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INTO THE WAVE
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14 ANO IV
INVERNO
1º TRIMESTRE 2013 TRIMESTRAL GRATUITO DIRECTOR VIRGILIO MACHADO jornaldpesca@gmail.com
SAKURA
p. 8
Os vinis que fazem a diferença.
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SURF TECH POTENZA Saiba mais sobre o fio do momento.
p. 22
JAIME SACADURA Apresenta as novas Akadas.
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JORGE PALMA Conheça melhor as corvinas.
SAIBA O QUE VALEM ALGUMAS NOVAS CANAS PARA OS ACHIGÃS. p. 20
AS REPORTAGENS MAIS INTERESSANTES DE CAÇA E PESCA DA PENÍNSULA IBÉRICA.
OS MELHORES CONTEÚDOS INTERNACIONAIS.
300 HORAS DE ESTREIAS ANUAIS 2013
1º TRIMESTRE
INVERNO
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EDITORIAL
Nova época está à porta
A nova temporada da pesca desportiva está praticamente à porta. No ano que agora começa muitos são os objectivos em fazer melhor que em 2012. Da parte dos pescadores em conseguirem alcançar melhores resultados, da parte dos organizadores, estancar a quebra de participantes é o principal objectivo já que os dias que correm não são bons para as modalidades amadoras. Apesar das dificuldades económicas do país, a verdade é que a pesca de competição vai continuando a dar alegrias aos portugueses, prevendo-se que este ano a exemplo de 2012, Portugal consiga mais feitos. Os títulos conquistados pelas equipas portuguesas e pelos pescadores, continuam a ser no entanto escassos para merecerem a atenção de algumas entidades. Veja-se por exemplo a entrega de prémios de desportistas do ano 2012 da Confederação do Desporto de Portugal. Entre os laureados 20% eram da pesca, mas apesar disso nenhum pescador ou clube de pesca que em 2012 alcançou o título de Campeão do Mundo foi finalista entre os desportistas do ano. Na lista estavam alguns nomes que merecem todo o nosso apoio como atletas, mas que o melhor que fizeram na época anterior foi serem relegados para lugares fora do pódio. Ou seja, a pesca desportiva apesar de ser a segunda modalidade portuguesa mais premiada internacionalmente está longe dos lobbys de pressão para conseguir pelo menos uma nomeação para os atletas do ano. Contudo a pesca desportiva tem servido nas últimas semanas para contar espingardas para a eleição dos novos dirigentes do Comité Olímpico Português. A verdade é que apesar de não ser uma modalidade olímpica, os candidatos ao COP tem-se desdobrado em contactos para garantir o voto das Federações das modalidades de forma a poderem ser eleitos. Resta pois saber se após a eleição vão continuar a olhar para a Pesca Desportiva e para outras modalidades da mesma forma que sempre olharam ou se finalmente vão assumir uma postura de contribuir para uma melhor Pesca de competição em Portugal. Virgílio Machado Nº 14 ANO IV INVERNO 1º TRIMESTRE 2013 PROPRIEDADE Mundinautica, Lda. REDACÇÃO, PUBLICIDADE E MARKETING Lourel Park, Ed. 5 2710-363 Sintra T. 219 617 455 F. 219 617 457 EDITOR Jorge Mourinho DIRECTOR Virgílio Machado - virgilio.machado@mundinautica.com Redacção Paulo Soares - paulo.soares@mundinautica.com DEPARTAMENTO GRÁFICO Fernando Pina COLABORAM NESTE NÚMERO António Marques, António Xavier, Carlos André, Darren Cox, Fernando Encarnação, Gomes Torres, Jaime Sacadura, Joaquim Moio, Jorge Palma, José Calado, Márcio Rafael, Paulo Soares e Vega.
Impressão Dilazo, S.A. ZI Frielas - Rua Cidade de Aveiro, 7 - A Armazém C - 2660-081 FRIELAS T. 219 897 340 F. 219 886 058 DISTRIBUIÇÃO Chronopost TiRAGEM 7.500 Exemplares PERIODICIDADE Trimestral preço Gratuíto erc Nº registo: 125807 depósito legal Nº 305112/10 Nota: As opiniões, notas e comentários são da exclusiva responsabilidade dos seus autores ou das entidades que fornecem os dados. Nos termos da lei está proibida a reprodução ou a utilização, por quaisquer meios, dos textos, fotografias e ilustrações constantes destas publicações, salvo autorização por escrito. © Mundinautica Portugal, Lda.
VEGA NA TURQUIA.
A VEGA acaba de realizar um acordo de distribuição dos seus produtos na Turquia, mercado muito difícil e que abre enormes expectativas de negócio à marca Portuguesa. Sendo um país de 70 milhões de habitantes e com cerca de 4 milhões de pescadores, entre mar e água doce, é no entanto um mercado ainda por explorar e com grandes potencialidades. O novo distribuidor da VEGA é um dos mais conceituados pescadores e líderes de opinião turcos, de nome ERGIN BALIKCILIK, com sede em Istambul, o qual garante desde já um posicionamento da marca num segmento médio-alto, indo assim ao encontro dos desafios que a VEGA tem vindo a sustentar nos últimos anos. Para já o novo distribuidor irá comercializar a gama actual de artigos que a VEGA apresenta para 2013, mas já existe trabalho realizado no sentido de desenvolver produtos específicos para o mercado turco, onde a empresa ERGIN BALIKCILIK é um dos principais players. Seguem-se outras novidades que a seu tempo serão divulgadas. Entretanto a cana Vega Potenza Supercore já foi alvo de testes por parte de experimentados pescadores Turcos no mar do Bósforo, tendo-se revelado á altura das maiores exigências. Os testes realizados pelo novo agente Vega na Turquia permitiu dar a conhecer as capacidades desta cana junto da elite turca da modalidade que foi unanime em considerar a Potenza Supercore como uma cana de eleição.
Best of Bóia 2013 Vem Aí.
O Best Of Bóia – Pesca de Competição de Bóia está de volta para a edição de 2013. Depois do sucesso alcançado em 2012, este torneio de pesca à bóia, que conta com o apoio do Jornal da Pesca, sofreu alguns ajustamentos e promete ser ainda mais competitivo. Os responsáveis pela organização já fizeram saber que o torneio irá ser realizado em Viana do Castelo no fim-de-semana 11 e 12 de Maio, com a primeira prova no sábado de tarde e a segunda no domingo de manhã. Desta forma pretende-se reunir o maior número de participantes de norte a sul, para que possa promover a modalidade, a amizade e a candidatura de Viana do Castelo ao Europeu de Bóia 2014.
NOTICIAS Nacional de Feeder
Pesca Desportiva está de luto.
Zona Norte.
Decorreu no passado dia 17 de Março na Pista de Pesca de Chaves a 1ª Prova do Campeonato Nacional de Feeder – Zona Norte. A prova a participação 40 pescadores, divididos por 5 sectores. Nas 5 horas de pesca atingiu-se o impressionante número de… 371,570Kg, o que perfez uma média de 9,300Kg por pescador. Rafael Machado do CP Merelim S. Paio que totalizou 31,230kg está no primeiro lugar da classificação geral da Zona Norte. Já Márcio Gaio do Team Vega capturou 8,020, estando na 18ª posição da classificação geral com 4 pontos, menos três que o líder.
O Grupo Desportivo os Amarelos de Setúbal está de luto com a morte de Luis Pereira, um dos elementos desta equipa e que muito deu á pesca desportiva embarcada do Clube. Conhecido pela dinâmica e vontade que colocava em tudo o que fazia, Luís Pereira, foi vítima de falecimento prematuro e deixa a pesca desportiva mais pobre. A VEGA e o Jornal da Pesca, onde o Luis colaborava sempre que o tempo o permitia, lamentam a partida deste Amigo e grande pescador. À família enlutada, ao Clube e a todos os amigos os mais sinceros votos de pesar da VEGA e Jornal da Pesca.
Open de Surfcasting Nacional embarcado de Achigã na Praia do Carvalhal. Equipas Marietel em destaque.
O CAP de Setúbal vai realizar no próximo dia 12 de Maio, a 4ª edição do Open de Surfcasting, que terá lugar na praia do Carvalhal/Pego. A prova que conta com o apoio da VEGA, terá início às 7 horas com a concentração e promete uma grande jornada de convívio que terminará com um almoço entre os participantes. Com uma lista de prémios bastante interessante este Open de Surfcasting promete reunir mais uma vez um elevado número de participantes. As inscrições para a 4ª edição do Open de Surfcasting do CAP de Setúbal podem ser realizadas através do 925 951 869 ou 962 774 970. 2013
1º TRIMESTRE
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As equipas da Marietel / TMN estiveram em destaque na jornada inaugural do campeonato Nacional de pesca embarcada ao Achigã que no fim-de-semana de 9 e 10 de Março, arrancou na barragem de Santa Clara. Numa jornada marcada pelo mau tempo, Joaquim Moio e João Grosso, vice campeões nacionais de 2012, terminaram esta etapa inaugural do campeonato na sétima posição, com um total de 23 pontos, fruto de um 9º lugar na primeira prova e um 14º na segunda. Já Gualdino Angelino e António Casimiro, foram mais regulares e terminaram a prova de Santa Clara na segunda posição com 8 pontos, a apenas 4 pontos da liderança de João Pedro Queiroga e Paulo Vales. Destaque igualmente para a prestação da equipa Marietel José Moreira e David Ala, que apesar de não terem capturado nenhum peixe no primeiro dia de prova, acabaram por alcançar no segundo dia um sexto lugar, fruto da captura de 5 peixes que totalizaram 4,126 Kg, saindo assim de Santa Clara na 19ª posição da geral com um total de 38 pontos. A próxima ronda do campeonato está marcada para a barragem do Alqueva a 22 e 23 de Junho.
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NOTICIAS
O grupo SERT volta a ter força em Portugal. Depois de alguns anos “desaparecida” do mercado nacional, a marca francesa mais importante de pesca desportiva SERT, acertou com a Mundinautica a distribuição, por esta, dos seus produtos em Portugal. A negociação foi fácil e satisfaz ambas as partes, uma vez que, se por um lado a Mundinautica passa a disponibilizar uma oferta muito mais alargada de produtos a todos os pescadores desportivos portugueses, o grupo SERT consegue ter no seu novo distribuidor um parceiro empenhado e capaz de colocar as marcas distribuídas pela SERT no lugar que merecem. Sendo a Mundinautica líder do mercado com a sua marca própria Vega, é expectável que o novo distribuidor consiga potenciar as óptimas relações de parceria que mantém com as melhores lojas de pesca do nosso país, sendo por isso aguardado com muita expectativa o resultado desta operação. Cabe informar que o grupo SERT engloba, para além dos seus produtos próprios, gamas das marcas SAKURA, PROWESS, HEARTY RISE, SUNSET, KATUSHA, ANATEC e GARBOLINO. Esta última acaba de ser incorporada pelo grupo SERT, pelo que neste momento todos os sectores e modalidades de pesca ficam cobertos pelo grupo francês. Se a SAKURA e HEARTY RISE nas modalidades de spinning dispensam apresentações, que dizer da GARBOLINO na pesca de água doce de competição e feeder, ou da marca SUNSET no segmento de Surfcasting. E para completar a oferta ainda teremos a oportunidade de conhecer a PROWESS, marca líder em França no sector do carpfishing. Estão assim criadas as condições para que os pescadores desportivos portugueses possam aumentar as suas opções em segmentos de elevadíssima qualidade, desfrutando de produtos que irão corresponder seguramente às suas exigências e expectativas. Na última edição da Mora Pesca os pescadores puderam conhecer uma pequena amostra do que será comercializado a partir deste momento, ficamos agora á espera que estas gamas de produtos cheguem rapidamente às lojas para satisfação de todos os pescadores.
