Mundo Universitário - Edição 184

l a i c e p s E eimas qu CAMPUS

Solidariedade na U. Nova para com o Japão. P.06

FATAL 2011

Directora: Laura Alves | Segunda-feira, 9 de Maio de 2011 | N.º 184 | Quinzenal | Distribuição gratuita | www.mundouniversitario.pt

O festival de teatro universitário volta a invadir Lisboa. P.11

O MU faz 7 anos!!

Entre 2004 e 2011, o que mudou no panorama do ensino superior e da entrada no mercado de trabalho?

Nesta edição de aniversário fomos à procura de quem acabou o curso durante este período, para saber quais as principais expectativas e dificuldades nos tempos de estudante. P. 08 e 09 Publicidade

www.mundouniversitario.pt

EDIÇÃO 184 Não pe rc a próx as ima edição 23 de M aio

de 9 a 22 de Maio 2011

Laura Alves • Directora lalves@mundouniversitario.pt

Venham mais 70!

Mensagem dos fundadores do Mundo Universitário O desafio: Um jornal universitário de âmbito nacional que servisse de voz editorial aos estudantes de todo o País.

A fórmula: Um suporte gratuito que estivesse à disposição dos estudantes universitários no seu ambiente académico.

Sete anos volvidos, o MU é uma marca incontornável do ensino superior e dos jovens dos 17 aos 25 anos.

Queremos cada vez mais espevitar e provocar-vos, dando voz ao que são as vossas preocupações, desafios, interesses, em tudo o que gira em redor do vosso Mundo (Universitário).

A mensagem, como sócios fundadores, é que aproveitem da melhor forma o MU e participem na sua vida, pois este jornal é feito para os seus leitores.

Parabéns por estes sete anos !!!

António, Francisco e Gonçalo

«Parabéns a vocêêêêêê, nesta data queridaaaaaaaa, muitas felicidaaaaaaaaaades, muitos anos de vidaaaaaaaa!!!!!» Palminhas e beijinhos para o Mundo Universitário, que comemora este mês – mais exactamente daqui a dois dias – sete anos de existência. Apesar de apenas ter ocupado a secretária que me foi destinada aqui na redacção há cerca de um ano, não posso deixar de realçar o excelente trabalho feito pela equipa ao longo desta vida de jornal, que é ainda curta, é certo, mas que quero acreditar se irá prolongar por muitos e bons anos.

Mais sete? Não, no mínimo mais 70! Porque, afinal, podem vir troikas e FMI, mas o ensino superior, o emprego, a formação profissional, o empreendedorismo, os novos talentos, as iniciativas de valor, os bons e os maus exemplos, a criatividade, a inovação e a investigação não vão deixar de ser tema.

E é essa a razão primordial de ser do Mundo Universitário, ao longo destes sete anos: por um lado, levar até ti os temas da actualidade académica que às vezes passam despercebidos em outros meios de comunicação e que muito provavelmente te interessa descobrir, e, por outro lado, dar espaço para que a tua voz possa ser ouvida, para que as tuas iniciativas possam ser conhecidas por outros estudantes, por outras universidades. Por estas razões, os ‘parabéns a você’, mais do que para o Mundo Universitário, são ‘parabéns para ti’!!!

E depois de um interregno nas edições em Abril causado pelas tuas bem merecidas férias da Páscoa, voltamos à carga para mais umas quantas edições bem recheadas de actualidade académica e cultural. E que melhor forma de regressarmos às tuas mãos que com um Especial Queimas, que encontras ali mais à frente, mesmo no meio do jornal? Ah pois é, que as Queimas e Semanas Académicas andam aí, por todo o País, e de certeza que não vais conseguir viver sem o nosso suplemento – em que encontras não só os cartazes das Semanas Académicas com indicação dos concertos e demais actividades, como também um magnífico guia de sobrevivência com os ‘do’s and dont’s’ desta época, em que há propensão a beber um bocadinho mais do que o normal, e em que os finalistas que terminam as suas licenciaturas choram baba e ranho por todos os cantos.

Está, portanto, na hora de pegares em ti e te encaminhares para a Queima ou Semana Académica mais próxima. Isto, claro está, não sem antes pegares no telefone para nos cantares os parabéns, pode ser?

WWW.FACEBOOK.COM/JORNALMU

vê as novidades que temos para ti na página de fãs do mu no FACEBOOK ficHa TécNicA: Título registado no I.C.S. sob o n.º 124469 | Propriedade: Moving Media Publicações Lda | Empresa n.º 223575 | Matrícula n.º 10138 da C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 | Conselho de Gerência: António Stilwell Zilhão, Francisco Pinto Barbosa, Gonçalo Sousa Uva | Directora: Laura Alves | Redacção: Andreia Arenga | Estagiário: André Mateus | Online: Graziela Costa | Colaboradores: Bruna Pereira, João Tomé | Paginação: Filipa Andrade | Revisão: Catarina Poderoso | Marketing: Vanda Filipe | Publicidade: Margarida Rêgo (Directora Comercial), Elsa Tomé (Account Sénior), Mariana Jesus (Account Júnior) | Distribuição: José Magalhães | Sede Redacção: Estrada da Outurela n.º 118 Parque Holanda Edifício Holanda, 2790-114 Carnaxide | Tel: 21 420 13 50 | Periodicidade: Quinzenal | Distribuição: Gratuita | Impressão: Grafedisport; Morada: Casal Sta. Leopoldina – Queluz de Baixo 2745 Barcarena; ISSN 1646-1649.

PUBLICIDADE

» Estagiários ‘põem ordem’ na Ordem

» Mais de 1.200 cursos fechados em dois anos

Depois de, em Março, o Conselho Geral da Ordem dos Advogados ter alterado a tabela de emolumentos de estágio, procedendo a um aumento do valor a pagar pelos exames obrigatórios de 1.ª fase, de 50 para 700 euros, os advogados estagiários do 1.º Curso de Estágio de 2011 do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados anunciaram que já foi interposto o recurso para o Conselho Superior da Ordem dos Advogados. O documento foi assinado por cerca de 400 advogados estagiários.

Nos últimos dois anos foram 1.221 os cursos superiores que fecharam, fruto do processo de avaliação da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). Actualmente estão registados na Direcção-Geral do Ensino Superior 5.262 cursos, entre licenciaturas, mestrados e doutoramentos. De acordo com Alberto Amaral, presidente da A3ES, o processo de eliminação de alguns cursos foi necessário para garantir a qualidade do ensino: «Portugal tem cursos excelentes», mas nos últimos anos criou-se «imenso lixo no ensino superior», ressalvou.

SOLIDARIEDADE. Alunos de Economia da Nova angariam fundos para ajudar vítimas do tsunami no Japão

Politécnico de Setúbal apoia estudantes desfavorecidos O Conselho de Acção Social do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) aprovou o lançamento de um programa de atribuição de apoios sociais aos estudantes do instituto para fazer frente às dificuldades financeiras dos alunos que não são abrangidos pelo sistema de atribuição de bolsas de estudo instituído para o ensino superior.

O programa assenta em três medidas que passam pela possibilidade de pagamento apenas da propina mínima para os estudantes que apresentaram candidatura a bolsa de estudo, mas que viram os seus processos indeferidos por excesso de capitação (superior em 20 por cento ao legalmente estabelecido); a redução de propina aos estudantes que, não sendo bolseiros por incumprimento das condições gerais e específicas para requerer bolsa de estudo (nacionalidade não abrangida, por exemplo) se encontram em situação de comprovada e grave carência socioeconómica; e a atribuição de auxílios de emergência, assegurados pelos Serviços de Acção Social do IPS.

Sushi e origami por uma causa Minimizar o sofrimento das famílias que perderam tudo no tsunami e ajudá-las a recuperar psicologicamente da destruição que dizimou o Japão. Foi com esse objectivo que os alunos de mestrado da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e o CEMS Clube organizaram, no passado dia 20 de Abril, uma festa temática com sushi, origami e música.

Todos os lucros reverteram para a associação internacional AMURT. Andreia Arenga A iniciativa de solidariedade contou com a participação de diversas bandas

aarenga@mundouniversitario.pt

Fim de tarde no Campus de Campolide da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. No pátio fazem-se os primeiros preparativos, abrem-se as barraquinhas das bebidas, do sushi, e os primeiros estudantes reúnem-se à conversa.

Objectivo: solidariedade A festa, que começou às 19h30, juntou estudantes Erasmus e estudantes de mestrado da Nova. Até às duas da manhã, os universitários participaram em actividades temáticas, como workshops de origami e sushi para todos (mediante o pagamento de 8 euros à entrada que reverteram a favor da AMURT). «O principal objectivo é angariar fundos para uma associação internacional que é a AMURT e que, neste momento, tem um projecto de apoio e ajuda às vítimas do tsunami no Japão, não apenas numa perspectiva da ajuda humanitária, mas numa perspectiva mais psico-social, de tentar perceber como é que as pessoas estão a reagir à nova situação, e como estão a recuperar do desastre que

aconteceu e ajudá-las nesse processo difícil de ultrapassar o trauma», explica José Alguém, estudante de Economia da Nova e membro da organização do evento.

A festa foi ainda animada pelas bandas Groove Mood e Stage Van que tocaram até ao fim da noite.

Reunir esforços O estudante de Economia da Nova conta que já há algum

tempo que ele e outros colegas queriam organizar uma acção de solidariedade para ajudar uma instituição ou associação.

Quando souberam o que tinha acontecido no Japão deitaram mãos à obra de imediato e conseguiram algumas entidades parceiras que patrocinaram a festa. «Tínhamos tudo para criar um evento temático. Tínhamos alguns contactos no sushi e entrámos logo em contacto com a AMURT.

O nosso objectivo era ajudar uma associação diferente, mais pequena, cujo contacto fosse próximo e cujos fundos pudessem ser aplicados. Os fundos vão reverter a favor de uma subsidiária da AMURT em Portugal que tem equipas a trabalhar no Japão.»

