Revista Municipal de Lousada novembro 2020

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LOUSADA

REVISTA MENSAL GRATUITA CÂMARA MUNICIPAL DE LOUSADA NOV’20

2,5 milhões de garrafas de água de plástico retiradas das escolas


REVISTA MUNICIPAL 4/5 FICHA TÉCNICA

Revista Municipal Câmara Municipal de Lousada N.º 196 Ano n.º 21 – 4.ª série Data: novembro 2020 Propriedade e edição: Câmara Municipal de Lousada Direção: Presidente da Câmara Municipal de Lousada Texto: Divisão de Comunicação e Setor de Conservação da Natureza e Educação Ambiental (Divisão de Ambiente) Fotografia: Divisão de Comunicação e Setor de Conservação da Natureza e Educação Ambiental (Divisão de Ambiente); Diego Alves e Cláudia Silva Impressão: Invulgar - Artes Gráficas, SA Tiragem: 17000 Depósito Legal: 49113/91 ISSN: 1647-1881

Esta revista foi impressa com tintas de base vegetal, livres de solventes e biodegradáveis.

Classificação da Paisagem Protegida local do Sousa Superior

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Renaturalização do rio Sousa em Pias

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Impacto da COVID-19 no turismo local

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OPJ - Candidaturas até 6 de novembro

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"Escola a pedalar" de regresso

AGENDA 20

Exposição: Gutenberg no Cartoon Internacional

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Dia Internacional pela eliminação da violência contra as mulheres

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Gala do Desporto

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SUPLEMENTO CRÓNICAS DO MEU JARDIM Sete dióspiros, cinco pegas e um saco de amendoins BOLETIM MUNICIPAL disponível em www.cm-lousada.pt/pt/boletim-municipal

município de lousada

orçamento participativo jovem 2021 VOTAÇÃO

30 NOVEMBRO > 31 DEZEMBRO


AMBIENTE

AUTARQUIA RETIRA 2,5 MILHÕES DE GARRAFAS DE ÁGUA DE PLÁSTICO DAS ESCOLAS

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A iniciativa “Água da Torneira” conta com o apoio das Águas Douro e Paiva e consiste na entrega, ao longo dos próximos anos letivos, de 10 mil cantis reutilizáveis a todos os alunos do concelho e na instalação de dezenas pontos de água nas diversas escolas. Com este projeto, a autarquia vai retirar de circulação cerca de 2,5 milhões de garrafas de plástico, o equivalente a 34 toneladas, o volume de plástico equivalente ao de nove autocarros, em cinco anos letivos. Esta redução de pegada ecológica resulta da água engarrafada que se vai deixar de vender nas escolas, mas também daquela que os alunos adquirem para levar para a escola. Essa água tem atualmente um valor de venda total de 480 mil euros, custando o equivalente, a partir de água da torneira, apenas cerca de 1200 euros assegurados pela autarquia. Em cinco anos, o preço da água atualmente vendida nas cafetarias das escolas, ou transportada pelos alunos para a escola a partir de casa, é o equivalente ao preço da água que todo o concelho gasta a cada nove meses.


AMBIENTE

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CLASSIFICAÇÃO DA PAISAGEM PROTEGIDA LOCAL DO SOUSA SUPERIOR O Município de Lousada aprovou a classificação de 1609 hectares do Vale do Sousa como Paisagem Protegida Local, encontrando-se em discussão pública o Regulamento desta área protegida até ao dia 10 de novembro. A Paisagem Protegida Local do Sousa Superior (PPSS) assume a missão de salvaguarda dos valores naturais e culturais do Vale do Sousa, no concelho de Lousada, num exercício de promoção integrada da sustentabilidade do território do vale do Sousa Superior, com benefícios sociais, económicos e ambientais. Após consulta pública para a classificação da PPSS, esta foi formalmente aprovada a 18 de setembro deste ano pela Assembleia Municipal de Lousada. Estão, assim, agora clas-

sificados como área protegida local os 1609 hectares, no concelho de Lousada, que acompanham o rio Sousa e principais ribeiras contributárias. Dando continuidade ao desígnio de envolver a população e demais agentes territoriais em todas as fases do processo, segue-se a necessidade de discussão do regulamento proposto para a PPLSS. Assim, a proposta de regulamento para a gestão da Paisagem Protegida Local do Sousa Superior está em consulta pública, nos termos da legislação aplicável, podendo ser consultada em www.cm-lousada.pt/p/ppss_consultapublica As observações e sugestões devem ser formalizadas por escrito em documento próprio disponível, podendo ser remetidas

Consulta Pública Regulamento da Paisagem Protegida Local do Sousa Superior


AMBIENTE

para o endereço eletrónico biolousada@cm-lousada.pt, por correio normal endereçado à Câmara Municipal de Lousada, Praça Dr. Francisco Sá Carneiro 4620-695 Lousada, ou entregues pessoalmente , de 29 de setembro a 10 de novembro de 2020. Esta fase do processo diz apenas respeito ao regulamento da Paisagem Protegida Local, isto é, a sua funcionalidade orgânica e formal. O Plano de Gestão e a Matriz Operacional são elaborados e endereçados em fases posteriores, de acordo com a legislação vigente.