VEGA em destaque na Mora Pesca. A VEGA esteve presente da 11ª Edição da Feira de Artigos de Pesca Mora Pesca 2013, que teve lugar no centro de exposições da Vila de Mora nos passados dias 22, 23 e 24 de Fevereiro. Este ano a Mora Pesca contou com mais de 30 expositores que ocuparam 106 stands, num total de 3.500 metros quadrados. O evento tem ganho relevância a nível nacional e é actualmente uma referência para a modalidade da pesca desportiva. Na Mora Pesca a marca VEGA apresentou as novidades da colecção de 2013 aos visitantes, as quais mereceram a aprovação da generalidade dos pescadores desportivos que visitaram o stand da marca. Este evento foi, igualmente, o palco escolhido pela Federação Portuguesa de Pesca Desportiva para a entrega dos prémios aos campeões da época 2012, do qual salientamos a classificação do nosso atleta Carlos Costa, que se sagrou Campeão Nacional (Rio) e de Márcio Gaio, que foi terceiro classificado no mesmo campeonato. Já em termos colectivos, o TEAMVEGA alcançou a terceira posição no Campeonato Nacional de Clubes.
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2012
MATERIAIS
VERSATILIDADE E FUNCIONALIDADE TEXTO E IMAGENS Redação
A
Vega acaba de lançar uma nova gama de sacos destinados á pesca lúdica e outras actividades outdoor. Idealizada com a funcionalidade e versatilidade em mente, foi desenhada com especificações que permitem facilitar o transporte dos seus acessórios nas suas incursões ao ar livre. Para a sua confecção fez-se recurso ao Polyester 420 Deniers com pelicula interna impermeabilizante que garante uma considerável resistência á água, protegendo os equipamentos transportados dos elementos da natureza e de pancadas indesejadas. Esta gama é constituída por duas mochilas, uma delas dupla, e dois sacos multiusos.
SPINNER
Modelo destinado ao spinning e constituído por duas mochilas, uma dorsal com 50x35x20cm e uma ventral com 26x23x9cm. Podem ser utilizadas em conjunto ou em separado, sendo a mais pequena fixada neste caso 2013
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a tira colo com fixação adicional de cintura. Apresenta um bolso com divisão interna e inclui uma caixa plástica para amostras amovível, fixada com velcros á pala de abertura para facilitar o manuseio com uma só mão. No exterior tem uma rede elástica para retenção de pequenos objectos e um mosquetão extensível para fixar um utensilio de pesca. A mochila dorsal apresenta dois bolsos independentes, sendo o maior “alargável” através de um fecho integral. Na frontal exterior tem a rede de retenção á imagem da sua “irmã” mais pequena. Ambas têm as alças e as “costas” acolchoadas para um contacto mais cómodo com o seu utilizador.
Saco de transporte multiusos com um grande bolso central com cerca de 12L de capacidade, dois generosos bolsos laterais e um frontal ventilado. Pode ser transportado pelas pegas de mão ou a tira colo através de uma alça ajustável. O fundo inclui quatro aplicações antiderrapantes em borracha que também protegem o fundo do saco de contactos mais abrasivos. 43x23x26cm.
cipal de maior capacidade, um intermédio frontal e um terceiro mais pequeno e de posição frontal inferior. Contém ainda dois pequenos bolsos laterais em rede e aplicações de velcro para melhor fixação de objectos. As “costas” e alças são acolchoadas para superior comodidade. 50x37x22cm
COAST
ROCK
SALTER
Mochila de capacidade média, com três bolsos independentes, sendo um prin-
Saco tira-colo com 40x30x17cm, um bolso de tamanho integral e dois mais pequenos frontais. Todos os bolsos incluem fechos zipper e são cobertos por aba também com fechos, estes plásticos de mola.
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SPINNING
LUXXE SPIN
A ROBALEIRA TODO-O-TERRENO… DE LUXO TEXTO E IMAGENS Gomes Torres
Alguns exemplos de amostras que podemos utilizar com este conjunto
Q
uando na pesca usamos algo pela primeira vez, assolam-nos sempre as habituais questões sobre como será a qualidade do material, a durabilidades dos seus componentes ou o desempenho deste, face às nossas necessidades. Daí que conhecer um pouco os pormenores relacionados com o fabrico de uma cana, é meio caminho andado para entender o comportamento ou a durabilidade da mesma. Para o spinning de mar em particular, as exigências para com o equipamento são amiúde bastante alargadas, porque nesta pesca de nómada não podemos levar uma cana para cada
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tipo de técnica e por outro lado, correr o risco de algum componente ou a própria cana ceder ao praticar uma variante mais exigente desta modalidade. O spinning é maioritariamente feito a pé e por vezes em deslocação constante, interessando-nos por isso uma cana que cumpra todos os requisitos de qualidade, durabilidade e polivalência. Com esta preocupação, a Vega concebeu uma cana para o spinning de mar, construída com materiais topo de gama, cujo desempenho permite uma
utilização alargada na pesca com iscos artificiais, indo justamente de encontro às necessidades do “spinner” de robalos.
A Luxxe Spin
O que dá “personalidade” a uma cana de amostras é sobretudo o seu blank, ou seja a “vara” construída em fibras e/ou tecido de carbono, onde depois são montados todos os restantes componentes. Esta personalidade é obtida,quer a partir do material que constitui a matéria-prima (o tipo de carbono) e que pode
ser associado a outros materiais, bem como o processo de fabrico utilizado para conseguir os diferentes tipos de acção possíveis. Para o fabrico desta cana, a Vega utilizou tela de carbono de alto módulo e tecnologia Nanoflex, que permite uma resistência extra, com mesma quantidade de fibra. Ou seja, mais resistência com o mesmo material. Para além disso foi ainda acrescentado um reforço em Kevlar nas zonas de maior stress, onde a cana estaria mais sujeita a esforços. De notar que o Kevlar
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SPINNING
Akada MT40
é uma fibra sintética, cuja resistência pode ser até sete vezes superior ao aço, sendo muito utilizada para a produção de coletes à prova de bala e equipamento de segurança. A capacidade de lançamento vai desde os dez gramas até aos quarenta e cinco, cobrindo assim o grande objectivo de abranger o alargado leque das amostras que habitualmente usamos nos robalos. Com este tipo de tecnologia e com o reforço mencionado, a Vega obteve um blank que dá origem a uma cana de excelência, constituída em duas partes e três metros de comprimento, conseguindo uma solução polivalente, robusta, sensível e leve, como demonstra o peso final de apenas 245 gramas. Basta pegar nela para sentir a diferença.
Os componentes
Também relativamente aos componentes, a Vega não facilitou. Para tal recorreu ao mais prestigiado fabricante destes acessórios, a Fuji. Assim encontramos aqui os passadores desta marca, do tipo Tangle Free Alconite, desenvolvidos especificamente para as linhas multifilares. Este modelo de passadores evita que
as linhas entrançadas que habitualmente usamos no spinning se embaracem neles, durante a saída de linha no lançamento, enquanto simultaneamente incrementam a distância alcançada pela amostra. Para isso contribuem os anéis internos, fabricado em Alconite, um material cerâmico desenvolvido pela Fuji e com baixíssimo atrito, que se revelou ainda 35% mais leve e 50% mais resistente que a cerâmica vulgar, segundo dados deste fabricante. O porta-carreto é também da marca Fuji. A Vega recorreu a um modelo clássico e com provas dadas relativamente à durabilidade e resistência, sendo as zonas de fixação do carreto reforçadas com anéis exteriores em aço inox. O punho em espuma EVA de grande densidade é constituído por três elementos, seguindo as tendências actuais do design para este componente. Este tipo de espuma permite uma excelente aderência, mesmo com as mãos molhadas e é extremamente resistente aos efeitos nocivos da água salgada, ao contrário doutros materiais. As extremidades apresentam pequenos anéis de corte diagonal em aglomerado de cortiça, concedendo um tom agradável à vista, nos punhos anteriores.
Com o carreto Akada MT 40, conjunto de sucesso…
Equipamos a Luxxe com o carreto Akada MT 40, nome com tradição e que nos direcciona de imediato para equipamento dedicado à pesca com iscos artificiais, para robalos e achigãs. Esta verdadeira máquina de enrolar fio, possui o corpo em alumínio
Mais um exemplar capturado com a Luxxe Spin
A libertação dos exemplares mais pequenos é fundamental para que possamos desfrutar mais no futuro.
de baixa densidade, o que só por si lhe confere uma resistência fora do habitual e um baixo peso. Um pequeno parafuso posicionado lateralmente à direita no corpo do carreto permite a lubrificação fácil do mecanismo interno, sendo uma inovação neste segmento. A suavidade de funcionamento é devida aos 12 rolamentos blindados em inox, que proporcionam também elevada durabilidade e ausência de folgas. No Akada, a pega da manivela é também fabricada em espuma EVA de alta densidade, com
2235 - Luxxe Spin
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1º TRIMESTRE
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excelente aderência e em perfeita harmonia com o punho da Luxxe, dando ao conjunto uma sensação imediata de equilíbrio. Como seria de prever, na prova de mar, este duo funcionou na perfeição, com todo o género de amostras. Desde os stickbaits e jerks até aos vinis, é impressionante o despenho do conjunto. Nos lançamentos, a linha Potenza Braided de 0,22mm, flui com muita facilidade, graças ao desenho da bobina do carreto e aos passadores, que revelam aqui o seu verdadeiro desígnio. Fica-nos a sensação de poucas oportunidades e a “saber a pouco”, para poder disfrutar deste magnífico conjunto, mesmo que o façamos todos os dias das férias…
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SPINNING
SOFT BAITS
& CABEÇOTES
TEXTO E IMAGENS Redação
Referência internacional na pesca aos predadores, a Sakura apostou á já algum tempo numa alargada gama de Soft Baits e cabeçotes, tanto para o mar como para águas interiores. Esta aposta revelou-se um êxito e tem tido uma evolução e desenvolvimento notáveis. Em destaque na categoria dos soft Baits estão o Slit Shad, o Punshad e o Majikeel. Slit Shad
Apresenta um corpo de secção quase triangular em que o dorso apresenta uma fenda, ideal
de animação, as pulsações da cauda vão ampliar e propagar possantes ondas de baixa frequência, detectáveis a grandes
SLIT SHAD
para camuflar a ponta de um anzol numa montagem Texas ou melhor centrar um cabeçote. Uma ranhura ventral foi também incluída para facilitar o deslizar dos anzóis Offset durante a ferragem e sem prejudicar o seu posicionamento durante a animação. A cauda foi especialmente desenhada para proporcionar uma grande mobilidade e uma intensidade vibratória óptimas. Imediatamente antes do pedúnculo caudal, o Slit Shad possui duas zonas de articulação que ampliam os batimentos e vibrações da cauda, transmitindo-as a todo o conjunto da amostra. A terminação da cauda é fina, plana e de forma ovalizada o que permite a sua acção imediata, mesmo a reduzida velocidade de recuperação/animação. Aumentando a velocidade
distâncias. O Slit Shad está disponível numa alargada variedade de cores e em cinco tamanhos entre 50mm e 125mm. As versões de 85mm, 100mm e 125mm são especialmente indicados para os achigãs e robalos com técnicas de Spinning ou vertical Jigging. Para uma atracção adicional, o Slit Shad está impregnado de sal a 10% e um atractivo á base de crustáceos.
