IMAGINE CUP
Politécnico do Cávado e do Ave ruma a Nova Iorque. P.04
GRANDE PLANO
Livros, leituras e outras aventuras na Feira do Livro de Lisboa. P.08 e 09
MUSICBOX DJ CONTEST Vê como correu a final do concurso de DJ. P.13
Directora: Laura Alves | Segunda-feira, 23 de Maio de 2011 | N.º 185 | Quinzenal | Distribuição gratuita | www.mundouniversitario.pt
Não queimes mais a pestana, come antes uma banana... ...até porque as bananas têm potássio, que faz bem ao cérebro, e agora que se aproxima a época de exames precisas de toda a ajuda possível. Nesta edição do MU trazemos-te um Especial Exames com dicas de estudo, cuidados de alimentação, sugestões musicais para estudar pela noite dentro e até as desculpas mais esfarrapadas para evitar abrir os apontamentos.
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EDIÇÃO 185 de 23 Maio a 5 de Junho 2011
Não pe rc a próx as ima edição 6 de Ju nho
» Editorial Eu voto, tu votas, ele vota... ...nós votamos, vós votais... Epá! Espera aí que algo não bate certo. De facto, todos nós – ou pelo menos a maioria de nós – sabe conjugar o verbo ‘votar’ na perfeição. O problema é que, daí a dar o corpo ao manifesto e ir exercer o direito de voto nas alturas em que é preciso, vai uma considerável diferença. Ou seja, tal como muitos de nós somos ‘treinadores de bancada’ nas questões que envolvem bola, também não é raro sermos ‘políticos de sofá’ nas alturas em que as coisas não nos correm de feição. Vivemos um desses momentos. E a 5 de Junho vamos ser chamados a ir às urnas votar e escolher quem queremos para nos (des)governar. E sim, é muito provável que vá estar um dia de praia fantástico. É bem possível que na noite anterior tenhas ido para os copos e acordes bastante tarde. Talvez tenhas até combinado um passeio de fim-de-semana com os teus amigos ou namorada/o. E com toda a certeza, haverá um programa de televisão que tens mesmo, mesmo de ver. Ou seja, desculpas não faltam para que contribuas para esse grande partido político que é a abstenção. O problema é que depois, quando as coisas não estive-
rem ao teu gosto, fica feio ter a ‘cara de pau’ de vir reclamar sem razão. Por isso, vamos lá programar a agenda do telemóvel para dia 5 de Junho: eleições legislativas. Não encares a coisa como um dever, porque não é. É, sim, um direito importantíssimo que não convém esqueceres só porque o sol brilha. Dias de praia há muitos. Exercícios de democracia, não acontecem todos os dias. Mas enquanto esse dia não chega, o Mundo Universitário traz-te outros assuntos de uma importância decisiva na tua vida. É o caso da época de exames – um período que, infelizmente, sucede imediatamente aos alegres exageros das Semanas Académicas – e que é determinante para terminares o ano lectivo com a palavra ‘sucesso’ escarrapachada por todo o lado. Temos nesta edição um Especial Exames recheado de bons conselhos para que a época te seja menos penosa, para que saibas como te alimentar bem e não cometer aqueles erros do costume – demasiado café, poucas horas de sono, stress acumulado, pânico desnecessário... Com jeitinho e organização tudo se faz, e se precisares de mais alguma dica, estamos cá para ajudar.
Nesta edição trazemos-te, ainda, uma reportagem sobre os hábitos de leitura dos estudantes universitários. Andámos pela Feira do Livro de Lisboa a espreitar os sacos de compras dos estudantes e a tentar perceber se eles vão lá apenas passear ou se, de facto, ainda conseguem guardar uns trocos para comprar um ou dois livros. E será que os livros ficam na estante a ganhar pó ou são mesmo para ler? Aliás, ainda há quem leia livros, ou já se rendeu tudo aos e-books? Para descobrir na nossa reportagem. Pelo caminho descobre ainda os desafios lançados pelo Imagine Cup, uma iniciativa da Microsoft; o relato na primeira pessoa de Inês Brandão, uma jovem que está a fazer um estágio na Estónia ao Abrigo do programa Leonardo Da Vinci; e as oportunidades profissionais lançadas pelo Experimenta Design. Ah, e boa sorte nos exames!!!
Laura Alves • Directora lalves@mundouniversitario.pt
CONVERSA DE CORREDOR A propósito das eleições legislativas de 5 de Junho, a Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto organiza amanhã à noite, dia 24 de Maio, um debate eleitoral. O encontro decorre pelas 21h15 na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Ivo Reis, da AEFCUP, considera que «será verdadeiramente o futuro da política portuguesa aquilo que estará em cima da mesa, seja tanto pela proximidade das eleições, quanto pela presença de jovens políticos dos principais partidos.» O debate será moderado por Cláudio Carvalho (presidente da AEFCUP) e o painel será constituído por Rita Rato (CDU), José Soeiro (BE), João Torres (PS), Duarte Marques (PSD) e Michael Seufert (CDS-PP).
vê as novidades que temos para ti na página de fãs do mu no FACEBOOK ficHa TécNicA: Título registado no I.C.S. sob o n.º 124469 | Propriedade: Moving Media Publicações Lda | Empresa n.º 223575 | Matrícula n.º 10138 da C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 | Conselho de Gerência: António Stilwell Zilhão, Francisco Pinto Barbosa, Gonçalo Sousa Uva | Directora: Laura Alves | Redacção: Andreia Arenga | Estagiário: André Mateus | Online: Graziela Costa | Colaboradores: Bruna Pereira, João Tomé, José Frazão Reis, Luís Magalhães, Miguel Pedreira, Mónica Moitas, Renata Lobo | Projecto Gráfiico: Joana Túlio | Paginação: Filipa Andrade | Revisão: Catarina Poderoso | Marketing: Vanda Filipe | Publicidade: Margarida Rêgo (Directora Comercial), Elsa Tomé (Account Sénior), Mariana Jesus (Account Júnior) | Distribuição: José Magalhães | Sede Redacção: Estrada da Outurela n.º 118 Parque Holanda Edifício Holanda, 2790-114 Carnaxide | Tel: 21 420 13 50 | Periodicidade: Quinzenal | Distribuição: Gratuita | Impressão: Grafedisport; Morada: Casal Sta. Leopoldina – Queluz de Baixo 2745 Barcarena; ISSN 1646-1649.
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» U. Técnica de Lisboa fixa propina mínima
» ISPA passa na avaliação
O Conselho Geral da Universidade Técnica de Lisboa (UTL) discutiu e aprovou o valor das propinas para o ano lectivo 2011/2012 para os três ciclos de estudo. O Conselho Geral da UTL considerou que a fixação concreta do valor das propinas deve obedecer a critérios que tenham em conta o custo real de cada aluno. O valor mínimo de propina nos cursos leccionados nas escolas da UTL ficou então fixado nos 999,71 euros.
O Instituto Superior de Psicologia Aplicada – Instituto Universitário viu os seus dez cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento acreditados. O processo foi conduzido pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior – A3ES. É de relembrar que no final de 2008 existiam 5.262 cursos registados na Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES). Dois anos depois estão a funcionar 3.623 com acreditação preliminar e outros 421 estão a ser avaliados. Mais de mil foram entretanto descontinuados.
COMPETIÇÃO. Mais uma vez, os alunos de tecnologias do ensino superior mostram o seu talento para resolver os problemas do milénio e disputam a taça do Imagine Cup 2011
Tecnologia ao serviço da humanidade Imagina como aplicar a tecnologia para resolver os problemas sociais mais complexos do planeta. Consegues imaginar? A equipa do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave conseguiu e vai representar Portugal na final mundial da edição deste ano da Microsoft Imagine Cup que se realiza em Nova Iorque, entre 8 e 13 de Julho. Andreia Arenga A equipa do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave ruma a Nova Iorque em Julho
aarenga@mundouniversitario.pt
Entre as cinco equipas da categoria de Software Design que foram à final nacional da Microsoft Imagine Cup 2011, apenas uma se distinguiu. A RescueMe, equipa de alunos do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave distingue-se pela aplicação que criou para resolver um problema actual e cada vez mais próximo de nós: as catástrofes naturais.