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AMBIENTE

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CAMPO DE VOLUNTARIADO INTERNACIONAL Em setembro, Lousada recebeu e co-organizou o quarto campo internacional de voluntariado, tendo contado com a coordenação das associações APRISOF e BIOLIVING, e o apoio financeiro do IPDJ. Este Campo constituiu um desafio particularmente difícil, atendendo a todas as condicionantes associadas à pandemia COVID-19. Os jovens efetuaram a limpeza e restauro da nascente e dos primeiros 500 metros do rio Mezio, entre as freguesias de Lustosa e Sousela, através da eliminação de espécies exóticas invasoras (tintuteira e austrália) e de vegetação

infestante. Foram várias as toneladas de resíduos e lixo removidos do leito e das margens do rio Mezio, assim como, retirados 90 metros cúbicos da invasora erva-pinheirinha da praia fluvial da Foz do Sousa. Na freguesia de Casais, os voluntários construíram um charco para a vida selvagem e procederam ao ordenamento dos sistemas tradicionais de condução de água, desobstruíram levadas e procederam à limpeza de moinhos devolutos. Os participantes tiveram ainda a oportunidade de efetuar algumas visitas ao concelho e à zona norte do país.


Após a aquisição de seis hectares de terreno nas margens do rio Sousa, em Pias, no coração da Paisagem Protegida Local do Sousa Superior, o Município deu início à primeira fase dos trabalhos exclusivamente destinados à renaturalização das margens do rio naquele local e nos terrenos agrícolas adjacentes. A intervenção, a cargo dos serviços municipais, prevê uma ação de engenharia ecológica destinada a alargar a secção do leito e repor o pendor suave das margens, eliminando os muros de suporte. Os trabalhos vão ser efetuados com recurso a técnicas de estacaria e entrelaçado de salgueiro ao longo da área intervencionada, como forma de fixação das margens.

Para além do rio, nos terrenos agrícolas adjacentes vai ser criada uma ampla lagoa, destinada à beneficiação da fauna. A recuperação da levada que acompanha o terreno agrícola e a plantação de espécies nativas de árvores e arbustos vai permitir naturalizar rapidamente o espaço, que vai servir de refúgio para a biodiversidade associada às zonas húmidas. Numa segunda fase, e após a definição detalhada do programa de ação, atualmente em preparação, vai ser intervencionado o conjunto de moinhos de água e serração hidráulica ali existente, com o propósito de criar o Parque Molinológico de Pias.

AMBIENTE

RENATURALIZAÇÃO DO RIO SOUSA EM PIAS

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AMBIENTE

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PERITOS SOBRE GESTÃO DE RESÍDUOS REUNIDOS No âmbito do projeto OptiWaMag, decorreu recentemente o 2º encontro de peritos e partes interessadas no sistema de gestão de resíduos da região. Neste novo debate regional estiveram representantes de vários quadrantes público, empresarial e da sociedade civil desde a autarquia de Lousada e Paços de Ferreira, a Ambisousa, Universidade de Aveiro, ASPEA – Associação Portuguesa de Educação Ambiental e Associação BioLiving. O principal motivo para este novo encontro foi a discussão do relatório de diagnóstico elaborado na primeira fase do projeto. O projeto OptiWaMag, que decorre de 2019 a 2023, tem o objetivo de propor planos de ação regionais que possam melhorar a eficiência do setor dos resíduos, inclui seis regiões da Europa (Portugal, Suécia, Letónia, Grécia, Hungria e Itália) e conta com o apoio financeiro da União Europeia - programa Interreg Europe e o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

80 KM DE VINHA DO ENFORCADO PARA PRESERVAR Estão concluídos os primeiros estudos de caracterização da Vinha do Enforcado, no concelho de Lousada. O trabalho de campo revelou que o território possui aproximadamente 80 km de Vinha do Enforcado, organizadas em cerca de 660 linhas e suportadas por mais de 8600 árvores tutoras, localmente designadas de uveiras. Este estudo preliminar, único no país, constitui a base para um projeto alargado de valorização deste sistema agro-florestal raro e de grande valia cultural.


MUNICÍPIO CRIA REDE DE MICRORESERVAS Com o intuito de garantir a salvaguarda de áreas consideradas prioritárias para a conservação da natureza em Lousada, o Município, em parceria com diversos proprietários privados, identificou um conjunto de duas dezenas de áreas naturais que vão ser integradas na Rede Municipal de Microreservas. Trata-se de uma estratégia complementar à criação da Paisagem Protegida Local do Local do Sousa Superior (PPLSS) e que permite adicionar cerca de 100 hectares de território com proteção efetiva aos 1609 já incluídos na PPSS, o equivalente a 17% do território concelhio. A rede de microreservas distribui-se por todo o concelho e abarca habitats diversos e prioritários para algumas espécies de plantas e animais, como áreas ribeirinhas, carvalhais, zonas de matos e áreas rochosas de altitude. As primeiras microreservas vão ser formalizadas até ao final deste ano e localizam-se na freguesia do Torno. Resultam de uma parceria com os proprietários da Casa da Porta e permitem salvaguardar 4 hectares de terreno com áreas de carvalhal antigo e zonas alagadas de elevada importância ecológica.

