Revista Municipal de Lousada março 2022

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REVISTA MENSAL GRATUITA CÂMARA MUNICIPAL DE LOUSADA MAR’22

LOUSADA FESTIVAL DE CAMÉLIAS


Revista Municipal

Agenda

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Equipa Multidisciplinar de Apoio à Covid-19

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Desfile Escolar de Carnaval Virtual

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Balcão Único do Prédio em Lousada

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Olimpíadas da Europa

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Alunos recebem diploma de Mandarim

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BioLousada

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Mel de floresta promove a Paisagem Protegida

Suplemento São João de Nespereira em 1758

memória paroquial, toponímia e património

17 FICHA TÉCNICA Revista Municipal | Câmara Municipal de Lousada | N.º 210 Ano n.º 23 – 4.ª série | Data março 2022 Propriedade e edição Câmara Municipal de Lousada | Direção Presidente da Câmara Municipal de Lousada Textos Divisão de Comunicação, Património e Arqueologia e Divisão de Ambiente (SCNEA) | Fotografias Divisão de Comunicação, Divisão de Ambiente (SCNEA). Impressão Invulgar Artes Gráficas | Tiragem 17000 | Depósito Legal 49113/91 | ISSN 1647-1881

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Nos dias 12 e 13 realiza-se a XII edição do Festival Internacional de Camélias de Lousada. A sessão de abertura, na Praça das Pocinhas, está agendada para as 15h00 de sábado, seguindo-se a abertura do Mercado das Camélias e visita à exposição. A partir das 16h30 vão ser entregues os prémios relativos ao Concurso das Camélias. No domingo, dia 13, vai realizar-se o habitual Passeio pelos Jardins de Camélias. Os interessados devem efetuar inscrição prévia, gratuita, estando previstas duas visitas durante o dia. O Município assegura transporte gratuito sendo o ponto de encontro o Posto de Turismo. Os participantes vão ter a oportunidade de visitar os jardins da Casa de Santa Cristina, em Nogueira, da Casa do Rio, no Torno, e da Casa de Santo Ovídeo, em Aveleda. O Mercado das Camélias vai funcionar, no sábado, das 15h00 às 19h00, e no domingo entre as 10h00 e as 19h00. As inscrições para a visita podem ser efetuadas presencialmente, através do telefone 255820580 ou através do email turismo@ cm-lousada.pt

Fim de Semana Gastronómico com cozido e leite-creme

Coincidindo com o Festival Internacional de Camélias, entre sexta e domingo, de 11 a 13, realiza-se o Fim de Semana Gastronómico, com a participação de vários restaurantes do concelho. O Cozido à Portuguesa e o Leite-creme Queimado são os pratos escolhidos para degustar. Os restaurantes aderentes são: Visconde, Brazão, Quinta de Cedovezas, Estrada Real, Campos Freire / Querida Perfeição – Quinta das Pontezinhas, Petisqueira Moura, Passion Flower, Parabéns, Recantos D’harmonia, Meet You, Pronto Assar e Casa Ernesto.

MUNICÍPIO

Festival Internacional de Camélias

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MUNICÍPIO

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Centro de Informação Autárquico ao Consumidor A funcionar no Município de Lousada desde setembro de 2020, altura em que foi assinado o protocolo entre o Município de Lousada e a Direção Geral do Consumidor, o Centro de Informação Autárquico ao Consumidor de Lousada (CIAC) funciona no Edifício Paços do Concelho. Este serviço de atendimento que se destina a apoiar o consumidor na informação/orientação e encaminhamento de conflitos de consumo. Podem recorrer ao CIAC todos os consumidores e os agentes económicos do concelho e, desta forma, para qualquer informação adicional é possível enviar email para ciac@ cm-lousada.pt. No mês de janeiro, e no âmbito do CIAC de Lousada, foi assinado um protocolo entre o Município e o TRIAVE – Centro de Arbitragem Conflitos de Consumo do Ave, Tâmega e Sousa. Deste modo, os munícipes de Lousada passam a ter a possibilidade de exercerem os seus direitos enquanto consumidores através do recurso ao TRIAVE, beneficiando de uma proximidade que é uma das valências desta entidade de resolução alternativa de litígios. Os consumidores residentes e os agentes económicos localizados no Município passam igualmente a poder solicitar informações sobre direito do consumidor ao TRIAVE - Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Ave, Tâmega e Sousa.

Conselho Municipal de Juventude No dia 28 de janeiro, no Espaço AJE, realizou-se uma reunião do Conselho Municipal da Juventude. Trata-se de um órgão consultivo que tem por missão criar condições para uma participação efetiva dos jovens Lousadenses na construção de ações e medidas de política de juventude que contribuam para a melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento sustentável do concelho. Esta reunião contou com a presença dos representantes das Associações de Estudantes dos Agrupamentos de Escolas, representantes dos vários partidos presentes na Assembleia Municipal, membros das juventudes partidárias e associações juvenis.