Majikeel
O Majikeel entra definitivamente no círculo fechado dos melhores Soft Baits do merca-
Majikeel é extremamente fácil de animar quando utilizado em conjunto com os cabeçotes Makaira, perfeitamente adaptados ao seu perfil fusiforme ou com os Pollax que incluem o bónus do som produzido. Disponíveis nos tamanhos 125mm, 165mm e 220mm e em doze cores comprovadamente eficazes.
SNOOP
O Snoop é um soft Jerkbait que faz reagir os carnívoros mais desconfiados. Moldado à mão e impregnado de um atractivo á base de feromonas e anis, possui um perfil e uma densidade que o faz evoluir naturalmente à mais pequeMAJIKEEL MONTADO COM CABEÇOTE MAKAIRA
Punshad-T
É um Soft Swimbait com perfil muito natural, cuja natação foi estudada para imitar da melhor forma um peixe presa, alimentação habitual de robalos e corvinas. Associado a um cabeçote Sakura Fishead ou Pollax, o Punshad-T apresenta silhueta estimulante e uma natação perfeita, caracterizada
PUNSHAD-T COM CABEÇOTE LABRAX
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por um “rolling” pronunciado. Montado num cabeçote Sakura Labrax Bruiteuse, obterá um rolamento lateral ainda mais pronunciado, uma amplitude de movimentos ainda maior e um estímulo sonoro determinante. Impregnado com feromonas naturais, o Punshad-T torna-se irresistível aos sentidos de todos os predadores. As emanações que produz são um factor atractivo único que o tornam num dos shads mais eficazes do mercado.
do. É um Soft Jerkbait que faz a diferença graças ao seu perfil e natação que emitam uma pequena enguia, presa favorita dos predadores marinhos. Graças ao atractivo á base de feromonas naturais, os predadores conservam o Majikeel na boca por mais tempo, permitindo assim melhor detecção dos ataques e consequentes ferragens. O modelo de 165mm têm-se revelado um verdadeiro amante dos robalos enquanto o de 220mm é particularmente apreciado pelas corvinas. O
na animação da ponteira da cana. O Snoop oferece variadíssimas opções de pesca desde a sub-superfície a pesca profundas. Nos tamanhos mais pequenos, entre 100mm e 150mm, montado com um anzol “offset” de abertura larga e sem qualquer peso adicionado, apresenta um mimetismo extraordinário para ultrapassar a desconfiança dos predadores em águas pouco profundas. Montado com um pequeno cabeçote tipo Pollax ou Fishead, permite provocar INVERNO
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SPINNING
os peixes mais letárgicos, tanto na queda como na animação. Nos tamanhos maiores, 180mm ou 230mm, montado com cabeçotes entre as 50g e as 125g, permite a captura dos grandes predadores de fundo junto a destroços de naufrágios ou formações rochosas. O Snoop dispõe, para maior poder atractivo, de um rattler interno nos tamanhos entre
mais do que á partida aparentam. Na realidade o design e equilíbrio dos cabeçotes que utilizamos influenciam decisivamente a montagem correcta dos vinis nos mesmos e a forma mais ou menos natural como os apresentamos aos diversos predadores. Obviamente essa apresentação vai influenciar, algumas vezes de forma decisiva, a maior
Makaira
para os Majikeel até 125mm ou outros vinis de perfil semelhante e nas gramagens superiores são indicados para quase todos os vinis fusiformes inclusive em técnicas de apresentação vertical. Os Makaira têm um coeficiente hidrodinâmico óptimo para técnicas de lançar/recolher com animações rápidas e para pescas mais profundas mesmo em plena corrente. MAKAIRA
SNOOP
100mm e 150mm, e fornecido separadamente nas versões de 180mm e 230mm. Fundamentais no lançamento e adequada animação da maioria das amostras de vinil, os cabeçotes representam 2013
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ou menor produtividade das nossas saídas de pesca. Assim a Sakura inovou, oferecendo uma gama de cabeçotes estudados e testados para ultrapassar uma série de lacunas identificadas no mercado da pesca com vinis.
É uma gama ultra polivalente com catorze gramagens disponíveis entre 0,9g e 90g. Os Makaira até às 3,5g são perfeitos para as técnicas “finesse” modernas como o Rock Fishing. Das 5g às 14g são especialmente indicados
Pollax
Imita uma cabeça de peixe com anzol fixo que permite uma montagem ultra-rápida e com excelente conexão entre a maioria
POLLAX COM MAJIKEEL
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SPINNING
dos vinis e o cabeçote. Esta é uma cabeça que favorece o rolamento natural dos vinis com especial incidência nos que apresentem perfil de shad. Adapta-se perfeitamente não só ao Punshad-T e ao Majikeel como a numerosos soft baits presentes no nosso mercado. Característica particular e diferenciadora do Pollax é a camara interior de som com rattlers que oferece, adicionando um atractivo que desperta, pelos sons e vibrações produzidas, os instintos predatórios das principais espécies das nossas águas. O cabeçote Pollax está disp onível em oito gramagens entre as 14g e as 125g.
Labrax
É um cabeçote em tudo semelhante ao Pollax com a particularidade de ser articulada por Artes Pesca.pdf
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acção do anzol que ao invés de ser fixo como habitual, é móvel e amovível. Este sistema tem ainda a vantagem de permitir trocar o anzol por outro do tamanho da nossa preferência ou por este se encontrar
naturalidade de apresentação dos vinis. Outra originalidade deste modelo é a camara de som integrada, equipada com uma esfera de tungsténio que lhe confere uma sonoridade grave que tanto atrai e provoca os predadores. Está disponível entre as 14g e as 125g e é compatível com a maioria dos vinis disponíveis no mercado.
LABRAX COM ESFERA INTERNA DE TUNGSTENIO
Inicialmente estudados e desenhados para assegurar um “rolling” perfeito aos soft baits Punshad-T da Sakura, os Fishead revelaram ser os cabeçotes ideais para
Fishead
com o bico danificado. Estas cabeças articuladas oferecem uma acentuada amplitude de natação e uma “liberdade” de movimentos que potência a
garantir uma apresentação e uma natação óptima à maioria dos soft baits presentes no mercado. Com uma gama de onze tamanhos entre as 5g e as 125g, revela-se muito versátil, oferecendo numerosas utilizações desde a animação quase superficial de um Jerkbait de pequenas dimensões até à apresentação vertical profunda de um shad de maior volume.
FISHEAD
11:02 AM
zon.pt
Canal 142
SURF CASTING
CAP DE SETUBAL
DE REGRESSO AO SEU LUGAR NA 1ª DIVISÃO NACIONAL
TEXTO E IMAGENS António Marques –Capitão CAP SETÚBAL
C
om o Campeonato da 1ª Divisão Nacional de Clubes á vista, importa relembrar o percurso traçado no Campeonato Nacional de Clubes – 2ª Divisão – Zona Sul - 2012, que nos proporcionou o regresso com o título a uma divisão que sempre considerámos ser a nossa e da qual descemos inesperadamente no campeonato de 2011. O CAP SETÚBAL venceu meritoriamente o Campeonato, disputado por 15 equipas, com 13 pontos, conseguindo uma diferença de 14 pontos para o 2º classificado que seria a A.P. Grândola com 27 pontos. Na 1ª prova que se realizou na Praia do Carvalhal, saiu vence-
se depararam com uma prova com pouquíssimo peixe em que foi muito difícil conseguir alguma captura e outra em que com o mar bem agitado, apareceram sargos, robalos e bailas que permitiram boas capturas embora quase sempre longe, a mais de 100m, por detrás da rebentação. O campeonato terminou na Praia do Barril – Tavira, conAnzol Potenza firmando o 5555 tão ansiado titulo para o CAP de Setúbal. Tecnicamente, podemos afirmar de forma algo simplista que
lizámos as canas Vega Potenza Hybrid e principalmente a sua evolução a Potenza Supercaster em 4,20m e 4,50m. Esta é uma cana construída em SHM Nanocarbon, muito fina e com capacidade de lançamento até às 300g. Esta cana é muito potente com o elemento central muito poderoso que permite o “Ground Cast” com facilidade e em segurança. Está montada com passadores Fuji série K em Alconite e tem ponteira híbrida de origem, no entanto está também disponível
Foi desta forma e com estes materiais que o Paulo Santos fez 1º absoluto na 2ª prova no Carvalhal com 3,964Kg, que o António Silva fez também 1º absoluto na 3ª prova na Comporta com 2.446 Kg, e que o Ricardo Valido fez 2º absoluto na 5ª prova no Barril com 2.121kg A pesca em geral e a pesca de competição em particular é uma actividade multifactorial, isto é, o sucesso é o resultado de uma equação com várias incógnitas.
vencemos o campeonato a pescar longe com montagens de 2 anzóis e iscadas de ameijoa branca, pois foi desta forma que conseguimos ser mais eficazes na maioria das provas. Como todos nós sabemos o sucesso na pesca, seja ela de competição ou lúdica, não se resume a uma montagem. São igualmente importantes factores como as canas, carretos, linhas e anzóis de qualidade, técnica e capacidade de lançamento, frescura dos iscos, leitura dos pesqueiros, etc. Relativamente aos materiais, uti-
a clássica ponteira tubular como opção. Utilizámos ainda os anzóis Potenza 5555 e os fios Akada FC, Potenza Fluorocarbon ST, o novo Potenza Surf-Tech que se revelou um extraordinário fio para carreto e as pontas de choque, Potenza Shock leader. Estas pontas são produzidas 100% em Premium Nylon, apresentam uma excelente resistência linear e á abrasão, têm uma grande durabilidade e estão disponíveis em bobines de 5 pontas cónicas de 15m cada e diâmetros de 0,18mm-0,47mm, 0,20mm-0,47mm, 0,23 mm-0,50mm e 0,26mm-0,50mm.
