Jornal da Pesca Nº 006

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Ld a.

Campanha Tmn - Banda Larga da TMN A Mais Rápida de Portugal (PÁG. 19)

Uma excelente opção para marinheiros

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Dipol 580-C Timonera

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iniciantes que gostam da pesca e que promete satisfazer os mais exigentes.

Surfcasting José Afonso revela as dicas que deve conhecer para a escolha do carreto ideal.

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Spinning e Buldo Pescar com amostras a partir da costa, saiba quando utilizar o Spinning ou Buldo

nº6 Fevereiro 2011 . Ano II | info@jornaldapesca.net

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Carpfishing Dicas e truques para montagens de superfície

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Biologia

Jorge Palma da Faculdade do Algarve apresenta o achigã-de-boca-pequena.

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Embarcada

(PÁG. 17)

O que fazer quando a pesca não resulta

Jornal Bimestral

| G r at u i t o

| P o rt u g a l

| Director: Virgílio Machado

Mundial de Carpfishing em Inglaterra

Rockfishing na Costa Brava

> Quinta-feira 17 de Fevereiro às 19h00 no Canal Caça e Pesca

> Sábado 19 de Fevereiro às 23h30 no canal Caça e Pesca


a i c í not

> Editorial

Segundo ano de vida com mais e melhor Jornal da Pesca Esta edição do Jornal da Pesca marca o início do segundo ano de vida de um projecto em que poucos acreditavam e em que apenas alguns trabalharam para o concretizar. Neste início de ano voltamos a surpreender ao conseguirmos dar mais corpo ao nosso jornal passando de 24 para 32 páginas, indo assim ao encontro dos nossos leitores que há muito vinham reivindicando mais páginas com textos que falem da pesca e sobre a pesca. Este é o segundo crescimento, em número de páginas, a que assistimos no Jornal da Pesca e estou certo que não será o último, queremos continuar a crescer em páginas e colaboradores e assim demonstrar aos mais cépticos que é possível existir uma publicação gratuita, apoiada em parceiros empenhados em promover a pesca e a sua correcta imagem. O aumento de páginas que se verifica nesta edição coincide igualmente com o crescimento do número de colaboradores e parceiros do nosso Jornal. Assim a partir desta edição passamos a contar com o capitão da Selecção Portuguesa de carpfishing, José Evangelista, que nos vai ajudar a conhecer melhor uma modalidade que está a crescer em Portugal. Já o biólogo da Universidade do Algarve, Jorge Palma, estreia-se igualmente nas nossas páginas dando a conhecer melhor as espécies. A par da estreia destes novos colaboradores, também novos parceiros se juntam ao projecto do Jornal da Pesca, desta vez é a marca italiana Colmic, que se junta ao projecto que conta desde a primeira hora com com a TMN, Marietel, Chronopost, VEGA, ZON, Yamaha e Mútua dos Pescadores. Estamos certos que até ao final deste ano o Jornal da Pesca vai continuar a surpreender os seus leitores, contudo é claro que o trabalho que temos vindo a realizar só será válido enquanto tivermos a certeza que estamos aqui para construir um jornal para os que gostam de pesca. Virgílio Machado Director

FICHA TÉCNICA Propriedade Mundinautica, Lda Redacção, Publicidade e Marketing Lourel Park, Ed. 5 2710-363 Sintra Portugal Tel: 219 617 455 Fax: 219 617 457 Editor Jorge Mourinho

MoraPesca reúne sector da Pesca A vila de Mora acolhe, entre 19 e 21 de Fevereiro, a 9ª edição da MoraPesca, o maior certame nacional dedicado aos artigos e à Pesca desportiva. A edição de 2011 realiza-se no Pavilhão Municipal de Exposições do parque de Feiras de Mora e apresenta no mesmo espaço as principais empresas de pesca e os agentes do sector. Do programa oficial, além de demonstrações de pesca no recinto da feira, há um Grande Concurso de Pesca Desportiva na pista internacional de Cabeção, provas de ensino para jovens pescadores e outras competições desportivas durante o fim-de-semana do evento. Paralelamente, a Associação Portuguesa de Pesca ao Achigã e a 1ª Associação Regional de Pesca Desportiva de Rio realizam as suas entregas anuais de prémios no decorrer do certame.

Departamento gráfico Susana Alcântara Nº6 – FEVEREIRO 2011 – ANO II Director Virgílio Machado virgilio.machado@mundinautica.com Redacção Paulo Soares paulo.soares@mundinautica.com Revisão Rita Ferrer

Colaboram neste número Diogo Sousa, Fernando Pina, Gomes Torres, Jaime Sacadura, Jorge Palma, Jó Pinto, José Afonso, José Calado, José Evangelista, Jorge Barreto, Nuno Breda, Paulo Soares,Yamaha Motor Portugal e VEGA. Impressão Sogapal, S.A. Rua Mário Castelhano, Queluz de Baixo 2730-120 Barcarena Tel: 214347100 - Fax: 214347155 geral@sogapal.pt

Distribuição Chrono Post Tiragem 15.000 Exemplares Periodicidade Bimestral Preço Gratuito ERC Nº de registo: 125807 Depósito Legal Nº 305112/10 Nota:

As opiniões, notas e comentários são da exclusiva responsabilidade dos seus autores ou das entidades que fornecem os dados. Nos termos da lei, está proibida a reprodução ou a utilização, por quaisquer meios, dos textos, fotografias e ilustrações constantes destas publicações, salvo autorização por escrito. © Mundinautica Portugal, Lda.


s a t r s cu Lemenhe recebeu faixas de campeão A equipa de rio do Clube de Pesca Desportiva de Lemenhe, apoiado pela VEGA, recebeu no passado dia 15 de Janeiro, as faixas de Campeão Regional de Clubes 2ª Divisão rio. Foi na gala da Associação Regional Norte Pesca Desportiva que se realizou no auditório municipal de Gondomar, que foram distinguidos os campeões da época de 2010. De salientar, que a equipa de rio do Clube de Pesca Desportiva de Lemenhe, conquistou o seu primeiro título, em dois anos de competição. Com a conquista do título de Campeão Regional de Clubes da 2ª Divisão, o Lemenhe garantiu a presença no Campeonato Regional de Clubes da 1ª divisão na época de 2011, que terá início a 11 e 12 de Junho na cidade de Chaves. A VEGA congratula-se com o título alcançado pelo Clube de Pesca Desportiva de Lemenhe.

COLMIC EM PORTUGAL A prestigiada marca italiana COLMIC irá passar a ser representada a partir deste ano em Portugal pela Mundináutica, distribuidora da marca VEGA no nosso país. Esta parceria entre duas empresas líderes dos seus respectivos mercados, vem proporcionar aos pescadores desportivos portugueses o acesso a produtos de alta qualidade e inovação, sabendo-se do grau de exigência que a marca italiana coloca em todos os produtos que fabrica e distribui. A escolha do parceiro português pela COLMIC deveu-se sobretudo ao grau de conhecimento que a Mundináutica tem do mercado nacional, bem como à qualidade no serviço prestado à clientela, a que esta habituou os lojistas e pescadores portugueses. O facto da empresa portuguesa distribuir a sua marca própria VEGA, não constituiu obstáculo a esta relação comercial que agora se inicia, tendo até contribuído para selar o acordo de parceria agora encontrado, com evidentes benefícios para as duas partes. De facto, sendo a marca VEGA líder do mercado em Portugal, este acordo irá abrir facilmente as portas a uma representação de reputado prestígio internacional, apostando a Mundináutica na conquista de mais quota de mercado nos segmentos em que esta se insere e, por outro lado, satisfazer de forma mais diversificada os gostos e necessidades dos pescadores desportivos do nosso país. A apresentação oficial será realizada durante a Feira de Mora, a decorrer nos dias 17 a 19 de Fevereiro, onde irá ser possível ficar a conhecer todas as novidades que a COLMIC irá fazer chegar ao mercado, nomeadamente nos segmentos de competição de mar e de água doce. A distribuição da marca será realizada pelos habituais agentes da Mundináutica, estando prevista a chegada dos produtos às lojas a partir do início de Fevereiro.

CAP de Setúbal com VEGA em 2011 O clube que brilhantemente conquistou em 2010 o título de campeão do mundo de surfcasting e que se prepara para defender na Bélgica este ano o título conquistado em Manta Rota no Algarve do ano passado, vai passar a contar com o patrocínio da VEGA. O CAP de Setúbal que já em 2001 havia alcançado um segundo lugar no Mundial da modalidade, passa agora a contar com o apoio da VEGA, permitindo assim contribuir para o desenvolvimento da marca portuguesa. António Marques, presidente do CAP Setúbal afirmou ao Jornal da Pesca que o clube que este mês comemora os seus 54 anos de vida “é com larga margem, o nº1 do Ranking Nacional, contudo ainda não estamos satisfeitos. Queremos conquistar o próximo campeonato do mundo a disputar em Maio na Bélgica e conquistar o 5º título de Campeão Nacional este ano”

Fevereiro 2011 > Jornal da Pesca

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s a t r u c s a i c í not

Fluviário de Mora atinge visitante 500 mil

Open de Surfcasting na Praia do Carvalha

Foi no mês de Janeiro que o Fluviário de Mora atingiu a fasquia dos 500 mil visitantes, um feito para o primeiro aquário de água doce da Europa que foi alcançado por Leonardo Benavente, um jovem de seis anos, da Escola Básica 1 do Rossio, de Évora. Inaugurado a 21 de Março de 2007, o Fluviário de Mora tem desenvolvido a sua actividade aliando a parte lúdica com a pedagógica e científica e mostrando que o interior de Portugal também é capaz de rentabilizar projectos de grande dimensão. Num concelho com menos de seis mil habitantes, o Fluviário de Mora foi considerado em 2007 como o Museu do ano e atraiu as suas instalações, meio milhão de visitantes. Para 2011 o Fluviário vai inaugurar um novo aquário para peixes gigantes e um novo habitat para as lontras.

O CAP de Setúbal vai realizar no próximo dia 20 de Fevereiro um Open de Surfcasting que terá lugar em Grândola, na praia do Carvalhal. A prova que terá início pelas 7 horas com a concentração, vai contar com um almoço a que se seguirá a entrega de prémios. Este será o primeiro open do ano organizado pelo CAP de Setúbal, a que se segue no dia 27 de Março, o Grande Prémio Cidade de Setúbal de pesca à bóia. Esta prova será realizada no aterro da Secil em Setúbal e decorrerá no sistema Americano, ou seja, equipas de dois elementos que pescam no mesmo pesqueiro. Mais informações e inscrições através do 96 277 49 70

Escola aposta na pesca desportiva A escola secundária de Figueira de Castelo Rodrigo iniciou este ano um projecto pioneiro no panorama da pesca desportiva nacional ao constituir uma equipa de pesca ao achigã, sem morte e com amostras. O projecto que abrange jovens dentro da escolaridade obrigatória, espera vir a ser inserido no projecto do Desporto Escolar, já que segundo os seus responsáveis, “a pesca deve ser entendida como facto de cultura, estimulando sentimentos de solidariedade, cooperação, autonomia e criatividade devendo ser fomentada a sua gestão pelos estudantes praticantes”. Deste modo e apesar da pesca, e o seu valor como actividade irem vai muito para além do aspecto desportivo, tem sido sistematicamente ignorada pelas entidades que decidem estas questões. Assim um dos objectivos propostos para este projecto será o de conseguir com que a modalidade passe a entregar o quadro normativo do Desporto Escolar o que será uma vitória cujos louros vão ter de ser entregues à escola secundária de Figueira de Castelo Rodrigo

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Jornal da Pesca >Fevereiro 2011


Yamaha aposta no prazer de navegar em 2011 A simples frase “Pelo Prazer de Navegar” poderia ser adoptada por qualquer marca, contudo, a YAMAHA que trabalha continuamente para estar sempre na vanguarda da inovação tecnológica e de marketing, adoptou este slogan para ser o seu lema em 2011. Todos os produtos náuticos Yamaha, motores fora de borda, motos de água e embarcações Powered by Yamaha, mais do que produtos de extrema qualidade e performance, são meios de alcançar a experiência e a sensação de prazer que temos ao navegar.

