GALA FADU
Os melhores desportistas universitários. P.04
STARTUP WEEKEND
Tens uma ideia de negócio? Usa-a! P.10
JAMESON URBAN ROUTES
Directora: Laura Alves | Segunda-feira, 25 de Outubro de 2010 | N.º 172 | Quinzenal | Distribuição gratuita | www.mundouniversitario.pt
Vai a dançar até ao MusicBox. P.12
Estou em Direito... e não vivo satisfeito Eles querem ser advogados, mas cerca de 90 por cento chumba no exame de acesso ao estágio da Ordem. O MU foi perceber porquê. P. 08 e 09
www.mundouniversitario.pt
EDIÇÃO 172 de 25 de Outubro a 7 de Novembro de 2010
Não percas a próxima edição 8 de novemb ro
» Editorial Laura Alves • Directora lalves@mundouniversitario.pt
Todos os génios são preguiçosos Se uma pessoa se põe a pensar em qual foi a mais importante invenção da História da Humanidade, as possibilidades são, claro, mais que muitas. Terá sido a roda? A luz eléctrica? A Internet? A esferográfica? O soutien? Não há uma resposta. Há mil respostas, de acordo com o tempo e o espaço, pois a verdade é que nos habituámos a viver rodeados dos serviços e produtos que, um dia, algum estarola imaginou ou sentiu necessidade de ter para lhe facilitar a vida. Porque, de facto, é desse critério – a necessidade de uma pessoa ou grupo – que surgem as grandes invenções. Estou em crer que a preguiça também terá a sua quota-parte de responsabilidade. Se não, vejamos: só alguém muito preguiçoso para sair de casa e pôr uma carta no correio poderia ter inventado o e-mail. Só alguém muito preguiçoso para se levantar do sofá e ir mudar os canais na televisão poderia ter inventado o controlo remoto. Só alguém muito preguiçoso para fazer contas de
cabeça poderia ter inventado a calculadora. Daqui se conclui que os maiores génios são as pessoas preguiçosas. Brincadeiras à parte, a verdade é que as ideias mais revolucionárias e de grande utilidade podem surgir de um simples clique mental quando se está a tomar banho – vejam só o caso de Arquimedes, com o seu célebre «Eureka!» –, a beber café ou, simplesmente, a olhar para as nuvens. O problema, muitas vezes, é perceber isto mesmo. Tomar consciência de que o processo de ter uma ideia e desenvolvê-la pode começar por uma constatação muito parva, que depois poderá ser explorada e aperfeiçoada. Ser empreendedor é, precisamente, não desistir de uma ideia que até parece descabida, mas que com algum esforço e entusiasmo, poderá ser a melhor ideia dos últimos anos. Ou do último século! Nesta edição falamos-te de um projecto desenvolvido por um aluno e dois professores do Insti-
tuto Politécnico de Setúbal – a Smartpaint – que venceu o concurso Poliempreende – Concurso Nacional de Empreendedorismo. Revelamos-te, também, o que vai acontecer no Startup Weekend, uma iniciativa organizada por quatro estudantes do mestrado em Gestão da Universidade Nova, que te convida a apresentar uma ideia de negócio que, quem sabe, se poderá concretizar graças aos apoios envolvidos. Pelo meio, não deixes de te inteirar sobre o (árduo) caminho profissional percorrido pelos recém-licenciados em Direito, pois também eles têm de ser empreendedores perante a possibilidade de chumbarem no exame de acesso ao estágio da Ordem dos Advogados. Afinal de contas, ter (boas) ideias é fundamental em todas as áreas, tanto pessoais como formativas e profissionais. O que custa mesmo é começar. Mas pensa nisto: apostamos que o tipo que inventou uma coisa tão simples como o clip deve ter ficado milionário. Só pode!
» CONVERSA DE CORREDOR José Coelho/LUSA
No mês passado, a Federação Académica do Porto (FAP) veio a público alertar para a necessidade de criar legislação específica para o arrendamento de casas a estudantes universitários. Mais recentemente, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) manifestou a intenção de estimular o arrendamento jovem, através de um sistema de renda resolúvel. Ou seja, a autarquia disponibiliza casas que são propriedade municipal e que precisam de pequenas obras – pinturas, novas canalizações, novas cozinhas... –, em troca de rendas mais baixas. Os trabalhos ficarão a cargo dos inquilinos que, ao fim de 25 anos de rendas, passam a proprietários. Esta estratégia «pode funcionar como um incentivo aos jovens», declarou a vereadora da Habitação da CML, Helena Roseta. Portanto, se vives em Lisboa, agora é começar a poupar dinheiro para fazeres obras. E ao fim de 25 anos a casa é tua.
No final de Setembro, um grupo de estudantes colocou uma lona na Torre dos Clérigos, no Porto. A iniciativa da Federação Académica do Porto incluiu ainda a entrega de uma proposta de legislação do arrendamento académico no Governo Civil da cidade.
vê as novidades que temos para ti na página de fãs do mu no FACEBOOK ficHa TécNicA: Título registado no I.C.S. sob o n.º 124469 | Propriedade: Moving Media Publicações Lda | Empresa n.º 223575 | Matrícula n.º 10138 da C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 | Conselho de Gerência: António Stilwell Zilhão; Francisco Pinto Barbosa; Gonçalo Sousa Uva | Directora: Laura Alves | Redacção: Andreia Arenga | Online: Graziela Costa | Colaboradores: Emanuel Amorim, Eunice Oliveira, João Tomé, Luís Magalhães, Shampo Decapante, Ricardo Queirós | Cronistas: Luís Franco-Bastos | Projecto Gráfiico: Joana Túlio | Paginação: Vasco Albergaria | Revisão: Catarina Poderoso | Marketing: Vanda Filipe | Publicidade: Margarida Rêgo (Directora Comercial); Francisco Sousa Coutinho (Senior Brand Activator) | Distribuição: José Magalhães | Sede Redacção: Estrada da Outurela n.º 118 Parque Holanda Edifício Holanda, 2790-114 Carnaxide | Tel: 21 420 13 50 | Tiragem: 35 000 | Periodicidade: Quinzenal | Distribuição: Gratuita | Impressão: Grafedisport; Morada: Casal Sta. Leopoldina – Queluz de Baixo 2745 Barcarena; ISSN 1646-1649.
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» Alunos da Técnica em regata internacional
» Aveiro destaca-se na investigação científica
Uma equipa de alunos da Universidade Técnica de Lisboa está a representar Portugal no Student Yachting World Cup, que decorre em França até ao próximo dia 30. Esta é uma das mais importantes provas europeias de vela universitária e participam estudantes de todo o mundo. A equipa portuguesa integra o velejador Francisco Lobato, Sara Carmo, Gonçalo Ribeirinho, António Mello, Ricardo Schedell, Ana Sofia Oliveira e Manuel Arriaga.
A Universidade de Aveiro ocupa, actualmente, a 172.ª posição no ranking mundial das instituições de ensino superior com melhor prestação no que concerne a produção científica. De acordo com o relatório ‘Performance Ranking of Scientific Papers for World Universities’, elaborado pelo Higher Education Evaluation & Accreditation Council of Taiwan, a Universidade de Aveiro destaca-se nas áreas de engenharia e tecnologia.