Por vezes, o sucesso depende da capacidade para simplificar (reduzir o nº de incógnitas), tornar a pesca simples, ser pragmático; penso que foi o que aconteceu neste caso: uma montagem e um isco basicamente resolveram este Campeonato de Clubes. A probabilidade de no próximo ano ser desta forma é muito baixa. Não há dois campeonatos iguais, assim como não existem duas provas iguais. É por isso que a pesca é uma actividade fascinante, que nos obriga a ser criativos. Nunca sabemos à partida qual vai ser o resultado final.
Equipa do CAP de Setúbal
2233 - Potenza Supercaster
dora a equipa da A.P. Grândola Sta. Margarida, tendo-se o CAP de Setúbal qualificado no 3º posto. Esta foi uma prova particularmente difícil, com pouco peixe e algumas grades devido á abundancia de caranguejo que comia os iscos. Na 2ª prova, também na Praia do Carvalhal, o CAPS concluiu em 1º, ascendendo á liderança do campeonato, posição que não mais largaria. De referir a título de curiosidade que em cada uma das praias em que se realizou o campeonato, Carvalhal, Comporta e Barril, os concorrentes
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BANCO ENSÁIO
LINHA SURF TECH POTENZA
MONOFILAMENTOS DE PESCA, COMO ESCOLHER?
TEXTO E IMAGENS António Xavier
Q
uando chega a hora de substituir os fios de pesca dos carretos, muitos pescadores têm apenas em consideração o diâmetro, a resistência à tracção e o preço. Estes factores, embora muito importantes, não são suficientes para a escolha mais eficaz e correcta. Outras propriedades numa linha de pesca como a memória, resistência aos nós e à abrasão e a pouca elasticidade são também essenciais.
CARACTERÍSTICAS DOS MONOFILAMENTOS
Flexibilidade - esta é a característica que se observa pelo “toque” do fio. Os fios podem ser macios ou rijos. Para as bobines dos carretos preferem-se os fios macios; para os terminais ou shock leader os fios rijos. Resistência à ruptura - indica a capacidade do monofilamento resistir ao peso. Este argumento é importante, mas não decisivo. Revela-se mais importante para o shock leader e nos terminais. Resistência à “cabeleira” muito importante nos fios para os estralhos ( fio que empata o anzol). Normalmente, quanto mais rijo for o fio mais resistente é à “cabeleira”. Resistência à abrasão - no mar, os fios sofrem grande desgaste, provocado por variadíssimos elementos : sal, violência das ondas, areia que circula nas correntes, pedras com tudo o que a elas está agarrado, etc.. Os monofilamentos são mais resistentes a tudo isto quando são impermeáveis à água, protegidos contra a radiação solar UV, etc. É evidente que esta resistência tem limites. Os
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monofilamentos mais resistentes são normalmente tratados com silicone ( que aumenta a sua impermeabilidade). Mais recentemente surgiram os monofilamentos fluoro-carbon totalmente impermeáveis e muito resistentes à abrasão, mas caríssimos! Memória mecânica - a memória do monofilamento é bastante prejudicial tanto no carreto como nas baixadas. A memória é a característica, pela qual um fio “recorda” a posição em que se encontrava e a conserva posteriormente. É impossível encontrar fios sem nenhuma memória mecânica mas, hoje em dia, já se fabricam linhas com memória muito reduzida. Elasticidade - esta é uma característica objectiva e fácil de observar. Geralmente nos carretos preferem-se linhas com pouca
elasticidade. Nas baixadas e no shock leader deve também evitar-se estas linhas. São normalmente boas, para os carretos, em pescas ligeiras e perto (distâncias que não prejudiquem o sentir do toque de peixe).
TESTES AOS MONOFILAMENTOS
Para verificar estas características numa linha, basta efectuarmos alguns testes muito simples, na loja onde vamos adquirir o fio. Por exemplo, não é necessário nenhum equipamento específico, para testar a resistência à abrasão : uma pequena faca é suficiente para o realizar. Basta que um companheiro estique com as duas mãos um pedaço de linha, enquanto você, com a faca colocada a 90 graus, raspa fazendo uma pressão ligeira, até que esta se parta. Este teste
não é possível em monofilamentos muito finos, porque se partiriam imediatamente. Isto não sucederá com um fio de diâmetro médio, por exemplo 0.45. Ficará surpreendido com as diferenças de resistência em fios de marcas diferentes, ou em diferentes modelos da mesma marca. Alguns quebrar-se-ão rapidamente depois de algumas passagens, outros resistirão ainda durante algumas dezenas de passagens com a lâmina. O importante para realizar bem este teste, é esticar muito bem a linha e não fazer demasiada pressão com a lâmina. A resistência aos nós é outra característica fácil de comprovar. Basta atar a extremidade da linha a uma balança de mola e colocar sucessivamente pesos maiores até atingir o momento de ruptura. Outra forma ainda mais simples de INVERNO
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fazer este teste, consiste em passar duas linhas diferentes, mas com o mesmo diâmetro, uma pela outra e puxar até que uma delas se parta. Este teste só permite, como é evidente,comparar duas linhas entre si. A memória mecânica da linha é outra característica muito importante. Muitas linhas conservam “teimosamente” as espirais que se produzem, quando estão há muito tempo na bobine do carreto. O lançamento fica diminuído por este motivo e a linha mantém estas características, mesmo depois de ter sido bem esticada pela luta com um bom “peixe pedra”. Por outro lado há outras linhas que saiem da bobine do carreto deslizando pelo seu bordo sem ganhar jeitos. A prova da memória do monofilamento é simples. Primeiro retire uns dois metros da bobine para verificar, quando a linha sai, se se mantêm as espirais. Depois prenda cerca de um metro de linha entre as duas mãos e estique-a bem, mantendo-a em tensão pelo menos durante 5 segundos. Quando largar a linha verifique se as espirais se formam, ou se o fio aceita a sua nova posição direita. Há ainda outros testes que poderá realizar. Faça passar a linha pelos dedos para verificar se ela é suave e desliza bem ou se pelo contrário é aspra. Ponha o monofilamento em contraluz para se assegurar se é opaco ou translúcido. Verifique se a linha tem a sua coloração preferida, as linhas vão desdo o negro opaco ao branco cristalino. 2013
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A cor do Surf Tech permite um excelente control da direcção de lançamento e posterior posicionamento da nossa montagem
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BANCO ENSÁIO Se desejar ser um pouco mais preciso no seu teste, adquira um micrómetro e poderá testar o diâmetro dos monofilamentos. Ficará surpreso ao verificar, que muitos monofilamentos do mercado não correspondem às indicações especificadas nas bobines (o diâmetro da linha é sempre superior, e às vezes bastante superior!).
Nova linha da Vega, SURF TECH POTENZA
A linha que se usa no carreto deve ser flexível,sem memória, com pouca elasticidade e resistente à abrasão e à ruptura. Flexível para deslizar bem nos passadores, sem grande atrito; sem memória para não ganhar vícios na bobine do carreto, que vão diminuindo os lança-
mentos; com pouca elasticidade para se sentir bem o toque dos peixes; resistente à abrasão para durar mais tempo no carreto. Não é fácil encontrar a linha que reuna todas estas condições. Algumas destas característica são incompatíveis. Ora a nova linha da Vega, SURF TECH POTENZA, consegue reunir uma série de caracteristicas que a tornam um caso sério para a pesca. De cor laranja opaca e com pouco brilho, apresenta uma flexibilidade razoavel, elasticidade quase nula e resistência bastante elevada. Em acção de pesca apresenta boa visibilidade fora de água permitindo controlar com facilidade a direção dos nossos lançamentos. O facto de ser isenta de memória mecânica ajuda-nos a realizar maiores lan-
A reduzida elasticidade do Surf Tech permite que os toques sejam assinalados de forma evidente.
çamentos. Na água, assinala bem os toques de peixe pois apresenta reduzida elasticidade. Testámo-la eu e o Carlos André na prova de Quiaios da 1ª divisão de clubes e temos pescado com ela desde aí. Com bobines de 1000 metros nos diametros de 0.16; 0.18; 0.205; 0.225 e 0.250 mm e 300 metros
nos diametros 0.300; 0.350 e 0.400 mm. Estas dimensões correspondem exatamente às exigências que os pescadores, principalmente os de competição, vêm pedindo às marcas nacionais. Concluindo esta é uma linha de excelencia para carretos na pesca de surfcasting.
SURF CASTING
INTO THE WAVE TEXTO E IMAGENS Redação
“I
nto the wave” é o lema da Sunset, marca de prestígio internacional pertencente ao grupo Sert. Na realidade Sunset começou por ser a designação das canas de surf casting topo de gama da Sert á cerca de vinte anos. Essa designação foi ganhando prestígio e reconhecimento ao longo dos anos ao ponto de começar a ser identificada como submarca. A evolução natural da então submarca e do seu prestígio levou então a uma forte aposta na sua imagem internacional e consequente “promoção” a marca do grupo Sert. Marca com especial enfoque no surf casting, mas que também dá especial atenção a técnicas como o Buldo e mesmo a pesca embarcada. “Estar na onda”, lema da marca, quer então dizer no caso específico, que a escolha correcta do material que usamos é a garantia do sucesso das nossas jornadas de pesca. Com efeito, para além do pesqueiro, estado do mar, frenesim do peixe, etc. a selecção adequada do seu equipamento é fundamental para se poder tirar o melhor rendimento dos elementos naturais que encontramos nas nossas jornadas e que amiúde são adversos às nossas pretensões. É por esse motivo que o departamento de pesquisa e desenvolvimento da Sunset se orgulha de apresentar uma grande quantidade de
Passadores Fuji Alconite com armação negra.
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novidades para a pesca de mar, que vão das canas aos carretos passando por uma vasta gama de acessórios indispensáveis á maioria das técnicas de pesca. Todos estes produtos se enquadram nos segmentos médio alto ou alto, sendo na sua maioria
encaixe e 2,6mm na ponteira. Apesar de muito fina é extremamente potente nas duas secções inferiores e no primeiro terço da ponteira. Esta característica mecânica permite elevadíssimas performances de lançamento sem prejudicar a preservação dos iscos mais frágeis durante a fase de “explosão” do lançamento e mantém também uma assinalável sensibilidade aos toques. A capacidade de lançamento da Hispex atinge as
produzidos no Japão ou utilizando componentes japoneses. Expoente máximo do esforço e conhecimento deste departamento é a cana de Surfcasting de três secções Sunset Hispex, topo de gama desta marca, referência internacional no surf casting de competição. Fora de comum, a Hispex é a cana revelação da Sunset. Com efeito, desde a decoração até às performances, nada foi deixado ao acaso na sua concepção. O blank construído em carbono de alto módulo “Technifibre”, reforçado com uma nova napa de grafite a que se deu o nome “snake” pelo seu aspecto, é extremamente fino, apresentando um diâmetro de 21mm na secção do cabo da versão de 4,5m. A secção do meio apresenta 17mm de diâmetro na zona inferior e 12mm no encaixe superior. Já a secção de ponteira, que é tubular, apresenta um diâmetro de 10,5mm ao nível do
250g, sendo o seu desempenho óptimo encontrado com chumbadas entre as 120g e as 170g. Ao nível dos acabamentos e componentes, a Hispex é irrepreensível, montando seis passadores Fuji k com anilhas em Alconite e armação em negro, conhecidos pela sua resistência adicional á corrosão. O porta carretos, igualmente da marca de componentes japonesa Fuji, está colocado a 73cm da extremidade inferior da cana em posição invertida. Este posicionamento revelou-se perfeito relativamente às características mecânicas do blank que associadas às performances asseguradas pelos passadores, permitem atingir distâncias de lançamento superiores a 140/150m utilizando chumbadas de 150g. Estamos pois na presença da cana “bandeira” da marca Sunset e que representa o que de melhor se produz mundialmente para o surf casting, seja de laser ou competição.
