. Especialmente recomendado para pescas em água salgada, devido ao tratamento anti-salinidade. Inclui bolsa de neopreno, manivela de esforço e duas bobines de alumínio forjado anti-corrosão, a principal vem equipada com revestimento interior em carbono, no topo e parte lateral. Drag power 20 kg, testado electronicamente. Disponível no tamanho 4000/4500, com rácio de 5.5:1.

VEGA KAISER 40 F

Nova série se carretos de spinning e bóia de mar, com relação qualidade/preço fantástica, tendo em conta os materiais utilizados. Disponível nos tamanhos 30 e 40, inclui bobines de metal furadas, pintura anti-corrosão e asa de cesto grossa, bem como 3+1 rolamentos. O tamanho 40 vem acompanhado de bobine extra, de grafite furada. Os rácios são de 5.1:1 e 5.5:1, para os tamanhos 30 e 40, respectivamente. ABRIL/MAIO 2014

VEGA PLATEAU 8000

Novidade Vega para surf casting, com pintura anti-corrosão, corpo e rotor em grafite de alta densidade, manivela e pega em metal, uma bobine de alumínio, funda, com capacidade para 230 m de 0.40 mm e uma outra para competição, com capacidade para 200 m de 0.25mm, ambas com design apropriado à saída de fio em acto de lançamento. Vem equipado com 6+1 rolamentos de alta precisão, e rodízio anti-torção da linha. O rácio é de 4.1:1.

VEGA COMMANDER 30

O tamanho 30 vem completar uma série de grande sucesso de vendas em 2013, nos tamanhos 40 e 60. A novidade é a bobine sobressalente tipo match, o resto mantém-se igual: 5+1 rolamentos, manivela e pega de metal, design muito atraente e asa de cesto grossa. O rácio deste novo tamanho 30 é de 5.1:1.

VEGA TRAFFIC 9000

VEGA ACCORD 40

Concebido para todas as pescas de spinning e bóia de mar, destaca-se pelo design muito atractivo, com bobines furadas e reforçadas a carbono, para redução de peso e maior equilíbrio do rotor em acção de pesca, e com manivelas ergonómicas com pega anatómica de neopreno. Vem com bobine extra, de metal, 6+1 rolamentos e bolsa de neopreno e está disponível nos tamanhos 30 e 40, com rácios de 5.1:1 e 5.5:1, respectivamente.

Novidade Vega 2014 para a modalidade de surf casting. Com relação qualidade/preço muito competitiva, inclui 8+1 rolamentos de alta precisão e duas bobines de alumínio anodizado, com capacidade para 280 m de 0.40 mm. Pintura anti-corrosão e manivela em alumínio com pega anatómica de borracha. Rácio de 4.1:1.

VEGA ROYAL 40 RD

Série de entrada de gama, muito económica, apresentada com embraiagem frontal nos tamanhos 30, 40 e 60 e embraiagem traseira nos tamanhos 30 e 40. Rotor calibrado, 1+1 rolamentos e pega anatómica em borracha. Design discreto mas fiabilidade garantida, totalmente construído em grafite de alta densidade. O rácio nos tamanhos 30 e 40 é de 5.1:1, e no 60 é de 5.5:1.

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ESPECIAL

VEGA 2333-450 POTENZA SUPERCASTER

A cana de surf casting de competição da Vega vem equipada com pega anatómica e com dois pesos de 30 g e um de 55 g utilizáveis opcionalmente pelo pescador. Destaca-se pelo sistema de ponteira híbrida Sensor Power Tip (SPT), para melhores performances em lançamentos e capturas. Fabricada usando nanotecnologia e fibras de carbono de alto módulo SHM, para um blank muito fino e alta resistência, vem equipada com componentes Fuji e respectivos passadores KW. Vendida com saco rígido, com três bolsas independentes. Disponível em 4.50 m, com acção 100-300 g.

VEGA 4374-420 HELLION SURF PREMIUM

Edição Premium de competição, totalmente equipada com Fuji, sendo o porta-carretos de chapa em aço inoxidável e os passadores LR Low Rider Alconite. Blank da famosíssima Hellium Surf, mas desta vez totalmente produzido em Nanoflex e resinas especiais, para redução de peso, menor espessura do blank e maior fiabilidade em acção de pesca. Sistema de construção Power Casting Construction (PCC) e guias de montagem aplicadas nos encaixes, em anilhas de liga de alumínio ultra-leve anti-corrosão. Saco rígido de três bolsas independentes. Disponível na medida 4.20 m, com acção 120-300 g.Disponível em 4.50 m, com acção 100-300 g.

VEGA 1374-450 HELLION SURF EVOLUTION

A cana de maior sucesso da Vega na disciplina de surf casting está de volta, com nova cor, componentes mais apurados e acção de ponteira. Fabricada com tecnologia Power Casting Construction (PCC), em fibras de Nanoflex e resinas especiais, mantém no essencial as características que tanto agradaram aos pescadores nas suas edições anteriores. Inclui passadores Low Rider com argola SiC Silitex (anti-choque) e guias para alinhamento entre as secções. Disponível em 4.50 m, com acção 120-300 g.

VEGA 3325-450 INTRUDER EVOLUTION

Série de surf casting muito popular, de relação qualidade/preço sem concorrência no segmento. Produzida em carbono de alta resistência C4 e sistema de Power Casting Construction (PCC). Disponível nas medidas 4.50 e 5.00 m, à semelhança das antecessoras. Acção 80-280 g.

VEGA 4300-420 AURORA SURF

A série de surf casting da Vega de 2014, com relação qualidade/preço sem concorrência no mercado. Fabricada em carbono C4 de alta resistência, no sistema PCC para melhor fiabilidade em acção de pesca. Pega aderente ‘soft touch’, e passadores de três patas anti-salinidade. Disponível nas medidas 4.20 e 4.50 m. Acção 150-250 g.

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ABRIL/MAIO 2014


ESPECIAL

VEGA 2550-450 CRUISER

Cana especial para pesca de elevação, com porta-carretos ajustável ‘sliding’, à medida e gosto de cada pescador. Produzida em fibras de Hi-carbon com reforço no cabo a kevlar e entrançado de fita de carbono em todos os elementos interiores, o que lhe confere um poder de elevação superior ao habitual em canas semelhantes. Incluída nas séries da Vega com construção Cliff Power Series (CPS), apropriado para pescas de penhascos. Disponível nas medidas 4.50 e 5.50 m, com acção 100-250 g.

VEGA 1536-392 CROSSOVER

Série de meio-fundo telescópica remodelada, com adição de Nanoflex para uma melhor performance em acção de pesca. Acabamentos superiores, como o O-ring de protecção anti-choque ao fechar a cana. Disponível em três versões: 3.90 m, 4.20 m com passadores enrolados e 4.20 m com passadores colados. Acção 80-150 g.