Desta forma a YAMAHA sente a responsabilidade de continuar a unir todos os amantes do mar e do prazer que têm em navegar, por isso criou o logótipo que promete dar uma sensação única ao Cliente Yamaha. Se sente a mesma paixão pelo mar e por navegar, fica o desafio para se juntar aos Amigos Yamaha no Facebook/YamahaMarine ou Yamaha WaveRunners Portugal. ACÇÕES DE MARKETING PARA CLIENTES YAMAHA Cartão Yamaha Privilege e Roteiro Náutico

Todos os clientes que adquiram um produto náutico Yamaha em 2011 (motor fora de borda ou WaveRunner 2011), receberão um Cartão que lhes permitirá receber um Acessório Genuíno Yamaha, quando completarem a aquisição de 2 produtos, 2 acessórios e 2 manutenções ou serviços. Ao longo do ano estão previstas inúmeras campanhas atractivas para o Cliente Final, bem como acções de experimentação onde todas as pessoas são bem-vindas e podem sentir a sensação de navegar.

ZON lança nova versão do Tiro&Linha www.tiroelinha.com O site Tiro&Linha, a maior comunidade online de caça e pesca em Portugal, está novamente online. A aposta da ZON nestas modalidades é agora reforçada com a reformulação do site: um novo design, mais funcionalidades e um portfólio de conteúdos mais diversificado e completo.

Mútua dos Pescadores na Nauticampo À semelhança dos anos anteriores, a Mútua dos Pescadores vai estar na Nauticampo. E irá promover especialmente os seguros mais ligados ao certame, oferecendo 30 % DE DESCONTO em todos os seguros novos de embarcações de recreio, animação e marítimo-turística bem como outras actividades de Lazer

As novidades são de imediato visíveis assim que se acede a www.tiroelinha. com, devido ao design simples e agradável e à navegação mais intuitiva. A página inicial é frequentemente renovada com conteúdos de elevada relevância para o mundo da pesca, como os próximos eventos do meio, entrevistas a referências das modalidades e destaques de programação do Canal Caça e Pesca. Através do menu superior os utilizadores podem facilmente aceder às várias áreas do site, como o passatempo mensal, a galeria ou o directório. Em termos de funcionalidades os amantes da pesca dispõem agora de mais interactividade, podendo participar no passatempo mensal, submeter vídeos e fotografias e até aparecer na televisão. O Tiro&Linha conta ainda com uma agenda e um directório, ambos extremamente completos. O panorama nacional da pesca fica, assim, com duas excelentes fontes de informação: o Canal Caça e Pesca, na televisão e o site www.tiroelinha.com na internet.

Mas para que ninguém fique de fora desta super vantagem, a Mutua dos Pescadores vai estender a todo o País este desconto durante todo o mês de Fevereiro de 2011. Assim, seja no stand da Nauticampo, entre 2 e 6 de Fevereiro, ou na sede, dependências, balcões e mediadores da Mútua dos Pescadores, os colaboradores da Mútua estão disponíveis para prestar todas informações e esclarecimentos, fazer simulações e concretizar a admissão de novos clientes e associados para o único e primeiro segurador português sob a forma cooperativa, especialmente vocacionado para os assuntos do mar e da economia social.

Fevereiro 2011 > Jornal da Pesca

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> Surfcasting

Os carretos

de Surfcastinge dicas Os carretos a utilizar devem ser carretos que não fiquem desequilibrados nas canas que possuímos e indicados para o surfcasting. Como características principais devem ter força, um bom enrolamento do fio na bobine e bobines largas para uma boa saída de fio. Texto: José Afonso

C

omo conselho sugiro que comprem carretos iguais. Este facto faz com que fiquemos com mais opções em termos de linhas a utilizar. Fica sempre mais barato comprar uma bobine suplementar que um carreto. Devemos escolher carretos com capacidade para levar pelo menos 200 / 300 metros de monofilamento ou 150 / 200 metros de multifilamento do diâmetro que desejamos utilizar. A qualidade de construção e dos materiais utilizados na elaboração de um carreto de surfcasting devem ser tidos em conta porque este tipo de carretos é aquele que está sujeito ao contacto com um dos elementos que maior desgaste e avarias provoca num carreto – a areia. A estanticidade de um carreto de surfcasting deve ser completa, para evitar a entrada de areia para as partes móveis do carreto.

Estrutura e Materiais do Carreto

Os carretos actuais são feitos nos mais variados materiais, desde a grafite, aos compostos de carbonos, titânio, plásticos e outros. Os materiais empregues na construção de um carreto têm grande

importância, já que é a qualidade desses materiais que vai determinar a qualidade de um carreto. Esta qualidade tem importância capital na durabilidade e funcionamento do carreto ao longo dos tempos. Neste sentido podemos avaliar os seguintes itens:

Corpo

O corpo do carreto porque é uma das partes que comporta no seu interior um grande número dos componentes de um carreto de pesca, deve ser construído num material resistente capaz de suportar a corrosão e desgaste provocados pelo contacto com o exterior (água do mar, areia, rochas, etc.) e o esforço e o desgaste natural provocados pela sua utilização. Deve ser ainda feito num material que não sofra deformações e quebras, garantindo assim a durabilidade e bom funcionamento dos componentes que são colocados no seu interior. Deve ainda garantir uma boa estanticidade dos materiais que são colocados no seu interior.

Manivela

A manivela de um carreto deve ser ergonómica e forte de maneira a proporcionar um manuseamento confortável, com o mínimo de

A qualidade

de construção e dos materiais dos carretos de surfcasting utilizados é de extrema importância.

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Jornal da Pesca > Fevereiro 2011


As lutas

que travamos com peixes de bom porte exigem uma manutenção constante dos carretos.

fadiga para o pescador, principalmente em acção de esforço.

Bobine

A bobine de um carreto deve permitir uma saída suave da linha, e na nossa escolha devemos ter atenção ao diâmetro da linha que vamos utilizar. Nesta escolha também devemos ter em atenção o número de bobines suplementares que acompanham o carreto.

Travão

O travão do carreto deve forte, resistente e preciso, para funcionar quando for necessário.

Engrenagens

Na altura da compra de um carreto não temos hipótese de verificar a qualidade das engrenagens nem do material em que são feitas. Temos que acreditar na informação que nos é dada pelo fabricante ou então pelo vendedor. Estas têm que ser feitas num material de qualidade superior pois são o material que sofre o maior desgaste num carreto.

Rolamentos

O facto de um carreto ter muitos rolamentos não significa por si só que é um carreto de qualidade. A qualidade dos próprios rolamentos, o sítio onde são colocados e a qualidade do corpo do carreto são factores que também condicionam o bom funcionamento de um carreto. Existem carretos no mercado com apenas três rolamentos que são máquinas fiáveis, precisas e duradouras.

Um bom carreto

deve ter força e um bom enrolamento do fio na bobine.

Os rolamentos devem ser colocados nos pontos do carreto que rodam, sendo os seguintes locais os cruciais e importantes : - Pinhão de ataque; - Roda de coroa (um de cada lado); - No sistema que garante a elevação do veio da bobine; Outros locais em que os rolamentos garantem um melhor funcionamento do carreto: - Punho da manivela; - Rodízio de enrolamento do fio; - Embraiagem (Drag)

Embraiagem (Drag)

Actualmente podemos encontrar carretos com embraiagem frontal e traseira. Neste ponto e independentemente da sua localização, que será uma questão de gosto pessoal, o seu funcionamento é que deverá ser preciso e fiável. A sua localização terá apenas a ver com uma melhor habituação ao seu manuseamento da parte de cada pescador.

Funcionamento do Carreto

Numa loja ao manusearmos e experimentarmos um carreto, devemos ter atenção ao seu trabalhar que deve ser suave e preciso como um relógio, sem falhas e sem ser desequilibrado. Se possível experimentar sempre outros carretos similares e compararmos o seu funcionamento à procura de falhas ou defeitos no seu funcionamento.

Os Preços

Neste aspecto actualmente, as marcas nacionais já apresentam carretos de boa qualidade e a preços mais acessíveis que alguns

de marcas estrangeiras. Devemos ainda ter especial atenção ao facto de no mercado actual existirem carretos precisamente iguais e comercializados sob marcas diferentes. Nestes casos e se não houver oferta de mais nenhum extra (bobines ou outro acessório) devemos escolher o carreto com preço mais baixo visto os carretos serem feitos na mesma fábrica, havendo apenas diferença ao nível da marca e das cores de apresentação do carreto, não havendo diferença nenhuma na qualidade do carreto. Existem no mercado algumas (poucas) marcas que realmente têm na sua oferta carretos de ex-

celente qualidade e que merecem ter um preço mais elevado. Neste particular e em relação aos carretos de surfcasting podemos também optar pelos chamados carretos de bobine móvel.

Carretos de Bobine Móvel

Este tipo de carreto é muito utilizado no Norte da Europa e em relação aos carretos de bobine fixa tem as seguintes vantagens: g Permitem fazer lançamentos mais longos com fios de diâmetro mais elevado, devido ao baixo atrito produzido pelo fio ao sair da bobine e ao tocar nos passadores da cana;

g Têm

um poder de tracção mais elevado que o tradicional carreto de bobine fixa; Os principais problemas na utilização deste tipo de carreto são: g Alguma dificuldade na aprendizagem da utilização deste tipo de carreto; g Maior dificuldade na sua utilização; g Manutenção mais difícil e elaborada; g São carretos mais sensíveis à areia e à água salgada; - Mudança de bobine difícil de fazer no local da pesca jP


> Teste

Carreto Vega

Potenza 650

De modo a avalizar um dos carretos da VEGA para o Surfcasting, o Jornal da Pesca foi pescar com Diogo Sousa, uma das promessas da modalidade que nos transmitiu a sua opinião sobre o Potenza 650. Texto: Diogo Sousa e Imagens: Redacção

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os últimos anos, temos assistido ao lançamento de materiais de pesca cada vez mais competitivos por parte da marca portuguesa VEGA. Esta forma de encarar o mercado deveras competitivo por parte da marca portuguesa, tem permitido que a mesma se torne uma alternativa de peso às marcas mais sonantes disponíveis no mercado. Um dos atributos lançados nos últimos tempos, é sem sombra de dúvidas o Carreto Potenza 650. O seu corpo é fabricado em alumínio anodizado, possui dez rolamentos de alta precisão em aço inoxidável, sistema anti-retrocesso de agulhas, um rotor calibrado para uma rotação sem vibrações, uma bobine fabricada em alumínio anodizado, o qual confere uma excelente protecção contra a salinidade, uma bobine suplente com um corpo em grafite, e um ratio de 4.8:1. Os pescadores mais experientes de certeza dirão que estas características são as de um carreto comum, todavia a VEGA reserva a surpresa para a embraiagem deste carreto. Como em todos os carre-

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tos de Surfcasting a embraiagem é frontal, porém o Potenza 650 possui uma embraiagem dupla, à qual poderemos chamar de micro embraiagem. Esta dupla tecnologia permite-nos desfrutar de uma calibração perfeita da nossa embraiagem, bem como abri-la de forma instantânea mas controlada no ceder de linha a um exemplar de maior tamanho, factor essencial quando estamos a pescar com linhas de menor diâmetro, permitindo assim diferenciarmos o Potenza 650 de um carreto vulgar.