A Câmara Municipal tem em funcionamento, desde dia 31 de janeiro, uma nova Linha de Apoio Municipal (96 951 76 23) para auxiliar os utentes na interpretação e esclarecimento das novas normas e articulação com as plataformas de registo informático. A equipa surge, agora, com novas funções, a pedido da Saúde Publica Local, dando apoio a outro nível, nomeadamente na orientação/apoio à população no que diz respeito aos novos modos de atuação e ao preenchimento do FAIE (Formulário de Apoio ao Inquérito Epidemiológico). O Município de Lousada, desde o início da Covid-19, teve um papel ativo no que respeita ao apoio da população. Em novembro de 2020 foi criada a EMA - Equipa Multidisciplinar de Apoio de Lousada, numa estreita colaboração com o Ministério da Saúde, nomeadamente, nos contactos telefónicos e acompanhamento de casos positivos à Covid-19. Assim, a EMA tem tido, ao longo deste tempo, um papel importante no que respeita ao acompanhamento em tarefas diversas, como verificar se os cidadãos em confinamento obrigatório necessitam de ajuda alimentar, apoio a nível social ao próprio ou à sua família, bem como de apoio psicológico.

A EMA tem tido a preocupação de verificar a adequação das condições da habitação para cumprimento do confinamento obrigatório e esclarecer os cidadãos relativamente às questões relacionadas com as orientações de isolamento. De acordo com o Vereador da Saúde, Dr. Nelson Oliveira, “o Município tem apoiado os agregados familiares sempre que necessário e quando a sua situação socioeconómica é mais débil, com kits de proteção individual, cabazes alimentares, refeições confecionadas, medicação, transporte, apoio domiciliário, interligação com a saúde e apoio psicológico”.

Dados Estatísticos da EMA Lousada

Esta equipa fez o levantamento dos contactos de alto risco em 1553 casos de Covid-19 indicados pela Autoridade de Saúde Publica e que precisavam de Declaração de Isolamento Profilático (DPI), entre outubro de 2020 e janeiro de 2021. Contactou mais de 1400 pessoas consideradas contactos de alto risco para emissão de DIP, durante o mesmo período de tempo. Desde setembro de 2020 foram efetuados telefonemas a mais de 20 mil pessoas, entre contactos de alto rico e casos positivos. Os números revelam ainda que a Linha de Apoio Municipal foi contactada por 7000 pessoas, que precisavam de algum tipo de suporte e foram convocados mais de 13 000 utentes para vacina contra a Covid-19 e a Gripe. O Vereador da Saúde destaca que “ao longo deste tempo, houve a colaboração, nesta equipa, de 24 técnicos, de diferentes instituições, que em conjunto se debateram e trabalharam no combate a esta pandemia. Foram parceiros neste trabalho a Associação Social Recreativa e Cultural ao Encontro das Raízes, a Santa Casa da Misericórdia de Lousada e a ACIP- Ave Cooperativa Intervenção Psico-Social”.

SAÚDE

Equipa Multidisciplinar de Apoio à Covid-19

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MUNICÍPIO

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Balcão Único do Prédio em Lousada O Município de Lousada tem aprovada a candidatura para a implementação do Sistema de Informação Cadastral Simplificado que começou funcionar no dia 7 de fevereiro. O projeto tem um investimento total de 100 mil euros, sendo cofinanciado em 85%, pelo Norte 2020, através do Fundo Social Europeu. A ideia subjacente a esta candidatura passa por identificar e delimitar os prédios rústicos e mistos existentes no concelho através da plataforma BUPi - Balcão Único do Prédio. O BUPi surgiu em 2017 com o intuito de conhecer o território português de forma simples e inovadora e está assente em quatro objetivos que passam pelo ordenamento do território, a valorização dos recursos, a identificação dos proprietários e a prevenção dos incêndios. O conhecimento dos limites e da titularidade das propriedades são fundamentais para que os Municípios possam

planear e gerir os seus territórios. Assim, a implementação do projeto passa por instalar balcões de atendimento descentralizados e próximos da população, nomeadamente, nas sedes das Juntas de Freguesia, em datas a agendar. A identificação e delimitação dos terrenos não tem qualquer custo para os proprietários e vai permitir ao Município dotar-se de um sistema cadastral de enorme importância para o ordenamento, conhecimento e desenvolvimento do território e para o exercício das atividades e atribuições legais. No que respeita aos proprietários, esta é uma oportunidade de conhecer e delimitar com exatidão os seus terrenos, beneficiando da isenção de custos do registo dos mesmos na conservatória, podendo transmitir esse conhecimento às gerações futuras.