Pormenor do punho e do carbono Snake Technifibre.
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ISCOS ENGODOS
TIRE PARTIDO TEXTO E IMAGENS Fernando Encarnação
C
omo é do conhecimento geral dos pescadores mais experimentados, os engodos e a sua Correcta utilização revestem-se de especial importância no sucesso de algumas técnicas por nós utilizadas, porquanto podem aproximar o peixe do nosso pesqueiro, com objectivos de alimentação. No entanto existem algumas “regras” e conhecimentos básicos que devemos ter na sua confecção e posterior utilização para que possamos comprovar os seus efeitos.
O que é o engodo
O engodo é uma “oferta” de alimento em maior percentagem que a encontrada no ambiente natural, seja ele qual for, a sua finalidade é apenas uma, proporcionar tranquilidade na fase de alimentação ao Sargo e concentra-lo num determinado local ou área, de modo a que concentremos a acção de pesca naquele local, uma vez que é lá que o peixe se encontra.
Que tipos de engodo se podem utilizar
Gostaria de salientar um factor que acho de uma importância relevante. Atendendo à não destruição de espécies como ouriço, caranguejo, mexilhão ou perceves, eu pessoalmente não utilizo estas espécies no engodo, uma vez que considero que as mesmas podem perfeitamente ser substituídas, e até superadas, quando comparadas com a sardinha, senão vejamos:
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DA SARDINHA - A sardinha congelada é relativamente barata; - Não é uma espécie em vias de extinção (apesar da sobrepesca e da acção que a cadeia trófica exerce sobre a mesma: predadores do meio marinho); - Não é uma espécie que tenhamos de capturar, viva, para utilização no engodo; - É biodegradável, incluindo as espinhas que são comidas pelas gaivotas e caranguejos; - Tem um enorme poder atrativo; - Tem a particularidade de se poder utilizar como isca, engodo mais líquido ou mais sólido; Entre outros factores e características: Mencionar uma espécie marinha que não coma ou não goste de sardinha, não é uma tarefa fácil, para não dizer impossível, isto diz tudo, aquando da sua utilização. Sei que existem alguns tipos de engodo natural que podem ser capturados na baixa-mar, mas sacrificar estas espécies (caranguejos, mexilhões, ouriços, perceves, etc), em vez de, adquirir sardinha congelada, não me parece boa prática. Por exemplo sempre que vou á pesca do sargo levo entre os 6 kg a 8 kg de sardinha inteira congelada, estar a fazer o mesmo com os exemplos que dei, para além de destruir essas espécies, duvido que tenham maior poder chamativo do que a sardinha tem. A sardinha é o meu isco/engodo de eleição, pois utilizo-o todo o ano, seja como isca ou engodo. Como já referi a sardinha é uma espécie cobiçada por todas
as espécies de peixes marinhos pelo seu poder atractivo e qualidades enquanto alimento.
Como engodar
A minha experiência demonstrou-me que devo engodar pouco de cada vez mas continuamente. O pouco de cada vez é definido pelo mar, corrente, tipo de maré e pesqueiro. Já a cadência deve ser contínua, de forma a não vermos o
peixe a afastar-se em vez de se aproximar do pesqueiro, isto acontece quando estamos algum tempo sem engodar. Com o pesqueiro “feito” é conveniente ir lançando de vez em quando engodo levemente aguado ou pequenos pedaços de sardinha para cima da pedra, de forma a ser o mar através da ondulação a vir buscar esses pedaços de sardinha.
UTILIZADA COMO ENGODO
MOIDO LIQUÍDO COM ÁGUA PASTA BOLAS À MÃO (BELISCO)
UTILIZADA COMO ISCO
FILETE LOMBO RABO TRIPA INTEIRA INVERNO
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ISCOS ENGODOS
Normalmente faço a engodagem à mão (belisco) e somente por vezes levo o pisa sardinhas e faço o engodo no pesqueiro. Gosto de pescar em locais com pouca profundidade, uma vez que são aqueles que me disponibilizam boa aguagem e oxigenação, condições propícias a “fazer” um bom pesqueiro. Se existe algum segredo na pesca do sargo, ele será muito provavelmente o engodo mais do que a forma de iscar ou a utilização do próprio isco, é claro que existem outras normas, conhecimento da espécie, hábitos, locais, marés, etc. Dica: Conserve o óleo das latas de conserva de sardinha, cavala e atum que consome em casa. Este óleo para além de conter pequenos pedaços de peixe, contem a gordura e o cheiro mais que suficiente para dar aquelas magras sardinhas um “upgrade” de sucesso.
Engodo moído +/- aguado
Ao utilizarmos engodo moído ou aguado em excesso e/ou mais do que necessário, não estaremos apenas a chamar aquelas espécies que desejamos, mas também aquelas que não desejamos. Por ser um engodo mais líquido tem a capacidade de se expandir na água de uma forma mais rápida e concentrada que por exemplo o engodo ao belisco. E isto por vezes é de tal forma prejudicial que o melhor que temos a fazer
Os sargos entram bem no engodo de sardinha
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é abandonar o local. Em dias de forte corrente, com maré em fase descendente de baixa-mar, estarmos a engodar só fará com que o peixe se afaste, ou permaneça em locais mais afastados, onde essa corrente perde a força, a não ser que, o pesqueiro escolhido tenha características que lhe permitam conservar o engodo na água num determinada área, que pelos movimentos de ondulação o mantenha no pesqueiro. Quando a maré dá a volta, do baixa-mar e inicia o enchente, existe uma técnica de engodo automático, consiste em engodar no pesqueiro mas em cima da pedra, locais onde o mar vira com uma hora, duas horas, três horas, etc. Desta forma estaremos descansados da engodagem e poderemos pescar concentrados e sem essa preocupação. Pessoalmente utilizo esta engodagem esporadicamente, uma vez que as gaivotas já não têm vergonha nem medo de nós e poderá o engodo ser consumido por elas.
Engodo Sardinha
O engodo feito à base de sardinha é o mais utilizado para o mar devido sobretudo à sua eficácia e capacidade de atrair espécies. Tenho preferência por sardinha gorda, sendo a mesma congelada, por exemplo, ao adquirir sete quilogramas de sardinha congelada a uma sexta-feira à tarde, coloco as mesmas num balde de plásti-
Estes são os meus iscos de eleição, sardinha e camarão.
co, que no início da manha seguinte estará descongelado, ou quando ainda não totalmente descongelada, uma pequena porção de água do mar fará o seu trabalho no processo de descongelamento mais rápido, isto quando engodo ao belisco. Já quando piso sardinha a mesma se estiver congelada não será problema, é um pouco mais difícil que o normal mas consegue fazer-se um bom engodo moído acrescentando pequenas porções de água à medida que se vai pisando. Por vezes gosto de colocar o engodo em determinados locais, pois o estado do mar não me permite uma aproximação para engodar um determinado local, recorro ao engodo por belisco e faço uma bola com duas ou três sardinhas sem espinhas, essas bolas devem de ser jogadas quando
a onda lava o local já na fase de recuo, para que a sardinha recue com a mesma, entre no processo de centrifugação na fase entre ondas e na próxima onda engode a área. Uma nota para quem prefira fazer o engodo no dia anterior à jornada, convêm adicionar sal ao engodo, de forma que o mesmo não fermente.
Engodar à mão/Belisco
A forma de engodo utilizada por mim em 80% das jornadas, consiste basicamente em ir retirando pequenos pedaços de sardinha e ir jogando essas pequenas porções para a rocha, onde a ondulação os virá buscar. Não utilizo as cabeças e espinhas para engodar, assim tento sempre lança-las para um local ao alcance das gaivotas (estas agradecem), não deixando no entanto os pesqueiros sujos.
A engodagem ao belisco atrai o peixe grande.
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BÓIA
TÉCNICAS E SOLUÇÕES TEXTO E IMAGENS Carlos André
S
eguramente são muitas as bóias, os fios e os anzóis que se encontram nas lojas de pesca, mas a questão que se coloca muitas das vezes, principalmente por quem tem menos experiência é: como utilizar? Sempre que se aposte num determinado tipo de pesca, a montagem é feita em função desse tipo. Posto isto, teremos de ter especial atenção na escolha dos materiais a utilizar, de modo a conseguir um equilíbrio na preparação do nosso equipamento. Geralmente, um dos procedimentos mais importantes na pesca à bóia é a sensibilidade da mesma, no entanto tem de existir um equilíbrio entre sensibilidade e visibilidade. No caso de se ter uma calibragem excessiva, a bóia irá entrar na água descontinuadamente, e induzir-nos-á em erro. Ferraremos a todo o momento, mas em vão. No caso de sub calibragem, esta dificultará a sensibilidade da bóia, o que não permite ter a verdadeira noção dos toques. Durante a calibragem deveremos ter presente que o tamanho do anzol e o isco que nele iremos colocar terão influência na calibragem e equilíbrio da bóia, sobretudo em pescas mais técnicas.
Pesca à superfície
Na pesca com peixe á superfície e quando este é visível, refiro-me naturalmente à tainha, o formato ideal da bóia é o oval e sem antena. Este é um volu-
PARA A PESCA me apropriado para esta técnica devido à forma de calibrar a bóia. O fio deve passar pelo interior da bóia e a quilha deve ser o mais curta possível. A calibragem da bóia deverá ser na própria quilha com uma olivete (chumbo furado, ver figura 1). As bóias variam entre os 2 e os 5 gramas, de acordo com as condições presentes no local, como por exemplo, a altura do pesqueiro, a velocidade do vento e o diâmetro do fio no carreto. Esta técnica é muito eficaz quando se pesca em pesqueiros situados três ou mais metros acima do nível do mar, em posição vertical, porque temos visibilidade sobre o peixe e qualquer movimento de ataque que este faça sobre o isco será observado por nós. Assim, se pescássemos ao nível do mar, em posição horizontal, não teríamos este ângulo de visão sobre o peixe. A anulação da antena serve precisamente para que a linha entre a bóia e o anzol não se enleie à antena, porque entre a quilha e o anzol não existe chumbo e o espaço entre estes (estralho ou terminal) será de 10 a 30 cm. As canas para esta técnica têm de ter uma acção forte de levantamento para que possam içar o peixe com alguma facilidade, sendo relativo o seu comprimento. Ainda outro aspecto relevante é o movimento que o peixe realiza quando ataca o isco. Muitas vezes é compreendido de maneira errada
pelo pescador no momento de ferrar, sendo este gesto falhado. Portanto é uma técnica que requer muito treino por quem a pratica. Contudo, a tainha também tem formas de atacar o isco, que quase sempre resultam na sua ferragem de imediato. Quando estas atacam o isco de rabo para o pescador, ou atacam noutra posição, mas depois fazem o mesmo movimento, é fatal, e permite uma maior rapidez na ferragem e consequente rendimento.
