Jornal da Pesca Nº 005

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Ld a. un ica çõ es , Co m e a át ic m In fo r

Campanha Tmn - FALE GRÁTIS COM A VEGA E O JORNAL DA PESCA

Motores-Yamaha V6

Desenhados para ambiente offshore, estes leves e potentes novos motores V6 da Yamaha são feitos para as aventuras dos desportos náuticos. (PÁG. 19)

Corrico

Jorge Barreto mostra-nos o corrico ligeiro e o spinning para o robalo

PÁG. 8

Embarcada Jó Pinto revela montagens e materiais para a pesca ao fundo

nº5 Dezembro 2010 . Ano I | info@jornaldapesca.net

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Achigã

Conheça as ferramentas específicas para capturar o achigã

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Competição Márcio Gaio é Campeão Nacional

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Surfcasting

(PÁG. 4)

Dicas e Truques para Montagens eficazes

J o r n a l B i m e s tr a l

| Gratuito

| Portugal

| D i r e c t o r : Virgílio Mac ha do

Robalos e Pargos

O Tímido Barbo

> Segunda-feira 13 de Dezembro às 11h00 no Canal Caça e Pesca

> Quarta-feira 16 de Dezembro às 23h30 no canal Caça e Pesca


a i c í not

> Editorial

Equipa da VEGA em destaque no Mundial de Achigã

A chegada de uns, a partida de outros Esta edição do Jornal da Pesca fecha um ano de grandes desafios e de apostas ganhas. É por isso que neste número estreamos novos colaboradores que gentilmente e em virtude da sua paixão pela pesca, nos ajudam a fazer deste projecto, um jornal para os que gostam de pesca. Assim o Jornal da Pesca passa, a partir de agora, a contar com a colaboração de José Afonso, nome consagrado do surfcasting nacional, e de Diogo Sousa, uma jovem promessa da pesca portuguesa. A chegada destes dois novos colaboradores que se juntam ao projecto do Jornal da Pesca surge numa altura em que perdemos um grande contador de histórias. Pedro Beça Murias, jornalista e pescador, esteve desde a primeira hora com a nossa publicação e sabia como poucos contar histórias de pesca em que todos nos revíamos. A pesca era para o Pedro a sua grande paixão e sempre que podia lançava o seu anzol nas águas de Carcavelos ou do Guincho em busca do prazer da pesca. Surpreendentemente, numa manhã de Novembro as histórias de pesca deixaram de ter o brilho com que o Pedro nos contava, mas estou certo que o maior tributo que fazemos a este contador de histórias é mesmo continuar a fazer do Jornal da Pesca, um jornal de pescadores para todos os que têm a paixão pela pesca. Em 2011 queremos continuar a manter este projecto com mais colaboradores e pretendemos abrir as páginas deste jornal às suas histórias de pesca.

A Selecção Portuguesa de Pesca Embarcada ao Achigã sagrouse Campeã Mundial da disciplina no fim-de-semana de 13 e 14 de Novembro, ao vencer a 6ª edição do Campeonato do Mundo, disputado no Alqueva. A formação portuguesa na qual estava a dupla Joaquim Moio e João Grosso, equipa apoiada pela VEGA, foi a única das doze Selecções presentes a passar a marca dos 30 kg de peixe capturado, numa prova discutida até ao último momento com a poderosa Selecção italiana, que conseguiu mesmo igualar o número de capturas dos portugueses (43, dos 45 possíveis, uma vez que cada equipa pode trazer à pesagem apenas cinco exemplares por dia de pesca). Mas nas pesagens somou pouco mais de 26 kg, garantindo o 2º lugar final. O 3º lugar em Selecções foi para a Alemanha, com 25.56 kg pescados, que terá de se contentar com a medalha de bronze e com o facto de ter ficado a apenas um peixe do campeão Portugal e da vice Itália. Na classificação individual, as duplas da Selecção Nacional, liderada por Hermínio Rodrigues, tiveram resultados positivos: Joaquim Moio e João Grosso conseguiram o 3º lugar final, com quinze peixes a marcar 12.37 kg, conquistando assim a medalha de bronze. Sérgio Sequeira e Silvestre Pinto ficaram em 4º lugar, com 9.35 kg, ao passo que a dupla Pedro Félix / Paulo Ramos ficou em 8º, com 8.52 kg. A medalha de ouro, nesta tabela, foi para uma dupla mexicana e a de prata, surpreendentemente, para uma croata.

Virgílio Machado Director

FICHA TÉCNICA Propriedade Mundinautica, Lda Redacção, Publicidade e Marketing Lourel Park, Ed. 5 2710-363 Sintra Portugal Tel: 219 617 455 Fax: 219 617 457 Editor Jorge Mourinho

Nº5 – DEZEMBRO 2010 – ANO I Director Virgílio Machado virgilio.machado@mundinautica.com Redacção Paulo Soares paulo.soares@mundinautica.com Revisão Rita Ferrer

Departamento gráfico Susana Alcântara

Distribuição Chrono Post

Colaboram neste número Diogo Sousa, Fernando Pina, Jaime Sacadura, Jó Pinto, José Afonso, José Calado, Jorge Barreto, João Grosso, Joaquim Moio, Márcio Gaio, Paulo Soares,Yamaha Motor Portugal,VEGA e Team VEGA.

Tiragem 15.000 Exemplares Periodicidade Bimestral Preço Gratuito ERC Nº de registo: 125807 Depósito Legal Nº 305112/10

Impressão Sogapal, S.A. Rua Mário Castelhano, Queluz de Baixo 2730-120 Barcarena Tel: 214347100 - Fax: 214347155 geral@sogapal.pt

As opiniões, notas e comentários são da exclusiva responsabilidade dos seus autores ou das entidades que fornecem os dados. Nos termos da lei, está proibida a reprodução ou a utilização, por quaisquer meios, dos textos, fotografias e ilustrações constantes destas publicações, salvo autorização por escrito. © Mundinautica Portugal, Lda.

Nota:


s a t r s cu Big Game animou ilha de São Miguel A terceira edição do Açores Big Game Invitational 2010 decorreu no passado mês de Setembro, no Grupo Oriental dos Açores, ao largo da Ilha de S. Miguel. A competição organizada pela AAPDM-Associação Açoriana de Pesca de Mar e contou com a colaboração em parceria do CNPD-Clube Naval de Ponta Delgada, BGCP-Big Game Clube de Portugal e FPPDAM-Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, reuniu uma dezena de equipas. Este evento pontua as equipas para o Campeonato Nacional de Pesca Grossa 2010, da FPPDAM-Federação Portuguesa de Pesca Desportiva de Alto Mar, que irá representar Portugal no Campeonato do Mundo FIPS-M A vitória na prova coube equipa da embarcação OSCAR, que capturou e libertou um Espadim azul. De salientar que em 2011 a ilha de Santa Maria será o palco para o IV Campeonato Internacional de Pesca Grossa, designado por Açores Big Game Invitational, a realizar na bonita Ilha de Santa Maria, competição de qualificação para a prestigiada competição internacional IGFA-Offshore World Championship 2012.

Achigã Record Foi em Outubro que Jaime Sacadura capturou um Achigã com 2,780 kg que passa a constituir novo record nacional das competições embarcadas ao achigã. O peixe record, foi capturado na barragem do Alqueva com uma cana protótipo da nova linha AKADA Xpert Series.

Fluviário mostra Exposição Lampreias de Portugal O Fluviario de Mora inaugurou no final de Outubro a exposição Lampreias de Portugal, mostra que surge no âmbito de um estudo que tem vindo a ser realizado por várias instituições para defesa da espécie O Plano Nacional de Conservação da Lampreia-de-rio e da Lampreia-de-riacho foi um dos projectos vencedores do Fundo Biodiversidade em 2008. O Fluviário de Mora é uma das instituições envolvidas neste projecto de âmbito Nacional juntamente com o Centro de Oceanografia, a Universidade de Évora, o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, a empresa Planeta Vivo e a Autoridade Florestal Nacional. Assim a exposição que agora é revelada no Fluviario de Mora, mostra todo o trabalho de campo realizado em todo o território continental português e alguns dos resultados mais importantes deste projecto segundo os seus responsáveis, este projecto das Lampreias de Portugal tem como principal objectivo obter informação que sustente a implementação de medidas de conservação que contribuam para a protecção destas duas espécies de lampreia ameaçadas de extinção.

Eborense é Campeão Nacional de Clubes A equipa do Eborense, apoiada pela VEGA, conquistou em Outubro, o título de Campeão Nacional de Clubes. Nas duas derradeiras provas que tiveram lugar na pista de Cavez, a formação do Eborense, conseguiu recuperar do terceiro lugar da geral para o primeiro, beneficiando do deslize do Sport Lisboa e Benfica, equipa igualmente apoiada pela VEGA, e do TeamVega. No sábado, primeiro dia de prova, a formação do TeamVega esteve em plano de destaque ao recuperar do atraso com que partiu para esta derradeira etapa do Nacional de Clubes, realizando uma excelente prestação e assumindo a liderança do campeonato, com 14 pontos de vantagem sobre o Eborense, que subiu à segunda posição. Já o Sport Lisboa e Benfica, fruto de uma prestação menos conseguida ficava irremediavelmente fora da luta pelo título. No segundo e último dia de prova, a formação de Évora realizou uma excelente prestação, acabando por alcançar a vitoria e relegando o TeamVega para a segunda posição a 5 pontos da liderança. Com o título alcançada em Cavez, o Eborense garantiu a presença em 2011 no Mundial de Clubes que terá lugar na Sérvia.