Também podes ajudar Além de angariar fundos, o evento pretende mobilizar os estudantes para ajudarem

aqueles que mais precisam neste momento, as vítimas do tsunami que assolou o Japão em Março passado, e mostrarem-se solidários com esta causa importante. De acordo com a organização, «o problema do Japão neste momento não é o dinheiro, mas sim dar esperança a estas pessoas».

Se também quiseres ajudar e saber mais sobre esta associação, vai a www.armut.net e faz o teu donativo.

Publicidade

PUBLICIDADE

Actualidade

Semana Académica Egas Moniz 2011 O sempre presente Quim Barreiros, o bem-disposto José Malhoa, os roqueiros Tara Perdida e a revelação portuguesa do reggae Richie Campbell são os principais nomes que vão animar a Semana Académica do Egas Moniz 2011, no Campus Universitário no Monte da Caparica de 13 a 17 de Maio, estando o dia 18 reservado para o Egas Beach Sessions na Discoteca Waikiki na Costa de Caparica. A pulseira semanal tem o módico preço de 30 euros. Mais informações e o cartaz completo da iniciativa em www.semanaegasmoniz.com.

Encontro de Tunas no ISCSP A Magna Tuna ApocalISCSPiana, Tuna Académica do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), vai realizar, no próximo dia 21 de Maio, o XIII ApocalISCSPiano – Encontro de Tunas Académicas, evento que irá reunir mais de 700 pessoas, entre artistas e convidados. O XIII ApocalISCSPiano decorre nas instalações do instituto, na Aula Magna Adriano Moreira, pelas 21h30, em Lisboa. Que tal te parece uma noite para celebrar a música, a amizade e o espírito académico?

www.mundouniversitario.pt

Semana Internacional no ISCAP

TAÇA Universitária Kart 2011

O Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP) organiza, de 23 a 27 de Maio, a 6.ª Edição da Semana Internacional, evento que pretende dinamizar acções de internacionalização académica e cultural. Estarão presentes docentes e investigadores leccionando seminários e workshops em diversas áreas, sendo que esta Semana Internacional promove ainda a região, o País e as marcas portuguesas, dando também a conhecer as diferentes culturas presentes no instituto com actividades propostas pelos alunos ERASMUS e uma grande conferência internacional nos últimos três dias.

Não marques nada para dia 19 de Maio! Porquê? Porque é nesse dia que decorre a Taça Universitária Kart 2011, uma iniciativa organizada pela Linksport no Kartódromo Internacional de Palmela. O Mundo Universitário apoia este evento e conta contigo para representares a tua universidade sobre rodas. As equipas devem ter entre dois e seis participantes e a prova será disputada pelas 16h de dia 19, em Palmela, tendo a duração de 20 minutos de treinos e 120 minutos de corrida. A inscrição tem o preço de 99 euros por equipa e pode ser feita até dia 15 de Maio. Mais informações em www.linksport.

Que tal uma Lan Party?

Green Festival promove IADE Green Week

Dias 13, 14 e 15 de Maio há Lan Party no Pavilhão Multiusos de Odivelas, uma organização da Universidade Lusófona. GamingSquad LanArena é o nome do evento que espera reunir 1.500 jogadores, muitos deles universitários, e mais de 10 mil visitantes interessados em novas tecnologias. Só para ver ou mesmo para competir, não deixes de participar neste evento, que irá incluir ainda espectáculos de luzes, música e espaços didácticos. Estarão presentes diversas marcas da área das tecnologias, bem como algumas das melhores equipas de Gaming do mundo, entre elas a Team Dignitas, a DefiningStars e a Addiction.

Começa hoje e decorre até dia 16, a semana IADE Green Week, que conta com a organização do Green Festival, com o apoio do Grupo Ogilvy e IADE (Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing). Durante toda a semana os alunos vão trabalhar na campanha de comunicação da 4.ª edição do Green Festival, a decorrer entre 28 de Setembro e 2 de Outubro, no Centro de Congressos do Estoril e FIARTIL. Os estudantes participantes irão apresentar propostas que contenham mensagens fortes e que sensibilizem a população para as preocupações ambientais. Os vencedores terão oportunidade de fazer estágios no Grupo Ogilvy e no Green Festival.

BIOCAMP. Novartis leva universitários a conhecer empresas farmacêuticas mundiais num seminário de liderança na Suíça

Um campo de oportunidades Estabelecer o contacto com estudantes de medicina e biotecnologia, de economia e gestão de todo o mundo e aproximá-los das empresas é o objectivo do Biocamp. O seminário decorre de 29 a 31 de Agosto, em Basileia, na Suíça, e junta 60 estudantes universitários de 40 países para dar a conhecer algumas das maiores empresas do mundo e criar oportunidades de carreira.

As candidaturas decorrem até dia 16 de Maio e apenas dois estudantes portugueses serão escolhidos.

Andreia Arenga aarenga@mundouniversitario.pt

O Biocamp existe desde 2004, mas as universidades portuguesas só começaram a participar no projecto em 2008. Desde então, a Novartis tem levado estudantes portugueses, nomeadamente da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lisboa, a representar Portugal.

Severina Moreira, estudante da Universidade do Porto, foi uma das seleccionadas e participou na edição do ano passado do Biocamp – Biotechnology Leadership Camp.

«Foi um verdadeiro privilégio e voltaria a repetir. O encontro permitiu-me perceber em detalhe os desafios que uma empresa farmacêutica encontra, não só do ponto de vista científico como empresarial», conta.

Contacto privilegiado com especialistas Esse é, aliás, uns dos objectivos do projecto. Não só contactar com estudantes de todo o mundo, mas também criar uma rede de contactos

profissionais. «A Novartis pretende abrir as portas aos estudantes dando a conhecer os seus investigadores e líderes, mas também o sector biotecnológico e a indústria farmacêutica», afirma Luís Rocha, director de relações institucionais e acesso ao medicamento na Novartis e responsável pelo projecto.

Porque não criar uma empresa?

Durante três dias, os universitários têm a oportunidade de participar em palestras e workshops, visitar laboratórios de várias empresas farmacêuticas, e falar com profissionais da área. O responsável pelo projecto sublinha que, apesar de vários estudantes que participaram em edições do BioCamp fazerem parte actualmente dos quadros da Novartis, o «objectivo primário não é recrutar os estudantes», mas sim despertar a sua veia empreendedora e mostrar que é possível desenvolver uma carreira empresarial na indústria farmacêutica.

«Os estudantes são divididos em grupos e têm que delinear uma estratégia para arrancarem com uma companhia

As candidaturas ao BipCamp decorrem até dia 16

biotecnológica, fomentando assim o seu empreendedorismo. Após a participação nesta iniciativa, muitos jovens passam a considerar a indústria farmacêutica como uma oportunidade de carreira», explica Luís Rocha.

As candidaturas ao programa decorrem até ao dia 16 de Maio e todos os interessados devem enviar o formulário devidamente preenchido acompanhado de CV e de uma carta de motivação para a Novartis.

O regulamento e toda a informação sobre o BioCamp 2011 estão disponíveis em www. novartis.pt.

» Startup Weekend no Porto São 54 horas a pensar numa ideia de negócio e chegar a um conceito de empresa. É isto que propõe o Startup Weekend. O evento decorre nos dias 13, 14 e 15 de Maio, no Porto, e vai reunir mais de 100 empreendedores com diferentes backgrounds. Os jovens podem ainda contar com a ajuda de mentores e com a possibilidade de apresentar o seu trabalho a um grupo de potenciais investidores. No final, os projectos serão avaliados e os melhores serão premiados. Info e inscrições em http://porto.startupweekend.org.

» Mais de 700 vagas para estágios de verão Os alunos que estejam inscritos no último ou penúltimo ano do ensino superior podem candidatar-se à 19.ª edição do Programa de Estágios de Jovens Estudantes do Ensino Superior nas Empresas, acedendo a www.fjuventude.pt/pejene2011 para fazer a sua inscrição online. Há estágios em empresas e organizações por todo o País, inclusive nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Os estágios decorrem nos meses de Julho, Agosto e Setembro e terão a duração de 2 a 3 meses.

Sapo oferece empregos na net Já está a decorrer a 3.ª Edição da Feira Virtual SAPO Emprego. A operação de recrutamento está disponível em http:// emprego.sapo.pt/feira até ao próximo dia 15.

Nesta edição participam 12 entidades empregadoras, transversais a todos os sectores de actividade, nomeadamente empresas como Portugal Telecom, Novabase, Remax, Altran, Calzedonia, Telepizza, Logica, GFI, Agap2, Talente, Prime IT e a Slot Recursos Humanos.

Os interessados podem candidatar-se às vagas disponíveis em cada empresa, de acordo com as propostas apresentadas no portal ou enviando espontaneamente o seu currículo como forma de candidatura a futuras oportunidades. pUBLICIDADE

7

Especial Aniversário

www.mundouniversitario.pt

sete anos de MU. O Mundo Universitário nasceu em Maio de 2004 e é o único jornal dirigido aos estudantes universitários de todo o país

anos licenciados percursos visões

Em ano de sétimo aniversário o MU faz uma viagem entre 2004 e 2011 para perceber, na opinião de pessoas que se formaram durante este período – e também uma menina que acaba o curso este ano –, o que mudou nas áreas do ensino e do emprego. Eis o que eles e elas têm a dizer sobre os sonhos que tinham, as experiências que viveram e o que encontraram no mundo profissional quando saíram da universidade.

Laura Alves, com Andreia Arenga

lalves@mundouniversitario.pt

M

FORMADO EM

FORMADA E

2004

2005

muitos colegas. Éramos cinco turmas no primeiro ano do curso e duas no último.

Michelle Vieira 30 anos Publicidade e Marketing, Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa (ESCS) Profissão actual: Técnica de comunicação e marketing Quando frequentaste o ensino superior quais foram as principais dificuldades que sentiste?

Assim no imediato, a falta de preparação académica na área de cálculo. Entrei por via das Humanidades (na altura) na intenção de seguir Criatividade na Publicidade e não tinha tido Matemática do 10.º ao 12.º ano, apenas Métodos Quantitativos. No ensino superior fui confrontada com cadeiras de Economia, Gestão e Marketing que exigiam o conhecimento e aplicação de operações matemáticas que desconhecia totalmente e que os professores universitários davam como aprendizagem pré-adquirida.

