Mundo Universitário - Edição 182

SEMANAS ACADÉMICAS Mapa das festas que se aproximam. P. 04

boas ideias

bar da faup reconhecido internacionalmente. P. 06

GREEN CAMPUS

Instituto Superior Técnico e MIT Portugal organizam concurso de eficiência energética. P. 07

VALE da tra ox n e 1 icb s U no M ontest. 2 DJ Ccomo na pág

Directora: Laura Alves | Segunda-feira, 4 de Abril de 2011 | N.º 182 | Quinzenal | Distribuição gratuita | www.mundouniversitario.pt

Sabe

Eles armaram barraca na universidade O dia? 24 de Março. O local? Em frente à Reitoria da Cidade Universitária, em Lisboa. Como? Montando um autêntico acampamento onde passaram a noite. Porquê? Para protestar contra os cortes da Acção Social e o novo regime de atribuição de bolsas. O MU foi falar com alguns dos campistas. P. 08 e 09 Publicidade

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Musicbox DJ Contest Vale 1 entrada + bebida*

Não pe rc a próx as ima edição 11 de Ab ril

EDIÇÃO 182 de 4 a 10 de Abril 2011

Cupão válido para a 1.ª eliminatória (6 Abril) + 1 bebida (2€) Condições: 1 senha por pessoa, não acumulável.

A entrada com o cupão deverá ser feita entre as 00h e as 02h. *entrada limitada à lotação do espaço

Laura Alves • Directora lalves@mundouniversitario.pt

Das semanas académicas (ou de como o Quim Barreiros ainda continua a pôr o carro na garagem da vizinha...)

Haja música!

Foram perto de 60 os aspirantes a DJ que se inscreveram no MusicBox DJ Contest, o concurso de DJ que o Mundo Universitário, o MusicBox e a Match Your Sound estão a organizar.

A grande final é a 12 de Maio. Mas contamos ver-te nas eliminatórias, durante este mês, para ver, in loco, o talento deste pessoal quando o assunto é passar música. E sabias que até te oferecemos a entrada e uma bebida? Ora espreita aqui em cima o maravilhoso cupão que temos para ti!

MUsicbox DJ Contest – Cais do Sodré Eliminatórias: 6, 13, 20 e 27 de Abril Final: 4 de Maio

O problema dos dias quentes – e das noites, claro está – é que começa a apetecer estar constantemente fora de casa, e tudo o que soe remotamente a trabalho parece que fica bem é arrumadinho numa prateleira, longe do alcance e, se possível, da vista. O problema dos dias quentes, portanto, é que apelam à preguiça e à diversão com os amigos, seja na praia, na relva ou... numa semana académica perto de ti.

Lá diz a sabedoria popular que, quando não podemos vencê-las, o melhor é juntarmo-nos a elas, às semanas académicas. E continuando a folhear esta edição do Mundo Universitário (que nos próximos tempos tem periodicidade semanal, não te esqueças!), uma das primeiras páginas com que te vais deparar é o nosso fantástico mapa da Volta a Portugal em Semanas Académicas. Além das datas das semanas académicas mais emblemáticas, revelamos-te os cartazes que já foram entretanto confirmados. Claro que estas informações estão em permanente actualização no nosso site – www.mundouniversitario.pt e na nossa página do Facebook, em www.facebook.com/jornalMU –, mas assim ficas já com uma ideia do que te espera se resolveres percorrer o País a coleccionar emblemas das várias cidades para coser no teu traje académico.

Uma coisa é certa: onde quer que te decidas a ir, seja a tua cidade ou a semana académica da universidade onde estuda o teu melhor amigo ou namorado/a, é muito provável que esbarres com o Quim Barreiros. Ou com os Xutos & Pontapés, outros clássicos intemporais. E pergunto-me se haverá festa académica onde não esteja presente uma destas figuras?

Na verdade, estou em crer que alguém deveria criar uma petição para transformar o Quim Barreiros no santo padroeiro dos estudantes, dada a longevidade desta relação entre cantor brejeiro e universitários. Aliás, gostaria inclusive de lançar aqui um desafio a todos os que nos lêem, tanto na edição em papel como online, e também a quem nos segue via Facebook. Se tens uma fotografia com o Quim Barreiros, envia-nos! Se não tens, pede a um amigo para colar um bigode na cara e arranja uma concertina para tirar uma foto. Também vale. Prometemos publicar com uma rima adequada e devidamente apimentada.

Entretanto, aqui fica igualmente um apelo às associações de estudantes e académicas das cidades que ainda não estão contempladas no nosso mapa: enviem-nos informação sobre os cartazes das vossas festas. Na próxima edição voltamos à carga com este tema. Porque festas nunca são demais!

WWW.FACEBOOK.COM/JORNALMU

vê as novidades que temos para ti na página de fãs do mu no FACEBOOK ficHa TécNicA: Título registado no I.C.S. sob o n.º 124469 | Propriedade: Moving Media Publicações Lda | Empresa n.º 223575 | Matrícula n.º 10138 da C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 | Conselho de Gerência: António Stilwell Zilhão, Francisco Pinto Barbosa, Gonçalo Sousa Uva | Directora: Laura Alves | Redacção: Andreia Arenga | Estagiário: André Mateus | Online: Graziela Costa | Colaboradores: Daniela Espírito Santo, Emanuel Amorim, João Tomé, José Frazão Reis, Luís Magalhães, Mónica Moitas, Renata Lobo | Paginação: Filipa Andrade | Revisão: Catarina Poderoso | Marketing: Vanda Filipe | Publicidade: Margarida Rêgo (Directora Comercial), Elsa Tomé (Account Sénior), Mariana Jesus (Account Júnior) | Distribuição: José Magalhães | Sede Redacção: Estrada da Outurela n.º 118 Parque Holanda Edifício Holanda, 2790-114 Carnaxide | Tel: 21 420 13 50 | Periodicidade: Quinzenal | Distribuição: Gratuita | Impressão: Grafedisport; Morada: Casal Sta. Leopoldina – Queluz de Baixo 2745 Barcarena; ISSN 1646-1649.

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CONTAGEM DECRESCENTE. De Braga a Faro, de Coimbra a Lisboa, eis o programa das festas

A Volta a Portugal em Semanas Académicas

Não é preciso ires à Internet. Não é preciso esperares que alguém te entregue um folheto com as datas. Não tens, sequer, que esperar pelas actualizações no Facebook. Aqui está um belo e útil mapa com o calendário das Queimas e Semanas Académicas já confirmadas ao longo do País. ‘Bora lá!