Dezembro 2010 > Jornal da Pesca

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> Surfcasting

Montagens, Truques

e dicas para o sucesso na pesca Não existe a montagem ideal capaz de ser utilizada em qualquer situação e para todo o tipo de pesca. As montagens devem ser idealizadas e feitas com o maior rigor possível e em função das espécies a capturar, distância de pesca, estado do mar, correntes, profundidade da praia, vento, etc.... Texto e imagens: José Afonso

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ão existe a montagem ideal capaz de ser utilizada em qualquer situação e para todo o tipo de pesca. As montagens devem ser idealizadas e feitas com o maior rigor possível e em função das espécies a capturar, distância de pesca, estado do mar, correntes, profundidade da praia, vento, etc.... Será sempre necessário de testar o tipo de montagem para verificar se realmente funciona para aquilo

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que foi idealizada e construída. Duma maneira geral com mar alterado e corrente forte utilizam-se montagens mais curtas com estralhos curtos e com o mar calmo montagens e estralhos mais longos. Em relação às distâncias a atingir, maiores distâncias são alcançadas com montagens e estralhos mais curtos. Um pescador de surfcasting deverá ter sempre feitas várias montagens, sem anzóis e com anzóis apenas aquelas que pensa que vai utilizar

Jornal da Pesca >Dezembro 2010

em determinada altura. Mais do que uma montagem específica para determinada espécie, provavelmente teremos que utilizar determinada montagem para determinada situação de pesca independentemente da espécie que queremos capturar.

Material a utilizar:

No material a utilizar na construção de montagens, para além da preferência pessoal de cada um, o objectivo final é de que a

montagem sirva para o fim que foi construída. Por exemplo o material a utilizar numa montagem para utilizar iscos maiores e pesados não deverá ser o mesmo que vai ser utilizado numa montagem para iscos mais pequenos e leves. Quer isto dizer que será mais prático e aconselhável ter construídas montagens para as variadas situações e a mesma montagem não servirá certamente para todas as situações.

Linhas Os fios a utilizar nas madres das montagens devem ser fortes com boa resistência ao nó e para aguentarem o impacto do lançamento, macios para um comportamento o mais natural possível dentro de água e se possível sem memória para que a montagem não fique marcada ou vincada quando existirem embaraços, garantindo assim uma maior longevidade da montagem.


Destorcedores O acessório mais conhecido e o mais utilizado de todos. Existente em vários tamanhos e para esta função utilizam-se desde o nº 10 ao 24. São utilizados com uma missanga de cada lado. Rotores Acessório de metal, originário do Brasil, com grande capacidade de rotação. Podem ser utilizados com uma missanga de cada lado ou ainda apenas com o travamento ao meio. Missangas furadas ou Cross Beads Acessório muito utilizado em Espanha e permite a utilização nos estralhos de linhas mais finas. Existentes em vários tamanhos Missangas Para permitir uma boa rotação e funcionamento dos destorcedores, rotores ou CrossBeads, devemos utilizar pequenas missangas. Devemos ter em conta a qualidade das missangas utilizadas pois existem algumas que se partem com alguma facilidade. Crimps, Nós de correr, Cola Para fixação/travamento dos acessórios, podemos utilizar e consoante a nossa preferência os seguintes acessórios: Crimps Tubos de metal (inox ou alumínio) ocos para aperto no local onde queremos fixar os estralhos. Têm como vantagem garantirem uma boa fixação dos estralhos no local desejado, serem fáceis de utilizar e permitem fazer montagens com muita rapidez. Como desvantagem ao serem apertados se não tivermos cuidado podemos ferir a madre da montagem e o facto de serem pouco discretos. Nós de correr Nó dado na madre com outro fio para travamento. Têm como vantagem permitir fazer montagens com um elevado grau de discrição e permitir fazer montagens com grande versatilidade porque podemos mudar os estralhos de posição se tal for necessário, correndo os nós ao longo da madre. Como desvantagem o facto ser necessário algum tempo para fazer

a montagem e ao serem deslocados poderem ferir a madre da montagem. A relação do tamanho dos estralhos com o estado do mar é a seguinte: Com o mar calmo, aproveita-se o tamanho máximo disponível entre os estralhos, ou seja: O estralho inferior com tamanho de +/- 100 cm e os estralhos superiores iguais com +/- 90 cm. Com o mar mais alterado e com corrente, o estralho inferior mantém-se com +/- 100 cm e os superiores com medidas desde 30 a 60 cm. A relação do diâmetro dos fios a utilizar nos estralhos, variam consoante o tamanho e as espécies que se pretende capturar e a cor e corrente das águas. Com águas lusas e mar calmo estralhos com diâmetros mais finos (de 0,16 a 0,20 mm). Com o mar alterado e corrente forte estralhos com diâmetros mais grossos (0.22 a 0,35 mm) O estralho inferior é maior e com fio de diâmetro mais grosso, porque é normalmente o estralho que captura espécies que têm tendência a enterrar-se na areia (linguados e pregados), alguns de bom tamanho sendo necessário efectuar mais força para os desenterrar. Para os peixes de superfície e de meia água utilizam-se flutuadores nos estralhos superiores. Feitas nos seguintes diâmetros: 0,55 – 0,50 – 0,45 – 0,40 – 0,35 – 0,30 – 0,25 Nos diâmetros mais grossos até ao 0,45 servem para pesca a grandes distâncias, para quando é necessário utilizar chumbadas mais pesadas e com o mar bravo e de forte corrente. São fáceis de utilizar e lançar e podem ser utilizadas com qualquer tipo de cana

Como Fazer um nó de correr

Cola

Colas cianolíticas que não ataquem os fios. Têm como vantagem permitir fazer as montagens com rapidez e garantem uma boa fixação dos estralhos no local desejado, com um elevado grau de discrição. Como desvantagem e devido ao facto de ser necessário deixar secar completamente a cola para manusear a montagem, normalmente é um trabalho para se fazer em casa e não permite a mudança de posição dos estralhos.

Clips de chumbada

Acessório para fixação da chumbada. Convém ser um acessório resistente, de fácil manuseamento que permita se necessário uma rápida mudança de chumbada e sem pontas salientes ou algo onde se possa enrolar o estralho inferior da montagem.

Montagens curtas (1,5m a 2 m)

Este tipo de montagem pode ser considerada uma montagem allround, porque pode ser utilizada nas mais variadas situações de pesca e para todas as espécies de peixe, bastando apenas para isso encurtar ou aumentar o tamanho dos estralhos, ou alterar o seu diâmetro.

Montagens de 2 Anzóis (1,5m a 2 m) Uma montagem que pode ser utilizada nas mais variadas situações de pesca e para todas as espécies de peixe, bastando apenas para isso encurtar ou aumentar o tamanho dos estralhos, ou alterar o seu diâmetro. Normalmente utiliza-se dois estralhos iguais aproveitando o tamanho máximo disponível.

LEGENDA 1 - Tercina 2 - Missangas 3 - Cross Beads, Destorcedores, Rotores, etc… 4 – Destorcedor + Clip Chumbada 5 - Chumbada 6 - Anzol 7 - Estralhos 8 – Espaço - +/- 10 cm 9 – Espaço - +/- 90 cm 10 - Espaço - +/- 110 cm 11 – Espaço - +/- 2 cm

Dezembro 2010 > Jornal da Pesca

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> Surfcasting LEGENDA 1 - Tercina 2 - Missangas 3 - Cross Beads, Destorcedores, Rotores, etc… 4 – Destorcedor + Clip Chumbada 5 - Chumbada 6 - Anzol Com 1,5 m 7 - Estralhos – 130 cm 8 – Espaço - +/- 10 cm 10 - Espaço - +/- 140 cm 11 – Espaço - +/- 2 cm Com 2,0 m 7 - Estralhos – 180 cm 8 – Espaço - +/- 10 cm 10 - Espaço - +/- 190 cm 11 – Espaço - +/- 2 cm

A relação do tamanho dos estralhos com o estado do mar é a seguinte: Com o mar calmo, aproveita-se o tamanho máximo disponível entre os estralhos. Com o mar mais alterado e com corrente, o estralho inferior pode-se manter com o tamanho máximo e o superior mais curto. A relação do diâmetro dos fios a utilizar nos estralhos, variam consoante o tamanho e as espécies que se pretende capturar e a cor e corrente das águas. Com águas lusas e mar calmo estralhos com diâmetros mais finos (de 0,16 a 0,20 mm). Com o mar alterado e corrente forte estralhos com diâmetros mais grossos (0.22 a 0,35 mm) O estralho inferior é maior e com

fio de diâmetro mais grosso, porque é normalmente o estralho que captura espécies que têm tendência a enterrar-se na areia (linguados e pregados), alguns de bom tamanho sendo necessário efectuar mais força para os desenterrar. Para os peixes de superfície e de meia água utilizam-se flutuadores nos estralhos superiores. Feitas nos seguintes diâmetros: 0,55 – 0,50 – 0,45 – 0,40 – 0,35 – 0,30 – 0,25 Nos diâmetros mais grossos até ao 0,45 servem para pesca a grandes distâncias, para quando é necessário utilizar chumbadas mais pesadas e com o mar bravo e de forte corrente. São fáceis de utilizar e lançar e podem ser utilizadas com qualquer tipo de cana.

