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Saúde Estimular o cérebro é bom em qualquer idade
Segunda-feira, 6 de Junho de 2011 | Mundo Universitário Sénior | Edição n.º 5 | Distribuição gratuita
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Formação O conhecimento não ocupa lugar
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bem-estar Cuidados a ter em dias de calor
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realização Há quem só tenha descoberto o talento após os 50 anos
X Encontro de Universidades Seniores
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cultura Sugestões para os seus tempos livres
Faça um brinde ao conhecimento
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Mundo Universitário Sénior | Segunda-feira, 6 de Junho de 2011
EDITORIAL Rumo a Oliveira de Azeméis
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Estou certa de que a Universidade Sénior de Oliveira de Azeméis se vai encher dos mais belos sorrisos.
Índice
SAÚDE Já exercitou os seus neurónios hoje? Saiba de que forma pode pôr o seu cérebro a trabalhar melhor ......... 04
FORMAÇÃO Mãe, mãe... O avô também vai à escola? O X Encontro Nacional de UTIS decorre a 12 de Junho em Oliveira de Azeméis. Descubra o que vai acontecer e porque é que a formação é tão importante na sua idade ............ 06
BEM-ESTAR Dias de calor, cuidados redobrados Com o aproximar das vagas de calor mantenha-se hidratado(a) .. 08 A elegância não escolhe idades Não precisa de gastar fortunas para se sentir elegante, às vezes basta perder uns minutos ao espelho .............................. 10
REALIZAÇÃO A reforma pode ser uma lua-de-mel Muitas pessoas bloqueiam quando passam à idade da reforma. Não tem que ser assim ...................................................................... 12 Há vida depois dos 50 Alguns dos grandes génios da Humanidade só perceberam como atingir o sucesso depois dos 50 anos. Descubra alguns ................. 13
CULTURA Verão é para sair de casa Eventos culturais em Lisboa e no Porto ........................................... 14 Música e livros Novos lançamentos para os seus tempos de lazer ......................... 15
Laura Alves • Directora lalves@mundouniversitario.pt
No dia 12 de Junho, Oliveira de Azeméis vai receber centenas de estudantes provenientes de todo o País. Não me recordo de alguma vez ter ido a Oliveira de Azeméis, mas estou em crer que, além de ser um óptimo destino para um passeio de fim-de-semana, muito provavelmente é cidade para ter uma gastronomia apurada – ou não estivesse ali situada num ponto em que recebe as influências das Beiras e da Zona Norte. E eu, como bom garfo que sou, já estou a sofrer por antecipação por não poder estar presente no X Encontro Nacional de UTIS, uma festa que, além da grande diversão que promete, tem o condão de colocar em contacto os alunos das Universidades Seniores de Norte a Sul de Portugal. As pessoas que tiveram a coragem de se voltar a sentar num banco de escola têm, assim, um momento simbólico que marca o final de um ano lectivo, que assinala com alegria e emoção o cumprir do desafio que é ser estudante depois dos 50 ou 60 anos. E, por entre actuações musicais, danças e várias outras actividades que irão animar a tarde, com toda a certeza haverá espaço para se criarem boas e sólidas amizades e oportunidade para se trocaram diferentes experiências de aprendizagem. Estou certa de que a Universidade Sénior de Oliveira de Azeméis se vai encher dos mais belos sorrisos do mundo: aqueles sorrisos de quem sente que continua a aprender coisas novas a cada dia que passa; aqueles sorrisos de quem sabe que a vida é para ser bem vivida, deixando fechadas numa gaveta as amarguras e as tristezas que só fazem mal à saúde; aqueles sorrisos de quem renasceu ao descobrir todas as possibilidades de realização pessoal proporcionadas pelas Universidades Seniores. Nesta edição do Mundo Universitário Sénior – um jornal feito a pensar em si e que é distribuído nas Universidades Seniores das zonas da Grande Lisboa e do Grande Porto e hoje, porque é uma ocasião especial, no X Encontro Nacional de UTIS – falamos da importância que o regresso à escola/universidade teve e tem na vida de algumas pessoas, revelamos-lhe porque é que deve estimular continuamente o seu cérebro, independentemente da sua idade, e indicamos-lhe ainda alguns truques para se apresentar sempre elegante onde quer que esteja. Temos ainda algumas sugestões de leitura e de discos para ouvir durante os seus tempos de lazer, agora que as férias da universidade estão aí. E agora... faça favor de se divertir em Oliveira de Azeméis! E, se no meio da diversão se lembrar, tire fotografias e envie-nos. Teremos todo o gosto em as publicar na próxima edição do Mundo Universitário Sénior, em Setembro.
Entre em contacto com o Mundo Universitário Sénior Se tem uma história interessante, deseja divulgar um evento ou tem uma opinião que gostaria de partilhar, contacte-nos: Jornal Mundo Universitário Sénior – Moving Media Estrada da Outurela, 118, Parque Holanda-Edifício Holanda, 2790-114 Carnaxide Tel.: 214 201 350 | E-mail: senior@mundouniversitario.pt
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ficHa TécNicA: Propriedade: Moving Media Publicações Lda | Empresa n.º 223575 | Matrícula n.º 10138 da C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 | Conselho de Gerência: António Stilwell Zilhão, Francisco Pinto Barbosa, Gonçalo Sousa Uva | Directora Editorial: Laura Alves | Colaboradores: Andreia Arenga, Bruna Pereira, Eliana Silva, Emanuel Amorim, João Tomé, | Paginação: Filipa Andrade | Revisão: Catarina Poderoso | Marketing: Vanda Filipe | Publicidade: Margarida Rêgo (Directora Comercial), Elsa Tomé (Account Sénior), Mariana Jesus (Account Júnior) | Distribuição: José Magalhães | Sede Redacção: Estrada da Outurela n.º 118 Parque Holanda Edifício Holanda, 2790-114 Carnaxide | Tel: 21 420 13 50 | Tiragem: 7 500 | Distribuição: Gratuita | Impressão: Grafedisport; Morada: Casal Sta. Leopoldina – Queluz de Baixo 2745 Barcarena; ISSN 1646-1649.