Outras dificuldades sentidas ao longo da formação passaram pela elevada exigência dos professores (houve quem preconizasse que não daria mais do que 13 valores na sua cadeira, e cumpriu) que, em conjunto com os ‘case studies’, apresentações, trabalhos e relatórios diários resultaram na desistência de

À luz do actual panorama socioeconómico, se pudesses voltar atrás terias escolhido outra área?

Hoje em dia não voltaria atrás porque estou confortável com a minha situação actual: gosto muito do que faço e sou recompensada justamente pelo meu trabalho. No entanto, levei oito anos a cumprir critérios mínimos que, à saída do curso, tomava como garantidos.

Desde trabalhar sem renumeração a trabalhar mais de 50 horas semanais pelo ordenado mínimo... Ao longo desses oito anos, sim, pensei muitas vezes que devia ter seguido outra área de formação, mais de acordo com as taxas de empregabilidade da altura.

Achas que actualmente é mais fácil ou mais difícil para um recém-licenciado ter sucesso profissional?

Dentro da organização, se falarmos dos vectores mais comuns como o salário, o exercer na área de formação e o bom relacionamento com a os colegas/chefia, julgo que a dificuldade é a mesma. Porém, na minha opinião, de lá para cá emergiram outros dois factores macroeconómicos que se destacam por dificultar a realização profissional dos futuros licenciados: a incapacidade do mercado em absorvê-los e as condições precárias que lhes são oferecidas. No fundo, são factores exteriores ao próprio trabalho, mas que os impede ter sucesso profissional.

2006

FORMADA EM

Eliana Lavos 29 anos História, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Profissão actual: Gestora de projectos, área de comunicação/eventos Durante o teu curso lembras-te de algum protesto estudantil em particular?

Cá em Lisboa, nenhum em concreto... Apenas as habituais contestações relativamente ao aumento de propinas, e também me recordo de alguma agitação relativa ao período pré-Bolonha e das mudanças que esse processo de reestruturação no ensino superior iria implicar.

Mas não participei nunca em nenhum ‘ajuntamento’ estudantil…

Quando frequentei a universidade de Paris 1-La Sorbonne sim, vi ‘verdadeiros’ movimentos estudantis de protesto contra cortes orçamentais no ensino superior e consequente aumento de propinas e decréscimo de apoios sociais aos alunos.

À luz do actual panorama socioeconómico, se pudesses voltar atrás terias escolhido outra área?

Não, de todo! Tenho a consciência, e porque sinto a cada dia de trabalho, no desempenho das minhas funções, na gestão de projectos, na criação e gestão de campanhas de comunicação, a importância de ter uma formação de base em História.

Mas fui sempre apostando em mais formação, sempre vi a licenciatura como um começo, nunca um fim em si…

Achas que actualmente é mais fácil ou mais difícil ter sucesso profissional?

Observando o geral e não me focando apenas na minha experiência, creio que actualmente será mais difícil um recém-licenciado alcançar o tão almejado sucesso, pois hoje em dia há cada vez menos hipóteses de demonstrarem o que são e o que valem em termos profissionais. Mas a determinação, a procura activa e assertiva e acreditar sempre que há um lugar para nós, independentemente de não ser na área que achamos, são factores determinantes para se chegar onde se quer!

Aproveitando as oportunidades que vão surgindo, pois muitas das vezes o sucesso vem com outras roupagens diferentes das que estamos habituados a ver.

Miguel Reis 26 anos Ciências da Comunicação, variante Marketing & Publicidade, Universidade Autónoma de Lisboa Profissão actual: Account de comunicação Quando frequentaste o ensino superior quais foram as principais dificuldades que sentiste?

Acho que o estudante só depois de acabar o curso é que consegue perceber o que é que lhe dificultou o percurso profissional e o que lhe podia ter sido benéfico. Na maioria das vezes os estudantes estão tão envolvidos no dia-a-dia que não conseguem fazer uma análise macro à sua condição académica. É aqui que as associações de estudantes e delegados de turma têm um papel fundamental em fazer ‘lobby’ junto das reitorias. Mais do que se limitarem à realização de ‘meras’ festas académicas, estes são indispensáveis na análise do funcionamento dos cursos e a garantir que o poder central recebe e reflecte sobre sugestões de melhorias.

Durante o teu curso lembras-te de algum protesto estudantil em particular?

Não me recordo, sinceramente. Contudo, a percepção que tenho é a de que não havia tanta contestação como nos dias de hoje. Durante o meu curso, apesar da crise já existir e as saídas profissionais serem já escassas na grande maioria dos

cursos, senti que a revolta aumentou significativamente nos anos após acabar o curso. Se pudesse transpor a situação para um gráfico, tenho a certeza que a linha de contestação social seguia paralela em relação à do défice do país.

No ano em que terminaste o curso quais eram as tuas expectativas e ambições profissionais?

Fui inocente. Pensei que por ser um aluno relativamente interessado e com boas notas, facilmente arranjava trabalho na área. Tive de passar por um período de oito meses à procura de trabalho.

Mas valeu a pena. Hoje faço o que gosto, na área em que estudei. Mas quero mais. A zona de conforto é algo de terrível. É a teoria do ‘boiled frog’ na sua magnificência.

Achas que actualmente é mais fácil ou mais difícil para um recém-licenciado ter sucesso profissional?

O que é hoje em dia ter sucesso profissional? Olhando para o panorama socioeconómico do nosso país, até o próprio conceito de ‘sucesso profissional’ mudou.

Hoje em dia, ter um emprego na área em que estudaste durante o teu curso pode ser, em muitos casos, sinónimo de sucesso profissional. Isto não é baixar a expectativa, é uma triste realidade. Claro que apesar de tudo isto, há que elevar a parada e apontar para a Lua, sempre. Eventualmente, se falharmos, há sempre a possibilidade de acertar numa estrela.

Especial Aniversário

www.mundouniversitario.pt

FORMADA EM

2007

M

FORMADO E

2008

FORMADO EM

2009

FORMADO EM

2010

1.ª edição do Mundo Universitário 11 de Maio de 2004

Foi esta a capa do primeiro número do jornal, com o objectivo de dar voz aos estudantes do ensino superior.

ÁLBUM DE RECORDAÇÕES

Patrícia Corrêa 32 anos História da Arte e do Património, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Profissão actual: Técnica Superior de Museologia + freelancer na área da Comunicação e Divulgação Cultural Quando frequentaste o ensino superior quais foram as principais dificuldades que sentiste?

Não tive um percurso académico habitual, quando entrei para este curso já trabalhava e tinha uma ‘carreira’ na área financeira. Assim a principal dificuldade foi o estatuto de trabalhadora-estudante, quer no estabelecimento de ensino quer na entidade patronal. Ninguém quer saber da lei que deveria proteger o trabalhador-estudante…

No ano em que terminaste o curso quais eram as tuas expectativas e ambições profissionais?

Quando terminei o curso, já com idade para ter juízo e não acreditar em unicórnios, sonhava com uma oportunidade de emprego justa e, claro, acreditava que começaria por um estágio e que poderia progredir. Levei com a realidade de frente e voluntariei-me para colaborar no MNAC-Museu do Chiado, pois acreditava que sem experiência nunca me iriam contratar… Fiquei lá dois anos (em regime de voluntariado). Aprendi muito, mas estoirei as finanças e hoje ainda estou a pagar a conta.

Comparativamente à tua experiência, achas que actualmente é mais fácil ou mais difícil ter sucesso profissional?

Eu ainda não tenho uma situação estável, vou ficar sem emprego daqui a um mês.

Está difícil desde essa altura.

A verdade é que há um crescente abuso das situações de trabalho não remunerado sob falsos pretextos.

Pedro P. Figueiredo 26 anos Comunicação e Cultura, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Profissão actual: Jornalista Quando frequentaste o ensino superior quais foram as principais dificuldades que sentiste?

Manter o interesse por levar o curso até ao fim. Não foi fácil. A culpa? O sentir a meio caminho que tinha tomado uma opção errada. Mesmo assim fui até ao fim, embora me tenha aplicado em actividades extra-curriculares que me fossem dando ‘bagagem’ para o meu futuro.

Quais eram as tuas expectativas e ambições profissionais?

As minhas expectativas passavam por trabalhar dentro do mundo dos media, em concreto na imprensa. Eram as minhas expectativas quando entrei na faculdade, continuaram as minhas expectativas quando terminei o curso. Felizmente cumpriram-se, embora não logo no imediato.

Se pudesses voltar atrás terias escolhido outra área de formação?

Não. Os sonhos profissionais não escolhem momentos económicos e sociais. Ou não deviam escolher. Ainda sou sonhador a ponto de acreditar nisso.

Actualmente é mais fácil ou mais difícil para um recém-licenciado ter sucesso profissional?

Depende das áreas. Acho é que um estudante não se deve prender única e exclusivamente no curso: licenciados e doutores há muitos, há que procurar elementos diferenciadores que tragam maior experiência profissional. E experiência de vida, no fundo.

Luís F. Magalhães 27 anos Medicina Dentária, Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa Profissão actual: Médico dentista Quais foram as principais dificuldades que sentiste enquanto estudante?

Nos anos finais do curso o mais difícil foi gerir a enorme carga horária. Entre a prática clínica e as aulas sobrava muito pouco tempo para o estudo ou para os trabalhos exigidos.

Durante o teu curso lembras-te de algum protesto estudantil em particular?

Sim, no penúltimo ano do meu curso houve uma ‘greve’ dos alunos de medicina dentária durante alguns dias, com manifestação nas salas de espera e em frente à faculdade. A razão para tal foi a falta de condições e de materiais na clínica da faculdade.

No ano em que terminaste o curso quais eram as tuas ambições profissionais?

Na altura estava indeciso entre ficar no País a fazer dias em várias clínicas privadas, ou em procurar trabalho num outro país europeu.

Mas a prioridade foi tirar três meses de férias. :) Achas que actualmente é mais fácil ou mais difícil para um recém-licenciado ter sucesso profissional?