PRÉMIOS. FADU distinguiu os melhores desportistas e AAC arrecada quatro prémios
Desporto universitário em traje de gala
A equipa de futsal feminino da Académica de Coimbra
Melhor atleta masculino: Sérgio Franco, de Coimbra
Fulbright e Instituto Camões renovam parceria A Comissão Fulbright e o Instituto Camões renovaram este mês o protocolo que existe desde 1999 para apoiar o intercâmbio de estudantes e professores universitários. As duas instituições desenvolvem assim as condições necessárias para a promoção de intercâmbios educacionais entre Portugal e os Estados Unidos. Os apoios, sob a forma de bolsas de estudo, podem ser concedidos a portugueses que planeiem leccionar ou fazer investigação nos Estados Unidos, bem como a estudantes americanos que pretendam desenvolver projectos de investigação em Portugal, em diversas áreas. Para mais informações vai a www.fulbright.pt.
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[25 OUT 2010]
A III Gala do Desporto Universitário juntou mais de 300 atletas, entre treinadores, dirigentes, agentes e entidades desportivas. A Associação Académica de Coimbra foi a grande vencedora, com quatro prémios em cinco nomeações. O MU esteve lá e conta-te como tudo se passou, numa noite em que os fatos-de-treino ficaram em casa.
Eunice Oliveira info@mundouniversitario.pt
O Casino da Figueira da Foz vestiu-se de gala para premiar os melhores da época 2009/2010 no que toca ao desporto universitário. Os prémios entregues pela Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) distinguiram atletas, treinadores e equipas em virtude dos resultados obtidos durante o ano. Foram ainda atribuídos dois Galardões Prestígio: ao Comité Olímpico de Portugal e ao Instituto Politécnico do Porto. Coimbra dominou a noite A equipa de râguebi de 7’s masculino da Associação Académica de Coimbra (AAC) foi a mais galardoada. O conjunto da AAC foi considerado a Melhor Equipa Masculina, tendo o jogador Sérgio Franco recebido o prémio de Melhor Atleta Masculino e Jorge Franco foi eleito o Melhor Treinador da época. A distinção acontece num ano em que a equipa de râguebi 7’s masculina foi Campeã Nacional e Europeia Universitária.
No plano das senhoras, a equipa de futsal da AAC conquistou o prémio de Melhor Equipa Feminina. Já Sara Moreira, do Instituto Politécnico do Porto, recebeu, pelo segundo ano consecutivo, o prémio de Melhor Atleta Feminina.
honra para nós podermos colaborar com a FADU. São 20 anos de desenvolvimentos do desporto universitário e o comité tem o dever de colaborar com estas instituições», realçou o presidente do comité, Vicente Moura.
Pela qualidade do desporto universitário
Ainda mais empenho, precisa-se
Além dos prémios entregues aos melhores do ano, a FADU homenageou também 24 atletas das selecções universitárias que alcançaram o pódio em campeonatos europeus e mundiais. As medalhas conquistadas nestas competições têm vindo a aumentar de ano para ano, o que revela «uma maior aposta nas modalidades e na formação dos atletas», afirmou o presidente da FADU, André Couto. O Instituto Politécnico do Porto foi distinguido com o Galardão Prestígio, que celebra o seu percurso de 25 anos enquanto dinamizador do desporto universitário. Também o Comité Olímpico de Portugal recebeu o galardão pela contribuição para a coesão do desporto. «É uma
Os 20 anos de existência da FADU não passaram em branco, pelo que a federação recebeu uma salva de prata das mãos do comité executivo da Federação Internacional do Desporto Universitário (FISU). Numa noite que brindou os campeões, houve tempo ainda para lembrar o trabalho que as universidades devem desenvolver no sentido de apoiar e reconhecer o atletaestudante. «Precisamos de um maior empenho das universidades neste âmbito, temos muito trabalho a fazer», concluiu o presidente do Instituto do Desporto de Portugal, Luís Sardinha, reconhecendo o contributo do desporto universitário para o desporto português.
Melhor atleta feminina: Sara Moreira, do Politécnico do Porto
PREMIADOS » Associação Académica de Coimbra Melhor Treinador: Jorge Franco, râguebi 7’s Melhor Atleta Masculino: Sérgio Franco, râguebi 7’s Melhor Equipa Masculina: Equipa de râguebi 7’s Melhor Equipa Feminina: Equipa de futsal » Instituto Politécnico do Porto Melhor Atleta Feminina: Sara Moreira, atletismo
» 20 anos de FADU Durante a Gala do Desporto Universitário assinalaram-se os 20 anos da FADU. A instituição nasceu do desejo de várias academias do País de dinamizar, incentivar e organizar o desporto no seio do ensino superior. Actualmente conta com 42 associados e 7.000 praticantes divididos por 30 modalidades. Em breve poderão passar a ser 31 modalidades, já que o André Couto, presidente da instituição, manifestou ao MU a intenção de voltar a integrar a vela nas competições da FADU. Mais informação em www.fadu.pt.
PUBLIreportagem
DESAFIO. Inscrições para o Prémio ZON ‘Criatividade em Multimédia’ decorrem até 5 de Novembro
Tira a criatividade da gaveta «Portugal dispõe hoje de competências e criatividade em curtas-metragens de bom nível e, em alguns casos, de nível internacional», afirma Nuno Cintra Torres, coordenador e membro do júri do Prémio ZON
quais tiveram implementação prática? Alguns dos trabalhos premiados já estavam em utilização. Por exemplo, o ‘Laboratórios de Instrumentação para Medição’, de Restivo, é um livro digital didáctico em utilização por várias universidades. A aplicação ‘Astrolab’, da CommTogether, está a ser utilizada por câmaras municipais e a empresa procura neste momento um parceiro comercial. A aplicação para TV online ‘Future Box TV’, da Viatecla, é utilizada pela APDC no seu serviço de TV online. A aplicação www.tv.up.pt é utilizada pela TV da Universidade do Porto. Outros premiados eram protótipos funcionais. ‘Jarbas’, um computador de cozinha, está a servir de plataforma para a empresa FYI estabelecer e desenvolver uma parceria internacional.
Nuno Rocha, vencedor da edição de 2008, trabalha hoje com a produtora norte-americana responsável por êxitos como ‘Armageddon’ ou ‘Pearl Harbor’
O Prémio ZON ‘Criatividade em Multimédia’ vai para a sua terceira edição. Que balanço faz destes três anos de prémio? O prémio tem-se afirmado como o mais prestigiado nas áreas do audiovisual, das aplicações e conteúdos multimédia em Portugal, desde logo pelo valor dos prémios. Com quase 300 trabalhos inscritos nas duas primeiras edições, o balanço é muito positivo e com grande impacto na criação. A experiência das duas primeiras edições aconselhou-nos a ampliar a presença das indústrias digitais no Prémio. Fizemos uma importante alteração ao regulamento: fusão da categoria ‘Aplicações’ com a categoria ‘Conteúdos Multimédia’ e criação da nova categoria ‘Animação Digital’, mantendo-se a categoria ‘Curtas-Metragens’. Podemos afirmar que Portugal produz ou dispõe de jovens talentos com excelência nas áreas da indústria multimédia e audiovisual? Na área das curtas-metragens, Portugal dispõe hoje de competências e criatividade de bom nível e, em alguns casos, de nível internacional. A ZON procurou ao longo deste ano contribuir para o desenvolvimento do guionismo de cinema ao estabelecer uma
PUBLIC PUBLICID IDaDe ADE
Prémio ZON
‘Criatividade em Multimédia’ Esta iniciativa da ZON mudou a vida de muitos dos jovens que se candidataram nas edições anteriores. O próximo podes ser tu. As candidaturas decorrem até 5 de Novembro em www.zon.pt/premio.