VEGA 4530-420 DIAMOND SURF

A série de surf casting da Vega de 2014, em formato telescópico, com melhor relação qualidade/preço do mercado. Fabricada em carbono radial C4 de alta resistência, no sistema Joint Reinforcement Construction (JRC) para melhor fiabilidade nas zonas de união das secções durante a acção de pesca. Secções interiores reforçadas com fita de carbono para maior resistência do blank e uma acção mais rígida no lançamento. Com passadores anti-salinidade, está disponível nas medidas 4.20 e 4.50 m, com acção 100-220 g.

VEGA 0570-350 SHOOTER

Cana telescópica de meio-fundo, multifuncional, fabricada em Carbotex com enrolamento X-Wrapping Tape, para maior resistência e fiabilidade. Cosmética atraente e componentes anti-salinidade, para maior segurança nas pescas em água salgada. Sistema de construção Power Casting Construction incluído. Disponível em 3.50 m, com acção 80-150 g.

VEGA 4215-300 OGAWA SPIN

Especial spinning, com um peso de elevação até 5 kg. Fabricada em fibras de Nanoflex e resinas especiais, combinada com enrolamento de kevlar para garantir uma maior resistência. Estrutura cónica com reforço anterior, para um perfeito equilíbrio em acção de pesca. Disponível nas medidas 3.00 e 3.30 m, com acção ultra-rápida.

VEGA 4210-330 IMPERIAL SPIN

Muito forte e resistente, apesar da sua estrutura finíssima, devido à utilização de fibras de Nanoflex combinadas com resinas especiais que lhe conferem a capacidade de levantar pesos até 8 kg e uma acção ultra-rápida. Concebida especialmente para fazer frente às dificuldades da pesca de corvinas. Está disponível na medida de 3.30 m, em três secções, para maior comodidade no transporte. ABRIL/MAIO 2014

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ESPECIAL

VEGA 4266-240 HARD SPIN

Criada especificamente para o spinning mais pesado, ideal para pesca embarcada. Produzida em carbono de alto módulo C4, com reforço a Nanoflex para uma melhor fiabilidade em acção de pesca. Disponível nas medidas 2.40, 2.70 e 3.00 m. Acção 20-80 g.

VEGA 0206-210 AGRESSIVE SPIN

Série económica de canas de spinning, com acção semi-parabólica. Fabricadas em Carbotex, apresentam grande resistência e estão disponíveis nas medidas 2.10, 2.40, 2.70 e 3.00 m, com acção 50-100 g.

VEGA 3267-300 FANATIKA

Especial pesca embarcada de fundo. Produzida em carbono de alto módulo C4, inclui quatro ponteiras, com acções distintas. Porta-carretos em metal anti-corrosão, com abertura para maior sensibilidade ao toque. Passadores SIC KW anti-salinidade. Cabo anatómico e balanceado. Disponível nas medidas 3.30 e 3.30 m. Acção 80-300 g.

VEGA 4100-66MH ROYAL SPIN ROYAL SPIN 4100 (1SEC), 4200 (2SEC) Concebida para a pesca ao achigã e munida de um design super atraente, esta cana está disponível em duas versões, inteiriça ou duas secções, ambas no tamanho 6'6'' e acção MH fast medium heavy 8-15lbs. Fabricada em carbono de alto módulo C4, apresenta a relação qualidade/preço mais competitiva do mercado.

VEGA 3355-300 MYSTERY FEEDER

Cana de feeder construída em carbono de alto módulo C4, com blank medium heavy e cabo misto de cortiça e esponja anatómica. Muito leve e sensível, tendo em conta o tipo de pesca a que se destina, vem com três ponteiras de acções distintas e está disponível em três tamanhos: 3.00m e 3.30m, ambos em duas secções, e 3.60 m, em três secções.

VEGA 0203-180 PREMIUM SPIN

Canas de meio-fundo, com preços acessíveis e concebidas para uma grande diversidade de situações. São fabricadas em Carbotex para maior elasticidade e resistência, nas medidas 1.80, 2.10, 2.40, 2.70 e 3.00 m. Acção até 100 g.

VEGA 0402-300 PREMIUM POLE

Série sem passadores, económica, de design atraente e óptimos acabamentos para o segmento de mercado a que se destina. Fabricada em Carbotex, com resinas que lhe permitem uma resistência acima da média. Disponível nos tamanhos 3.00, 4.00, 5.00, 6.00, 7.00 e 8.00 m, com acção 5-35 g.

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ABRIL/MAIO 2014


ESPECIAL VEGA POWER SHOT

VEGA X-POWER LINE

VEGA X-LINE STRONG

9913 MISSANGA MULTIFACETADA

rasion Resistan h Ab ce Hig

LT SA

R E S IS TA N CE

www.vega.com.pt

E T A W

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A N D

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PR OT ECTIO N

N IO S A BR HA HIG

Hig t h Kn ngh ot and Tensile Stre

Entrançado de PE (polietileno) de nível Premium, de extrema sensibilidade e resistência linear. Impermeável e grande resistência à abrasão e ao nó. Cor verde. Desenvolvido especialmente para técnicas de barco fundeado e spinning, sendo no entanto também apropriado para light jigging e bóia. Disponível em bobines de 270 m, nos diâmetros 0.18, 0.20, 0.22, 0.24 e 0.27 mm.

100% nylon siliconado. Memória muito reduzida e boa resistência à abrasão. Excelente durabilidade e resistência. Cor cinza. Desenvolvido como um fio “multi-purpose” para carreto, adequa-se a distintas técnicas de pesca, como o surf casting, a pesca de fundo em barco, a chumbadinha e outras. Disponível em bobines de 300 m, nos diâmetros 0.30, 0.35, 0.40, 0.45 e 0.50 mm.

100% nylon, de cor preta, com duplo tratamento de silicone. Elevadíssima resistência à abrasão, apesar da muita maleabilidade e suavidade, que permitem um excelente manuseamento e desempenho, em água doce ou salgada. Elevada resistência linear e ao nó. Especialmente desenvolvido para todas as pescas onde as resistências à abrasão e linear são determinantes. Disponível em bobines de 1000 m, nos diâmetros 0.30, 0.35 e 0.40 mm.

VEGA F-TECH FLUOROCARBON

VEGA POWER ZONE FLUOROCARBON

VEGA FIO ELÁSTICO 200 M

CARANGUEJO

100% fluorocarbono de origem japonesa, com excelente resistência à abrasão e grande sensibilidade, devido à sua reduzida elasticidade. Total ausência de absorção de água, mantendo assim inalteradas as suas características de resistência e maleabilidade. Elevada resistência linear e ao nó. Fio especialmente estudado para a pesca com amostras mas igualmente indicado para pescas em água salgada. Disponível em bobines de 150 m, nos diâmetros 0.23, 0.25, 0.28, 0.30, 0.35 e 0.40 mm.