No dia 29 de janeiro realizou-se a entrega de diplomas aos alunos do curso de Mandarim de Lousada, que iniciaram a aprendizagem no ano letivo 2017/2018. São 14 alunos que tiveram quatros anos de aulas, no âmbito do PIICIE, e que frequentaram aulas de preparação para o exame de proficiência da língua chinesa, que decorreu no dia 20 de novembro. O Instituto Confúcio da Universidade do Minho tem vindo a oferecer a possibilidade de realização dos Exames Oficiais de Nível de Língua Chinesa – HSK (Hànyŭ Shŭipíng Kăoshì) e HSKK (Hànyŭ Shŭipíng Kŏuyŭ Kăoshì), exames de proficiência da língua chinesa para todos os que aprendem esta língua como língua estrangeira, com autoria e tutela do governo chinês.

O Vereador da Educação, Dr. António Augusto Silva, enfatizou que "a oferta do Mandarim às crianças e jovens do concelho tem duas mais-valias essenciais, por um lado põe-nas em contacto com uma cultura milenar, com aspetos muito distintos da cultura ocidental que lhes abre horizontes, e por outro, permite o domínio de uma língua, que pode ser um elemento de diferenciação curricular com forte impacto na carreira profissional de cada um deles". O Vereador destacou ainda que "os alunos estão de parabéns, já que abdicando de momentos de lazer, investiram muito do seu tempo na aprendizagem de uma língua", incentivando-os ainda a "prosseguir os estudos e a praticarem o que já aprenderam. Também o papel dos pais deve ser enaltecido, nomeadamente pelo esforço que fizeram aquando da viagem de estudo à China, bem como do Instituto Confúcio da Universidade do Minho". Atualmente frequentam o curso de Mandarim 52 alunos, distribuidos por quatro turmas de outros tantos níveis. O Município de Lousada iniciou este projeto no ano letivo de 2017-2018, e somente no ano seguinte passou ser financiado pelo Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar, promovido pelo Município e pela Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa.

EDUCAÇÃO

Alunos recebem diploma de Mandarim

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DESPORTO

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Gala do Desporto distinguiu No dia 4 de fevereiro realizou-se a 7.ª edição da Gala do Desporto de Lousada, em formato online. O Presidente da Câmara Municipal, Dr. Pedro Machado, começou por dizer que “quando o Município decidiu realizar a Gala do Desporto a ideia passou por ser um incentivo para a continuidade da prática desportiva, que se faz com muito trabalho e dedicação. É importante lembrar que o desporto é um dos pilares do desenvolvimento do concelho”. O Dr. Pedro Machado felicitou todos os nomeados e premiados deixando “uma palavra de reconhecimento para todos os que estão ligados ao desporto, nomeadamente aqueles que têm trabalhado por esta causa como os atletas, treinadores, dirigentes desportivos. As coletividades de

Lousada são um exemplo de resiliência, pois nestes dois anos de pandemia, com arte e engenho têm conseguido ultrapassar os obstáculos e se reinventarem”. A Gala do Desporto é realizada numa parceria entre o Município de Lousada e a Comissão Reguladora, que tem, entre outras, a função de selecionar todos os candidatos às diferentes categorias, os quatro finalistas por categoria, fazendo chegar a informação à organização e coordenação. Jorge Furtado, Presidente do Centro Cultural e Desportivo da Ordem, representante da Comissão Reguladora, destacou que “é para todos uma grande satisfação ver o desporto crescer e envolver em Lousada cada vez mais instituições, modalidades, atletas e pessoas”.

Equipa Lousavidas BCR

Lousavidas

Equipa do Ano

António Santos Best Online

Paulo Santos

Prémio Dedicação

Associação do Ano

Jorge Gonzaga

Personalidade do Ano

Miguel Moura Treinador do Ano

José Sousa

Atleta do Ano Desporto Adaptado

Gonçalo Ribeiro Atleta do Ano


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Na categoria Homenagem e Distinção foi entregue o Prémio Mérito Desportivo, a José Serôdio Santos, da Associação de Hóquei de Lousada, e o Prémio Dedicação foi para Paulo Santos, roupeiro da Associação Desportiva de Lousada. A Modalidade do Ano mais votada foi o Futsal e o Prémio Carreira foi entregue a Manuel Andrade Ferreira, do Clube Motard de Figueiras. O Prémio Personalidade Desportiva do Ano coube a Joca Gonzaga, campeão Nacional de Kartcross, e o Prémio Evento Desportivo do Ano foi para o Torneio Regional de Verão - Natação Adaptada, da Lousada Séc. XXI. O Prémio Best Online, resultado da votação do público, através das redes sociais, distinguiu António Santos, da União Cultural e Recreativa de Boim. O Prémio Atleta Revelação do Ano foi atribuído a Nelson Moreira, do Núcleo de Barrosas Amador, e o Prémio Dirigente do Ano foi para Luís Moreira, da Associação “Os Pienses”, Arte Cultura e Recreio.