parceria com a universidade de Austin, no Texas, no âmbito de UT Austin – Portugal, CoLab. O guionismo é uma área crítica em qualquer país, incluindo os Estados Unidos da América. Segundo os professores que orientaram o ZON Lab, também nos EUA os alunos revelam grande apetência e competência a nível técnico, mas falham no interesse e na qualificação para escrita de cinema. Quanto à indústria multimédia portuguesa, o diagnóstico é simples: está atrasada. Há, claro, ilhas de excelência naquilo a que chamamos o ecossistema multimédia. Há muita coisa, mas de qualidade amadora. De que forma se pode alterar essa realidade? Procurámos este ano incentivar a apresentação de trabalhos a concurso num dos elos mais fracos desta indústria em Portugal, mas que é também aquele que de longe terá maior expansão: conteúdos multimédia para smart phones. Também chamámos a atenção para a apresentação do concurso de widgets, aplicações que, desde logo, têm na plataforma da ZON amplo espaço de desenvolvimento. Dos trabalhos que foram a concurso e que foram premiados,
E nas curtas-metragens? Realço ‘3x3’ de Nuno Rocha, que ganhou o prémio da categoria e o grande prémio em 2008. Teve aplicação prática nos cinemas Lusomundo a anteceder a exibição de ‘Quem Quer ser Bilionário?’, tendo tido cerca de 150 mil espectadores, um recorde para uma ‘curta’ portuguesa em sala de cinema. Além disso, muitas das curtas finalistas têm aplicação prática como entretenimento disponível no Videoclub ZON em VOD gratuito. De que forma é que o Prémio ZON ‘Criatividade em Multimédia’ mudou a vida dos vencedores? Para muitos dos premiados a vida não é a mesma coisa. Em particular para aqueles que aplicaram o dinheiro do prémio para expandir capacidades, competências e negócios, ou que souberam aproveitar a disponibilidade da ZON para acompanhar e apoiar os premiados no desenvolvimento de carreiras ou lançamento de novas iniciativas individuais e empresariais. O caso mais evidente é o de Nuno Rocha, que aproveitou a bolsa de estudo da Fundação para a Ciência e Tecnologia em Austin, outra componente do prémio, para realizar ‘Vicky and Sam’ e para afirmar a sua produtora pessoal, a Filmes da Mente. O Nuno aproveitou bem a notoriedade que lhe trouxe o prémio e está a tentar abrir asas no outro lado do Atlântico, tendo sido contratado pela produtora responsável por sucessos como ‘Armageddon’ ou ‘Pearl Harbor’. [25 OUT 2010]
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» Estudantes de Coimbra integram rede internacional
» Historiador distinguido com o Prémio Sedas Nunes
A obra ‘Comunismo e Nacionalismo em Portugal’ valeu a José Neves, investigador da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, o Prémio A. Sedas Nunes. A sua tese de doutoramento em História analisa os contributos de dirigentes e intelectuais comunistas para criar o conceito de Nação. Este prémio distingue trabalhos de excepcional qualidade na área das ciências sociais e que contribuem para o conhecimento da realidade portuguesa.
Cinco estudantes de mestrado da Universidade de Coimbra foram escolhidos para integrar a SYLFF – The Ryoichi Sasakawa Young Leaders Fellowship Fund. Esta rede mundial de jovens líderes tem como missão promover a paz, ultrapassando barreiras políticas, religiosas e étnicas. Os alunos vão receber bolsas no valor de 2 mil euros que se destinam a apoiar estudantes do ensino superior que se destacam pelas suas capacidades académicas e humanas.
INOVAÇÃO. Instituto Politécnico de Setúbal cria tintas que mudam de cor
» Docente do Instituto Superior Técnico galardoado
Uma ideia com tinta Uma bola vermelha que, ao ser agarrada por uma criança, se transforma numa bola amarela. Ou um prato que muda de cor enquanto comemos uma refeição. Parece impossível, mas com a Smartpaint isto pode acontecer. Trata-se de uma tinta inteligente que foi desenvolvida por Rúben Encarnação, aluno de Engenharia Química, e pelos professores Susana Gonçalves e Pedro Marques de Almeida. O projecto venceu o Poliempreende – Concurso Nacional de Empreendedorismo e vai dar origem a uma empresa.
precisamos de dar voltas à cabeça por causa da cor com que vamos pintar o quarto.
Andreia Arenga aarenga@mundouniversitario.pt
Fernando Pereira, professor associado do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores do Instituto Superior Técnico e investigador sénior do Instituto de Telecomunicações, foi distinguido com o Certificado de Mérito pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE). Este reconhecimento deve-se à dedicação demonstrada pelo professor na organização da Conferência Internacional IEEE 2010 sobre ‘Processamento de Imagem’ que se realizou recentemente em Hong Kong. Já em 2008, Fernando Pereira tinha sido nomeado ‘Fellow’ pelo IEEE. Esta é uma das mais altas distinções feitas pela instituição internacional que reconhece cientistas com currículo de relevo e pelo contributo prestado a nível internacional.
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[25 OUT 2010]
A ideia surgiu por acaso, a partir das investigações que Susana Gonçalves e Pedro Marques de Almeida, professores de Química e de Física no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), desenvolveram durante o ano passado. Rapidamente perceberam que a Smartpaint podia ser muito útil. «Às vezes é a necessidade que empurra a tecnologia para fazer alguma coisa, mas no nosso caso foi ao contrário. Ao trabalharmos sobre as nossas áreas [a Física e a Química] surgiu-nos esta ideia», conta Susana Gonçalves. A ciência aplicada às empresas A Smartpaint reage à temperatura e ao toque e, a partir dessas duas variantes, a sua tonalidade pode transformar-se. Esta tinta inteligente pode ser aplicada em diversas áreas com objectivos diferentes. «Há imensas aplicações, tanto na parte lúdica, em brinquedos para crianças, como na arquitectura e na construção civil, no marketing e na publicidade. As aplicações são variadíssimas». Ao fazerem esta descoberta, os professores Susana Gonçalves e Pedro Marques de Almeida, actualmente docente no Instituto Politécnico de Leiria, convidaram o seu melhor aluno em Engenharia
A EQUIPA Susana Gonçalves Engenheira química e docente na Escola Superior de Tecnologias do Barreiro e de Setúbal do IPS Pedro Marques de Almeida Investigador na área da física e docente no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
Susana Gonçalves, Pedro Marques de Almeida e Rúben Encarnação venceram o Poliempreende com a Smartpaint
Química, o Rúben Encarnação, para integrar a equipa e apresentarem o projecto no Poliempreende – Concurso Nacional de Empreendedorismo. «Como achámos que esta ideia tinha muito potencial, resolvemos apresentá-la não no âmbito da investigação, mas num concurso de empreendedorismo, porque pode ser aplicada em diversos contextos. Entrámos no concurso por brincadeira, mas à medida que a competição ia avançando fomos ficando cada vez mais entu-
siasmados (risos)», relembra a professora. «De que cor vou pintar a minha casa?» O projecto acabou por ficar em primeiro lugar, tanto na competição regional como nacional, e o valor do prémio (cerca de 10 mil euros) vai ser aplicado na criação de uma empresa de tintas técnicas com propriedades especiais. O objectivo é aproximar o mundo da ciência às empresas, duas realidades que parecem não
se dar muito bem. «Isto é muito positivo porque obriga-nos a ver o outro lado e, como envolve os alunos, obriga-os também a olhar para estes dois meios: o da investigação e o da empresa. Nós queríamos que esta fosse uma empresa empurrada pela tecnologia e acho que este projecto é muito aliciante para um engenheiro químico». Se a empresa for mesmo para a frente, daqui a dois anos, o Rúben já tem o futuro assegurado. E nós já não
Rúben Miguel da Encarnação Estudante de Engenharia Química na Escola Superior de Tecnologias do IPS » SOBRE O POLIEMPREENDE É um concurso de empreendedorismo com o objectivo de incentivar os alunos de Ensino Superior Politécnico a mostrar as suas ideias inovadoras para a criação de novas empresas. O concurso já vai na sua sétima edição e todos os anos promove um concurso regional entre os diversos politécnicos do País. Os melhores projectos disputam a final nacional.