Fio elástico de iscar, muito macio. Disponível nos diâmetros 0.10 mm e 0.15 mm, em tubos individuais de 200 m para conservação do fio e optimizar a sua utilização.

9909 FLUTUADOR OVAL LUMINOSO

9903 TRACE ROLLING 9907 CLIP ESPECIAL

9062 TUBO SILICONE VERMELHO

SONDA MOLA

MOLA SIMPLES

9911 FLUTUADOR REDONDO

ENROLADOR PARA MONTAGENS TRIPLO - A FLUTUADORES ESFEROVITE

ABRIL/MAIO 2014

9902 SW SNAP

9910 MISSANGA RAINBOW REDONDA

MADE IN JAPAN

100% fluorocarbono produzido no Japão, com bobinagem paralela para ausência de torções e menor efeito de memória. Com baixa elasticidade, não absorve água, mantendo as suas características inalteradas. Elevadíssima resistência linear e durabilidade. Excelente resistência à abrasão, muito macio e ausência de memória. Especialmente indicado para terminais e montagens, com excelente resistência e grande maleabilidade. Disponível em bobines de 50 m, nos diâmetros 0.180, 0.205, 0.235, 0.255, 0.285, 0.305, 0.345 e 0.385 mm.

9908 MISSANGA OVAL

MOLA COM CHUMBO 20gr

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ESPECIAL

SUNSET SOLICA HYBRID 420

Cana de ponteira híbrida média de entrada de gama, fabricada em carbono Technifibre e montada com passadores low rider ovais SiC Seaguide. Tem 4.20 m, acção rápida e capacidade de lançamento até 200 g, apresentando um diâmetro muito reduzido e acabamentos de gama superior.

SUNSET KEMICA 420/450

Cana de gama média/alta, disponível em 4.20 m, com ponteira híbrida para grande sensibilidade, e em 4.50 m, com ponteira tubular para potência máxima. Ambas as versões são equipadas com porta carretos Fuji DPS e passadores SiC Seaguide, sendo low rider na versão de 4.20 m e tradicionais largos na de 4.50, para utilização de fios de diâmetro mais elevado. Pega anatómica anti-derrapante, reforços em carbono entrançado nas zonas de esforço do cabo e capacidade de lançamento até 200 g.

SUNSET EOLICA 420/450

Especialmente estudada para lançamentos a grandes distâncias, apresenta um blank muito fino e cónico que potencia a acção rápida de ponta. Fabricada em carbono Technifibre de alto módulo, apresenta uma relação qualidade/preço imbatível no mercado. Está disponível em 4.20 m (ponteira híbrida) e 4.50 m (ponteira tubular), ambas equipadas com componentes Fuji, sendo os passadores em Alconite do modelo low rider e punho ergonómico Soft Touch. A capacidade de lançamento atinge sem dificuldade 200 g.

SUNSET AURICA HYBRID 420

Cana topo de gama para a competição de surf casting, com acção muito rápida e ponteira híbrida fina de extrema sensibilidade aos toques. Fabricada em carbono de alto módulo, é apresentada em 4.20 m, com passadores Fuji Alconite KW e porta carretos Fuji DPS. O blank, apesar de muito fino e ligeiro, pesando somente 435 g, permite lançar chumbadas até 250 g com segurança a grandes distâncias. Acabamentos cuidados de grande qualidade e pormenor.

SUNSET AURATA 270/300

Cana de barco fabricada em carbono Technifibre e equipada com passadores e porta carretos Seaguide. Disponível em 2.70 m e 3.00 m, tem uma acção ultra rápida de ponta e três ponteiras intermutáveis de diferentes sensibilidades. A grande potência e o peso muito reduzido (205 g aos 3.00 m) tornam-na ideal para pescas longas e a profundidades consideráveis. Excelente relação qualidade/preço, imbatível nesta gama de canas.

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ABRIL/MAIO 2014


ESPECIAL SUNSET SUNREEF 5008 FD/6508 FD

Carreto de design e tecnologia japonesa com corpo e rotor em alumínio anti-corrosão, oito rolamentos, bobine suplente em alumínio, rácio 5.0:1 e drag potente, de afinação micrométrica. A precisão e robustez dos seus mecanismos tornam-no ideal para todas as pescas de exigência máxima. Disponível nos tamanhos 5008 FD e 6508 FD, sendo este último indicado para pescas de light jigging, spinning pesado e barco fundeado a grandes exemplares como pargos e corvinas. O tamanho 5008 é ideal para pescas de spinning e de bóia no mar.

SUNSET SUNROCK 7006 FD

SAKURA ALPAX 8508 SW

Carreto para surf casting e barco fundeado com corpo e rotor em grafite, bobine Long Cast em alumínio e pega de manivela sobredimensionada em EVA. Vem com oito rolamentos inox blindados, drag micrométrico progressivo, sistema de Worm Shaft e rácio 4.6:1 com recuperação de 1,0 m por volta de manivela. A bobine tem capacidade de 440 m de 0.35 mm.

Upgrade do reconhecido Alpax, esta versão SW mantém uma construção totalmente em alumínio anti-corrosão e foi melhorada ao nível do eixo, reforçado com uma resistência 30% superior, um novo sistema de anti-retrocesso mais poderoso e sem travão para maior segurança, drag de multidiscos de carbono, com discos suplentes para substituição, e capacidade ‘real’ de 10 kg. Equipado com oito rolamentos japoneses anti-corrosão e manivela de combate com pega sobredimensionada em alumínio. O rácio é de 5.0 e a capacidade da bobine é de 230 m de 0.40 mm. Carreto testado em Madagáscar com espécies exóticas, como atuns, ‘amberjacks’ e GT's, é perfeito para todas as pescas de jigging praticadas nas nossas águas, assim como para a pesca de grandes corvinas com vinis ou iscas vivas.

SAKURA SHINJIN NEO SPIN 962 LR-MH

Cana ultra-técnica, especialmente desenvolvida para spinning com amostras rígidas ou vinis entre 15 e 50 g. Totalmente concebida em carbono Mitsubishi IM24 e IM30, apresenta um blank muito fino e ligeiro, com uma acção ultra-rápida de ponteira que, no entanto, permite projectar amostras leves a grandes distâncias. Estas canas estão equipadas com componentes de grande qualidade Fuji e têm um conceito de ergonomia e equilíbrio que as torna únicas no mercado, neste nível de preços.

SAKURA SHINJIN NEO SPIN 782 LR-MH

Pertencente à gama Shinjin Neo, esta cana apresenta as características de ergonomia, alto desempenho e design comuns às restantes canas da gama. Com 2.33 m e capacidade para lançar até 60 g, é ideal para animar vinis e pequenos jigs em embarcação. A acção rápida e progressiva permite ferragens muito rápidas e evita as frequentes desferragens das canas demasiado potentes.