Testes

De forma a verificar todas as potencialidades inerentes a este fantástico equipamento, efectuei diversos testes. Ao efectuar a técnica do lançamento apenas com uma chumbada, verifiquei que a perfeição da bobine faz com que a linha de pesca saia de uma forma extremamente rápida, e praticamente com ausência de atrito, permitindo-nos assim lançamentos mais longos. No momento da recuperação da linha, constatei que o Potenza 650

Jornal da Pesca > Fevereiro 2010

desempenha a sua função sem qualquer tipo de dificuldade, mesmo quando utilizamos chumbadas de maior gramagem, aliado ainda à captura de um exemplar bem como às mais diversas condições de estado do mar.

Conclusão

O carreto Vega Potenza 650 é sem qualquer tipo de dúvidas um carreto deveras equilibrado, com uma estética agradável e impecavelmente equilibrado, o que permite que o mesmo seja capaz de concorrer com os carretos das marcas mais prestigiadas do mercado dentro da gama dos carretos disponíveis para a modalidade do Surfcasting ligeiro, sendo seguramente uma opção válida para todos os pescadores que queiram desfrutar de jornadas de pesca inesquecíveis, quer a nível de lazer ou mesmo a nível de competição. Um pequeno factor que poderia ser contudo implementado neste carreto, era dotar esta pequena maravilha da tecnologia com a opção de escolha de uma bobine cónica, de forma a agradar todos os aficionados da modalidade do Surfcasting. jP



> C Sorrico pinning

Pescar com amostras a partir da costa

Spinning e Buldo

A esmagadora maioria dos pescadores continentais que pratica a pesca com iscos artificiais, fá-lo a partir da costa em spinning e em buldo tendo, geralmente, como principal objectivo a captura do robalo.Texto: Jorge Barreto e Imagens: redacção

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onsideramos o spinning e o buldo técnicas até certo ponto complementares no que à utilização de amostras e aos objectivos de captura diz respeito. Devemos no entanto lembrar as definições de spinning e de buldo para que eventuais equívocos possam ser evitados. No spinning as amostras são lançadas utilizando o seu peso próprio, sem o recurso a lastros adicionais. No buldo, o lançamento das amostras é feito com o auxílio de lastros, como bóia de água, balrag, bombette ou mesmo chumbada. O que até agora dissemos pode suscitar algumas perguntas, não só sobre os equipamentos a utilizar, mas sobretudo acerca da eventual vantagem de uma técnica relativamente à outra. A resposta às questões atrás suscitadas, poderiam levar-nos a longas explanações sobre ambas as técnicas, mas de momento tentaremos ser sintéticos.

Spinning vs. Buldo

“Tomando como denominador comum a captura do robalo” Os equipamentos de spinning são geralmente mais leves que os uti-

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Jornal da Pesca >Fevereiro 2011

lizados no buldo. As canas e os carretos apresentam características diferentes bem como as amostras são também, em muitas situações, de tipologia distinta. No spinning as canas que utilizamos têm comprimentos que variam entre os 240cm e os 330cm e capazes de lançar amostras entre as 18g e as 35g. Para o buldo são seleccionadas canas com comprimento entre os 360cm e os 450cm e com capacidade para lançar pesos entre as 60g e as 120g (ou até um pouco mais). Quanto aos carretos preferencialmente utilizados no spinning, o peso e a sua dimensão constituem factores determinantes na escolha, obviamente a par com a componente tecnológica dos mesmos. Carretos referenciados entre “3000 e 5000” são os mais utilizados. Já no buldo o peso e a dimensão do carreto é mais generosa - modelos referenciados entre “5000 e 10000” são os mais utilizados. De todo o modo, quer para o spinning quer para o buldo, os atributos técnicos dos carretos, como a suavidade de funcionamento, o número de rolamentos, a leveza, o drag e a sua afinação, a manivela ergonómica e a velocidade de recuperação são


factores determinantes no momento da aquisição. No spinning as amostras mais populares são as do tipo jerkbait, a que podemos juntar por exemplo os pencil baits, as popper, os vinis com cabeçote de chumbo e as colheres, sempre lançadas sem lastros adicionais. Já no buldo as amostras mais populares são sem dúvida os Raglous e os Red Gill. Estas amostras fabricadas em plásticos muito flexíveis, porém resistentes, têm que ser lançadas com a ajuda de lastros adicionais, pela sua quase ausência de peso. No buldo é possível também utilizar pequenas colheres bem como pequenos jerk baits, com reconhecida eficácia. As características das canas, dos carretos, das amostras susceptíveis de utilizar e as condições de pesca que podem enfrentar, numa e noutra técnica, tornan-nas como que complementares para a pesca do robalo.

O potencial das duas técnicas…

Os pescadores que praticam o spinning há mais tempo, tiveram como porta de entrada na pesca com amostras o buldo, voltando a usá-lo por vezes, como recurso, quando as condições de pesca o recomendam. O spinning é sem dúvida uma técnica profundamente desportiva, em que o pescador pode pôr em prática todo o seu conhecimento. A escolha dos equipamentos e das amostras é só por si um exercício técnico.

Em acção de pesca, a escolha dos pesqueiros e a forma de os abordar são importantes. É no entanto no trabalhar das amostras que está uma das grandes diferenças entre o spinning e o buldo. No spinning o pescador tem de controlar e trabalhar a sua amostra para que esta ganhe “vida”, seja atractiva, desperte a atenção dos predadores e faça desencadear o ataque.

As várias formas de animação de amostras no spinning são efectivamente um desafio técnico que não cessa, a busca da perfeição, da cana mais adequada para “aquela” amostra ou para aquele pesqueiro, o carreto mais leve, com melhor drag e velocidade de recuperação, são bons desafios dentro do grande desafio que é a pesca. Como já atrás foi abordado, no buldo estamos em presença de uma

técnica que permitiu que muitos pescadores descobrissem o prazer da pesca com iscos artificiais. Recordamo-nos ainda de como muitos pescadores de surfcasting ao verem outros bem perto de si capturar robalos com as chamadas “borrechinhas”, começaram a praticar o buldo utilizando as canas com que pescavam na praia. A técnica do buldo permite enfrentar condições de mar mais difíceis para

a pesca, como os períodos de grande agitação e ventos fortes. As praias arenosas de pequeno declive, em que a rebentação se forma muito longe, são em geral difíceis de pescar, sendo o buldo, até certo ponto a melhor abordagem. As condições de mar e de vento são em geral mais determinantes e limitadoras no spinning que no buldo exactamente pela diferença de peso e de potência dos conjuntos.

Fevereiro 2011 > Jornal da Pesca

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> C Sorrico pinning

A reversibilidade do equipamento de spinning em buldo

Referimos que o buldo pode afrontar condições meteorológicas mais duras que o spinning. No entanto, em algumas situações, o pescador que está a praticar a técnica do spinning, pode converter rapidamente o seu equipamento no de buldo “ligeiro”. Para tal basta que altere a montagem com que está a pescar, com a inclusão de uma bombette e um estralho de ligação à amostra. Digamos que este sistema de recurso a lastros adicionais pode perfeitamente resolver situações pontuais de eventual impossibilidade da continuação da acção de pesca, provocado pela alteração das condições de mar, de vento, ou da altura das águas pelo efeito de maré.

Dois apontamentos … sobre spinning e buldo

Para quem se inicia nas técnicas de pesca com amostras a partir da costa, gostaríamos de deixar dois breves apontamentos relativos a cada uma das técnicas. No spinning como na generalidade das técnicas de pesca com amostras, o pescador tem que ir ao encontro do peixe, prospectar cada recanto, cada zona de rebentação, de corrente e de espuma onde as águas estão mais

oxigenadas. A procura do peixe é efectivamente a verdadeira realidade para o pescador que utiliza amostras. Os ataques dos predadores são dos momentos mais interessantes para os pescadores. Analisar o ataque em função da forma como estamos a trabalhar determinada amostra aumenta o interesse da pesca, dando-lhe outra dimensão. Uma das formas mais espectaculares de pescar o robalo é à superfície, sempre que as condições o permitam. O ataque às amostras à superfície é, por vezes, muito exuberante, mesmo espectacular. No entanto, com alguma frequência o peixe falha a amostra, não obstante a espectacularidade que o pescador pode observar. Estamos em crer que em ambos os casos, com o peixe ferrado e combatido ou simplesmente observado e livre, o verdadeiro pescador de spinning se sentirá recompensado. O segundo apontamento é sobre a cor de amostras muito utilizadas no buldo, que há décadas têm lugar obrigatório nas caixas dos pescadores mais aficionados. Tudo se passou talvez em meados da década de 80, em condições de mar forte, a rebentar longe com grande extensão de espuma sobre areia grossa. Os robalos “pegavam” a espaços a grande distância da cos-

Novidades 2011

ta, pelo que era necessário efectuar longos lançamentos. O céu algo nublado, começou a escurecer e a apresentar tonalidade de chumbo. Com esta mudança de luminosidade o peixe quase deixou de atacar as amostras, limitando-se a segui-las. Impunha-se uma mudança de estratégia. O recurso à caixa das amostras mostrava-se inevitável para alterar o curso dos acontecimentos. Optamos por escolher uma amostra verde fosforescente e efectuamos o lançamento. Mal caiu na água o ataque foi imediato.

Com esta amostra cada lançamento correspondia a um robalo. Eficácia absoluta para aquela cor de amostra, naquele momento com aquelas condições de mar e de luz. Interessante foi observar que alguns pescadores que pescavam junto de nós, ao verificarem a cor da nossa amostra procederam também à troca da mesma, começando também a apanhar peixe. Os que não trocaram de amostra, porque não tinham aquela cor, continuaram a pescar com reduzido número de toques e de capturas.

Notas finais

Consideramos ser a pesca com amostras e toda a técnica que a envolve uma verdadeira Caixa de Pandora. É como que inesgotável esta temática, qualquer que seja a vertente pela qual a abordamos. Pescar com amostras não se esgota na acção de pesca e nas capturas que pode proporcionar, está em nossa opinião bem para além disso. Reflictamos sobre a pesca com amostras. jP

RS250  Rolamentos: 7 Ratio: 4.2:1 Bobine suplente Capacidade da bobine principal: 0,25mm-400 m Capacidade da bobine suplente: 0,33mm-260 m

BULLIT SPIN Passadores – Fuji Alconite Elementos - 2 Construída em Hi-Modulus Carbon C5 Acção 15-40g Disponível em 3,00Mts

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Jornal da Pesca > Fevereiro 2011


Fevereiro 2011 > Jornal da Pesca

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> Iscos

Isco para peixe grande

Numa altura em que os robalos, douradas e sargos estão bastante activos ao longo da costa, existe um isco que faz a diferença na altura de capturar peixe grande.. Texto: Virgílio Machado e Imagem: redacção

T

rata-se do bibi, também conhecido por muitos como salsicha, mas que acima de tudo é extremamente eficaz. É certo que não estamos perante um isco que encontramos facilmente nas lojas de pesca, muito pelo desconhecimento que temos deste terrível isco, já que quando analisamos os seus resultados deparamos que estamos perante um isco que consegue seleccionar peixes de boa dimensão. O bibi é uma isca rija e que pela sua consistência faz com que o pequeno peixe não se sita atraído por ele. Para além disso estamos perante um isco que não vai sofrendo degradação perante o peixe mais pequeno que possa estar num pesqueiro, o que evita o constante iscar com que nos deparamos quando pescamos com outros iscos. Se juntarmos a este facto o de podermos pescar mais longe pois este isco não se desmancha com facilidade, teremos então de reconhecer que este é um isco ideal para os peixes grandes. jP

Como iscar A forma mais comum de iscar o bibi é a mais convencional, entrando o anzol na boca e saindo pelo ânus, como fazemos com uma simples minhoca. No entanto, pescadores mais experientes utilizam uma agulha de modo a que a apresentação do bibi seja ainda mais atractiva. Para além destes dois tipos de iscar, há quem defenda que cortando o isco em pequenos pedaços de modo a que tape o anzol, permite rentabilizar um isco que não é muito barato e que não encontramos com grande facilidade apesar da sua eficácia.