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Mundo Universitário Sénior| Segunda-feira, 6 de Junho de 2011
Saúde
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ACTIVIDADE CEREBRAL. Conheça os benefícios de manter o cérebro em permanente actividade
Como manter o seu cérebro em forma? • Saia de casa, nem que seja para um passeio não planeado. - Mantenha o contacto com os amigos e organize convívios regulares. • Experimente escovar os dentes, pentear-se ou escrever com a mão contrária, isso activa diferentes áreas do cérebro. • Seja vaidoso(a), arrisque novas combinações de cores na roupa do dia-a-dia. • Escolha caminhos diferentes para actividades rotineiras, tais como a ida às compras ou o passeio com o cão. • Active os cinco sentidos durante o dia: leia um pouco, ouça música ou rádio, faça uma sobremesa diferente, renove manualmente o guarda-roupa… • Faça palavras cruzadas ou Sudoku nos tempos mortos: viagens de transportes, descanso em jardins ou praia. • Durma virado para os pés da cama, de vez em quando, só para variar. • Inicie um hobby novo: bricolagem, costura, pintura, crochet, ou ingresse numa universidade de terceira idade… • Adopte uma nova mascote a quem dedicar carinho e atenção: pássaro, peixe, cão, gato ou até uma planta.
Já exercitou os seus neurónios hoje? Um novo cabelo branco ou uma ruga que parecia não existir da última vez que se viu ao espelho são aspectos aos quais é fácil estar mais atento. Mas no interior do seu cérebro existe toda uma maquinaria de células escondidas que o ajudam diariamente a receber, tratar e compreender inúmeras informações vitais. O cérebro humano possui cerca de mil milhões de neurónios. Descubra como manter os seus em pleno funcionamento de forma simples, fácil e divertida! Texto: Andreia Arenga
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ão é segredo para ninguém que, aos seus 102 anos de vida, Manoel de Oliveira continua cheio de ideias e feliz a produzir cinema. Recuando no friso cronológico da História são inúmeros outros casos de velhices ricas e plenas de criatividade – Verdi, por exemplo, continuou a compor óperas depois dos 80, Goethe terminou ‘Fausto’ aos 81, Catão começou a estudar grego aos 82 e o pintor Ticiano já estava quase nos 90 anos quando começou a esculpir a sua obra ‘Pietà’… Isto leva-nos a perguntar: já exercitou os seus neurónios hoje? O cérebro, tal e qual como qualquer músculo do corpo, desenvolve-se pelo uso
e precisa de estar em forma para continuar a permitir a realização de tarefas tão simples como ler uma carta, falar, ouvir música, memorizar uma simples lista de supermercado ou ser capaz de fazer as contas do troco na altura do seu pagamento. Desenvolva novos gostos Só porque deixou de trabalhar não quer dizer que não possa ter outros horários para cumprir. Continue a arranjar-se para sair de casa, crie a sua própria horta, dedique-se aos trabalhos manuais, reveja os seus amigos e mantenha-se ocupado de forma a não deixar o cérebro adormecer – porque quem se aposentou foi você, não os seus neurónios!
Sobre os primeiros efeitos da velhice, José Alves Grilo Gonçalves, director do Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar de Coimbra, EPE, recorda que «a velhice habitual é passível de ser modulavél, sendo que factores extrínsecos como os estilos de vida desempenham papel determinante na boa saúde mental, de forma que as alterações cognitivas podem ser bem explicadas em função de tais factores: estilo de vida, hábitos, dieta e integração psico-social, mais de que pelo envelhecimento per si.» O especialista acrescenta que a associação entre actividade cognitiva elevada e a redução do risco para desenvolver doenças como
a Alzheimer atribui-se à educação, chegando-se a afirmar que «pessoas com elevados níveis de educação são capazes de mais efectivamente usarem os sistemas cerebrais ainda saudáveis, servindo-se estas pessoas de estratégias cognitivas para tornarem eficazes o que ainda lhes resta de saudável do ponto de vista neuronal.» O médico avança ainda que «na literatura sobre reabilitação há várias descrições sobre a melhoria da memória e outras funções cognitivas através do treino, daí que se recomendem jogos como os quebra-cabeças, Sudoku, etc. Todos contribuem para o adiamento do processo de perda de funções.»
Tem lapsos de memória? Eis algumas dicas para os ultrapassar Durma bem Depois de uma noite bem dormida o cérebro funciona melhor, pelo que convém não descurar as preciosas seis a oito horas de sono, para regenerar a actividade dos neurónios. Faça exercício O exercício físico, além de libertar o stress, ajuda à circulação do sangue, o que significa que o cérebro também será melhor alimentado com oxigénio e nutrientes. Chocolate e cafeína, mas com moderação Beber chá verde ou preto, que contêm cafeína, e mordiscar um chocolate, desde que não abuse, pode dar-lhe um pouco mais de energia e melhorar a sua concentração.
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Formação
Elita Guerreiro 73 anos Aluna da Universidade Sénior de Azeitão
«Nunca é tarde para aprender!» «A maior experiência foi ter passado da Universidade para o Centro de Novas Oportunidades, onde concluí o 9.º ano de escolaridade. Actualmente continuo a frequentar a Universidade Sénior de Azeitão com muito orgulho. Aconselho a quem tem gosto em aprender que contacte uma instituição como a Universidade Sénior de Azeitão, onde se aprende e se ensina amor, companheirismo e muito mais.»
António Gomes 73 anos
L ESPECIA RO
X ENCONT SIDADES DAS UNIVER SENIORES
Mãe, mãe... O avô também vai à escola?
Aluno da Universidade Sénior Contemporânea (USC) do Porto
«Foi uma felicidade esta decisão» «É possível conviver com algumas dezenas de senhoras e homens provenientes de várias áreas de actividade profissional, o que muito me enriqueceu. A USC organiza vários eventos: visita ao Museu do Pão em Seia, Fábrica de Chapéus de São João da Madeira, Palácio de Queluz, Palácio de Sintra, viagens a Salamanca, Madrid, Açores e agora em Junho a Londres, para praticar o inglês das nossas aulas. Fizemos ainda sessões do coro e fomos à SIC e à RTP… Para mim foi uma felicidade esta decisão, porque envelhecer é uma arte e agora, felizmente, eu sei envelhecer com arte e alegria.»