Pesca a meia água
Compreende-se pesca a meia água quando se pesca sensivelmente com um metro entre a bóia e o anzol independentemente da profundidade do pesqueiro. Devemos optar por esta modalidade com condições de mar calmo, fraca corrente, ausência de vento e
quando o peixe (as tainhas) não está visível aos nossos olhos. As bóias ideais são as de formato lapiseira, (bóias finas e alongadas ver figura 2) por serem mais sensíveis ao toque e não devem ultrapassar a grama e meia. A calibragem deve ser com chumbo fendido macio para que não danifique a linha, bem distribuído, pois sabemos que os bons resultados estão directamente relacionados com a melhor apresentação do isco, e este está relacionado com a posição correcta do chumbo. Uma bóia montada com estas características para pescar a meia água não será indicada para situações de mar agitado e vento. Nesta técnica de pesca será aconselhável apostar em pesqueiros ao nível da água. A distância da ponteira à bóia (chamada bandeira) deverá ser tão curta quanto possível, sem
2660 - King Sword
3641 - Furiozza
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BÓIA
À BÓIA NO MAR que no entanto se incorra no risco de embrulhar a montagem, fruto de um comprimento excessivamente reduzido. O comprimento da cana é deveras importante, sendo os 5 ou 6 metros o mais indicado. Tendo em conta que os pesqueiros em que utilizamos nos permitem habitualmente, retirar o peixe com o auxílio de um camaroeiro, devemos utilizar uma cana com acção ligeira e que proporcione leveza e facilidade de manuseamento para trabalhar com bóias de calibre baixo. A cana King Sword da Vega que habitualmente uso é ideal para esta técnica pois além de ligeira e leve é muito equilibrada. É construída em carbono de alto módulo radial C5 o que lhe confere uma acção bastante rápida e ainda assim progressiva. A qualidade dos componentes e o cuidado nos acabamentos é irrepreensível. Tem capacidade de lançamento até 30g, 6 secções e pesa somente 310g aos 6m. Está também disponível em 7m, neste caso com 330g.
Pesca no fundo
A pesca à bóia no fundo está desde logo relacionada com grandes exemplares, pois é mais comum pescarem-se no fundo do que a meia água ou na superfície. Se vamos pescar a 5 ou 6 metros de profundidade temos desde logo a percepção das condições que o pesqueiro nos apresenta, como por exemplo, corrente,
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mar calmo ou agitado, vento moderado a forte ou sem vento, altura do pesqueiro, etc. A montagem da bóia nesta técnica de pesca é mais complexa: pode ir de 3 ou 4 gramas a 40 ou 50 gramas de calibre. Podemos dividir esta técnica em duas partes: calibre pesado e calibre mais reduzido para podermos assim simplificar melhor o nosso contexto. Com gramagem pesada as bóias devem estar calibradas no seu interior com 80% ou 90% do seu peso de flutuação, o restante deve ser descarregado com uma olivete (chumbo furado) junto ao anzol a bater no próprio isco (ver figura 3).Esta montagem é muito eficaz para pesqueiros com fundo de pedra, cujos obstáculos sejam inconstantes. Com bóias de calibre mais reduzido estas devem ser de formato tipo pêra ou gota (figura 4), sendo estas calibradas com uma olivete travada com dois stoppers de silicone ou dois nós feitos com linha própria para o efeito, ou ainda dois pequenos chumbos, um de cada lado da olivete, a dois palmos do anzol. Porém, as mesmas bóias podem ser calibradas com chumbo fendido macio. Esta forma de calibre é mais indicada para mares mais calmos e corrente nula ou reduzida levando o isco na descida o mais natural possível ao peixe. As canas têm de ter acção forte não só para poderem lançar bóias de calibre pesado como também para içarem peixe de bom porte. Nestes casos utilizo as canas Samurai e as novas Furiozza. Esta ultima é fabricada em carbono de alto módulo com tecnologia “Na-
Figura 1
Figura 3
Figura 2
noflex”. Esta tecnologia permite uma resistência e rigidez mais elevadas face ao reduzido peso. O porta-carretos é apoiado sobre manga retráctil por forma a preservar o blank de contacto directo com o metal do porta-carretos. Tem capacidade de lançamento até 120g e de elevação até 4kg, no entanto é extremamente equilibrada e leve. Aconselho vivamente a quem necessite de uma cana de elevada qualidade e com estas características.
Figura 4
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NOVIDADES ISCOS ENGODOS
CANAS PARA INICIADOS TEXTO E IMAGENS Joaquim Moio
A
pesca ao achigã com iscos artificiais compreende uma grande variedade de técnicas de spinning e de casting. Adaptadas a todas essas técnicas, podemos encontrar uma infinidade de canas que pelas suas características quer de acção quer de comprimento, poderão deixar baralhados os pescadores mais inexperientes que pretendam adquirir uma cana com o intuito de se iniciarem nestas técnicas de pesca com amostras. A vega acaba de apresentar algumas canas para entrada de gama da sua marca e uma para a gama Akada. Todas estas novas ofertas me parecem bastante interessantes considerando a relação entre as prestações oferecidas por cada uma delas, os componentes utilizados nas suas montagens e o preço a que são comercializadas. A Veloce é uma cana de duas secções de gama média que
E NÃO SÓ…
próprio nome Veloce indica, esta é uma cana muito rápida, com acção Medium Heavy indicada para lançar e trabalhar amostras entre ¼ oz (7g) e 1oz (28g), fazendo uso de fios entre 10lb e 20lbs de resistência,
horas de pesca sem os incómodos sintomas dolorosos na mão e pulso. A Akada Veloce é pelo seu tamanho e acção, uma cana bastante versátil e por isso aconselhada para os pescadores de margem que pe-
bém com um pequeno spinnerbait e surpreendeu-me bastante o seu desempenho pois não esperava que lidasse tão bem com este tipo de amostra. A Akada Veloce revela-se muito rápida e poderosa nas
3257 - Akada Veloce
passa a englobar a gama Akada. Tem um comprimento de 6’8’’ (2,03m), está fabricada em carbono de alto módulo C5 e monta oito passadores monopata com anilhas SIC da marca SeaGuide®. Estes
habitualmente com diâmetros situados entre 0,20mm e 0,35mm. O punho está dividido em duas peças de cortiça, estando o porta-carretos posicionado a 28 cm do limite inferior da cana que está aca-
las suas deslocações, preferem fazer-se acompanhar de uma só cana. Esta versatilidade permite-lhe desempenhos muito positivos com amostras de superfície como passeantes e poppers de dimensões médias
ferragens e “mandona” em relação aos peixes, mesmo na presença de obstáculos como vegetação. A Urika S1 é uma cana de uma só secção, está disponível em 6’ (1,83m) e 6’6’’ (1,98m) e foi construída recorrendo a 3131 - Urika S1
passadores são caracterizados pela qualidade das suas armações muito resistentes á corrosão e pela resistência das suas anilhas á abrasão, resistindo com facilidade aos fios entrançados. Como o seu
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bado com uma peça em metal e borracha rígida. Este posicionamento do porta-carretos, aliado ao formato anatómico do punho, proporciona uma “pega” muito confortável e equilibrada, permitindo várias
como a Naja 85F e a Pop’nDog 70F, ambas da Sakura, pequenos cranks como o Golem 100 ou vinis como o Slit Shad de 3’’, 4’’ ou mesmo 5’’, montados com cabeçote fixo ou montado á Texas. Experimentei-a tam-
carbono de alto módulo C3. Ambas as versões apresentam uma acção Fast Medium Heavy indicada para utilização com fios entre as 10lb e as 20lb e amostras entre ¼ oz e 1 oz. Esta é uma cana de entrada INVERNO
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CMY
K
ISCOS NOVIDADES ENGODOS de gama no preço mas que se revela nitidamente acima no que a prestações diz respeito. Efectivamente a Urika S1 apresenta um backbone muito sólido nos seus dois terços inferiores, permitindo lidar com muita facilidade com amostras de dimensões consideráveis e é bastante sensível no terço superior permitindo a detecção de toques muito subtis. Esse backbone permite-lhe ferragens muito fortes sem perigo de rupturas e controlar os peixes, não permitindo que se refugiem em qualquer cobertura. O punho tem um comprimento de 27 cm, incluindo o porta-carretos, o que permite um excelente apoio da cana no antebraço, diminuindo o cansaço do pulso e mão.
judicam as suas características de acção. Está também disponível em dois tamanhos,
quem se pretenda iniciar com uma cana de qualidade a um preço muito acessível e que
uma cana de duas secções. A Akada Veloce é uma cana que aconselho vivamente aos 3249 - Prime S2
A Prime S2 é em tudo semelhante á Urika S1, com a particularidade de ter 2 secções que em nada 1alteram preAnuncio_20x14.ai 25-02-2013ou 15:17:37
6’ e 6’6’’, montando passadores SIC á imagem da Urika S1. Aconselho vivamente estas duas canas, a Urika S1 para
não tenha dificuldades no seu transporte e a Prime para quem por razão dessas mesmas dificuldades, necessite de
pescadores mais evoluídos ou a um principiante que pretenda adquirir uma cana que o satisfaça inteiramente após a evolução inicial.
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ACHIGÃ
NOVAS AMOSTRAS AKADA 2013
TEXTO E IMAGENS Jaime Sacadura
N
o catálogo de 2013 estão disponíveis novos modelos de amostras AKADA para a pesca do achigã. Neste número do jornal analisamos alguns desses modelos fazendo uma apreciação geral das suas principais características e potencialidade de seduzir bons exemplares.