agenda

Lisboa Dia 9/5 Serenatas a Lisboa na Praça do Município Dia 10/5 Noite de Fado, Garraiada Académica Dia 11/5 Rally Tascas, Espectáculo de dança Viseu Dia 4/4 Banda Red, Quim Roscas & Zeca Estacionâncio, Dia 12/5 Concerto de música clássica, Edward Maya Dia 13/5 Peça de Teatro DJ Kazé e Nuno Machado dia 5/4 Cortejo Académico, Quim Barreiros, DJ Peter Sky Dia 14/5 Bênção das Fitas, Emir Kusturica, Booka Shade Dia 6/4 Encontro de Tunas, Rock Lady, Sandra Pereira, Dia 15/5 Gala da SAL 2011 DJ Del Cruz Faro Dia 7 Prana, Expensive Soul, DJ Victor Pirez Porto Dia 5/5 Serenata – Largo da Sé Dia 8 Banda Play, Deolinda, Deluxe Dub Foundation, 1 a 8 de Maio Dia 6/5 Noite Azul Joel Campos Fitódromo do Porto Dia 7/5 Dealema, Octa Push, Valete, DJ Daniel D., www.fap.pt DJ Diego Miranda Vila Real Dia 8/5 Tunas Dia 7/4 Garraiada Académica, Monumental Serenata dia 9/5 Joana Reis, Banda da Rua, Quim Barreiros, Dia 8/4 Xutos & Pontapés DJ Tiago Rafael, DJ Mike Fuentez Dia 9/4 Deolinda, DJ Alvim Dia 10/5 Sons of Misfortune, Murdering Tripping Blues, Dia 10/4 Baile académico, Nervir Tara Perdida, DJ Mr. Kool Dia 11/4 Rally das tascas, Mundo Secreto Aveiro Dia 11/5 Fora da Bóia, Banda por anunciar!, Deolinda Dia 12/4 Overule, Freskitos Semana do Enterro Dia 12/5 Raspect, Bandarra, Natiruts, DJ Sonic Blast, Dia 13/4 Cortejo Académico, Quim Barreiros 6 a 12 de Maio Crookers Dia 6/4 Noite Azul www.aauav.pt Dia 13/5 Six Iirish Men, Gilberts Feed Band, Emir Kusturica, DJ Mikas, Yolanda Be Cool Coimbra Dia 14/5 Godai, Frankie Chavez, Aurea, Christian F Dia 6/5 Deolinda, The Editors Dia 8/5 Plapla Pinky Évora Dia 10/5 Diabo na Cruz, David Fonseca Dia 30/5 Quim Barreiros Dia 11/5 DJ Yolanda Be Cool , Milk and Sugar Dia 4/6 Xutos & Pontapés Dia 13/5 James pUBLICIDADE

Coimbra 6 a 13 de Maio Parque da Canção www.aac.uc.pt

Braga (Enterro da Gata) 7 a 14 de Maio Estádio Municipal de Braga www.aaum.pt

Vila Real 7 a 13 de Abril Recinto da Queima www.aautad.pt

Viseu 3 a 8 de Abril Pavilhão Multiusos www.fav.pt

Évora 28 de Maio a 5 Junho Colégio do Espírito Santo http://queima.aaue.pt/ queima11/

Lisboa 9 a 14 de Maio FIL, Parque das Nações www.aal.pt

Faro 9 a 13 de Maio Vale das Almas www.aaualg.pt

campus

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» Núcleo de voluntariado do Porto faz sucesso A CASO – Católica Solidária, núcleo de voluntariado da Universidade Católica no Porto, foi criada em 2002, mas conta já com cerca de duas centenas de voluntários. O grupo é dinamizado por alunos, docentes, funcionários e antigos estudantes da instituição que têm o objectivo de desempenhar um papel mais activo na sociedade. Os voluntários colaboram em diversas campanhas como, por exemplo, recolha de alimentos para o Banco Alimentar Contra a Fome, mas também no apoio a idosos e crianças.

» UMinho é parceira em projecto europeu sobre a água A Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho (UMinho) é a parceira portuguesa do projecto europeu As ‘Formas’ de Água - Significados, Usos e Arquitecturas do Bem Comum Mais Precioso. Financiado pelo Programa Cultura da Comissão Europeia, o projecto pretende valorizar o papel fundamental dos recursos hídricos nos países euro-mediterrânicos e a água enquanto bem cultural. Mais em www.watershapes.eu.

PRÉMIO. estudos sobre o impacto dos medicamentos no ambiente e comportamento dos consumidores são distinguidos pela valormed

Investigadoras da Nova e de Coimbra premiadas Maria da Graça Martinho, da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Nova, e Angelina Pena da Faculdade de Farmácia de Coimbra, são as duas investigadoras premiadas pela Valormed, empresa de gestão de resíduos de embalagens e medicamentos. Duas abordagens diferentes ao mesmo problema e com o mesmo objectivo: minimizar a presença de resíduos antibióticos no meio ambiente e contribuir para a prevenção da saúde pública.

Andreia Arenga aarenga@mundouniversitario.pt

Maria da Graça Martinho, docente e investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova, desafiou os seus alunos da cadeira de Resíduos a irem para a rua e a descobrirem o que fazem os portugueses aos medicamentos que já não usam.

«O estudo foi coordenado por mim e no terreno foi levado a cabo pelos estudantes.

O objectivo era pô-los a trabalhar de uma forma conjunta. O trabalho tem várias componentes: uma de inquérito (às famílias, aos farmacêuticos) e uma vertente de caracterização dos resíduos urbanos que as pessoas produzem», explica.

Mudar mentalidades Mas será que os comportamentos das pessoas estão a mudar? «Uma das conclusões que podemos tirar deste estudo é que 90 por cento dos inquiridos estão bem informados, mas precisam de vencer a barreira da conveniência pessoal, ou seja, deslocarem-se. Algumas pessoas ainda têm a tendência para achar que isso dá muito trabalho. Uma palavra do farmacêutico junto das pessoas vale mais do que muitas campanhas na TV porque são as fontes mais próximas que levam à mudança das mentalidades», diz, em entrevista ao MU, Maria da Graça Martinho investigadora e coordenadora do estudo que lhe valeu o Prémio Valormed 2010.

UTAD recolhe toneladas de alimentos

Angelina Simões Pena e Maria da Graça Martinho venceram o Prémio Valormed 2010

Os resultados foram entregues à Valormed que vai poder ter um maior conhecimento do perfil dos consumidores de medicamentos e reavaliar as suas campanhas de prevenção de saúde pública. «É importante também para fazer um balanço no futuro, ver a evolução e medir o impacto destas campanhas de sensibilização no comportamento dos cidadãos», explica.

Mais importante que as aulas Para Maria da Graça Martinho, este prémio é sobretudo o reconhecimento do trabalho enquanto docente e a confirmação de que é possível fazer algo útil para a sociedade e mostrar isso aos alunos.

«Conseguir fazer acreditar os

alunos e a malta nova que é possível fazerem-se coisas úteis e reconhecidas socialmente, e levá-los a investir em trabalhos que possam ser úteis à sociedade. Eles aprenderam e cresceram muito porque é no terreno, e em contacto com as pessoas, que eles se apercebem do mundo real. Não é pelas aulas nem pelos livros (risos).»

Aposta na investigação Por sua vez, o estudo levado a cabo pela equipa de Angelina Pena, docente e investigadora da Faculdade de Farmácia de Coimbra, consiste na análise do impacto dos medicamentos nas águas do Rio Mondego e em águas residuais municipais e hospitalares. O estudo mostra que, apesar da existência de substâncias

O Que é o Prémio Valormed?