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POKER. Entre 1 e 27 de Novembro podes mostrar a tua perícia e ganhar 5 mil euros
Tens mãos para este desafio? Já falta pouco, muito pouco, para a grande competição começar. O campeonato Universitário de Poker arranca no próximo dia 1 de Novembro com o apoio do Mundo Universitário e convida todos os estudantes a mostrar o talento com as cartas. O Campeonato decorre online em PokerStars.com.
Vencedor do Campeonato Universitário de Poker do ano passado
Tiago Azevedo Idade? 25 anos De onde és? Póvoa de Varzim. Onde estudavas no ano passado? Último ano de mestrado em Arquitectura na Universidade Lusíada de Famalicão.
O que é o Campeonato Universitário de Poker? É um torneio de poker online para estudantes universitários no qual é possível desenvolver o talento de jogador e também ganhar prémios monetários aliciantes. Onde? Em www.pokerstars.com, após instalar a aplicação gratuita de jogo. Quando? De 1 a 27 de Novembro. Como? Os torneios diários decorrem de 1 a 27 de Novembro. Se conseguires um bom resultado nos torneios diários avanças para a Final Semanal, e depois para a Grande Final, onde os grandes prémios estão à tua espera. Quem? Podem participar estudantes universitários de todo o País que tenham um cartão de estudante válido. Atenção que, se não fores estudante, não poderás participar na Grande Final. E os prémios? Em jogo vão estar €20.000 em prémios, sendo que €5.000 são para o vencedor. Na Grande Final há 100 lugares premiados, o que quer dizer que tens excelentes hipóteses de ganhar. Para tornar ainda mais emocionante a Grande Final, os nove finalistas irão disputar o grande prémio ao vivo no Casino de Espinho!
O que estás a fazer agora? Comecei este ano o estágio profissional.
ORNEIOS T E D IO R Á D N E L A »C Torneio
freerolls
satélite €0.55
satélite €1.10
final semanal
grande Final (buy-in directo €3.30)
5 de dezembro
grande Final (buy-in directo €33)
data
hora
Diariamente entre 1 e 27 de Novembro
20h30 de Hora Portugal (14h30 eT)
Diariamente entre 1 e 27 de Novembro
21h00 Hora de Portugal (15h00 eT)
Diariamente entre 1 e 27 de Novembro
21h30 ra Ho de Portugal (15h30 eT)
7, 14, 21, 28 de Novembro
20h30 Hora de Portugal (14h30 eT)
5 de Dezembro
20h30 Hora de Portugal (14h30 eT)
Quando começaste a jogar poker e porquê? Comecei a jogar há cerca de dois anos por mera curiosidade. Queria aprender este jogo de que se falava tanto.
prémio 9 lugares garantidos para a Final Semanal 18 lugares garantidos para a Final Semanal + 1 lugar por cada €3.30 de prize pool
Como foi ganhar o campeonato no ano passado? Foi FANTÁSTICO! Chegar lá como um iniciado e acabar com a vitória foi uma experiência muito boa.
27 lugares garantidos para a Final Semanal + 1 lugar por cada €3.30 de prize pool Um lugar por cada €3.30 de prize pool €20.000 gArANTIDOS Os primeiros 9 colocados vivo seguem para o evento ao to incluídos + prémios em
(Hotel + viagem para o even
Houve algum episódio caricato que te recordes? Depois de todas as horas de jogo intenso, finalmente tinha vencido, e reparei que já passava das 04h00... Queria fazer a festa, mas lá em casa todos dormiam...
dinheiro)
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PORQUE É QUE ACHAS QUE HOUVE TANTOS CHUMBOS?
ADVOGADOS. Mais de metade dos licenciados
«Não p todos p É impo
SUSANA MANO Curso/Faculdade: Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra No futuro: Quer seguir Investigação «Pela má preparação dos alunos, resultante da descida de qualidade do ensino, e muito por culpa do Processo de Bolonha. A realidade do exame de acesso à Ordem é completamente diferente da realidade que os alunos enfrentam durante os quatro anos de estudo: matérias dadas por alto e a despachar.»
TÂNIA RODRIGUES Curso/Faculdade: Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra No futuro: Quer seguir Magistratura «Realmente é uma percentagem um bocado chocante, dado o grande número de licenciados que há em Direito. Os resultados, se calhar, reflectem a mal preparação dos licenciados para exercerem a sua profissão, ou então, o exame era mesmo difícil. Se a culpa será totalmente dos estudantes? É um caso para todos reflectirem...»
o que diz Marinho e Pinto
«Não se pode exercer advocacia sem ter o mínimo de conhecimento científico, e a maior parte das universidades portuguesas não dá essa formação», aponta o bastonário da ordem dos Advogados.
Desde o início deste ano, todos os licenciados em Direito que queiram aceder à Ordem dos Advogados para exercer a profissão devem fazer um exame. Dos primeiros que realizaram a prova em Março, cerca de 90 por cento chumbaram. O número elevado de chumbos tem causado polémica junto de alguns membros da classe e das universidades. Será que o actual Processo de Bolonha não está a preparar bem os seus alunos, ou esta é mais uma manobra de restrição ao acesso da profissão? Em vésperas de novo exame, agendado para 12 de Novembro, o MU foi descobrir.
Andreia Arenga aarenga@mundouniversitario.pt
São cerca de 5 mil os licenciados em Direito que todos os anos integram a Ordem dos Advogados. Um número elevado que não pára de crescer. Será que Portugal precisa de tantos advogados? O bastonário da Ordem, António Marinho e Pinto, acredita que não. «Um número excessivo de advogados degrada o exercício da actividade forense e a qualidade dos serviços, e cria situações insustentáveis do ponto de vista da administração da Justiça», disse em entrevista ao MU. Apenas 20 por cento vão ser advogados Dos 275 licenciados em Direito que realizaram o primeiro exame em Março, cerca de 90 por cento reprovaram. Um número que, depois dos recursos apresentados por alguns licenciados, desceu para 80 por cento, mas que ainda assim é bastante elevado. Marinho e Pinto relaciona estes resultados com a má
preparação dos estudantes de Direito. «Os licenciados em Direito hoje não estão preparados para exercer uma profissão forense com as responsabilidades e com as exigências da advogacia. É muito diferente uma licenciatura de cinco anos de uma licenciatura de três ou de quatro anos. Nós aceitamos que estes licenciados possam entrar, mas exigimos que façam o exame para ver quem é que está devidamente preparado», explica o bastonário. Marinho e Pinto não compreende o alarme em torno desta medida e responsabiliza o Processo de Bolonha e as universidades portuguesas pela degradação do ensino do Direito. «Já antes havia uma degradação do ensino do Direito, mas o Processo de Bolonha veio acentuá-la ainda mais. Não se pode exercer advocacia sem ter o mínimo de conhecimento científico, e a maior parte das universidades portuguesas não dá essa formação. Em vez de ministrarem os cursos como deviam, vendem os cursos a prestações.»