Depois dos 50, são muitos aqueles que agarram na mochila da vida e juntam a uma existência plena de família, trabalhos, alegrias e tristezas, a vontade de ingressar numa universidade. Tudo porque se ‘o amor não escolhe idades’, a vontade de aprender e de fazer novos amigos muito menos. Por isso mesmo, não pode faltar à grande festa que vai ser o X Encontro das Universidades, que decorre a 12 de Junho na Universidade de Oliveira de Azeméis, onde irá conhecer colegas seus de todos os pontos do País. Texto: Bruna Pereira
Regressar à escola é regressar à vida Durante 53 anos António Gomes trabalhou arduamente uma média de 10/11 horas diárias. Gerente na Fábrica de Peúgas BêGê, quando chegou a altura, aposentou-se. No entanto, o mais do que merecido descanso que chegou com a reforma depressa se tornou demasiado enfadonho. Decidido a não se deixar hipnotizar por longos serões em frente à televisão, onde a única companhia seria o telecomando de plástico, António decidiu preencher os tempos livres com variadas actividades, entre elas um inesperado e corajoso regresso às aulas. «Resolvi manter as minhas relações públicas em actividade: fui colaborador desportivo no Jornal ‘O Comércio do Porto’, mantenho-me ainda dirigente em vá-
rias associações desportivas e agora, nos meus 73 anos, até consigo ser coralista na Universidade Sénior Contemporânea (USC) do Porto!» Contrariando as estatísticas, António Gomes chegou à idade da reforma e não se sente cansado, não quer estar livre de horários nem de compromissos, quer continuar a arranjar-se para sair de casa, manter o convívio social e fazer novos amigos para poder trocar ideias. «Sou um idoso, mas muito vaidoso e gosto muito de mim» – é assim que António Gomes encara esta nova etapa da sua vida, aconselhando todos os indecisos a dar o passo do regresso aos bancos da escola numa Universidade da Terceira Idade da seguinte forma: «Não fiquem em casa sentados no sofá a olhar para a televisão. Criem o hábito de
se levantar para ir às aulas, conviver e descobrir valências que todos temos dentro e podem nunca chegar a ser descobertas sem a convivência. Venham cantar, dançar, pintar, aprender a navegar na Internet, aprender inglês, conhecer lendas e provérbios, entre outras muitas disciplinas.» Valorize-se, vá para a universidade! «Ninguém é tão velho que não espere que depois de um dia não venha outro», escreveu o grande pensador romano Séneca. Mais de vinte séculos depois destas sábias palavras, a evolução económica, social e demográfica atesta que hoje todos temos oportunidade de comer melhor, de forma mais barata e variada, beneficiar de habitações com mais con-
dições higiénicas e usufruir de cuidados de saúde mais dignos e eficazes, o que em suma significa que vivemos melhor e até bem mais tarde. A velhice passa a chamar-se longevidade e constitui o momento de satisfação que deve ser aproveitado para a realização pessoal de todos os que têm o privilégio de viver mais tempo – é aqui que entram as universidades vocacionadas para a terceira idade. Surgidas em França durante as décadas de 60 e 70, as inicialmente chamadas ‘Universidades do Tempo Livre’ estavam direccionadas para os aposentados, com o intuito último de ocupar os tempos livres dos seus frequentadores. Em Portugal, a primeira Universidade de Terceira Idade nasceu em 1976, com a criação da Universidade Internacional da
Terceira Idade de Lisboa, altura em que 26 por cento da população portuguesa não sabia ler nem escrever e 48 por cento possuía apenas quatro anos de escolaridade, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) do Censos de 1981. Mudam-se os tempos... Hoje em dia, estes alunos, geralmente com mais de 50 anos de idade, são convidados para muito mais do que ‘passar o tempo’ nas agora designadas de Universidades de Terceira Idade, Universidades Sénior ou Academias Sénior: podem escolher cursos livres nas áreas de Humanidades, Sociologia, Línguas Estrangeiras, Escrita Criativa, Saúde, Artes Plásticas, Novas Tecnologias da Informação, dispondo também de actividades como gi-
nástica, natação, canto coral ou teatro, num contexto de aprendizagem que acontece ao longo da vida e em regime informal. Quem decide embarcar nesta aventura do saber experimenta um riquíssimo espaço de convívio intergeracional que promove a auto-estima e valoriza o aluno como pessoa. Segundo um estudo coordenado em 2004/05 por Luís Jacob, fundador e director da Universidade Sénior de Almeirim, para a Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS), a influência destas instituições na qualidade de vida dos seniores portugueses é deveras positiva. «As actividades melhoram de facto a qualidade de vida ou a percepção desta nos seniores», ajudando a diminuir o sentimento de depressão, solidão ou pessimismo.
Segunda-feira, 6 de Junho de 2011 | Mundo Universitário Sénior
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Formação
Festa em Oliveira de Azeméis!
Tudo a postos para o grande encontro de estudantes, vindos de todo o País, para comemorarem em conjunto as realizações conquistadas de um ano nas universidades seniores. Eis alguns pormenores da programação.
ESPECIAL
X ENCONTRO SIDADES DAS UNIVER SENIORES PROGRAMA | 12 de Junho de 2011
X Encontro de UTIS A partir das 10h – Recepção de boas-vindas na Praça José da Costa Paragem dos autocarros junto ao Tribunal e descida dos participantes com a bandeira, onde serão recebidos pelos respectivos guias, portadores das placas identificativas, que os encaminharão até ao jardim público. Aí poderão saborear algumas das iguarias gastronómicas da nossa terra e apreciar música e dança tradicionais.