AKADA KILLER MINNOW 95SU
95mm 14g 0-0,4m Cores disponíveis T121; T122; T124; T125; T128
T121 T122 T124 T125 T128
Uma das novidades surge no campo dos jerkbaits rígidos, o novo AKADA Killer Minnow 95SU. Com 95mm de comprimento e um perfil corporal ligeiramente mais alto e encorpado do que é habitual na categoria dos
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jerkbaits minnow, possui o tamanho e o aspeto ideal para despertar a atenção de qualquer achigã, desde os peixes de tamanho médio até aos maiores exemplares que nunca recusam uma refeição fácil. Os seus 14 gramas de peso permitem lançamentos fáceis e precisos, mesmo com ventos mais fortes. Esta amostra possui uma apresentação cuidada com atenção ao detalhe. Os olhos grandes e realistas permitem centrar a atenção do predador e contribuem para uma maior naturalidade do artificial. O revestimento exterior possui uma coloração natural na face dorsal e ventral e é parcialmente transparente em quase todas as cores disponíveis. Esta estratégia permite visualizar os elementos refletores coloridos internos, colocados nas faces
mas atrativo, durante a oscilação. Tipo de utilização / animação recomendada - Como a maioria dos jerkbaits, esta amostra possui um movimento natatório vibratório intenso durante a recuperação, podendo explorar a camada c o mp r e e n d i d a entre a superfície e o meio metro de profundidade dependendo da espessura e flutuabilidade da linha utilizada. Esta oscilação e as vibrações que produz atraem os predadores que não resistem ao que parece ser uma presa fácil. No entanto, com peixes mais difíceis ou mais inativos, recomenda-se a interrupção da animação com pausas mais ou menos prolongadas, entrecortadas com pequenos toques de ponteira. Aliás, esta estratégia de animação aos sacões (jerks) dá o nome a esta cate-
ponteira rápida. Os modelos X-Cast Viper em casting e Akada S-Force ou equivalente em spinning são boas escolhas para trabalhar esta amostra.
AKADA KYM CRANK 60F
60mm 12g 0-2,0m Cores disponíveis A1; CR86, DK03; ME01; G12-12; HC02
A1
CR86
DK03
ME01
G12-12
HC02
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laterais, e que adicionam um fator atrativo adicional, pois refletem a luz solar como as escamas de um peixe. A amostra possui várias esferas metálicas internas estrategicamente colocadas na cavidade interna o que contribui para uma atitude em repouso com a cabeça inclinada para o fundo e adiciona um ruído discreto,
goria de amostras e é extremamente produtiva. No caso do Killer Minnow, uma amostra desenhada para ser suspending, isto é, apresentar uma flutuabilidade quase neutra na maioria das situações, as pausas podem ser mais prolongadas porque a amostra mantem-se mais tempo na zona onde se encontram os achigãs. Material adequado - Não sendo demasiado leve, o Killer Minnow pode ser utilizado com um leque alargado de equipamento, desde as canas de spinning às de casting de ação média e com uma
No campo dos crankbaits, a inovação é o novo KYM Crank 60F. O corpo comprimido lateralmente denuncia o tipo de vibração intensa e curta que esta amostra é capaz de produzir e que envia vibrações altamente atrativas em todas as direções. As cores disponíveis são realistas e atrativas e o aspeto global seduz graças ao bom acabamento. Com 60mm de comprimento (sem a paleta) e 12 gramas de peso, esta amostra é fácil de lançar graças ao sistema de transferência de peso que possui. Com efeito, nos modelos de cor INVERNO
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translúcida é possível ver duas esferas metálicas no interior em compartimentos diferentes. Se a primeira esfera é fixa e está situada imediatamente atrás do olho da amostra, a segunda pode deslocar-se livremente no interior da cavidade interna até à extremidade posterior. Assim, parte do peso é transferido durante o lança-
cial cai na água, a esfera regressa à sua posição original, na zona frontal da amostra, contribuindo para uma atitude mais natural em repouso, com a cabeça ligeiramente inclinada para baixo. Tipo de utilização / animação recomendada - O desenho e forma da paleta permitem ao KYM Crank afundar até cerca
obstáculos, dificultando as prisões, mesmo em zonas com muita lenha submersa. Aliás, como é um modelo floating, se o pescador parar de recuperar quando a amostra choca com um obstáculo submerso, esta sobe rapidamente, libertando-se da zona obs-
mento, o que permite atingir maiores distâncias e mantêm a amostra na posição correta durante todo o trajeto, o que reduz as hipóteses dos anzóis apanharem a linha. Assim que o artifi-
de 2 metros de profundidade, o que o coloca na categoria dos crankbaits shallow divers. As extremidades angulosas da paleta ajudam à deflexão dos
truída. A oscilação curta e rápida proporcionada pelo corpo achatado dorso-ventralmente é mais ou menos intensa consoante a velocidade de recuperação. Isso não quer dizer que este crankbait se deva, obrigatoriamente, recuperar à velocidade máxima, pois, por vezes, um ritmo de recuperação mais lento pode levar peixes mais inativos a atacar. Apesar disso, este crankbait suporta elevadas velocidades de recuperação sem perder o equilíbrio e pode, assim, ser utilizado para produzir violentos ataques de reação em peixes mais ativos.
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Material adequado - Como acontece com a maioria dos crankbaits de tamanho médio ou superior, o material adequado para animar este tipo de amostras é uma cana específica, como o modelo X-Cast Meteor da Vega, um modelo concebido especificamente para pescar com crankbaits ou outras amostras de fateixa e que “mata” o peixe graças à sua ação parabólica e menor rigidez, o que impede a rotura das frágeis cartilagens da boca do achigã e a fuga do peixe, uma situação muito frequente quando se pesca com crankbaits.
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AKADA BUBBLE PENCIL 80F
80mm 8g 0-0m Cores A1, HA17, ME01, SP04-4 A1
HA17
ME01
SP04-4
No campo das amostras de superfície, mais concretamente na categoria dos passeantes surge outra novidade, o Bubble Pencil 80F. Esta amostra de superfície de tamanho pequeno e forma terminal esguia não possui paleta e, por isso, não consegue afundar um único centímetro. No entanto, a distribuição de peso interna faz
com que esta amostra repouse na superfície de forma algo diferente do normal. Após o lançamento, a amostra flutua com a parte terminal submersa, ficando apenas o terço superior acima da linha de água. O peso está deliberadamente posicionado na parte final da amostra, o que
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é essencial para permitir lançar, de forma eficaz, uma amostra que pesa apenas 8 gramas. Além da sua semelhança com uma presa viva, pois imita, na perfeição, um pequeno peixe, o seu poder atrativo depende, quase exclusivamente, da animação proporcionada pelo pescador e da comoção que este artificial provoca na superfície. O pequeno tamanho contribui para aumentar as hipóteses de ter ataques, mesmo em locais onde os achigãs estão muito pressionados. A redução do tamanho das amostras é um dos principais fatores para aumentar as hipóteses de sucesso quando a pressão de pesca é muito intensa e o Bubble Pencil 80F pode responder perfeitamente a essa necessidade. Tipo de utilização / animação
recomendada - Como qualquer passeante, o Bubble Pencil 80F tem que ter a animação adequada para ser eficaz. A simples recuperação não produz qualquer efeito e é altamente ineficaz, pois a amostra
é simplesmente arrastada na direção do pescador sem realizar qualquer ação. O pescador tem, assim, que fazer oscilar a amostra para a esquerda e para a direita, de forma alternada, graças a pequenos toques de ponteira, entrecortados com a recuperação pausada do excesso de linha - uma animação conhecida por “walk-the-dog” (que significa “passear o cão”, na tradução literal). Produzir este tipo de animação requer alguma experiência, principalmente com um passeante mais pequeno como o Bubble Pencil 80F. A estratégia mais correta passa por uma posição de cana baixa e ligeiramente para a esquerda (para pescadores destros), toques de ponteira muito ligeiros e quartos de volta da manivela do carreto, em simultâneo, de forma a recuperar o excesso de linha, a cada 2-3 toques. Implica algum treino, mas compensa em termos de resultados, pois os ataques a passeantes são dos mais violentos que qualquer amostra de superfície costuma despertar. Material adequado - Embora passeantes de maior dimensão e peso possam ser utilizados com material de casting, o Bubble Pencil 80F, dado o seu peso ligeiro, requer material de spinning para ser utilizado
com o máximo conforto. Uma cana de ação de média ou média ligeira, entre os 6 e os 6,6 pés é a melhor opção, como as Akadas S-Force e LBS ou equivalentes, associada a um bom carreto como o Insignia e a uma boa linha de fluorocarbono revestido, como o AKADA FC, em diâmetros não superiores a 0,25mm. Akada Dive Crank 55F
Akada Bubble Walker 65F
Da nova linha de amostras com interesse para o achigã podemos ainda destacar o novo AKADA DIVE CRANK 55F, com 55mm de comprimento e 15,5g de peso, que atinge 1 metro e 80 de profundidade e o novo popper AKADA BUBBLE WALKER 65F, com 65mm de comprimento e 7g de peso que serão objeto de análise detalhada numa futura edição deste jornal. INVERNO
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BANCO ENSÁIO
TRICAST
UMA NOVA EXPERIÊNCIA PARA A PESCA À INGLESA.
TEXTO E IMAGENS José Calado e Márcio Rafael
F
omos experimentar a nova gama de canas de pesca à inglesa para competição da Vega e comprovámos a sua versatilidade e qualidade superior. Assente numa filosofia competitiva, a Vega desenhou esta série de canas de forma a permitir suprir algumas dificuldades que, todos nós pescadores, já enfrentámos quando em pistas ou condições de pesca diferentes, usamos as mesmas canas.
fizemos, pescando mais perto ou mais longe, mais leve ou mais pesado ou ainda mais fino ou mais grosso. Quando, como tantas vezes verificamos nas nossas pistas, temos uma “bateria” de canas iguais montadas com diferentes opções de montagens, bóias, etc., não podemos
a maioria das situações de pesca que encontramos nas nossas águas. O equilíbrio que mencionámos antes permite por exemplo, trocarmos da cana de 4,20m para a de 4,50m sem sentirmos diferença na execução dos lançamentos e mantendo assim a precisão dos mesmos, de imediato.
A Tricast F1, decorada a vermelho, tem 3,90m, acção parabólica e capacidade de lançamento até 14g. É ideal para pescas leves a curtas distâncias, para pesqueiros não muito profundos e permite a utilização de fios muito finos. A Tricast F2 está decorada em azul, tem 4,20m, potência de
esperar tirar a mesma qualidade de desempenho dessas mesmas canas nas diferentes opções. A série Tricast pretende ultrapassar essas dificuldades, oferecendo três canas de características mecânicas, equilíbrio dinâmico e concepção semelhantes, mas apresentando comprimentos, acções e potências de lançamento diferentes e que cobrem
As Tricast foram todas fabricadas em carbono de alto módulo C5, montam passadores Seaguide® com anilhas em SIC e porta-carretos tubular da mesma marca. Os punhos são idênticos, só diferindo muito ligeiramente no seu comprimento. Esteticamente, para uma identificação mais rápida, foram diferenciadas nas cores das áreas imediatas ao punho.
lançamento até às 25g, sendo o melhor rendimento entre as 14g e as 20g e acção semi-parabólica progressiva, parecendo “dar” sempre um pouco mais quando solicitada. É talvez a mais versátil da série, permitindo lidar muito rapidamente com peixes de dimensões consideráveis. A Tricast F3 é a mais potente, com 4,50m e capacidade de lançamento até às 30g. Tem acção rápida de ponta e é indicada para pescas a grandes distâncias, onde a sua potência faz a diferença. Está decorada em verde. Esta parece-nos pois uma série de canas que vem realmente fazer a diferença no nosso mercado, distanciando-se das suas concorrentes pela qualidade e complementaridade. As características são de gama alta e no entanto apresentam preços muito comedidos.
