BANCO ENSÁIO
LINHA SURF TECH POTENZA
MONOFILAMENTOS DE PESCA, COMO ESCOLHER?
TEXTO E IMAGENS António Xavier
Q
uando chega a hora de substituir os fios de pesca dos carretos, muitos pescadores têm apenas em consideração o diâmetro, a resistência à tracção e o preço. Estes factores, embora muito importantes, não são suficientes para a escolha mais eficaz e correcta. Outras propriedades numa linha de pesca como a memória, resistência aos nós e à abrasão e a pouca elasticidade são também essenciais.
CARACTERÍSTICAS DOS MONOFILAMENTOS
Flexibilidade - esta é a característica que se observa pelo “toque” do fio. Os fios podem ser macios ou rijos. Para as bobines dos carretos preferem-se os fios macios; para os terminais ou shock leader os fios rijos. Resistência à ruptura - indica a capacidade do monofilamento resistir ao peso. Este argumento é importante, mas não decisivo. Revela-se mais importante para o shock leader e nos terminais. Resistência à “cabeleira” muito importante nos fios para os estralhos ( fio que empata o anzol). Normalmente, quanto mais rijo for o fio mais resistente é à “cabeleira”. Resistência à abrasão - no mar, os fios sofrem grande desgaste, provocado por variadíssimos elementos : sal, violência das ondas, areia que circula nas correntes, pedras com tudo o que a elas está agarrado, etc.. Os monofilamentos são mais resistentes a tudo isto quando são impermeáveis à água, protegidos contra a radiação solar UV, etc. É evidente que esta resistência tem limites. Os
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monofilamentos mais resistentes são normalmente tratados com silicone ( que aumenta a sua impermeabilidade). Mais recentemente surgiram os monofilamentos fluoro-carbon totalmente impermeáveis e muito resistentes à abrasão, mas caríssimos! Memória mecânica - a memória do monofilamento é bastante prejudicial tanto no carreto como nas baixadas. A memória é a característica, pela qual um fio “recorda” a posição em que se encontrava e a conserva posteriormente. É impossível encontrar fios sem nenhuma memória mecânica mas, hoje em dia, já se fabricam linhas com memória muito reduzida. Elasticidade - esta é uma característica objectiva e fácil de observar. Geralmente nos carretos preferem-se linhas com pouca
elasticidade. Nas baixadas e no shock leader deve também evitar-se estas linhas. São normalmente boas, para os carretos, em pescas ligeiras e perto (distâncias que não prejudiquem o sentir do toque de peixe).
TESTES AOS MONOFILAMENTOS
Para verificar estas características numa linha, basta efectuarmos alguns testes muito simples, na loja onde vamos adquirir o fio. Por exemplo, não é necessário nenhum equipamento específico, para testar a resistência à abrasão : uma pequena faca é suficiente para o realizar. Basta que um companheiro estique com as duas mãos um pedaço de linha, enquanto você, com a faca colocada a 90 graus, raspa fazendo uma pressão ligeira, até que esta se parta. Este teste
não é possível em monofilamentos muito finos, porque se partiriam imediatamente. Isto não sucederá com um fio de diâmetro médio, por exemplo 0.45. Ficará surpreendido com as diferenças de resistência em fios de marcas diferentes, ou em diferentes modelos da mesma marca. Alguns quebrar-se-ão rapidamente depois de algumas passagens, outros resistirão ainda durante algumas dezenas de passagens com a lâmina. O importante para realizar bem este teste, é esticar muito bem a linha e não fazer demasiada pressão com a lâmina. A resistência aos nós é outra característica fácil de comprovar. Basta atar a extremidade da linha a uma balança de mola e colocar sucessivamente pesos maiores até atingir o momento de ruptura. Outra forma ainda mais simples de INVERNO
1º TRIMESTRE
2012
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fazer este teste, consiste em passar duas linhas diferentes, mas com o mesmo diâmetro, uma pela outra e puxar até que uma delas se parta. Este teste só permite, como é evidente,comparar duas linhas entre si. A memória mecânica da linha é outra característica muito importante. Muitas linhas conservam “teimosamente” as espirais que se produzem, quando estão há muito tempo na bobine do carreto. O lançamento fica diminuído por este motivo e a linha mantém estas características, mesmo depois de ter sido bem esticada pela luta com um bom “peixe pedra”. Por outro lado há outras linhas que saiem da bobine do carreto deslizando pelo seu bordo sem ganhar jeitos. A prova da memória do monofilamento é simples. Primeiro retire uns dois metros da bobine para verificar, quando a linha sai, se se mantêm as espirais. Depois prenda cerca de um metro de linha entre as duas mãos e estique-a bem, mantendo-a em tensão pelo menos durante 5 segundos. Quando largar a linha verifique se as espirais se formam, ou se o fio aceita a sua nova posição direita. Há ainda outros testes que poderá realizar. Faça passar a linha pelos dedos para verificar se ela é suave e desliza bem ou se pelo contrário é aspra. Ponha o monofilamento em contraluz para se assegurar se é opaco ou translúcido. Verifique se a linha tem a sua coloração preferida, as linhas vão desdo o negro opaco ao branco cristalino. 2013
1º TRIMESTRE
INVERNO
A cor do Surf Tech permite um excelente control da direcção de lançamento e posterior posicionamento da nossa montagem
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BANCO ENSÁIO Se desejar ser um pouco mais preciso no seu teste, adquira um micrómetro e poderá testar o diâmetro dos monofilamentos. Ficará surpreso ao verificar, que muitos monofilamentos do mercado não correspondem às indicações especificadas nas bobines (o diâmetro da linha é sempre superior, e às vezes bastante superior!).
Nova linha da Vega, SURF TECH POTENZA
A linha que se usa no carreto deve ser flexível,sem memória, com pouca elasticidade e resistente à abrasão e à ruptura. Flexível para deslizar bem nos passadores, sem grande atrito; sem memória para não ganhar vícios na bobine do carreto, que vão diminuindo os lança-
mentos; com pouca elasticidade para se sentir bem o toque dos peixes; resistente à abrasão para durar mais tempo no carreto. Não é fácil encontrar a linha que reuna todas estas condições. Algumas destas característica são incompatíveis. Ora a nova linha da Vega, SURF TECH POTENZA, consegue reunir uma série de caracteristicas que a tornam um caso sério para a pesca. De cor laranja opaca e com pouco brilho, apresenta uma flexibilidade razoavel, elasticidade quase nula e resistência bastante elevada. Em acção de pesca apresenta boa visibilidade fora de água permitindo controlar com facilidade a direção dos nossos lançamentos. O facto de ser isenta de memória mecânica ajuda-nos a realizar maiores lan-
A reduzida elasticidade do Surf Tech permite que os toques sejam assinalados de forma evidente.
çamentos. Na água, assinala bem os toques de peixe pois apresenta reduzida elasticidade. Testámo-la eu e o Carlos André na prova de Quiaios da 1ª divisão de clubes e temos pescado com ela desde aí. Com bobines de 1000 metros nos diametros de 0.16; 0.18; 0.205; 0.225 e 0.250 mm e 300 metros
nos diametros 0.300; 0.350 e 0.400 mm. Estas dimensões correspondem exatamente às exigências que os pescadores, principalmente os de competição, vêm pedindo às marcas nacionais. Concluindo esta é uma linha de excelencia para carretos na pesca de surfcasting.