Promovido pela Valormed, empresa de gestão de resíduos de embalagens e medicamentos fora de uso, e a Universidade Nova de Lisboa, e com uma periodicidade bienal, este é um projecto que se destina a incentivar a investigação sobre o impacto ambiental das embalagens e resíduos dos medicamentos. O objectivo é promover o desenvolvimento e modernização da Valormed, mas também contribuir para o financiamento da investigação nestas áreas.

medicamentosas, 90 por cento desses resíduos foram eliminados. «É necessário continuar a trabalhar na melhoria dos processos de tratamento de forma a impedir a entrada e persistência de antibióticos no meio aquático», explica a premiada.

Para Angelina Pena, este prémio é importante na medida em que permite um maior investimento na investigação. «Além de ser o reconhecimento do nosso trabalho, vem também apoiar o trabalho de jovens doutorandos que estão a trabalhar comigo e superar algumas dificuldades ao nível do financiamento.»

Numa campanha destinada a dar uma Páscoa mais feliz às famílias mais carenciadas de Vila Real, a Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD) realizou uma recolha de bens alimentares nos hipermercados Continente, Jumbo e Pingo Doce, tendo recolhido uma tonelada e meia de alimentos.

Em comunicado, Patrick Freitas, presidente da AAUTAD, declarou estar muito contente pela solidariedade da população que contribuiu para esta campanha. Agora, os alimentos recolhidos vão ser distribuídos de igual forma pelas instituições de solidariedade social da cidade, nomeadamente a APPC, Associação Via Nova e Paróquia da Sé, estando já outra recolha agendada para o Natal.

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Iluminados

www.mundouniversitario.pt

» Docente do IADE recebe prémio José Figueiredo

Nuno Saldanha, docente do IADE – Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing, acaba de vencer, com a obra ‘José Malhoa – Tradição e Modernidade’, o Prémio José de Figueiredo 2011, distinção atribuída pela Academia Nacional de Belas Artes e destinada a premiar os melhores livros sobre arte e património publicados em Portugal. A obra estuda a vida e o trabalho de José Malhoa, personagem incontornável no panorama da História da Arte portuguesa oitocentista.

» Pritzker de Arquitectura para Souto Moura

O arquitecto Eduardo Souto Moura foi premiado com o Pritzker 2011, o maior galardão mundial na área da arquitectura, considerado o ‘Nobel’ desta área. A Fundação Hyatt, promotora do prémio, distinguiu o trabalho do arquitecto pelo seu «rigor e precisão». Souto Moura é o segundo português a vencer este prémio, sendo que Álvaro Siza Vieira venceu a edição de 1992. Tal como Siza Vieira, o arquitecto agora distinguido formou-se e dá actualmente aulas na Universidade do Porto.

BOAS IDEIAS. Dois jovens arquitectos explicam como fizeram de um bar temporário um sucesso permanente

Um bar, uma ideia iluminada... e encaixotada!

Diogo Aguiar e Teresa Otto têm 27 anos e são arquitectos. Formaram-se na Faculdade de Arquitectura do Porto, a quem devem, além da esperada qualificação, uma fatia do reconhecimento internacional que têm conseguido. Ao MU explicam como tranformaram um concurso da faculdade para criar um bar na Queima das Fitas numa história de sucesso. © Sandra Neto

cimento do nosso empenho e dedicação a todos os projectos em que nos envolvemos. Com este bar fomos posteriormente premiados com uma menção honrosa no prémio ‘Outros Mercadus’10’ e fomos finalistas do prémio ‘DETAIL 2011 – Aesthetics and Construction’.»

O reconhecimento internacional também já não lhes é estranho. «Temos sido convidados para publicar o nosso trabalho em revistas e livros um pouco por todo o mundo e até já demos algumas conferências.»

Ramos Catarino lança prémio inovador A empresa Ramos Catarino, com o apoio da Universidade de Coimbra e da revista ‘Arquitectura e Construção’, apresenta a edição 2011-2012 do Prémio ‘Ramos Catarino Inovação’, com o tema ‘Independência Energética em Edifícios’. Este desafio destina-se a investigadores ligados à ciência e tecnologia, e visa distinguir propostas de desenvolvimento de edifícios com balanço neutro de energia e emissões de carbono. Pretendese, desta forma, promover a eficiência na utilização de energia e a sustentabilidade.

O vencedor será distinguido com um diploma e ainda um prémio monetário de 10 mil euros.

As candidaturas podem ser efectuadas até 31 de Outubro em www.premioramoscatarinoinovacao.com.

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«Vencer este prémio foi uma experiência muito motivadora para nós, que ainda estamos em início de carreira», admitem os jovens arquitectos

Daniela Espírito Santo info@mundouniversitario.pt

A ideia que os projectou para o estrelato foi o bar temporário da Associação de Estudantes da FAUP, para a Queima das Fitas de 2008. A construção, inteiramente feita com caixas de plástico foi, recentemente, distinguida pelo site de arquitectura Arch Daily, que a reconheceu como um dos ‘Edifícios do ano 2010’.

E o que tem este bar temporário de tão especial? Pois bem... foi construído com... caixas de arrumação! A ideia para construir o bar partiu, dizem os dois arquitectos, na altura ainda estudantes, «dos conceitos de pré-fabricação e autoconstrução». Pegando na ideia do ‘faça-você-mesmo’ e inspirando-se no conceito do ‘cubo mágico’, era altura de

arranjar o material perfeito.

Até porque ambos sabiam que «a escolha do elemento a utilizar seria determinante para o triunfo do projecto».

Uma ideia bem arrumada Depois de procurarem nas ‘lojas chinesas’ e dos ‘trezentos’, foi na IKEA que encontraram a caixa ideal. Porquê a escolha?

Por causa do «custo reduzido» e dos diferentes tamanhos de caixa disponíveis, no que toca a profundidade. «Isso permitiu que desenhássemos uma fachada modular, mas variável, resultante num jogo sedutor de luz e sombra», dizem. As propriedades translúcidas do material das caixas escolhidas permitiram que o duo fixasse «uma enorme rede de LED pelo interior, capaz de alterar radicalmente o aspecto do bar: de dia, um volume abstracto,

branco e fechado; de noite, uma caixa de luz que oscila as suas cores ao som do DJ.» Quando chegou a hora de comprar o material... esgotaram o stock de caixas da IKEA. «Comprámos um total de 420 caixas de arrumação. Deixámos a senhora da caixa completamente estupefacta», admitem.

Mas se ganhar o concurso pode até ter sido relativamente fácil, transformar as ideias em realidade já foi um trabalho mais complicado... «A concretização do projecto aconteceu exactamente um mês depois de termos vencido o concurso», explicam. Por isso mesmo, desde o início sabiam que iam ter de lidar com prazos muito apertados. «Foram semanas de trabalho muito intenso pois estivemos activamente envolvidos em todas as fases do projecto», asseguram.

Reconhecimento internacional Terminado o processo, foi altura de receber os louros pelo trabalho bem executado. Esta última distinção a nível internacional foi, para a equipa, «uma grande surpresa, logo desde a fase inicial de nomeação», em que estavam «lado a lado com grandes nomes da arquitectura mundial». Com a vitória, a equipa viu provar-se que, «por vezes, os temas da arquitectura também se discutem em pequenos objectos, de carácter mais experimental». «Vencer este prémio foi uma experiência muito motivadora para nós, que ainda somos jovens arquitectos em início de carreira», admitem.