SAKURA SHUKAN NEO 962 H/HH

Duas canas de topo em tudo iguais, excepto na potência. Tendo ambas 2.92 m, permitem lançar até 90 g, no caso da Heavy, e 120 g, no da Heavy/Heavy. São ambas produzidas com carbono Mitsubishi IM36 e equipadas com porta-carretos e passadores K, da Fuji. Muito rápidas, têm uma reserva de potência enorme que as torna ideais para a prática de jigging apeado e, especialmente, para a pesca de grandes corvinas na margem, com grandes vinis e cabeçotes. Os punhos em EVA são ergonómicos e muito cómodos, permitindo manter o peso muito reduzido, apesar das potências apresentadas: a Heavy pesa 235 g e a Heavy/Heavy 250 g. ABRIL/MAIO 2014

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ESPECIAL SUNSET DESTORCEDORES E MISSANGAS

SAKURA SMART MINNOW 165F

Novo jerkbait para mar que se diferencia dos restantes pelo peso e capacidade de lançamento. Com 165 mm, tem 31.5 g de peso e a particularidade de o seu equilíbrio permitir a deslocação total do sistema interno de esferas para a retaguarda, durante o lançamento. Sendo a amostra que melhor lança no mercado e ‘trabalhando’ em profundidades até 1.5 m, é ideal para situações em que o peixe se encontre bastante afastado da margem. Equipado com anzóis triplos Owner, está disponível em seis cores comprovadamente ‘matadoras’.

SAKURA L16 SHAD 120/150

Soft swimbait de conceito inovador, com um pré-corte da cabeça que permite facilmente destacá-la à mão para utilizar um cabeçote dedicado ou do estilo Fishead — ou, pelo contrário, mantendo a cabeça do vinil, utilizar um anzol Offset ou cabeçote externo de esfera. Apresenta fendas dorsais e ventrais, para um perfeito posicionamento do anzol e facilitar as ferragens. A densidade específica do polímero utilizado, além de uma elevada resistência, evita deformações da amostra em correntes fortes e permite a emissão de vibrações muito fortes, independentemente da velocidade a que é animada. Disponível em 120 e 150 mm, em seis cores realistas.

SAKURA L16 KONEEL 150/200

Com o mesmo sistema inovativo do L16 Shad, apresenta no entanto um formato que emita uma pequena enguia, presa muito apreciada pelos robalos. A densidade deste vinil permite obter uma natação extremamente nervosa, irregular e viva em qualquer tipo de corrente. Animado com toques de ponteira, mostra-se irresistível para todos os predadores marinhos ou de águas interiores. Disponível em 150 e 200 mm, em seis cores realistas.

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Gama completa de destorcedores, clips, alfinetes, flutuadores e missangas técnicas para todas as disciplinas de pesca. Grande parte desta gama é produzida por um renomado produtor japonês, assegurando qualidade e desempenho de nível superior.

SAKURA L16 SHAD JIG HEAD/KONEEL JIG HEAD

Gama de cabeçotes dedicados aos vinis L16 Shad e Koneel que se adaptam perfeitamente, no entanto, a outros vinis do mercado. O acabamento Superhard na cor ‘gunsmoke’ niquelada adapta-se com grande realismo a praticamente todas as cores naturais de shads; e os anzóis utilizados apresentam comprimento e abertura perfeitamente adaptados aos seus pesos. O L16 Shad Jig Head está disponível em 21 g (4/0), 28 g (4/0), 35 g (5/0), 42 g (6/0) e 55 g (6/0); o L16 Koneel Jig Head está disponível em 7 g (1/0), 10 g (2/0), 14 g (2/0), 17 g (3/0), 21 g (3/0) e 28 g (4/0).

SAKURA SPINBACK JIG

Casting jig com elevadas capacidades de lançamento e natação. A forma particular, com uma face lisa e outra côncava com um perfil em ‘espinha’, coloca o centro de gravidade no último terço da zagaia, proporcionando uma grande estabilidade no lançamento. Uma vez na água, a ‘espinha’ funciona como uma quilha, oferecendo uma natação ondulante muito atraente. O verniz é ultra-resistente e a palete de cores inclui duas cromadas e quatro prismáticas. Disponível em 20 g (62 mm), 40g (72 mm) e 60 g (82 mm). ABRIL/MAIO 2014


PESCA EMBARCADA

ISCADAS PARA PARGOS Como é do conhecimento da maioria dos pescadores de norte a sul, quando o objectivo é apanhar pargos grandes, a sardinha é a rainha das iscas. Veja como tirar proveito dela.

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a pesca embarcada aos pargos, a sardinha tem uma dupla funcionalidade: além de formar iscadas suculentas, quando pescamos fundeados acaba por engodar o nosso pesqueiro, atraindo todas as espécies de peixes, incluindo a comedia que serve de alimentação aos pargos. Sendo a isca mais usada, devemos ter cuidado na sua escolha pois em inúmeras circunstâncias a qualidade da sardinha pode fazer a diferença entre o sucesso e insucesso da nossa pesca. Sempre que possível, devemos optar por sardinhas frescas e gordas, pois a sua própria gordura se torna determinante no processo de engodagem. No caso de termos acesso a sardinha fresca mas esta esteja muito magra, é muitas vezes preferível tentarmos comprar sardinha (bem) congelada, e que tenha sido capturada enquanto estivesse gorda, pois esta acaba por ser mais eficaz do que a fresca.

TEXTO E IMAGENS Rui Santos

Iscagem

Em relação à forma de iscar, podemos optar por um filete ‘embrulhado’ no anzol, com a pele da sardinha para dentro, ou por uma sardinha inteira, sem cabeça e rabo, obviamente com a pele para fora. Em ambos os casos, devemos sempre usar a ajuda de

fio elástico para melhor fixar as iscadas e evitar que se desfaçam às primeiras investidas. Quando utilizamos iscadas mais volumosas, como as de sardinha inteira, arriscamo-nos a falhar muitos toques. Para minimizar esse risco, podemos utilizar uma montagem de dois anzóis

A sardinha, além de formar iscadas suculentas, quando pescamos fundeados acaba por engodar o nosso pesqueiro, atraindo todas as espécies de peixes, incluindo a comedia que serve de alimentação aos pargos

Montagem de dois anzóis em tandem

ABRIL/MAIO 2014

em tandem que consiste em dois anzóis, algumas vezes de tamanhos ligeiramente diferentes, empatados no mesmo estralho.

