Odemira, Alentejo Singular - eBook

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ODEMIRA, ALENTEJO SINGULAR



ODEMIRA, ALENTEJO SINGULAR Porque este é mesmo um Alentejo diferente, cheio de água, terra e gente, o Município de Odemira desafiou um fotógrafo a aventurar-se pelo território e registar a paisagem e as emoções. Dessa aventura resultou o filme “Odemira, Alentejo singular”, um retrato fiel daquilo que há para ver e viver neste território de campo e serra, à beira-mar. Neste ebook apresentamos uma parte desses registos do fotógrafo Vasco Célio (Stills), num olhar de quem descobre a imensidão do concelho de Odemira, as suas praias, o rio Mira, a Barragem de Santa Clara, os campos, aldeias e vilas, as suas gentes, gastronomia, cultura e tradição, mas também a sua economia. Aceite o nosso convite e descubra, também, que Odemira é um Alentejo singular.


~ CABO SARDAO Quando soube que tinha de ir fotografar cegonhas às 5 da manhã no Cabo Sardão, em Odemira… para dizer a verdade não fiquei muito contente. Mas à chegada, com o ar fresco da madrugada e o sol a querer romper, a magia começou a instalar-se. O farol, construído em 1915, tem uma torre com 17 metros de altura e está a uma altitude de 68 metros! As instalações estão a cargo da Marinha Portuguesa, para garantir a segurança dos navegadores que cruzam a nossa costa. Para quem não sabe, o Farol do Cabo Sardão distingue-se pelos três relâmpagos brancos com um intervalo de 15 segundos. Convém saber onde estamos porque o mar, aqui, não é pera doce. O que me trouxe aqui foi que o Cabo Sardão, a sul de Sines, é um dos poucos locais no mundo em que a cegonha branca (Ciconia ciconia) nidifica nas escarpas, mesmo em cima do mar. Os adultos aproveitam a brisa para criar os juvenis, num ambiente selvagem e protegido pelo Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

37° 35’ 55.89” N 08° 49’ 03.57” O



37º 35’ 55.89’’ N 08º 49’ 03.57’’ O




37º 35’ 55.89’’ N 08º 49’ 03.53’’ O


~ PRAIA DO MALHAO A Praia do Malhão é bem conhecida pelas suas características para a prática do surf, longboard e bodyboard. Mas também é possível fazer outro tipo de aventuras, como passear de Segway, por exemplo.

37º 46’ 43.63’’ N 08º 48’ 04.43’’ O



37º 46’ 43.63’’ N 08º 48’ 04.43’’ O



RIO MIRA Aproveitei para conhecer de perto o Rio Mira, que alimenta os campos férteis e serpenteia junto à vila de Odemira. O Mira, um dos rios mais bem preservados da Europa, nasce no Algarve, na Serra do Caldeirão, e tem uma extensão de 145 km até desaguar em Vila Nova de Milfontes. Tal como o Sado, é um dos poucos rios na Europa que corre de sul para norte. No estuário existem várias espécies interessantes para os apreciadores da natureza, tais como aves marinhas ou a lontra que é, aliás, o símbolo do Parque Natural. No rio, aproveitei para passear de canoa, uma aventura que se recomenda.

37º 43’ 32.02’’ N 08º 45’ 01.50’’ O



37º 39’ 58.68’’ N 08º 43’ 11.71’’ O



RIBEIRA DO TORGAL Apesar de tipicamente o Alentejo ser considerado uma zona quente e árida, Odemira tem muita água e vários locais de vegetação intensa e verdejante. Exemplo é a Ribeira do Torgal, um dos afluentes do Rio Mira, na freguesia de São Luís. E com este caudal em pleno Verão! Encaixada num vale, a Ribeira do Torgal percorre vários quilómetros até chegar ao Rio Mira. Num pormenor de paisagem, a Ponte do Sol Posto, construída para que a EN120 pudesse atravessar esta importante ribeira do concelho de Odemira.

37º 38’ 01.14’’ N 08º 37’ 20.73’’ O



37º 38’ 00.76’’ N 08º 37’ 39.26’’ O



PEGO DAS PIAS É na ribeira do Torgal que se forma o Pego das Pias. É um local mágico, único e absolutamente espetacular, obrigatoriamente preservado por todos. Há quem escolha este recanto para uns passeios com prancha: a ver se assim ganham equilíbrio antes de se fazerem ao mar... Os mais aventureiros aproveitam para saltar das alturas, entre os 7 e os 10 metros. Mesmo à noite, o Pego das Pias é um sítio fora do comum. As rochas parecem assumir formas estranhas, como quem quer comunicar connosco. O isolamento é total e a sensação é de estarmos perante algo completamente diferente.