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TURISMO

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IMPACTO DA COVID-19 NO TURISMO LOCAL No Dia Mundial do Turismo, a autarquia anunciou os resultados do Inquérito sobre o Impacto Económico da Covid-19 no Turismo Local após um ter consultado, de forma voluntária e anónima, os agentes económicos locais. De acordo com o Dr. Nélson Oliveira, Vereador do Turismo, “este foi um dos setores mais afetados com a pandemia e continua num cenário de incertezas e, por essa via, o Município de Lousada desenvolveu uma série de esforços junto do Governo no sentido de alocar mais apoios para esta área fundamental para o nosso concelho, região e país, esperando que no futuro as medidas que já estão a ser preparadas surtam efeitos positivos”. Relativamente ao inquérito, responderam 31 empresas, sendo 12 alojamentos turísticos, oito restaurantes, seis agências de viagens, um museu e quatro empresas de

outros setores de atividade, das quais 61% são empresas em nome individual. Do inquérito pode-se aferir que cerca de 13% dos agentes não encerrou temporariamente a atividade, sendo que na sua grande maioria o tempo médio de encerramento foi de dois meses. De acordo com as respostas fornecidas a maior percentagem de diminuição do volume de faturação centrou-se entre os meses de maio a julho. Como fator positivo, destaca-se que a maioria dos inquiridos refere estar a registar uma subida na procura dos seus espaços (71%), sendo que, no caso do alojamento domina o turista nacional e, na restauração, a procura é essencialmente de clientes locais/habituais. A maioria dos agentes económicos refere estar a sentir um aumento gradual no volume de negócios. Relativamente aos apoios, cerca de 39% das empresas referem que recorreram ao layoff e, em metade dos casos foi aplicado a todos os funcionários. Só uma pequena fatia das unidades recorreu a outras linhas de apoio, com uma taxa elevada de aprovação. No que concerne aos funcionários, cerca de 89% dos agentes económicos conseguiram evitar despedimentos e a maioria está confiante que vai conseguir manter o número de funcionários.

Celebração do Dia Mundial do Turismo no CIR O Dia Mundial do Turismo, que se assinalou a 27 de setembro, foi celebrado em Lousada com visitas guiadas gratuitas ao Centro de Interpretação do Românico (CIR), numa iniciativa conjunta do Município e da Rota do Românico. No final, todos os visitantes receberam uma lembrança pequeno medronheiro - alusiva ao tema do Dia Mundial do Turismo 2020, cujo mote foi "Turismo e Desenvolvimento Rural" que pretende valorizar o papel da atividade turística na oferta de oportunidades fora das áreas urbanas e na preservação do património cultural e natural em todo o mundo.


orçamento participativo jovem 2021 CANDIDATURAS ATÉ 6 DE NOVEMBRO A sétima edição do Orçamento participativo Jovem (OPJ) de Lousada começou no dia 12 do mês passado, data em que foi aberto o período de apresentação das propostas, que se prolonga até 7 deste mês. O OPJ pretende reunir opiniões e contributos importantes junto da juventude Lousadense, de forma a inscrever as suas ideias e projetos no Orçamento Municipal e nas Grandes Opções do Plano. Esta medida apela à participação cívica dos jovens, promovendo um elevado sentido de cidadania e comunidade, onde seja aprofundado o diálogo e concertação de propostas juntamente com o executivo municipal, na definição de prioridades de investimento autárquico. Para que as candidaturas sejam aprovadas existe um conjunto de pressupostos que devem ser cumpridos, nomea-

damente serem apresentadas por indivíduos com idades compreendidas entre os 14 e os 30 anos e o valor máximo do projeto não ultrapassar os 30 mil euros, valor inscrito no Orçamento Municipal de 2021. “Tu escolhes o futuro de Lousada” é o mote deste projeto que pretende que sejam apresentadas ideias viáveis para serem concretizadas. As propostas apresentadas são analisadas pelos Serviços Municipais, entre os dias 9 e 20 de novembro, sendo que a votação vai decorrer de 30 de novembro a 31 de dezembro. De referir que as normas e informações complementares podem ser consultadas em www.cm-lousada.pt/p/opj. A apresentação do projeto vencedor está agendada para o dia 6 de janeiro de 2021, data de aniversário do Espaço AJE (Artes, Juventude e Europa).