Novidades 2011

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Jornal da Pesca > Fevereiro 2011

BULLFIGHT Passadores – SIC Construída em Hi-Resistence Carbon C3 Acção 20-100g Disponível em 4,00Mts, 5,00Mts e 6,00Mts

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BG350 Rolamentos: 8 Ratio: 6.2:1 Bobine suplente Match Capacidade da bobine principal: 0,25mm-220 m Capacidade da bobine suplente: 0,25mm-00 m



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Jornal da Pesca > Dezembro 2010


Embarcada <

APRENDER…SEMPRE

“Os Equilíbrios”

Como já notaram, esta pesca tem um encanto especial para mim, e apesar de ser um tipo de pesca diferente daquele a que me habituei, não me preocupei em “copiar” técnicas, nem sequer me “apeteceu” ir “beber” sabedoria a que já a tem, pelo simples facto de, como gosto na pesca, iniciar e errar, errar, e acertar. Texto e Imagens: Jó Pinto

A captura

de um bom Pargo é sempre um motivo de satisfação.

A

experiencia dá-nos “calo”, e se não formos egoístas, até podemos espalhar a “Fé” pelos amigos, e companheiros de pesca. Vem esta lenga, lenga à baila, porque se encontram muitas dificuldades, e é nessa altura que temos de pôr a cabeça a funcionar e tentar encontrar soluções para um equilíbrio que é necessário. Equilíbrio esse que tem a ver com o equipamento e materiais, excluindo a parte “conseguir-se estar fundeado no sitio certo”. Escrevendo com sinceridade, ainda não atingi o chamado “Nirvana” na pesca desportiva, mas estou quase a chegar lá, e vai ser precisa muita calma, mas adiante… Equilíbrios nos materiais Sabe-se mas é bom recordar que por exemplo, a Cana e o Carreto

devem “casar” na perfeição. Também se sabe que se pescarmos a 150 mts de fundo, precisamos de um bom carreto, mas cujo peso não “desequilibre” a cana, senão os braços serão uma grande dor de cabeça. Também se sabe que àquela profundidade uma cana não deve ser parabólica demais, pois “torna-se difícil puxar”, nem sequer deve ser rija demais, pois o peixe pode rebentar ou soltar-se. Em face disto, onde estará o “equilíbrio” ? Será que também se sabe? É bom sabermos o que queremos e chegamos a esta conclusão se tivermos “equilíbrio” Se calhar também é sabido que deve existir uma relação equilibrada com os fios existentes no carreto ate à chumbada,

Fevereiro 2011 > Jornal da Pesca

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> Embarcada passando pela montagem também…ou não…? Um chicote de 0,35mm nono e elástico q.b., “casa” bem com uma montagem construída com 0,435mm na madre e 0,405mm nos empates.

Um belo peixe Galo

surpreende por vezes os pescadores mais experientes.

Será que um anzol 4/0 casará bem com um 0,37mm, ou empatado com 0,435mm ? Terá o tamanho do anzol, relação directa com o fio e um possível bom exemplar capturado, ou será que talvez resultasse melhor um 6/0 empatado em 0,37mm ? Será por exemplo que uma posta de sardinha ficaria melhor apresentada ao peixe num anzol 4/0 ou num 6/0 ? Será que o peso da chumbada a estas profundidades tem relação directa com o acto de ferragem? Pois todas estas questões, são pertinentes até para quem já tem experiencia, e apresenta-se sempre com um desafio, e nestes desafios é que reside o interesse nessas descobertas. A aprendizagem nasce no interesse em descobrir os equilíbrios, na experimentação das várias “variantes”, na aplicação de vários materiais, e acreditem que os

Só quando temos

em atenção os pequenos detalhas somos capazes de realizar boas pescas

Novidades 2011

VERTIGO BOAT  Passadores – SIC Elementos – 5+3 Construída em Hi-Modulus Radial Carbon C5 Acção – 80-250g Disponível em 3,70Mts e 4,50Mts

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Jornal da Pesca >Fevereiro 2011

X-PANDER BOAT  Passadores – SIC Elementos – 5+3 Construída em Hi-Modulus Radial Carbon C5 Acção – 80-250g Disponível em 3,70Mts e

resultados serão espectaculares, gratificantes e enriquecedores. Posso até adiantar que um anzol 4/0 empatado em 0,435mm, é uma opção incrível, que muitas vezes resulta, desde que se consiga uma iscada de sardinha “perfeita”, com a posta da parte da barriga, claro. Pois muitas vezes, no inicio da pesca, aguardamos religiosamente pelos amigos “carapaus” que descascam literalmente a pela da sardinha e fazem o trabalhinho de chamar aqueles que queremos capturar. Aquelas “Cabeçadas” dum bom peixe, puxado a 89 braças de fundo por um carreto convencional, nas calmas do “Senhor”, até avistar um pargo de bom calibre, à cara d’àgua, pedindo “chalavar”, e o sorriso para fotografia, é a imagem perfeita duma pesca que é feita de “EQUILIBRIOS”, e isso não podemos esquecer. Pelo simples facto de apresentar desenhos, fotos, e dizer que é assim ou assado, não se pode excluir que é necessário “reflectir” sobre todas as questões colocadas neste texto, e aplicá-las bem. Gozem a pesca, e pesquem bem, com prazer, com cabeça, e materiais de qualidade. jP


Náutica <

Dipol 580-C Timonera uma boa opção para pescar

Os estaleiros da Dipol Glass já nos habituaram à construção de embarcações de qualidade para a pesca ou para a navegação de recreio. Texto: Virgílio Machado e Imagens: redacção

A

pensar nos pescadores que gostam de embarcações robustas e verdadeiramente adaptadas às necessidades daqueles que gostam de pescar em qualquer situação, a Dipol apresentou o seu 580-C Timonera, baseado no seu irmão mais velho o 580C Sport. Este 580-C Timonera, com o qual o Jornal da Pesca teve contacto num dia Invernoso na Marina de Oeiras é um barco sóbrio e bastante funcional, com um casco bastante bem desenhado de modo a proporcionar excelentes condições de navegabilidade, mesmo em dias de mar mais alterado. A sua configuração tradicional, pode não impressionar, contudo o seu espaço interior e de cabine mostram que este Dipol foi desenhado a pensar nos que gostam de pesca e dos passeios em família. Para isso muito contribuem os seus acabamentos

com almofadas no banco de trás, caixas de arrumação cilíndrica, corrimão em aço inox e luzes de navegação. De salientar ainda o excelente porão, verdadeiramente espaçoso e que faz as delicias de qualquer pescador. No teste realizado pelo Jornal da Pesca, o Dipol 580-C Timonera, estava equipado com o novo motor da Yamaha de 70 HP que se revelou em bom plano para permitir uma navegação segura. Em suma, o Dipol 580-C Timonera revelou ser uma excelente opção para marinheiros iniciantes que gostam da pesca e que promete satisfazer os mais exigentes se o equiparmos com maior motorização. Contudo o seu elevado nível de equipamentos fazem desta embarcação uma opção a ter em conta. jP


> Kaiak

Pesca de

Robalos

Ai está a nova temporada de pesca ao Robalo, até Fevereiro, os membros da Tribo Fishyak vão aproveitar para pescarem um dos predadores mais apreciados pelos pescadores desportivos.Texto e imagens: Rui carvalho

Robalo O robalo é um predador voraz que pode chegar até aos 11kg, e medir cerca de 100cm. Espécie muito frequente nas nossas costas, é observado com frequência nos estuários, onde forma cardumes compactos para a reprodução. Aprecia fundos baixos constituídos por lajes e de fundos de areão, preferindo águas agitadas com rebentação para se alimentar.

Trabalhar as amostras de forma lenta e alterar a variação de trabalhar a amostra são dois dos maiores truques nesta pesca dos robalos, mas atenção as formas de a trabalhar marcam a diferença, pois esta pesca não se pode limitar ao movimento lançar e recuperar. O saber manobrar uma popper, e dominar movimentos como o walk the dog, o stop and go, o twitching e o jercking é determinante para capturar bons exemplares.

C

om a experiência adquirida em anos anteriores fomos chegando aos conjuntos de pesca mais equilibrados para pescar de kayak e o spinning não é excepção. Abrimos a época aos robalos com um conjunto com provas dadas, não só para pescar ao tento na espuma mas também para a prática do spinning, a Spin Master na versão Heavy de 6´6´´ com apenas 132g de peso. Estamos perante uma cana muito potente que possibilita não só lançamentos precisos bem como ferragens rápidas e domínio imediato do peixe, permitindo que este não ganhe terreno para zonas problemáticas. Para esta cana fizemos acompanhar o carreto FA 40 garantindo um conjunto ideal para o spinning praticado a partir de um kayak de pesca, este carreto tem uns excelentes 5.2:1 de raio e 6 rolamentos, garantindo uma excelente recuperação com o apoio de um drag bastante sensível para as afinações ao gosto de cada um. No carreto utilizamos o entrançado

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Braided da Akada com 0,20mm concluindo com as amostras Akada que não podem faltar na caixa de quem quer apanhar robalos. Como palco escolhemos a zona entre Cascais e a Boca do Inferno para testar este conjunto, e quando menos esperávamos os robalos acabaram por colaborar proporcionando mais uma grande saída de pesca em kayak. O spinning de kayak é idêntico ao praticado de costa, existindo apenas algumas diferenças em matéria de canas a utilizar. É que quando praticado de kayak, o Spinning não necessita de canas que ultrapassem os 2 metros e o trabalhar das amostras não necessita de ser muito intenso, a grande vantagem do kayak é que estamos a trabalhar a amostra de terra para o mar, ou seja, lançamos para junto da costa e a amostra trabalha para dentro do mar. Desta forma a força das ondas obriga as amostras a trabalhar de forma natural sem ser necessário recuperar com movimentos mais vigorosos alcançando assim um trabalhar mais preciso. Ora é exac-

Jornal da Pesca >Fevereiro 2011

tamente isto que qualquer predador gosta, presas fáceis. Contudo é bom lembrar que é necessário saber de que forma é que cada uma das amostras trabalha, já que se nos limitarmos a puxar a amostra, esta acaba por não provocar nenhuma reacção ao peixe.

Por isso defendo que quando iniciamos a jornada, devemos optar por amostras que cubram a maior área possível e que garantam um trabalhar fácil. A complexidade deve surgir à medida que o tempo avança e se os robalos revelarem falta de apetite e de agressividade. Aí vamos trocando as nossas amostras para que eles se mostrem mais despertos

Novidades 2011

 TWISTER

Passadores – SIC Elementos - 2 Construída em HiModulus Carbon C4 Acção – 25 – 80g Disponível em 2,40Mts – 2,70Mts – 3,00Mts e 3,30Mts

FA Rolamentos: 6 Ratio: 5.2:1 Bobine suplente Capacidade da bobine principal FA 30: 0,28mm-115 m Capacidade da bobine suplente FA 30: 0,28mm-115 m Disponível em tamanho 30,40

É bom sublinhar que a pesca de kayak, permite muitas vezes uma aproximação mais detalhada à zona onde o peixe se encontra a comer e por isso, temos de ser bastante cuidadosos na forma como realizamos a aproximação à zona de pesca, de modo a que não denunciarmos a nossa presença. Assim quando o peixe se encontra mais encostado à costa, devemos manter uma distância considerável para que as nossas amostras possam realizar um trabalho eficaz. Pessoalmente, aprecio mais a pesca dos robalos na espuma e a meia água, já que provoca um ataque às amostras bastante espectacular e uma luta sem igual. Contudo é bom lembrar que na pesca de kayak todos os cuidados são poucos, nomeadamente quando o mar se encontra mais agitado. Pescarmos acompanhados deve ser por isso a regra. jP



> Carpfishing

Montagens flutuantes

Inúmeras vezes, após termos escolhido o pesqueiro, termos feito a sondagem, a engodagem e depois de algumas horas de pesca, começamo-nos a aperceber que existe lodo no fundo, o que faz com que o isco se enterre, não ficando visível para as carpas. Texto e imagens: José Evangelista

Material necessário: Anzóis, fluorcarbono 0,30 a 0,35, multifilamento fino, fio dental, agulha de iscar, tesoura, isqueiro, os elásticos comuns finos, esponja de alta densidade da cor do milho, chumbos e argolas ovais. Iscos: Milho, boillies normais e flutuantes.