Montagens Médias e Longas

È uma montagem que permite pescar com três estralhos grandes. A sua utilização requer alguma prática, porque devido ao seu tamanho não é fácil de manusear, principalmente o durante o lançamento sendo mais fácil fazê-lo com canas maiores (4,50 a 5,00 metros). LEGENDA 1 - Tercina 2 - Missangas 3 - Cross Beads, Destorcedores, Rotores, etc… 4 – Destorcedor + Clip Chumbada 5 - Chumbada 6 - Anzol 7 - Estralhos Para montagem de 3 Metros 8 – Espaço - +/- 10 cm 9 – Espaço - +/- 140 cm 10 - Espaço - +/- 160 cm 11 – Espaço - +/- 2 cm Para montagem de 4 Metros 8 – Espaço - +/- 10 cm 9 – Espaço - +/- 180 cm 10 - Espaço - +/- 200 cm 11 – Espaço - +/- 2 cm

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Jornal da Pesca > Dezembro 2010

A relação do tamanho dos estralhos com o estado do mar é a seguinte: Com o mar calmo, aproveita-se o tamanho máximo disponível entre os estralhos, ou seja: O estralho inferior com tamanho de +/- 170 cm e os estralhos superiores iguais com +/- 130 cm. Com o mar mais alterado e com corrente forte, neste tipo de montagem continua-se a utilizar os estralhos com o tamanho máximo, (o estralho inferior mantém-se com +/- 170 cm e os superiores com +/- 130 cm), alterando-se apenas o diâmetro dos estralhos. O diâmetro dos fios a utilizar nos estralhos, variam consoante o tamanho e as espécies que se pretende capturar e a cor e corrente das águas. Mantém-se o estralho inferior maior e com linha mais grossa, porque é normalmente o estralho que captura espécies que têm tendência a enterrar-se na areia (linguados e pregados), sendo por isso necessário efectuar mais força para os desenterrar. Para os peixes de superfície e de meia água utilizam-se flutuadores nos estralhos superiores. Feitas nos seguintes diâmetros: 0,35 – 0,30 – 0,25 Para pescar a curta e média distância não sendo necessário fazêlas nos diâmetros mais grossos. São montagens com um grau de utilização difícil, porque não são fáceis de lançar. Requerem bastante treino e uma cana grande (4,5 m / 5 m), ajuda bastante no acto de lançamento. Rabeiras Quando as condições permitem a sua utilização normalmente proporciona excelentes resultados. Praticamente é como se fosse um estralho muito grande com dois ou três anzóis. A sua utilização requer bastante prática, porque devido ao seu tamanho se não for bem lançada e não houver corrente para a armar, normalmente vem toda embaraçada sendo o lixo o seu destino. As condições ideais para utilizar uma rabeira é haver um bocado de vento a soprar na mesma direcção da corrente da água. Podem ser feitas no tamanho que quisermos. Pessoalmente utilizo todas com cerca de 6 metros, variando apenas o diâmetro dos fios utilizados. Para a fixação dos estralhos utilizo missangas furadas muito pequenas o que permite trocar os estralhos, garantindo assim maior longevidade à rabeira. Para os peixes de superfície e de meia água pode-se utilizar flutuadores nos estralhos da rabeira. Feitas nos seguintes diâmetros: 0,30 - 0,28 – 0,25 – 0,22 – 0,20 – 0,18 – 0,16 Utilizadas para pescar qualquer

espécie de peixe, para pescar a qualquer distância sempre que as condições o permitam. È necessário alguma prática para se utilizar as rabeiras sem problemas.

Esta montagem não tem nenhum estralho na parte inferior junto à chumbada. Os estralhos têm todos +/- 100 cm, utilizando-se flutuadores em todos os estralhos. Se a profundidade da praia o justificar pode ser feita com 4 metros e aí os estralhos passam a ter +/- 150 cm colocando-se também flutuadores em todos os estralhos.

Algumas considerações finais acerca de montagens 1 – Tercina Pode-se utilizar também uma laçada ou um destorcedor, mas aconselho o uso de tercinas porque além de oferecerem grande resistência, também são mais leves que os outros acessórios existentes para o efeito. 2 - Missangas Micro missangas transparentes ou não, convêm serem perfeitas e não quebrarem facilmente. 3 - Cross Beads, Destorcedores, Rotores, etc… Qualquer dos acessórios descritos funcionam perfeitamente. Destorcedores nºs 6 a 24.

LEGENDA 1 - Tercina 2 - Missangas 3 - Cross Beads, Destorcedores, Rotores, etc… 4 – Destorcedor + Clip Chumbada 5 - Chumbada 6 - Anzol 7 - Estralhos – 150 cm 8 – Espaço - +/- 160 cm 9 – Espaço - +/- 300 cm 10 - Espaço - +/- 100 cm 11 – Espaço - +/- 20 cm Montagem específica para peixes de meia água (cavalas, carapaus)

4 – Destorcedor + Clip ChumbadaDestorcedor resistente de boa qualidade. O clip de chumbada convém ser um acessório resistente, de fácil manuseamento que permita se necessário uma rápida mudança de chumbada e sem pontas salientes ou algo onde se possa enrolar o estralho inferior da montagem. 5 - Chumbada Chumbada de tamanho, gramagem e formato adequado ás condições de mar, das características das canas e da distância que se quer atingir. 6 - Anzol Anzóis de tamanho ou formato adequado ao tipo de pesca e espécies que desejamos capturar. 7 - Estralhos Estralhos com diâmetros de 0,16 a 0,45 mm. Fazer montagens também é pescar. Podemos aproveitar o tempo que devido às condições climatéricas, não podemos ir pescar, para as fazermos. Devemos ter sempre um bom stock de montagens preparadas a ser utilizadas quando necessário. jP


Setembro 2010 > Jornal da Pesca

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> Corrico

O corrico ligeiro e o spinning para o robalo

O spinning e o corrico são as técnicas mais praticadas na pesca desportiva do robalo.Texto: Jorge Barreto E imagens: redacção

ovas, que se sugere vivamente sejam restituídas à água nas melhores condições.

As técnicas

A utilização de amostras tem assumido, de alguns anos a esta parte, uma importância enorme no panorama da pesca desportiva. Os pescadores aderiram a técnicas iminentemente desportivas, que muitos reputam de limpas, pela não utilização de iscos naturais que libertam odores e sujam as mãos. O spinning tem vindo a ter uma interessante evolução, nomeadamente no que diz respeito às amostras utilizadas. Às tradicionais poppers e jerkbaits ou às colheres e bucktails, indispensáveis na bolsa do pescador de spinning, vieram juntar-se os vinis e até pequenos jigs para o denominado jigcasting. Na pesca praticada a partir da costa é assim possível, cada vez mais, enfrentar condições de maior agitação marítima ou de forte corrente, bem como prospectar zonas que apresentam maior dificuldade de serem pescadas. Tem vindo a constatar-se que o robalo desce com frequência para zonas mais profundas o que,

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ratam-se de duas técnicas distintas relativamente à acção do pescador. Enquanto o spinning pode ser praticado a partir de terra ou de uma embarcação, com lançamento e recuperação de amostras, o corrico é uma técnica praticada exclusivamente a partir de uma embarcação em movimento no qual a amostra é rebocada. Tem vindo a crescer o número de pescadores que praticam spinning a partir da costa, quer em zonas de arriba rochosas quer em praias arenosas e de burgau, com excelentes resultados. A diversificação de tipologia das amostras utilizadas e a excelente qualidade dos equipamentos tem potenciado o sucesso, reconhecendo-se obvia-

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mente o mérito do pescador pelo seu apuro técnico. No caso das técnicas praticadas a partir de uma embarcação, consideramos que o corrico e o spinning se completam. Em inúmeras ocasiões durante o corrico deparamo-nos com cardumes de robalos alvorados em que a melhor abordagem para a sua captura é, sem dúvida, o spinning. A época do ano que atravessamos, que se pode prolongar até aos meses de Abril e Maio, é aquela em que, com grande probabilidade, mais robalo são capturados. O período de pesca entre o fim do Outono e a Primavera é o que cobre a época de reprodução do robalo, pelo que deve merecer especial atenção a captura de fêmeas com

Jornal da Pesca > Dezembro 2010

como é natural, obriga o pescador a adaptar a sua acção de pesca às exigências do peixe. Na pesca praticada a partir da costa, essas profundidades são em geral limitadas. Pelo contrário, ao corricar em mar aberto a situação é diferente. As vastas zonas a prospectar, em que a variação de profundidade é um elemento a ter em conta obriga a utilizar amostras que trabalhem no patamar em que o peixe se encontra. São utilizadas com grande frequência amostras com paleta comprida as denominadas longbill dos anglo-saxónicos. Na prospecção de zonas de maior profundidade onde muitas vezes podemos encontrar os robalos, poderemos efectuar um jigging ligeiro, que poderá ser objecto da nossa abordagem em futura edição do jornal Todos sabemos que o spinning e o corrico ligeiro são técnicas diferentes, em que se utilizam amostras. No spinning é necessário lançar e recuperar a amostra fazendo trabalho de animação para que se torne atractiva e provoque o ataque do predador. No corrico a amostra é largada na popa da embarcação e rebocada.