«Somos mais que as mães!» Pedro Rica, 31 anos, é advogado, «ama a lei», e nunca pôs a hipótese de não agregar a Ordem. Na altura em que fez a licenciatura de cinco anos na Faculdade de Direito da Universidade Moderna de Setúbal, as condições para integrar a Ordem eram bem diferentes. Os licenciados em Direito inscreviam-se mediante o pagamento de cerca de 500 euros e iniciavam assim o estágio. A grande prova de fogo era depois, um exame escrito, com a duração de três horas, a que eram sujeitos todos os estagiários e só os melhores passavam. Quando confrontado com esta nova realidade, Pedro admite que tem opiniões ambivalentes. «Quem quiser ser advogado tem que estudar, como é óbvio, mas depois há a questão de saber se houve realmente uma séria aplicação dos critérios de avaliação, o que é duvidoso tendo em conta esse rácio de chumbos.» Questionado sobre os critérios de avaliação do exame, Marinho e Pinto diz apenas que «a prova é rigorosa e
os critérios são definidos por uma comissão nacional de avaliação no qual o bastonário confia plenamente». Apesar de tudo, o advogado Pedro Rica concorda com o bastonário, na medida em que se tem verificado uma degradação, tanto ao nível do ensino do Direito, como no exercício da própria profissão, facto que está directamente relacionado com o número cada vez maior de diplomados nesta área. «O que está aqui em causa é a diluição da dignidade da classe. Isso tem um impacto na opinião pública que fica com a ideia de que uma pessoa vai na rua, chuta uma pedra e sai um advogado, porque somos mais que as mães! A classe enfrenta problemas criados pelo facto de sermos muitos. As pessoas prestam-se a fazer trabalhos que não são condignos com a classe.» Qual o futuro dos diplomados? Mas o que vai acontecer a todos estes licenciados que querem ser advogados e não conseguem aceder à profissão? Sobre o futuro dos di-
plo diz Es ne Po pa rei Nã a se pr
pô Or de ac pr -se lha ca Ad de niã és as de sã so
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nciados em Direito chumbaram este ano no exame de acesso ao estágio da Ordem dos Advogados
pensem que vêm s para a Ordem. possível!»
ro na ma no róecro sta éa so blima ae ais roos faos
s? os ser der di-
O relatório ‘A Procura de Emprego Dos diplomados com Habilitação Superior’ efectuado pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (organismo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) relativo a 2008, dava conta de 1.237 licenciados em Direito inscritos no Centro de Emprego durante um período inferior ou igual a 12 meses. De acordo com os dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados pelo Ministério do Trabalho, os licenciados portugueses têm mais dificuldades em arranjar emprego (55 por cento) do que pessoas habilitadas com o 9.º ano de escolaridade (52,2 por cento) ou com o secundário (51,7 por cento). Os dados mostram que um licenciado demora, em média, um ano a conseguir emprego. Por outro lado, o relatório mais recente da OCDE – ‘Education at a glance 2010’ –, relativo à taxa de desemprego entre 2008 e 2009, aponta para uma diminuição do desemprego entre a população com habilitação superior. No estudo, a OCDE realça que estes dados podem justificar um prolongamento dos estudos na população jovem para não enfrentarem a situação difícil que se está a viver no mercado de trabalho. pUBLICIDADE
o
coual
O desemprego dos licenciados em números
plomados, Marinho e Pinto diz que esse é um problema do Estado. «Se o Estado acha que são necessários 19 cursos de Direito em Portugal, então que arranje saída para os 5 ou 6 mil licenciados em Direito que aparecem aí todos os anos. Não pensem que vão vir todos para a Ordem dos Advogados depois de serem escorraçados de outras saídas profissionais. É impossível!» Pedro Rica tem dúvidas sobre se impôr um exame de acesso ao estágio da Ordem será a maneira mais correcta de resolver o problema. O advogado acredita que, se por um lado se está a proteger a classe, por outro lado, está-se a condicionar a liberdade de escolha das pessoas que querem seguir o caminho da advocacia. «A Ordem dos Advogados é uma associação privada de interesse público e, na minha opinião, a única coisa que tem que aferir é se a pessoa adquiriu e sedimentou as regras de conduta e os princípios deontológicos da classe. Tudo o resto são instrumentos para cortar o acesso à actividade. O remédio para isto
seria a Ordem pugnar junto do Estado para diminuir o número de vagas nas faculdades de Direito. Pessoalmente sou contra isto, porque as pessoas também têm direito a querer tirar Direito.» O advogado acredita que, independemente de este ser um exame dificil, quem quiser mesmo ser advogado há-de prosseguir o seu objectivo. «Não é por chumbar neste exame que as pessoas que querem mesmo este caminho vão desistir, é uma questão de insistência. Porque é que concorrem tantas pessoas ao Centro de Estudos Judiciários, que é um exame infinitamente mais complicado? Também é um exame com muitos chumbos, mas as pessoas vão tentando, é uma vocação.»
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» Entrepreneurship Business Week em Setúbal
» FCUP JobFair 2010 na Universidade do Porto
Começa hoje a 4.ª edição da ‘Entrepreneurship Business Week Setúbal’, uma iniciativa da Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal que decorre até dia 29. O mote da iniciativa é ‘Empreendedorismo e Internacionalização no Campus do IPS’ e os participantes têm oportunidade de trabalhar em equipa para apresentar planos de negócio no âmbito da ciência, tecnologia e sustentabilidade.
Até dia 27 está a acontecer a FCUP JobFair 2010, uma feira de emprego e empreendedorismo organizada pela Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Questões como a procura do primeiro emprego, a reinserção profissional, a opção do empreendedorismo e o capital de risco são alguns dos temas em debate. Informação em http://aefcup. pt/fcupjobfair2010.
STARTUP WEEKEND. Iniciativa de alunos de mestrado em Gestão da Nova desafia-te a ter uma ideia de negócio
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O Mundo Universitário
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Se já tens, óptimo. Se não tens, esta é a oportunidade perfeita para entrares em contacto com as inúmeras possibilidades do espírito empreendedor e, quem sabe, montares mesmo o teu negócio. Nos dias 12, 13 e 14 de Novembro, na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa decorre o Startup Weekend, um concurso de ideias organizado por um grupo de estudantes e com o apoio do Mundo Universitário.