JUVENTUDE

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DESPORTO

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Lousada aderiu, mais uma vez, à Semana Europeia do Desporto que decorreu de 23 a 30 de setembro, tendo como madrinha a atleta Sara Catarina Ribeiro. Durante a semana o átrio das Piscinas Municipais teve patente uma exposição com diversos painéis sobre os Jogos Olímpicos da antiguidade. Com esta mostra pretendeu-se promover o Olimpismo e os Jogos, inspirando diversas gerações a adotar comportamentos e atitudes de acordo com a excelência, a amizade e o respeito. Na quinta-feira, como acontece regularmente, realizou-se a atividade “Vem correr com a Sara Catarina Ribeiro”, na Pista de Atletismo do Complexo Desportivo de Lousada. Houve também atividades online para públicos-alvo diversificados. Uma das iniciativas foi a ação de formação “Comportamentos aditivos, desporto e estilos de vida saudável”, que teve como destinatários treinadores e agentes desportivos. Foram ainda promovidas atividades online para os mais novos, nomeadamente o Quiz da Semana Europeia do Desporto e o vídeo promocional “Escola a Pedalar – 2 Rodas em Ação”. A atividade “Escola a Pedalar” esteve em destaque na EB Cristelos, com uma demonstração, que contou com a presença o Diretor-Regional do Instituto Português do Desporto e Juventude, Dr. Vítor Dias, promotor do programa.

Também o Lousada Ténis Atlântico se juntou com a iniciativa com “Non Stop de Pares” que contou com a participação de muitos dos jovens que frequentam as aulas de ténis. A caminhada do Centro Social e Paroquial de Caíde de Rei intitulada “Juntos pelo comboio do avesso” fez parte desta celebração de âmbito europeu. Na segunda-feira, dia 28, o Complexo Desportivo recebeu a iniciativa “Desporto inclusivo para todos”, promovido pela Lousavidas, onde o basquetebol em cadeira de rodas esteve em destaque. A finalizar as comemorações as atenções estiveram voltadas para os seniores ativos, com a promoção de atividades nos domicílios e também online. A Semana Europeia do Desporto é desenvolvida pela Comissão Europeia e pretende promover o desporto e a atividade física em toda a Europa. Neste momento de pandemia as iniciativas decorreram de um modo diferente do habitual, sendo que o tema da campanha continuou a ser #BeActive, de modo a incentivar a população, independentemente da idade, a ser ativa durante todo o ano.


Andar de bicicleta é uma atividade física acessível, confortável e recomendada para todas as idades. Para além de promover a aquisição de um estilo de vida saudável, contribui ainda para a sustentabilidade e proteção do ambiente. O projeto "Escola a Pedalar", um programa educativo não formal, ensina a pedalar mas também trabalha áreas como a mecânica, a segurança rodoviária e a educação ambiental, desenvolvido uma vez mais no Município de Lousada. Este projeto teve início no passado ano letivo, envolvendo cerca de 1500 alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico das escolas do concelho. Este ano a atividade vai ser implementada nas escolas básicas em simultâneo com a Atividade de Enriquecimento Curricular de Atividade Física e Desportiva (AFD). A iniciativa envolve pais e filhos, tendo como objetivo promover os modos de transporte ativos e hábitos saudáveis e sustentáveis. Por isso, o projeto é complementado com a atividade "2 Rodas em ação", que decorre aos sábados, no Complexo Desportivo. Devido às atuais condicionantes, esta edição vai funcionar de um modo diferente com dois horários, das 10h00 às 11h00 e das 11h00 às 12h00. Em cada horário há um limite de 10 participantes. A atividade está inserida no Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar, uma parceria entre a Comu-

DESPORTO

“ESCOLA A PEDALAR” DE REGRESSO

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nidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa e o Município de Lousada, financiado pelo Norte 2020, com a colaboração dos Agrupamentos de Escolas do Concelho, que têm desenvolvido diversas atividades, em diferentes áreas, com o intuito de ajudar os alunos a alcançarem os seus objetivos, motivando-os e permitindo-lhes novas experiências.


AÇÃO SOCIAL

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Rede Social Lousada


AGENDA MUNICIPAL 28 DE NOVEMBRO

AMBIENTE

Apresentação da revista Lucanus

+ AMBIENTE 30 DE NOVEMBRO

EDUCAÇÃO

Dia Internacional das Cidade Educadoras

+ EDUCAÇÃO + DESPORTO + CULTURA + TURISMO

25 DE OUTUBRO A 8 DE NOVEMBRO

DESPORTO

Lousada Indoor Open 2020

+ JUVENTUDE + AÇÃO SOCIAL


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AMBIENTE


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AMBIENTE


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AMBIENTE


EDUCAÇÃO

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30 NOV

Dia Internacional das Cidades Educadoras

Intervenção de arte pública numa das paredes da Escola Básica e Secundária de Lousada Norte, pelo artista Frederico Draw. Após Malala Yousafzai, em 2019, este ano a figura em destaque é Nelson Mandela.

©Flavia Fiengo


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CULTURA


CULTURA

2 NOV > 31 DEZ NÚCLEO DE IMPRENSA DE LOUSADA

“SOMOS POP ART” - Exposição

Mostra dos trabalhos realizados pelos alunos do ensino básico das escolas de Lousada no ano letivo 2019/2020 desenvolvidos no âmbito da iniciativa pedagógica «Património Pop Art».

