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2. Identidade e Memória
Esta é mais uma edição do Boletim Cultural disponível para todos aqueles que se interessam pela nossa história, pela nossa memória e pela nossa identidade, concretizada graças ao generoso contributo de um significativo grupo de colaboradores e amigos que partilham os seus trabalhos, os seus estudos, as suas investigações e a paixão por Vila Nova de Famalicão. A todos eles, agradeço a disponibilidade por partilharem o seu conhecimento!
Nesta edição do Boletim Cultural, reunimos doze artigos de autoria e/ou coautoria de quinze colaboradores, que abordam diferentes temáticas e períodos históricos locais.
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O programa educativo e cultural municipal “De Famalicão para o Mundo” chegou ao nosso território em 2018, e a partir daí tem-se constituído como uma importante ferramenta para os nossos professores e alunos. É de referir o trabalho colaborativo e fundamentado cientificamente de articulação realizado entre este programa educativo e cultural e o CITCEM/FLUP – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto –, com o Instituto de História Contemporânea, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa, com a Associação de Professores de História (APH) e com o Centro de Formação de Associação de Escolas de Vila Nova de Famalicão, quer nas várias ações de formação realizadas e acreditadas, quer no efetivo apoio a projetos de investigação científica e pedagógica.
O CITCEM, ancorado no domínio das Humanidades e Ciências Sociais, atua como plataforma de investigação transdisciplinar, explorando as relações próximas entre várias áreas disciplinares, como a História, Arqueologia, História de Arte, Estudos Culturais e Literários, Demografia, Informação, Comunicação e Ciências do Património, tem facultado apoio ao projeto através, sobretudo, dos investigadores Isabel Barca e Luís Alberto Alves, formalizado em protocolo específico com o Município.
O artigo “A emigração para França no entre-guerras e os Famalicenses no esforço de guerra do III Reich”, dá-nos a conhecer factos novos da História de Famalicão, em articulação com a História Nacional e da Europa, e pode ser considerado, por exemplo, como um recurso educativo de apoio aos docentes em contexto de sala de aula.
Também o artigo “Migrações em Vila Nova de Famalicão, visão genérica e especificidades”, constitui-se como uma ótima oportunidade para reforçarmos o conhecimento sobre os dados da comunidade migrante no nosso território, cujos últimos dados já referem uma presença acima dos 2200 estrangeiros com estatuto legal, distribuídos por 67 nacionalidades. Ao conhecermos melhor estaremos, certamente, mais perto de garantirmos uma intervenção social mais eficiente e eficaz.
O famalicense Vasco Flores Cruz, reconhecido no trabalho que desenvolve na área da conservação e divulgação da biodiversidade, traz-nos um artigo baseado na exposição que esteve patente na Casa do Território do Parque da Devesa, entre janeiro e agosto de 2022. É, simultaneamente, um convite a uma viagem no tempo, procurando imaginar como seria a nossa paisagem há muitos milhares de anos e uma reflexão sobre como queremos que seja o nosso território no futuro.