Creio que depende daquilo que estejam dispostos a fazer para ter sucesso. Os caminhos tradicionais são cada vez menos benéficos, é preciso pensar em novas formas de atingir as metas que desejamos, e compreender que é necessário ir além da nossa zona de conforto para as alcançar.

Diogo Soares Silva

FORMA-

2011

SE EM

22 anos Administração Pública, Universidade de Aveiro Profissão actual: Estudante de mestrado em Planeamento Regional e Urbano Durante o teu curso lembras-te de algum protesto estudantil em particular?

Se sim, participaste ou estiveste envolvido de alguma forma? Porquê?

Lembro-me de uma ou outra manifestação, em Lisboa durante os últimos três anos.

Sempre durante a semana.

Não me envolvi em nenhuma; os protestos não iriam fazer o curso por mim.

No ano em que terminaste o curso quais eram as tuas expectativas e ambições profissionais?

Não há grandes expectativas que se possam ter após ter terminado uma licenciatura de três anos na minha área.

Considero que, actualmente, o 2.º ciclo é que é verdadeiramente importante na nossa formação. Vejo a generalidade das licenciaturas apenas como uma forma de aceder a um bom mestrado que nos permita interessar-nos e especializar-nos em algo.

Hoje escolherias outra área de formação?

Nem por isso. Acho que é errado tirar cursos pela sua pretensa empregabilidade, status social ou potencial remuneração. Cada estudante deveria poder escolher o curso e formar-se na área da sua preferência e para a qual está vocacionado, independentemente da sua média. Infelizmente não posso alterar o sistema de ensino.

Mas se me fosse dada a possibilidade voltaria ao fim do 9.º ano e escolheria outra área. Essa sim, é a escolha mais importante da vida de um estudante.

Inês V. Martins 22 anos Ciências da Comunicação e da Cultura, ramo de Comunicação Aplicada: Marketing, Publicidade e Relações Públicas, Universidade Lusófona Que dificuldades sentiste enquanto estudante?

A maior dificuldade é o pagamento das propinas.

Tem sido bastante difícil suportar todas as despesas. As bolsas de estudo estatais são extremamente irregulares, e nunca sabemos bem com o que podemos contar. Vários colegas meus tiveram de abandonar a faculdade porque não conseguiram suportar os custos, nem lhes foi atribuída bolsa de estudo, e, no meu ponto de vista, esta é das situações mais revoltantes e frustrantes do ensino português.

Lembras-te de algum protesto estudantil em particular?

O mais recente de que me lembro e no qual participei foi o Protesto da Geração à Rasca. Participei porque acredito que se nos juntarmos podemos mudar a situação em que vivemos (correndo o risco de ser utópica), mas senti que ficou tudo na mesma. Fomos 300 mil em Lisboa, mas foi só um emaranhado

de gente. São precisas atitudes, não é só descer a Avenida da Liberdade.

Para confirmar que somos muitos existem os Censos. As pessoas têm de tomar uma atitude.

E a única que se tem visto são ‘conversas de café’.

O Bairro Alto encheu nesse dia. E quem realmente está à rasca, não vai sair à noite depois de participar numa manifestação de 300 mil pessoas insatisfeitas. Eu gosto do meu país, e custa-me pensar na emigração como uma saída para poder trabalhar na minha área.

Os estudantes de hoje têm mais ou menos oportunidades do que há alguns anos?

Depende. A tecnologia veio facilitar-nos muito a vida. Perdemos menos tempo que as gerações anteriores em pesquisas e recolha de informação.

Estamos ligados a todo o mundo por meia dúzia de cliques. Mas por causa disso ‘encostamo-nos’ e damos as coisas como garantidas. E contra mim falo. Não filtramos informação. Pensamos menos porque o computador nos diz o que fazer. Escrevemos mal porque temos um corrector ortográfico. Relativamente à conjuntura económica do nosso país; essa não nos tem dado grandes oportunidades, aliás, dá-nos cada vez menos. Mas nós somos bons.

E temos meios para ser ainda melhores.

FIMFA11. Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas regressa para fazer a festa de Norte a Sul do País

A olhar para o boneco Concurso de fotografia de cinema As fotografias de cinema são o mote para um concurso internacional que procura reunir no AVANCA 2011 – Encontros Internacionais de Cinema, Vídeo e Multimédia, imagens do cinema e do seu mundo, vindos de vários quadrantes geopolíticos, sociais e culturais. O concurso tem como objectivo promover a criatividade, a arte fotográfica, bem como mostrar tudo o que tem a ver com cinema: a arquitectura dos cinemas, a rodagem de filmes, a fotografia de cena e dos ‘making of’, as pessoas, os actores, os realizadores... As inscrições estão abertas até 15 de Maio. O regulamento e as fichas de inscrição podem ser consultados em www.clickclackaction. blogspot.com.

Máscaras, formas animadas e marionetas manipuladas das mais diversas formas vão tornar, pelo 11.º ano consecutivo, Lisboa e outras cidades portuguesas em verdadeiros palcos de imaginação. De 12 de Maio a 6 de Junho, o FIMFA – Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas apresenta as propostas mais inovadoras deste universo mágico.

Andreia Arenga aarenga@mundouniversitario.pt

O FIMFA é um dos festivais mais originais e inovadores do panorama das artes cénicas português. Marionetas puxadas por fios ou manipuladas como extensão do corpo dos próprios artistas, e formas animadas ganham vida nos palcos ou nas ruas, numa programação vasta em que o difícil é escolher o que ver.

Este ano, além da presença de criadores de reconhecido mérito internacional, o FIMFA dá especial atenção aos jovens criadores. Companhias jovens de muito talento que reutilizam objectos e materiais, aliando-as à imagem, ao som e a outras tecnologias.

Marionetas para todos São convidados da edição deste ano do FIMFA mais de 20 companhias e criadores, ao longo de 26 dias, provenientes de diversos países europeus. E o festival promete surpreender logo na abertura, marcada para o Museu da Marioneta (Lisboa), com uma instalação da jovem companhia francesa Théâtre de l’Entrouvert que nos levará por uma viagem poética em volta das sombras, à luz das velas. O FIMFA preparou também uma homenagem a João Paulo Seara Cardoso (1956-2010), trazida pela mão do Teatro de Marionetas do Porto que estreia uma nova versão do ‘Capuchinho Vermelho XXX’. Um universo delirante e hard-core que é uma verdadeira pérola do teatro de ob-

Programa completo no blogue d’A Tarumba em http://fimfalx.blogspot.com.

jectos. Destaque ainda para a nova companhia norueguesa TinkerTing em colaboração com os ingleses Pickled Image que apresentam um trabalho plasticamente arrojado a partir do livro ‘Hunger’ do controverso escritor norueguês Knut Hamson, galardoado com um Prémio Nobel.

Surpreender quem passa Mas não é só nas salas que a magia acontece. Nas ruas de Lisboa, a tradição portuguesa do Teatro Dom Roberto vai surpreender quem por lá passar, no momento certo e à hora marcada. As ruas vão ser animadas pelas pauladas e proezas de Raul Constante

Pereira, mas também pela visita dos Flying Buttresses e do casal Hodman Dodmanott e Sally Forth. Marionetas interactivas e encantadoras, que viveram sozinhas durante centenas de anos, acordam para o mundo actual, curiosas por descobrir como vivem os lisboetas.

pUBLICIDADE

TEATRO ACADÉMICO. 12.ª edição do FATAL decorre entre 11 e 28 de Maio em diversos espaços de Lisboa

Estudantes com pinta de Molière

Ganhaas! entêrcoamd o em v

www.m

und

sitari r e v i n u o

São cerca de 40 grupos de teatro, portugueses e estrangeiros, e 15 espectáculos e performances, a juntar a workshops e conferências. Num ano em que o FATAL – Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa assinala o seu 12.º aniversário, e em que a Universidade de Lisboa comemora o seu centenário, fomos levantar a cortina do palco para espreitar o que anda a ser preparado. Toda a a programação pode ser consultada em www.fatal.ul.pt.

Laura Alves lalves@mundouniversitario.pt

O Teatro da Comuna, a LxFactory, e vários outros locais da cidade de Lisboa animam-se, já a partir de dia 16 e até ao final de Maio, com a alma do que de melhor se faz no teatro académico nacional. Trata-se do FATAL, um certame que movimenta centenas de estudantes-actores em torno de uma mesma paixão: o palco. Grupos como o CITAC, da Universidade de Coimbra (vencedor da última edição do FATAL), o NNT, da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa ou o GIST, do Instituto Superior Técnico, são apenas alguns entre os cerca de 40 grupos de teatro académico que fazem parte de uma vasta programação.

Pensar o mundo através do teatro Numa altura em que a cabeça dos estudantes anda ocupada ocupada com questões de outra ordem, tais como o sucesso académico, a entrada no mercado de trabalho, o emprego e o desemprego, haverá ainda tempo para ‘brincar’ ao faz-de-conta? Marisa Costa, da organização do FATAL, diz que sim, mas que o teatro feito pelos estudantes é tudo menos brincadeira. «Um grupo de teatro universitário está

Intriga e suspense abrem o FATAL ‘Film Noir – Narrativas negras sobre rupturas na ordem das coisas’ é a peça ‘site specific’ que o NNT, grupo da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa, propõe para esta edição do FATAL. O espectáculo, que irá abrir o festival no dia 16, foi criado tendo em conta um espaço da LxFactory, em Alcântara, e tem encenação de Joana Craveiro. A não perder!

a fazer teatro mesmo porque quer. Ou seja, um actor estudante abdica de inúmeras horas, durante meses a fio, e está ali por convicção, por profundo amor ao teatro. E isso é, para mim, das coisas mais surpreendentes.

Eles fazem muito com muito pouco. Tiro-lhes o chapéu.»

Da mesma forma, Isabel Tadeu, coordenadora no Núcleo Cultural da Universidade de Lisboa, vê o teatro académico como um espaço privilegiado para pensar o mundo em redor. Mais do que um escape, é intervenção, acredita. «Cada vez mais os jovens têm necessidade de encontrar locais de reflexão pois hoje em dia a vida já é tão condicionada por tanta coisa, que o teatro universitário também serve para eles se aperceberem do que se passa à sua volta.» Isabel Tadeu fez parte da organização do primeiro FATAL, há 12 anos, e agora voltou a estar envolvida na iniciativa, algo que a entusiasma grandemente. «Estou convencida de que, daqui para a frente, haverá um aumento do número de jovens no teatro universitário, pois este sempre serviu sempre para isso; na década de 60 teve imensa importância do ponto de vista político; é uma questão cíclica.»