27 NOV | 21H00 NÚCLEO DE IMPRENSA DE LOUSADA

Património POP ART – Grow-ups

A valorização das artes constitui um instrumento fundamental no diálogo e cooperação estratégica que sempre deve existir entre o público e os agentes culturais. Pretende-se analisar o movimento artístico POP ART e a forma como este se articula com o cenário atual. Destinatários: público em geral Inscrições limitadas a 8 participantes em www.cm-lousada.pt/p/patrimonio-arqueologia

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VOLUNTARIADO CULTURAL TENS ENTRE 16 E 25 ANOS DE IDADE?

Património Vivaz

O Património Vivaz pretende incentivar a participação de jovens no desenvolvimento das atividades pedagógicas e culturais, proporcionando aos voluntários os benefícios da formação cultural e o contacto com projetos culturais, explorando capacidades e algumas competências profissionais especializadas. +info e inscrições em www.cm-lousada.pt/p/pat_vivaz


AÇÃO SOCIAL

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8 NOV | 9H00 > 19H00 AVENIDA SENHOR DOS AFLITOS

Feira de Antiguidades, Colecionismo e Velharias


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DESPORTO


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18 NOV | 19H00 CONVERSA ONLINE

Free Running Especial João Paulo Félix

Corredor de Estrada e Trail nas distâncias de milha, 5k, 10k, meia maratona, maratona e ultramaratona; Correu 6009k por Causas em Provas Oficiais e Desafios. “Volta a Portugal a Correr 2020” 1302k em 25 Etapas; “Estrada Nacional N2 a Correr: ChavesFaro 2017” 739,260k em 14 Etapas; “Tróia-Sagres a Correr 2018” 224k em 4 Etapas; “Porto-Lisboa a Correr: da Foz do Douro à Foz do Tejo 2018” 360k em 6 Etapas; “1.ª Volta ao Ribatejo a Correr 2017” 320k.

Free Running

Especial Distância de 8/10 km

l Participação especia

foto: José Henriques

JOÃO PAULO FÉLI

Assista à conversa online a fb.com/cmlousad

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Dia 01 01 01 01 01 07 08 08 08 08 08 08 08 15 15 15 15 15 15 22 22 22 22 22 22 22 29 29 29 29 29 29 07 21 07 07 14 21 21 6 13 13 14 20 27 27 28 28 28

Horário 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 15h00 22h00 21h30 22h00 17h30 22H00 21h30 22h00 17h30 14h30 16h00

Modalidade Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futsal Futsal Futsal Futsal Futsal Futsal Futsal Futsal Hóquei Sala Hóquei Sala

Jogo AD Lousada “B” x Caíde Rei SC ARD Macieira x AD Lustosa ADR Aveleda x Penamaior ADC Lodares x ASS Nevogilde UD Lagoas x Airães UCR Boim x 1º Maio Figueiró AD Lousada x Freamunde Aparecida FC x FC Alpendorada AD Lustosa x Lixa “B” FC Nespereira x ADR Aveleda CCRDA Figueiras x Raimonda Os Pienses ACR x ADC Lodares ASS Nevogilde x UD Lagoas AD Lousada “B” x Águias Eiriz Caíde Rei SC x Ferreira ARD Macieira x SV Pinheiro ADR Aveleda x Várzea ADC Lodares x Leões Seroa UD Lagoas x Os Pienses ACR AD Lousada x Sousense Aparecida FC x CD Sobrado AD Lustosa x ADR Aveleda FC Nespereira x Raimonda CCRDA Figueiras x Penamaior Os Pienses ACR x Campo Lírio ASS Nevogilde x 1º Maio Figueiró AD Lousada “B” x Rio Moinhos Caíde Rei SC x Rio Tinto ARD Macieira x Lamoso ADR Aveleda x Varziela ADC Lodares x Codessos UD Lagoas x Airães ADC Lodares x E. Futebol 115 ADC Lodares x Rebordosa UD Lagoas x Paranhos Caíde Rei SC x AD Lousada AD Lousada x Vila Meã Caíde Rei SC x Oliveira Douro UD Lagoas x Coimbrões Aparecida FC x GDR Retorta B CCD Ordem x Gondomar Futsal ADC Figueiras x Póvoa Futsal JDM – ADF Meinedo x Boavista Aparecida FC x AC Pedras Rubras CCD ORDEM x VILA FUTSAL ADC Figueiras x Casa do Gaiato JDM – ADF Meinedo x Balantuna AH Lousada “B” x Viso Lousada “A” x Lamas

Escalão Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Sub 23 Sub 23 Masters Masters Masters Masters Masters Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos Seniores Masculinos