Antigos alunos regressam ao Instituto Superior Técnico Integrado nas comemorações do centenário, o Instituto Superior Técnico (IST) está a organizar um conjunto de iniciativas para os antigos alunos da instituição. A acção decorre hoje, dia 23, entre as 18h00 e as 21h30, tendo como principal objectivo celebrar o percurso feito pelos antigos estudantes. Decorrem, assim, várias actividades organizadas pelos vários departamentos do IST, entre as quais exposições de fotografia, concertos, workshops, peças de teatro e ainda uma observação nocturna dos astros. Para mais informações visita o site https://alumni.100.ist.utl.pt.
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[23 MAI 2011]
Salvar vítimas A aplicação criada pelos alunos permite, de forma simples e rápida, ajudar o maior número possível de vítimas de catástrofes naturais e colocá-las em contacto com os seus familiares através da recolha de dados numa plataforma electrónica. «Um único ciclone no Bangladesh nos anos 70 provocou a morte de meio milhão de pessoas de uma só vez e constantemente temos notícias de situações calamitosas deste género. Recentemente no Japão, antes no Haiti... mesmo no nosso país temos que nos preparar o melhor possível para este tipo de situações», explica Luís Torrão, um dos membros da equipa vencedora, quando lhe perguntamos o porquê da escolha deste tema. A equipa ficou surpreendida com a vitória e prepara-se agora para apresentar o projecto em Nova Iorque, na Imagine Cup 2011 – Final Mundial das Olimpíadas de Software. «Na apresentação mostrámos uma série de coisas que ainda estamos a trabalhar. E isso são melhoramentos que vamos tentando fazer agora para a final. Surgiu aqui uma
questão importante que tem a ver com a protecção dos dados que vamos ter que melhorar. Queremos vender isto lá fora, por isso, temos que ver caso a caso em cada país como é que as coisas funcionam a esse nível para que o nosso produto possa ser implementado em qualquer um. » Para a Final Mundial as expectativas são elevadas e todos querem ficar num lugar honroso para o projecto e para Portugal. «É uma novidade! Esperamos que seja uma boa experiência e que corra bem. Vamos chegar lá e tentar ficar num bom lugar, se possível em primeiro.»
Alunos do IST em segundo lugar Depois de terem sido os vencedores da edição do ano passado e terem disputado a final mundial em Varsóvia, os alunos do Instituto Superior Técnico quiseram repetir a façanha. À equipa original somaram-se novos elementos, incluindo uma rapariga, e um novo projecto. O 2Grow, aplicação que desenvolveram, ficou em segundo lugar na competição nacional. Uma plataforma que permitia às populações dos países subdesenvolvidos combater o índice de fome através do cultivo próprio e sustentado de alimentos nos seus campos. Apesar de não terem ficado em primeiro lugar, a boa disposição, o espírito desportivista e simpatia características da equipa estava lá. «Foi pena não termos conseguido, mas estávamos muito nervosos e o nosso projecto tinha algumas falhas. Mas concorremos mais pelo desafio», diz o Tiago Ferreira, porta-voz da equipa.
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ESTÁGIO. Relato de uma experiência de aprendizagem na Estónia pela voz de Inês Brandão
«So... Why Estonia?» Esta é a pergunta recorrente de cada vez que conheço um estónio Confuso sobre as minhas motivações para sair de um país como Portugal, com um clima tão aprazível e vir parar a este pequeno país tão desconhecido a tanta gente. A minha resposta é sempre a mesma, «Why not Estonia?» – mas este percurso que me trouxe até aqui começou mais cedo do que a resposta aparenta. Inês Brandão info@mundouniversitario.pt
«Aprendi que não é preciso ter sempre alguém ao pé para me amparar as dúvidas, que sou capaz de fazer por mim, e ainda para mais a 5 mil quilómetros de distância», conta-nos Inês Brandão
Por entre a minha licenciatura e estágios não remunerados (o ‘slogan’ da minha geração), sustentava o sonho de ‘ir para fora’, experimentar como é viver noutro país com outra cultura, sozinha e independente. E foi no meio desta angústia de não saber o que fazer a seguir que me deparei com um papel explicando o que era o Programa Leonardo da Vinci. Candidatei-me através do Centro Europeu de Línguas, sem nada a perder, como tantas outras vezes. Mal fui aceite soube que o melhor lugar para o meu estágio seria em Tartu, Estónia. Oportunidade irrecusável Posso dizer que fiquei apreensiva, não pelo país em si, mas por estar, pela primeira vez, prestes a pôr em acção algo que simplesmente renegava para o campo das ilusões de juventude. Aceitei com toda a confiança de quem não sabe nada do que a espera mas quer ir na mesma; oportunidades destas não se apresentam todos os dias. Cheguei em Fevereiro, na véspera de São Valentim, e fui recebida por uma agradável temperatura de -26 graus que não me desmotivou nem um pouco; continuei completamente deslumbrada por tudo o que via, tão diferente de onde venho e por ter, simplesmente, chegado ao meu destino. Com o fascínio de quem está a viver sozinha pela primeira vez, descobri todos os cantos da cidade mesmo com temperaturas que convidavam a ficar em casa. Aprendi que não é preciso ter sempre alguém ao pé para me amparar as dúvidas, que sou capaz de fazer por mim, e ainda para mais a 5 mil quilómetros de distância da segurança de casa. Esta provou ser a parte mais estimulante e a grande vantagem desta viagem. Um convite à independência pessoal. Uma cidade cheia de estudantes Trabalhei na Universidade de Tartu, mesmo no centro da cidade, com uma vista linda para o rio Emajõgi, com parques em todo o lado e uma atmosfe-
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Estátua ‘The Kissing Students’, em Tartu, na Estónia
ra que, nos primeiros dias de Primavera, convida a ficar até tarde a passear ou a desfrutar de gelado numa das dezenas de esplanadas soalheiras. Ou até a ir a uma das dezenas de festas de estudantes, já que Tartu é uma cidade universitária por excelência. O que este programa me permitiu foi ter a experiência de trabalhar na minha área de estudos, viver muito confortavelmente noutro país aprendendo uma nova cultura e língua e, por ter todas as despesas asseguradas, desfrutar da liberdade de gerir o meu tempo. Experiência inesquecível Bem sei que no nosso país a geração a que pertenço está a braços com uma limitação de escolhas inacreditável, mas sei também que o desinteresse e apatia que essa si-
tuação gera não corresponde aos nossos ideais de um futuro melhor. Para mim nunca foi tão claro como quando aqui cheguei e descobri que as pessoas não param mesmo quando estão -30 graus lá fora e esta é uma mensagem muito forte que aprendi nestes três meses na Estónia. Por muito mau que esteja lá fora não devemos deixar de sair e agir de acordo com o futuro que queremos. As vantagens triunfam sobre os desafios, e os desafios não são mais do que oportunidades de enriquecimento pessoal que estão à nossa espera. Quer seja em Tartu ou noutro sítio qualquer. O importante é vencer as vozes da letargia e ir. Mas no voltar para Portugal com novas ideias e vontade de mudar o que está mal é que está o acto de coragem.
As próximas candidaturas para o Programa Leonardo da Vinci já começaram. Não hesites, é o conselho da Inês. Descobre mais informação no site da Agência Nacional - Programa Aprendizagem ao Longo da Vida em http://pt-europa. proalv.pt. Conhece ainda a Universidade de Tartu, Estónia, em www.ec.ut.ee.
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Centro de Emprego
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SAÍDAS PROFISSIONAIS. ‘Ordem de Compra’ da Experimenta Design expõe o trabalho de 75 empresas portuguesas de sucesso
Design made in Portugal Se és recém-licenciado em design industrial e não sabes para onde enviar o teu currículo, agenda uma visita guiada à mais recente exposição da Experimenta Design, ‘Ordem de Compra’. Aqui podes descobrir quais as empresas com mais sucesso na área e ficar a saber o que o mercado de trabalho espera de ti enquanto profissional.