A captura de um Robalo de bom porte é sempre um motivo de satisfação

Léxico Spinning – Técnica que consiste no lançamento e recuperação de amostras utilizando o seu peso próprio, não utilizando lastros adicionais; Corrico – O “trolling” dos anglo-saxónicos, que consiste em fazer rebocar amostras por uma embarcação; Lipless – Amostra sem paleta; Longbill – Amostra com grande paleta, cuja paleta pode ter forma de colher; Sonda – Equipamento muito importante na detecção do peixe e na análise da tipologia dos fundos;

Em ambas as técnicas poderemos utilizar praticamente o mesmo tipo de canas, de carretos e até de linhas. Já no caso das amostras a situação pode ser um pouco diferente. As canas de spinning, com comprimentos entre os 240 cm e os 330 cm são perfeitamente adequadas ao corrico ligeiro do robalo. As canas mais rápidas, dito de outra forma, aquelas que têm acção de ponteira em que a flexão ocorre praticamente só no último terço, são as mais interessantes para cumprir as duas tarefas. A canas que pretendemos que sejam poliva-

lentes e utilizáveis nas duas técnicas, devem poder lançar amostras com algumas dezenas de gramas, de forma a também conseguirem suportar o esforço de tracção de algumas amostras no corrico. Em algumas das nossas saídas de pesca utilizámos com êxito a cana BULLIT SPIN de 3,00 m da Vega. Na nossa experiência no corrico ligeiro temos também utilizado por vezes canas com 360 cm ou mesmo 390 cm, com a finalidade de alargar o “corredor” prospectado. Refira-se que no corrico colocamos com frequência as canas na hori-

zontal, trabalhando paralelamente ao plano de água. Os carretos entre o 3000 e o 5000, tendo sempre em conta algumas particularidades dos mesmos, são adequados a ambas as técnicas. O carreto Vega AKADA MT40 pode ser um exemplo de polivalência. Consegue-se assim alguma polivalência interessante para os pescadores que pretendem ter uma mais alargada perspectiva da pesca com amostras no mar. No que diz respeito a linhas, quer se trate de multifilamentos ou de monofilamentos, a utilização é

A cana

em acção de pesca no corrico

plena, sendo que a utilização de linhas muito finas pode melhorar os resultados, mas os riscos de rotura são obviamente maiores. Como em quase tudo na pesca é necessário assumir o compromisso. Em nossa opinião a linha do carreto deve ser multifilamentar a que ligamos uma baixada de monofilamento, preferencialmente em fluorocarbono. Esta ponteira de monofilamento poderá ter comprimentos diferentes numa e noutra técnica, sendo mais curta no caso do spinning, e bastante comprida no corrico. No spinning entre 1,5 e 5 m, enquanto que no corrico utilizamos a baixada em mono entre os 10 e os 20 metros. As amostras são algo a que a generalidade dos pescadores dá muita atenção. Podemos considerar que qualquer tipo de amostra pode ser utilizada indistintamente no spinning ou no corrico. Na verdade, em teoria, parece não haver nada que o impeça. No entanto são as condições em que se pesca, a par-

tir de terra ou de barco, que nos obrigam a fazer opções.

A acção de pesca

Como atrás deixámos referido, as amostras devem ser escolhidas em função das condicionantes de pesca propriamente ditas. As mesmas amostras têm potencial para serem utilizadas nas duas técnicas. No spinning a amostras utilizadas são do conhecimento da generalidade dos pescadores, gozando de especial popularidade os jerkbaits e os vinis. Já no corrico ligeiro ao robalo, as amostras mais utilizadas são as que podem afundar alguns metros, mantendo-se a trabalhar de forma estável a uma dada profundidade. Algumas destas amostras de grande paleta, as denominadas longbill, têm indicado na caixa ou na própria amostra a profundidade que podem atingir. As amostras de paleta curta, são também, em muitos casos, uma boa opção. O correcto desempenho da amostra no corrico

A utilização

de sonda ajuda a identificar a tipologia dos fundos

Dezembro 2010 > Jornal da Pesca

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> Corrico de ser corrigidas. Assim se uma amostra tem tendência a desviar-se para um dos lados, vamos contrariar essa tendência inclinando a argola para o lado contrário. Este processo deve ser executado com um afinador apropriado para amostras, ou com um alicate adequado. Note-se que o movimento de inclinação que fazemos na argola que está colocada na paleta ou no focinho da amostra é praticamente imperceptível à vista. Há que, sempre que actuamos sobre a argola, experimentar a amostra na água.

No corrico

ligeiro a velocidade de referência do barco varia entre os 4 e os 6 nós

Notas finais

Os prazeres e desafios da pesca são as capturas que efectuamos, mas também o nosso domínio sobre os equipamentos que utilizamos. A qualidade dos materiais e equipamentos reflecte-se com frequência no desempenho do pescador. As técnicas em que todos estes factores assumem talvez a mais relevante importância, são aquelas em que se utilizam amostras. Como sempre cabe ao pescador fazer as suas opções. jP pode ser condicionado por três factores: velocidade, distância à embarcação e espessura da linha. No aspecto da velocidade, se utilizarmos linhas convencionais, mono ou multifilamentos, a profundidade de evolução da amostra não aumenta proporcionalmente ao aumento da velocidade. Queremos dizer com isto, que se a amostra atingir a sua profundidade de referência a uma velocidade entre 4 e 6 nós e se aumentarmos a velocidade para 8 ou 10 nós, não ocorrerá aumento da profundidade, podendo mesmo a amostra deixar de trabalhar correctamente. Digamos que para corricar ao robalo, velocidades entre os 3 e os 5 nós são as mais utilizadas. Contudo temos de nos adaptar às condições em que pescamos em cada momento.

entre os 70 m e os 130 m em que pensamos que a generalidade das amostras se enquadram. Para facilitar a medição da distância entre a embarcação e a amostra, utilizamos habitualmente multifilamentos multicor. A espessura das linhas pode condicionar o funcionamento das amostras, pelo que quanto mais finas forem melhor. Obviamente que os riscos de rotura aumentam com a diminuição do diâmetro da linha, mas a redução de resistência à água e a discrição potenciam as probabilidades de captura. No corrico, algumas amostras que afundam muito, quer em plástico quer em balsa, são sujeitas a grande pressão, pois esta, a 10 metros de profundidade duplica relativamente à superfície.

A distância à popa da embarcação, isto é a quantidade de linha que sai do nosso carreto, deve estar de acordo com a amostra que estamos a utilizar. Deixar correr muita linha não significa que a amostra vai trabalhar melhor ou afundar mais. Este é um conceito importante. Se quisermos parametrizar, poderemos adiantar um intervalo

A afinação de amostras

O bom funcionamento das amostras é condicionado pela sua boa afinação. Esta questão aplica-se essencialmente às amostras com paleta utilizadas no spinning e no corrico e ainda a algumas lipless. No spinning não é por vezes fácil ter a percepção do estado de afi-

Novidades 2011

Akada MT40  Rolamentos: 12 em acço inox Bobine suplente Capacidade da bobine: 0,30mm-140m

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Jornal da Pesca >Dezembro 2010

nação da amostra, situação que se agrava na pesca nocturna. Já no corrico a avaliação do funcionamento da amostra está facilitado, pela possibilidade que temos de a ensaiar junto da embarcação. Se a amostra não estiver a trabalhar correctamente, não vai cumprir a sua missão, sendo praticamente impossível corricar com ela. Um dos principais sintomas de que a amostra está desafinada é a sua saída inopinada da água. Este facto pode observar-se facilmente pela perda de tensão da linha que se reflecte no comportamento da cana. Para corrigir a forma de trabalhar da amostra, é necessário afiná-la. Trata-se de um processo relativamente simples mas de “tentativa e erro”. As amostras podem ser alvo de afinações ou até de alterações na sua forma de trabalhar. A nossa preocupação hoje será exclusivamente fazer com que a amostra trabalhe de forma estável, mantendo uma trajectória rectilínea. Diga-se que a generalidade das amostras vêm afinadas, a trabalhar correctamente, mas com o esforço causado pelas sucessivas capturas, ocorrem pequeníssimas deformações que têm

 Cyclone Passadores Sic - Dois elementos Acção 15-40g - Construída em HI-MODULUS CARBON C4 Disponível em 2,70m e 3,00m

A cana Bullit Spin de 3,00m da Vega é um bom compromisso para spinning e corrico ligeiro



> Pesca Corricoembarcada

Pesca ao Fundo - Montagens eo

“KIT D’UNHAS”

Ora bem, vou finalizar esta série de artigos com aquilo que ainda falta, ou seja, o Kit D´Unhas. E perguntarão o que é o Kit D’Unhas… mas já lá vamos. Ficou ainda por escrever alguns pormenores a que passarei de imediato. Texto e Imagens: jó pinto

Pargos e Pescada são duas espécies a ter em conta quando pescamos ao fundo

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ão pretendo discriminar exaustivamente como se fazem montagens, mas basta comprar numa loja, uma montagem já preparada com pérolas ovais, e copiar, não sem antes colocar “uns batentes” entre crossbeads (as tais pérolas ovais), e também no final do fio onde se empata o anzol. Façam o teste do algodão e se não partir, siga em frente. Em relação a iscos, não tem nada que enganar, utilizem somente sardinha fresca, “cortada à posta com uma tesoura de inox daquelas de amanhar peixe, e sempre da parte de baixo para o lombo da sardinha”. Perguntar-me-ão o porquê disso… bom a tesoura de inox, não enferruja, corta fino e rápido e dura muito tempo, ao passo que as de