Local Complexo Desportivo Campo Macieira Campo Aveleda Campo Lodares Campo Lagoas Campo Boim Estádio Municipal Estádio Vila Mítica Campo Lustosa Campo Nespereira Campo Figueiras Campo Pienses Campo Nevogilde Complexo Desportivo Complexo Desportivo Campo Macieira Campo Aveleda Campo Lodares Campo Lagoas Estádio Municipal Estádio Vila Mítica Campo Lustosa Campo Nespereira Campo Figueiras Campo Pienses Campo Nevogilde Complexo Desportivo Complexo Desportivo Campo Macieira Campo Aveleda Campo Lodares Campo Lagoas Complexo Desportivo Complexo Desportivo Campo Lagoas Campo Caíde Rei Campos Multifuncionais Campo Caíde Rei Campo Lagoas Pavilhão do Torno Pavilhão da Ordem Pavilhão Municipal Pavilhão Meinedo Pavilhão do Torno Pavilhão da Ordem Pavilhão Municipal Pavilhão Meinedo Pavilhão Municipal Pavilhão Municipal


Revista Municipal Câmara Municipal de Lousada N.º 196 Ano n.º 21 – 4.ª série Data: novembro 2020 Depósito Legal: 49113/91 ISSN: 1647-1881

SUPLEMENTO

AMBIENTE

CRÓNICAS DO MEU JARDIM Sete dióspiros, cinco pegas e um saco de amendoins Quando o outono se aproxima e o frio começa a tecer os primeiros tapetes de geada, algumas aves abeiram-se dos nossos jardins em busca de resguardo, mas sobretudo de comida que, à laia de buffet inadvertido, vamos deixando à sua disposição. As mais das vezes, a freguesia é recatada e de trato fácil: debicam aqui, esgravatam acolá, quanto muito esgravatam aqui e debicam acolá. Bichos de elevado nível, portanto. Porém, quase sempre, o frio traz outros comensais aos nossos jardins. Astutos, audazes, às vezes barulhentos, mas quase sempre ariscos, são grandes, vistosos e inconfundíveis no seu perfil rabilongo. De olho atento e bico aperaltado, são os fanfarrões dos comedouros e o terror de qualquer dióspiro pronto a ser colhido. Esta é a história verdadeira de um desses dióspiros (na verdade eram sete), de uma pega (na realidade eram cinco) e de um saco de amendoins (confirmo, era apenas um). Texto e Fotografia Carlos Steinwender | cronicasdomeujardim@sapo.pt


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FIGURA 1 É no solo que a pega geralmente se alimenta, procurando insetos, sementes ou pequenos vertebrados. No meu jardim, outono que é outono tem nozes (picadas pelos pica-paus), castanhas (roídas pelos ratinhos-docampo) e, sobretudo, dióspiros comidos por mim. E eu aprecio um bom dióspiro. Gosto da cor, apraz-me a textura e de cada vez que saboreio um desses frutos outonais celebro, lambuzado e de palato em extasiado aplauso, o benfeitor que do extremo oriente trouxe este tesouro de degustação – alvíssaras, senhores! Aparentemente não serei o único com o sistema gustativo aos saltos ante a perspetiva, quase onírica, de ferrar o dente, ou bico já agora, na polpa doce deste excelso fruto. É verdade, desde que

plantei um desses espécimes botânicos no meu quintal, cientificamente denominado Diospyros kaki, um sem número de comensais alados agregase anualmente para celebrar, num frenesim orgíaco, as benfeitorias da árvore que se converte em fly in de cada vez que o outono se instala. O chilreio de satisfação é música para os meus ouvidos e reconheço que entre o deve e o haver, há sempre dióspiros suficientes para todos, até para mim. Pelo menos até este ano. Mas algum dia a desgraça haveria de chegar ao meu jardim. A primavera chuvosa, seguida de um verão tórrido, ditou um património

mirrado de dióspiros. Apenas sete pequenos, roliços e indefesos dióspiros resistiram incólumes e alcançaram aquele estádio de desenvolvimento em que, salvo um qualquer evento cataclísmico de proporções bíblicas, como uma visita da minha tia Noémia, por exemplo, a probabilidade de virem a ser declarados o evento gastronómico do ano pelas minhas papilas gustativas é bastante elevada. Ante a perspetiva de tão magro pecúlio e face à possibilidade de um qualquer bico mais afoito, incluindo o da minha tia Noémia, poder fazer perigar as minhas mais que fundadas expectativas