Andreia Arenga aarenga@mundouniversitario.pt
São peças produzidas por marcas portuguesas em diversos materiais e para diferentes sectores. Desde o desporto, mobiliário urbano, material didáctico, iluminação, calçado, entre outros, em ‘Ordem de Compra’ podes conhecer quais as empresas nacionais mais inovadoras e criativas na área do design industrial e mobiliário. «A ideia da exposição, além de dar a conhecer a produção nacional nesta área, é mostrar aos estudantes de design quais as empresas melhores para trabalhar», explica Ana Abrantes, da Experimenta Design. Abrakadabra, Amorim Corticeira, Delta, Sanitana, Science4you, Renova, Vista Alegre, Vulcano ou Nautilus são algumas das empresas representadas. Algumas delas dedicam-se quase exclusivamente à exportação dos seus produtos para o mercado internacional. A pensar nos estudantes Além da exposição propriamente dita, a ‘Ordem de Compra’ criou um serviço educativo. Em quatro fins de tarde, às terças-feiras, até dia 7 de Junho, um conjunto de convidados e um moderador partem das peças expostas para abordar assuntos como o ensino e a prática, a produção interna e a promoção externa. Estes debates analisam, de forma viva e participativa, a complexidade e a relação entre o design, a indústria e a sociedade portuguesa. Os estudantes têm ainda a oportunidade de participar em visitas guiadas e workshops em que podem criar as suas próprias peças a partir de um briefing ou fazer outros exercícios práticos. A exposição está no Palácio da Quintela, na Rua do Alecrim, no Chiado, em Lisboa, até ao dia 3 de Julho.
Adico, Cadeiras AVA
Calçado Sozé Valerie
VER E FAZER WORKSHOP Objectos Comuns: Como Podemos Inovar Rapidamente Numa Indústria Que se Actualiza Lentamente? VISITA + OFICINA Escolhe, Desenha e Vende É um exercício de pressão aos participantes, simulando situações de stress e de resposta rápida com que muitas vezes os designers se deparam. CICLO DE DEBATES »24 MAIO / 18h30 Entre o Fazer e o Fazer Acontecer Projecto e Manufactura, Artesanato e Indústria »31 MAIO / 18h30 Dentro e Fora de Portas O Design do Espaço Público »7 JUNHO / 18h30 Entre a Sala de Aula e o Chão de Fábrica Expectativas e Experiências de Jovens Designers de Ontem, Hoje e Amanhã
Informações e reservas T. 210 993 045 edu@experimentadesign.pt www.experimentadesign.pt/ordemdecompra
LEITURAS. Qual o papel dos livros na vida dos universitários?
Livros fechados, não fazem Maio é o mês da Primavera, das flores, dos passarinhos e da rinite alérgica. Mas é também tempo de leituras. O MU visitou a 81.ª Feira do Livro de Lisboa e foi descobrir o que andam os universitários a ler. Há quem vá apenas para dar um passeio e passar os olhos pelos escaparates, mas há outros que aproveitam mesmo para comprar ‘aquele’ livro há muito procurado. Uma coisa é certa: os livros técnicos e a literatura portuguesa têm um lugar de destaque na mesinha-de-cabeceira dos estudantes. Texto: Andreia Arenga | Fotos: Graziela Costa
Um fim de tarde quente no Parque Eduardo VII, mas o calor não impediu curiosos e amantes da leitura a dar um passeio à tradicional Feira do Livro de Lisboa, que conta já com quase 100 anos de existência. Entre pais acompanhados pelos seus filhos e ‘colarinhos brancos’ acabados de sair dos seus empregos, encontrámos alguns estudantes universitários. Aos pares ou em grupos, os estudantes passeavam-se pelas bancas de livros ou mesmo numa esplanada a pôr a conversa em dia. Mas será que vieram apenas aproveitar a brisa fresca no final do dia ou foi mesmo para comprar livros? «Hoje viemos só para ver, mas se surgir interesse em algum livro, é para comprar», dizem a Joana e a Rita, estudantes
de Design Gráfico na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha e que visitam pela primeira vez a Feira do Livro de Lisboa. Ambas confessam que as aulas lhes têm roubado o tempo para as leituras de lazer e que, nos últimos anos, têm lido sobretudo livros da sua área de estudos. No entanto, a Joana confessa que a Feira do Livro lhe despertou novamente o gosto pela leitura. «Por causa da Feira do Livro comecei a ler na semana passada. ‘A Volta ao Mundo em 80 dias’ de Júlio Verne. Já é antigo, mas como tinha lá em casa comecei a ler», conta.
Técnicos vs. clássicos
Também a Tatiana, estudante de Medicina na Universidade Nova de Lisboa, dá preferência aos livros técnicos e aproveita estas ocasiões para comprar al-
Inês Batista e Tiago Carvalho
guns. «Costumo procurar livros de Medicina, que aqui são mais baratos do que nas livrarias», diz a Tatiana. A estudante lamenta não ter muito tempo para ler. E quando lhe perguntámos se tinha algum autor de eleição, confessou, entre risos e com uma certa vergonha, ser uma admiradora da saga do Harry Potter. O Pedro, que a acompanha, estuda Informática na Universidade do Algarve e é mais pragmático nas suas escolhas literárias. «Só quando encontro assim alguma coisa mesmo interessante é que compro. Há muitos livros, mas são poucos os que me interessam. Gosto de livros de ‘como fazer coisas’.» Além dos títulos comprados para a faculdade, há autores que têm um lugar especial no coração dos universitários. Isabel Allende, Gabriel García Marquez, Eça de Queirós, e até mesmo o japonês Haruki Murakami parecem estar nas preferências dos estudantes quando se trata de lazer. Alguns dos universitários também não excluem a literatura portuguesa,
nomeadamente a poesia, das suas preferências. É o caso do Tiago Carvalho, estudante de Mestrado em Sociologia no ISCTE que elege Mário de Sá Carneiro como um dos seus escritores preferidos. Depois de mais de cinco anos sem vir à Feira do Livro, o Tiago está de volta ao Parque Eduardo VII empurrado pela Inês Batista, estudante de mestrado em Ciências da Educação na mesma universidade. Ela diz que costuma comprar vários livros sempre que vem à feira, mas este ano vem só para ver. Ele, pelo contrário, já fez valer a pena o seu regresso à feira. «Ainda há pouco não vinha com nada pensado e, entretanto, já vi dois livros que ando há imenso tempo para comprar. E aqui estão muito mais baratos, acho que vou aproveitar. Um deles é a obra completa do Carlos Ary dos Santos e o outro é a ‘Ilíada’ de Homero (risos). Vi na Fnac a um preço brutal de 40 euros e aqui já apanhei uma edição a 10 euros. Mesmo que o leia só daqui a 10 anos, já fico com o livro lá em casa», diz, entre risos.
Inês e André
Um passeio agradável
Mas a Feira do Livro pode apenas ser um pretexto para um passeio agradável. Que o digam o André e a Inês, estudantes de Engenharia Biológica no Instituto Superior Técnico. Para ele esta é a primeira vez na Feira do Livro de Lisboa, ela já é mais experiente nestas andanças e está de visita pela segunda vez. Mas nem um nem outro vêm particulamente à procura de livros. «Não venho à feira especificamente para comprar um tipo de livros, porque aqui não encontramos muitos na nossa área. Venho para ver se há alguma coisa que me interesse. E acho giro porque é um passeio agradável», diz a Inês. O André, que gosta da obra de Dan Brown, não saiu da feira de mãos a abanar e comprou um livro. Mas eles não são os
Rita e Joana
únicos a procurar diversão neste ‘spot’ literário. Na esplanada, o MU encontrou um grupo de colegas da faculdade a pôr a conversa em dia. A Andreia, a Maria, o Hugo e o Nuno, todos eles estudantes de Biologia na Universidade de Lisboa, têm experiências diferentes no que toca à Feira do Livro. As meninas costumam vir, mas os rapazes vêm pela primeira vez. Enquanto a Andreia acabou por «comprar um livro para a faculdade», o Nuno veio mesmo «só para dar um passeio e estar com os colegas». Mas qualquer um deles assume que compra mais livros para ler nas férias de Verão.
O MU LEU E GOSTOU Meia-Noite e Quatro
m letrados
Stephen King Bertrand Editora Stephen King dispensa apresentações e os fãs do suspense sabem bem o que esperar das obras deste senhor. ‘Meia-Noite e Quatro’ é um conjunto de histórias verdadeiramente arrepiantes para os amantes do terror e do suspense.
rabos de lagartixa Juan Marsé D. Quixote Nuno, Andreia, Hugo e Maria
HÁBITOS DE LEITURA EM NÚMEROS Depois de falarmos com os estudantes, fomos tentar perceber, numa escala mais global, quem lê mais, o que lê, e quem compra livros. Para isso, o MU partiu do estudo ‘A Leitura em Portugal’ realizado em 2007 pelo Observatório de Actividades Culturais, com uma amostra de 2.552 entrevistas a pessoas dos 15 aos 65 anos. Pelo que o MU apurou, este será o estudo publicado mais recente no que diz respeito a hábitos de leitura. Perfil dos leitores
Compra de livros
Relação entre o grau de escolaridade e os hábitos de leitura
Lê-se mais hoje em dia?