3349 - Tricast
Efectivamente, é natural que as condições encontradas, sejam estas de vento, corrente ou mesmo quantidade e dimensão dos peixes a capturar, difiram muito do verão para o inverno, ainda que na mesma pista de pesca. Encontramos também frequentemente, situações em que nos vimos obrigados a alterar em poucos minutos, as opções que
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NOVIDADES COMPETIÇÃO
NOVAS MANGAS TEAM VEGA P
restes a chegar ao mercado, a nova colecção de mangas para competição TeamVega comporta uma manga com malha de borracha, a Elite, e outras com malha anti-carpa de designação Carp. A Elite é quadrada, com boca de 50x50cm e comprimento de 4,0m. Apresenta a 1ª secção em Oxford impermeável e as
restantes em malha de 3mm anti-carpa revestida a borracha, o que se revela muito útil pois além de não reter água, seca muito rapidamente. O fundo é reforçado e todos os anéis têm protecção exterior em plástico para preservar a malha de contactos mais abrasivos. Inclui duas pegas internas para facilitar o manuseamento com maiores quan-
MANGA QUADRADA CARP
tidades de peixe. A rosca é universal em latão e o sistema de afinação de inclinação é de ABS muito resistente. As mangas Carp, disponíveis em 2,5m e 3,0m na versão redonda, com boca de 50cm de diâmetro e em 3,0m e 4,0m na versão quadrada com 50x50cm de boca, têm igualmente a primeira secção em Oxford impermeável e as
TEXTO E IMAGENS Redação
restantes em malha anti-carpa dupla de PVC. Esta malha de PVC é hidro repelente, permitindo uma secagem muito rápida da manga. O fundo é reforçado e os anéis metálicos são protegidos exteriormente por uma cobertura de cordura. Inclui as pegas de sustentação e o mesmo sistema de rosca/afinação utilizados na manga Elite.
MANGA REDONDA CARP
MANGA QUADRADA ELITE
FEEDER
DARREN COX
REFERÊNCIA INTERNACIONAL DA PESCA DE FEEDER TEXTO Darren Cox/redacção
As canas adequadas são fundamentais na luta com os peixes.
A
pesca com feeder está em franca expansão em Portugal, granjeando já um considerável número de praticantes no nosso país. Ao contrário do que muitos pescadores menos experientes possam pensar, a pesca com feeder é bastante técnica estando também por isso, muito dependente do melhor ou pior desempenho dos materiais utilizados.
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Sendo a pesca de feeder muito popular no Reino Unido e estando o seu nível de desenvolvimento técnico no ponto mais alto, chegámos á fala com um nome de referência no meio, Darren Cox, no sentido de conhecer quais seriam as canas por si seleccionadas para a pesca em águas portuguesas. Representante das selecções de Inglaterra nos seus vários escalões, Darren venceu a maioria
dos eventos de topo neste país, incluindo o Cardean Masters e o British Open e participa activamente no desenvolvimento dos produtos da marca Garbolino, referência mundial em canas para o feeder. Conhecedor por via das suas participações em provas internacionais, das características da pesca praticada, das espécies capturadas e das condições encontradas em Portugal, Darren Cox mostrou-se sempre bastante colaborador e com muita vontade de explicar tecnicamente, aquelas que seriam as suas escolhas para pescar em Portugal. JdP – Darren, conhecendo as nossa águas e considerando que maioritariamente capturamos carpas e barbos, que canas de feeder nos podes sugerir? DC – De uma forma geral, para a pesca de carpas até aos 2,0kg, as melhores canas são as G-SYSTEM FEEDER de 3,60m e acção de lançamento até às 75g. Estas canas são perfeitas para pescar até aos 50/60m com fios de diâmetro até 0,14/0,16mm nos estralhos. Não são demasiado rijas e permitem lidar com os peixes com muita rapidez. Se pretendermos uma cana
IMAGENS Darren Cox
para pescar mais longe, a distâncias iguais ou superiores aos 70m e/ou em rios mais rápidos e com peixe de maiores dimensões, aconselho a G-SYSTEM DISTANCE FEEDER DE 3,90m. Está igualmente fabricada em carbono HM e equipada com passadores SIC e porta-carretos Fuji tubular. Esta versão DISTANCE da G-SYSTEM é muito potente e permite propulsionar grandes feeders carregados de iscos e engodos até às 150g e é uma cana essencialmente para pescar a distâncias grandes como de resto o nome indicia. JdP – Temos também algumas pistas ou rios onde não necessitamos de pescar longe ou pesado… DC – Sim, conheço Coruche e efectivamente para cenários como esse não são necessárias canas com estas características. Para condições como as de Coruche sugiro a G-SYSTEM MINICARP em 3,30m e 3,60m. São as melhores canas para pescar até aos 35m com feeders pequenos, até 35g. Sentem-se mais macias mas óptimas para “matar” o peixe rapidamente. São canas muito leves com 2 secções o que julgo por vezes
Aspecto de uma montagem pronta a utilizar.
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FEEDER
GARBOLINO G-SYSTEM
GARBOLINO MAXIM FEEDER
inibir alguns pescadores portugueses que preferem as de 3 secções. No entanto acho que é um caso de habituação, visto que no Reino Unido as usamos tanto ou mais que as de 3 secções, com óptimos resultados. JdP – E a Garbolino tem alguma outra gama para o feeder? DC – A Garbolino tem mais 3 gamas para o feeder mas a que me parece mais adequada para Portugal além da G-SYSTEM é a MAXIM FEEDER. É uma gama que embora seja mais acessível que a anterior, continua a ter uma qualidade Artes_Toros_PH_200x140_C.pdf muito elevada. É composta1
por 7 canas entre os 3,30m e 3,90m, sendo que as que me parecem mais apetecíveis ao vosso mercado são a 3,60m de acção M (20/75g), a 3,90m acção M (30/100g) e a 3,90m acção P (Power 75/150g). Todas estas acções têm o mesmo enquadramento que as de acção semelhante da gama G-SYSTEM pelo que as aplicações serão também as mesmas. Esta série é toda fabricada em carbono de alto módulo e é fornecida com 3 ponteiras intermutáveis de acções diferentes para melhor adaptação às 2/12/13 PM condições5:12 de pesca.
O feeder permite capturas como estas.
Para além destas duas gamas a Garbolino tem a ROCKET CARP FEEDER, gama de entrada e ainda assim de pres-
tações muito apreciáveis e a G-MAX FEEDER, topo de gama com 3 opções entre os 3,30m e os 3,90m.
BIOLOGIA ISCOS ENGODOS
A CORVINA
A
corvina é sem dúvida uma das espécies mais apetecidas pelos pescadores lúdicos na costa continental portuguesa, pois que com a capacidade de atingir pesos superiores a 4050 quilos esta é sem dúvida a maior espécie passível de ser capturada na pesca apeada. No entanto, e apesar de a sua distribuição geográfica estar referenciada desde a Noruega ao Golfo da Guiné a sua captura na costa norte em profundidades mais baixas, é mais incomum. Ao invés disso, a sua preferência por águas mais quentes potencia a probabilidade de captura nas zonas costeiras do centro
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e sul do pais. Mesmo assim, e por contingência da sua biologia, a probabilidade de lograr uma captura não é idêntica em toda a extensão da costa, já que é mais incomum em zonas de fundo arenoso ou misto, quando comparado com as zonas próximas das barras, na zona interior dessas mesmas barras e em estuários. Ocorre preferencialmente em batimétricas situadas entre os 15 e os 300 metros de profundidade pelo que a sua captura é mais provável na pesca embarcada do que na pesca apeada. Faz a sua aproximação a terra em alturas determinadas do seu ciclo de vida. Indivíduos sub-adultos aproveitam as
zonas interiores dos estuários para ai permanecerem durante algum tempo e crescerem fruto da maior abundância de presas (peixes, crustáceos e cefalópodes) enquanto que os indivíduos adultos podem também utilizar esses locais durante a época de reprodução. Esta adaptação a zonas estuarinas faz com que a espécie tenha uma enorme tolerância a salinidade baixas, podendo mesmo ser encontrada em zonas onde a salinidade é quase nula. Ocorre normalmente perto do fundo, no entanto, em zonas de menor profundidade adquire um comportamento predatório para com cardumes de outros peixes,
TEXTO E IMAGENS Jorge Palma
como seja cardumes de sardinhas, de cavalas e tainhas. Na pesca embarcada, as duas técnicas mais utilizadas para na sua captura com recurso a iscos artificiais, são o jigging com amostras duras (zagaias e jerbaits) ou com vinis e o trawling com amostras duras, por norma, jerkbaits. Na pesca com isco natural, são normalmente utilizadas técnicas de deriva utilizando isco vivo, normalmente peixe ou cefalópodes. Na procura da sua captura na pesca apeada, para além das técnicas referidas anteriormente, junta-se também o surfcasting. No surfcasting, os indivíduos capturados são normalmente de menor tamaINVERNO
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ISCOS ENGODOS BIOLOGIA
nho, pois a menos que a pesca lhes seja dirigida com material adequado, o que acontece pontualmente em locais específicos, os maiores exemplares, quando presos e dado o seu grande vigor e força acabam quase invariavelmente por partir as montagens, ficando os pescadores tão somente com mais uma história para contar sobre “...um peixe grande que lhes partiu tudo.”. Tal como os outros peixes, o crescimento das corvinas está dependente entre outros factores da temperatura da água, e por isso, dada a sua grande dispersão geográfica não é completamente claro com que idade as corvina cumprem a primeira maturação, podendo essa variar entre as populações que habitam mais a norte ou a sul da sua distribuição geográfica. Sabe-se no entanto, que a primeira maturação acontece quando os animais têm cerca de 80 cm. Em Portugal, o tamanho mínimo de captura da corvina é de 42 cm, pelo que é fácil de entender que se trata de um valor desadequado e que individuos capturados com esse tamanho, nunca se terão reproduzido, não podendo dessa forma contribuir para a perpetuação da espécie. Juntando a isto, o facto de gastronomicamnete, os individuos mais pequenos terem uma qualidade de carne inferior aos pré-adultos e adultos (provavelmente fruto de uma diferente dieta) torna-se por isso, aconselhável focar a captura ou em animais de maior porte ou de apenas reter um número limitado de individuos de menores dimensões. 2013
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INVERNO
Excelente exemplar com mais de 20kg.
NOME COMUM Corvina Outros nomes também usados Burgata ou rabeta para indivíduos sub-adultos ORDEM Perciformes FAMÍLIA Sciaenidae NOME CIENTÍFICO Argyrosomus regius (Asso, 1801) OUTROS PEIXES DA MESMA FAMÍLIA Roncador
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Costa Atlântica desde a Noruega à Republica do Congo, Mediterrâneo e Mar Negro. ALIMENTAÇÃO Peixes, crustáceos e cefalópodes.. ÉPOCA DE REPRODUÇÃO Primavera/Verão. Comprimento máximo referênciado 203 cm RECORD EFSA Dependendo da classe de linha varia entre 9.170 gr e 41 kg.
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