Outras iscas

Sendo a sardinha a isca mais comum e provavelmente a mais eficaz, há no entanto dias em que os ‘vermelhos’ preferem outras iscas no meio do engodo de sardinha. Nestas situações, as gambas grandes, iscadas inteiras e com casca, os chocos frescos (ou, melhor, ainda, vivos), com cerca de 12 cm, os filetes de cavala e ainda o bucho de polvo fresco revelam-se um pitéu para os pargos. Nos dias em que ‘pressentimos’ os pargos e nenhuma destas iscas funcionam, podemos ainda optar por iscar com carapaus vivos, verdadeiros ‘saca-rolhas’ milagreiros na pesca de grandes exemplares. Armados de isca boa, só nos resta ter muita paciência, alguma sorte e acreditar até ao fim. Boas pescas!

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MAR

CHOCOS

TEXTO E IMAGENS Rui Carvalho

QUANDO NOS DÃO ‘TINTA PELA BARBA’ Os cefalópodes têm elevado interesse para a pesca, e não é por acaso. Neste artigo, conheça técnicas e materiais para ter jornadas de sucesso.

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um ‘palhaço’ novo entra na água, não importa a cor, basta ser novo para as três primeiras capturas se fazerem num curto espaço de tempo… depois, abranda o ritmo. Claro que a cor faz a diferença, aconselho a ter uma boa panóplia de cores e ir rodando até acertar com o menu do dia, depois é só ter disponibilidade para tirar a tinta de todo o lado — equipamento, roupa, kayak, etc.

emos dias em que tudo funciona na captura de chocos, sejam de que tamanhos forem e em condições que não nos parecem propícias, e outros em que parece que não existem. Estas situações só ajudam a aumentar as nossas interrogações e incertezas, surgindo depois as perguntas de quem pesca: será da cor, será do ‘palhaço’, será da linha, será da montagem, sou eu que não estou a ‘trabalhar’ bem?… Uns só usam ‘palhaços’ baratos, outros preferem os mais caros. De todas as consultas que fiz junto dos muitos amigos da Tribo Fishyak, acabámos por não chegar a conclusão nenhuma; a única certeza recai na sensibilidade de cada um e dos pormenores que vamos ganhando ao longo dos anos, porque na realidade todos apanharam mais ou menos o mesmo e os ‘palhaços’ variaram de cor e de preço. Pela minha experiência, parece-me de extrema importância

O nosso mercado é pródigo em ‘palhaços’ das mais variadas formas, tamanhos, cores e preços. Pessoalmente, utilizo com bastante frequência os da marca Vega, que me proporcionam excelentes resultados, com a vantagem de apresentarem preços muito competitivos, permitindo-me trocá-los sempre que não apresentem as condições ideais que descrevi acima. Os SQUID JIG e o modelo TONEIRA, apesar de baratos, estão muito bem

manter a amostra sempre em bom estado, ter a preocupação de a lavar bem após o dia de pesca e evitar pescar com os que têm a ‘camisa’ rasgada, a falta da barbatanas (geralmente penas) ou, o que me parece mais importante, a falta dos olhos. Um dos pormenores em que reparei ao longo dos anos foi a grande diferença sempre que

calibrados, oferecendo sempre uma postura correcta em acção de pesca, o que aumenta o índice de capturas. Os anzóis são equilibrados com a amostra e de boa resistência. A serie LIVE tem um design com provas dadas, qualidade e acabamentos do melhor que o mercado tem para oferecer e cores naturais a imitar peixes ou camarões, com

Amostras

acabamento prata metalizado por baixo do tecido. Este acabamento parece oferecer realmente uma atracção adicional sobre os chocos, destacando-se muitas vezes dos outros palhaços ao nível das capturas. Já os LU-

gaste físico, mas que nos garantam bons desempenhos técnicos. Nas pescas embarcadas aconselho as canas Sert SPARKLE AEROSPIN e a Vega Akada LTS. A primeira, de 2.10 m, é construída em carbono de alta re-

MINOUS EGI, como o nome indica, têm o corpo luminoso e estão disponíveis nas cores mais clássicas para esta modalidade.

sistência e tem uma só secção desmontável no punho. Esta é uma óptima solução, pois permite usufruir das vantagens do blank sem uniões, mantendo uma grande facilidade de transporte. É uma cana muito versátil, com acção progressiva de ponteira e com uma grande reserva de potência nos dois terços inferiores. Sendo bas-

As canas

Já ao nível dos equipamentos, devemos utilizar canas sensíveis e carretos relativamente pequenos, que nos proporcionem algumas horas de pesca sem grande des-

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MAR tante sensível nesta pesca aos chocos, é ideal para a pesca aos robalos e até corvinas de tamanho médio, com vinis e pequenas zagaias. Está montada com passadores monopata SiC e porta carretos Fuji. A Vega Akada LTS é uma cana de spinning em duas secções, 2.13 m, com acção MH Extra Fast e construída em Hi Modulus Carbon C4. Monta passadores SiC monopata e porta-carretos anatómico. O comprimento do punho permite muito bom apoio do antebraço, enquanto a sensibilidade da ponteira permite grande facilidade de detecção do ataque dos chocos.

ciona um excelente equilíbrio entre força e velocidade. Outra excelente alternativa é o novo Vega Accord, disponível nos tamanhos 30 e 40. Visualmente muito apelativo, contém algumas aplicações de carbono na bobine que, substituindo algumas partes de metal, contribuem para a redução do peso do carreto, mantendo no entanto as características de resistência e rigidez. Com um rácio de 5.5:1 no tamanho 40, é um carreto

Os carretos

Relativamente a carretos, proponho o Kapax 4004 FD da Sakura, dotado de algumas características só comuns a carretos de gamas de preços muito superiores. Efectivamente, o Kapax, que é produzido na fábrica de um dos mais prestigiados fabricantes japoneses, beneficia de características inovadoras desenvolvidas pelos seus engenheiros para mercados tão exigentes como o japonês. Apresenta um corpo muito compacto mas com uma robustez muito elevada. A fluidez de rotação e potência são surpreendentes e o sistema de enrolamento S-Curve permite uma bobinagem perfeita. Está equipado com quatro rolamentos inoxidáveis japoneses, drag progressivo micrométrico e anti-reverse infinito por rolamento de agulhas, características que garantem elevado desempenho e durabilidade. O rácio de cinco voltas de rotor por volta de manivela proporVertical_Pub_AW.pdf

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Tente cobrir uma boa panóplia de cores dos seus ‘palhaços’ e ir rodando até acertar com o menu do dia O Kapax 4004 FD

muito rápido mantendo um elevado poder de tracção, característica p r o porcionada pela excelente qualidade das engrenagens realizadas em materiais de qualidade e pela manivela bem dimensionada e com pega sobredimensionada em neopreno. O corpo e o rotor são fabricados em grafite, o que elimina indesejáveis deformações quando sujeito a esforços superiores. Está equipado com sete rolamentos inox e com um sistema de enrolamento cruzado do fio que elimina sobreposições do mesmo e facilita a sua saída durante o lançamento. O drag é bastante progressivo e de afinação muito progressiva.