Esta não foi, no entanto, a única distinção que receberam. «Temos recebido alguns prémios, fruto do reconhe-

Esforço recompensado Mas, acima de tudo, a principal gratificação resulta da inspiração dada aos futuros arquitectos. «Ficou provado que, com boas ideias e muito trabalho, se podem alcançar resultados inesperados», dizem, acrescentando que, por isso, «vale sempre a pena acreditar e trabalhar com motivação, mesmo quando somos apenas estudantes».

Depois da experiência, a dupla ainda trabalha em parceria. «Continuamos a trabalhar em conjunto, embora também tenhamos projectos em separado», explicam. O futuro pode passar, até, pela televisão. «Existe o projecto de um programa televisivo num canal cultural em que pretendemos apresentar e relacionar obras de arquitectura num tom fresco e descomplexado, acessível a todos.»

» Congresso Internacional de Marketing

» Taxa de desemprego ultrapassa os 25 por cento

A APPM (Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing) está a organizar o Congresso Internacional de Marketing na próxima quarta-feira, dia 6 de Abril, no Hotel Altis em Lisboa. De 4 a 8 de Abril de 2011, os profissionais portugueses de marketing vão novamente conviver e debater alguns dos temas desta disciplina, durante os diversos eventos da Semana Nacional de Marketing. A edição deste ano decorre sob o tema ‘Os Novos Heróis do Marketing’.

A taxa de desemprego dos jovens entre os 15 e os 24 anos na região Norte ultrapassou pela primeira vez os 25 por cento no último trimestre de 2010.

De acordo com um relatório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, a taxa de desemprego dos jovens tem registado uma subida acentuada desde 2002, ano em que se fixava em sete por cento.

A taxa de desemprego dos jovens a nível nacional situou-se no último trimestre de 2010 nos 23 por cento, ligeiramente abaixo do trimestre anterior.

EMPREENDEDORISMO. Instituto Superior Técnico e MIT Portugal promovem concurso de eficiência energética

E a tua universidade, pode ser mais verde?

Pensar em soluções inovadoras para aumentar a eficiência energética dos edifícios e reduzir as emissões de CO2 é o objectivo do ‘Green Campus – Eficiência Energética no Ensino Superior’. Trata-se de uma competição dirigida a estudantes universitários não só das engenharias, mas também da economia, de ciências sociais e outras áreas. A iniciativa é promovida pelo Instituto Superior Técnico (IST) e pelo MIT Portugal e é inspirada na Liga das Embaixadas Verdes dos campus universitários dos EUA. As inscrições decorrem entre Maio e Outubro.

Andreia Arenga aarenga@mundouniversitario.pt

«Quase 80 por cento da energia eléctrica é gasta durante o dia. É preciso inventar o futuro e procurar alternativas para o problema energético que vivemos hoje», diz Bruce Oreck, embaixador dos Estados Unidos da América na Finlândia e da Liga de Embaixadas Verdes dos EUA, durante a conferência que marcou a apresentação oficial do ‘Green Campus – Eficiência Energética no Ensino Superior’.

Existem cerca de 70 por cento de embaixadas verdes e é precisamente isso que o IST e o MIT Portugal pretendem com esta competição: criar novas soluções que permitam reduzir as emissões de CO2 e aumentar a eficiência energética de outras formas.

«Um dos grandes objectivos europeus é realmente aumentar a eficiência energética dos edifícios e para isso é preciso desenvolver novas soluções.

E as universidades fornecem

o contexto ideal para experimentar coisas inovadoras. A ideia é promover um concurso em que os estudantes, os professores e os investigadores possam pensar coisas diferentes para eficiência energética, para serem aplicadas a edifícios reais», explica Carlos Silva, professor do IST e mentor do projecto. procuram-se Equipas multidisciplinares O projecto decorre ao longo de dois anos, mas as inscrições vão estar abertas já a partir de Maio e decorrem até Outubro deste ano. As equipas podem ter no máximo até cinco elementos entre estudantes, professores e funcionários, de diversas áreas: futuros engenheiros, designers, sociólogos ou economistas.

«O objectivo principal é pegar no edifício de cada uma das universidades e desenvolver um plano de eficiência energética. Além das soluções técnicas, o que nós gostávamos mesmo era de pensar em soluções a nível comportamen-

tal e de utilização. Para isso queríamos que as equipas fossem o mais multidisciplinares possível e que envolvessem pessoas de diversas áreas», sublinha Carlos Silva.

Um edifício sustentável por universidade Depois da selecção das equipas e durante os meses de Novembro e Dezembro, decorre uma série de seminá-

rios em diversas áreas que vão ajudar os alunos a criar os seus planos de eficiência energética. Esses seminários vão ser também transmitidos via Web. As 10 melhores equipas vão ter a oportunidade de fazer uma apresentação detalhada do projecto e pelo menos cinco dessas serão premiadas.

«Esse prémio não será para ajudar na implementação do projecto, uma vez que é um valor pecuniário simbólico (varia entre os 1.500 e os 6 mil euros) e os custos de implementação das soluções técnicas são muito elevados.

Mas a Self Energy e outras empresas vão puder usar esses estudos dos alunos para medir o que é possível fazer no futuro na prática. Além disso, no fim desta iniciativa vamos ter pelo menos um edifício em cada universidade que será mais sustentável.»

Cannes Lions abre inscrições O Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, que decorre na Riviera Francesa de 18 a 25 de Junho, vai dar a oportunidade a um estudante universitário português de frequentar gratuitamente a Academia Roger Hatchuel, um projecto pedagógico de intercâmbio internacional. Todos os estudantes das áreas do Marketing, Publicidade e Design de Comunicação até aos 23 anos interessados em participar devem responder ao briefing online, disponível de 11 a 15 de Abril, apresentando as suas propostas.

O vencedor será conhecido a 11 de Maio, e representará Portugal na Academia Roger Hatchuel onde terá formação intensiva em diversas áreas da publicidade e marketing durante uma semana. O regulamento em www.mop.pt/cannes/ cannes2011.

Os interessados em participar podem visitar o site www.greencampusportugal.info para consultar o regulamento.

pUBLICIDADE

DIA DO ESTUDANTE. Os cortes na acção social e o novo regime de atribuição de bolsas foram a principal razão de protesto © Paulo Novais/Lusa

Armar a barraca em

Precisamente no mesmo dia e à mesma hora em que ficámos sem Primeiro-Ministro, um grupo de estudantes preparava um acam Foi na noite de 23 de Março, véspera do Dia do Estudante, que um grupo de alunos, na sua maioria da Faculdade de Ciências, bolsas de estudo. No dia seguinte houve acções em diversas universidades do País, mas faltou capacidade de mobilização.

protesto em coimbra... e reacção do reitor Em Coimbra, o Dia do Estudante também foi assinalado com protestos a alertar para os cortes na Acção Social e as dificuldades económicas causadas pelo novo regime de atribuição de bolsas.

No dia seguinte, o reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, garantiu que fará tudo o que estiver ao seu alcance para evitar a redução dos apoios concedidos pelo sistema de acção social. O reitor avançou ainda que procurará mesmo alargar estes apoios.