37º 38’ 39.19’’ N 08º 37’ 07.27’’ O



37º 38’ 42.32’’ N 08º 37’ 09.68’’ O



´ PRAIA DA AMALIA Praia da Amália! Em São Teotónio. Um segredo bem guardado pela nossa maior fadista, a Amália Rodrigues, que tinha uma casa de férias mesmo ao lado. O acesso não é fácil, mas a paisagem é absolutamente divinal! Para quem como eu ama a natureza e a fotografia, esta praia é uma perdição! Por aqui ainda ecoam alguns versos dessa fadista maior: “Meu nome sabe-me a areia/Que cresce no rio novo/Entre as verdades que sonho/E as tristezas que transponho/Meu nome sabe-me a povo”.

37º 28’ 53.34’’ N 08º 47’ 39.25’’ O




37º 28’ 53.34’’ N 08º 47’ 39.25’’ O


XICA É bem representativa do povo e das gentes de Odemira a Xica, da Zambujeira do Mar. Com uma fibra sem igual, levanta-se ainda antes de o sol nascer para chegar ao peixe mais fresquinho. Xica é a exceção à regra: quem disse que a pesca era trabalho de homens? É uma pessoa excecional, que impressiona pela simpatia, saber e força de vontade.

37º 31’ 31.98’’ N 08º 47’ 19.20’’ O



PONTE D. MARIA O meu percurso por Odemira levou-me até Santa-Clara-a-Velha. Já tinha referido como é verde este concelho alentejano? Pois aqui vai mais um exemplo: a Ponte D. Maria, é também conhecida como Ponte Romana, pelos locais. Na verdade, de romana não terá muito, uma vez que a ponte foi construída em 1758… Foi já nos anos 40, no século XX, que a parte central da ponte caiu e assim está até hoje.

37º 30’ 37.03’’ N 08º 28’ 26.39’’ O



A produção florestal é uma das grandes mais-valias do concelho de Odemira e boa parte disso deve-se à apanha da cortiça e à produção de eucaliptos, que mais tarde dão origem à pasta de papel. Para os amantes da Botânica há também várias plantas locais, entre elas muitas ervas aromáticas e medicinais, que podem ser encontradas ao longo de todo o concelho. Numa dessas incursões fui guiado até outro dos tesouros deste concelho tão diverso quanto magnífico: a Rocha de Água D’Alto. Com a ajuda de alguns amigos foi até possível descobrir, por perto, uma fonte com água potável, para retemperar as forças após a caminhada.

37º 45’ 11.61’’ N 08º 43’ 03.08’’ O



37º 45’ 11.61’’ N 08º 43’ 03.08’’ O


37º 45’ 11.61’’ N 08º 43’ 03.08’’ O


SERRA DO CERCAL

Num concelho tão vasto – é o maior do país em área – é possível encontrar paisagens de uma beleza rara, imagens que parecem sonhos. Basta subir à Serra do Cercal, num dos limites do concelho, e olhar em direção ao mar para perceber do que estou a falar.

37º 47’ 33.01’’ N 08º 43’ 01.02’’ O



37º 47’ 33.01’’ N 08º 43’ 01.02’’ O



MEL DO SR. FRANCISCO Este “trabalho” de descobrir Odemira teve um dom fenomenal. O de conhecer as gentes que habitam este concelho e que lhe dão vida. Foi o caso do Sr. Francisco, que tem por missão recolher o “melhor mel do Mundo”, o das suas abelhas…

37º 48’ 47.18’’ N 08º 29’ 50.86’’ O



TURISMO RURAL & SPA De Odemira, levo ainda outras doces recordações. O alojamento é uma delas. Há por aqui Turismo Rural do melhor que se faz no mundo: alguns já ganharam prémios e outros até têm Spa!

37º 42’ 34.03’’ N 08º 43’ 01.88’’ O



37º 28’ 24.97’’ N 08º 43’ 26.74’’ O



LAPA DE POMBAS O elemento água é crucial em Odemira. Seja nos rios, ribeiras, nas barragens ou no mar. Da pesca, por aqui ainda vive muita gente, pessoas que conhecem as entranhas das falésias e que guardam os melhores pesqueiros no fundo da memória. No porto de pesca da Lapa das Pombas, o belo junta-se ao útil. As formações rochosas, que constituem marcos espetaculares, contribuem naturalmente para a criação de um porto de abrigo para os pescadores.