SUPLEMENTO

frutulógicas, pus em prática a norma 32 da alínea h) do art.º 23.º do Código de Procedimento Dióspiral: «Em caso de escassez extrema de dióspiros numa dada árvore, deve o jardineiro desenhar emojis em cada um dos dióspiros remanescentes, atribuir-lhes nomes e cantar». Bem, se ia fazer o juramento solene dos jardineiros da Távola Diospírica e conduzi-los intactos até ao dia da grande celebração, mais valia ter rostos e nomes aos quais me afeiçoar enquanto cantava. E assim foi. Desenhada e batizada a prole, montei guarda e passei a velar por cada um deles, prometendo protegê-los, amá-los e respeitá-los até que a morte nos separasse (onde é que eu já ouvi isto?). Tudo isto enquanto cantava ódes de FIGURA 2 A silhueta da pega é inconfundível. O tamanho grande, o bico sabor rural, verdadeiros clássicos imemoriais do poderoso e a longa cauda são características distintivas da espécie. cancioneiro tradicional luso, tais como «Onde é que pensas que reúnem-se, devotos, em torno do modesto templo. Geralmente vais, ó melrinho?», «Põe-te a milhas, ó ratinho!» ou o celebrado «Ou a cerimónia religiosa é curta, porque os romeiros são, amiúde, sais do meu diospireiro, ou levas uma chapada». Que maravilha! dados à impaciência, mas ainda assim, de bordão na mão (na E foi assim, de ancinho em riste, que os dias se passaram, verdade é apenas um ancinho mas como sou fã de Moisés lentos, de volta dos dióspiros. Eu a velá-los, eles a medrar. E se aceita-se a liberdade literária) faço sempre questão de lhes há fruta que medra enquanto está a ser velada, é o dióspiro. recitar a passagem da Carta de São Dióspiro às Aves Marias na Medra que é um regalo. Por isso, se ignorarmos o infeliz qual o santo celebra o dom da partilha como dádiva da vida: «e incidente que envolveu o meu ancinho e a testa da minha tia ficai sabendo, caras irmãs de penas que cobiçais o fruto dourado Noémia a meio de uma tentativa inadvertida de apalpação e doce, um tanto pegajoso, mas deveras suculento, desta sagrada do Albino, o 1.º dióspiro a contar de baixo, tudo correu sem árvore Kaki: tocai-lhe e farei recair sobre vós a ira do meu qualquer incidente. Estávamos no final de outubro, o tempo ia varapau, de tal modo que não haverá lugar neste mundo, ou no frio e o diospireiro, já sem as suas folhas douradas, ostentava outro, onde vos possais esconder». Amém, irmãs! Deixemos, por nos ramos apenas os sete magníficos (os dióspiros, não os cowboys). Reluzentes, carnudos e viçosos FIGURA 3 Apesar de ser encarnavam o verdadeiro espírito de São Dióspiro, um animal selvagem, a pega não enjeita a o padroeiro em honra do qual se celebram, aproximação às nossas anualmente as festividades mais concorridas do hortas e jardins onde meu jardim e arredores. No último domingo de procura refúgio, mas sobretudo alimento. outubro, peregrinos vindos de toda a redondeza, juntam-se defronte do templo da horta – o meu diospireiro. Em contemplação primeiro, («deixa cá ver onde para o xô padre Steinwender»), em meditação depois («olha, ali está o &%$##@ do padre Steinwender, lá vamos ter de o fintar outra vez!»), os peregrinos, de plumagem aperaltada e bico polido,

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SUPLEMENTO

ora, cair o véu da censura sobre o regabofe diospírico que habitualmente sucede à homilia, mal o sacerdote Steinwender vira costas, e regressemos aos dias de penúria atual. 30 Antecipando o habitual festim, os primeiros romeiros a chegar, como habitualmente, foram os melros. Seguiram-se os estorninhos, os gaios, os chapins, as toutinegras e os pardais. O arraial estava montado. Faltavam os maiorais da festa. E eles lá chegaram, numa manhã de nevoeiro (Sebastião, sois vós?). Estava eu, com um paninho de flanela, FIGURA 4 Sementes e frutos são parte importante da dieta da pega, sobretudo a enxugar as gotículas de orvalho do rosto no outono e inverno quando os insetos escasseiam. do Alfredo, o 2.º dióspiro a contar da direita, quando me apercebi de uma silhueta inconfundível entre Assaltado por suores frios perante a perspetiva de poder vir os ramos dos carvalhos «agora é que são elas!». E eram… as a incumprir na promessa deixada aos meus sete pequenos pegas. Embora visitantes costumeiros, é nos meses frios que companheiros de engorda, ergui os olhos ao céu numa prece as pegas se instalam no meu jardim. Conheço-as há anos. murmurada: «Meu querido Santo, sem de todo querer parecer Uma simpatia de casal: ela, uma má-língua da pior espécie – ingrato não estarias, por acaso, na disposição de considerar uma «tchak-tchak-tchak… tsche-tsche-tsche» – ele, um fanfarrão sem eventual chuva de meteoros ou até uma das sete pragas para hoje emenda – «cha-ka… chiah-cha». Como se não fosse arrogância às 17.45h? Pode ser a dos sapos, se faz favor, gosto de anfíbios. de sobra, este ano trouxeram como apêndice a progenitura de Hoje joga a seleção e não me dava jeito ficar a espantar as pegas. três alegres foliões, cheios de apetite e ansiosos pelos ritos de O que te parece?» Aparentemente não lhe pareceu grande iniciação à festa de São Dióspiro. Cinco pegas. Raios! coisa. Por isso lá aguentei a posição e ouvi o relato na rádio. Reforcei as defesas – um saco de amendoins torrados e umas minis – melhorei o sistema de vigilância – um par de binóculos em 3ª mão do OLX – e criei um sistema anti-intrusão – eu sabia que as gravações dos guinchos da minha tia Noémia depois do duelo com o ancinho haviam de servir para alguma coisa – e esperei, mas sentado. É mais confortável. Infelizmente a espera foi curta. Foi durante uma amena cavaqueira futeboleira com o Afonso, o 3.º dióspiro a contar de cima, e o Alberto, o 4.º e a contar da esquerda, que as pegas deram início ao arraial ofensivo. Primeiro veio o logro: o assalto ao comedouro FIGURA 5 dos pica-paus perpetrado, em simultâneo, pelas três pegas Frequentadoras aprendizes ao qual o Steinwender, naturalmente, respondeu habituais de com uma corrida esbaforida, de punho esquerdo erguido comedouros, as pegas apreciam (perdoe-me a eventual conotação política, mas transportar particularmente uma mini aberta na mão direita é mais seguro) a vociferar amendoins, impropérios ininteligíveis devido à significativa quantidade de nozes e avelãs. amendoins torrados ainda em fase de deglutição. Depois, com


