BÓIA
FURIOZZA
PARA OS SARGOS
C
om o intuito de estrear a minha última aquisição para a pesca á bóia, a novíssima cana Vega Furiozza, desloquei-me a uma zona a que ocorrem habitualmente, sargos de bom tamanho. Após o acesso ao pesqueiro, fui constatando as condições do mesmo, situação só permitida na baixa-mar, que nos dá uma percepção das condições gerais ao longo da jornada, se pretendermos permanecer no local até ao pré-mar. As formações rochosas, estrados, zonas de espumeiros, correntes de retorno ou zonas de escoas ao nível da linha de água, e principalmente aqueles locais que pisamos na baixa-mar, são aqueles locais que
6
a meia maré vão ser frequentados e conduzidos pela engodagem, aqueles exemplares que pretendemos capturar, foco-me praticamente sempre nos Diplodus sargus, vulgarmente conhecidos como sargos. Saliento um factor bastante importante, um dos mais importantes, a questão da segurança e os locais que me permitem trabalhar ou recuperar um grande exemplar sem que tenha de arriscar muito para faze-lo. Após a avaliação, deu-se o início da engodagem, que me vai comprovando algumas das avaliações das condições que foram efectuadas visualmente, a linha de engodagem e o trabalhar do engodo na água.
Meia dúzia de sardinhas servem para essa finalidade, a engodagem à mão (belisco) não vá existir algum exemplar na proximidade pela oxigenação da
TEXTO E IMAGENS Fernando Encarnação
água, refiro-me a um robalo. Intercalo com duas ou três colheres de engodo parcialmente moído, enquanto estico e preparo a Furiozza de seis metros,
O autor com mais um belo exmplar.
PRIMAVERA
2º TRIMESTRE
2013
BÓIA uma cana equilibrada e leve, com excelentes acabamentos e passadores SIC, tem uma acção de 20-120 gramas e é concebida em Nanoflex Hi-Modulus Carbon, carbono de última geração que chegou ao nosso mercado recentemente pela mão da Vega. Este carbono é conhecido por alcançar as mesmas performances de resistência de outros carbonos de alto módulo, mas com menos quantidade do mesmo. Na prática, as canas têm menos material, sendo por isso mais leves e cómodas de utilizar e mantêm a mesma força, resistência e durabilidade. Esta vara tem uma acção semi-parabólica bastante progressiva. Quer isto dizer que não é bambalhona, pelo contrário é bastante rápida, mas sempre que a solicitamos com mais força ou peso, parece “dar” sempre mais qualquer “coisa”. Parece-me muito versátil pois permite pescar grosso a grandes exemplares, mas se necessitarmos de pescar muito fino, com diâmetros de 0,16mm ou 0,18mm, também não apresenta qualquer problema, não provocando rupturas nos fios. Uma vez que ia iniciar a jornada junto à linha de água optei por colocar uma bóia de 25 gramas, dado que o vento incomodava bastante, esta bóia pela sua performance na água limita a acção negativa do vento não arrastando a mesma. No vai vem das ondas ia intercalando com uma pequena quantidade de engodo moído para um local na rocha onde o mar viria buscar e na escoa engodar a zona. Após a montagem e calibragem da bóia, coloquei a montagem, efectuada com o Potenza Fluorocarbon 0,25mm com um “fish test” de 8,50 kg, um fio macio com memória muito reduzida, empatei um anzol 1/0 directamente na extremidade da montagem onde lhe adicionei mais 3 gramas para lastro da montagem. Mais três sardinhas como no inicio da engodagem (ao belisco), e retirei um lombo de sardinha, o qual coloquei delicadamente no anzol, efectuando o lançamento a uns seis metros do local de en2013
2º TRIMESTRE
PRIMAVERA
godagem, numa zona plena de oxigenação. Creio que a montagem nem teve tempo de atingir a verticalidade, já tinha um exemplar ferrado, a acção semi-parabólica da cana é muito boa e progressiva, após a recuperação do exemplar constato que se tratava de um robalote. Mais um pouco de engodo moído para cima da pedra, outra iscada com sardinha e outro exemplar, desta vez, um sargo de tamanho considerável. Novamente a Furiozza a fazer o seu papel dando uma sensação de sensibilidade no contacto com o exemplar ferrado ainda em plena luta, resolvi então testar alguma da capacidade tendo levantado verticalmente o exemplar ferrado. A acção semi-parabólica dá-nos a sensação que estamos perante uma cana algo frágil, mas esse não é comprovadamente o caso, pois ao longo da jornada icei inúmeros peixes, alguns de tamanhos consideráveis. Novamente a fase cíclica de engodagem, iscagem, desta vez com um camarão, lançamento e outro exemplar ferrado em cima de um estrado, uma luta inicial efectivamente espectacular, onde se pode comprovar a performance da Furiozza, o exemplar recuperado e retirado da água. À medida que a maré foi subindo e fui gradualmente engodando, houve na fase inicial um número efectivo constante de capturas que abrandou a determinada altura, tendo-me levado a pensar que naquela capa de água existisse algum bom exemplar (robalo), voltei a apostar na sardinha como isca, mas sem resultados efectivos. Uma meia hora depois, o vento diminuiu um pouco, não acho que fosse necessariamente por isso, mas voltei a sentir mais alguns exemplares, novamente o ciclo, engodar, ferrar, recuperar e retirar os exemplares. Este foi o resultado da jornada, sei que ao utilizar a Furiozza na linha de água posso contar com a sua performance, equilíbrio, resistência e flexibilidade. A Vega esta de parabéns, uma vez mais, por apresentar no mercado esta excelente opção.
O Potenza ST Fluorocarbon é garantia de altas performances e capturas.
A capacidade de elevação não é incompativel com o baixo pesoda Furiozza.
O resultado da ''Furia''.
7