37º 38’ 10.44’’ N 08º 48’ 29.83’’ O



37º 38’ 10.44’’ N 08º 48’ 29.83’’ O



AZENHA DO MAR A Azenha do Mar também se caracteriza pelas formações de rocha, mas é especialmente famosa pelos sabores que o mar oferece. A Costa Alentejana orgulha-se de apresentar o melhor peixe e marisco do país.

37º 27’ 52.97’’ N 08º 47’ 45.66’’ O



37º 27’ 52.97’’ N 08º 47’ 45.66’’ O



ENTRADA DA BARCA

Ao longo da costa, é possível encontrar enseadas naturais que defendem os homens da pesca e propiciam uma economia dependente dos bons augúrios do Mar. Este porto natural – ainda que reforçado pelo homem, para tentar conter a força das ondas – é um dos maiores, dentro do género, na costa de Odemira. Há dias com sorte, em que tudo o que vem à rede é peixe!

37º 33’ 07.29’’ N 08º 47’ 31.89’’ O



37º 33’ 07.29’’ N 08º 47’ 31.89’’ O



~ DA PALHEIRAO SAMOQUEIRA Com o Miradouro Natural do Palheirão da Samouqueira, na estrada entre a Entrada da Barca e a Zambujeira do Mar, acontece o mesmo: também não são muitas as pessoas que para aqui vêm, ainda que um passadiço facilite o acesso para a observação a partir da falésia.

37º 32’ 16.71’’ N 08º 47’ 17.10’’ O



37º 32’ 16.71’’ N 08º 47’ 17.10’’ O



ZAMBUJEIRA DO MAR

Há praias incontornáveis – mas também mais conhecidas – como a Zambujeira do Mar, que foi eleita como uma das 7 Maravilhas de Portugal. Quem vem a Odemira sem ir à Zambujeira, é como ir a Roma… sem ver o Papa! Esta praia é de topo, e uma das mais procuradas para o surf ou bodyboard.

37º 31’ 29.55’’ N 08º 47’ 12.40’’ O



37º 31’ 29.55’’ N 08º 47’ 12.40’’ O



VILA NOVA DE MILFONTES

Famosa pelas suas praias e pelo estuário do Rio Mira, a “Princesa do Alentejo” é um destino obrigatório para quem visite Odemira. Para além dos banhos de mar ou de rio, em Milfontes há imenso por explorar. Aparte a animação da vila, há passeios de canoa, de caiaque, pesca e passeios de barco que se podem efetuar. É impossível não gostar de conhecer estas paragens. Mesmo em trabalho, claro está... A juntar à paisagem, à água, à natureza selvagem e às gentes hospitaleiras, convém dizer que há algo que me atraiu bastante em Odemira: a gastronomia. Do peixe fresco ao marisco, da charcutaria aos grelhados, passando pelos bons vinhos do Alentejo, não há como controlar o apetite nestas incursões.

37º 43’ 12.91’’ N 08º 47’ 18.90’’ O



37º 43’ 12.91’’ N 08º 47’ 18.90’’ O



37º 43’ 28.84’’ N 08º 47’ 00.93’’ O



VILA DE ODEMIRA

A capital do concelho. Diz a lenda que o nome vem de quando os cristãos tomaram a povoação. O alcaide mouro, de nome Ode, vivia no Castelo com a sua esposa, “uma moura encantadora como todas as outras mouras das lendas populares”. Ao ver o forte exército de D. Afonso Henriques a avançar em direção à conquista do castelo, a mulher do alcaide terá dito: “Ode, mira!”. E assim ficou, Odemira, segundo a lenda… Odemira desenvolveu-se em torno das águas do rio, um fator de prosperidade devido às terras férteis e húmidas. O rio é simultaneamente um obstáculo, que fez com que Odemira tivesse de construir pontes para permitir o fluxo de pessoas e mercadorias entre ambas as margens. Junto à vila, os moinhos de vento eram comuns. Hoje, ainda existe um que funciona, no Cerro dos Moinhos Juntos, recuperado pelo município. Produz regularmente farinha, embora mais para perpetuar a memória do que para garantir por si só a moagem dos cereais, como antigamente. Recentemente, nasceu a nova ponte pedonal, um exemplo que junta a utilidade à estética.