que sou em frutulogia forense juntei as evidências e concluí tratar-se dos restos do pobre Alberto, a derradeira vítima do bando de pegas. Sozinho, empoleirado num raminho delgado, sobrava o Albino. O último dióspiro. Desalentado, soçobrei. Ainda a tentar bombear ar para os pulmões por entre restos de amendoim entalado, caí de joelhos e a custo implorei a São Dióspiro: «valei-me, meu Santo, sabeis como o consumo de dióspiro contribui para a manutenção do normal funcionamento do sistema imunitário, essencial para combater as gripes e constipações e que o dióspiro é fonte de vitamina A, cuja ação contribui para a manutenção de uma pele e visão saudáveis. Meu Santo salvai o Aníbal das pegas». E ele salvou. «Ó da casa está aí alguém? Estou a entrar! Ó Carlitos, que fazes aí no chão? Estás um bocadinho azul, filho. Sabes que ainda me dói a testa daquela traulitada? Olha, está aqui um dióspiro perdido… mmm que docinho». Já vos contei que adoro a minha tia Noémia? Tem uma pele de bebé, uma visão apuradíssima e, infelizmente, nunca fica doente. Obrigadinho São Dióspiro.

QUANDO FOR GRANDE QUERO UMA CAUDA ASSIM! A pega é uma ave generalista, da família dos corvídeos, que ocorre numa grande variedade de habitats, desde zonas agrícolas com bosquetes e sebes vivas, a zonas suburbanas com parques, hortas e jardins. De aspeto inconfundível, a pega ostenta uma plumagem preta de reflexos metálicos esverdeados onde sobressaem grandes manchas brancas. Particularmente notável é a sua cauda comprida, cuneiforme, de reflexos verdes, cujo tamanho chega a ser superior ao do corpo, razão pela qual a espécie é muitas vezes denominada pega-rabuda. Prudente, mas nada tímida, alimenta-se sobretudo no solo onde caminha com a cauda erguida enquanto procura insetos, sementes, mas também pequenos vertebrados e até carniça e desperdícios humanos. O hábito de armazenar comida excedente e ocasionalmente recolher objetos brilhantes sem qualquer propósito alimentar, valeram-lhe a reputação, largamente exagerada, de ladra. A sua adaptabilidade em matéria alimentar – na verdade a pega alimenta-se de quase tudo – está na origem do nome científico Pica pica, uma referência à pica, um transtorno alimentar da espécie humana, caracterizada pela ingestão de substâncias que não são alimento.

SUPLEMENTO

o Steinwender já arroxeado e a tossir em dó sustenido graças a um amendoim estrategicamente entalado na laringe, a dona pega e o seu excelso marido avançaram. Pelo canto do olho, enquanto procurava aspirar golfadas de oxigénio para manter ativas as funções cerebrais básicas, detetei duas caudas longas de outras tantas silhuetas pintadas a preto e branco voando, que nem mísseis, em direção ao diospireiro. Foi o fim. Não demorou muito até que as pegas, em frenesim, vazassem um olho ao Afonso, arrancassem o sorriso da cara ao Alfredo e abocanhassem a parte mais nutritiva do Aníbal, o 5.º dióspiro a contar de trás e o mais calado de todos. Quando cheguei à árvore, ainda a cuspir amendoins pelo nariz, o espetáculo era dantesco. Com a fuga apressada das pegas, Adão, o 6.º dióspiro a contar da frente, e o mais maduro do grupo, jazia esborrachado no chão, com a polpa à mostra. Quanto ao Antero, o meu favorito, o 7.º e mais altaneiro dos dióspiros, pendia do ramo preso apenas por um fio de pele, completamente esvaziado do seu miolo laranja vivo. O horror ficou completo quando descobri a derradeira vítima desmembrada no chão. Versado

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