PRAÇA DA CIDADE 12h00 – Abertura solene do encontro – Intervenção de entidades e individualidades 13h00 – Passagem do testemunho 13h15 – Desfile das bandeiras, por ordem alfabética da localidade a que pertence a UTI PAVILHÃO MUNICIPAL 13h30 – Almoço servido na mesa No final do almoço, o Grupo Coral da USOA abrirá a tarde recreativa com a entoação do Hino da RUTIS e do Hino da USOA Tarde recreativa - Entrega de prémios pela RUTIS e pela USOA (V Concurso de quadras populares) - Actuação dos grupos da USOA (madrigais e cavaquinhos) - Lanche - Tarde dançante com animação dos grupos
Mestre Joaquim 76 anos Formador na Universidade Sénior de Azeitão
«Constroem-se amizades muito firmes e salutares» «Fui convidado pela Direcção da Universidade Sénior de Azeitão para ser formador na disciplina de Património e História Local. O aspecto mais positivo desta experiência é a integração plena dos formandos – mesmo com diferenças de idade que chegam aos 20 anos. Constroem-se amizades muito firmes e salutares. Há formadores que são formandos e vice-versa, sem qualquer complexo quando os lugares são invertidos.»
Manuela Soares 67 anos Aluna da Universidade Sénior de Santa Comba Dão
Almoço Entradas Azeitonas temperadas com ervas aromáticas, salada de bacalhau desfiado, bola de carne, croquetes, rissóis, salada de orelheira temperada, rolinhos de melão com presunto, paio laminado. Pratos quentes Creme de legumes; Vitela assada à moda de Dão de Lafões acompanhada com batata assada, arroz branco e salada mista. Sobremesa Fruta ao natural e semi-frio.
«Antes não sabia mexer num computador» «Tomei o passo de ingressar na Universidade Sénior porque o meu marido faleceu e fiquei só e com uma grande depressão. Posso dizer que ingressei na Universidade em Outubro e, dois meses depois, deixei de tomar os medicamentos. Experiência positiva é eu estar a escrever este testemunho, pois antes não sabia mexer num computador. Tenho uns professores maravilhosos. Conselho a dar? Vão para a Universidade Sénior, porque não se vão arrepender!»
Bebidas Vinho maduro branco e tinto, vinho verde, sumos águas com e sem gás, cerveja com e sem álcool, café e chá. Lanche Fruta ao natural e doces diversos; Saladas e quiches diversas, pizzas, grelhados mistos e caldo verde.
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Mundo Universitário Sénior| Segunda-feira, 6 de Junho de 2011
bem-estar VERÃO. Conselhos para ter dias frescos e tranquilos e evitar a desidratação
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Nos dias mais quentes, não se esqueça... • Evite longos períodos de exposição ao sol, em especial, nas horas de maior calor. • Use sempre um protector solar com um factor de protecção elevado, além de óculos de sol. • Use roupas leves, de tons claros e, de preferência, feitas em tecidos que permitam a transpiração. • Beba água com muita regularidade (dose recomendada, cerca de dois litros por dia). Prefira água à temperatura ambiente, pois a água gelada só dá uma falsa sensação de ter matado a sede e pode fazer-lhe mal à garganta. Evite as bebidas muito doces ou com gás. • Alimente-se bem, mesmo que não tenha muito apetite, mas prefira alimentos leves e naturais, frutas e verduras. Evite as gorduras. • Evite comer alimentos com muitos molhos, maionese ou ovos, pois o calor aumenta o risco de estarem estragados. • Se for à praia, leve muita fruta e água. E não se esqueça de levar um guarda-sol, pois as sombras nos dias de calor são as suas melhores amigas. • Se sentir dores de cabeça, tonturas, fraqueza ou vómitos poderá estar com sintomas de desidratação. Não desvalorize os sintomas, vá ao centro de saúde mais próximo.
Dias de calor, cuidados redobrados Com o tempo quente que se vive por estes dias vêm, também, as vagas de calor que, em algumas alturas, podem ser um autêntico suplício. Há dias em que nem os leques nem as sombras ajudam a refrescar, pelo que convém ter alguns cuidados que ajudam a reduzir a sensação de desconforto. Beber muita água é obrigatório, para não desidratar, mas há ainda outras precauções que deve tomar. Texto: Laura Alves
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odas as pessoas, de todas as idades, sofrem com o calor. Mas é normal que, a partir de uma certa idade, especialmente, se for propenso a ter tensão baixa e tonturas, que as altas temperaturas lhe causem um maior desconforto. O excesso de calor pode, mesmo, provocar alterações na pressão arterial e agravar doenças crónicas. Acontece também que, após os 60 anos, é normal a sensação de sede diminuir, o que faz com que se beba menos água. Mas é importante não esquecer que, durante o Verão, deve beber cerca de dois litros de água por dia ou mais, para que não fique desidratado. Mesmo que não sinta sede, obrigue-se a beber água, preferencialmente, à temperatura natural. Carregue sempre uma garrafa de água consigo para onde quer que vá.
Protector solar, sempre Por esta altura chega, igualmente, a vontade de passar os dias na esplanada ou na praia. Tenha atenção aos raios ultra-violeta e aos típicos escaldões. A pele não é para brincar, e o sol em demasia sem protecção está na origem de problemas sérios como o cancro da pele. Sair de casa sim, mas sempre com um frasco de creme protector na mala, seja homem ou mulher, que os escaldões não escolhem sexo nem idade. Além desses cuidados, tente usar roupas leves, de preferência de algodão, pois permitem que a sua pele respire. E opte pelas cores mais claras, pois a roupa escura tende a concentrar mais o calor. Por último, sempre que possível vá molhar os pés – ou mesmo dar um mergulho – numa praia ou rio próximo, pois além de lhe refrescar o corpo, o exercício irá fazer-lhe maravilhas à alma!
Receitas para dias quentes
Salada festiva Ingredientes: 2 endívias; 2 laranjas; 2 tangerinas; 1 romã; 100 g de milho doce; 30 g de miolo de nozes; 30 g de miolo de amêndoas; 30 g de pinhões; 1 iogurte natural; 1 dl de natas; sumo de 1 limão, sal e pimenta q.b. Confecção: Descasque, separe os gomos e retire os caroços às laranjas e às tangerinas. Descasque as romãs e separe-lhes os bagos. Escolha e lave as folhas das endívias, colocando-as de seguida numa saladeira. No centro, coloque os gomos da laranja e da tangerina, os frutos secos, os bagos de romã e o milho, espalhando bem. À parte, bata as natas, misture o iogurte e tempere com sumo de limão, sal e pimenta. No momento de servir regue a salada com o molho.