37º 35’ 42.38’’ N 08º 38’ 05.81’’ O



37º 35’ 38.75’’ N 08º 38’ 31.74’’ O



37º 35’ 51.14’’ N 08º 38’ 40.32’’ O



CORTICA , E LIMOUSINE

Como já se viu, Odemira é muito mais do que a vila: é mar, é rio, é natureza, cultura e tradição. E uma dessas tradições reside na produção florestal, mais concretamente na apanha da cortiça. Que o diga Augusto da Ribeira, que abraçou esta vida com o pai quando tinha apenas oito anos de idade. A par da produção de cortiça, a agricultura e a pecuária são também dois setores fundamentais no concelho. A criação de gado limousine, uma raça que surgiu em Limoges, França, há mais de 7.000 anos, é um assunto sério para os locais. Os agricultores obtêm geralmente um bom retorno pelas cabeças de gado e levam a cabo o apuramento dos touros reprodutores.

37º 40’ 03.65’’ N 08º 32’ 09.18’’ O



37º 33’ 48.62’’ N 08º 43’ 58.24’’ O



PRODUCAO ,~ ´ HORTOFRUTICOLA

Havia um outro dado importante que tinha de verificar: a produção hortofrutícola. A verdade é que Odemira tem condições privilegiadas para fomentar este setor, e há quem tenha sabido aproveitá-las. No concelho há empresas que produzem quantidades industriais de vegetais para saladas, morangos ou tomates. E exportam-nas para todo o Mundo! Existe uma plantação de tomate, das maiores a nível nacional, de onde saem perto de 2 mil toneladas por ano para Portugal, Espanha, França e até para a Rússia. De outras empresas saem, por exemplo, tapetes de relva para alimentar alguns dos maiores estádios de futebol a nível internacional. Incrível!

37º 28’ 26.41’’ N 08º 47’ 30.78’’ O



37º 28’ 26.41’’ N 08º 47’ 30.78’’ O


37º 30’ 18.50’’ N 08º 46’ 39.62’’ O


37º 30’ 18.50’’ N 08º 46’ 39.62’’ O



QUEIJO DE CABRA No meu percurso descobri que houve quem, mesmo sem ter ligações ancestrais à terra, decidisse pôr mãos à obra em defesa de produtos tradicionais. Foi o caso de Massimo e Paula, que vindos de Itália resolveram lançar-se num negócio de produção de queijos de cabra.

37º 35’ 47.60’’ N 08º 38’ 21.98’’ O



37º 35’ 47.60’’ N 08º 38’ 21.98’’ O



CHOCOLATE ARTESANAL Outra mulher, Beatriz, atravessou o Atlântico para chegar a Odemira. Veio da Argentina e trouxe consigo o saber sobre os sabores, em especial do chocolate. Na sua fábrica artesanal, Beatriz produz chocolate negro, chocolate de leite com sabor a biscoito e chocolate branco, com sabor a caramelo e baunilha natural. Ideias para fazer crescer a água na boca, já para não falar dos recheios: pasta de avelã e crocante, manteiga de amendoim, café, especiarias, framboesa, gengibre, menta.

37º 35’ 41.26’’ N 08º 38’ 37.59’’ O



37º 35’ 41.26’’ N 08º 38’ 37.59’’ O



TECELAGEM

A procura pelas artes ancestrais está a ter cada vez mais mercado junto dos consumidores, que valorizam a diferença entre algo único e genuíno, da produção em massa. Em Odemira, em plena vila, Helena recuperou uma tradição antiga e está a produzir peças originais, de vestuário e não só.

37º 35’ 43.89’’ N 08º 38’ 27.01’’ O



37º 35’ 43.89’’ N 08º 38’ 27.01’’ O



TRADICAO ,~ Sem sair das tradições... em Odemira, mesmo na vila, é possível encontrar barbeiros à moda antiga. Barba e cabelo? É só pedir...

37º 35’ 45.38’’ N 08º 38’ 28.60’’ O



~ ALENTEJANO PAO O pão alentejano, já se sabe, é qualquer coisa de especial. Que o digam os fãs desta padaria na Zambujeira do Mar, da Dona Elisa e do Senhor Augusto. São tantos que às vezes até fazem fila à espera do pão quentinho. Os bolos de manteiga também são do outro mundo...