Da produção à representação Certo é que, ao longo dos

12 anos de vida do FATAL, o número de participantes não tem decrescido. Pelo contrário. Da mesma forma, o público tem aumentado e, de acordo com Marisa Costa, tem-se fidelizado.

«Acho que os estudantes continuam extremamente motivados, quer como colaboradores na produção do festival em várias áreas, quer como participantes nos workshops, quer como actores. Não temos estatísticas exaustivas, mas sabemos que o interesse pelo teatro universitário como actividade extra-curricular tem-se mantido.» E uma vez que, este ano, a Universidade de Lisboa comemora uma data muito especial – o centenário da universidade – o FATAL irá igualmente integrar actividades criadas para esse efeito. «Temos a decorrer uma residência artística que partiu de um texto de Miguel Castro-Caldas que se chama ‘Não Tenho a Tua Vida’, em que se reflecte sobre o papel da universidade, e que dará origem a um espectáculo apresentado durante o festival, encenado pelo André Teodósio.» E apesar da crise e das dificuldades para pôr o festival a andar, Marisa Costa e Isabel Tadeu salientam a importância dos apoios e parcerias: «Algumas entidades identificam mesmo o teatro universitário como uma expressão cultural na qual vale a pena apostar.»

o.pt

A Bíblia: Toda a Palavra de Deus (d’uma assentada) Se gostas de uma boa comédia, não podes perder o mais recente espectáculo da Companhia Teatral do Chiado. A peça condensa, de forma alucinante, os principais episódios narrados nos Livros Bíblicos, do Génesis ao Apocalipse.

Com encenação de Juvenal Garcês, as representações estão a cargo de Pedro Luzindro, Pedro Saavedra e Ricardo Cruz. E muito cuidado, porque é muito provável que algumas pessoas do público sejam ‘convidadas’ a subir ao palco para participar na acção. O Mundo Universitário tem 10 convites duplos para te oferecer, para a sessão de domingo dia 15 de Maio, pelas 21h.

Vê como participar em www.mundouniversitario.pt.

SIM à criatividade nacional O SIM – Movimento pela Criatividade em Portugal, é uma iniciativa recentemente lançada pela Samsung, com o objectivo de promover e impulsionar a criatividade em Portugal.

Lançado oficialmente a 3 de Maio no Teatro do Bairro, em Lisboa, o SIM procura dinamizar parcerias e apoiar projectos que aliam a criatividade à tecnologia.

Para já, podes visitar a exposição ‘64-BITS’ de André Sier que estará patente, ao longo do próximo mês, no Teatro do Bairro.

Sabe mais em www.movimentosim.com.

Publicidade

LANÇAMENTO. Os Lábios apresentaram ‘Morde-me a Alma’ em viagem de eléctrico por Lisboa

Música pop sobre carris São pop, são cantaroláveis, são coloridos e sensuais. Chamam-se Os Lábios e acabam de editar o álbum de estreia, ‘Morde-me a Alma’. Para cenário do lançamento escolheram Lisboa vista a partir de um eléctrico que foi de Belém à Graça, e daí até à Estrela ao ritmo das guitarras e das vozes deste novo projecto português. Vai uma voltinha? ©Arlindo Pinto

Laura Alves lalves@mundouniversitario.pt

Os Lábios

Musicbox DJ Contest

Porquê fazer o concerto de apresentação do vosso disco a bordo de um eléctrico?

Um simples palco já não é suficiente para vocês?

Eurico Silvestre: Achamos que a festa de apresentação de um álbum tem de ter algo de especial, é preciso ser-se criativo. E nós, tecnicamente, somos uma banda nova, apesar de termos sido antes os The Profilers. Mas fizemos uma revolução interna e achámos que seria bom fazer uma coisa diferente, para chamar a atenção. Lembrámo-nos de fazer um mini concerto no eléctrico porque já tínhamos feito umas imagens neste ambiente que ficaram muito boas, e decidimos recuperar esta ideia.

Como dizes, eram os The Profilers e, entretanto, mudaram de nome, de estética, de sonoridade, de língua... O português é uma língua que vos diz mais neste momento?

San de Palma: Não matámos o projecto, mas transformámo-lo. Há alguns anos havia uma preferência pelas músicas cantadas em inglês.

Entretanto comecei a escrever letras em português, comecei a achar que me fazia mais sentido: para quê cantar em inglês se o que me era mais natural e me apetecia era escrever em português?

E tivemos então uma conversa para decidir o caminho a seguir, porque temos ainda um amigo, o Leonel, que nos fez algumas das letras. Achamos que foi uma boa aposta e, sobretudo, uma aposta sincera.

Depois de quatro eliminatórias e da grande final, foi encontrado o DJ vencedor: Fabrizio! Durante o último mês, o MusicBox, o Mundo Universitário e a Match Your Sound promoveram um concurso de DJ para revelar novos talentos e, depois da prova final que decorreu a 6 de Maio, foi escolhido o mais talentoso, que irá ficar como DJ residente do MusicBox durante um ano. Parabéns! Ah, e não percas na próxima edição a reportagem e entrevista ao Fabrizio. Agora, é só dares um pulinho de vez em quando ao MusicBox e dançar ao som dos melhores beats.

‘Morde-me a Alma’

E este registo é, então, para manter?

ES: Decidimos mudar já por isso. Algo nos disse que o futuro iria ser assim, pelo que decidimos mudar a linguagem antes. Seria muito mais difícil executar uma mudança depois de haver trabalho cá fora.

O vosso som tem uma carga bastante enérgica, por vezes também sesual... Como é que caracterizam este vosso novo álbum?

SP: É um disco pop que cremos ir funcionar muito bem em palco, com o conceito que criámos para a banda. Acreditamos que, actualmente, as bandas não sobrevivem sem um bom conceito a par das músicas.

No disco colaboram ainda alguns nomes já bem conhecidos do panorama da música nacional, Miguel Ângelo e Sean Riley. Como foi poder contar com essas duas colaborações?

ES: Foi importante ter a colaboração deles, pois é sempre bom ter alguém de fora que possa ajudar a desconstruir e a avaliar algo em que, por vezes, estás tão absorvido que já não consegues perceber se é a melhor forma de fazer as coisas. Alguém que está de fora, e que vem colaborar com o projecto consegue dar algo mais e sugerir novos caminhos.

Se antes, enquanto The Profilers, a banda ia beber à estética do film noir para compor as suas canções agora, sob a assinatura d’Os Lábios, as canções deste ‘Mordeme a Alma’ são sobretudo alegres, de laivos pop, ritmos saltitantes e letras com refrões bem orelhudos, que facilmente ficam a bailar na memória. Numa outra vida, a banda venceu o Super Bock Super Rock Preload, o Festival de Música Moderna de Correios e ainda o Prémio POP EYE para revelação do ano em Espanha. Mais em www.oslabios.com.

As tuas festas académicas Quando?

9 Mai 10 Mai 13 Mai 13 MAI 14 Mai 17 Mai 19 Mai 19 Mai 20 Mai 20 MAI 21 MAI 20 a 22 Mai

o quê?

Início Semana Académica de Lisboa Low Cost Erasmus Party (powered by Erasmus de Lisboa)

Semana Académica Egas Moniz 2011 Emotions The Gathering Party Low cost Erasmus Party (powered by Erasmus de Lisboa)

Resound Fest Concurso de bandas

For Play Playground Emotions Summersats What the funk Fim de Semana Radical Faculdade Psicologia Lisboa

onde?

Estádio do Restelo Fiéis ao Bar do Rio - Lisboa Campus Universitário Egas Moniz Gossip Space Club Lisboa Fiéis ao Bar do Rio – Lisboa MusicBox Twins - Lisboa Space - Lisboa Gossip Twins - Lisboa Praia das Maçãs (Simplis)

www.simplisevents.com | www.facebook.com/simplisevents

Publicidade

Livros

www.mundouniversitario.pt

LEITURAS. Sugestões para ler no metro, no autocarro, na esplanada ou como alternativa ao computador

À Caça do Diabo Autor: Tim Butcher Editora: Bertrand

Teia de Cinzas Autor: Camila Läckberg Editora: D. Quixote

O jornalista Tim Butcher leva-nos por uma viagem por entre os trilhos perigosos da Serra Leoa e da Libéria. O relato de zonas de guerra, marcado pela violência e destruição das milícias anárquicas e meninos-soldados, na luta pelos diamantes de sangue.

Um pescador encontra o corpo de uma menina perto do cais.

Perante o desepero da mãe da criança, Patrick Hedstrom é chamado mais uma vez a desvendar o mistério. Um romance policial cheio de suspense e terror da autora de ‘A Princesa do Gelo’ e ‘Gritos do Passado’.

Raposas de Fogo Autor: Joyce Carol Oates Editora: Casa das Letras

A Linguagem Secreta das Flores Autor: Vanessa Diffenbaugh Editora: Suma de Letras

A história de um gangue de raparigas entre os 13 e os 16 anos na América dos anos 50. Lideradas pela carismática ‘Legs’ Sadovsky, as raposas de fogo possuem armas e o seu maior desejo é defender os mais fracos e devolver-lhes os seus direitos.

Esta é a história de uma rapariga, Victoria, que tem medo de se aproximar das pessoas e por isso dedica toda a sua atenção às flores. Um dia, Victoria muda-se para outra cidade. Uma florista descobre o seu talento e oferece-lhe trabalho numa loja de flores. A partir daí, a sua vida muda completamente.

A Humilhação Autor: Philip Roth Editora: D. Quixote

O Legado de Wilt Autor: Tom Sharpe Editora: Teorema

É um dos maiores autores de teatro e lança agora o seu 30.º romance. Philip Roth conta a história de um actor de teatro em crise abandonado pela mulher, pelo agente e pelo público.