Salada de polvo e coentros Ingredientes: 1 polvo de 1,5 kg; 2 cebolas picadas; 1 molho de coentros picados; 1 cebola inteira; alhos; 1 pimento verde picado; 1 pimento encarnado picado; 2 ovos cozidos e picados; azeite; vinagre; colorau; sal e pimenta Confecção: Num tacho com água fria coza o polvo com a cebola inteira, escorra e deixe arrefecer. Corte o polvo em pedaços pequenos. Limpe os pimentos e corte-os primeiro em tiras e depois em quadradinhos. Numa saladeira ponha os pedaços de polvo e junte os pimentos, a cebola, os alhos, os ovos e os coentros. Tempere com azeite, vinagre, sal, pimenta e colorau. Misture muito bem e deixe tomar gosto. Antes de servir polvilhe com mais coentros picados.
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Segunda-feira, 6 de Junho de 2011 | Mundo Universitário Sénior
bem-estar BELEZA. Dicas para se sentir bem na sua pele, independentemente da idade
A elegância não escolhe idades
Dizia a eterna Coco Chanel: «Vista-se mal e reparam no vestido. Vista-se bem e vão reparar na mulher». A elegância não tem realmente a ver com idades. Uma mulher bonita, alta e magra, vestida com todas as cores do arco-íris dificilmente será elegante. Em contrapartida, se tirar um tempinho para se olhar ao espelho e combinar bem as peças de roupa que veste e os acessórios, verá como surpreende os seus amigos. Texto: Eliana Silva
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verdadeira elegância não é pura estética, mas sim atitude. Quando alguém demonstra confiança, segurança em si própria, permite-se viver a vida que escolheu. Todavia, é igualmente sinónimo de bom gosto. Não é uma coisa inata, aprende-se e apreende-se com o tempo. É verdade que o paradigma da idade mudou na sociedade. Há quem diga que os 40 são os novos 30, os 50 os novos 40 e assim sucessivamente. Provavelmente produto de uma tecnologia cosmética avançada que diminui os sinais da idade, ou efeito da evolução do papel social da mulher. Com idade, os corpos mudam, as curvas acentuamse e a lei da gravidade co-
meça a fazer das suas. No entanto, a elegância não está de facto relacionada com a idade. É muito mais do que isso. E você, pode ser elegante? Não tenha a mínima dúvida. Ser elegante não é vestir marcas de renome, não é usar muitos acessórios. Ser elegante não é demonstrar luxo. Regra geral, a elegância está associada à sobriedade mas, na verdade, pode ter um estilo um pouco mais arrojado e procurar na mesma um equilíbrio com a idade e com o seu estilo. Há de facto mulheres cujo estilo é intemporal. Catherine Deneuve é um dos melhores exemplos:
mais ou menos casual, é a embaixadora do french chic. Do lado norte-americano, a atriz Meryl Streep leva o prémio da elegância. Na realidade, não há uma lista negra de peças que não podem ser utilizadas por mulheres de 60 anos. Contudo, as mini-saias, os calções e os saltos de 15 cm são peças a evitar. Por outro lado, se quiser ser um pouco mais ousada procure mostrar um ombro – um vestido assimétrico é sempre uma opção com graça para uma noite de Verão. O que ter no roupeiro Há peças que devem fazer parte de qualquer guarda-roupa que pintam os seus dias de elegância: um ves-
tido preto, um blazer, uma camisa branca ou uma saia cintada. Nos seus pés, os melhores amigos são as sabrinas – tal e qual Madame Chanel – umas cunhas divertidas, um par de sapatos altos pretos e, se seguir a última tendência da Valentino, terá uns sapatos bicudos com uns 3 cm de salto. Cores que ligam bem consigo A elegância liga-se ao preto, ao azul escuro, aos brancos e aos tons de pele como o rosa e o bege. Se optar por um vestido de alças pelo joelho, umas bonitas sandálias e um cinto, pode sempre juntar uma pulseira que seja um pouco mais colorida e mais alegre. O seu estilo é não
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só elegantes mas também equilibrado e singular. Segundo Vicky Fernandes, autora de vários livros sobre a elegância e a arte de vestir, «há características físicas que podem ajudar a criar uma imagem mais conforme aos cânones vigentes, mas isso é só uma parte da solução» já que faz parte do ‘exercício’ conhecer o seu corpo e perceber que tipo de roupa se enquadra melhor na sua estrutura. Não fique pelos cabelos Aos 60 anos, o tamanho dos seus cabelos não se querem muito mais lon-
1. Carolina Herrera 2. Purificación Garcia 3. Carolina Herrera 4. Carolina Herrera 5. Purificación Garcia 6. Zillian 7. Malene Birger 8. Malene Birger
gos do que os ombros. Retome Catherine Deneuve ou Coco Chanel como exemplos: os seus cabelos ficam-se por essa zona. Se quiser seguir as últimas tendências poderá sempre apanhar o cabelo num efeito rabo-de-cavalo, mas um pouco descaído. Acima de tudo, um comportamento elegante pode ser trabalhado, mas convém que cada mulher se sinta bem consigo mesmo. Mais uma vez, a elegância não tem que andar de mão dada com o luxo. As revistas de moda são referências mas fazer cópia de um estilo é reforçado e pouco natural.
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realização Tempos livres. Saiba como preencher o seu tempo depois de se reformar
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Esta fase não pode ser vivida apenas pela pessoa, mas também pela família. É preciso reaprender a estar, a sentir e a ser em família.