Apesar de os dados já contarem com quatro anos, este estudo permite-nos tirar algumas conclusões interessantes quanto ao perfil dos leitores. De acordo com o relatório ‘A Leitura em Portugal’, aqueles que lêem mais livros são, de facto, os estudantes universitários e do ensino secundário (89 por cento contra 37 por cento dos que completaram o ensino básico), em particular as raparigas (64 por cento das raparigas contra 49 por cento dos rapazes). Os que lêem mais livros por ano são, igualmente, os estudantes. O estudo estabelece uma relação clara entre o grau de escolaridade e os hábitos de leitura dos inquiridos. Ou seja, os não-leitores situam-se no grau de escolaridade mais baixo (88 por cento) e são os mais idosos. O grupo que lê mais caracteriza-se por uma maioria feminina (59 por cento), mais habilitada (52 por cento têm pelo menos o ensino secundário), e com uma percentagem elevada de estudantes (15 por cento).
Géneros preferidos
Entre os tipos de leituras preferidos destaca-se o romance (29 por cento), seguido da ficção (21 por cento) e por fim literatura variada (19 por cento) e técnica (18 por cento). O género preferido dos estudantes é a ficção, nomeadamente aqueles que têm entre os 15 e os 24 anos e que atinge os 29 por cento. Os livros técnicos são também os mais lidos pelos estudantes do ensino superior e a preferência atinge os 36 por cento, valor justificado pelos livros escolares que são predominates nos hábitos dos estudantes. A literatura portuguesa está também entre as escolhas preferidas com 57 por cento.
No que diz respeito ao acesso ao livro, os estudantes, mais uma vez, são aqueles que apresentam uma maior percentagem em termos da quantidade de obras literárias que têm em casa, atingindo mesmo os 100 por cento. No caso dos inquiridos com habilitação média ou superior, a percentagem é de 99 por cento. Estes são também considerados aqueles que compram mais (cerca de 20 por cento). No entanto, mais de metade dos inquiridos não comprou qualquer livro, sem ser escolar ou profissional, no espaço de um ano (51 por cento). O estudo não dá uma resposta concreta a esta pergunta. É difícil apurar com objectividade se se tem verificado ou não um aumento da leitura em Portugal. É preciso dizer que o estudo em questão compara os resultados obtidos em 2007 com outros apurados em 1997 e também a partir de alguns dados dos Censos 2001. A conclusão é que, em 2007, se verificou um recuo significativo dos não-leitores de 12 para 5 por cento. Por outro lado, o grupo de pessoas que liam mais estabilizou, situando-se nos 4 por cento. Alguns autores justificam estes resultados com o aumento significativo dos níveis de escolaridade a que Portugal tem assistido nos últimos anos. No contexto internacional, o estudo refere ainda que, de acordo com o Eurostat em 2001/2003, a Suécia estava no topo dos países com mais leitores (80 por cento) e Portugal em último lugar (com pouco mais de 30 por cento). Um resultado que evidencia o arranque lento de Portugal nesta matéria relativamente à Europa.
Fonte: ‘A Leitura em Portugal’, 2007, Observatório de Actividades Culturais
Fantasioso e ao mesmo tempo escrito com uma linguagem objectiva, este romance mostra que são ténues os limites entre a ficção e a realidade, a verdade e a mentira, o bem e o mal. A obra recebeu o Prémio Nacional da Crítica 2000 e o Prémio Nacional de Narrativa 2001 em Espanha.
A História Pelo Buraco da Fechadura José Jorge Letria Casa das Letras Sabes qual era a alcunha de Luíz Vaz de Camões? Qual era o vício capitalista de Che Guevara? E quais foram as últimas palavras de Ghandi? As respostas a estas e a outras perguntas neste livro, que conta curiosidades e episódios que se escondem por trás da História.
Nos Bastidores da Wikileaks Daniel Domscheit-Berg Casa das Letras Um dos fundadores da plataforma de investigação que revolucionou a forma como olhamos para o mundo nos dias de hoje, Daniel Domscheit-Berg, conta-nos como são os bastidores da WikiLeaks. Ao mesmo tempo que revela como funciona o universo das fugas de informação, o autor traça um retrato íntimo de Julian Assange, o homem forte da WikiLeaks.
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Desporto
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CAMPEONATO DE SURF. Nuno Telmo e Maria Abecassis conquistam títulos nacionais universitários de surf
Mestres e aprendizes A tempestade que se abateu sobre a estrutura do Campeonato Nacional de Surf Universitário, na noite de 6 para 7 de Maio, ia impedindo o mesmo de se realizar... Não fosse a resposta pronta da organização, que rapidamente voltou a Ribeira d’Ilhas, na tentativa de minimizar os estragos. Assim, os cerca de 90 surfistas vindos de todo o país puderam usufruir das ondas sempre com vento on-shore e com alguma corrente no último dia. Não são condições perfeitas, mas são muito boas para o mês de Maio! Miguel Pedreira
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«Foi um pesadelo», afirmou Sandro Maximiliano, professor da Universidade Lusófona e mentor do Campeonato Universitário de Surf. «Uma mini-tempestade, localizada em cima da Ericeira, abateu-se sobre a estrutura, toda bonita que lá tínhamos deixado umas horas antes. Partiu quase tudo, mas mesmo assim conseguimos organizarnos», concluiu o ex-campeão nacional de surf universitário, que desta vez contou com o apoio do Ericeira Surf Clube na produção do evento, bem como com o apoio da Câmara Municipal de Mafra, da Rip Curl, da Natiris, da FADU, do movimento SOS – Salvem o Surf e do Ribeira Surf Camp, onde se realizou uma boa
O ‘curioso’, ou talvez não, foi a vitória de um dos principais treinadores de Maria Abecassis – Nuno Telmo – na prova masculina, mostrando que ‘não é só teoria’. Telmo, de 35 anos, é um dos constantes Top 10 da Liga Prosurf e uma das caras por trás do projecto Surf Technique (a par de David Raimundo), que tem trazido para o surf nacional algumas das maiores jovens estrelas emergentes, como Maria. Desta vez o professor resolveu aplicar em si mesmo a técnica, conquistando o título nacional de surf universitário. Telmo deixou Paul Grey na segunda posição e João Pinto na terceira.
parte dos eventos paralelos à prova desportiva e para os quais foi imprescindível a sua reconhecida “boa onda”. Estudantes em competição No panorama competitivo, destaque óbvio para as vitórias de Nuno Telmo e de Maria Abecassis, tendo esta caloira derrotado na final duas campeãs nacionais de surf. Maria, de 17 anos, que em 2010 terminou na terceira posição do ranking nacional feminino, depois de ter feito todas as finais do circuito, ‘vingou-se’ das suas principais adversárias na Liga Prosurf Feminina, deixando a sua colega de faculdade e actual campeã nacional, Francisca Pereira dos Santos, na segunda posição, e a jovem Diana Matos num honroso terceiro lugar.
O Campeonato Nacional Universitário de Surf foi organizado no início de Maio pela Academia de Surf da Universidade Lusófona. A Universidade Nova foi a grande vencedora.
Universidades sobre ondas Por equipas, a vitória sorriu à Universidade Nova de Lis-
boa, que colocou dois atletas seus em cada uma das finais, deixando a Faculdade de Motricidade Humana no segundo lugar, a Universidade Lusíada no terceiro e a Universidade Lusófona no quarto posto. Depois da tempestade vem a bonança e é bem verdade! Com o fantástico final de prova que teve como prémio, depois do enorme susto do dia anterior, Sandro Maximiliano já só pensa em 2012. «Para o ano, estamos de volta», afirmou convicto. «Continuo com vontade e motivação para desenvolver o surf universitário, é o meu ambiente, é um projecto com um potencial gigante e eu acredito imenso nisto» concluiu o responsável. Até lá, então! E que os ventos soprem… Com um bocadinho menos de intensidade, já agora! pUBLICIDADE
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Lifestyle
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Sugestões frescas e coloridas B! Frutos dos Bosques incentiva o emprego jovem É a mais recente proposta da B!, com sabor a frutos vermelhos: amora, groselha, arando e framboesa. Além de um novo sabor a antecipar os dias quentes de Verão, a B! propõe-se a lutar por uma causa, tal e qual Robin dos Bosques. Com o mote ‘Bebe B! dos Bosques a ver se a crise dá de frosques!’, a ideia é incentivar os jovens a arranjar um emprego de Verão e contribuir para o aumento da produtividade em Portugal. O Plano B! Contra a Crise irá materializar-se numa bolsa de empregos de Verão, em parceria com o Sapo Empregos, disponível em www.facebook.com/ oladobdavida.