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outros momentos apercebemo-nos que o fundo é de pedra ou cascalho devido às marcas que começam a aparecer na chumbada, provocadas pelas quinas das pedras. Neste caso, o isco fica escondido nos intervalos das mesmas. Pode ainda acontecer, começarem a aparecer pequenas ervas ou limos presos no anzol ou na montagem. Em ambos os casos, mais uma vez, o isco perde visibilidade. Todas estas situações podem ser detectadas utilizando uma cana relativamente rija (por ex. a do bait rocket) com um multifilamento no carreto e uma chumbada de 150g

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ou mais, lançando várias vezes e recuperando devagar de modo a conseguirmos ter uma noção muito aproximada do fundo. Dá para sentir se é macio (lodo), se é duro e com muitos relevos (pedra), ou (colocando um anzol) ver se trás ervas ou limos. Mas mesmo com toda essa “leitura” do fundo e com a certeza de que a má visibilidade do isco será um obstáculo aos resultados da nossa pescaria, às vezes insistimos em optar por aquele pesqueiro, porque foi naquela zona que vimos movimentos de bons exemplares ou simplesmente porque temos aquele “feeling”. Esta situação também pode acontecer em mo-

Jornal da Pesca > Fevereiro 2011

mentos de competição e, como são pesqueiros marcados e sorteados, não temos a opção de mudar. Perante estes obstáculos, temos que arranjar uma solução, que neste caso são os iscos flutuantes. Estes podem tocar o fundo suavemente de forma a não se enterrarem no lodo ou mesmo serem colocados a alguns centímetros do mesmo de forma a sair dos intervalos das pedras ou acima de ervas e limos. Para termos a certeza que o nosso isco se encontra em acção de pesca, podemos ainda usar uma esponja solúvel (que se adquire em qualquer casa especializada em carpfishing) que se coloca espetada no anzol. Quando a montagem

chega ao fundo, o terminal fica na vertical e após a dissolução da esponja o isco cai suavemente sobre o obstáculo. A forma mais fácil e funcional de utilizar um isco flutuante é com o anzol montado em D Rig. Este tipo de anzol existe já montado mas normalmente é muito pesado, o que limita a funcionalidade da montagem. Tem ainda o inconveniente de aumentar em muito o nosso stock de anzóis. Passo então a explicar como montar um anzol D Rig e algumas formas de iscar. jP

As montagens aqui descritas são apenas uma pequena amostra das hipóteses possíveis, podendo fazerem-se muitas mais conjugações. O carpista poderá basear-se neste tipo de montagens ou adaptá-las a cada situação apelando à sua criatividade. Boas capturas e não se esqueçam do importante lema do carpista: pesca sem morte.


Montagem do anzol em D Rig 2

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1-Cortamos 50cm de fluorcarbono e passamos 5cm deste fio pela argola do anzol na direcção da curva do mesmo. 2-Com a ponta maior vamos enrolando em torno do pé do anzol e da ponta mais pequena, até perto da curva. 3-Novamente com a ponta maior damos duas voltas na direcção da argola e passamos por dentro da mesma e apertamos. E temos o famoso “nó sem nó”. Se tivéssemos feito uma pequena nolha na ponta pequena, tínhamos a normal montagem “cabelo”. 4-Colocamos a argola oval na ponta pequena e passamo-la por dentro da argola do anzol ficando com um D não muito grande. 5-Cortamos a mesma ponta deixando 1,5cm. Com o isqueiro vamos aproximando a chama da ponta de forma a transformar esse 1,5cm de fio numa pequena bola, que não deverá passar na argola do anzol. E temos o D Rig.

Montagem com milho flutuante

Montagem “snowman”

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1-Corta-se uns 30cm de fio dental, juntam-se dois dedos e dão-se duas voltas aos mesmos com o fio. Retira-se dos dedos e temos duas argolas lado a lado. 2-Com uma das pontas passa-se duas vezes por dentro das argolas e temos o comum nó cego mas, com duas voltas. Coloca-se a boillie flutuante dentro das argolas, centra-se, aperta-se e dá-se outro nó. 3-Fura-se a boillie normal com a agulha e puxa-se as pontas da boillie flutuante através desta. 4-Passa-se uma das pontas pela argola oval do D Rig e ata-se com vários nós. 5-A boillie normal deve ser escolhida em função da engodagem e ligeiramente maior que a flutuante de forma a manter a montagem equilibrada.

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1-Com alguns centímetros do multifilamento fazemos uma nolha do tamanho de 5 bagos de milho e cortamos as pontas junto ao nó. 2-Coloca-se a nolha na argola oval passando uma ponta por dentro da outra. 3-Espeta-se na agulha um bago de milho, a seguir uma esponja que cortámos com o formato de milho e mais três bagos de milho, depois passamo-los para a nolha. 4-Colocamos um travão para milho. 5-Deve-se colocar um chumbo ou pasta maleável de tungsténio, abaixo do pé do anzol, evitando que todo o terminal se eleve do fundo. Esse mesmo chumbo serve para regular a distância queremos isco em relação ao fundo, Adicionar ovasmovendo-o ao anzol até no fio. enfiaraoque anzol pela zonaocentral da ova fazendo-o sair pela zona da cabeça

que este esteja completamente coberto

Fevereiro 2011 > Jornal da Pesca

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> Salmonídeos

Truta Abertura da Época

O inicio do ano novo trás sempre grande ansiedade ao pescador de salmonídeos, a contagem decrescente para a abertura faz parte da rotina diária dos fervorosos adeptos da pesca a esta espécie. É também a altura em que mais se investe no material, a cana que sempre sonhamos, o novo modelo do carreto. As linhas e os restantes apetrechos, são renovados, ou revistos meticulosamente. Texto e imagens: Nuno Breda

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unca é demais verificar detalhadamente todo o equipamento para nos assegurarmos do seu estado e eventual necessidade de substituição. Na pesca aos salmonídeos existem várias técnicas praticadas e como é evidente, cada técnica requer o seu equipamento específico. A modalidade mais praticada é sem dúvida a do isco natural. A grande maioria dos pescadores de trutas ainda recorre a esta forma de pescar, particularmente eficaz no tempo das cheias. A panóplia de artigos disponíveis para o exercício desta actividade é imensa. Deixaremos aqui algumas dicas e sugestões que

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poderão ser úteis.

1 -Iscos naturais

Em Portugal apenas é permitido utilizar a minhoca, estando todos os bichos, larvas, lagartas, incluindo Asticot expressamente proibidos para a pesca de salmonídeos. Cana: A cana para pescar à minhoca é tipicamente comprida, variando entre os 3.5 a 6 metros podendo ser telescópica, ou de três partes. Hoje temos modelos de comprimento variável que podem chegar aos 10 metros, sendo estas mais utilizadas em competição. Trabalhar com canas de 10 metros nos nossos rios requer alguma prática, desviar dos inúmeros obstáculos, ter atenção a

Jornal da Pesca >Fevereiro 2011

existência de linhas eléctricas, e nas capturas ir “encolhendo” a cana para se conseguir fazer o peixe chegar até nós. A sensibilidade é outra característica importante, durante as derivas, acompanhado o movimento da corrente, detectar a picada nem sempre é tarefa fácil, embora se possa utilizar um indicador, ao toque também se sente o peixe e canas excessivamente duras diminuem essa percepção. Cana de 3 partes 4.25 m de comprimento ou telescópica comprimento variável de 6 metros para 5-25 gramas. Carreto: Nesta disciplina, o Carreto não é o actor principal, importa que seja leve e fiável, normalmente de

reduzidas dimensões, precisamente por causa do peso. Linhas: Na pesca à minhoca utilizamos diâmetros que podem variar entre 0.15-0.20 mm no carreto e 0.18 a 0.12 nos terminais, devemos ter em conta a velocidade da corrente e o peso da montagem. Se as águas se encontrarem demasiado cristalinas, situação onde esta técnica é menos eficaz, devemos recorrer a diâmetros mais finos e a terminais em fluorcarbono. Anzóis: Importa sempre referir a importância de utilizar anzóis especiais sem morte de dimensão nunca inferior ao número 6, já obrigatória a sua utilização em competição, estes anzóis tem a vantagem de se

desintegrarem em pouco tempo no caso de a truta engolir. O pescador consciente deve fazer a gestão do que captura, aproveitando para libertar os exemplares onde seja fácil a extracção do anzol da boca do peixe, tarefa facilitada pela ausência da barbela. Seja em q caso for nunca se deve apertar uma truta, nem tentar tirar um anzol difícil. É sempre preferível cortar o fio e libertar um salmonídeo sem ferimentos.

2 - Spinning

O segundo lugar das modalidades mais praticadas na pesca à truta pertence ao spinning. Com bastantes adeptos em Portugal, esta modalidade apresenta a sua maior


eficácia em águas pouco turvas e com trutas pouco “batidas”. Torrentes de águas castanhas muito fortes, águas completamente cristalinas e acima de tudo muita pressão de pesca, são as chamadas condições adversas para o spinning. Canas: A gama de equipamentos disponíveis no mercado permite ajustar a cada cenário a opção mais equilibrada. Nas nossas águas o lançado ligeiro e ultra ligeiro cobrem praticamente todas as situações. Desta forma temos, para pequenos ribeiros ou caudais reduzidos, canas até 1.80 m de comprimento apropriadas a artificiais de 1 a te 10 gramas. Rios mais largos ou aguas fortes já deveremos optar por canas de 2.10 a 2.70 com capacidade de lançar amostras de 5 a 20 gramas. Carbonos de alto módulo e acções rápidas ou médias-rápidas ajudam no lançamento e na ferragem. Carreto: Contrariamente à pesca com iscos naturais, o carreto desempenha um papel fundamental nesta modalidade. Sujeito a permanente esforço, lançar e recolher, tem de ser uma peça robusta, com grande capacidade de recuperação e rolamentos. É igualmente de pequenas dimensões e peso reduzido para não desequilibrar as leves canas do spinning. Bobines largas melhoram significativamente a capacidade de lançamento. Linhas: Nylon ou Fluorcarbono com Diâmetros entre 0.18 a 0.12 cobrem todas as necessidades. Amostras: Colheres rotativas e “AMOSTRAS” são os artificiais mais comuns de números 0 a 3 para as primeiras e de 3 a 7 cm de comprimento para as segundas. Não existindo uma regra, de uma forma geral, as cores neutras são mais indicadas para a Truta Fário e as mais garridas para a Truta Arco-íris.

Uma abertura

com boas capturas só é possível se prepararmos com todo o cuidado o material.

3- Pluma

Modalidade em franca expansão conta ainda com um reduzido número de adeptos quando comparada com as restantes. Sendo uma técnica apaixonante e de beleza incomparável tem a grande vantagem de possibilitar a pesca sem morte, não causando danos significativos nas espécies, desde que se verifiquem alguns cuidados no

manuseamento do peixe. Quando praticada por quem sabe, revela-se particularmente eficaz e imbatível quando se reúnem determinadas condições. Tal como no spinning e sendo uma técnica maioritariamente visual, perde eficácia perante torrentes de água castanha. Cana: Nos nossos Rios a cana “todo-o-terreno”, ou seja que mais se ajusta a todas as situações é a

linha #5 com 8´6´´ ou 9’ pés de comprimento. Um Rio mais largo ou um Lago poderemos utilizar uma cana de linha #6 ou #7. Inversamente, ribeiros, ou caudais mais baixos, optaremos por canas de número inferior, #4 ou #3 por exemplo. Para principiantes recomenda-se sempre uma cana de acção rápida ou media-rápida por facilitar o lançamento.