DESPORTO

atletas e associações O vencedor do Prémio Treinador do Ano foi Miguel Moura, Rompe Trilhos Clube BTT, e Fábio Santos, Árbitro Internacional da Federação Portuguesa de Ténis, vencedor na categoria Prémio Árbitro/Juiz do Ano. Cecília Araújo, do Associação Desportiva e Cultural de Figueiras – BTT, venceu o Prémio Atleta Feminino do Ano, e Gonçalo Ribeiro, da Lousaestradas Racing Team, foi o mais votado na categoria de Prémio Atleta Masculino do Ano. O Prémio Atleta do Ano do Desporto Adaptado foi entregue a José Sousa, atleta do Lousada Ténis Atlântico No que respeita aos Prémios Coletivos, estes foram entregues à Cooperativa Lousavidas, que ganhou o Prémio Associação Desportiva do Ano, e a Equipa Sénior Masculina Basquetebol de Cadeira de Rodas, também da Lousavidas, foi eleita a Equipa do Ano. Foram ainda entregues os prémios a Atletas Integrantes em Seleções Nacionais e aos Campeões.

Torneio de Verão Evento do Ano

Futsal

Modalidade do Ano ©André Sanano | FPF

Cecília Araújo Atleta do Ano

Nelson Moreira Atleta Revelação do Ano

Fábio Santos

Árbitro/ Juíz do Ano

Manuel Andrade Ferreira Prémio Carreira

Luís Moreira

Dirigente do Ano

José Serôdio Santos

Mérito Desportivo


AMBIENTE

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Semana de Voluntariado Verde Durante a última semana de janeiro decorreu a Semana Verde - Voluntariado de Inverno, em Lousada, que juntou 21 voluntários de todo o país. No total, os voluntários colaboraram no restauro ecológico de 1.3 hectares de áreas florestais; plantaram cerca de 500 árvores nativas; colaboraram no controlo e remoção de canas invasoras (Arundo donax); construíram mais de 150 metros de vedações de madeira morta; ajudaram na organização do horto municipal, com o envasamento de cerca de 6 mil plantas que vão ser utilizadas na próxima época de plantações; ajudaram à manutenção

de um charco para a vida selvagem e construíram um abrigo para biodiversidade, inspirado na Torre de Vilar. À semelhança do que tem sucedido noutros campos de voluntariado, as refeições envolveram produtores e lojas locais, promovendo-se a circularidade e o apoio à economia local. A iniciativa contou com o apoio da Associação VERDE e foi co-financiada pelo projeto Carbono Biodiverso, que visa ajudar a preservar os Gigantes Verdes de Lousada. Agradecemos a todos os voluntários e instituições envolvidos neste notável trabalho.


O mel “Mata de Vilar” é um mel de floresta proveniente da maior extensão contínua de floresta nativa do concelho de Lousada. Esta mancha florestal é composta por diversas espécies de carvalhos, faias e resinosas e constitui um dos principais equipamentos ambientais da Paisagem Protegida Local do Sousa Superior, estando certificada como Floresta de Alto Valor de Conservação. A fixação de um pequeno apiário na Mata de Vilar, em parceria com um apicultor local, na qualidade de projeto piloto, permite acrescentar um novo benefício ecológico na Mata de Vilar, promovendo igualmente o empreendedorismo rural deste equipamento florestal, ao conceber um produto de exceção como o mel, que contribui para a promoção direta local e regional do vale do Sousa, da Mata de Vilar e da Paisagem Protegida. A promoção deste mel está assente na estratégia munici-

Está na sua natureza!

pal de sustentabilidade, alicerçada no conhecimento científico. No caso particular de apoio aos polinizadores, os últimos estudos científicos internacionais demonstram o declínio global dos polinizadores, cujo impacto negativo afeta o equilíbrio dos ecossistemas, mas também a sustentabilidade alimentar: 35% das plantas utilizadas para a produção de alimentos, em todo o mundo, dependem de polinizadores; bem como a funcionalidade ecológica de todos os ecossistemas, que garantem as condições da própria vida no Planeta. O mel “Mata de Vilar” encontra-se comercializado no Talho Avenida, em Caíde de Rei, na COPAGRI - Cooperativa Agrícola de Lousada (Supermercado) e no Super Talho Pôr Do Sol, na vila Lousada, e no Quiosque Café Expresso, em Vilar do Torno e Alentém.

AMBIENTE

Mel de floresta promove a Paisagem Protegida

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AMBIENTE

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Ordenamento sustentável do território No âmbito do projeto Future Planning, cofinanciado pelo Programa EEAGrants, decorreu um evento de formação e partilha de boas práticas em ordenamento sustentável do território. Durante cerca de uma semana, Lousada recebeu um grupo de trabalho composto por técnicos da Escola Superior para o Desenvolvimento Verde, de Bryne (Noruega), e da ASPEA Associação, com convidados da Junta de Freguesia dos Olivais e do Município de Benavente. O grupo teve oportunidade de conhecer a Paisagem Protegida Local do Sousa Superior e alguns dos seus espaços emblemáticos, como a Mata de Vila, o futuro Parque Molinológico e Florestal de Pias, Vinhas do Enforcado e um conjunto de artesãos. Visitaram ainda a Universidade de Aveiro, onde tiveram formação com peritos nacionais em ordenamento do território, planeamento urbano e gestão ecológica municipal. O projeto Future Planning visa a capacitação para o desenvolvimento territorial sustentável. Mais informação disponível em www.cm-lousada.pt/p/future-planning.