Alunos da Universidade do Porto têm emprego ao fim de três meses Esta é uma das conclusões de um estudo de empregabilidade divulgado pelo Observatório de Emprego da Universidade do Porto, e que aponta 3,4 meses como o tempo médio de procura do primeiro emprego por parte dos licenciados da instituição. Os dados reportam aos alunos que concluíram o curso no ano lectivo de 2007/2008, e indica também que cerca de 74 por cento precisou de menos de seis meses para encontrar emprego. O estudo avança ainda com o facto de, dois anos após a conclusão do curso, apenas 8 por cento dos inquiridos estarem a viver uma situação de desemprego. [25 OUT 2010]
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Laura Alves lalves@mundouniversitario.pt
João Villar, licenciado em Design Industrial, Marta Paiva, licenciada em Gestão Hoteleira, Catarina Rodrigues e Cláudia Figueiredo, ambas formadas em Gestão. É este o grupo de alunos do mestrado em Gestão da Universidade Nova que uniu esforços para criar o Startup Weekend Lisboa, um concurso de empreendedorismo que pretende ser um empurrão para quem deseja vir a abrir um negócio. A ideia, já conhecida lá fora e realizada em cerca de 100 cidades, vem agora para Portugal pela mão destes estudantes. No final, o projecto vencedor poderá ver a luz do dia através do IAPMEI - Ins-
tituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas. O que é, afinal, o Startup Weekend? Destinado a todos aqueles que têm – ou querem vir a ter – uma ideia de negócio, o Startup Weekend materializa-se através de 54 horas de discussão de ideias e acompanhamento por um painel de mentores. O objectivo é, portanto, criar as condições para que, havendo ideias, estas possam ser desenvolvidas, aperfeiçoadas e avaliadas, com vista à sua possível concretização. Isto, ao
mesmo tempo que se criam pontes de contacto com empreendedores, criativos e investidores do panorama empresarial nacional. No final, as ideias consideradas pelo júris como sendo mais inovadoras serão apresentadas na Semana Global do Empreendedorismo, que acontece de 16 a 22 de Novembro.
«Estamos a criar o mundinho do empreendedor» João Villar, um dos organizadores do Startup Weekend, avança com a razão de ser desta iniciativa: «Queremos beneficiar ao máximo os participantes e criar neles o ‘bichinho’ do empreendedorismo. Esperamos que saiam muito mais conscientes do que querem fazer e do tipo de negócio que querem ter. Estamos a criar o mundinho do empreendedor.» Desta forma, os aspirantes a empreendedores poderão contar com a preciosa ajuda de «empresários, investidores de capital de risco e ‘business angels’», que os irão orientar no desenvolvimento das ideias de negócio. Os períodos de trabalho serão intercalados com comunicações de diversos oradores, também elas com o intuito de ajudar a estruturar os projectos. «Cada um tem áreas de actuação diferentes e o nosso objectivo é que nenhuma ideia passe despercebida e que os participantes tenham
a oportunidade de conseguir aquele empurrão inicial», esclarece João Villar. Tens uma ideia? Força nisso! A participação está aberta a todos aqueles que têm uma ideia interessante de negócio a bailar na cabeça, mas também àqueles que ainda não têm nada de muito concreto. Qualquer que seja a área. Isto porque, como nos diz João Villar, o júri que irá avaliar os trabalhos abrange diversas áreas. «A experiência que tenho destes concursos de empreendedorismo é que a maior parte das ideias são baseadas em serviços ou marketing, porque no tempo que as pessoas têm é mais fácil desenvolver uma ideia de serviço do que um produto ou ideia tecnológica. Mas essas ideias também surgem e serão aceites.» Para saberes tudo sobre a participação no Startup Weekend e os apoios que serão concedidos à equipa da ideia vencedora vai a http://lisbon. startupweekend.org.
CONSELHOS ESTRATÉGICOS «Temos dois ‘targets’», observa João Villar: «as pessoas que já têm uma ideia e vão tentar arranjar uma equipa para os ajudar, e também temos pessoas que não têm ainda nada de concreto pensado, mas sabem que não querem trabalhar para os outros toda a vida.» Se já tens uma ideia: Leva a ideia o mais desenvolvida possível. «Quanto mais estiver
consolidada mais credibilidade terá para ir para a frente. O principal é mostrar confiança, ou ninguém irá acreditar no projecto.» Se ainda não tens uma ideia: Não se perde nada em ir à aventura. «Analisem as ideias que estão a ser apresentadas, contribuam com o vosso ‘know-how’ e pensem que dali poderá, um dia, sair uma empresa.»
ENTREVISTA. José Luís Peixoto fala do novo romance
Um ‘Livro’ sobre a ousadia portuguesa
Trienal de Arquitectura desafia estudantes
José Luís Peixoto há muito que deixou de ser uma promessa da literatura portuguesa contemporânea para passar a ser uma certeza. Em ‘Livro’, o seu novo romance, José Luís Peixoto aborda a temática da emigração portuguesa para França durante as décadas de 50 e 60. O MU foi falar com o autor para conhecer melhor este ‘Livro’.
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MU: Apresenta-nos ‘Livro’. José Luis Peixoto: Logo pelo título fica visível que se trata de um romance de grande ambição. Aquilo que tentei foi, nada mais, nada menos, do que traçar um retrato simbólico de Portugal e da sua sociedade nos últimos 50 anos. Mais concretamente, desde as décadas de 50/60 até aos nossos dias. Para fazê-lo, foquei-me em alguns aspectos que me pareceram os mais essenciais, nomeadamente a transição de uma sociedade muito ruralizada para outra que apresenta características mais urbanas. Esse percurso está representado ao longo das páginas em aspectos tão diversos como a linguagem ou a própria evolução das personagens. Tentei que as transformações sociais, económicas e políticas desse período estivessem presente nas personagens de ‘Livro’. MU: Já disseste que pensaste no tema da emigração portuguesa por considerares que não estava explorado da maneira que te propões explorar. Queres explicar melhor esta ideia? JLP: Em português, existem dois ou três romances que tratam directamente o tema da emigração portuguesa para
França. Ora, entre 1960 e 1975, emigraram, apenas para França, cerca de 1 milhão e meio de portugueses. Trata-se de um fluxo migratório sem precedentes na nossa história e com um potencial romanesco gigante. Tendo lido os romances que tratam directamente este assunto, devo dizer que não me convenceram, enquanto tentativas de retrato daquilo que representou para aquelas pessoas fazerem aquela viagem. A ousadia que aquelas pessoas tiveram de se lançar no desconhecido é de uma coragem que deve ser louvada. A história da emigração portuguesa para França é, do meu ponto de vista, uma mostra inequívoca daquilo que o povo português tem de melhor, sem medo. MU: Este tema é-te especialmente caro, na medida em que os teus pais foram emigrantes. Até que ponto este romance é baseado na experiência deles? JLP: Não tem qualquer base na experiência dos meus pais. Essa experiência terá sido um dos motivos essenciais que me levou à sua escrita, mas os meus pais não correspondem às personagens deste romance. Aliás, tratando este tema, parece-me que o facto de não
© Helena Canhoto
Emanuel Amorim
Com o tema ‘Falemos de Casas’, a Trienal de Arquitectura regressa a Lisboa. Além das exposições patentes no Museu do Chiado e Centro Cultural de Belém, a organização desafiou os estudantes de Arquitectura a desenhar projectos para a Cova da Moura e para uma unidade familiar em Luanda. Este último, intitulado ‘A House In Luanda: Patio And Pavilion’ e de âmbito internacional, teve a participação de arquitectos de 44 países, mas foi o projecto da equipa portuguesa que acabou por vencer. Os trabalhos vencedores de ambos os concursos podem ser vistos no Museu da Electricidade.
Imagens para ver, ouvir e sentir
«O escritor é, antes de qualquer outra coisa, uma pessoa»
o ter vivido acaba por ser uma vantagem histórica. Eu e as pessoas da minha idade crescemos a dizerem-nos que não vivemos a ditadura, a guerra colonial, o 25 de Abril, etc. Acredito que a culpa dessa ignorância é efectivamente das pessoas que nos apontam o dedo, uma vez que elas que não souberam explicar essas vivências às gerações mais novas. Ter nascido já em democracia permite-me ser, talvez, um pouco mais imparcial, não estar contaminado pelas paixões e ódios dessas questões.