Assegurarmos

do estado e eventual necessidade de substituição do nosso material é obrigatório para evitarmos perder boas capturas.

Carreto: Com a principal função de apenas armazenar a linha, o carreto de pluma é talvez a peça menos importante do conjunto. O tamanho médio dos Salmonídeos em Portugal dispensa a necessidade de carretos com embraiagem na maioria dos casos. Ter uma bobine larga e peso adequado à cana são os factores a ter e conta, contudo não nos podemos esquecer que a Pesca à Pluma é uma modalidade de prazer absoluto e se tivermos possibilidade e o gosto de pescar com carreto topo de gama, por que não faze-lo? Linha: Muitos questionam como é e para que serve a linha grossa e colorida utilizada nesta modalidade, trata-se de uma linha de perfil cónico que permite o lançamento sem qualquer tipo de peso ou bóia, o peso encontra-se precisamente na linha. (Ex: linhas de pluma) Terminal: Como é evidente não é na linha grossa atrás referida que se prende a pluma, utilizamos um terminal, cónico, cujo o cumprimento e diâmetro se deve ajustar à situação de pesca. Tipicamente terminais de 3 metros a terminar em 0.18, 0.15, ou 0.12mm cobrem a maioria das necessidades Plumas: não existem limites nesta disciplina. A única regra é ter a capacidade de escolher algo a que o peixe reage e apresentar essa imitação de forma a conseguir a captura. As Plumas para salmonídeos mais comuns são as denominadas moscas secas, afogadas e ninfas. Temos também o grupo dos Streamers normalmente de maiores dimensões e com cores variadas. jP

Fevereiro 2011 > Jornal da Pesca

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> Achigã

Antecipando a Pré-desova

Nesta altura do ano, quando o longo período invernal começa a dar lugar aos primeiros dias primaveris, quase se pode observar o estado de excitação que começa a instalar-se entre a comunidade de pescadores de achigã. Texto e imagens: Jaime Sacadura para zonas um pouco mais profundas quando ocorrem períodos de instabilidade, com chuva, vento e abaixamento de temperatura. Esta movimentação constante e irregular pode dificultar a sua localização e o pescador precisa de ser activo e explorar as várias possibilidades. Os locais com mais peixe podem sofrer variações com a sucessão de alterações climáticas, variando até, por vezes, de dia para dia. Mas, como se conhece o destino final destas deslocações, que são as zonas baixas das principais enseadas, há sempre a hipótese de se interceptar peixe em movimento, pescando intensamente as estruturas principais já mencionadas.

A cor e a temperatura da água

Um problema que se coloca nas grandes massas de água consiste na diversidade de colorações de água que podemos encontrar. Numa pequena charca, a cor da água mantém-se, geralmente, uniforme e esta questão não se coloca mas, numa grande barragem, pode existir todo um leque de situações diversas que implicam uma decisão ponderada na altura de escolher o local

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odos começam a antecipar as excelentes jornadas de pesca que se podem realizar imediatamente antes do defeso e a oportunidade de entrar em contacto com os maiores peixes, as grandes fêmeas reprodutoras que, devido à necessidade de se alimentarem e ganharem energia para as tarefas da desova, se colocam aos alcance do pescador, neste período. É uma altura em que se podem bater recordes pessoais e explica, por isso, o fluxo de adrenalina e excitação que se instala.

Movimentação previsível

A importância do período de pré-desova, além da possibilidade de efectuar excelentes capturas, consiste no conhecimento antecipado das rotas de deslocação dos achigãs e da certeza que os períodos de actividade e os níveis de agressividade dos peixes vão aumen-

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tando progressivamente, à medida que o tempo aquece, o que são boas notícias para os pescadores. Com efeito, com a aproximação do final do Inverno, as jornadas de pesca duras e difíceis desta época do ano começam a dar lugar a dias mais agradáveis, com temperaturas mais amenas e períodos meteorológicos mais estáveis, que convidam os achigãs a iniciarem a preparação de um dos momentos mais importantes do seu ciclo de vida – a desova. Pode começar, então, a observar-se, principalmente nas maiores barragens do Sul, que os achigãs iniciam a deslocação, das zonas mais profundas onde passaram o Inverno, para as zonas baixas onde se irão reproduzir. Durante esse percurso podemos encontrá-los perto das principais estruturas da barragem, como os bicos primários e secundários das grandes enseadas. Nos dias de temperatura estável podem localizar-se muito perto das margens, para logo se afastarem

Jornal da Pesca > Fevereiro 2011

Os Jigs

com atrelados são bastante eficazes e proporcionam resultados excelentes nesta altura do ano.

ideal a pescar. Devido aos períodos de chuva, as ribeiras transportam muitos sedimentos que, por vezes, tornam a água cor de chocolate. Estas águas, muito turvas, vão-se misturando com as águas represadas e estabelece-se todo um gradiente de coloração ao longo do braço de um afluente principal, que se prolonga até às zonas mais abertas e profundas, onde a água pode até estar transparente. Se juntarmos esta situação à migração dos peixes para as zonas baixas, constatamos que nem sempre será fácil a decisão sobre qual a zona a pescar. Mais uma vez, o pescador tem que explorar as diversas zonas até localizar as mais produtivas. Muitas vezes são as zonas de transição, com água um pouco turva, as mais produtivas. Quando existem, as paredes rochosas são locais de eleição, porque aquecem mais com a exposição ao sol e concentram peixe. Noutros casos, com águas um pouco mais quentes, os peixes avançam para as zonas mais baixas e podemos encontrá-los em águas muito turvas, onde a pesca se pode revelar mais difícil, mas compensadora. Nestes casos, os locais ideais a pescar são os que possuem coberturas, como árvores submersas, que ajudam a


Equipamento recomendado Canas: AKADA Xpert Series – XCMH - XCast “Bolt” –Com 6,6 pés e uma acção Medium Heavy, esta cana pode ser utilizada para todas as técnicas de fundo e situações que exigem material mais resistente graças ao seu robusto backbone. Consegue projectar amostras com pesos desde 1/4 a 1 onça e pode utilizar linhas de 10 a 20 lb. AKADA Xpert Series – XCRM - XCrank “Meteor” – Com 7 pés (2,10m), de acção Média e com uma ponteira flexível e parabólica, esta cana pode ser utilizada com crankbaits, spinnerbaits ou todo o leque de amostras de superfície. Alia a robustez necessária para assegurar a ferragem a uma maior flexibilidade. Pode utilizar amostras com peso desde 1/4 a 3/4 de onça e linha de 10 a 16 lb.

As árvores

de grande porte abrigam normalmente peixes de boa dimensão.

fixar o peixe e constituem alvos para o pescador. Se existir escolha, as primeiras zonas a explorar são sempre as enseadas com orientação a Sul. São as primeiras a aquecer, devido à maior exposição à radiação solar e são as que concentram mais peixe activo. Se possuírem zonas planas com pouca profundidade, são locais ideais de postura e, se existirem declives próximos com água mais funda associados a coberturas submersas, os peixes nunca se afastam para muito longe, mesmo com períodos de instabilidade meteorológica. Amostras e equipamento a utilizar Não se pode perder de vista que, nesta altura de pré-desova, a possibilidade de nos confrontarmos com o peixe de uma vida é bem real. Assim, o pescador deve estar preparado e deve utilizar equipamento adequado que lhe dê confiança e que assegure que se reduzem ao mínimo todos os factores que podem levar a perder uma captura recorde. Para explorar as zonas de estruturas principais, em águas mais límpidas e para interceptar peixes em movimento, as ferramentas ideais são os spinnerbaits

e os crankbaits. No entanto, pescar em águas mais turvas que tendem a fixar o peixe junto às estruturas e coberturas, requer a utilização de ferramentas de precisão, por oposição às amostras que permitem explorar grandes áreas. Os empates de fundo e as amostras de vinil são os mais utilizados nesta situação. Os Jigs com atrelados e os empates Texas, com imitações de minhocas, lagostins, salamandras (lizards) ou outros vinis, são os mais eficazes e proporcionam resultados excelentes. Trata-se de posicionar os artificiais com precisão, permitindo que os achigãs os localizem, em zonas onde os sentidos dos peixes são perturbados pelos sedimentos na água. Curiosamente muitos dos ataques ocorrem na queda ou nas primeiras animações. Quando existe vegetação na margem, a pesca pode tornar-se um exercício de paciência, com a realização de muitos lançamentos, que colocam a amostra em todos os recantos que podem abrigar um achigã. O pescador deve estar atento e ferrar, com violência, ao sentir o mínimo toque. Nos locais onde a possibilidade de se capturar um grande exemplar, de peso superior

aos 2 kg, é uma realidade, assegurar que o equipamento a utilizar é o adequado deve ser uma prioridade. A robustez da linha, a eficácia dos anzóis e dos nós, a qualidade da cana e do carreto, a qualidade de execução do pescador, em suma, todos os pormenores que podemos controlar, são factores que podem fazer a diferença entre uma jornada de pesca memorável ou um imenso sentimento de frustração.

Conclusão

Neste período do ano, propício a realizar excelentes jornadas de pesca após o difícil período invernal, não devemos esquecer que as grandes fêmeas que podemos capturar transportam consigo o futuro da nossa pesca. Assim, após uma captura de um “peixe-troféu”, resista à tentação de o conservar e registe o momento com a ajuda de uma máquina fotográfica. Garanto-lhe que, anos mais tarde, lhe dará muito mais prazer observar a fotografia de uma captura que devolveu à água, do que o efémero prazer gastronómico que esse exemplar lhe poderá proporcionar. Boas pescarias! jP

Linhas: Nylon Potenza - Muito resistente à quebra e a danos provocados pela abrasão de obstáculos submersos quando utilizado com técnicas de fundo. Com pouca memória e uma boa resistência ao nó. Produzido com tratamento contra os raios UV, é uma linha que satisfaz plenamente em qualquer utilização. Nylon revestido a fluorocarbono - AKADA FC (Fluorocarbon Coated). Suave e flexível ao manuseamento, acomoda-se com perfeição às bobinas dos carretos e permite lançamentos suaves e sem esforço. O revestimento em fluorocarbono confere-lhe menor visibilidade dentro de água. Pode ser utilizada em quase todas as vertentes da pesca ao achigã, mas revela todas as suas potencialidades ao ser utilizada com técnicas que necessitem uma linha mais discreta associada a uma maior capacidade de detecção de toques e à sua elevada resistência à abrasão. Anzóis para vinis – modelo Vega Straight Shank e Wide-Gap - 2/0 a 4/0

Novidades 2011 LT300  Rolamentos: 8

Ratio: 5.0:1 Bobine suplente Capacidade da bobine principal LT300: 0,25mm-200 m Capacidade da bobine suplente LT300: 0,25mm-200 m Disponível em tamanho 300 e 400

AKADA BLADE Passadores – Fuji Alconite Elementos - 1 Construída em Hi-Modulus Carbon Acção - Fast Médium ¼ - 3/4 oz 10-16LB Disponível em 6’4’’

Fevereiro 2011 > Jornal da Pesca

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> L Cucioperca orrico

Luciopercas no Inverno

A recente chegada das luciopercas às nossas águas interiores, permite uma alternativa ao pescador de predadores durante o tempo mais frio, dando também assim possibilidade de manter o nosso material em actividade… Texto e imagens: Gomes Torres

Apesar do seu aspecto agressivo, o Lucioperca não proporciona grandes combates na sua pesca

Q

uer queiramos quer não, este peixe passou a pertencer a uma boa parte dos nossos ecossistemas fluviais, tornando-se até em alguns casos a espécie dominante. Por isso, os pescadores de amostra, só têm que se adaptar e incluir nas suas saídas de pesca esta nova espécie, porque a maioria dos achigãs do centro e norte do país estão letárgicos pelo menos até Março/Abril, sendo muito difícil fazer pescarias consistentes antes do período legal de defeso reprodutivo. Por outro lado, a lucioperca é um peixe que se mantém activo em águas frias, ao contrário do achigã, além de desencadear mais cedo a sua reprodução e migração para as margens e por consequência, iniciar uma furiosa alimentação

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que antecede o seu período de desova. Por isso, é possível uma pesca a este predador em pleno Inverno, desde que se conheça o seu comportamento, bem como mais alguns dados importantes sobre a sua pesca.