Destaques Pela minha experiência, parece-me de extrema importância manter a amostra sempre em bom estado, ter a preocupação de a lavar bem após o dia de pesca e evitar pescar com os que têm a ‘camisa’ rasgada, a falta da barbatanas (geralmente penas) ou, o que me parece mais importante, a falta dos olhos Um dos pormenores em que reparei ao longo dos anos foi a grande diferença sempre que um ‘palhaço’ novo entra na água, não importa a cor, basta ser novo para as três primeiras capturas se fazerem num curto espaço de tempo Os SQUID JIG e o modelo TONEIRA, apesar de baratos, estão muito bem calibrados, oferecendo sempre uma postura correcta em acção de pesca, o que aumenta o índice de capturas

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A Sert Sparkle Aerospin

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ABRIL/MAIO 2014

· PESCA NOTURNA · PESCA COM ISCO VIVO · PESCA VERTICAL COM VINIS · PESCA À ZAGAIA 23 · PESCA FUNDEADA


COSTA

PESCA NA ESPUMA GUIA PRÁTICO

TEXTO E IMAGENS Fernando Encarnação

Veja nestas páginas como sargos, douradas e robalos se comportam nos locais de rebentação e oxigenação e saiba como tirar o máximo proveito desses locais.

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uitas vezes, quando chegamos ao mar, quer com o intuito de irmos para uma jornada de pesca, quer para um simples passeio, presenciamos uma autêntica massa de água resultante das movimentações das vagas no seu culminar de ‘vida’. Isto é, na sua chegada à costa, ou mesmo antes de se dar o ‘confronto final’ entre o mar e a terra, notamos que em determinados locais é produzida a espuma resultante da rebentação precoce, originada pela pouca profundidade do local onde a onda vem formada.

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Talvez devêssemos considerar que esse lugar de aparência tão revolta e inquietante, por vezes, não o é. Na realidade, estamos perante uma zona onde muitos predadores se encontram para caçar ou alimentar. Nem imaginamos que consigam suportar condições tão adversas, ou seja, ondulação, corrente, areia em suspensão e turbulência. Mas esses predadores estão preparados para actuar e viver em condições acima do normal para a maioria de outras espécies marinhas, logo, esse ponto negativo para determinadas espécies, juntamente

com a boa mobilidade nestas condições adversas para os seus predadores, torna-se um local mais do que vantajoso para procurar alimento ou caçar.

O que se passa no mar

Onde rebenta a ondulação, onde as correntes são fortes e o embate das ondas dificulta a natação de outros peixes de menores dimensões, dos moluscos, crustáceos e bivalves, que a própria força do mar se encarrega de ir arrancando das pedras, os sargos alimentam-se perfeitamente, tal como o robalo e a dourada.

Os peixes de menores dimensões, como os cabozes, e os moluscos, que são piores nadadores com condições adversas, terão de procurar locais entre as algas e pequenas fendas na pedra, onde se vão abrigar dos predadores e do turbilhão gerado pela ondulação. Mas até esses organismos marinhos poderão estar dependentes da fonte de alimentação que a força do mar liberta, como pequenos vermes e marisco, só para citar alguns. Por isso, se estamos pescando à bóia entre rochedos ou em falésias, temos várias opções, ABRIL/MAIO 2014


COSTA

Cuidados muito importantes

Área de espuma com excelentes condições de pesca

consoante as zonas do País: teremos duas características bem diferentes se comparamos a pesca da zona Vicentina com a do Litoral Alentejano. Se colocarmos a baixada a pescar fundo, poderemos apanhar maiores exemplares que por vezes se afastam das zonas de rebentação, onde tentam

al porque a realidade da Costa Vicentina é relativamente diferente da do Litoral Alentejano), aí sim, temos boas condições para capturar sargos, robalos e até douradas. Teremos de pescar na zona de espuma proporcionada pela rebentação das ondas. Basta que imaginemos um pêndulo cujo ir e vir será mais ou

Onde rebenta a ondulação, onde as correntes são fortes e o embate das ondas dificulta a natação de outros peixes de menores dimensões, os sargos alimentam-se perfeitamente evitar a perda desnecessária de energia, e que raramente permanecem nas zonas mais agitadas — antes aproveitando as aguagens para ficar à espera do alimento proporcionado pela rebentação do mar. Se colocarmos uma baixada relativamente ideal (e falo em ideABRIL/MAIO 2014

Um dos factores mais importantes é que a isca se mova naturalmente, para que o peixe não sinta que há algo errado e procure justamente essa isca. Os monofilamentos actuais, nomeadamente os fluorocarbonos, permitem um grau de invisibilidade muito superior ao dos nylons que nos eram disponibilizados há uns anos. É a evolução tecnológica a jogar a nosso favor. Neste caso específico, uma das referências do mercado é o Potenza ST da Vega, que agora lançou um novo fio 100% Fluorocarbono para terminais e montagens, o F-TECH, que sendo um fio de gama superior, beneficia de características de maleabilidade, resistência e durabilidade que rapidamente farão dele “o” fluorocarbono do mercado.

menos idêntico ao trabalhar do mar sobre uma pedra submersa cheia de marisco, num local habitualmente frequentado por essas espécies. Isso dará a entender ao peixe que a nossa isca é alimento que anda à deriva ou que está a tentar pôr-se a salvo da corrente,

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COSTA

Espuma e Vega Luxxe Spin - resultados à vista

coisa que estão habituados a encontrar na sua dieta diária. Como tal, e falo pelo meu conhecimento e segundo a realidade no Litoral Alentejano, a baixada deverá situar-se entre os 2 e os 6 m, dependendo da zona (por vezes, será necessário recorrer a baixadas maiores, mas os valores normais são esses), com seda na baixada fina entre 0.21 e 0.26, de boa qualidade.

Oxigenação e ondulação

A oxigenação da água é variavelmente proporcional à agitação do mar. Por exemplo, se temos, junto à pedra, uma oxigenação de dois metros de largura entre a pedra e o mar, essa mesma oxigenação pode ser idêntica em profundidade, mas não mais. Isto é, se o mar provoca pouca oxigenação, o trabalhar da baixada e do isco deve ser pouco, pois o peixe ataca na espuma, porque a utiliza para se camuflar e caçar. Por vezes, a ondulação, com a consequente oxigenação da

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água, mesmo que se mova pela superfície do mar junto à pedra, pode não trabalhar o isco que está mais fundo, e como tal, a isca que temos para enganar o peixe talvez não surta esse mesmo efeito. Uma velha táctica que aprendi na apanha do perceve era: quando uma onda se aproxima da pedra e não dá tempo para fuga, baixo-me atrás de uma pequena rocha, para que a mesma me proteja da rebentação e passe precisamente por cima de mim, não me causando qualquer incómodo. Ora, é justamente esta táctica que é utilizada pelos peixes, em zonas de pedras roladas que lhe proporcionam abrigo, que por vezes permanecem imóveis debaixo da ondulação e da oxigenação, tentando distinguir algum alimento que deambule pela água. E só quando o identificam é que se introduzem novamente na espuma para buscar esse mesmo alimento e voltar a ganhar a profundidade de segurança, situando-se de

novo por baixo da rebentação, numa zona mais tranquila. Nestas situações, se pensássemos como um peixe, o que faríamos? Não pensaríamos duas vezes, certamente, e subiríamos como uma flecha para engolir aquele pedaço de alimento que é justamente ameaçado de desaparecer por alguma corrente, ou força da ondulação ou até mesmo por algum elemento da mesma espécie que chegue a ele primeiro.