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cabo de plástico se estragam com facilidade e depois lá estamos a gastar dinheiro que poderá fazer falta. O corte da sardinha de “baixo para cima” tem um único objectivo, ou seja, fazermos pouca “pressão” na sardinha fazendo com que não fique “amassada”. Já agora um aparte, não esqueça de “rejeitar” as partes do Rabo pois não são apreciadas pelos nossos alvos. Cortem pedaços generosos. Tentem empatar anzóis, agora de 5/0 ou 6/0, e digam aos mestres das embarcações que querem pescar em zonas rochosas entre os 150 e os 180 metros….e com chumbadas de 250 a 300grs. Não se assustem, pois ainda dá mais “gozo” e os peixes são muitas vezes maiores. Não quer dizer que não haja outras zonas onde estarão peixes grandes e onde seja muito

Jornal da Pesca > Dezembro 2010

menos fundo, mas, excluindo essas zonas, a estas profundidades podem ter algumas surpresas, e não pensem que é “penoso” puxar com um carreto vulgar, pois temos de dar à manivela mais vezes mas dum modo mais lento, o que nos dá alguma estabilidade e tempo de prazer. Sejam Pargos, ou Cantaril, ou inclusive cachuchos e gorazes, e não só. Acreditem que para um pescador desportivo é algo delicioso “cansar-se” com este método. Poderão questionar-se se terão o equipamento adequado para esta pesca, pois e farão muito bem, pois é necessário para além de uma boa dose de paciência para o tempo que o peixe demora a aparecer (temos de engodar o pesqueiro primeiro como é lógico), tem que ter um carreto com bastante força,


e uma cana que seja robusta mas ao mesmo tempo muito sensível. Toda a experiência que possa adquirir desta pesca, é gratificante, pois pode parecer que uma pesca com anzol pequeno à safia, choupa ou besugos necessita de muita sensibilidade, o que é correcto, mas em fundo é mais necessário, pois os peixes podem ser mais matreiros, pode haver uma corrente forte que nos faça deixar de sentir peixe, mas com algumas particularidades e experiência, consegue-se ultrapassar essas dificuldades, alem dos vários “empachanços” se houver muita gente a bordo a pescar. Esta questão dos empachanços é pertinente, pois muitos pescadores não conseguem lidar bem com eles, e muitas vezes é tão fácil… Por exemplo quando a nossa montagem se “empachou” com um “multifilamento” pensam logo que vai ser um grande rosário, mas com calma, tirando o isco dos anzóis, e de imediato a chumbada, vendo o sentido das voltas, soltando o destorcedor de cima e começando a “abrir” ou seja puxando em sentido inverso os dois fios, torna-se mais fácil. Qualquer dia faço um vídeo para exemplificar. Não mandem os rabinhos e as cabeças da sardinha para o mar, pois podem estar a engodar para peixes maiores que poderão cortar os fios do carreto. Levem muito gelo para a sardinha e para o peixe que apanharem e fiquem atentos aos toques da ponteira e só puxem para cima quando tiverem a certeza de que ou não têm isco, ou trazem um peixe que valha a pena o esforço. O Kit D’Unhas é isto mesmo, o saber acumulado pela experiência e pela possibilidade de ir ao mar as vezes que se puder, perceber o que se está a passar lá em baixo, ter confiança no material, etc. Não vale a pena tentarem comprar esse KIT nas lojas pois não está à venda, mas está acessível para quem quiser. Boas Pescarias e adquiram o: www. kitdunhas.com jP

Os Pargos

gostam de iscadas generosas de sardinha

A pesca ao fundo

reserva sempre boas capturas

Novidades 2011

SI 6000  Rolamentos:12 Ratio: 4.6:1 Bobine suplente Capacidade da bobine principal: 0,37mm-350 m

 Stringer Boat Passadores Sic Construída em HI-MODULUS CARBON C4 REINFORCED Acção 60-250g - Disponível em 2,70m, 3,00m e 3,30m

Dezembro 2010 > Jornal da Pesca

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> Novidades VEGA 2011 Reportagem

A VEGA APOSTA NA INOVAÇÃO S

endo uma das principais preocupações da Vega a apresentação de produtos que possam satisfazer o pescador mais exigente, a marca irá lançar um novo revestimento exterior em canas de pesca (ATS), o qual tem a grande vantagem de repelir os raios solares e o calor que muitas vezes afecta o comportamento daquelas em acção de pesca. Este revestimento térmico foi aplicado em 3 series de mar da nova colecção que irá chegar ao mercado no início de Dezembro, nomeadamente nas modalidades de barco fundeado e surf casting telescópico e de 3sec. Outra novidade é a chegada da Nano tecnologia ao mercado da pesca desportiva, nomeadamente na utilização desta técnica de produção no fabrico de uma serie de bóia de mar, a qual permite a obtenção de uma resistência e capacidade de elevação superior, com utilização de menor quantidade de matéria-prima, neste caso o novo componente de nome NANOFLEX. A Vega apresenta ainda algumas outras novidades muito interessantes, como o lançamento de uma cana de spinning de mar em 3sec, para uma maior comodidade do pescador amante desta modalidade, e ainda a utilização de passadores FUJI de última geração, denominados de TANGLE FREE, em vários modelos da gama de 2011. Também no sector de Carretos, a Vega aposta forte para o próximo ano. Para além do modelo RS250, novidade absoluta no mercado do spinning pelas suas características técnicas e bobina sobredimensionada, o que evita as habituais torções das linhas em modelos de rácio elevado, a marca irá apresentar alguns outros carretos de gama alta, todos eles fabricados em duralumínio de alta densidade. Esta inovadora matéria-prima permite corpos e rotores excepcionalmente compactos, um peso contido e uma rigidez estrutural acima da média. Estão neste caso a serie INSIGNIA, especialmente desenhado para a bóia e spinning ligeiro, e ainda o surpreendente AKADA, para a bóia e spinning mais pesado. De entre as principais características técnicas, salientese os rotores calibrados electronicamente, a utilização de rolamentos selados de aço inox e os anti-retrocessos infinitos de última geração. A parceria realizada entre a Vega e algumas fábricas Japonesas reconhecidas internacionalmente, como a RYOBI, vem permitir que a marca possa, finalmente, competir no mais alto segmento do mercado de carretos de pesca. Todos estes modelos, e muito mais, estarão disponíveis nas lojas habituais a partir de Dezembro de 2010.

Revistimento

anti-térmico ATS utilizado na cana Concept Cast

Carreto Akada

Protótipo do Carreto Akada MT40

Carreto Insígnia Protótipo do Carreto Insignia 20/40

Passadores

Fugi Tangle Free passam a equipar vários modelos de canas em 2011

Carreto RS250


Conheça os Anzóis Potenza

nem uma coisa nem outra, é uma das linhas mais agradáveis que se pode utilizar e prova bem quando se obter bons éresultaA pretendem maioria dos anzóis fabricada em aço dos, quer na pesca lúdica, quer em nestes aços forjado. A inclusão de carbono competição.. dá origem aos aços carbónicos, que tornam

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menos provável a extensão, dobra e quebra

CONCLUSÃO dos mesmos.

TESTE

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Nylon – A juntar ao excelente nylon da linha POTENZA, utilizado por muitos pescadores, com bons resultados, nomeadamente pelos Campeões Nacionais de pesca embarcada ao achigã, a dupla Joaquim Moio e João Grosso, a VEGA vem agora lançar no mercado outro monofilamento de qualidade acima da média, na linha AKADA. Nos testes, este nylon mostrou possuir, a exemplo do anterior, um conjunto de características que facilitam o lançamento, o trabalho e a animação das amostras. Com pouca memória e uma boa resistência ao nó e à abrasão, é uma linha adequada para todo o leque básico de aplicações e técnicas da pesca ao achigã. Os diâmetros mais finos provaram bem, utilizados em carretos de spinning. Produziram lançamentos longos, mesmo com amostras leves e apresentaram uma boa resistência ao enrolamento, quando utilizados com técnicas que o favorecem (como o empate weedless com amostras de vinil). Os maiores diâmetros utilizados no teste, na casa dos 0.28-0.32mm são muito resistentes à quebra e a danos provocados por obstáculos submersos quando utilizado com técnicas de fundo. Produzido com tratamento contra os raios UV, é uma linha que satisfaz plenamente em qualquer utilização.