A lucioperca

A lucioperca, com o nome científico Stizostedion lucioperca, é uma espécie relativamente recente nas nossas águas, tendo surgido inicialmente nos grandes rios internacionais. Vai também aparecendo, quase inexplicavelmente, em algumas albufeiras que não têm ligação aos troços internacionais. Tornou-se comum descobrir que uma barragem tem luciopercas quando a população já está estabelecida. Isto deve-se muito

Jornal da Pesca > Fevereiro 2011

ao facto do seu habitat usual ser numa profundidade superior à dos achigãs e desenvolverem boa parte da sua actividade alimentar durante a noite. As pescarias consistentes de luciopercas ocorrem normalmente nos dois períodos em que estas se aproximam das margens: na Primavera para a reprodução e no Outono, devido ao acréscimo na busca de alimento, para conseguir armazenar energia para o Inverno. A desova decorre no final do Inverno, um pouco mais cedo que a dos achigãs, quando a temperatura atinge valores entre os 8 e os 11 ºC. Os ovos com cerca de 1,5mm são colocados na vegetação ou directamente no substrato do fundo. O desenvolvimento desta

espécie é bastante rápido, segundo estudos efectuados no rio Volga. No primeiro ano de vida podem atingir mais de 300 gramas para um tamanho de 34 centímetros e após os sete de idade, ultrapassar 4,800 kg, para o tamanho de 68 centímetros. Noutras regiões da Europa onde foi introduzida, são frequentemente capturados exemplares que ultrapassam os 10 quilos de peso, havendo referências de peixes com 15 quilos, dependendo das condições ambientais e disponibilidade de alimento.

custo, toda e qualquer introdução desta espécie, em toda e qualquer massa de água. É um peixe que não é particularmente interessante do ponto de vista desportivo – luta muito pouco e as técnicas não são exigentes, mas gastronomicamente é bastante apreciada, primando pelo paladar da sua carne. Para esta pesca servem perfeitamente as canas e os carretos da pesca ao achigã, tal como boa parte das amostras, como adiante iremos ver, pelo que não necessitamos de investimentos acrescidos.

A lucioperca é um predador muito voraz, para as nossas espécies autóctones – maioritariamente os peixes de pequeno porte: bogas, barbos e escalos - pelo que será desejável sempre conter a todo o

Dezembro/Janeiro

Nos meses típicos de Inverno, as luciopercas reúnem-se em cardumes e posicionam-se junto ao fundo, preferencialmente nos constituídos por pedras soltas.


Amostras

como os Crancks e os lipless, são perfeitas uma vez que aliam a possibilidade de pescar fundo ao ruído que produzem.

O posicionamento desta espécie junto a estas estruturas deve-se ao facto de serem sempre locais de abundância de lagostins, no Verão e no Inverno, sendo nesta última estação bastantes fáceis de capturar devido à lentidão dos seus movimentos e consequentemente da sua demorada reacção de fuga. Estes locais são indicados para pescar com artificiais mais próximos do fundo e com movimentos mais lentos. A opção por amostras ruidosas e que movimentam muita água dá normalmente bons resultados. Estes iscos podem ser vinis montados em cabeçotes, com pesos entre as 8 e as 15 gramas e com caudas largas ou duplas – como os grubs. Podemos deixar afundar totalmente após o lançamento e recuperar de maneira a que a amostra trabalhe sempre próximo do fundo. Podemos ainda aplicar minhocas, lagostins ou criaturas nos mesmos cabeçotes e tentar perceber qual a que produz melhores resultados nesse dia. Para as amostras duras, iremos apostar nas amostras afundantes e iniciar a recuperação de forma lenta, de maneira que contornem

o fundo, durante o máximo tempo possível. Para estas condições, as amostras lipless, são perfeitas uma vez que aliam a possibilidade de pescar fundo ao ruído que produzem tornando-se vantajosas na facilidade de localização do nosso isco. A utilização de pequenas zagaias coloridas ou em tonalidades naturais até aos 20 gramas é ainda uma alternativa na pesca embarcada, sempre que pesquemos a mais dos 10 metros. Trata-se da profundidade que considero suficiente para que possamos posicionar o barco na vertical, sem correr o risco de assustar os peixes e sem que estes se retraiam no ataque às amostras, mesmo que não se assustem. Depois de identificar um cardume com a ajuda da sonda, faremos descer as zagaias até ao fundo. Depois de uma ou duas voltas de manivela para levantar do fundo, vamos imprimindo os habituais toques enérgicos com a ponteira da cana, no sentido ascendente, acompanhando depois a descida e tentando manter fio esticado para facilitar a detecção dos toques. Apesar de tudo e com

as limitações evidentes, esta técnica também pode ser utilizada a partir da margem, embora com menos sucesso e algumas percas de material. Uma chamada de atenção para as cores: imitação de lagostim, cor natural ou shad e as cores vivas, como o chartreuse e o laranja vivo em águas mais profundas. Parece inquestionável as efectividades destas cores vivas, bem diferente de qualquer alimento natural de uma lucioperca, mas cujos resultados parecem dever-se à sua visibilidade em águas mais profundas. De facto, uma vez que é um peixe sempre associado a uma maior profundidade e a ambientes de menor luminosidade estas amostras são mais visíveis e detectáveis, tornando-se por isso fáceis de localizar.

Fevereiro/ Março

Durante o mês de Fevereiro as águas começam já a reaver algum calor, graças ao período solar que

tem já o incremento diário de uns minutos de luz. Este sinal é sentido por uma infinidade de espécies que ficam a saber que a Primavera e a reprodução se aproximam. As luciopercas começam também a aumentar gradualmente o seu metabolismo, ingerindo por isso ainda mais alimento, porque o período que se aproxima é exigente em termos físicos e há necessidade de conseguir a reserva de energia para o corpo produzir as cédulas que irão dar origem à nova geração. Em finais de Fevereiro e Março e eventualmente até Abril, estamos em presença do período reprodutivo deste peixe. Nesta fase, as parelhas aproximam-se mais das margens, podendo facilmente ser alcançadas na pesca apeada, embora raramente sejam detectáveis pelo pescador, mesmo em águas muito transparentes. Não desova em cardumes massivos, de toda a população ao mesmo tempo e num breve período, como fazem com alguns ciprinídeos, mas sim por alguns pares que a seu tempo, se aproximam dos pontos mais propícios para uma reprodução com sucesso. Por isso, o período de desova pode ser bastante prolongado, decorrendo durante mais que um ou dois meses. As amostras adequadas podem agora ser mais rápidas, conseguindo-se assim pescar mais água em menos tempo. A utilização de crankbaits é agora chave do sucesso. Dentro desta classe, todos produzem bons resultados, sejam com pala, ou lipless. Os spinnerbaits mais pesados ou trabalhados de forma mais lenta, para que afundem um pouco mais, são também uma opção porque permitem de igual forma, a exploração de muita água em pouco tempo.

A montagem clássica à moda do Texas, habitualmente utilizada na pesca do achigã, com o mesmo tipo de anzol e chumbo tipo bala é também bastante produtiva. Os vinis a utilizar podem ser os mesmos que os utilizados para os achigãs. As amostras de cores mais visíveis, como o chartreuse e o laranja-vivo, podem agora descansar um pouco, pelo menos nos dias de sol, visto que em águas menos profundas a luz entra com mais facilidade e as cores naturais são nestas condições, perfeitamente identificáveis. Apesar disso, em dias de pouca luz, podemos retomar novamente as colorações pouco naturais e retomar as cores vivas, visto que podemos obter benefícios uma vez que as condições de luminosidade são nestas circunstâncias menores.

Melhor com menos luz

Uma observação mais atenta a este peixe permite-nos descobrir, mesmo sem instrumentos científicos, que a lucioperca tem uma visão adaptada à caça em condições de pouca luz. Os olhos são relativamente grandes e parecem algo baços, mesmo em peixes acabados de pescar, característicos de animais que têm boa visão na obscuridade. Esta última característica é bem visível em fotografias obtidas a partir de determinados ângulos. Por ser um peixe claramente noctívago, devemos aproveitar bem os dias nublados, característicos destes meses de Inverno porque as luciopercas mantêm a actividade alimentar ao longo do dia, pelos motivos que já vimos. Também o amanhecer e entardecer nos dias de sol, são ocasiões de actividade alimentar, pelo que não devemos desprezar estes curtos períodos propícios a bons resultados. Recordemos ainda que a legislação portuguesa não permite a pesca em águas interiores durante o ocaso e o nascer do sol, mesmo sabendo que as luciopercas se irão muito provavelmente alimentar mais dujP rante a noite do que durante o dia…

Novidades 2011

AKADA TS2 Passadores – SIC Elementos - 2 Construída em Hi-Modulus Carbon C5 Acção - Fast Médium ¼ - 5/8 oz – 8-14LB e Fast Médium Heavy ¼-3/4oz 8-15LB Disponível em 6’ e 6’6’’

XT2000  Rolamentos:4 Ratio: 5.1:1 Bobine suplente Capacidade da bobine principal: 0,20mm-220 m Capacidade da bobine suplente: 0,25mm-190 m

Fevereiro 2011 > Jornal da Pesca

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> B Corrico iologia

O biólogo Jorge Palma, professor na Universidade do Algarve, inicia neste número uma apresentação de espécies, umas pescadas pelos portugueses, outras de quem se fala mas que nunca foram introduzidas em Portugal. Texto e Imagens: Jorge Palma

N

este primeiro texto desta nova secção apresenta-nos uma espécie bastante desportiva, cujo um dos seus parentes mais próximos, há muito se adaptou às águas nacionais. De entre as diferentes espécies de achigãs (género Micropterus), o achigã-de-boca grande (M. salmoides) muito por culpa da sua disseminação a um nível quase global, é sem dúvida a espécie mais conhecida e representativa deste género de peixes. No entan-

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to, em grande parte da América do Norte de onde é originário, o achigã-de-boca-grande encontra nas preferências dos pescadores, um rival à sua altura, o achigã-de-boca-pequena (M. dolomieu). Desde a sua distribuição original no norte dos Estados Unidos e sul do Canadá, o achigã-de-boca-pequena estendeu a sua distribuição para sul, e presentemente, encontra-se disseminada pela grande maioria dos estados norte americanos. O achigã-de-boca pequena reproduz-se entre os meses de Maio a Julho na sua zona de distribuição

Jornal da Pesca > Fevereiro 2011

mais a norte e um pouco mais cedo, a sul. A sua estratégia reprodutiva é exactamente igual ao “primo” boca-grande e são os machos que fazem e tomam conta dos ninhos. Por sua vez, e da mesma forma, as fêmeas depositam os seus ovos em diferentes ninhos. Em termos de habitat, preferem lagos e rios de águas claras, e fundos mais rochosos. Durante a Primavera, concentram-se nas zonas preferidas para a reprodução e no Verão mudam-se para águas mais frescas e profundas. Nos lagos preferem zonas com afloramentos rochosos,

cabeços e línguas de pedra. Nos rios, preferem zonas de fundões com estruturas e corrente moderada. Em termos de recorde, a IGFA continua a reconhecer o tão polémico, quanto velhinho recorde obtido em 1955 por David Hayes, quando ao pescar no lago Dale Hollow, na fronteira dos estados do Tennessee e do Kentucky, logrou capturar um exemplar que acusou na balança 5057 gr (11 lb 15oz.) e um comprimento de 67.5 cm. No presente, exemplares com 3630 gr (8 lb) e 60 cm de comprimento, são

raros, e por isso, peixes com metade desse peso são já considerados bons troféus, isto nos Estados Unidos, já que no Canadá, o conceito de bom troféu para a espécie é um pouco mais elevado, e aí consideram-se como bons troféus, peixes acima dos 2720gr (6lb). Tal diferença, advém provavelmente, do facto, de existirem lagos com excelentes populações de achigãs-de-boca-pequena, quer em quantidade quer em qualidade, e são disso exemplo, lagos como o Erie ou o Simcoe. Apesar deste aparente menor tamanho em relação ao


nem uma coisa nem outra, é uma das linhas agradáveis que se O mais Achigã-de-boca-pequena pode utilizar e prova bem quando é uma espécie fantástica e extremamente se pretendem obterde bons resultainteressante se pescar. dos, quer na pesca lúdica, quer em competição..