Quem tem as unhas mais bonitas, quem é? Serás tu, a partir do momento em que fizeres uma compra na Tezenis. Nos dias 3 e 4 de Junho, em qualquer compra, de qualquer valor, numa das lojas Tezenis, receberás de oferta um verniz de 5ml da ICC Lodi Ltd, uma marca italiana de referência na produção de vernizes e diversos produtos relacionados com manicure. As cores são irresistíveis.
Inovação para evitar a transpiração Já estão disponíveis nas lojas e supermercados as mais recentes propostas da Adidas no sector dos cuidados com o corpo, para os rapazes que fazem questão de se apresentar sempre bem-cheirosos. A gama Adidas Inovação para homens naturalmente activos é composta por eau de toillete (fragrância de longa duração), body spray, roll on e gel de duche.
Pestanas longas, num piscar de olhos Nada como ter umas pestanas longas e cheias para te sentires irresistível. A nova Mascara Lash Accelerator da Rimmel London é o sonho de qualquer rapariga que deseja ficar bela num ápice, ao mesmo tempo que cuida da saúde das pestanas. A fórmula avançada desta máscara incorpora o complexo ‘growlash’, que ajuda ao crescimento e fortalecimento das pestanas.
Acaba com a celulite! Diz adeus ao efeito casca de laranja com Solgar® Gotu Kola, um suplemento alimentar natural anticelulite. Através de uma fórmula natural de extractos de centella asiatica, além de combater a celulite, ajuda a activar a circulação das pernas. À venda em dietéticas, farmácias e lojas celeirodieta.
5.ª Dimensão jogo. Age of Empires Online
Um clássico renovado
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Numa época de ‘World of Warcraft’ e ‘Farmville’, o novo ‘Age of Empires’ joga-se online, é ainda menos fiel à história, mas muito mais colorido, e não custa um cêntimo para jogar. Luís Magalhães luis.falcao.magalhaes@gmail.com
‘Age of Empires’ e os seus sucessores foram responsáveis pelos conhecimentos de história de muitos jogadores nos anos 90. O clássico da Microsoft usava épocas e situações históricas como palco para missões onde cada jogador escolhia uma civilização e a desenvolvia até ao eventual confronto e conquista. Agora, ‘Age of Empires’ regressa com uma nova face e um novo palco. De facto, quando for lançado este ano, qualquer pessoa com um PC Windows pode fazer o download do jogo e jogar durante horas a fio, criar uma civilização, combater contra o computador e outros jogadores em várias missões,
tudo sem pagar – tal como no típico jogo de Facebook, são os extras opcionais que custam dinheiro. Interacção e estratégia Não só é lindo de ver em qualquer computador, graças ao estilo colorido, como é claramente feito por mestres, com excelentes unidades e edifícios que interagem muito bem uns com os outros. Peças simples de utilizar individualmente mas que podem ser combinadas para criar estratégias complexas, receita para um jogo fácil de aprender mas difícil de dominar. Claramente feito a pensar em gente pouco habituada a jogos complexos, é talvez o melhor exemplo de um jogo que ensina a jogar; as
primeiras horas de jogo são passadas em missões individuais que explicam elegantemente como construir e manejar as bases do jogo e unidades básicas, sem nunca se tornarem demasiado simples e aborrecidas. Não sabemos até que ponto este jogo será a chave, como a Microsoft deseja, para trazer o ‘Games for Windows Live’ para a ribalta, mas uma coisa é certa: é, de longe, um dos melhores jogos grátis disponíveis, melhor que muitos pagos.
A componente online é perene e muito inspirada em ‘World of Warcraft’, com um chat persistente e a capacidade de construir itens, vender e trocar com outros jogadores, e, claro, unir forças para conquistar as missões mais difíceis.
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MUSICBOX DJ CONTEST. Fabrizio venceu o concurso de DJ organizado pelo Musicbox, Mundo Universitário e Match Your Sound
Noites loucas no Cais do Sodré ‘Put your hands in the air like you just don’t care!!’ Muita energia e música até quase o sol raiar, assim foi o MUsicbox DJ Contest, uma iniciativa organizada pelo bar Musicbox, pelo Mundo Universitário e pela Match Your Sound. Após quatro eliminatórias e uma final – que decorreu a 4 de Maio – foi encontrado o grande vencedor, Fabrizio, que irá ser DJ residente do Musicbox durante um ano. Falámos com ele para saber como foi vencer este desafio. Texto: Laura Alves | Fotos: Mónica Moitas
Com público assim animado, o sucesso é assegurado. A casa esteve ao rubro com música sempre a bombar até ser escolhido o melhor DJ
Lady CC, a vencedora da primeira eliminatória
Mike Beck venceu a segunda eliminatória
Déni Shain convenceu com o ritmo do funk, mas não o suficiente
Fabrizio, vencedor do Musicbox DJ Contest Quem és tu? Ou seja, o que fazes na vida além de ser DJ? Sou o Fabrizio Reinolds, tenho 27 anos, sou natural de Porto Santo, e além de gostar de passar discos e de estar a dar os meus primeiros passos na produção musical, sou operador de câmara. Como te correu a eliminatória que venceste? Estavas muito nervoso? Correu-me bem, não tive nenhum problema técnico e isso é o mais importante. Estava algo ansioso, mas quando entrei na cabine passou-me! Saíste vencedor da final. Como vês esta vitória? Olho para esta vitória como um valorizar do trabalho, da pesquisa e do empenho que tenho dedicado nesta área que é tão madrasta. Serás DJ do Musicbox durante um ano. Estás preparado para o desafio? Preparado, motivado e ansioso por começar. Que tipo de música preferes ouvir nos teus tempos livres? O que andas a ouvir agora, por exemplo? Não tenho preferências... Gosto de sentir! O universo da música é tão vasto, que um ou dois nomes não elucidavam o que oiço. Uma dica: convido os leitores do Mundo Universitário a comparecerem no dia 26 de Maio no Musicbox... Assim torna-se mais fácil.
Mulheres ao volante, com a Segurança Máxima! As escolas de condução Segurança Máxima apoiaram o Musicbox DJ Contest de uma forma bastante original: atribuindo quatro cartas de condução ao público do concurso, uma carta por cada eliminatória. Os candidatos só tinham de escrever uma frase com os elementos ‘Mundo Universitário’ e ‘Segurança Máxima’ para se habilitarem a ganhar uma carta de condução. E as vencedoras foram a Marta Dias, de Lisboa; a Madalena Carvalho, de Belas; a Inês Cavaco, de Lisboa; e a Márcia Veiga, também de Lisboa. Só mulheres, a provar que quando elas se metem ao volante, a segurança é constante!
DISCO. ‘Infectious, Affectional’, o quarto disco dos X-Wife, confirma a banda como um dos colectivos mais criativos da música nacional
«A música é uma coisa contagiante»
As tuas festas académicas
os X-Wife regressaram com entusiasmo à sala de ensaios e o resultado é ‘Infectious, Affectional’, Um disco mais dançável, com uma presença forte dos elementos electrónicos, mas sem deixar morrer a essência que os caracteriza. Ao quarto álbum, os X-Wife querem contagiar toda a gente.
Quando?
o quê?
onde?