De formadogeral, um bomconforme nylon, a quantidade A rigidez aço aumenta resistente e com pouca memória de carbono contido, mas como os anzóis de pode utilizadodecom êxito emelástica, assim pescaser necessitam resistência praticamente todasa as aplicações de como da rigidez, percentagem ecarbono técnicasa utilizadas achigã, incluir nopara aço éo limitada. Coloca-se a ova na palma da mão e com um anzol muito fino A ova é que deve procurar a curvatura do anzol. variando apenas utilizaOs melhores açoso diâmetro carbónicos usados espetamos o isco no anzol. Devemos ter alguma perícia para realizar esta operação. do a maiorde ouanzóis menorcontêm resistência no efabrico entre NYLON REVESTIDO A FLUOROCARBONO à0,6% abrasão à técnica e 1%adequando-as de carbono, sendo que os A linha testada nesta categoria pertence ao grupo dos monofilamentos revestidos a fluorocarbono utilizada às características do de maior epercentagem são também da VEGA, neste caso um modelo novo, o AKADA FC. Com uma agradável cor champanhe, esta linha local menos surpreendeu pela positiva. Suave e flexível ao manuseamento, acomoda-se com perfeição às bomais (mais rígidosouantes de obstáculos temperados. abrasivos, rochas). Um bom binas dos carretos e permite lançamentos suaves e sem esforço. O revestimento em fluorocarbono A têmperacomo do aço permite aumentar a confere-lhe menor visibilidade dentro de água que os monofilamentos convencionais. Simultaneacompromisso são as linhasdiversas de nylonvezes, sua rigidez e resistência mente, exibe uma sensibilidade acrescida sem os inconvenientes da maior rigidez do fluorocarbono revestidas a fluorocarbono que contudo, factores como a temperatura da puro. Pode ser utilizada em quase todas as vertentes da pesca ao achigã, mas revela todas as suas aliam um excelente manuseamen- tipo e têmpera, nível de arrefecimento, potencialidades ao ser utilizada com técnicas que necessitem uma linha mais discreta associada a to à eventual qualidade dos menor líquidosvisibilidade usados nesse mesuma maior capacidade de detecção de toques e à sua elevada resistência à abrasão. Numa palavra conferida pelo revestimento mo arrefecimento, bem como ade espessura – Excelente! fluorocarbono. do arame usado,Para são aplicações fundamentais para específicas, o drop-shot proa obtenção como dos aços com características O Fio Fluorocarbono fundo, ea FLUORCARBONO E MULTIFILAMENTO da Potenza mostrou-se à altura óptimasonde paraaosensibilidade fabrico de anzóis. A VEGA possui também um bom fluorocarbono da linha POTENZA. Fornecido da pesca em combobinas ouriço de 50 invisibilidade são essenciais, nada Os anzóis POTENZA são fabricados com os metros está mais direccionado para a utilização no mar como estralho para multifilamento. Com iguala o fluorocarbono. melhores aços carbónicos produzidos no JaIscada pronta e irresistível para as espécies marisqueiras. O fato de mergulho é útil na apanha do ouriço. enchimento prévio da bobina com outra linha, pode ser utilizado para técnicas de pesca ao achigã Não esqueça que ao utilizar pão, utilizando os mais avançados processos Os anzóis Potenza a maior profundidade, como o drop-shot, quando se exige a maior sensibilidade e invisibilidade. diversas canas com diferentes de têmpera disponíveis. A conjugação destes são fabricados com Quanto ao multifilamento da linha POTENZA – Braided Line, surpreendeu devido a um conjunto de acções e resistências, associadas dois factores proporciona uma enorme rigidez e os melhores aços carbónicos características desejáveis. A impermeabilidade desta linha permite evitar a absorção de água e poA cana Mondego aresistência diversos tipos linha, necessidosde materiais. Essa rigidez permite tencia a distância de lançamento. O revestimento concebido para lhe dar resistência à salinidade da Vega é uma excelente opção tamos aumentar a concentração bicos de mais afiados e resistentes, aumentando contribui para atenuar o desgaste dos passadores. Sem qualquer elasticidade, permite a detecção para a pesca à boia para que a animação e a ferragem a capacidade de penetração e durabilidade dos de toques e o trabalhar de amostras, mesmo em condições mais difíceis, como em zonas com vegseja ajustada a cada combinação etação cerrada. A seleccionar, por apreciadores. mesmos. A resistência optimizada permite a Todas as linhas testadas são produzidas em fábricas japonesas aliando o Os rigoranzóis do fabrico, que se diferente tipo de que o habiutilizaçãode de espessura, arames mais finos Potenza pode observar na uniformidade dos diâmetros, qualidade da bobinagempossuem e das matérias-primas linha acção da cana, sem que de anzóis tual, epermitindo assim o ofabrico bicos mais afiados utilizadas, ao know-how da VEGA, resultando em produtos adaptados de forma excelente à diverpodemos cometere erros que e resistentes. mais discretos leves, o acabam que alem de melhor sidade de utilizações do nosso tipo de pesca. irremediavelmente nos custar preservar os iscos,por melhora a naturalidade e jP aapresentação captura do peixe. dos mesmos.

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Março 2010 > Jornal da Pesca

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> Iscos

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Iscos Para Pescas Eficazes

A escolha do isco para as nossas jornadas de pesca é um factor determinante para o sucesso das mesmas. Nada pode ser deixado ao acaso quando falamos de iscos e por isso deixamos aqui quatro opções, muito utilizadas pelos pescadores de norte a sul do país, de modo a simplificar a sua escolha na hora de planificar a sua jornada de pesca

Texto: Virgílio Machado e Imagens: Redacção

OURIÇO

É o isco favorito quando a hora é de pescar douradas. As suas cores ou verdes escuras, o seu forte odor e sabor característico são fundamentais para a pesca dos grandes exemplares de douradas, excepção feita no Verão quando o ouriço desova e fica vazio. Apanham-se com facilidade nas marés vazias da lua nova ou lua cheia sendo os mais pequenos, do tamanho de uma bola de pinguepongue, os ideias para iscar A apanha do ouriço deve ser feita na maré vazia

Raspa-se a maior parte dos espinhos

Faz-se um pequeno furo com um canivete

O pequeno furo onde vai passar o anzol

Isca-se pela boca do ouriço e faz-se sair o anzol pelo pequeno furo

Iscada pronta para utilizar na pesca à bóia

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Jornal da Pesca > Dezembro 2010


SARDINHA

Apesar da dificuldade em pescar com sardinha, este continua a ser o isco de eleição dos pescadores portugueses. Ao pescarmos com sardinha atraímos todas as espécies de peixe a um pesqueiro, até porque não existe isco mais versátil que a sardinha. Fica contudo o conselho de que para iscar deve sempre utilizar sardinha fresca. Das muitas formas que existem para pescar com sardinha fica aquela que se aconselha quando se trata de peixes de grande porte, como é o caso dos Pargos ou Safios

Tiagem

É sem qualquer tipo de dúvida um dos melhores iscos, já que todos os peixes apreciam a tiagem. Por isso as nossas jornadas de pesca, sempre que possível, devem contar com um bom novelo de tiagem. Mas atenção, a tiagem é um isco frágil e de difícil manuseamento e por isso devem ser preparadas com areia fina de modo a ficarem mais rijas e grossas permitindo um melhor manuseamento e uma iscagem mais eficaz A tiagem deve ser colocada, após a apanha, em areia fina para engrossar

o manuseamento da tiagem deve ser feito com cuidado já que se trata de um isco fragil

Retira-se a cabeça da sardinha e abre-se pelo meio até metade do seu comprimento

Um novelo de tiagem após a sua apanha

A tiagem deve ser colocada no anzol com ajuda de uma agulha

A iscada de tiagem pronta deve ficar comprida e em forma de novelo na zona do anzol

Com cuidado remove-se metade da espinha da sardinha

Espeta-se o anzol a meio do rabo e damos várias voltas com o anzol a cozer

Ovas de lapa

É um isco esquecido por muitos, mas a verdade é que as lapas continuam a ser um dos alimentos de eleição dos Sargos.A utilização das ovas de lapa é indicada para o período compreendido entre a Primavera e o início do ano, época em que se encontram ovadas Apesar de ser um isco fácil iscagem, a verdade é que a ova da lapa requer cuidados para que dure algum tempo no anzol

Esconde-se o anzol no meio da sardinha

Colocar a lapa com a cabeça virada na nossa direcção

Com a ponta da faca devemos retirar o miolo tendo o cuidado de introduzir a faca até ao fundo para não danificar a lapa

Separar as ovas do resto da lapa, tendo o cuidado de manter parte da lapa agarrada à concha para facilitar a operação

Faz-se uma laçada na linha de modo a prender o rabo da sardinha

Ata-se com fio de silicone e a iscada está concluída

Ovas separadas e prontas para iscar

enfiar o anzol pela zona central da ova fazendo-o sair pela zona da cabeça

Adicionar ovas ao anzol até que este esteja completamente coberto

Dezembro 2010 > Jornal da Pesca

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> Teste

Cana Potenza EvoCaster

De modo a apurar as qualidades de uma das canas da nova geração de surfcasting, o Jornal da Pesca, desafiou uma das maiores esperanças nacionais da modalidade, Diogo Sousa a testar a Potenza Evo Caster e a revelar a sua opinião sobre o material. Texto: Diogo Sousa e Imagens: Autor e redacção do no conjunto uma tecnologia que permite que qualquer pescador tire o máximo de proveito desta cana. A solução encontrada foi a de implementar no cabo da cana um contrapeso, o qual e devido ao facto de o mesmo ser composto por três elementos de enroscar, permite uma melhor adaptação às diferentes características físicas de cada pescador, sendo o seu objectivo primordial equilibrar a cana correctamente.