«Entendo que a situação de dificuldade financeira em que se encontram as famílias portuguesas torna ainda mais crucial um sistema de acção social que garanta o efectivo acesso ao ensino superior de todos os que têm o mérito e a capacidade necessárias, independentemente da sua condição económica. Farei o que estiver ao meu alcance para evitar que os apoios concedidos por este sistema sejam reduzidos e, pelo contrário, procurarei que sejam alargados», afirmou. João Gabriel Silva apelou ainda à «compreensão dos estudantes para o facto de ainda não ter sido possível na UC proceder à apreciação de todas as candidaturas a bolsa para este ano lectivo, em resultado da tardia definição pelo Governo» das normas técnicas correspondentes.

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[4 ABR 2011]

Cerca de 20 pessoas (e quase o mesmo número de tendas) transformaram a Alameda da Cidade Universitária num pequeno parque de campismo temporário. A reivindicação já não é nova, mas desistir não é uma opção para este grupo de alunos. Este ano lectivo, um grande número de bolsas viu o seu valor reduzido e mais candidaturas a este apoio social foram rejeitadas.

Porque é que eles se juntaram em frente à Reitoria O Decreto-Lei 70/2010 veio trazer algumas modificações nas condições de acesso aos apoios sociais, nomeadamente na atribuição de bolsas.

Por exemplo, na capitação do rendimento do agregado familiar, a ponderação de cada elemento não equivale a um e são considerados apenas os rendimentos ilíquidos das famílias. Também o novo Regulamento de Atribuição de Bolsas veda o direito de acesso de estudantes estrangeiros a este benefício.

Falámos com Henrique Costa, um dos organizadores do protesto, estudante de Biolo-

gia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e membro do Núcleo de Política Educativa. «Escolhemos o Dia do Estudante para este protesto porque achámos que podíamos assinalar esse dia com alguma coisa diferente, apesar de o problema continuar a ser o mesmo», referiu, acrescentando que conhece duas pessoas que tiveram de deixar de estudar para irem trabalhar. «Congelaram a matrícula e pensam voltar a estudar para o ano que vem, depois de juntarem algum dinheiro.»

«Sai de casa e vem comigo para a rua» «Juntem-se à rodinha, vamos cantar um bocadinho...» Na Alameda juntaram-se então com viola, ferrinhos e darbuka, acompanhados de comes e bebes para aquecer o espírito numa noite que ameaçava um pouco de frio.

Ao som de músicas de intervenção que para eles são «a música do dia-a-dia», não faltou Deolinda e um símbolo improvisado de parque de campismo para assinalar a ocupação da relva.

O objectivo principal deste encontro era também preparar um protesto para o dia seguinte. Cartões, tesouras, cola e fita-cola juntaram-se assim às tendas. Estava programada uma vigília com a participação de alunos de todas as faculdades da Universidades de Lisboa em frente à Reitoria a partir das 17h do dia 24, o Dia do Estudante.

Contudo, já no dia 24, o plano não correu como inicialmente estava pensado. Ou seja, a Faculdade de Direito foi a única a fechar portas, pela mão de cerca de meia centena de estudantes e com direito a cadeado, contra os cortes na Acção Social.

«Haja Governo ou não, queremos alertar para o facto de não poder haver no século XXI alunos a abandonar os estudos por falta de bolsas», referiu Gonçalo Carrilho, presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito.

Enquanto isso, cá fora, os ‘campistas’ acabaram por desmobilizar, por falta de ‘quorum’. Apesar da reunião de plenário organizada na noite anterior, a vigília foi cancelada.

© Mónica Moitas

Henrique Costa Estudante da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e um dos organizadores do protesto

Segundo eles, o que faz falta…

Recebemos uma lista de exigências por parte dos promotores do protesto, numa tentativa de inverter a situação actual.

Aqui ficam elas: revisão de todos os processos de candidatura, abertura de uma nova fase de candidaturas ainda este ano lectivo, inclusão dos estudantes estrangeiros no Regulamento de Atribuição de Bolsas, a alteração da fórmula de cálculo de capitação dos rendimentos do agregado familiar, contabilização dos rendimentos líquidos e aumento da bolsa para agregados com mais de um elemento no ensino superior.

Histórias na primeira pessoa Fomos conhecer alguns dos motivos que levaram este grupo de alunos a armar o seu acampamento na Cidade Universitária. Enquanto muitos se juntaram ao protesto por solidariedade, outros tinham histórias para contar.

Mário Silva e Gonçalo Ferreira

© Mónica Moitas

Sara Pinto e Adriana Barreira

«Estou aqui essencialmente porque o meu irmão não tem direito a bolsa. Isso porque eu e a minha mãe já temos bolsa, a minha mãe está a estudar Direito na Universidade Autónoma. Entretanto tiraram a bolsa ao meu irmão, que ainda por cima está numa universidade pública. Não faz tanto sentido, porque eu estudo numa privada e a minha mãe também. As minhas propinas aumentam e a bolsa vai diminuindo; diminuíram-me 7€ mensais, o que torna tudo mais complicado.»

Sara Pinto, estudante de Marketing e Publicidade no ISLA – Instituto Superior de Línguas e Administração

«Sou de Santarém. No ano passad ainda não estava na faculdade. No tinha de pagar residência. Agora ainda tenho de pagar 71€ de res veio estudar para cá e não teve consideravam que, tendo só um al precisava de uma bolsa sem pag dois consideram que a minha irm de pagar residência.»

Mário Silva, estudante na Facul

Texto: Renata Lobo, com Andreia Arenga e Laura Alves

m frente à Reitoria

mpamento na Alameda da Cidade Universitária, em Lisboa. Mas a conversa era outra. , se juntou para iniciar o protesto contra a alteração das regras de atribuição de

© Paulo Novais/Lusa

© Manuel de Almeida/Lusa

No Dia do Estudante, 24 de Março, em Lisboa, alguns estudantes do ensino superior deslocaram-se à Direcção-Geral do ensino Superior com o objectivo de escreverem no Livro de Reclamações da instituição, como forma de protesto contra a alteração à atribuição de bolsas de estudo. © Luís Forra/Lusa

Em Coimbra, algumas dezenas de estudantes encerraram a cadeado a Porta Férrea, a principal entrada da Universidade de Coimbra (UC) e acamparam no recinto. Além deste protesto, organizado por estudantes envolvidos no Conselho de Repúblicas de Coimbra (casas comunitárias onde vivem alunos da UC), os manifestantes ainda fizeram boicote às aulas, uma acção planeada anteriormente na Assembleia Magna da Academia.

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Em Faro, a Associação Académica da Universidade do Algarve organizou o transporte de um ‘mural de protesto’ para a frente do Governo Civil da cidade.