24 MAI
Low Cost Erasmus Party
Fiéis ao Bar do Rio – Lisboa
26 MAI
Glow Party – Festa ISCSP
Kapital
26 MAI
Festa da Cerveja - Clássica
Faculdade Direito Lisboa
27 MAI
Emotions
Gossip
27 MAI
MATCH ATTACK: Beataucue
Space Club - Lisboa
28 MAI
Bloop Open Air
Op Art
28 MAI
Raving 2011 – Bart Bmore
Space - Lisboa
28 MAI
Summersats
She’s a Doll
31 MAI
Low Cost Erasmus Party
Fiéis ao Bar do Rio – Lisboa
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Arraial da Universidade FEUNL – Campus Campolide Nova – Bar Aberto Cerveja Emotions Gossip
©Rui Aguiar
Andreia Arenga aarenga@mundouniversitario.pt
O que é que mudou em ‘Infectious, Affectional’ em relação aos álbuns anteriores? João Viera (voz): É um disco mais dançável em que a secção rítmica tem um papel mais importante e de maior destaque sobre a bateria e o baixo, com mais groove. Fernando Sousa (baixo): Já tocamos há quase dez anos e, tanto individualmente como em conjunto, estamos a ir por outros caminhos que antes não tínhamos percorrido. As influências sempre foram as mesmas, sempre quisemos fazer músicas assim, mas agora temos capacidade para as tocar. Quais as bandas que ouviam ou estão a ouvir mais ultimamente? Rui Maia (sintetizadores): Há coisas que voltei a ouvir outra vez, por exemplo os Talking Heads, compilações de música punk/funk do final dos anos 70, e houve aquela preocupação de álbum ter ritmo e de ser diferente do anterior. As influências partiram um bocado daí. Tentámos fazer coisas um bocado diferentes do que fizemos no passado. Mas acho que dentro da banda ouvimos coisas diferentes... FS: Sim, mas há uma sintonia. Acho que partilhamos o gosto por esse género de música. Há uma base comum muito forte que sempre houve e continua a existir.
3 JUN
o máximo. É um sítio para artistas, toda a gente vai para lá passar uns tempos. E falo muito de experiências como a minha, de pessoal que viveu fora seis anos e voltou, e que retomou a vida dentro do possível, continuando a manter os sonhos que tinha lá fora, que no meu caso é fazer música. JV: Eu pelo menos tinha muito a influência do final anos 70, o new wave disco. Havia bandas que faziam punk e outras que estavam a começar a fazer disco. E eu tive sempre vontade de fazer isso, mas queria fazê-lo bem, e acho que neste disco conseguimos. Há uma cultura disco influente, mas mantemos a nossa identidade, acho que soa a X-Wife na mesma. Somos os mesmos e continuamos a tocar os mesmos instrumentos, por isso, há sempre um cunho nosso. Por outro lado, há uma energia diferente nas músicas, mais festiva/positiva... JV: Sim. É para compensar o negativismo que existe neste momento no País (risos). A música acaba por ser um escape e há um entusiasmo
grande da nossa parte. O facto de todos termos vontade de continuar a escrever e a criar, ir para os ensaios é sempre um momento alto do dia. Em 2009 tivemos muitos concertos e não houve tempo de criar muita coisa, por isso, 2010 foi um ano em que estávamos cheios de vontade de fazer um disco novo e apetecia-nos ir por outros caminhos. O nome do disco também é um reflexo disso? JV: ‘Infectuous’ pode significar ‘contagiante’ e a música é uma coisa contagiante. Nós criamos muito as músicas a partir de ‘jams’, de estarmos todos ali a curtir a tocar e, a partir daí, criam-se melodias para a voz. A voz dita muito se a música vai ser aproveitada ou não. E desta vez in-
sistimos um bocado nisso. Se vemos que existe ali qualquer coisa de muito bom tentamos encontrar a melodia certa até conseguir o resultado perfeito. Que histórias contam nestas canções? JV: Há várias. O ‘I Live Abroad’, é uma história engraçada. Conta uma experiência de vida que também fala sobre nós quando dizemos que preferimos Nova Iorque e que somos europeus nos Estados Unidos. Notamos que as pessoas são muito mais afáveis e que nos levam mais a sério. Há esse cultivo de banda europeia que parece que é melhor do que seres uma banda ‘tuga’ em Inglaterra. Depois falo de Berlim porque toda a gente diz que aquilo é
» Festa é com TUIST
VAI COM O MU
À FESTA DA TUIS vê como em
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A TUIST – Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico (IST), completa, no ano em que o próprio IST comemora 100 anos, o seu 18.º aniversário e, com o apoio do MU, vai celebrar a ocasião a 1 de Junho no Teatro da Trindade. A TUIST conta actualmente com cerca de 150 elementos, entre estudantes, engenheiros, licenciados, mestres e doutores. Com a colaboração da Orquestra do Norte, na noite de dia 1 não vai faltar música nem irreverência naquele que será o grande espectáculo de encerramento da temporada de música do centenário do IST. A partir das 21h.
Já tocaram em vários palcos europeus e também nos EUA. O reconhecimento internacional é importante?
JV: É importante no sentido em que, se calhar, há muita gente que não nos conhece e essa é uma forma de chegar às pessoas. Acho que damos bons concertos e ganhamos muito público pelas actuações ao vivo. Por um lado é difícil semos portugueses e exportar música rock/alternativa, mas por outro lado temos este trunfo de dar bons concertos e, por isso, temos que tocar lá fora. Nunca se sabe quem é que vai lá estar a assistir...
Ganha entradas!
para o go nut vê como em
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» GO NUTS #1 @ The Loft Sábado, dia 28 de Maio, a partir das 23h30, o The Loft em Lisboa, com o apoio do MU, vai enlouquecer por uma noite no GO NUTS #1. Trata-se de evento completamente inovador com um cartaz constituído por DJs de renome nacional (DJ Ride, DJ Manaia from Zombies for Money, Bizt) e complementado por um projecto pioneiro em Portugal: juntar DJ com bateria num live act. Ao longo da noite é de esperar muita animação e várias surpresas. Bilhetes a 7 ou a 10 euros (no próprio dia) com oferta de uma bebida. Mas podes ganhar entradas com o MU!
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Devoradora de livros
entrevista
Teresa Alves
Animadora Mega Hits - 07h às 10h
Teresinha, como vai essa energia depois de um extenso périplo pelas Semanas Académicas e Queimas por todo o País? A energia está renovada! Nada com umas boas noitadas para dar uma espectacular volta de 180º ao meu fuso horário. Normalmente acordo às 6h para fazer as Mega Manhãs, ou seja, quando me deito às 6h, é como se o organismo fizesse o pino. Já agora, um grande obrigado ao MU pela incansável divulgação das semanas académicas e pela preocupação. Correu tudo bem? Houve algum momento mais caricato envolvendo a Mega Hits que vás guardar na memória? Na Queima das Fitas de Coimbra ouvi dizer que o David Carronha foi vítima de um assédio feroz por parte de uma estudante conimbricense. Parece que a menina estava trajada, ou então levou à letra o ditado ‘De preto, nunca me comprometo’. Infelizmente, não poderei revelar mais detalhes sobre este episódio porque o MU ainda não tem bolinha vermelha. Mas irei certamente guardar este momento na memória para poder gozar para sempre com o David. Nesta edição do MU falamos de livros, ou melhor, dos hábitos de leitura da malta mais jovem. Tu és uma pessoa de livros físicos ou já te rendeste aos e-books e iPads? Livros físicos, sempre! Gosto de agarrar, cheirar, folhear, riscar, sujar, enfim, dar-lhe personalidade. Sim, continuo a falar de livros. Trago sempre um livro comigo. Adoro livros de bolso! Se bem que esse conceito sempre me intrigou: porque é que os livros de bolso nunca cabem num bolso? Esta pergunta é sempre difícil de responder, nós sabemos, mas qual é o livro da tua vida e porquê? Pois é, é bem difícil. Leio desde que me lembro de ser gente. O primeiro livro que se tornou, para mim, numa revelação foi o ‘Diário de Anne Frank’. É de uma imensa profundidade, extremamente tocante, ainda mais quando se pensa que é uma história totalmente verídica. Mais recentemente, recordo ‘Caim’, o último livro escrito pelo nosso Nobel José Saramago. Sou ainda uma profunda admiradora de Dostoievsky e Mia Couto. Ah! E ainda não falei em poesia. De Eugénio de Andrade a Herberto Hélder, passando pelo brasileiro Carlos Drummond de Andrade. De fazer chorar as pedras da calçada (e eu sou um coração de manteiga, por isso imaginem). Foste à Feira do Livro de Lisboa? Qual foi a maior pechincha/descoberta? Fui, claro. Vou sempre, é uma tradição familiar já milenar. Este ano, porque a crise assim o exige, todos os sete livros que comprei foram pechinchas. O mais modesto foi um conto de D. H. Lawrence intitulado ‘O Oficial Prussiano’, que me custou 3 euros. Se um dia escreveres um livro, que título lhe darás? ‘Viagens Fora da Minha Terra’. Plagio um nico do Almeida Garrett e encontro um óptimo título para um livro sobre aquilo que mais gosto de fazer. Entretanto, o que anda a Mega Hits a preparar para os próximos tempos, podemos saber? Tanta coisa que ainda não posso revelar! Quer dizer, uma já posso: Sumol Summer Fest! O primeiro festival de Verão é com a Mega Hits e já só falta um mês. Mas os festivais de Verão com a Mega não se ficam por aqui… Estamos ainda a cozinhar algo que envolve as palavras Rock e Rio! Todas as pistas estão em www.megahits.sapo.pt. Mas não posso dizer mais nada. Será que já disse tudo?