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o longo dos últimos anos temos observado um constante evoluir por parte dos materiais disponíveis para a prática da pesca, sendo que os mesmos apresentam cada vez mais um acompanhamento do evoluir tecnológico da nossa sociedade.Esse constante evoluir seguramente não passou despercebido à marca Vega, a qual através da sua procura dos melhores materiais e especificações, proporciona-nos uma cana de topo, a Cana Vega Potenza Evo Caster.A Cana Potenza Evo Caster é uma cana de três

elementos, toda ela fabricada em Nanocarbon, passadores em Fuji Alconite, um Casting Weight (CW) que poderá variar entre os 100g e 250g, um comprimento de 4.75m e com acabamentos de 1ª categoria. Os pescadores mais sépticos poderão levantar algumas dúvidas relativamente aos 4.75m desta cana, dizendo que possivelmente será um tanto ou quanto demasiado comprida, inclusive levantando possíveis dúvidas na sua eficácia de lançamento. Tal pormenor não passou despercebido à Vega, tendo sido implementa-

Novidades 2011

ST 7000  Rolamentos: 11 Ratio: 4.4:1 - Bobine suplente Capacidade da bobine: 0,40mm-320m

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Jornal da Pesca >Dezembro 2010

Uma outra inovação presente nesta cana é o facto do primeiro passador estar colocado de uma forma invertida à tradicional, sendo que tal inversão faz com que a probabilidade da nossa linha se enlear neste mesmo passador seja muito diminuta.Toda esta inovação tecnológica, levou-me à realização de vários testes em diversas praias da nossa costa, procurando assim diferentes características de mar de forma a estudar de forma mais minuciosa o comportamento da Potenza Evo Caster. Logo após os primeiros lançamentos e recuperação de chumbadas sem montagens, imediatamente me apercebi da qualidade proporcionada por esta cana. Foi possível verificar que a mesma funciona de forma harmoniosa mesmo com a utilização de chumbadas de maior gramagem, sendo relativamente fácil atingirmos lançamentos de média / longa distância. De forma a tornar estes ensaios o mais realista possível, optei por efectuar lançamentos com montagens e aguardar pela captura de um exemplar. O primeiro pormenor que saltou logo à vista foi o facto de esta cana não estragar muito a iscada mesmo com lançamentos mais violentos. Obtida a ferragem

de um exemplar rapidamente me apercebi da fantástica sensibilidade da ponteira da cana, sendo-me perfeitamente visível o seu “abanar” aquando de um peixe a comer a isca, mesmo aqueles de tamanho mais reduzido como é o exemplo do peixe-aranha, levando-me a concluir que dentro das canas da

mesma gama disponíveis no mercado, a Potenza Evo Caster tem uma sensibilidade acima da média. Ao recuperar a montagem e mesmo com a pressão exercida pelo exemplar capturado, verifiquei toda a potencialidade desta cana desfrutando de todo o seu trabalhar de forma proporcional. jP

A Utilização de contrapeso permite uma melhor adaptação da cana a cada pescador

Utilização de um primeiro passador Fuji Tangle Free torna os lançamentos mais eficazes

 Hellion Surf Passadores Sic Construída em HI-MODULUS CARBON C5 REINFORCED Três elementos - Acção 120-300g - Disponível em 4,20m, 4,50m e 5,00m


Náutica <

Novo V6 da Yamaha

é pura diversão

A dinâmica que Yamaha impõem no desenvolvimento tecnológico dos seus motores fora de borda é algo que permite um desenvolvimento constante dos seus motores. Texto: Virgílio Machado- Imagens: Yamaha Motor

E

xemplo disso é a nova geração de F225, F250 e F300, ou seja os novos V6 da Yamaha oferecem o apogeu da mais recente tecnologia marítima nipónica. Desenhados para ambiente offshore, estes leves e potentes motores V6 são feitos para as aventuras dos desportos náuticos. O cuidado imposto e levado ao extremo para uma performance limpa e suave, revela nestes novos fora de borda a máxima eficiência de combustível e fácil ignição. Estamos perante um avançado motor de 24 válvulas, DOHC e caracterizado pelo EFI (Injecção Electrónica de Combustível), bem como VCT (Arvore de Cames Variavel) enquanto que o controlo electrónico “drive-bywire” permite-lhe ter o controlo mais suave e mais preciso que alguma vez experimentou. Estes motores combinam avançada tecnologia com a próxima geração de design, este ultimo

revelador do cuidado que a Yamaha coloca nestes motores alcançando um compromisso extremamente cuidado e interessante entre o elegante estilo exterior e instantaneamente reconhecível e a força e capacidade de resposta destes potentes V6. Para alem disso, a cabeça do motor destes novos V6 inclui novas camisas dos cilindros que são revestidos em plasma fundido, o que permite atingir uma maior cilindrada sem qualquer aumento de tamanho no próprio motor. As paredes são também 60% mais fortes do que as equivalentes em aço e significativamente mais leves. Com dupla árvores de cames à cabeça (DOHC) e 4 válvulas por cilindro, a conjugação destes dois factores tecnológicos permite aos mais aventureiros usufruir de uma potência verdadeiramente impressionante. Este novo motor da Yamaha vai estar disponível no inicio de 2011. jP

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> Achigã

A cana certa para cada técnica Ferramentas específicas para capturar o achigã O achigã é um peixe conhecido pela sua imprevisibilidade. A sua captura pode variar de muito complicada a demasiadamente simples. Nas condições certas pode ser extremamente fácil de capturar. Texto: jaime sacadura e Imagens: autor e redacção

Os crankbaits

suspending permitem pausas longas junto aos achigãs mais inactivos

O

s períodos de frenesim alimentar tornam-no uma presa fácil em habitats de escassos recursos alimentares e grandes densidades populacionais e, assim, qualquer amostra que caia na água, desperta um ataque. Nestas condições, o equipamento que possuímos não faz grande diferença. Os cuidados na apresentação ou a precisão nos lançamentos não requerem cuidados especiais. Conseguir ataques é tão simples que o material não parece ter qualquer influência. As perdas de peixe podem acontecer, na ferragem ou na luta com o peixe, principalmente devido a acções incorrectas das canas. Mas como os ataques se sucedem, não se lhes dá muita importância, excepto nas raras ocasiões onde perdemos um

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grande exemplar. Já quando as coisas se complicam, o achigã se torna menos agressivo e as capturas escasseiam, a utilização do equipamento adequado assume uma nova importância. Para conseguir ataques e capturas em situações difíceis, torna-se necessário aproveitar todas as pequenas vantagens que se possam obter. E utilizar o material certo, na altura certa, é uma delas. A cana utilizada reveste-se de particular importância. É necessário combinar, da forma mais perfeita possível, a acção da cana com a técnica utilizada. Se pescamos com empates Texas e vinis a capacidade de ferrar um grande exemplar em profundidade é essencial. Quando pescamos com um spinnerbait, em zonas plenas de obstáculos e múltiplos alvos,

Jornal da Pesca > Dezembro 2010

Combinar a acção

de cada cana com a técnica a utilizar é determinante para o sucesso da pesca


Os Crankbaits Suspending

os comprimentos dos punhos para cada modelo, em suma, todos os pormenores que permitem produzir uma gama de canas que se adapte a cada uma das principais vertentes da pesca do achigã, mas podendo cobrir um leque diversificado de situações dentro de cada categoria.

permitem pausas longas junto dos achigãs mais inactivos

a facilidade de manuseamento da cana e a precisão de lançamento são meio caminho andado para o sucesso. E o que dizer da pesca com amostras rígidas, como os crankbaits ou amostras de superfície? Providas de fateixas, estas amostras requerem uma cana de acção adequada para evitar rasgar as frágeis cartilagens da boca do achigã. Se utilizarmos uma cana rígida demais, a pressão excessiva abrirá largas fendas por onde os anzóis saem com facilidade permitindo a figa do peixe ao primeiro salto. Uma cana demasiadamente flexível, não permitirá ferrar com eficácia, a uma distância maior, e o resultado será, também, a perda do peixe. Ou seja, para pescar ade-

quadamente o achigã, o pescador deve munir-se de equipamento específico que permita utilizar correctamente cada amostra ou técnica. As canas devem ser concebidas para conseguir projectar e trabalhar as amostras com precisão e conforto, dentro dos principais grupos que se utilizam na pesca desta espécie. As que têm mais sucesso são as que, apesar da sua especificidade, mantêm versatilidade suficiente para serem utilizados em várias situações. É devido a todos estes factores que os fabricantes lançam gamas de equipamento específico para o achigã, com vários modelos e acções específicas, adequadas a vários tipos de técnica.

Nova gama de canas AKADA Xpert Series

A VEGA não é excepção e com o seu apoio fui convidado a testar e seleccionar vários protótipos para o lançamento de uma nova gama de canas AKADA a comercializar no início de 2011. O desafio era seleccionar um conjunto de blanks adequados às várias técnicas utilizadas na pesca do achigã. Depois da selecção dos blanks por acções e tamanhos passou-se a um período de teste, para ultimar pormenores como a colocação mais adequada de passadores de qualidade superior em cada cana, a selecção dos tipos de porta-carretos mais confortáveis,