Caminhada do Dia da Mulher

EDUCAÇÃO Encontro de Pais com Ivone Patrão

TURISMO Festival de Camélias e Fim de Semana Gastronómico

Agenda

AÇÃO SOCIAL


DESPORTO

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Campeonato Nacional de Parahóquei Indoor 1 MAR Pavilhão Municipal de Lousada

Rota das Camélias Passeio BTT 13 MAR

9H00

Lousada BTT Organização: Lousada BTT

Campeonato Nacional de Motocross 20 MAR Complexo Voltas e Rodas (Lustosa) Organização: Clube Motard de Figueiras


Free g n i n n u R

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2 de março de 2022 19h00 Assista à conversa online a fb.com/cmlousad

al

Participação especi

ERCÍLIA MACHAD

O

©freepik.com | Foto: corredoresanonimos.pt

Ciência no Parque 12 MAR

10H00

11H15

Mega Encontro Desportivo 19 MAR

10H00

Parque de Lazer de Sousela

Piscinas Municipais de Lousada

Inscrições em www.cm-lousada.pt/p/ciencia-no-parque

Mega Encontro de Natação e Polo Aquático


EDUCAÇÃO 16


AÇÃO SOCIAL

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AÇÃO SOCIAL

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+info e inscrições até 4 de março em cm-lousada.pt/p/doar-sangue

Ver do Bago no Sangue ATÉ 26 DE JUNHO

EXPOSIÇÃO

Festival Inventa 27 MAR

15H00

Centro de Interpretação do Românico

Torre de Vilar

Até 26 de junho, de terça a domingo, 10h00-18h00 A Rota do Românico é a protagonista e coautora desta viagem em que o território é a ideia e a cultura o instrumento, propondo um ciclo de exposições que celebra a relação material e simbólica entre a vinha e a paisagem cultural e humana dos vales do Sousa, Douro e Tâmega.

Ciclo de Circo Contemporâneo no Património Irredutível, por Rui Paixão


JUVENTUDE

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NCONTRO

Pré Seleção 14 MARÇO

Finalíssima 9 MAIO

Inscreve-te na tua escola e habilita-te a ganhar!!!

SEJA DIFERENTE, NÃO SEJA INDIFERENTE

por uma comunidade verdadeiramente inclusiva

30 MAR’22 - 17H30

Escola Secundária de Lousada


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TURISMO

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11 >13 MARÇO'22


AMBIENTE 22


AMBIENTE

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AMBIENTE 24


AMBIENTE

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CULTURA 26


Revista Municipal Câmara Municipal de Lousada N.º 210 Ano n.º 23 – 4.ª série Data março 2022 Depósito Legal 49113/91 ISSN 1647-1881

Suplemento

Património

São João de Nespereira em 1758 memória paroquial, toponímia e património No prosseguimento da vulgarização local dos inquéritos paroquiais setecentistas que vêm sendo editados no suplemento do património, cumpre-se com a apresentação das respostas relativas à décima oitava paróquia concelhia indagada. Em lugar de indexada no Porto, a memória de Nespereira encontra-se, por ter pertencido à sua correição, em Barcelos, o que levou que oportunamente não fosse identificada, encontrandose por tal motivo omissa na obra «As freguesias do Distrito do Porto nas Memórias Paroquiais de 1758», divulgada em 2009. Porém, ainda no mesmo ano, caberia a Pedro Magalhães localizar as respostas ao referido inquérito, que em boa hora o deu a conhecer no número 3 da revista Oppidum, pelo que é desta edição anual que partimos para a análise aqui apresentada.

Texto e fotografia Cristiano Cardoso cristiano.cardoso@cm-lousada.pt Luís Sousa luis.sousa@cm-lousada.pt