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esp e exa cia me l s Especial Exames, Suplemento do Mundo Universitário de 23 de Maio de 2011
Prova superada? Esperemos que sim! Fitas, Depois dos exageros das Semanas Académicas e das Queimas das ntamentos, chegou a altura de atinares um pouco, pegares nos livros, nos apo os teus pais e meteres na cabeça que tens mesmo de estudar. Não sentes já lectivo com a torcer o nariz e a bater o pezinho, à espera que acabes o ano as cadeiras todas feitas? Ou quase todas feitas, pelo menos... ares o teu Neste Especial Exames o MU dá-te umas quantas dicas para optimiz estudo! estudo e também para que relaxes e não fundas a lâmpada. Bom Bruna Pereira info@mundouniversitario.pt
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Depressa e bem, não há quem (mas podes tentar)
Texto: Bruna Pereira e Laura Alves
Estudar com método
Dormir o suficiente
• Escolhe um local sossegado e bem iluminado e esconde todas as actividades incompatíveis com o estudo, como a TV ou a PlayStation; • Elabora um horário de estudo sem cedências (nada de te levantares de cinco em cinco minutos); • Evita estudar muitas horas seguidas antes dos exames, porque isso só aumentará as dificuldades de concentração e de memorização de toda a informação estudada; • Sublinha as ideias importantes com caneta fluorescente ou outra que salte à vista. Podes também colar 'post-its' com informação suplementar que te ajude a encaixar a matéria, por exemplo.
• A tentação de ficar acordado toda a noite nestas alturas é grande, mas a verdade é que acabas por te sentir mais cansado. A não ser que, de facto, prefiras estudar durante a noite, esquece as directas, que não te irão ajudar em nada, muito pelo contrário; • Deita-te cedo durante a semana e dorme, pelo menos, oito horas diárias – o suficiente para recuperares as energias. Se fizeres isto, podes aproveitar os fins-de-semana para te divertires, porque ninguém é de ferro.
Comer bem • Não comas a toda hora, pois três ou quatro refeições diárias são suficientes; • Bebe bastante água entre as refeições, come alimentos naturais com bastante fibra, frutas, legumes, verduras e cereais; • Evita guloseimas e não mistures muitos alimentos de uma só vez, pois causam má digestão e fermentação. Fazer desporto • Pratica desporto, já que os exercícios físicos ajudam a teres um corpo saudável e libertam as energias negativas acumuladas. Ah, e também servem para espaireceres um pouco… • Se não fores lá muito dado ao desporto, tenta ao menos dar uns passeios a pé ou de bicicleta para desanuviar a cabeça.
Arranjar força de vontade • Antes de toda a gente, deves ser tu o primeiro a ter confiança de que és capaz de fazer e estudar o que tens de fazer e de estudar; • Arranja tempo para ler os apontamentos. Não confies só na memória. Às vezes, uma palavra ou frase dita pelo professor é a chave para perceberes toda a matéria. • Expulsa os pensamentos parasitas que te absorvem. Quando deres conta passou-se meia hora e estiveste em frente a um livro a fazer figura de estátua; • Se te faltar poder de mentalização para enfretares as longas horas de estudo, vai pôr-te em frente ao espelho e repete para ti próprio: «Eu sou capaz! Eu sou capaz!». Quanto mais não seja, desatas a rir contigo próprio e ficas mais relaxado. • Se ainda assim não for suficiente, faz a ti próprio uma promessa do género: «Se conseguir ler estes apontamentos todos no espaço de uma hora vou ali abaixo ao McDonalds comer um Sundae!». Mas atenção, só podes comer o gelado se, de facto, cumprires a promessa.
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COMER BEM. Durante a época de exames, o segredo está em fazer refeições rápidas, mas nutritivas
Estudar de barriga vazia não rende especia Texto: Andreia Arenga
Por isso mesmo falámos com Joana Roque, a autora de ‘Feito em Casa’, um livro de receitas simples e práticas que vai passar a ser o teu melhor amigo. Joana começou a cozinhar aos 14 anos, entretanto dedicou-se à cozinha de corpo e alma e criou dois blogues onde partilha as suas ideias com aqueles que a seguem. Especialmente para ti, Joana partilha também connosco algumas dicas preciosas sobre o que comer em época de exames.
Começaste a cozinhar por influência da tua mãe e da tua avó. Mas hoje em dia essa ligação de gerações através da cozinha já não está tão presente. As pessoas estão menos tempo em casa e por isso cozinham menos? Sim, também acho que essa ligação se perdeu um bocado. A minha mãe sempre cozinhou em casa para nós, apesar de trabalhar fora. Eu e a minha irmã sempre tivemos festas de anos, os meus pais sempre receberam muitas pessoas em casa e sempre foi muito natural ver a minha mãe cozinhar para todas essas ocasiões. Quem não vive com este ambiente e não tem esse convívio à volta da cozinha, se calhar é mais difícil ter essa ligação. Lembro-me de ir a casa da minha avô nas férias e via-a sempre na cozinha, a fazer compotas nas férias do Verão. Se calhar hoje em dia as pessoas têm menos tempo para fazer isso.
E como é que as pessoas, especialmente os jovens, podem cozinhar coisas rápidas, mas saudáveis e retomar esse gosto pela cozinha? Cozinhando (risos)! E principalmente não terem medo de começar a cozinhar, porque muitas vezes as pessoas têm medo que saia mal. Se calhar ao início vai sair mal. Quando comecei a cozinhar também não sabia fazer arroz e errava sempre. E demorei muito tempo até conseguir fazer um arroz decente, mas se não tivesse tentado também nunca teria conseguido fazer. O importante é ir sempre tentando, nunca desistir e arriscar. Lembras-te de qual foi o primeiro prato que cozinhaste? Não me lembro do primeiro, mas lembro-me das primeiras coisas que me saíram realmente bem. Uma delas foi o bolo de laranja da minha avó que, na primeira vez, foi um desastre completo. Porque em vez de ler 3/4 de chávena de óleo li 3 chávenas de óleo, então aquilo ficou tão gorduroso que a massa não encorporava com aquilo tudo, foi um desastre! (risos).
Durante a época de exames os estudantes têm a tendência para não se alimentar tão bem. Como é que os estudantes podem incluir as refeições na sua rotina de estudo sem perder muito tempo? Que dicas lhes darias? Primeiro é preciso fazer pequenas pausas e podem aproveitar esse tempo para cozinhar coisas rápidas e que alimentam bem, como as massas, por exemplo. Quase toda a gente gosta de massa, é uma coisa bastante rápida de fazer e é algo que os vai saciar e que lhes vai permitir estudar durante várias horas. Cozinhar descontrai-me e pode ser que eles também encontrem aí uma forma de limpar a cabeça do estudo e recomeçar mais concentrados. Lembras-te de como eram as tuas rotinas de estudo quando estavas na faculdade? Eu sempre vivi em Coimbra, onde estudava também, e vivia com os meus pais, por isso nessa altura não cozinhava muito. Mas às vezes gostava de fazer uma pausa no estudo para cozinhar um bolo ou umas bolachas para o lanche. Primeiro porque sou gulosa, e depois porque o açúcar também ajudava a combater o stress. Cozinhar acalmava-me enquanto eu estava a estudar.
l exames COMO SOBREVIVER A UMA SEMANA INTENSA DE ESTUDO NA COZINHA? Almoço O estudo exige concentração e energia. Por isso não comas fast-food. Há outras soluções económicas e mais divertidas de te alimentares e ganhares energia extra para uma tarde intensa de marranço. Vê que ingredientes tens no frigorifíco e prepara uma massa simples e rápida. Enquanto cozinhas descontrais do stress da cadeira de semiologia ou matemática aplicada e, em 15 minutos, tens uma refeição rápida, simples e nutritiva que te vai ajudar a estar concentrado nos estudos; Lanche Faz pequenas pausas e aproveita para comer um snack. Faz um bolo de chocolate ou de limão. Vais ver como é revigorante!