© Mónica Moitas

© Mónica Moitas

a

do só estudava eu e a minha irmã o ano passado tinha a bolsa e não a a bolsa diminui, passou a 98€ e sidência. Este ano a minha irmã direito a bolsa. No ano passado luno a estudar no ensino superior, gar residência. Agora que somos mã não precisa de nada e eu tenho

ldade de Ciências

Rafael Mocho e Diogo Lourenço

«Moro com a minha família na Amadora e não temos grandes rendimentos. Consegui entrar na faculdade, fiz logo o pedido para a bolsa mal entrei e agora em Março é que eles me responderam. Eu desisti a meio do ano para ir trabalhar. Não há apoio nenhum e, ou não se recebe ou, quando se recebe, é já a meio do segundo semestre. O que é que eu iria comer desde o primeiro dia de aulas? Não dá, os passes estão cada vez mais caros, o preço da comida na cantina aumentou também ainda não percebi muito bem porquê…»

Rafael Mocho, estudante de Química na Faculdade de Ciências

[14 FEV 2011]

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LIVROS

DOCUMENTÁRIO. Jovens realizadores produzem curta-metragem sobre bairro do Casal da Boba

Do bairro para a tela de cinema

Método Prático de Guerrilha Autor: Marcelo Ferroni Editora: D. Quixote

Cinco jovens moradores do bairro do casal da boba, na amadora, pegaram numa câmara de filmar pela primeira vez e captaram as histórias de quem lá vive. ‘Ké Li Kê Lá’ é o nome do projecto que resulta de uma oficina de realização promovida pela produtora Vende-se Filmes em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian e com a Escola Superior de Teatro e Cinema. O resultado são cinco curtas que, no final, vão dar origem a uma longa-metragem.

Uma biografia ficcionada sobre Che Guevera, recontada pelo narrador que tem em seu poder material inédito sobre João Baptista, o único brasileiro que participou no projecto revolucionário de Che.

Andreia Arenga aarenga@mundouniversitario.pt

‘Ké Li Kê Lá’ é um projecto da Vende-se Filmes em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian e com a Escola Superior de Teatro e Cinema

É o bairro visto por dentro através do olhar de cinco jovens dos 20 aos 25 anos que pegam, pela primeira vez, numa câmara de filmar.

O objectivo primordial é dar a conhecer estas realidades e partilhar experiências entre os artistas, a comunidade e o público. «Foi uma ideia que surgiu na sequência de outro projecto que fizemos também em parceria com a Fundação Gulbenkian, um workshop de uma semana no bairro do Casal da Boba.

E foi tão interessante que achámos que podíamos alargar essa semana a dois anos e, a partir daí, construir algo mais sólido», explica Filipa Reis da produtora Vende-se Filmes e directora artística do ‘Ké Li Kê Lá’.

Histórias do bairro As histórias são contadas pelo olhar dos jovens realizadores e pelas palavras de uma geração de miúdos, mas também pelos adultos que vivem no bairro do Casal da Boba, na Amadora, os protagonistas. A sexualidade, a passagem para a vida adulta, as movimentações entre as zonas periféricas de Lisboa para o centro urbano da capital e a inclusão social são os temas abordados nestas curtas. Mário Monteiro, conhecido como ‘Boss’, tem 25 anos, é morador do bairro e é o realizador de

A Odisseia de Homer Autor: Gwen Cooper Editora: Pergaminho Para amantes de gatos, mas também para quem não gosta deles, chega-nos a história de Homer. Um gatinho que, devido a uma infecção grave à nascença perde os dois olhos e ninguém o quer adoptar. Gwen, a autora do livro, não lhe resiste e, apesar de já ter duas gatas, leva Homer para casa.

À procura de mais uma das curtas. ‘Força’ é o nome da obra que realizou e fala de uma comunidade de moradores do Bairro das Fontainhas que é realojada no Casal da Boba. Uma peça sobre a inclusão social e as suas consequências. « As pessoas acabam por se sentirem perdidas, é tudo novo para elas e acabam por achar que perdem a força da cultura, a força de viver. A partir do momento em que se adaptam ao espaço acabam por trazer para o bairro os hábitos antigos. As pessoas começam a vender petiscos

na rua, a fazer as hortas, e era isso que queria transmitir com o filme», conta.

A ajuda da escola Todos estes trabalhos foram orientados por realizadores profissionais e por formadores que, ao longo de dois anos, ensinaram algumas técnicas de realização, fotografia, interpretação e argumento a estes jovens criadores. O projecto contou ainda com a ajuda preciosa dos alunos da Escola Superior de Teatro e Cinema da Amadora que montaram

os filmes. Uma experiência que, também para eles, foi uma aprendizagem. «Foi a primeira vez que trabalhei com material que não foi pensado e criado e por mim e filmado na escola, então não conhecia o tema que tive de montar. A montagem foi toda feita apenas a partir de conversas com os realizadores. Foi uma prova daquilo que é o mundo real e nesse sentido foi muito bom», conta Inês Pote, estudante do 3.º ano de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema.

O projecto ‘Ké Li Kê Lá’ pode vir a chegar ao grande público através de alguns festivais de cinema/documentário e vir a ser transmitido pela RTP. Duas hipóteses que Filipa Reis está a considerar e a tentar negociar. Até lá, e na tentativa de conseguir mais financiamento para a criação de uma longa-metragem de ficção, a Vende-se Filmes vai lançar um site onde as pessoas podem ver as curtas e deixar os seus donativos.

Para já, podem saber mais sobre este projecto na página de Facebook da produtora.

Nova de Lisboa debate cinema

Contentores no CCB

A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa vai realizar um debate sobre o regresso do cinema à RTP2. A iniciativa, que acontece no dia 5 de Abril às 18h30 no Auditório 1 da FCSH, surge na sequência de uma petição a favor de uma programação de cinema mais sólida e frequente na estação de televisão pública. A petição foi lançada por dois bloguistas e cinéfilos Luis Mendonça e Miguel Domingues e circulou na Internet e nas redes sociais. O debate vai contar com a presença dos professores Francisco Rui Cádima e José Mário Grilo, também realizador de cinema, e ainda com Jorge Wemans (director da RTP2) e Paula Moura Pinheiro (sub-directora da RTP2).

A instalação Contentores volta a ocupar os espaços públi-cos, desta vez no Centro Cultural de Bélem. A instalação inaugura no dia 9 de Abril às 12h e conta com os trabalhos de artistas nacionais de arte contemporânea e arquitectura como Francisco Aires Mateus, Jorge Molder e Luísa Cunha. Os contentores podem ser visitados até Setembro.

A Rapariga das Nove Perucas Autor: Sophie Van Der Stap Editora: Bertrand Relato da experiência da autora quando lhe foi diagnosticado um cancro. Sophie, na altura uma estudante de 21 anos, encontra uma maneira de lutar contra o problema. Quando começa a perder o cabelo, usa uma peruca diferente em cada uma das fases do tratamento e, para cada uma delas, cria uma personalidade única. Um olhar refrescante e cheio de força.

O Meu Verão Com Gatsby Autor: Danielle Ganek Editora: Marcador História de duas irmãs que se juntam na casa de praia da família para fazer as partilhas de herança durante o Verão. Mas nem tudo corre bem, já que os conflitos do passado vão dificultar esta tarefa e trazer novas desavenças.

[4 ABR 2011]

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Tecnologias

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» 5.ª Dimensão LANÇAMENTO. Quando lerem estas linhas, a Nintendo 3DS já terá sido posta à venda nas lojas portuguesas há alguns dias

Atenção: usar com óculos!