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Helena Loureiro investigadora da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
A reforma pode ser uma lua-de-mel A passagem da vida activa para a reforma traz alterações profundas na rotina e no estilo de vida das pessoas. Helena Loureiro é investigadora na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e publicou recentemente um estudo que mostra como os reformados lidam com essas mudanças. A dificuldade em ocupar os tempos livres e a solidão são algumas das conclusões retiradas. Mas esta etapa da sua vida pode ser um autêntico período de ouro. Texto: Andreia Arenga
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uma das fases da vida mais esperadas pelo ser humano. Ter tempo para fazer o que realmente se gosta, viajar e estar mais disponível para a família são desejos comuns de quem dedica a maior parte do tempo à vida profissional. Mas quando a reforma finalmente chega nem sempre é encarada de uma forma positiva. «Esta é uma fase que é vista como uma espécie de lua-de-mel em que as pessoas passam a ter mais tempo para fazer aquilo que realmente gostam, mas depois na prática isso não acontece. O trabalho é uma forma de socialização e, muitas vezes, no final da meia-idade, na altura de entrarem na reforma, há uma parte importante desse contacto social que deixa de existir. De repente, estas pessoas vêem-se desprovidas de actividades para
realizar, não sabem como ocupar o tempo», explica a investigadora. Dificuldade em ocupar o tempo O estudo ‘Cuidar na Entrada da Reforma: Uma Intervenção Conduncente à Promoção da Saúde de Indivíduos e Famílias’, levado a cabo por Helena Loureiro, procurou conhecer melhor a forma como os reformados lidam com essa mudança nas suas vidas e na dos seus familiares. A partir de um questionário a 432 reformados há menos de cinco anos, a investigadora concluiu que a dificuldade de adaptação à alteração das rotinas diárias (25,5 por cento dos inquiridos), a dificuldade em ocupar o tempo (14,7 por cento), a solidão (13,2 por cento), a diminuição da auto-estima (10,3 por cento) e alterações no esta-
do de saúde (5,9 por cento), nomeadamente ao nível emocional e psicológico, são alguns dos sentimentos com os quais os reformados se confrontam na fase de transição da vida activa para a reforma. «A depressão é muito frequente, sobretudo no género masculino após a reforma. Como a mulher foi sempre ocupando o tempo com outras actividades, nomeadamente a cuidar da família e da casa, quando se reforma está mais preparada. O homem não. Como nunca teve essas actividades paralelas fica completamente desprovido de actividades que ocupem o seu tempo», explica a investigadora. Viver a reforma em pleno Mas existem soluções para que a reforma possa ser vivida com serenidade e plenitude. De acordo com Helena
Loureiro, o papel da família nuclear é fundamental nessa vivência e na construção de um projecto de vida. No entanto, essa tem que ser uma transformação que começa primeiro no indivíduo. «É preciso perceber que não é no dia que se reformam que têm que agir. Têm que se preparar para a passagem à reforma. Tem que ser a própria pessoa a interiorizar que tem que ser ela a construir o seu próprio projecto de vida. É importante que as pessoas não deixem de trabalhar totalmente e que mantenham alguma actividade profissional a meio tempo. E é preciso estarem atentas às suas questões de saúde e responsabilizar as famílias. Esta fase não pode ser vivida apenas pela pessoa, mas também pela família. É preciso reaprender a estar, a sentir e a ser em família.»
Aprenda a envelhecer activamente Ajudar as pessoas a manter uma vida saudável, com base numa alimentação equilibrada, exercício físico e vivência plena dos afectos e das relações sociais são os objectivos do ‘Manual de Envelhecimento Activo’. Da autoria de Oscar Ribeiro, psicólogo e docente na Universidade de Aveiro, este livro em jeito de manual dá algumas dicas preciosas sobre como manter uma vida activa e saudável, mesmo depois da aposentação. Além de conselhos úteis sobre alimentação, o ‘Manual de Envelhecimento Activo’ sugere ainda diversas actividades de tempos livres como a jardinagem ou o Tai Chi, uma agenda semanal para que possa planear as suas actividades e exercícios cognitivos para estimular a actividade cerebral.
Segunda-feira, 6 de Junho de 2011 | Mundo Universitário Sénior
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realização
SUCESSO. Sabia que algumas das grandes personalidades mundiais só começaram a ‘viver’ a partir de certa idade?
Há vida depois dos 50 Estudos recentes indicam que a felicidade é mais fácil de obter depois dos 50 anos de vida: as pessoas são menos stressadas, com menos raiva ou preocupação. Talvez por isso não faltem exemplos de pessoas que obtiveram bastante sucesso depois de cumprirem meio século. Aqui fica uma pequena amostra de Texto: João Tomé uma lista gigante.
Ronald Reagan Já era estrela de Hollywood há muitos anos, mas Reagan só se tornou político a tempo inteiro aos 61 anos, quando se tornou governador da Califórnia. Poucos anos depois tornou-se presidente dos Estados Unidos da América.
Manoel de Oliveira
José Saramago
Winston Churchill
Nasceu em 1908, mas só já quando era trintão é que realizou o seu primeiro filme (‘Aniki-Bobó’). Apesar do sucesso, Manoel só voltou a experimentar a realização aos 55 anos. Foi depois disso que se tornou num realizador regular, especialmente depois dos anos 80, em que já tinha perto de 80 anos. Continua em actividade aos 102 anos de idade.
Lançou o seu primeiro romance aos 25 anos (‘Terra do Pecado’, 1947), mas a carreira de escritor só despontou já com quase 60 anos com o terceiro romance, ‘Levantado do Chão’, de 1980. Depois disso é que vieram os grandes sucessos (13 romances) que tornaram Saramago num prémio Nobel em 1998, aos 76 anos.
Foi já depois dos 60 anos de idade que o mítico Churchill foi eleito primeiro-ministro e se tornou nos anos seguintes um dos líderes mundiais mais carismáticos e preponderantes da história mundial.
Coronel Harland Sanders
Ray Kroc
Grandma Moses Anna Mary Moses chegou aos 80 anos de vida como uma modesta avó que trabalhou toda a vida como agricultora. Mas certo dia experimentou trocar a enxada por um pincel, começou a pintar e tornou-se numa das mais celebradas pintoras norteamericanas, que representou na perfeição o estilo folk.