Simon Axler, o personagem do romance, faz uma viagem interior, à procura de salvação aos 63 anos de idade.

Com o famoso humor negro e corrosivo de Tom Sharpe em grande evidência e um enredo de chorar a rir, ‘O Legado de Wilt’ é um clássico do humor britânico. Ler também, ‘A Alternativa de Wilt’, do mesmo autor.

pUBLICIDADE

FESTIVAL. IndieLisboa revela o melhor do cinema independente

Indie em ano de troika

O IndieLisboa está de volta, entre o documentário e a ficção, a curta e a longa-metragem. Começou na passada quinta-feira e prolonga-se até dia 15, com muitas estreias e descobertas por fazer na Sétima Arte.

João Tomé

Da Cinemateca ao Bairro alto Além do já habitual Cinema São Jorge, os filmes passam ainda pelo Teatro do Bairro Alto, Culturgest e, pela primeira vez, na Cinemateca. A redução de custos levou ao fim de actividades comuns como as Lisbon Screenings e os IndieLisboa Days.

Mantêm-se as secções habituais, do IndieMusic, passando pelo IndieJúnior, Pulsar do Mundo (filmes relevantes para a actualidade), Observatório (obras essenciais), Cinema Emergente e a competição. Na secção Herói Independente,

info@mundouniversitario.pt

Novos filmes, novos autores, muita criatividade. Tudo é possível quando se fala de cinema e nem o ano de crise e de troika (diz-se que é para salvar a economia nacional) nos pode tirar o prazer de descobrir bons, inspiradores, maus, assim-assim, filmes.

O IndieLisboa, que sobreviveu a um orçamento mais baixo que o habitual, começou na quinta-feira e cumpre a 8.ª edição como Festival Internacional de Cinema Independente. Depois de ter sido aberto com duas ficções, ‘Carlos’ de Olivier Assayas (sobre o assassino Chacal) e ‘Les Amours Imaginaires’ de Xavier Dolan (um triângulo amoroso), ficam a faltar muitos mais filmes dos 240 presentes até 15 de Maio.

Quando 5 a 15 de Maio Onde Cinema São Jorge, Teatro do Bairro Alto, Culturgest, Cinemateca Programação www.indielisboa.com

que estará na Cinemateca, o homenageado será o realizador Julio Bressane, considerado uma ‘espécie de Manoel de Oliveira brasileiro’ mais novo.

De Tréfaut a Scorsese Nas propostas de filmes ir à descoberta é uma espada de dois gumes. No domínio do cinema português existem antestreias que podem valer a pena. A estreia de Sérgio Tréfaut na ficção, com o filme ‘Viagem a Portugal’ (Maria de Medeiros é a protagonista) ou o novo filme de Edgar Pêra, ‘O Barão’, baseado num conto de Branquinho da Fonseca.

Do que vem lá de fora destaque para as antestreias de ‘Post Mortem’ de Pablo Larraín, ‘Neds’ de Peter Mullan e ‘Meek’s Cutoff’ de Kelly Reichardt. No campo mais mediático serão exibidos ‘Mulberry St.’, de Abel Ferrara, ‘Homme au Bain’, de Christophe Honoré, ‘Tabloid’

de Errol Morris e ‘A Letter to Elia’ de Martin Scorsese e Kent Jones – homenagem curiosa à obra de Elia Kazan. Opções não faltam é só escolher.

TAMBÉM ESTREIA Arthur E porque nem tudo o que mexe no cinema é IndieLisboa, há propostas variadas nas salas do País. Esta comédia, que é um remake do filme com Dudley Moore de 1981, conta com o excêntrico Russell Brand e a Lady Helen Mirren, é um exemplo disso. Brand é um playboy habituado à bebida e à boa vida perto de casar com uma milionária (Jennifer Garner), mas que está apaixonado por outra mulher. No dilema ajudará a sua babysitter de serviço, Helen Mirren. pUBLICIDADE

www.fpcardiologia.pt

A reabilitação cardíaca

que diminui a mortalidade

é uma

e aumenta a qualidade de vida

quem já teve um ataque cardíaco.

Porque não se curam de um dia para o outro.

APOIOS:

Um direito promovido por:

www.mundouniversitario.pt

parabéns, mundo universitário!

entrevista

André Henriques

Animador Mega Hits - 07h às 10h

Estamos em plena época de Queimas e Semanas Académicas. Estás com energia para correr as ‘capelinhas’ por esse país fora?

Vontade não falta!! Tempo é que está escasso! Mas este ano vou dar música à Queima de Coimbra, não vou faltar a FatBoy Slim e Bookashade na SAL e espero conseguir ir à noite Mega Hits no Enterro da Gata em Braga, aliás, até porque faltar a 2ManyDjs dá direito a sanção disciplinar.

Guardas boas memórias dos teus tempos de estudante?

E das semanas académicas propriamente ditas?

Foi o princípio de tudo! Foi na universidade que aprendi a jogar cartas como deve ser, a ludibriar o porteiro da discoteca com a desculpa de um primo que era conhecido de um tal tipo que mandava naquilo tudo, descobri a ‘hora da loira’ e as directas de noitadas para as aulas. As semanas académicas foram sempre uma névoa, mas sei que correram sempre bem! E no fundo o que se leva da universidade, além obviamente do curso e de um canudo para pôr na parede, são os amigos, as noitadas, os romances concretizados e outros tantos falhados, e ficam as saudades, muitas saudades! Acho que vou chorar... Não sei se respondo à próxima pergunta... Já volto!

E quanto à Mega Hits nas Semanas Académicas? Queres destacar algum acontecimento especial? Podemos contar com boa música e boa disposição ao longo dos próximos dias?

A Mega Hits é oficialmente a rádio das Semanas Académicas e quem ainda não descobriu acabou de o fazer. Estamos pela Queima de Coimbra com uma noite fortíssima (Milk and Sugar, Yolanda Be Cool e Nelson Cunha). O mesmo acontece no Enterro da Gata em Braga onde a noite Mega Hits conta com os 2ManyDjs. Em Lisboa ir à SAL é com convite da Mega, e em Aveiro a Semana do Enterro também tem o selo Mega!

Além de tudo isto estamos no evento mais ‘cool’ do Verão, o já obrigatório Sumol Summer Fest. A pergunta que se impõe é – onde é que nos encontramos mesmo?

De frente para o palco, ao pé do insuflável da Mega Hits, do lado esquerdo no bar com aquela bandeira pendurada! Vem cá ter!

E... Sabias que o Mundo Universitário faz este mês sete anos de vida?

Podemos pedir-te um beijinho de parabéns?

Se podem?! Devem! Aliás, nem precisam de pedir! Sou fã do Mundo Universitário e do que têm feito pelos estudantes, seja em época de aulas nas universidades, seja durante o Verão nas praias. Pela divulgação que fazem das iniciativas estudantis, pelas festas que apoiam e pelas dezenas de passatempos que dão oportunidade ao (quase) sempre falido estudante de se passear pelos eventos mais importantes. Os parabéns de quem vos lê atentamente e fala com orgulho nas Mega Manhãs deste jornal que começa no título a ser grande – Mundo! Muitos e bons anos de vida!

E, já agora, se não for pedir demasiado, dedica-nos uma música, em nome da Mega Hits. ;) Hmmmm … Difícil! São tantas as que podia escolher, mas acho que há uma que resume tudo – ‘Better Together’ do Jack Johnson. Está lá tudo! É sempre melhor quando nas aulas se tem um MU, sempre dá para distrair de uma aula teórica mais chata! ;)

DESTAQUE

LISBOA 92.4 PORTO 90.6 COIMBRA 90.0

SINTRA 88.0 AVEIRO 105.6 BRAGA 92.9 WWW.MEGA.FM

PUBLICIDADE

Especial Queimas, Suplemento do Mundo Universitário de 9 de Maio de 2011

Semanas académicas quantas queres?

As semanas académicas, Maio as dá e Maio as leva. Em algumas cidades os festejos já terminaram – há universidades e institutos que começam as festas logo em Abril – mas Maio é, de facto, o mês que melhor rima com semanas académicas. Neste ESPECIAL QUEIMAS trazemos-te o programa das principais iniciativas ao longo do País, com indicação dos concertos e actividades mais interessantes e locais de realização. Em alguns casos as festas estão neste preciso momento a decorrer, pelo que te damos o programa do que ainda irá acontecer nos próximos dias. Prepara-te para curtir à grande – já sabes que depois da farra vais ter de te agarrar aos livros como se não houvesse amanhã – e lembra-te que «o que acontece durante a semana académica fica na semana académica».

l a i ec p s E eimas qu

Festas de norte a sul do pais Guard a 2 a 10 de Maio (a decorrer)

l a i c e p s E eimas qu

Pavilhão do Nerga, Guarda www.semanaacademica.org Dia 9 À Meia Noite nas Eólicas, Fernando Alvim, Jaimão Dia 10 Desfile Académico, Noite dos Resistentes, DJ Remember

aveir o 6 a 12 de Maio (a decorrer) B r aga 7 a 14 de Maio (a decorrer) Estádio Municipal de Braga http://enterrodagata.aaum. pt/

Dia 9 Diabo na Cruz, Deolinda Dia 10 Mercado Negro, Natiruts Dia 11 Zézé Fernandes, Quim Barreiros

Dia 12 Sean Riley & The Slowriders, Pedro Abrunhosa Dia 13 Pitt Broken, Xutos & Pontapés

Estádio Municipal de Aveiro www.aauav.pt Dia 9 The Legendary Tigerman, Foge Foge Bandido, Sean Riley & The Slowriders, The Dirty Little Bastards Dia 10 Deolinda, Tuna Feminina AAUAv, Tuna Universitária de Aveiro, Cartola’s Band, DJ Didz Dia 11 Xutos & Pontapés, Johnwaynes, Tie Men, DJ’s Motim, Quarteto de Bolso Dia 12 Banda Red, Rosinha, TechnoMusicSaveTheQueen