Robalos

Os robalos nadam lentamente no seio das ondas e, embora tenham ataques relativamente rápidos, normalmente não usam de grande velocidade. Quando estão em pleno acto de caça, fazem movimentos circulares nervosos, alguns dos quais relativamente rápidos, sendo possível observá-los no meio de um cardume de peixes pequenos ou do mesmo tamanho, que nadam aterrorizados para todos os lados para confundir o ataque do robalo.

Como exemplo, temos um cardume de sardinhas que, perante os predadores, se junta em forma de bola, evitando assim a facilidade de ‘marcar’ um elemento do cardume por parte do predador. Neste caso, deveremos utilizar um artificial, vulgarmente conhecido como amostra, e tentar ‘bater em leque’ o local onde está ocorrendo o confronto entre os predadores e as presas.

Sargos

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No caso dos sargos, basta que, em locais relativamente acima do nível do mar, os observemos junto às rochas com o seu dorso a brilhar, mesmo no limite da água aberta e a oxigenação. É um sinal de que se encontram em repasto mexilhões, percebes, lapas, crustáceos e pequenos moluscos. Neste caso, temos de utilizar um isco que os motive a comer: sardinha, camarão ou ralos são os mais utilizados, embora o ideal fosse mesmo a utilização da mesma espécie que os sargos se encontram a comer. ABRIL/MAIO 2014

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COSTA Conclusão

É um enorme erro lançar para o local onde vemos o peixe, uma vez que ele ficará assustado e desconfiado e, detectado o perigo, certamente todo o cardume sairá da zona onde se encontrava para um local bem mais fundo, em busca de protecção. Para que os resultados se tornem visíveis nas nossas jornadas de pesca, devemos ter o cuidado de lançar uns metros mais à frente do local que pensamos ter peixe ou em que queremos pescar. Poderemos utilizar o momento em que a onda se aproxima do local para colocarmos a montagem lá, para que a própria onda distraia o peixe que supostamente se encontra por perto, e aproveitar a mesma para colocarmos a montagem no local que achamos ideal. Já pescámos muitas vezes a ver o peixe, e, se nós o vemos, ele também nos vê. Aí os mais experientes têm uma palavra a dizer, uma vez que pequenas técnicas nos brinArtes_Toros_PH_200x140_C.pdf dam com grandes resultados.1

A pesca na espuma garante quase sempre boas capturas

Onde rebenta a ondulação, onde as correntes são fortes e o embate das ondas dificulta 2/12/13 5:12 a natação dosPMpeixes peque-

nos, dos moluscos e do marisco, os sargos alimentam-se perfeitamente, tal como o robalo e a dourada.

Quem conhece os méritos da pesca na espuma aceita correr alguns riscos, mas nunca se esqueça: pesque em segurança!


ACHIGÃ

LOCALIZAR ACHIGÃS

NO FINAL DO INVERNO O final do inverno pode ser particularmente difícil para o pescador de achigã. A instabilidade habitualmente associada ao final de Fevereiro e princípio de Março pode provocar condições de pesca complicadas, nem sempre fáceis de decifrar.

U

m dos problemas que se colocam tem a ver com a localização do peixe. O ciclo de vida do achigã diz-nos que, na maioria das massas de água na região centro e sul do País, o achigã começa a retirar das zonas onde passou o Inverno e inicia a deslocação para as zonas mais baixas, onde se vai preparar para a desova. Conhecedor deste facto, o pescador de achigã pode analisar as características do local que pretende pescar e escolher os melhores pontos para tentar interceptar o peixe em deslocação. Por norma, qualquer das estruturas principais constituirá uma boa opção, como os bicos rochosos que ladeiam a entrada dos braços de afluentes. Estes são pontos estratégicos que devemos sempre explorar, mas não são os únicos. As ilhas ou cabeços submersos localizados perto dessas estruturas principais também são locais onde o achigã pode estagiar durante alguns dias e podem concentrar muito peixe.

Locais de estágio

Com efeito, o movimento que o achigã realiza para as zonas baixas não se produz em poucos dias, pode levar muitas semanas. Além disso, nem todos os achigãs reagem ao mesmo tempo aos estímulos ambientais que iniciam as alterações biológicas internas que conduzem à desova. O aumento do

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TEXTO E IMAGENS Jaime Sacadura

número de horas de luz solar, que conduz a dias mais longos e noites mais curtas, e a subida lenta e progressiva da temperatura da água são factores de estímulo que conduzem gradualmente os peixes das zonas profundas onde se refugiaram

Os locais onde o achigã realiza estas pausas são designados por locais de estágio. Podem ser as estruturas principais já referidas, as ilhas perto delas ou o fundo das primeiras enseadas que o peixe vai encontrando na sua deslocação. O

achigãs terá sempre a ver com as condições meteorológicas. Quanto mais quente e estável permanecer o tempo mais depressa se produzirá este movimento e mais cedo poderemos encontrar o peixe perto de potenciais locais de desova.