O nome pode não ser muito conhecido, mas a criação está um pouco por todo o mundo. Este militar norte-americano começou a cozinhar frango em Corbin, Kentucky, quando tinha 40 anos. Mas só aos 65 é que o sucesso das suas receitas secretas para preparar o frango lhe permitiu criar a cadeia de restaurantes KFC Kentucky Fried Chicken.
Este vendedor de máquinas de batidos, aos 52 anos de idade tornou os pequenos restaurantes dos irmãos McDonald’s num dos maiores negócios do século – antes disso já tinha comprado a cadeia aos irmãos –, com restaurantes um pouco por todo o mundo. Kroc colocou o sistema de linhas de montagem de Henry Ford (nos automóveis) associado aos seus restaurantes.
Abraham Kasinski
Abílio Diniz
Goethe
Este empresário brasileiro tinha uma vida pacata como um dos donos da Cofap, uma empresa de peças para automóveis de grande dimensão no Brasil. Foi aos 88 anos que, depois de se separar da esposa e de ter perdido grande parte da fortuna (também graças aos filhos), acabou por montar a empresa de motos Kasinski, que hoje é famosa internacionalmente.
Quando chegou ao Brasil já os seus pais portugueses viviam em São Paulo há sete anos. Abílio ingressou na empresa de doçaria do pai, Pão de Açúcar, quando tinha 20 anos, mas foi aos 67 anos que conseguiu concretizar o sonho e transformar o pequeno negócio na maior rede de supermercados do país.
Um dos maiores autores da literatura alemã escreveu uma das suas obras mais emblemáticas, ‘Fausto’, entre os 57 e os 80 anos de idade. Esta peça trágica é considerada uma das mais importantes da literatura alemã.
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Mundo Universitário Sénior | Segunda-feira, 6 de Junho de 2011
cultura LISBOA E PORTO. Concertos, teatro e festas animadas para si e para os seus
Verão é para sair de casa Aproveitar as sombras frescas ou ir a espectáculos. Junte-se com a família ou os amigos, prepare um dia de convívio e vá divertir-se. O Mundo Universitário Sénior dá-lhe as sugestões para os próximos dias, em Lisboa e no Porto. Texto: Andreia Arenga
LISBOA Pic-nic na cidade Parque Eduardo VII - 18 de Junho Começa a ser uma tradição. O Pic-Nic do Modelo/Continente com Tony Carreira vai transformar o Parque Eduardo Sétimo, em Lisboa, num verdadeiro espaço para as famílias. A relva fresca convida a um lanche para um dia inteiro de música para ser partilhado com os amigos, os filhos e os netinhos. A entrada é livre e o pic-nic mais famoso de Portugal acontece no dia 18 de Junho.
PORTO Arrufadas e melodias Casa da Música – 16 de Junho No Porto, pode assistir ao concerto de Aduf com as adufeiras de Monsanto. A partir do adufe, instrumento de origem árabe com uma longa tradição na nossa música popular, o projecto de José Salgueiro e José Peixoto lança pontes entre sonoridades do passado e do presente. As composições originais cruzam-se com melodias e ritmos de sabor tradicional em arranjos de grande qualidade. O espectáculo acontece na Casa da Música, na sala 2 às 22h00, no dia 16 de Junho e os bilhetes custam 10 euros.
LISBOA Jazz em Agosto na Gulbenkian Fundação Calouste Gulbenkian – 5 a 14 de Agosto É um dos programas culturais mais aguardados do ano. O Jazz em Agosto continua a apresentar, em 2011, o outro lado do jazz com formações e músicos incontornáveis, numa programação que mostra o melhor do jazz contemporâneo. A 28.ª edição do festival acontece de 5 a 14 de Agosto com seis concertos principais no Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Calouste Gulbenkian, com os maravilhosos jardins da Gulbenkian como pano de fundo. A abrir esta edição do Jazz em Agosto uma das figuras emblemáticas dos últimos 50 anos de história do jazz, a par de Ornette Coleman e John Coltrane External Link: o pianista Cecil Taylor.
PORTO Feira do Livro nos Aliados Avenida dos Aliados – 10 de Junho Leia um livro para ocupar o seu tempo livre e visite a Feira do Livro do Porto até ao dia 12 de Junho, para ficar a conhecer as novidades do mercado livreiro. Há também momentos musicais e uma noite de fados no dia 10 de Junho. Leve os seus netos a visitar o Bibliocarro, uma carrinha com livros e discos especialmente para crianças, aberta todos os dias entre as 12h30 e as 23h30.
LISBOA Ópera com sabor a História Centro Cultural de Belém – 8 a 12 de Julho Entre ecos da Revolução Francesa e da derrocada do Antigo Regime, surge a nova ópera de Alexandre Delgado criada a partir de uma peça de Miguel Rovisco. A protagonista é D. Maria I, a rainha Louca (1734-1816), uma rainha enclausurada num mundo de demência e evasão. D. Maria quer evadir-se para um mundo longe da miséria, um mundo de sonho e beleza simbolizado pela Basílica da Estrela. A peça ‘A Rainha Louca’ decorre no pequeno auditório do Centro Cultural de Belém, de 8 a 12 de Julho, e tem descontos de 25 por cento para maiores de 65 anos.
PORTO/LISBOA Musical carioca Teatro Nacional de S. João – até 11 de Junho Teatro S. Luiz – 17 a 19 de Junho Teatro e música no Teatro Nacional de S. João é com Antunes Filho. Nome incontornável do teatro brasileiro, traz as cores da cultura carioca numa adaptação do romance ‘O Triste Fim de Policarpo Quaresma’ de Lima Barreto. A história de um herói ingénuo e bem-intencionado é apresentada até 11 de Junho, ao abrigo do FITEI - Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, e de 17 a 19 de Junho no São Luiz em Lisboa.