37º 31’ 25.69’’ N 08º 47’ 05.46’’ O




37º 31’ 25.69’’ N 08º 47’ 05.46’’ O


VIOLA CAMPANICA , Em São Teotónio, para quem goste de cultura e de música, há um ponto a não perder: a oficina do Sr. Daniel, um dos poucos artesãos que ainda sabem construir a viola campaniça. A viola campaniça, também designada de viola de Beja ou simplesmente viola, é típica da região do Alentejo. Tem cinco ordens de cordas: as três mais agudas são duplas e estão afinadas em uníssono, as duas mais graves são triplas e estão afinadas em oitava, isto é, na mesma nota mas uma mais grave e outra mais aguda. Este instrumento raro toca-se habitualmente apenas com o polegar.

37º 31’ 06.73’’ N 08º 42’ 27.99’’ O



37º 31’ 06.73’’ N 08º 42’ 27.99’’ O



BARRAGEM DE SANTA CLARA

Depois de percorrer tantos quilómetros por Odemira, valerá a pena descansar o corpo e a alma em locais como a Barragem de Santa-Clara-a-Velha. A barragem, que trava o rio Mira, foi em tempos a maior de Portugal e serve tanto para abastecimento público como para rega, bastante importante para as produções agrícolas e hortofrutícolas do perímetro. A albufeira tem uma capacidade útil de 240 milhões de metros cúbicos, o suficiente para abastecer de água 2 milhões de casas durante um ano!

37º 29’ 40.15’’ N 08º 25’ 31.96’’ O



37º 31’ 04.61’’ N 08º 25’ 26.00’’ O



BIRDWATCHING Descobri junto à barragem o “pouso” de um inglês que, de há tanto tempo que cá vive, já é praticamente um alentejano: o Frank. É um apaixonado por todo o tipo de aves, e resolveu dedicar-lhes a sua vida. Frank, guia e birdwatcher, é um observador e estudioso e garante que há quem faça milhares de quilómetros só para vir a Odemira ver algumas das muitas espécies raras.

37º 31’ 55.46’’ N 08º 26’ 35.57’’ O



ALTEIRINHOS Alteirinhos, uma das praias de referência na costa de Odemira. O cenário é idílico e convida a todo o tipo de passeios. Na paisagem, não falta sequer uma cascata, que cai em plena praia.

37º 31’ 12.76’’ N 08º 47’ 16.43’’ O



37º 31’ 12.76’’ N 08º 47’ 16.43’’ O



PRAIA DO TONEL Mais um bom exemplo de uma praia a não perder: a Praia do Tonel. É talvez uma das mais selvagens e promete aventura! Para chegar à água, o caminho é a pique e implica o uso de cordas. Estará na hora de pôr à prova o caráter de desportista?

37º 33’ 30.27’’ N 08º 47’ 27.04’’ O



ENTARDECER SINGULAR A viagem está a chegar ao fim. Regresso a Vila Nova de Milfontes para apanhar um pôr-do-sol, como não há muitos. Com o rio em primeiro plano e o mar ao fundo. E como se não bastasse o cenário, mesmo em cima do mar há restaurantes onde não faltam as navalheiras, os percebes ou um arrozinho de lapas... O que é que se pode pedir mais???

37º 43’ 31.64’’ N 08º 46’ 09.25’’ O




37º 43’ 11.37’’ N 08º 47’ 27.75’’ O


FESTA DOS MASTROS

Odemira recebeu-me em festa e eu deixei-me levar pelos seus segredos, pelas suas gentes e embarquei nas tradições. Até dei um pezinho de dança na Festa dos Mastros, em São Teotónio.

37º 30’ 46.49’’ N 08º 42’ 28.67’’ O



37º 30’ 46.49’’ N 08º 42’ 28.67’’ O



ALENTEJO PROFUNDO

Quase no fim, parei em Colos, mais uma das muitas aldeias típicas por onde passei no interior deste concelho magnífico. Mas o final desta aventura aproxima-se. Foi uma viagem pesada para o corpo mas revigorante para a alma. Uma viagem que me fez conhecer um Alentejo profundo e com vida, com uma história riquíssima e com um grande futuro. Ainda passo por um último local, Relíquias! E tal como me fica o nome na ideia, as relíquias levo-as da viagem bem vivas na memória. Penso que é triste o sabor da partida. Seria triste, não fosse a certeza de que esta terra me espera, a mim e a todos, a qualquer dia, a qualquer hora, na primeira janela de oportunidade, para me receber de braços abertos... Odemira, até ao meu regresso!

37º 44’ 07.23’’ N 08º 27’ 27.81’’ O



37º 44’ 07.23’’ N 08º 27’ 27.81’’ O



37º 42’ 06.67’’ N 08º 29’ 06.59’’ O




ODEMIRA, ALENTEJO SINGULAR


Fotografias © Vasco Célio / Stills


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