SUPLEMENTO

28 1. São João de Nespereira - a paróquia e a sua igreja 1.1. A paróquia As inquirições gerais de 1258, ordenadas pelo rei D. Afonso III, permitem uma primeira aproximação à organização socioeconómica da freguesia de São João de Nespereira, que integrava o território administrativo do julgado de Lousada. Estes registos demonstram que a fundação de uma igreja primitiva na área da atual freguesia ocorreu por iniciativa de particulares, ou seja, de um grupo limitado de proprietários livres, herdatores, que aqui detinham e cultivavam as suas terras. Não é possível determinar quando foi erigida esta igreja, nem sequer poderemos saber se, circunstancialmente, houve outras igrejas dentro de uma área próxima. Admite-se, no entanto, que, apesar dos esforços de organização administrativa e eclesiástica verificados durante o século XI, havia populações organizadas por laços de solidariedade vicinal que construíam uma igreja sob a proteção espiritual de um, ou mais, oragos da sua predileção, dotavam-na com os rendimentos e as alfaias litúrgicas necessárias e assumiam o sustento de um clérigo. A igreja de São João de Nespereira terá sido fundada dentro de um contexto similar por um grupo de herdadores que, assim, garantiam auxílio espiritual e local de sepultamento. A igreja passava a integrar os bens destes proprietários, ditos padroeiros, que a podiam transacionar por venda ou permuta, por herança ou doação. O texto das inquirições revela que, por meados do século XIII, esta igreja andava na posse partilhada de herdeiros dos fundadores e do mosteiro de Vilela, indicando que o dito cenóbio obtivera a sua parte por doação dos referidos herdadores. Cerca de um século depois a igreja de Nespereira já surge na posse do mosteiro de Vilela e do mosteiro de Bustelo, seguindo-se um longo período durante o qual estas duas instituições monásticas partilharam o padroado, não obstante alguns desentendimentos e litígios. 1.2. A Igreja A escassez de documentação relacionada com as sucessivas campanhas de construção e remodelação da igreja de Nespereira, não permite avançar muitos dados nesta matéria. Ainda assim, os elementos arquitetónicos que permanecem visíveis e algumas fotografias antigas possibilitam, pelo menos, a definição de três momentos construtivos. A nave da igreja deverá remontar à primeira metade do século XVII, exibindo traços que se inscrevem

no contexto do estilo chão, com a supressão de elementos decorativos e cantarias, ausência de cunhais e vãos de janela de pequena dimensão. O corpo da capela-mor já demonstra uma maior preocupação arquitetónica, através da definição da cantaria dos cunhais e do entablamento, podendo enquadrar-se a sua edificação por volta da segunda metade do século XVIII. A sacristia estava encostada ao lado norte, na intercessão da nave com a capela-mor. Por fim, em 1945, um hipotético campanário adossado à fachada, pelo lado sul, deu lugar a uma torre sineira. Nos anos 60 do século XX a igreja foi alvo de uma profunda remodelação que descaracterizou a arquitetura da nave e da capela-mor, restando muito pouco da sua antiga traça.

Figura 1 Igreja de Nespereira.


2. Memória paroquial de São João de Nespereira: transcrição Copia e Relação dos Interrogatorios seguintes na forma que se me ordena na Ordem de sua Excelentíssima Reverendíssima que recebi em 2 de Março deste prezente anno de 1758. Freguezia de S. João de Nespereira. 1. Está esta freguezia de São João de Nespereira situada em a Provincia de Entre Douro e Minho, no Bispado do Porto, Comarca de Penafiel, Termo e Correição de Barcellos. 2. Hé esta terra da Caza de Bragança, que entendo anda anexo à Coroa. 3. Tem esta freguezia cincoenta e hum fogos e duzentas e trez pessoas mayores e menores dezanove. 4. Está situada em huma Ribeyra espaçoza e alegre donde se descobre a povoação da Villa de Arrifana de Souza que fica distante desta terra huma legoa. 5. Tem dezasete aldeas que são: Cima de Villa, que tem quatro vezinhos. Aldea do Carvalho, que tem sete vezinhos. Aldea de Villa Verde, que [tem] doze vezinhos. Aldea da Cenra, que tem trez vezinhos. Aldea da Chamusca, que tem dous vezinhos. Cabo Villa, que tem hum vezinho. Aldea do Carcere, que tem hum vezinho. Marlaes, que tem seis vezinhos. Corredoura, que tem hum vezinho. Nespereira, que tem dous vezinhos. Deveza, que tem quatro vezinhos. Bica, que tem oyto vezinhos. Bayrral, que tem dous vezinhos. E Bolla, que tem trez vezinhos. Cima de Villa da parte de Bayxo, que tem hum vezinho. Aldea de Cima, que tem hum vezinho. Igreja, que tem hum vezinho. E são as aldeas que comprehende esta dita freguezia de Nespereira 6. Está a Rezidencia paroquial, Igreja e Paçal no meyo da freguezia, fora das ditas aldeas, sem que tenha vezinho algum, as quaes por todas são dezasete, como acima fica declarado no Interrogatorio quinto. 7. Hé orago desta dita freguezia São João Evangelista, cuja imagem está collocada no Altar Mór da ditta Igreja, e tem trez Altares: hum na cappella mór, e outro da parte do Evangelho de Nossa Senhora do Carmo; e outro para a parte da Epistola de S. Braz. Não tem naves esta Igreja, nem Irmandades. 8. He esta Igreja Abbadia a qual apresenta o Summo Pontifice o mez de Janeiro, e o Ordinario o mez de Fevereiro, e os Padres do Convento de Bustello e os Cruzios do Convento da Serra do Porto apresentam o mez de Março alternativamente cada hum por sua vez, e assim vay correndo este Padroado por todos os meseses(sic) do anno. E rendem os dezimos desta Igreja duzentos e cincoenta mil reis, e o Passal cento e dez mil reis, e de foros vinte mil reis, o que tudo poderá render cada anno trezentos e oytenta mil reis. 9. Ao Nono, Decimo, undecimo, e duodecimo não tenho que informar, por não haver nesta

SUPLEMENTO

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Figura 2 Folha de rosto da Memória Paroquial de Nespereira de 17581. 1 Imagem obtida [em linha]: https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4240932 (acedido em 14/02/2022).