Segunda-feira, 6 de Junho de 2011 | Mundo Universitário Sénior
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cultura
O período das férias está quase a chegar e há muitas formas de as gozar. Uns preferem um passeio à beira-mar, outros preferem o campo, outros, ainda, preferem viajar para um sítio distante. Em qualquer uma destas situações um livro ou um disco são sempre uma óptima companhia. Texto: Emanuel Amorim
José La Féria Locutor Rádio Sim
MÚSICA
LIVROS
Disco Voador Clã Neste seu novo trabalho, os Clã lançam-se ao desafio de fazer um disco para crianças que não exclua os ouvidos dos mais velhos. Abordando temas muito apropriados para crianças, como a descoberta do amor e outras inocentes descobertas, os Clã dão uma lição de boa disposição e de fuga ao paternalismo bacoco. ‘Disco Voador’ é perfeito para os avós ouvirem na companhia dos netos e, quem sabe, arriscar um pezinho de dança.
O Livro da Avó Alice Alice Vieira Alice Vieira é uma escritora que todos nós, num momento ou outro da vida, já lemos. Faz parte do nosso imaginário e é quase impossível não gostar dela. Neste livro, que não é um manual, Alice Viera fala do que é ser avó, sem perder o outro lado, isto é: sem deixar de perceber o que é ser neto. Livro em que Alice Vieira partilha as suas alegrias e aflições, sempre num tom bem-disposto, como é seu apanágio.
Cai o Carmo e a Trindade Amor Electro Com Marisa Liz (ex-Donna Maria) como vocalista, os Amor Electro são uma banda formada por vários elementos que têm um passado respeitável no panorama musical português. Em ‘Cai o Carmo e a Trindade’ fazem maioritariamente versões de conhecidas canções pop portuguesas, ainda que haja espaço para alguns originais. Com uma roupagem musical que mistura o rock com elementos orquestrais e sonoridades tipicamente portuguesas, os Amor Electro revisitam temas de Manuela Moura Guedes, GNR, Carlos do Carmo, entre outros.
Proteja o seu Filho do Bullying Allan L. Beane O ‘bullying’ é um tema complexo, que convém conhecer e debater para que seja possível erradicá-lo das escolas. Para isso é preciso o envolvimento de todos, especialmente daqueles que estão mais próximos das potenciais vítimas. Este livro, baseado no esquema de pergunta-resposta, ajuda-o a conhecer os sinais de ‘bullying’ e a prevenir futuros casos. Importante livro para quem se preocupa com o bem-estar das suas crianças.
Aprender sempre Há um velho ditado que diz: «estamos começados e não estamos acabados», o que se aplica a muitas vertentes da vida humana, com a área profissional incluída. Em Portugal, a importância do chamado ‘canudo’ ainda é grande, embora em muitos casos este seja desvalorizado pela ausência de conhecimentos de uma percentagem elevada de licenciados, que se limitam a passear a sua falta de cultura geral e a sua ignorância, pelos corredores das empresas por onde vão passando. É preciso não esquecer que o nosso ensino é demasiadamente teórico e pouco exigente em matérias básicas de conhecimento. Não é de estranhar, pois, que só quando envolvidos num projecto profissional os jovens sintam necessidade de continuarem a aprender, sobretudo aquilo que a escola não teve capacidade de lhes ensinar. Por isso, não pensem que o tal curso superior que tiraram os preparou para a realidade da vida activa. Poderá, no máximo, servir de suporte para a verdadeira aprendizagem prática, que ocorrerá a partir daí e se prolongará por todo o sempre, sob o risco de se passar o tempo, precocemente, e já sem nada para dar em troca. É aí que encontramos muitas vezes ‘velhos’ de trinta anos e ‘jovens’ de oitenta, que nunca pararam, demonstrando uma disponibilidade total para a descoberta permanente de mais motivos de interesse em diferentes áreas do conhecimento. Daí a procura, cada vez maior, da frequência de cursos nas diversas Universidades Séniores, com particular relevância para as novas tecnologias, que encontram nestes ‘jovens’ uma clientela atenta e numerosa. E, nunca se esqueçam, que um povo culto é, sem dúvida, mais feliz e alegre!
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Um povo culto é, sem dúvida, mais feliz e alegre!»
Movimento Os Movimento são uma espécie de super banda portuguesa, formada por Miguel Ângelo (ex-Delfins), Gomo, Selma Uamusse (Wraygunn) e Marta Ren (ex-Sloppy Joe e Bombazines). Juntaram-se para homenagear as canções portuguesas daquela que é a sua década de ouro: os anos 60. Acompanhados por uma banda numerosa, a fazer lembrar as orquestras do Festival da Canção, os Movimento fazem soul que a Motown não desdenharia. Com talento e respeito, reinventam clássicos de Carlos Mendes, Simone de Oliveira ou Paulo de Carvalho. A Lua de Maria Sem Este disco é resultado da peça homónima que esteve em cena no Teatro S. Luiz em Abril, onde João Monge criava novas letras para fados de Marceneiro. Maria Sem, a personagem, era interpretada por Maria João Luís, quando se tratava de dizer o texto, e por Manuela Azevedo, quando se tratava de cantar os fados. Numa comunhão perfeita, ‘A Lua de Maria Sem’ fala de temas intemporais, como são as paixões e as desilusões de uma mulher. Obrigatório para quem deseja conhecer uma nova faceta de Manuela Azevedo, que aqui se revela uma fadista com personalidade, que escapa aos clichés do género.
Liberdade Jonathan Franzen Jonathan Franzen foi capa da prestigiada revista ‘Times’ que o apelidou de ‘Grande Romancista Norte-Americano’. Este epíteto talvez seja exagerado, mas não é isso que importa. ‘Liberdade’ é o seu mais recente livro. Épico de quase 700 páginas, retrata com profundidade os dramas de uma família disfuncional (não serão todas?) em pleno século XXI. Champalimaud – Construtor de Impérios Filipe S. Fernandes e Isabel Canha António Champalimaud foi uma figura controversa em vida e estranhamente unânime depois da sua morte. Chega agora às livrarias uma biografia deste magnata que conseguiu construir vários impérios em diversas épocas. Convicto, austero, visionário e capaz de acertar mais do que errar, Champalimaud deve ser admirado pela sua capacidade de renascer das cinzas. Leitura recomendada em tempos de crise, onde poucos parecem acreditar e almejar a ser grandes como Champalimaud foi.
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