évor a

Santar ém 9 a 15 de Maio CNEMA, Santarém www.semanaacademicasantarem.com Dia 9 Noite Serenatas (Cidade e Seminário) Dia 10 Leonel Nunes - Homem do Garrafão, Quim Barreiros, DJ Calheiros vs. Zittos Live Percussion Dia 11 Rally Tascas, R12, Quem é o Bob?, DJ Sérgio Alves, DJ Gonçalo Henriques Dia 12 Noite Tunas, Arrebimba o Malho DJ, DJ Soundro Dia 13 Os Golpes, Hands on Approach, ARCHIBAK, DJ Vitalux Dia 14 Os Outros, Tara Perdida, DJDemo – Expensive Soul, DJ (a anunciar) Dia 15 Bênção de finalistas

28 de Maio a 5 de Junho Colégio do Espírito Santo, Évora http://queima.aaue.pt 28 de Maio Patrice, Fora da Bóia, Chapa Dux, DJ Dudaz & Edu, DJ Foksen 29 de Maio Diabo na Cruz, Red Rose Motel, Coligação Banal, DJ Markus Matius, DJ Oni 30 de Maio Quim Barreiros, Urkesta Filarmoka, Zé Mendes, DJ Moreno, DJ Ankjay 31 de Maio Peste & Sida, DJ Peter Beat, DJ Guz 1 de Junho A anunciar 2 de Junho Bandalusa, Miguel Azevedo, 2Make Noise, DJ Curto 3 de Junho Mastiksoul, Brazilian Connection “Cyer G & Friends”, Ankjay (Warmup), Nuno del Bannio 4 de Junho Xutos & Pontapés, DJ Gongas, DJ River Deck

Coi mb r a 6 a 13 de Maio (a decorrer) Parque da Queima, Coimbra www.queimadasfitas.org Dia 9 Anaquim, Mendes e João Só, Mondeguinas, Orquestra típica e rancho Dia 10 David Fonseca, Diabo na Cruz, Phartuna Dia 11 Milk & Sugar, Yolanda Be Cool, Coral Quecofónico do Cifrão, DJ Mega Hits Nelson Cunha, VJ 11th Dia 12 The Gift, Mind Da Gap, Orquestra Pitagórica Dia 13 James, Sean Riley & The Slowriders, Kwantta, Grupo de Cordas “As Fans”

b r agança

9 a 16 de Maio Pavilhão do Nerba, Bragança Dia 9 Baile de Finalistas no Mercado Club Dia 10 Serenata, Tunas Académicas, DJ Jackpot Dia 11 Os Golpes, Mastiksoul Dia 12 Expensive Soul, Tirbuto a Ornatos Violeta, DJ Level C Dia 13 José Cid, The Happy Mess, DJ Carl D Dia 14 Missa de Finalistas, Queima das Fitas, Pedro Abrunhosa, DJ MM, DJ Von Rivera Dia 15 Garraiada, Banda Red, DJ DSD Dia 16 Desfile de Finalistas, Quim Barreiros, Homens da Luta, DJ Roman

algar ve 5 a 14 de Maio (a decorrer) Gambelas, Faro www.aaualg.pt Dia 9 Joana Reis, Banda da Rua, Quim Barreiros, DJ Tiago Rafael, DJ Mike Fuentez Dia 10 Sons of Misfortune, Murdering Tripping Blues, Tara Perdida, DJ Mr. Kool Dia 11 Fora da Bóia, Deolinda Dia 12 Raspect, Bandarra, Natiruts, DJ Sonic Blast, Crookers Dia 13 Six Irish Men, Gilberts Feed Band, Emir Kusturica, DJ Mikas, Yolanda Be Cool Dia 14 Godai, Frankie Chavez, Aurea, Christian F

castelo b r anco

6 a 12 de Maio (a decorrer) Campus da Talagueira, Castelo Branco www.facab.pt Dia 9 Quem é o Bob?, Noidz, DJ Sensejoy Dia 10 Xutos & Pontapés, Fonzie, DJ Sensejoy Dia 11 One Vision (Tributo aos Queen), Teen Spirit (Tributo aos Nirvana com Nuno Norte), Chicken Sound Project, DJ Peter Easter

PUBLICIDADE

C

M

Y

CM

MY

CY

MY

K

l a i c e p s E eimas qu

para te animar a noite As semanas académicas estão aí e o MU apresenta-te alguns dos artistas que te vão dar música por todas essas festas. Quim Barreiros, Deolinda, Emir Kusturica, Xutos & Pontapés, David Fonseca, Sean Riley & The Slowriders, Os Golpes, Homens da Luta e Expensive Soul são só bons exemplos. Texto: Graziela Costa

Qui m B ar r ei r os

Quem não conhece as músicas ‘A Cabritinha’, ‘Bacalhau à Portuguesa’ ou a ‘Garagem da Vizinha’? Desde há muito Quim Barreiros é apelidado de ‘Rei das Semanas Académicas’ e, de Braga ao Algarve, não são muitas as que o dispensam. A dar-nos baile desde 1975, este senhor do acordeão é mais que um mestre-de-cerimónias, é uma lenda das Queimas das Fitas.

Emi r K ustur i c a Dos Balcãs com furor vem o conhecido realizador de cinema, Emir Kusturica, e a sua No Smoking Orchestra. Música gypsy rock com estilo muito próprio é o que nos propõe este animado grupo que, ao longo dos anos tem vindo a esgotar concertos em Portugal. Mas atenção que tens de carregar baterias, porque neste concerto vais gastar toda a energia. Por isso podes já começar a fazer o aquecimento musical em: www.myspace.com/emirkusturicathenosmokingorchestra.

Deoli nd a Foi com o álbum ‘Canção ao Lado’ que se deram a conhecer, mas foi com ‘Dois Selos e Um Carimbo’ que Ana Bacalhau e companhia se afirmaram como representantes da geração à rasca. Se ‘Movimento Perpétuo Associativo’ foi proposto para hino nacional, ‘Parva Que Sou’ é já o hino de uma geração que não pode faltar a uma boa festa nem que seja com o dinheiro mesmo à rasca. Mas, se não sabes a letra destes hinos, basta entrares em www.myspace. com/deolindalisboa e toca a aprender.

Expensi ve Soul

D avi d Fonsec a

Os Golpes Num registo revivalista dos anos 80, Os Golpes juntam influências que vão dos Heróis do Mar aos The Strokes. Depois do álbum de estreia ‘Cruz Vermelha Sobre Fundo Branco’ e do EP que anunciou ‘G’, o álbum recentemente editado pela banda.

Os Golpes chamam-nos para um pé de dança e ‘Vá lá Senhora’ que a festa rija vai começar.

Ouçam-nos em www.myspace. com/osgolpes.

Começou nos Silence 4 e agora faz carreira a solo. David Fonseca é um dos artistas mais acarinhados pelo público português e possui uma autêntica legião de fãs. Com quatro álbuns cheios de músicas que a maioria de nós sabe do início ao fim, ele toca vários instrumentos, é fotógrafo e recentemente fez uma curta-metragem para ilustrar uma música do álbum de Rita Redshoes. É caso para dizer que o David não pára um minuto, e tu também não depois de o ouvires em www.myspace.com/davidfonseca.

Oriundos de Leça da Palmeira, os MC’s Demo e New Max editaram o seu primeiro CD em 2004. ‘BI’, apresentava entre outras músicas os singles ‘Falas Disso’ e ‘Eu não Sei’. Seguiu-se ‘Alma Clara’ em 2006 e mais recentemente, em 2010, editaram ‘Utopia’. E aqui fica uma curiosidade para quem não sabe, os Expensive Soul foram o primeiro grupo de hip hop em Portugal a ter banda ao vivo, a Jaguar Band. Mais em www.myspace. com/expensivesoul.

H omens d a Luta Quem disse que a música de intervenção está morta?

Os Homens da Luta dizem que não! Prova disso é ‘A Luta é Alegria’ música com a qual Falâncio (Vasco Duarte) e Neto (Jel) ganharam o Festival RTP da Canção 2011 e vão representar o nosso País, no Festival Eurovisão da Canção 2011. E porque o festival só acontece dia 14 de Maio, aproveita para os ver numa Queima perto de ti ou quem sabe a manifestar-se por aí. www.myspace.com/homensdaluta.

Xutos & Pontapés Já com idade para ter juízo, a banda de Zé Pedro, Tim, Kalú, João Cabeleira e Gui ainda põe muitos miúdos a um canto. Uma mão-cheia de êxitos, muita energia e experiência fazem com que, a par de Quim Barreiros, os Xutos sejam uma das presenças indispensáveis nas semanas académicas de todo o aís. ‘Contentores’, ‘Casinha’, ‘Fim do mês’ são apenas algumas músicas que vais ouvir e cantar sem te cansar. www.myspace.com/xutospontapesofficial.

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA

Sei o que fizeste na Queima passada!

l a i c e p s E eimas qu

Podes colar esta página na testa, optar por escondê-la na tua pasta de ‘doutor’, fazer um espectacular pin com a frase que mais te agradar, forrar o interior da cartola ou trazê-la simplesmente no bolso.

Em resumo: não há assassinos em série com mão de gancho, mas fazemos mesmo questão de que sobrevivas aos festejos da semana académica da tua universidade ou politécnico… Texto: Bruna Pereira

Família que se preze e babada quer foto da criatura trajada Acaba com a solidão da foto da primeira comunhão que a tua mãe insiste em exibir na mesinha da sala de jantar e junta-lhe um belo retrato da tua pessoa sem borbulhas da puberdade… E trajada a rigor. Escolhe um monumento da cidade onde estudas para pano de fundo bem kitsch, faz uma careta que não deixe mostrar o chumbo nos dentes molares ou abraça-te aos teus companheiros de turma... Como dizer… Menos atraentes fisicamente? Tudo para que quando a família disser «ai o meu filho era o mais lindo de todos, ó p'ra ele!» a exclamação possa parecer mais ou menos verídica…

Sobrevivência e furor, só munido de extintor!