SUPLEMENTO

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freguezia Hospitaes, nem conventos, nem Caza de Mesiricordia. 13. Tem esta freguezia huma capella particular na aldea do Carcere cujo orágo he de Nossa Senhora do Parto, e hé da Capella, digo, e he esta Cappella da mesma Caza do Cárcere com a invocação de Nossa Senhora do Bom despacho, e não do Parto, como atraz disse por equivocação, de cuja instituição consta que será visitada pelo paroco da freguezia, sem que nella entre a vizitalla o Ordinario. 14. Não há romagem nesta cappella, nesta freguezia somente em dia de S. Braz vem a esta Igreja varios devotos em dia do mesmo santo, que he a trez de Fevereiro, em cujo dia se festeja o mesmo santo com missa cantada e sermão, e tambem em alguns dias do anno vem algumas pessoas fazer romaria ao dito santo. 15. São os fruttos desta terra milhão, e milho pequeno, centeyo, painço, e trigo pouco pelo não semearem tem muito boas frutas de toda a casta, melois, e melancias, e azeite, e vinho verde em abuncia (sic). 16. Tem esta terra Juiz Ordinario, cuja nomeação faz, digo, Juiz Ordinario e camera, cuja nomeação fazem elles mesmos, que remettem na Pauta à Caza de Bragança, a qual elege dos que vão nomeados, os que lhe parece, e a mesma câmara ao depois de virem assinado, e nomeados, faz almotacés, e meirinho. Ao decimo septimo, decimo oytavo e decimo

nono nao tendo que informar, por nao haver nesta freguezia couza algua das contheudas nos ditos interrogarios (sic). 20. Não tem esta terra Correyo, mas servesse do Correyo de Arrifana de Souza, que he na quinta feira, quando se deitam nelle as cartas, e vai dali para o Porto, e na volta chega no domingo pelo meyo dia à dita Villa, que fica em distancia desta terra huma Legoa.21. Fica esta terra distante da cidade do Porto capital do Bispado seis legoas, e da cidade de Lisboa capital do Reyno cincoenta e sete legoas. 22. Tem esta terra os privilégios da Caza de Bragança authorizados por El Rey D. João, que Deos haja emgloria. 23. Há muitas fontes, mas não há alguma que seja celebre por sua compozição, mas todas são razas de boa agua. Não tem esta terra rio algum somente tem hum Ribeyro e agua, que nasce neste Passal e vai continuando por entre campos abaixo, e fertilizandoos com suas agoas até o lugar de Bayrros, que he da freguezia de Bitaraes, aonde se mete pelos campos no Rio Mezio. Não tem serra, nem muros nem he porto de mar nem padeceo detrimento algum nas cazas, nem nas terras por cauza do terremoto, nem há mais couza notável digna de se fazer cazo de que possa informar. Passa na verdade Nespereira 26 de Abril de 1758. Abbade Gaspar Teyxeira Alvarez2.

3. Toponímia e Património 3.1. Toponímia Denominação (antiga-1758/atual)

Nota etimológica/Refas. bibliográficas/Observações

Aldea de Cima/Aldeia de Cima

O termo aldeia tem origem no árabe – aD-Dai'â3, e expressa povoação, com sentido rural. Compreende usualmente um pequeno aglomerado populacional. Aqui permite subentender a existência de duas aldeias, não significando que a aldeia que a antepõe seja chamada - de Baixo.

Bayrral/Bairral

Expressa a ideia de conjunto de casas próximas umas das outras, ou mesmo perfiladas ao longo de um eixo viário, Topónimo frequente, sobretudo no Norte de Portugal. Indica por vezes povoação, aglomerado, etc. Assinala, no contexto da freguesia de Casais, um lugar composto por casario junto, que se perfila ao longo da atual Estrada Nacional EN106-1 e que se desenvolve para caminhos transversais de acesso local.

Bica

O mesmo que fonte. De onde, no caso, brota água que a população recolhe para consumo.

Bolla/Bola

Local onde se terá praticado um tradicional jogo denominado de «Bola» ou «Bolla», hoje desaparecido, que consistiria numa vala por onde era lançada uma bola, de madeira, em direção a um conjunto de pinos, de madeira de pinho, em número de 10, por vezes com a própria casca. Este jogo, muito popular em várias regiões do país até meados do século XX, assemelhava-se ao bólingue.