Imagino a pressão que o pessoal de marketing da Nintendo tenha sentido nos últimos meses. A missão impossível: publicitar um produto cuja principal característica não é publicitável. Todos podemos ver os gráficos fantásticos de um jogo para a Playstation 3 nas páginas de um jornal ou no intervalo de um filme, mas 3D? Não dá para meter na televisão, não dá para meter na imprensa, e no cinema, mesmo nos poucos filmes 3D, perderia o significado... pois são precisos óculos.

Luís Magalhães luis.falcao.magalhaes@gmail.com

A 3DS é pioneira: ver um ecrã com efeito 3D sem óculos sabe quase a ficção científica.

Simplesmente não estamos preparados – pensamos que vamos ter que nos esforçar, que temos que semicerrar os olhos, mas não! Basta ter a consola à nossa frente (de esguelha o efeito desvanece) e as imagens materializam-se fora do ecrã.

Posso tocar?

E qualquer um a pode ver.

Pois agora é que é a prova de fogo da Nintendo 3DS, agora que a consola é lançada, sem dúvida arrancará a estratégia principal de

marketing: deixar o público ver e mexer nela nas superfícies comerciais. Não me admiraria nada de ver por FNACs, Wortens e Continentes desse país fora, grupos de pessoas maravilhadas a olhar para a pequena consola em exposição.

E os jogos?

Admita-se, a selecção de lançamento poderá vir a ser o calcanhar de Aquiles.

Os bastiões da Nintendo, (Mario, Zelda e Metroid) embora prometidos, alguns para breve, outros para mais tarde, estão ausentes, restando ‘PilotWings’ e ‘Nintendogs & Cats’ como apostas da casa-mãe na sua consola.

PilotWings é uma experiência

muito zen, a condução de veículos aéreos com vista a fazer acrobacias nos céus paradisíacos da ilha de Wii Sports Resort, e ‘Nintendogs & Cats’ é o conceito de animal de estimação virtual mais perfeito do que nunca, mas nenhum deles emociona o fã Nintendo como o canalizador mais famoso o mundo.

Mas com as reservas da consola em redor do mundo a atingir níveis recorde, é tentador pensar que a aposta já está ganha.

Mesmo que não tenha o sucesso global gigantesco da sua antecessora, a Nintendo 3DS parece já destinada a ser o próximo grande pilar da companhia japonesa. pUBLICIDADE

Detalhes importantes Preço: 249.99€ Software incluído: Editor de Miis (os avatares de jogador da Nintendo), leitor de música (MP3 ou AAC), manipulação de fotos (a consola tem a capacidade de tirar fotos 3D) e Face Raiders (minijogo que usa a câmara) Jogos disponíveis no lançamento: Nintendogs + Cats (três versões / raças); Pilotwings Resort; Super Street Fighter IV 3D; The Sims 3; PES 2011 3D – Pro Evolution Soccer; LEGO® Star Wars III The Clone Wars; RIDGE RACER 3D; Super Monkey Ball 3D; SAMURAI WARRIORS: Chronicles; Asphalt 3D; Tom Clancy’s Ghost Recon Shadow Wars; Tom Clancy’s Splinter Cell 3D; Rayman 3D.

Nexus S. Conhecido como o telefone da Google, interpreta como nenhum outro os valores da marca californiana João Tomé | info@mundouniversitario.pt

A inteligência da Google Qual é coisa qual é ela, que é parecida com um iPhone, mas não é produzida pela Apple, mas sim pela Samsung, e consegue fazer quase tudo o que o sistema da Apple mas com o toque personalizado da Google?

A resposta: o Nexus S. Rapidez a toda a escala Aquele que é o primeiro dispositivo Android com a mais recente plataforma – a GingerBread –, permite uma experiência bem mais próxima do mais recente iPhone do que os outros modelos no mercado, com melhorias óbvias no interface, no novo teclado muito prático, rápido e fácil de usar, na ferramenta de selecção de texto, no uso da Internet e na funcionalidade de copiar e colar. Para isso ajuda, e muito, ter o processador Hummingbird com 1 GHz – vem com 16 GB de memória interna.

Monitor maior que o iPhone Desenhado para caber confortavelmente na palma da mão (tem formas ergonómicas), o impressionante monitor Contour Display de 4 polegadas é maior que o concorrente da Apple tem óptima qualidade – permite ver melhor séries e filmes. O sistema de fotografia e vídeo (tem duas câmaras) poderia ser mais rápido no uso, mas não compromete. A vantagem maior face ao iPhone está na leitura de flash que permite, por exemplo, ver com facilidade e directamente da Internet séries de televisão variadas e muito actualizadas.

O que não gostamos Face a tantas melhorias num smartphone topo de gama é difícil criticar, mas aqui vai o nosso top de ‘dislikes’: a videochamada não é permitida usando uma aplicação da própria Google; alguns dos plásticos têm uma aparência ‘baratucha’; o botão para desligar e ligar na parte lateral não é prático e o player de música ainda deixa a desejar. Ainda assim, o ADN da Google traz coisas boas ao Nexus S, como a facilidade de pesquisa e o uso da Internet para evitar encher com facilidade o espaço do telemóvel.

ENTREVISTA. A banda de Castelo Branco edita um álbum mais pop e dançável QUE OS ANTERIORES

A pronúncia de Norton

Emanuel Amorim info@mundouniversitario.pt

Ao terceiro disco de originais, os Norton mudaram de vocalista e fizeram um disco mais pop, mais alegre e menos electrónico.

Preparados para fazer a festa, a banda apresenta ‘Layers of Love United’ no próximo dia 8 de Abril no Musicbox em Lisboa. © David Francisco

‘Layers of Love United’ é o vosso terceiro disco de originais. Quais crêem ser as principais diferenças em relação aos anteriores?

Manuel Simões: É um disco mais orgânico, tem as guitarras mais presentes do que em discos anteriores.

Apesar disso, a electrónica continua presente, já que é uma característica dos Norton. É um álbum mais directo, mais alegre e mais dirigido para os palcos e para as pessoas.

Houve entretanto uma mudança de formação.

Isso contribuiu para a mudança da vossa sonoridade?

Rodolfo Matos: Essa é outra das grandes diferenças deste disco: a voz é diferente, o vocalista saiu e o Pedro, guitarrista, assumiu as

vozes principais da banda.

Mas não foi por causa disso que aconteceu a mudança de sonoridade. Essa mudança foi assumida e pensada por nós. Era algo que já queríamos fazer antes, mas por várias razões não tínhamos conseguido.

Este disco é mais fácil de tocar ao vivo?

RM: É mais imediato, mais facilmente mete as pessoas a dançar e a cantar… É, acima de tudo, um disco mais pop, mais coeso, e isso nota-se nos concertos. Os outros discos eram bastante mais introspectivos e automaticamente os espectáculos, apesar de serem diferentes dos discos, eram também mais calmos.

Os Norton são uma banda de Castelo Branco. De que

forma isso influenciou o vosso percurso?

RM: Ao princípio se calhar prejudicou, porque a imprensa, as salas de espectáculo e a maioria do público está em Lisboa ou no Porto.

Neste momento, com a Internet e com todo o avanço tecnológico, não há grandes barreiras.