Desse trabalho surge agora a AKADA Xpert Series. Uma gama de 4 canas que permitem cobrir quase todas as situações que se podem deparar a um pescador de achigã. Vamos então conhecê-las melhor. AKADA Xpert Series – XSM XSpin “Sting” – Uma cana de spinning de 6,6 pés, de acção Média que consegue cobrir a maioria das situações onde a opção pelo material de spinning é a escolha acertada. A sua utilização normal passa pelo uso de linhas com uma resistência de 8 a 14 lb e amostras com pesos entre 1/8 e 3/4 de onça. Ideal para a pesca com vinis ou amostras rígidas de peso ligeiro a médio. AKADA Xpert Series – XCM XCast “Viper” – A cana de casting mais versátil da gama. Com 6,3 pés e uma acção Média, permite um manuseamento fluido e versátil e uma excelente precisão de lançamento, acabando por se tornar um autêntico prolongamento do braço. Pode ser utilizada confortavelmente com pesos desde 1/4 a 3/4 de onça e linhas de 10-16 lb e é ideal para um leque variado de amostras rígidas, como spinnerbaits, jerkbaits, crankbaits ou

amostras de superfície. AKADA Xpert Series – XCMH XCast “Bolt” –Com 6,6 pés e uma acção Medium Heavy, esta cana pode ser utilizada para todas as técnicas e situações que exigem material mais resistente graças ao seu robusto backbone. Apesar disso, com uma acção de ponteira rápida é ainda suficientemente versátil para conseguir projectar amostras com pesos desde 1/4 a 1 onça e utilizar linhas de 10 a 20 lb. As várias técnicas de fundo com utilização de vinis, como o empate Texas, são o seu campo de acção, mas é suficientemente versátil para poder ser utilizada com swimbaits e outras amostras de peso mais elevado. AKADA Xpert Series – XCRM XCrank “Meteor” – A cana com acção Média mais flexível e parabólica da gama. Pode ser utilizada com crankbaits, spinnerbaits ou todo o leque de amostras de superfície, inclusivamente buzzbaits. Alia a robustez necessária para assegurar a ferragem a uma maior flexibilidade. Esta cana permite controlar o peixe sem o forçar em demasia reduzindo as fugas por rasgões nas cartilagens. Pode utilizar amostras com peso desde 1/4 a 3/4 de onça e linha de 10 a 16 lb. As canas AKADA Xpert Series irão ser comercializadas a partir de Janeiro de 2010 e terão um preço recomendado a rondar os 150 euros. jP

Akada Cast Viper

uma cana que permite lançamentos de grande precisão

Akada XSpin

uma cana bastante versatil

Novidades 2011

Insignia 20/40  Rolamentos: 7 Ratio: 5.2:1 Bobine suplente Capacidade da bobine: 0,23mm-150m

 Akada X-Crank Meteor Passadores Fuji Alconite Construída em HI-MODULUS CG GRAPHITE Um elemento Acção MEDIUM 1/4-3/4oz 10-16lb Disponível em 6’9’’

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Achigã >> Entrevista

Moio e Grosso

alcançam o Tri

Desde 2007 que pescam juntos, Joaquim Moio e João Grosso, renovaram no final de Outubro o título de campeões nacionais de pesca embarcada ao Achigã e alcançaram pela primeira vez na história da modalidade o terceiro título consecutivo.

Texto: Virgílio Machado e Imagens: redacção em cada momento de pesca, o que é bastante importante”. No ano em que conquistaram o terceiro campeonato nacional consecutivo, a dupla do Eborense juntou ao seu currículo, um segundo lugar numa prova em Espanha, o terceiro lugar individual no Campeonato do Mundo e o título de Campeã Mundial colectivamente com a selecção de Portugal. “Foi um momento único. Era o nosso segundo mundial consecutivo e alcançar este título foi de facto bastante importante”, sublinhou Joaquim Moio para quem “só mesmo uma equipa de Portugal forte foi possível bater selecções

N

os últimos dois anos, a equipa do Eborense apoiada pela VEGA, Joaquim Moio e João Grosso, tem dominado o panorama da pesca embarcada ao Achigã, tendo conquistado os campeonatos nacionais de 2008, 2009 e agora 2010. Este ano a tarefa não foi fácil, apesar de o domínio desta equipa ter sido evidente, “trabalhamos muito mais que nos últimos anos, sabíamos que iria ser mais difícil conquistar o campeonato e por isso optamos desde início por nos concentrar no campeonato nacional”, afirmou ao Jornal da Pesca Joaquim Moio. Para vencer nesta modalidade, João Grosso não tem duvidas “é muito importante treinar e treinar muito tempo e foi isso que fizemos ao longo do ano de uma forma pensada e bem planeada”. Apesar de terem dominado o campeonato desde a primeira etapa Joaquim Moio não esconde que a prova de Santa Clara, logo no

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arranque, foi a mais difícil. “Tínhamos treinado bem, mas o mau tempo que se fez sentir deixou-nos algo nervosos e com receio que o peixe pudesse ter saído dos locais onde nos treinos os tínhamos localizado”. Apesar de tudo, Moio sublinha que “a prova acabou por correr bem e ficamos logo embalados para o resto da temporada”. Do lado contrário está a prova do Cabril e João Grosso explica que, “tínhamos realizado um elevado número de treinos e estudamos bem a barragem para que não fossemos surpreendidos e acabamos por conseguir sair dali na frente da classificação com uma vantagem que apesar de não ser segura era importante para encarar as provas finais no Alqueva”. Para esta equipa o segredo do sucesso deve-se ao factor de “termos a noção que nos complementamos na pesca e para além disso sabemos perfeitamente como devemos estar

Jornal da Pesca > Dezembro 2010

que chegaram ao Campeonato do Mundo com pescadores dotados de uma maior experiência internacional, caso dos Mexicanos e da selecção de Itália”. Para 2011 a equipa apoiada pela VEGA não esconde que vai procurar alcançar o quarto título consecutivo no campeonato nacional, contudo Joaquim Moio e João Grosso lembram que “vai ser ainda mais difícil já que teremos de certeza maior luta por parte dos nossos adversários que a cada ano são mais competitivos e acima de tudo porque existem equipas de grande qualidade que prometem não facilitar a nossa vida”. jP

A dupla alentejana dominou o campeonato nacional embarcado

Joaquim Moio e João Grosso no campeonato do Mundo 2010 no Alqueva


Competição <

Márcio Gaio

Campeão Nacional

É uma das figuras de topo da pesca de competição portuguesa, Márcio Gaio, tem um ânimo que marca as competições nacionais e a sua boa disposição é contagiante.

Texto: Virgílio Machado e Imagens: redacção

começamos a vencer provas com esta nova cana que nos permitiu excelentes resultados, e estou certo que para isso muito contribuiu o desenvolvimento tecnológico que a marca tem realizado nos últimos anos para a produção de novas canas e carretos ”.

I

nserido numa equipa de campeões, o TeamVega, Márcio Gaio está habituado às grandes competições e aos grandes resultados. 2010 é no entanto um ano que vai ficar na memória deste pescador do Norte, já que conquistou o campeonato nacional individual e o campeonato da Europa. “Foi um ano que vou lembrar para contar aos meus netos, sem dúvida, só faltou mesmo juntar a estes dois títulos a vitória no campeonato nacional de clubes”. Habituado a lutar prova a prova de modo a alcançar os seus objectivos, Márcio Gaio sublinhou ao Jornal da Pesca que o segredo para a conquista do campeonato nacional residiu “no trabalho constante que realizamos no TeamVega e na dedicação e empenhamento e colocamos naquilo que fazemos. É que na pesca não existem segredos e muitos menos na competição. Por isso a diferença é feita pelo trabalho que colocamos no modo de preparar as competições e de nos prepararmos para as provas

em que participamos”. A conquista do campeonato nacional individual, não foi tarefa fácil já que só nas duas últimas provas se conseguiu conhecer o campeão. Márcio Gaio sabia que “o campeonato seria muito disputado até porque nos últimos anos os pescadores estão cada vez mais competitivos dotados de bom material e bem preparados. É por isso que o campeonato se tem resolvido sempre na última jornada”. Apesar de o campeonato ter ficado marcado pela estreia de duas novas pistas, Santa Margarida do Sado e Monte Real, o campeão nacional não esconde que a maior surpresa foi a cana de encaixe que utilizou, a Mondial da VEGA. “Foi uma grande surpresa, sem dúvida. Tínhamos contribuído para o desenvolvimento da cana e apesar dos testes que realizamos no TeamVega a verdade é que nos adaptamos muito bem ao novo material e rapidamente

Márcio Gaio que passou a contar com mais dois títulos no seu vasto currículo não esconde que o ponto menos positivo de 2010, “foi não ter repetido a vitória de clubes que conquistamos em 2009, mas estou certo que em 2011 o TeamVega, vai trabalhar para voltar a conquistar o título colectivo”.

Fechada a porta da temporada de 2010, Márcio Gaio está já a trabalhar para 2011 onde vai marcar presença no campeonato do Mundo em Itália, para além de ter de defender o título individual conquistado este ano. “Não vai ser tarefa fácil” confidenciou o campeão ao Jornal da Pesca, “a concorrência é muito forte mas se continuar a trabalhar de forma empenhada e semana a semana, o TeamVega e os seus pescadores vão continuar a lutar pelos títulos individuais e colectivos como até aqui. Sabemos o que queremos e sabemos que só com muito trabalho podemos fazer face a uma concorrência forte e bem preparada”. jP

Márcio Gaio

com mais uma das muitas capturas da prova de Monte Real

Dezembro 2010 > Jornal da Pesca

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TRANSPARÊNCIA E FIABILIDADE. CORPO E ROTOR LEVES MAS SUPER RESISTENTES PARA PESCAS VIOLENTAS

RODA DE COROA E PINHÃO DE ATAQUE SOBREDIMENSIONADOS

ROLAMENTOS DE ESFERAS JAPONESES ANTI-CORROSÃO

SISTEMA DE FREIO MUTI-DISCOS DE ALTA RESISTÊNCIA

ST7000

WORM-SHAFT DE GRANDE PRECISÃO PARA UMA BOBINAGEM PERFEITA

4.4:1

0,40mm/320m

0,40mm/200m (x1)

NOVIDADE 2011

A PARTIR DE DEZEMBRO NAS LOJAS HABITUAIS


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