E, assim, tentar contar aquilo que está tão mal explicado para tantos. MU: Durante a promoção de ‘Livro’ fizeste um périplo pelo País. O contacto próximo com os leitores é importante para ti? JLP: Sim, tem bastante importância. Para mim, é uma actividade que ajuda a tornar concreta a ideia de ‘Leitor’. Creio que qualquer escritor se depara com essa ideia durante a escrita e, ainda mais, depois da publi-
cação. Nunca se pode saber exactamente quem vai ler aquilo que se escreve, nem como o vai ler. Ainda assim, encontrar algumas dessas pessoas e falar com elas ajuda a desmistificar essa entidade colectiva e anónima para a qual se escreve. Sinto também que esse encontro é benéfico para o leitor na medida em que desmistifica um pouco essa outra pessoa que está do outro lado das palavras. Também o escritor é, antes de qualquer outra coisa, uma pessoa.
Pelo sétimo ano consecutivo, Lisboa recebe o Festival Temp d’Images. A acontecer de 28 de Outubro a 21 de Novembro em vários espaços de Lisboa (Centro Cultural de Belém, Museu do Chiado, Cinemateca, Teatro Maria Matos, Teatro Municipal São Luiz, só para citar alguns), o festival apresenta uma programação vasta em diversas vertentes artísticas desde o teatro, passando pela instalação, o cinema, e a música. O MU sugere, para já, o espectáculo da companhia Cão Solteiro criado por André Godinho – ‘We all go a little mad sometimes’, em cena no Espaço Alkantara, de 29 de Outubro a 2 de Novembro. Mais em www. tempsdimages-portugal. com. Publicidade
Orelha Negra no S. Jorge
Jameson URBAN ROUTES. Esta semana há WhoMadeWho, Marina Gasolina e Nicola Conte
Por Emanuel Amorim
Cantares urbanos Depois de uma digressão pelo País, os Orelha Negra regressam a Lisboa no dia 28 para um concerto no São Jorge. O que poderemos esperar do concerto? Ferrano: Haverá algumas surpresas para este concerto que, na verdade, ainda não podem ser reveladas. Será um concerto baseado no nosso disco, com alguns dos medleys que temos vindo a tocar e, talvez, um ou dois novos. Na parte cénica, teremos algumas novidades que serão surpreendentes. O vosso disco foi elogiado por DJ Shadow. Que importância teve esse elogio? F: É sempre muito gratificante ser elogiado por uma pessoa que nos influenciou tanto como o Dj Shadow. Tivemos a honra de ter estado com ele no Sudoeste e conversar durante uns breves momentos. Foi com enorme surpresa que vimos o que ele escreveu. São também estas coisas que nos fazem ganhar força. Quais os planos para o futuro? F: Estamos a terminar uma mixtape com remisturas e algumas músicas cantadas por vários cantores. Teremos diversos cantores, desde o Tiago Bettencourt à Lúcia Moniz, passando pelo Xeg e NBC. Em 2011 teremos mais novidades.
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No passado fim-de-semana, o festival de sonoridades e tribos urbanas Jameson Urban Routes invadiu o MusicBox, em Lisboa. Para quem faltou, a festa continua na próxima sexta-feira e também no sábado com nomes como Nicola Conte ou WhoMadeWho. Numa altura em que pelo palco já passaram diversos artistas, o MU não deixou passar a oportunidade e foi conversar com o espanhol El Guincho para descobrir o último álbum, ‘Pop Negro’. Por Laura Alves e Shampo Decapante
PDR: Não simpatizo muito com essa expressão, ‘som mais maduro’. Penso que será um som mais misterioso. Percebo porque é que as pessoas se relacionaram tanto ao ‘Alegranza’, especialmente os jovens, pelo excitamento do som. Na altura eu também andava a ouvir muita música de dança menos convencional, o que me influenciou. Penso que com ‘Pop Negro’ consegui um som mais refinado.
O festival de Outono ‘indoor’ Jameson Urban Routes chega ao fim nos dias 29 e 30 de Outubro. Muita música já passou pelo MusicBox, mas ainda faltam subir ao palco, na sexta, a ex-vocalista dos Bonde do Rolê, Marina Gasolina, o norte-americano Jimmy Edgar, e os dinamarqueses WhoMadeWho. No sábado, o italiano Nicola Conte, Marc Hype & Jim Dunloop, e ainda o DJ set da dupla The Groovy Kids(Mike Stellar e Deni Shain). A POP MARIALVA DE EL GUINCHO Uma das actuações mais esperadas neste festival foi a do espanhol Pablo Díaz-Reixa, mentor do projecto El Guincho. A pop tem os seus caminhos naturais, algo sedentários e comuns à maioria das bandas. Mas, por vezes é apimentada, passeia-se por atalhos virgens e chega-nos ao ouvido caprichoso, vaidosa e algo flausina. São as vertentes mais populares que nos visitam sem avisar, mas que nos fazem dançar, pular e olhar o mundo de uma maneira mais ecológica. Esta pop sobeja das Ramblas, cresceu nas ruas de Barcelona e saltou de Espanha para se fazer adulta e gravar um disco em Berlim. É El Guincho, pseudónimo de um marialva franzino, que actuou pela segunda vez este ano no nosso país. E, se o primeiro concerto, no ‘Milhões de Festa’, foi a confirmação do talento e da boa disposição da sua
O single ‘Bombay’ é muito intenso, tanto na música como no vídeo. O que é que te inspirou para criar este tema? PDR: Tem a ver com uma altura em que fiz uma digressão pela Austrália. Na noite em que cheguei ao hotel estava muito calor, aquele calor húmido e sufocante. A única coisa que havia para beber era gin Bombay e foi isso que acabei por beber no meu quarto de hotel. Acabou por ser uma noite divertida. El Guincho
música, este segundo, com mais um álbum de originais na lapela, ‘Pop Negro’, pode ser a definitiva ascensão do músico enquanto promissor ícone da indie-pop. Falámos com ele antes do concerto e, entre garrafas de gin vazias e pedidos de casamento adiados, lá nos foi contando como tudo aconteceu. Se trabalhasses numa loja de discos e o chefe te desse um disco de El Gincho para arrumares, onde o colocavas?
Pablo Díaz-Reixa: Iria depender do tipo de lojas, mas gosto muito de encontrar discos em lojas de segunda mão, pelo que seria aí que gostaria de encontrar o meu disco daqui a 20 anos, na secção de música pop. Foste gravar o novo álbum a Berlim. ‘Pop Negro’ é bastante diferente de ‘Alegranza’. Sentiste necessidade de mudar de ambiente para criar novas sonoridades? Porquê? PDR: Principalmente porque
a minha namorada veio viver comigo e eu não conseguia compor à noite porque ela estava a dormir. Mas a ideia da sonoridade já era antiga, pois na altura em que o ‘Alegranza’ saiu eu já queria fazer outras coisas, algumas das canções já tinham sido escritas há cinco anos e, nesse período, eu fui tendo outras ideias de som, mudei bastante. Achas que isso é um sinal de que passaste a ter um som mais maduro?