Locais de estágio podem ser estruturas, ilhas perto delas ou o fundo das primeiras enseadas que o peixe vai encontrando na sua deslocação no Inverno para as zonas mais baixas onde vão desovar, mas este processo é lento, e podem existir momentos de pausa prolongada neste movimento.

pescador deve explorar, sistematicamente, cada um destes locais, tentando detectar concentrações de peixe. A posição das maiores concentrações de

Frentes frias

No entanto, nesta altura do ano, a instabilidade climatérica é a norma. Sucedem-se as frentes frias. A temperatura arrefece e ABRIL/MAIO 2014


ISCOS ENGODOS ACHIGÃ as diferenças térmicas produzem ventos fortes que agitam as águas. Quando a instabilidade se instala, podem surgir períodos de chuva forte e trovoadas. Após a passagem destas frentes o tempo melhora e o céu fica progressivamente limpo. Como foi o comportamento do achigã durante todo este período? Horas antes da chegada do período de maior instabilidade, a agitação que a chegada destas frentes frias provoca oferece oportunidades de intensa actividade alimentar para o peixe. Podem mesmo ocorrer autênticos frenesins alimentares que tiram partido dos movimentos da vida microscópica que provocam uma reacção em cadeia, culminando com excelentes oportunidades de alimentação para os predadores. Com a instalação da frente fria, e das baixas

pressões que a acompanham, o peixe é obrigado inicialmente a afundar, pois não consegue ajustar o gás em expansão dentro da bexiga-natatória às alterações de pressão atmosférica, em tão pouco tempo. Com a passagem da frente, à medida que a pressão vai subindo, o peixe vai abandonando as zonas baixas e o pescador pode voltar a entrar em contacto com ele mais facilmente. O problema foi o período de alimentação que ocorreu imediatamente antes da instalação do bom tempo. Com a barriga cheia e o movimento de potenciais presas a diminuir, o peixe pode apresentar-se mais letárgico e a pesca pode tornar-se mais difícil. Os dias de céu azul e de altas pressões que se sucedem à tempestade podem ser muito difíceis e o pescador pode ter de abran-

Captura conseguida com um spinnerbait

dar a acção de pesca ou utilizar técnicas mais lenta para conseguir alguns ataques.

Os melhores locais

Por isso, a escolha dos melhores locais a explorar durante este período não pode ser dissociada do factor meteorológico. O estado do tempo condi-

ciona não só o humor do peixe, a sua maior ou menor actividade, mas também o seu posicionamento. O pescador deve considerar todos os factores que tendem a afastar o peixe da margem e a procurar, nem que seja só por alguns dias, locais um pouco mais profundos, enquanto noutras alturas, com

Material utilizado na Prova do Campeonato Nacional

AMOSTRA Kutter Vib 200S Real Life Gardon Lipless crankbait com 75mm e 21g.

CARRETO Sakura Oxio 71 CTi 11 rolamentos, ratio 7.1:1, capacidade de 0.26mm/100m, peso 168 g, drag power 5kg. Carreto fabricado em carbono e titânio e equipado com o sistema DBS (Dual Brake System) que consiste num freio magnético de calibragem rápida e num freio centrífugo automático.

FIO Akada 0.28mm Fio revestido a fluorocarbono, macio, com grande resistência à abrasão e invisibilidade.

CANA Sakura Trinis Neo TNC 701MH Glass 7’ (2.13m), Medium Heavy, amostra -3/8oz a 1¼oz, Linha 6-17lb Cana composite especialmente adaptada ao Power Fishing com crankbaits e spinnerbaits.

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ACHIGÃ

Fundo após a passagem da frente fria

tempo progressivamente mais quente e mais estável, até o podemos já encontrar no fundo de enseadas mais baixas, em grandes concentrações. Assim, não se trata de encontrar locais mais ou menos produtivos, mas sim, de seleccionar esses locais em função do posicionamento do peixe. Um local excepcional numa determinada semana, como uma ilha próxima de um bico principal, com elevada concentração de peixe dada a proximidade de água profunda — locais que o peixe prefere em períodos de maior instabilidade, e onde se podem realizar grandes pescarias num determinado período — pode estar quase deserto de peixe, umas semanas mais tarde. Uma enseada pouco profunda e cheia de vegetação submersa, onde o peixe se pode refugiar, pode ser uma completa desilusão no final de Fevereiro e proporcionar uma jornada de pesca fabulosa na segunda semana de Março — depois do tempo estabilizar e da temperatura subir durante um período mais prolongado. Tudo depende, assim, do estado fisiológico do peixe, conjugado com o padrão meteorológico do mês de Fevereiro. Em anos de maior estabilidade climatérica e de tempo mais quente nesta altura do ano, o ciclo pode acelerar-se, principalmente nas regiões a sul, enquanto noutros anos está tudo muito mais atrasado e o peixe ainda não se encontra em grandes números nas zonas mais baixas. De notar que a norte, com as temperaturas médias mais baixas, todo este ciclo se atrasa e o posicionamento e a actividade do peixe também é diferente.

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Estratégias de pesca

De acordo com esta informação, cabe agora ao pescador proceder a um trabalho de prospecção e de localização do peixe. Para isso, deve dirigir-se aos seus locais preferidos e pescar de forma sistemática, usando técnicas diversificadas de modo a tentar ‘sentir’ o peixe. O objectivo é efectuar algumas capturas e aprender com elas. Durante um período de maior instabilidade, a utilização de crankbaits e spinnerbaits permite cobrir muita água, possibilitando realizar algumas capturas e tirar ilações. Num dia de temporal, o peixe pode estar a caçar activamente e as capturas com amostras rápidas sucedem-se. Nos dias seguintes, a pesca pode tornar-se mais difícil e o peixe pode afundar ligeiramente. O pescador deve procurar zonas chave perto de água profunda — pois são aquelas onde o peixe pode reagir às alterações de pressão atmosférica com maior facilidade — e explorá-las mais lentamente, baseando a sua pesca em técnicas que permitam explorar zonas um pouco mais profundas, como a pesca com vinis baseada no empate Texas. A presença de peixe em zonas muito baixas deve ser muito esporádica nestas alturas e o fundo das enseadas de água fria está normalmente deserto. A excepção poderá estar nas enseadas orientadas a sul, que aquecem primeiro e atingem temperaturas mais elevadas mas, com a pressão atmosférica a variar bruscamente, muito poucos achigãs permanecerão aí. À medida que a meteorologia estabili-

za e o tempo vai passando, o pescador deve reorientar a sua atenção para estas zonas. A possibilidade de começar a encontrar grandes fêmeas em zonas muito pouco profundas vai aumentando progressivamente à medida que entramos em Março e devemos sempre efectuar a sua exploração para não perder boas oportunidades de pesca. Nestes períodos, já tive ataques de grandes peixes em poucos centímetros de água, protegidos pela sombra de coberturas encostadas à margem. No entanto, os meus maiores exemplares nesta altura saíram sempre em enseadas que possuíam acesso rápido a águas profundas e estavam entre os dois e os quatro metros

de profundidade. Tirando o período relativamente curto do ato físico da desova, este tipo de enseadas, mais ou menos profundas, são os locais onde estes grandes exemplares se sentem mais à vontade para enfrentar as condições meteorológicas em mudança, tão habituais nesta altura do ano. Por isso, o pescador deve basear a sua acção de pesca no ciclo de vida do achigã e relacioná-lo com a meteorologia do período em que vai pescar. Na sua próxima saída, utilize essas informações conjugadas para seleccionar as melhores zonas, nos locais onde habitualmente pesca, e verá porque o final do Inverno pode proporcionar excelentes jornadas.

Captura com vinil à Texas.

Na zona 1, com um crank vermelho.

ABRIL/MAIO 2014


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