2 IAN/TT, Memórias Paroquiais, vol. 42, memória 231, fl. 110; CAPELA, José Viriato; MATOS, Henrique; BORRALHEIRO, Rogério – As freguesias do Distrito do Porto nas Memórias Paroquiais de 1758: Memórias, História e Património. Braga: Ed. Autor, 2009, p. 317; MAGALHÃES, Pedro - Nespereira nas Memórias Paroquiais de 1758, in Oppidum, não 4, número 3. Lousada: Câmara Municipal, 2008/2009, pp. 187-193. 3 MACHADO, José Pedro - Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. 3ª ed. vol. I. Lisboa: Livros Horizonte, 1977, p. 184. 4 MACHADO, José Pedro - Dicionário Onomástico Etimológico da Língua

Portuguesa. 2ª ed. vol. I. Lisboa: Livros Horizonte, Ed. Confluência, 1993, p. 300. MACHADO, José Pedro - Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. 3ª ed., vol. II. Lisboa: Livros Horizonte, 1977, p. 72. 6 MACHADO, José Pedro - op. cit., vol. V. Lisboa: Livros Horizonte, 1977, p. 186. 7 MACHADO, José Pedro - Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa. 2ª ed. vol. I. Lisboa: Livros Horizonte, Ed. Confluência, 1993, p. 503. 5


Nota etimológica/Refas. bibliográficas/Observações

Cabo Villa/Cabo de Vila

O termo «Cabo» deverá aqui ser entendido como “extremidade” ou “fim”4. Trata-se de um topónimo geográfico muito frequente, cuja forma adverbial «Cabo» adquire sentido de posicionamento geográfico relativo a-. São conhecidos casos em que surge ora isolado, ora em composição. A localização relativa ao lugar de ‘Vila’ no espaço administrativo da freguesia de Nespereira leva-nos a considerar tratar-se de um topónimo com significado de um lugar que está na extremidade ou no fim da povoação. Por ‘Vila’ entende-se aqui uma zona onde é evidente a presença de um certo número de casas mais/menos próximas e que se dispõem em redor de uma parcela agrária de boa dimensão, ou unidade agrícola de superior grandeza que o casal. Não raras vezes é indicativo de aglomerado populacional antigo, com raiz baixo-medieval ou mesmo anterior.

Carcere/Cárcere ou Cáscere

Do latim – carcĕre-, com sentido de prisão, calabouço5.

Carvalho

Fitotopónimo que por estar no singular deverá relaciona-se com a presença no local de um carvalho de porte expressivo. O carvalho é uma árvore cupulífera conhecida por produzir bolotas.

Cenra/Senra

Parece manifestar – Serra, montanha. O termo primitivo apontado é - Senrra6.

Chamusca

De – Chama, com significado de labareda ou lume, algo que chamuscou, que ardeu, que ficou negro pela ação do fogo.

Cima de Villa/Cima de Vila

A forma adverbial «Cima» adquire sentido de posicionamento geográfico relativo a-. Ver acima o anotado para «Vila».

Cima de Villa de Bayxo/ Cima de Vila de Baixo

Observar o apontamento para «Cima de Vila». Esta composição toponímica revela um duplo carácter geográfico, remetendo para o lugar em posição inferior relativamente ao lugar principal, que aqui nos aparece denominado «Cima de Vila» e que o topónimo na sua globalidade coloca o lugar abaixo daquele.

Corredoura

Trata-se de um topónimo muito frequente, quer em Lousada, quer na generalidade do país, bem como na vizinha Espanha, especialmente na Galiza. Refere-se a caminho, ou estrada antiga, por onde circulavam veículos puxados por animais usados no transporte de bens e pessoas.

Deveza/Devesa

Do latim «defensa» = defendida, proibida, adquirindo sentido de ‘terreno murado’, ‘propriedade coutada’, ‘interdita’7.

Igreja

Topónimo relacionado, por proximidade, com o sítio onde se encontra edificada a igreja paroquial.

Marlaes/Marelães

Topónimo de origem suevo-visigoda.

Nespereira

Fitotopónimo que relaciona a presença desta árvore na área. Por se ter fixado na toponímia ao ponto de dar nome à freguesia, será de admitir a sua raridade.

Villa Verde/Vila Verde

Observar as considerações anteriores no que respeita a «Vila». O adjetivo «Verde» deverá aqui ser entendido enquanto extensão agrária onde sobressai a matiz verde da paisagem.

3.2. Património 3.2.1. Capela de Nossa Senhora do Bom Despacho, casa do Cárcere Edificada na segunda metade do século XVII, a primitiva capela de N. S. do Bom Despacho não resistiu a diversos períodos de degradação e ruína. Por diversas ocasiões, as autoridades eclesiásticas apontaram estas situações, exigindo reparações aos seus administradores. Em 1843, terá sido reedificada um pouco ao lado da construção inicial, mas só em 1886, no contexto de uma nova remodelação impulsionada por Luís Pinto Coelho Soares de Moura, a capela exibirá a arquitetura que manteve até à atualidade. Figura 1 Capela de Nossa Senhora do Bom Despacho, casa do Cárcere.

SUPLEMENTO

31 Denominação (antiga-1758/atual)



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