RECEITAS PRÁTICAS* Queques de limão
*Retiradas do blogue de Joana Roque www.paracozinhar.blogspot.com
Lacinhos com atum e bróculos Ingredientes para 2 pessoas: 150g de farfale ou outra massa curta; 2 latas de atum em azeite; 200g de brócolos; 1 cebola pequena; azeite q.b.; sal e pimenta q.b.
Preparação: Arranja os brócolos partindo-os em raminhos.Coloca uma panela ao lume com água temperada de sal. Assim que esta levantar fervura junta a massa
e os brócolos deixando-os cozer. Entretanto pica a cebola e refoga-a num pouco de azeite. Acrescenta depois o atum previamente escorrido e tempera com um pouco de pimenta. Assim que a massa e os brócolos estiverem cozidos, escorre-os e volta a colocar na panela. Junta o refogado de atum e envolve cuidadosamente. Serve quente.
Ingredientes para 12 queques pequenos (chávena usada com 250ml de capacidade): 3 ovos; 1/3 de chávena de óleo vegetal; 3/4 de chávena de farinha; 3/4 chávena de açúcar; 1 colher de chá de fermento em pó; 2 limões; 2 colheres de sopa de açúcar em pó Preparação: Numa taça mistura os ovos inteiros com o açúcar, o óleo, a raspa e o sumo de um limão. Mexe bem e acrescenta depois a farinha peneirada com o fermento. Divide a massa em forminhas e coloca-as
num tabuleiro no forno (180ºC) e deixa cozinhar 15 minutos ou até a massa estar cozida (faz o teste do palito!). Entretanto mistura o sumo do outro limão com o açúcar em pó. Assim que retirares os queques do forno, pica-os com um palito e ensopa-os ligeiramente com a calda de limão e açúcar. Deixa arrefecer e guarda-os numa caixa hermética.
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MÚSICA. Sugestões para as tuas sessões intensivas de estudo
Banda sonora para queimar pestanas
l a i c espe s e m exa
Texto: José Frazão Reis Há quem não dispense a música na hora de estudar. Numa pesquisa rápida pelo sempre amigo Google reparamos que, na hora de queimar as pestanas, o jazz e a música clássica reúnem mais adeptos que o rock ou os sons mais electrónicos. O MU fez uma recolha dos estilos musicais que mais se ouvem, e destaca alguns álbuns intemporais para ouvir na penumbra da preparação dos exames.
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JAZZ
CLÁSSICA
ELECTRÓNICA
ROCK
O jazz parece ser mesmo o estilo musical que mais consenso reúne quando se trata de passar noites em claro, agarrados a livros e a canecas de café. Sugerimos neste campo o clássico trabalho ‘Kind Of Blue’ do norte-americano Miles Davis. Lançado em 1959 é um marco histórico do jazz, e uma escolha indispensável no leitor de MP3 de quem quer subir na vida, fora das Novas Oportunidades. Outra sugestão, que mistura o jazz com vertentes de world music, com sonoridades africanas, indianas ou cubanas, é o ‘A Love Supreme’ do também norte-americano John Coltrane.
A música clássica, apesar de secular, parece também ser boa companhia na hora de encaixar alguma matéria para os exames. E ‘As Quatro Estações’ de Vivaldi, composta há quase 300 anos em Amesterdão, ajudam os parágrafos a alinharem-se e os textos a fazerem sentido. Mas para matérias mais complexas, recomendamos antes o ‘Danúbio Azul’ de Johann Strauss, pois se ajudou Stanley Kubrick com o mítico filme ‘2001 – Odisseia no Espaço’, também te vai ajudar de certeza a desentorpecer qualquer disciplina académica mais trapaceira.
As vertentes electrónicas mais suaves parecem também reunir alguns estudantes na ‘lareira’ dos livros, mas não convém que as batidas por minuto ultrapassem as páginas por hora. Por isso, há que acalmar ao som da dupla austríaca Krueder & Dorfmeister com o duplo LP de remisturas ‘The K&D Sessions’. Mas se o tempo apertar, é melhor mudar para a dupla norte-americana Thievery Corporation e ouvir o ‘Sounds From The Thievery Hi-Fi’ pois tem uma cadência para um bom ‘sprint’ final.
Finalmente chegamos ao rock que, em alguns casos, parece mitigar a concentração aos marrões mais acérrimos ou aos estudantes mais desencantados com a matéria a litigar. Assim, aconselhamos as vertentes mais sinfónicas que se podem encontrar nos álbuns ‘More’ ou ‘Ummagumma’ dos Pink Floyd, mas também nos seus contemporâneos, Radiohead, com a trilogia ‘OK Computer’, ‘Kid A’ e ‘Amnesiac’.
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PAUSA. Técnicas para não olhar para os livros durante umas horas
Como arranjar desculpas para não estudar Texto: Renata Lobo Após intensa pesquisa entre estudantes universitários, ex-alunos e petizes ainda tenrinhos do secundário a braços com exames nacionais, percebemos que isto de tentar não estudar é uma verdadeira arte, tantas vezes menosprezada. Recursos para justificar a falta de estudo não faltam, e imaginação para inventar técnicas que supostamente melhoram substancialmente
Comer ocupa-nos as mãos
Agora não, que vai dar o Dr. House
Não estudar em grupo
As dietas têm de ficar mesmo para depois, porque as razões para nos alimentarmos bem com gomas, bolos e mousse de chocolate (diz que estimula o intelecto) multiplicam-se. Há quem tenha aprendido a cozinhar à pala do estudo, porque o cérebro de um estudante só funciona a açúcar. E nunca saltar as pausas, bem grandes, para lanche e jantar. E depois há as bolachas. Aquelas de abertura supostamente fácil, que demoram séculos a abrir e que gritam por ser barradas com manteiga, o que claramente ocupa as duas mãos…
E por falar em sofá… Quem nunca se colou em frente ao televisor e pensou «só mais um episódio para ganhar inspiração»? É importante distrairmo-nos um pouco, não só porque merecemos, mas também porque nos dá inspiração. Isto e pôr música aos gritos. Especialmente aquela que sabemos a letra toda e nos convida a cantar em frente ao espelho com o estojo a fazer de microfone.
Quando tudo isto falha, porque a culpa é das possibilidades de distracção dentro de casa, é mesmo melhor ir para o café arejar a cabeça e estudar com os colegas para trocar ideias. Após três cafés e cinco imperiais todos já aprenderam de certeza a quem vão cravar os apontamentos no dia a seguir. E nunca, mas nunca, nos podemos esquecer do esforço criativo que é a criação de cábulas originais na noite anterior ao exame. Mas schhhiuuuu!!!, façam de conta que não leram nada disto aqui.
E estas gavetas todas desarrumadas? Não pode ser...
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Desatar em arrumações desenfreadas ao quarto é outra das técnicas mais utilizadas. Isto quando a malta não se aventura pelo resto da casa, caso a vontade de estudar seja mesmo muita. Há quem opte por dar especial enfoque à estante e secretária com a desculpa de nunca saber quais os livros que vão ser necessários e ter espaço na secretária para eles, bem como experimentar diferentes locais da casa para estudar e demorar muito tempo a transferir as coisas da secretária para a mesa de jantar e de lá para o sofá.
E ir para o exame despenteado? Nada disso! Também a imagem conta muito, e temos sempre de ter a certeza de qual a melhor roupa que queremos levar para o exame. Horas em frente ao espelho, muitos banhos, unhas e depilação feita são assuntos incontornáveis. E tudo isto demora o seu tempo, claro está...
Agora a sério...
Dos alunos mais dedicados aos mais baldas, todos (sim, todos) temos ou tivemos truques para adiar o segundo em que se enfia o nariz nos livros, apontamentos ou fotocópias que ameaçam invadir a nossa confortável e adormecida massa cinzenta. Mas agora a sério... Deixa-te de desculpas e vai estudar!!
TREINA O TEU RACÍOCINIO Mente Brilhante 2 Autor: Charles Phillips Editora: Estrela Polar Para te ajudar a estimular o cérebro, faz um exercício destes por dia e aproveita ao máximo todo o teu potencial intelectual. ‘Mente Brilhante 2’ de Charles Phillips é um livro que reúne 150 exercícios de raciocínio rápido organizados por níveis de dificuldade para estimular a memória, aconselhado a estudantes.