Em Espanha, e especialmente em Barcelona, depositase uma grande esperança em ti para uma grande carreira internacional. Consideras isso um peso ou um elogio? PDR: Não tenho grandes ambições a esse nível, a minha ambição é o som, por si próprio, e ir criando novas sonoridades e canções. Não tenho grandes ambições de carreira internacional, sou feliz tal como estou. Gosto de escrever canções e absorver os ambientes em meu redor, se possível colaborar com outros artistas. Publicidade
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[11 OUT 2010]
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CRÓNICA
Amazónia, escuto! Latada, over and out. «Amazónia, escuto!»
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Cada vez mais acredito que os sonhos não devem ser adiados. Quanto mais os adiamos, menos tempo temos para os realizar. Por isso, em Setembro fui de férias para a Amazónia. Eu, provavelmente tal como tu, sempre vivi numa grande cidade – entre Lisboa e Londres, não sei viver sem metro, restaurantes, stress e YouTube. Por isso, ir para o meio da selva amazónica foi um grande desafio e um sarilho para lá chegar: dez horas de avião de Lisboa a São Paulo, outras quatro até Manaus, mais 100 quilómetros passados num autocarro e em dois barcos. E eis que chego ao Ararinha Lodge, uma pousada literalmente perdida no meio da floresta tropical, apenas acessível de barco, onde nem sequer rede de telemóvel há. (Já te imaginaste a passar cinco dias sem telemóvel? Sem saber se os teus pais estão bem, se o teu namorado já te mandou à fava, se a tua melhor amiga morre de saudades tuas?) O único meio de comunicação que tive com o exterior foi um walkie-talkie de onde, de vez em quando, lá se ouvia um «Ararinha, escuto?». Estranho como é possível esquecer completamente o telemóvel quando há jacarés, tarântulas, macacos, preguiças e golfinhos cor-de-rosa a menos de um metro de distância. Um autêntico episódio do ‘BBC Vida Selvagem’.
«Roger.» Falando de outras selvas, as festas académicas continuam a preparar-te para o (duro) regresso à realidade. Este ano, a Latada de Coimbra anda a dar um bigode a todos os outros programas de boas-vindas aos caloiros. Na segunda-feira em que este MU te chega à mão, Mika traz um dourado especial à noite MEGA HITS da Latada; ainda Diego Miranda e o nosso DJ MEGA HITS Nelson Cunha trazem as respectivas malas de discos para pôr muitos sorrisos na tua cara e muitas horas de dança no teu corpo! Até quarta-feira vais encher-te de lata no Queimódromo e a tua rádio vai andar sempre por perto…
«Afirmativo.» Somos bem capazes de nos encontrar pela Latada. Se por infelicidade não conseguiste ganhar convites para a Festa das Latas na MEGA HITS e se a crise para ti já anda a apertar, mesmo antes dos anunciados 23 por cento de IVA, então encontramo-nos já amanhã de manhãzinha nas MEGA MANHÃS, André e Teresa das 07h00 às 10h00 a acordar-te com aquele «Bom dia» que acaba com o teu mau humor matinal!
«Negativo.» Tudo bem, até podemos não acabar com o teu mau humor matinal, mas somos as únicas pessoas que se levantam mais cedo para te preparar para o dia!
«Over and out.»
TAMBÉM ESTREIA estreia também
ESTREIA DA SEMANA. Quatro horas e meia de ‘Mistérios de Lisboa’
Gru – O Maldisposto
Uma junção entre um realizador francês (Pierre Coffin) e um norte-americano (Chris Renaud), com um dos produtores da saga de Ice Age (Chris Meledandri) resultou neste ‘Gru – O Maldisposto’. Esta é a história de um vilão muito especial chamado Gru. Ele vive num bairro suburbano, rodeado por pequenas cercas brancas, com roseiras floridas, numa casa negra com a relva morta. Sem o conhecimento dos vizinhos, escondido por baixo desta casa, existe um vasto esconderijo secreto… Rodeado por um pequeno exército de Mínimos Gru, planeia o maior golpe na história do mundo: roubar a Lua. As vozes originais incluem Steve Carell, Jason Segel, Julie Andrews e Russell Brand.
Cinanima volta a Espinho
Espinho volta a receber de 8 a 14 de Novembro, e pela 34.ª vez, o Festival Internacional de Cinema de Animação, o Cinanima. O festival tem reputação no mundo do cinema ao ponto de os seus vencedores ficarem automaticamente apurados para o concurso europeu de melhor filme de animação – o ‘Cartoon D’Or’ – e vão também ao pré-concurso das nomeações para os Óscares da Academia de Hollywood. Mais em www.cinanima.pt.
Um folhetim cheio de mistérios Tem um dos mestres do cinema, o chileno Raoul Ruiz, e reúne alguns dos melhores actores portugueses numa história de época de Camilo Castelo Branco. E que tal ver uma espécie de folhetim, longo, cheio de personagens e histórias encadeadas?
Baseado na obra de Camilo Castelo Branco, o filme dará lugar a uma mini-série da RTP com seis episódios
João Tomé info@mundouniversitario.pt
Qual foi a última vez que viste um filme de quatro horas e meia? O desafio que propomos é simples e promete ser único. Pega nos amigos mais corajosos e admiradores da Sétima Arte, procura uma das salas em que está ‘Mistérios de Lisboa’ e mete-te nela. Não prometemos emoções fortes durante todos os 272 minutos, mas sim uma experiência cinéfila única, já aplaudida de pé em vários festivais. ‘Mistérios de Lisboa’ é uma produção portuguesa ambiciosa – de Paulo Branco –, realizada por um cineasta veterano e conhecido pelos seus planos arrojados, o chileno Raoul Ruiz. O filme que estreou na passada quinta-feira em algumas salas do País, está dividido em duas partes, com um intervalo pelo meio para mexer as pernas e comer qualquer coisa. Curiosamente, é a segunda parte, em que existe a maior presença de actores franceses, que é a mais cativante a nível de enredo e tem mais ritmo.
» Mistérios de Lisboa Realizador: Raoul Ruiz Com: Adriano Luz, Maria João Bastos, Ricardo Pereira Género: Drama/Romance Portugal/França, 2010; 272 minutos Personagens e nomes Baseado na obra homónima de Camilo Castelo Branco e passado no século XIX, o longo filme dará ainda lugar a uma mini-série da RTP
com seis episódios. Um dos seus trunfos é a riqueza das personagens – entre nobres, burgueses e clero. São muitas, estão bem organizadas entre o presente e flashbacks ao passado e são complexas e mesmo entusiasmantes – algumas têm vários nomes, já que assumem outras identidades. Nesta espécie de novela dos costumes com condessas e burgueses, ciúmes
e traições, entre Portugal, Itália e França, seguimos a vida atormentada do Padre Diniz (excelente desempenho de Adriano Luz) e do seu protegido Pedro (um miúdo que em jovem adulto se torna Afonso Pimentel). A criança bastarda, cuja mãe é Maria João Bastos, é o epicentro de uma teia que enreda dezenas de personagens e muitos segredos, em que ninguém é quem parece ser.
Ricardo Pereira é outros dos protagonistas, desempenhando um homem do povo responsável por fazer trabalho ‘sujo’ que se torna burguês e poderoso. Na panóplia enorme de actores, destacamos Albano Jerónimo, Catarina Wallenstein, São José Correia, Margarida Vila-Nova, Rui Morrison e Helena Coelho. E na falange francesa: Clotilde Hesme, Léa Seydoux e Melvil Poupaud. Publicidade
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