9

CONCLUSÃO

De forma geral, um bom nylon, resistente e com pouca memória pode ser utilizado com êxito em praticamente todas as aplicações e técnicas utilizadas para o achigã, Coloca-se a ova na palma da mão e com um anzol muito fino variando apenas o diâmetro utilizaespetamos o isco no anzol. do e a maior ou menor resistência à abrasão adequando-as à técnica utilizada e às características do local (mais ou menos obstáculos abrasivos, como rochas). Um bom compromisso são as linhas de nylon revestidas a fluorocarbono que aliam um excelente manuseamento à eventual menor visibilidade conferida pelo revestimento de fluorocarbono. Para aplicações específicas, como o drop-shot profundo, onde a sensibilidade e a invisibilidade são essenciais, nada iguala o fluorocarbono. Iscada pronta e irresistível para as espécies marisqueiras. Não esqueça que ao utilizar diversas canas com diferentes acções e resistências, associadas Atipos cana Mondego a diversos de linha, necessida Vega é uma excelente opção tamos de aumentar a concentração para a pesca à boia para que a animação e a ferragem seja ajustada a cada combinação diferente de espessura, tipo de linha e acção da cana, sem o que O cometer Achigã-de-boca-pequena podemos que acabam encontra-se erros disseminado pela grande maioria irremediavelmente por nos custar dos estados norte americanos. a captura do peixe. jP

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achigã-de-boca-grande, é uma es- a diminuir, daí que seja necessário pécie tanto ou mais combativa que utilizar amostras de apresentação Nylon – A juntar ao excelente nylono seu da linha POTENZA, utilizado por muitos pescadores, comalgumas bons congénere e que proporciona mais lenta ou trabalhar resultados, nomeadamente pelos Campeões Nacionais de pesca embarcada ao achigã, a dupladurante Joaigualmente a espectacularidade das amostras utilizadas quim Moio e João Grosso, a VEGA vem agorafora lançar mercado de qualidade de saltar de no água duranteoutro a amonofilamento Primavera e Verão de uma foracima da média, na linha AKADA. Nos testes, este nylon mostrou possuir, a exemplo do anterior, luta. É uma espécie também ela ma igualmente lenta. As amostras um conjunto de características que facilitam o lançamento, o trabalho e a animação das amostras. agressiva,ao não incomum à pesca achigãCom pouca memória e uma boa resistência nó sendo e à abrasão, é umamenos linha comuns adequada parado todo o observar peixes subirem vários -de-boca-grande, mas que obtêm leque básico de aplicações e técnicas da pesca ao achigã. Os diâmetros mais finos provaram bem, na coluna de água longos, para mesmo excelentes resultados comleves o achigãutilizados em carretos de spinning.metros Produziram lançamentos com amostras e atacarem amostras de superfície -de-boca-pequena serão talvez apresentaram uma boa resistência ao enrolamento, quando utilizados com técnicas que o favore- os cem (como o empate weedless com amostras de vinil). Os maiores utilizados teste, e sub-superficie. Para além disso, diâmetros “blade baits”, amostrasno semelhantes na casa dos 0.28-0.32mm são muito resistentes à quebra e a danos por obstáculos e devido à sua maior tolerância a aosprovocados lipless cranks, igualmente afunsubmersos quando utilizado com técnicas de fundo. com tratamento os raios temperaturas mais Produzido baixas, é posdantes, mascontra em chapa. Nos UV, meses é uma linha que satisfaz plenamente emserqualquer utilização. sível A ova é que deve procurar a curvatura docapturado anzol. em épocas do de Setembro/Outubro em que a ano, em que é já quase impossível actividade é ainda assinalável, e Devemos ter alguma perícia paracapturar realizaroesta operação. achigã-de-boca-grande. os peixes procuram comer o mais NYLON REVESTIDO A FLUOROCARBONO A sua alimentação natural inclui la- possível para aarmazenar energia A linha testada nesta categoria pertence ao grupo dos monofilamentos revestidos fluorocarbono gostins, pequenos peixes, minhocas para o Inverno que se aproxima, da VEGA, neste caso um modelo novo, o AKADA FC. Com uma agradável cor champanhe, esta linha surpreendeu pela positiva. Suave e outros flexível ao manuseamento, comdeperfeição bo-aininvertebrados, pelo queacomoda-se a as amostras superfície,àssão binas dos carretos e permite lançamentos suaves e sem esforço. O revestimento em fluorocarbono escolha das amostras artificiais para da bastante eficazes, mas a partir confere-lhe menor visibilidade dentro águaéque os monofilamentos convencionais. altura são osSimultaneajerkbaits moa suadepesca a mesma que para dessa mente, exibe uma sensibilidade acrescida sem os inconvenientes da maior rigidez do lentamente fluorocarbono les trabalhados e com o achigã-de-boca-grande, apenas puro. Pode ser utilizada em quase todas as vertentes da pesca ao achigã, mas revela todas as suas com a preocupação de diminuir animações erráticas, ou os duros, potencialidades ao ser utilizada com técnicas que necessitem uma linha mais discreta associada a um pouco o tamanho das amostras, mas na variante suspensa, os que uma maior capacidade de detecção de toques e à sua elevada resistência à abrasão. Numa palavra devido ao menor tamanho da sua obtêm os melhores resultados. – Excelente! boca. No entanto, em certas alturas do ano, esse aspecto pode até DaO mesma as técnicas de Fio forma, Fluorocarbono FLUORCARBONO E MULTIFILAMENTO da Potenza mostrou-se à altura ser negligenciado, porque com o pesca utilizadas para as duas espéA VEGA possui também um bom fluorocarbono da linha POTENZA. em de 50nos dasão pesca combobinas ouriço intuito de acumular reservas para o Fornecido cies as mesmas, no entanto, metros está mais direccionado para a utilização no mar como estralho para multifilamento. Com inverno, aumentam os seus níveis lagos e em zonas mais profundas, O fato de mergulho é útil na apanha dolinha, ouriço. enchimento prévio da bobina com de outra pode ser utilizado de assume pesca ao achigã agressividade e actividade pre-parao técnicas “drop-shot” uma grande a maior profundidade, como o drop-shot, quando se exige a maior sensibilidade e invisibilidade. datória, atacando por isso, presas relevância e muitos peixes recorde Quanto ao multifilamento da linha POTENZA – Braided Line, surpreendeu devido a um conjunto de de maior tamanho. são conseguidos comágua estaetécnica. características desejáveis. A impermeabilidade desta linha permite evitar a absorção de poNo somatório das suas qualidades tencia a distância de lançamento. O revestimento concebido para lhe dar resistência à salinidade e verão, amostraselasticidade, como peixe desportivo, o achigãcontribui para atenuar o desgaste Na dos Primavera passadores. Sem qualquer permite a detecção como os jerkbaits moles, minhocas, -de-boca-pequena é por isso, uma de toques e o trabalhar de amostras, mesmo em condições mais difíceis, como em zonas com vegetação cerrada. A seleccionar, por tubos, apreciadores. jerkbaits duros, crank baits, espécie fantástica e extremamenTodas as linhas testadas são produzidas em fábricas japonesas aliando o rigor do fabrico, que se te interessante de se pescar, desspinnerbaits e amostras de hélices, pode observar na uniformidade dos qualidade da bobinagem e das pertando entrematérias-primas aqueles que têm a sãodiâmetros, bastante eficazes, e obtêm utilizadas, ao know-how da VEGA, bons resultando em produtos adaptados de forma excelente à diverresultados. No Outono, com oportunidade de o pescar, o mesmo sidade de utilizações do nosso tipo de pesca. a diminuição da temperatura da fascínio e interesse do que o achigãágua, a actividade também começa -de-boca-grande. jP

TESTE

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Março 2010 > Jornal da Pesca

21


A FAMILIA ESTÁ COMPLETA. POTENZA ST FLUOROCARBON

Mts 50 50 50 50 50 50

mm 0,21 0,23 0,25 0,28 0,31 0,35

Fish Test 6,60 Kg 7,50 Kg 8,50 Kg 10,00 Kg 14,00 Kg 17,00 Kg

ISO 2062 4,40 Kg 4,95 Kg 5,83 Kg 6,60 Kg 9,68 Kg 11,40 Kg

NUMBER ONE MATCH FS

Produzido 100% em fluorocarbono para uma invisibilidade e resistência á abrasão reforçadas. A relativa rigidez deste fio torna-o ideal para empates, evitando os característicos embaraços nos diâmetros mais reduzidos.

POTENZA SC

FLUOROCARBON COATED Mts 300 300 300 300 300 300

mm 0,28 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50

Fish Test 12,00 Kg 14,00 Kg 19,00 Kg 22,50 Kg 26,00 Kg 30,00 Kg

ISO 2062 8,12 Kg 9,25 Kg 12,70 Kg 15,23 Kg 16,70 Kg 19,90 Kg

Produzido através de um exclusivo processo de extrusão para uma superior macieza e reduzida elasticidade. O revestimento de fluorocarbono torna o fio virtualmente impermeável, mantendo a sua alta tenacidade mesmo submerso. Ideal para surfcasting e pesca embarcada.

AKADA BRAIDED

Mts 150 150 150 150

mm 0,20 0,23 0,26 0,29

Mts 150 150 150 150 150

mm 0,14 0,16 0,18 0,20 0,22

Kg 2,80 3,43 4,06 5,02 6,16

Novo copolímero de poliamida com estáveis e fortes ligações moleculares. Estas características moleculares potenciam a ausência de memória, suavidade e características afundantes. Ideal para a pesca á inglesa.

NUMBER ONE FLUOROCARBON HG Mts 50 50 50 50

mm 0,10 0,12 0,14 0,16

Kg 1,75 2,17 2,68 3,37

100% em fluorocarbono e produzido com as mais recentes técnicas de extrusão de forma a obter inigualável tenacidade e suavidade. Fio para montagens e empates para alta competição.

Kg 15,30 18,10 20,90 25,10

KRYPTON GT Entrançado de fibras Dyneema com revestimento térmico de tratamento de superfície que aumenta a resistência á abrasão e evita embaraços. A secção perfeitamente redonda permite uma bobinagem perfeita. 100% Impermeável. Adequado para a pesca de barco fundeado e spinning.

AKADA FC

FLUOROCARBON COATED Mts 150 150 150 150 150 150

mm 0,20 0,22 0,25 0,28 0,30 0,35

Kg 4,56 5,20 6,25 8,20 9,30 11,60

Fabricado com matérias-primas PVDF de alta qualidade para superior tenacidade e suavidade. O revestimento em fluorocarbono aumenta a resistência á abrasão e a invisibilidade. A elasticidade reduzida, potencia a sensibilidade. Aconselhado para pesca á bóia e de spinning.

Mts 100 100/300 100/300 100/300 100/300 100/300 100/300 100/300 100/300

mm 0,15 0,20 0,22 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50

Kg 3,35 5,90 7,31 8,86 12,91 16,70 20,24 24,10 28,85

Copolímero de superior qualidade, com grande resistência ao nó, memória muito reduzida, elasticidade mediana e tratamento anti salinidade, é um fio muito generalista sendo adequado para mar e águas interiores.


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