Os transportes públicos começam a albergar o magnífico odor a suor que caracteriza a época mais acalorada, os manequins das montras despem-se de trapos e as primeiras moscas há muito que esvoaçam alegremente por aí. O que significa isso? Que se aproxima a época de incêndios! Assim sendo, recomenda-se aos fumadores muita atenção aos isqueiros junto dos cabelos compridos e das capas compostas de poliéster, lã e um sedutor revestimento em teflon. Quanto aos finalistas aconselha-se, inclusivamente, que andem munidos de extintor por baixo das várias camadas de vestes negras… É que estamos a falar de Queima das Fitas, não de Incêndio das Fitas, por isso restringe o pirómano que há em ti às churrascadas e sardinhadas de Verão e vigia muito bem toda a actividade paranormal proveniente das tuas fitas coloridas.

Com o meu penico, eu nunca me complico E já que falámos em líquidos… A pedido de muitas famílias, moradores conscienciosos, turistas passeadores e peões dotados com o mínimo de capacidade olfactiva, fica aqui um pedido: JOVEM, NÃO TE ALIVIES NA VIA PÚBLICA! Deixa isso para os cãezitos. É feio, cheira mal, atrai todo o tipo de insectos badalhocos e pode ser considerado crime público, diz o Código Penal. Para isso te deram um penico quando eras caloiro, ou já não te lembras? Julgavas que era para colocar na cabeça, era? Não, isso é a cartola…

Um lenço p’ra mim, outro p’ra ti…

Outro p’ra quem precisar Os lenços de papel não servem só para aparar ranho de gripes, constipações e alergias a pólenes de início de Primavera, podem chegar mesmo a ser os nossos melhores amigos inanimados. Raparigas, atenção às borras de rímel para as fotos da praxe! Rapazes, esqueçam a velha máxima de que ‘os homens não choram’, porque se avizinham momentos de puro drama que vão exigir vários metros quadrados de papel muito absorvente. Levem rolos de papel higiénico de folha dupla e tamanho industrial.

Se a crise do papel apertar, arrisquem limpar o nariz à manga de pano mais próxima…

E arrisquem-se também a levar um sopapo ou uma bengalada.

Não bebas tudo hoje, deixa uns litros para amanhã Não, o mundo não vai acabar no último dia da tua Queima das Fitas! Não se prevê um dilúvio bíblico estilo Arca de Noé, nem a caída de nenhum meteorito mortífero, nem uma crise de matérias-primas que afecte os barris de cerveja e dispare o seu preço por litro. Por conseguinte, não abasteças o teu aparelho digestivo de líquidos alcoólicos até abarrotares (que é como quem diz vomitares objectos e seres alheios), deixa algum espaço para os pães com chouriço e cachorros quentes que te vão apetecer comer a meio da noite, sim?

Publicidade

SEMANA ACADÉM

l a i ec p s E eimas qu

Quentes e boas sao as novidades da Semana Académica de Lisboa 2011 !

Entre os dias 9 e 14 de Maio a temperatura vai atingir recordes históricos no Estádio do Restelo!

Por isso, refresca-te com o leque de música ao vivo que vai do tecno ao rap de Marcelo D2, passando pelo hip-hop, a electrónica de Fatboy Slim e os incontroláveis saltos provocados por uma dose de gipsy rock à Kusturica. Será que aguentas? É que ainda há as festividades académicas habituais, tais como a serenata, o rally tascas, a garraiada académica e muito mais! Texto: Bruna Pereira Maio é mês das flores, mas também dos estudantes e das semanas académicas.

«A semana da Queima das Fitas é, efectivamente, um marco para os estudantes.

Se, por um lado, para os caloiros marca o início da sua vida académica com direito a usar a capa do traje, por outro lado, para os finalistas significa o fim de uma fase e a triste despedida do tempo da vida académica», disse ao MU Luís Castro, presidente da Associação Académica de Lisboa (AAL), entidade organizadora da Queima das Fitas de Lisboa, sublinhando ainda que “a semana académica deste ano conseguiu 'fintar' a crise” e a prova disso é o excelente cartaz musical que traz artistas de renome a um preço quase simbólico.

Programa da festa Mas vamos por partes: a segunda-feira, dia 9 de Maio, canta-se em forma de Serenata a Lisboa, na já costumeira Praça do Município. Na terça-feira, dia 10 de Maio, a Noite do Fado convida ao sentimento e a Praça de Touros do Campo

6

Pequeno convida à Garraiada Académica – um evento recomendado também para os amantes dos animais, pois «não vai haver espaço para qualquer tipo de violência, porque não se trata de nenhuma espécie de tourada, como podem pensar alguns. Vão lá estar todas as faculdades, vai haver 'vaquinhas', sim, mas vai haver sobretudo muita diversão e espírito académico!» Na quarta-feira, dia 11 de Maio, a corrida faz-se pelo afamado Rally Tascas, onde cada faculdade exibe o seu cardápio de néctares predilectos... Onde o difícil será mesmo escolher.

Bebidas à parte, nos três dias seguintes, a peregrinação faz-se até ao Estádio do Restelo. Na quinta-feira, dia 12 de Maio, o cartaz inaugura-se com o rapper brasileiro Marcelo D2, que promete bafejar os presentes com ritmos quentes de samba misturados com uma adocicada black music. A noite é ainda do autor do badalado 'Stereo Love', o romeno Edward Maya, e da dupla australiana Yolanda Be Cool, que fará certamente o convite para

que se cante em uníssono o electrizante 'We No Speak Americano'. Na Sexta-feira 13, a noite adivinha-se, não de azar, mas antes de muita sorte, a começar pelo folk português do one man band Frankie Chavez. Os amantes do hip hop podem contar com os Expensive Soul, estando um fecho em chave d’ouro reservado por parte do ex-Housemartins Fatboy Slim. No sábado, dia 14 de Maio, e último dia de concertos, os Blasted Mechanism despem-se de máscaras e actuam em formato Blast.U, apresentando remixes de 'Mind at Large'. Emir Kusturica e a No Smoking Orchestra serão os responsáveis por levantar poeira com os acordes de traço cigano.

Para finalizar a semana académica de concertos, a despedida faz-se ao som dos Booka Shade, com um saudoso electrohouse.

E já que falamos em despedidas… No domingo, dia 14 de Maio, é altura de segurar as lágrimas mais contidas que prometem cair durante a Bênção das Fitas, celebração que terá lugar na Reitoria da Universidade de Lisboa.

Semana académica mais solidar ia Comprovada que está a teoria de que é nos tempos de maior crise que as pessoas se mostram mais solidárias, «está prevista a existência de pontos de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome à porta do recinto do Estádio do Restelo», revelou Luís Castro. A Associação Académica de Lisboa espera que a iniciativa enriqueça a semana académica lisboeta e que demonstre o que já se adivinha: que o público universitário gosta muito de festas, mas também sabe ser solidário.

K ustur ica: Luzes, C amar a e Musica!

O realizador de cinema e músico sérvio Emir Kusturica traz de novo a Lisboa a sua No Smoking Orchestra, desta vez, para ver saltar o público universitário.

Na bagagem vêm os esperados ritmos gipsy rock.

Temas como ‘Unza Unza Time!’, ‘Bubamara’ e ‘Pitbull Terrier’ prometem ser obrigatórios e acompanhados de outras melodias cinematográficas, quem sabe as dos filmes ‘Gato Preto, Gato Branco’, ‘A Vida é um Milagre’ ou ‘Underground’. Entre acordeões, trombones, saxofones e violinos, a palavra de ordem vai ser energia… Para conseguir fazer jus à explosão de sonoridades, segurares na capa e na cerveja vai ser uma missão impossível.

MICA DE LISBOA ENTREVISTA. BLASTED MECHANISM ACTUAM NA SEMANA ACADÉMICA DE LISBOA NO DIA 14

Concerto ex p losi vo

O satélite Blast.U foi lançado à estratosfera em finais de Março e celebrado com um disco de vinil, que conta com remisturas de temas do álbum ‘Mind at Large’ dos Blasted Mechanism. O MU falou com o Valdjiu e conta-te tudo acerca do live act de dia 14 de Maio. Prepara-te para levitar!

Lisboa 9 a 15 de Maio Estádio do Restelo, Praça do Município, Campo Pequeno Dia 9 Serenatas a Lisboa na Praça do Município Dia 10 Noite de Fado Garraiada Académica Dia 11 Rally das Tascas Espectáculo de dança Dia 12 Concerto de música clássica Edward Maya, Yolanda Be Cool, Marcelo D2 Dia 13 Peça de teatro Frankie Chavez, Expensive Soul, Fatboy Slim Dia 14 Bênção das Fitas, Emir Kusturica, Booka Shade, Blast.U Dia 15 Gala da SAL 2011

Quais vão ser as principais surpresas deste concerto?

Este é um live act dedicado a um conjunto de remisturas que fizemos do último álbum dos Blasted Mechanism, ‘Mind at Large’. Vamos ao encontro do tecno, do drum and bass, do new rave, do dub step. E fazemo-lo com muita energia: eu rocko, o Ary dá-lhe na electrónica e o Winga puxa pelas percussões. Não existe voz, a não ser a gravada nos temas. Fizemos isto acontecer enquanto preparávamos o novo álbum dos Blasted, que sairá em 2012.

Como nasceu esta ideia de actuar sem os adereços tribais, uma das imagens de marca da banda?

O Blast U é um satélite dos Blasted Mechanism, no sentido de podermos fazer coisas diferentes e com outros artistas sem comprometermos a identidade dos Blasted.

DJ Ride, DJ Nsekt, Paranormal Attack e Saturnia são artistas que se juntaram ao Satélite e outros virão. Podemos assim também percorrer outras festas, pistas de

danças, etc., onde com os Blasted é impossível ir, pela grande dimensão do projecto.

Como caracterizam o público académico? É um público energético, somos todos filhos do mesmo Sol.... Cada um poeta que é.

Há alguma mensagem que queiram dedicar aos universitários?

Bora fazer a festa!

J a tens o teu bilhete?

Venda antecipada Bilhete Diário: 12€ Passe de 3 dias: 22€ Venda exclusiva nas Associações de Estudantes aderentes: Bilhete Diário: 10€ Passe de 3 Dias: 20€ Venda no local: Bilhete Diário: 14€ Passe de 3 Dias: 24€

7

PUBLICIDADE