MS: Mas não deixa de ser curioso sermos uma banda de fora dos grandes centros urbanos de Lisboa e do Porto. Isso também aguça a curiosidade e o interesse em conhecer os Norton.

Castelo Branco sempre foi uma zona com algumas bandas…

RM: Sim, a cidade sempre teve um circuito alternativo de bandas bastante grandes. Funciona um bocado por ondas. Neste momento

está fraquíssimo, há poucas bandas. Apesar disso, mesmo quando há muitas bandas, muito poucas são aquelas que conseguem sair de lá. Vêm fazer um ou dois concertos a Lisboa e depois acabam. É um pouco aquela onda dos miúdos que fazem bandas do secundário e, quando chega a altura de ir para a faculdade, separam-se todos e acabou.

Dia 8 de Abril tocam no Musicbox. O que podemos esperar?

RM: Vai ser a apresentação oficial do disco para a imprensa e para o público.

Acima de tudo vai ser um concerto centrado no novo disco. Esperamos que as pessoas vão desinibidas, prontas para dançar, cantar e fazer a festa connosco. É isso que queremos. pUBLICIDADE

Cinema

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Estreias. Propostas lusas e brasileiras para os próximos dias

Quando estreia um filme português...

João Tomé info@mundouniversitario.pt

... estreiam logo dois ou três. Esta semana chegam três filmes falados na língua de Camões. O de João Nicolau é passado numa caravela do século XV, o de Vicente Alves do Ó passeia pelos mistérios de Lisboa e o do brasileiro José Padilha decorre no submundo das favelas do Rio.

Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro

A Espada e a Rosa

Quinze Pontos na Alma

Quatro anos depois da estreia do primeiro filme que espantou o Brasil e ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim, José Padilha traz-nos a continuação da história do Capitão Nascimento. E se o primeiro Tropa de Elite foi bem-sucedido no Brasil, a sequela tornou-se no filme mais visto da história.

Os acontecimentos ocorrem agora 13 anos depois. Nascimento, a personagem que celebrizou Wagner Moura, progrediu na carreira: passa a ser comandante geral do BOPE, e posteriormente sub-secretário dos Serviços Secretos. Nas novas funções, o Capitão faz o BOPE crescer e coloca o tráfico de drogas de joelhos, mas não percebe que, ao fazê-lo, está a ajudar os seus inimigos, colegas e políticos corruptos. Agora, os inimigos de Nascimento são mais discretos e muito mais perigosos.

A primeira longa-metragem de João Nicolau foi considerada «invulgar» na sua modesta passagem pelo Festival de Veneza. Nesta história de sonhos acompanhamos Manuel, um rapaz que se despede das rotinas da sua vida lisboeta e embarca numa caravela portuguesa do século XV governada pelas leis da pirataria. Uma traição a bordo desencadeia uma série de acontecimentos terríveis que o protagonista atravessa sem beliscar os seus princípios morais. Esta homenagem a vários filmes e géneros clássicos do cinema é uma história sobre fim da adolescência. O filme conta com Joana Cunha Ferreira, Luís Lima Barreto, entre outros.

Com um elenco de conhecidos actores portugueses, como Rita Loureiro, Maya Booth, João Reis, Dalila Carmo, Ivo Canelas ou Ana Moreira, o filme de Vicente Alves do Ó fala de mistérios entre imaginação e realidade. Passado em Lisboa, acompanhamos Simone (Rita Loureiro), num dia em que sai do trabalho atrasada para uma festa e que vive um acontecimento estranho no Viaduto Duarte Pacheco que vai mudar a sua vida. Um homem está pronto a saltar, Simone sai do carro para salvá-lo e, no meio de um beijo, ele desaparece. Ela vai tentar descobrir quem é aquele homem, vivendo uma aventura para lá da sua imaginação que se torna em obsessão.

Também estreiam

Engana-me Que Eu Gosto Adam Sandler volta à sua ‘pradaria’ preferida, a comédia, para interpretar Danny, um cirurgião plástico mulherengo que se apaixona por uma voluptuosa rapariga mais nova do que ele. No entanto, diz-lhe que é casado mas que se está a divorciar, e ela insiste em conhecer a futura ex-mulher de Danny. Para se safar da mentira, ele vai ter de pedir à assistente, Katherine (Jennifer Aniston), que faça de conta que é a sua mulher. Só que de mentira em mentira, acabam todos por partir para o Hawaii, para um fim-de-semana muito especial.

O filme conta com Nicole Kidman.

E a Noite a Cair Neste filme de terror norte-americano acompanhamos duas jovens americanas, em viagem de bicicleta pelo interior da Argentina. Quando uma delas desaparece, a amiga começa a perceber que há mais gente misteriosamente desaparecida na zona e inicia uma busca desesperada para a encontrar e evitar que algo tenebroso lhe aconteça, mas nem tudo corre como planeado.

Karl Urban e Amber Heard fazem parte do elenco.

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As coisas que me arreliam

entrevista

Joana Gama

Animador Mega Hits - 10h às 14h

Ó Joana... Quem vai ao site da MEGA HITS e lê o teu perfil – escrito por ti própria, convém esclarecer... – fica com a ideia de que és, de facto, uma pessoa intragável. Vá, confessa lá... É só para mandar estilo, não é?

Não. Se quisesse ‘mandar estilo’ comprava um ‘granda’ boné e nunca tirava o autocolante ou comprava uns ténis com luzinhas.

Não tens papas na língua. Para ti há bebés feios, as amigas gordas já não fazem parte da tua lista de contactos, os gatos sofrem horrores nas tuas mão... Mas apostamos que só tens coisas boas a dizer do MU!! Às vezes tenho papas na língua. Gosto de Cerelac. Claro que há bebés feios! Quem disser o contrário é porque era um deles! Tenho óptimas coisas a dizer do MU! Já me acompanhava quando andava na faculdade.

Estamos em crer que, no fundo, no fundo, és um coração de manteiga. Conta-nos lá a boa acção que fizeste hoje antes de ir para a MEGA HITS, vá...

Estamos a crer mal. A boa acção que fiz hoje antes de ir para a MEGA HITS foi não ter posto a música muito alta em casa às 7h30. Não conheço os meus vizinhos, pode ser que haja um que seja engraçado e não quero incompatibilizar-me para já.

Malandrices à parte, quem é a Joana Gama? Conta-nos algo fofinho acerca de ti.

Esta entrevista é para me enervar? Não há nada de fofinho sobre mim. Ok, até há!

A minha barriga. Já decidi que é para o mês que vem que vou fazer valer o balúrdio que pago de mensalidade no ginásio.

E quanto às novidades que a MEGA HITS tem para os ouvintes? Podemos contar com alguma festa imperdível nos próximos tempos?

Ui! Ando muito arreliada. Há passatempos que me fazem chorar copiosamente. Não posso ir no cruzeiro no Mediterrâneo durante cinco dias por trabalhar cá e acreditas que, para já, é só preciso tirar uma fotografia? Até acho demasiado fácil. Às vezes sinto que não deveria ter passado para este lado. Perdi poder participar em todos os passatempos que participava dantes quando era ouvinte. Além do cruzeiro, no qual não posso ir, há tanta festarola a caminho! Tudo o que é festa que mereça destaque a MEGA HITS está lá contigo! :)

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