Avenida dos Combatentes da Grande Guerra: Restauro da placa toponímica
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Avenida dos Combatentes da Grande Guerra: Restauro da placa toponímica
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AVENIDA DOS COMBATENTES DA GRANDE GUERRA RESTAURO DA PLACA TOPONÍMICA Enquadramento histórico Em 1914, a 28 de julho, o eclodir da Grande Guerra apanha de surpresa a recente República Portuguesa ainda envolta numa turbulência política e social decorrente da destituição da monarquia constitucional a 5 de outubro de 1910.
Na sequência do apresamento dos navios alemães e austríacos em portos portugueses a pedido do governo inglês, a 9 de março de 1916 a Alemanha declara oficialmente guerra a Portugal [3], o que leva o Ministro da Guerra, Norton de Matos, a publicar um diploma a 24 de maio de 1916, ordenando o recenseamento militar obrigatório de todos os cidadãos com idades compreendidas entre os 20 e os 45 anos. [4]
Foi neste ambiente, que dezassete dias após a Inglaterra declarar guerra à Alemanha, o Presidente do Ministério, Bernardino Machado, no dia 21 de agosto de 1914, decreta a organização e o envio de dois destacamentos mistos (artilharia de montanha, cavalaria, infantaria e metralhadoras) com destino a Angola e Moçambique, a fim de proteger os interesses nacionais nas colónias fronteiriças às possessões alemãs em África. [1]
A administração da Vila de Oeiras mobiliza-se, e toma medidas no sentido de responder ao apelo governamental, contribuindo assim para o esforço de guerra. Num ofício enviado à Câmara Municipal de Cascais, datado de 30 de março de 1916, o secretário da Comissão de Recenseamento Militar da Câmara de Oeiras, solicita cópias dos recenseamentos militares de 1896 e 1897, existentes nos arquivos em Cascais, durante o período em que o município fazia parte daquele concelho, informação considerada «indispensável para o bom cumprimento do Decreto nº 2407 de 24 do corrente». [5]
Apesar de Portugal oficialmente manter uma posição nãobeligerante, os combates entre o lusos e germânicos ocorriam desde setembro de 1914, na fronteira sul de Angola e na fronteira norte de Moçambique. Nesses destacamentos já se encontravam mobilizados soldados oeirenses. A título de exemplo, mencionamos o 1º Cabo José Guerreiro dos Santos, natural de Linda-a-Velha, freguesia de Carnaxide, pertencente ao regimento de Artilharia nª 1, integrado no destacamento de 1914.[2]
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o sucesso de Tancos, diga-se quase todos de órgãos ligados ou simpatizantes, do governo de União Sagrada no poder, composto pelo partido Democrático e pelo partido Evolucionista, o sucesso era evidente e categórico. Hermano Neves, repórter de A Capital, escrevia com entusiamo: «o que em Tancos se tem realizado n’estes últimos meses é verdadeiramente coisa prodigiosa.» Louvava também Norton de Matos e seus oficiais por «terem arrancado homens atrasados vindos do Portugal profundo, transmutando-os em soldados e cidadãos da República.»[7]
Fig.1. Ofício enviado à CMC- 30/03/16 CMC_C_A_002_0337_CX88
É na sequência das medidas tomadas a nível nacional e subsequentemente a nível local, que sob a direção do Ministro da Guerra, General Norton de Matos, Portugal preparou e treinou, entre abril e julho de 1916, no polígono de Tancos, uma divisão do Exército para ser enviada para o teatro de operações na Europa, treino que foi apelidado de “milagre de Tancos”. Este Corpo era comandado pelos generais Tamagnini e Garcia Rosado. [6]Para os enviados especiais da imprensa portuguesa à parada de Montalvo realizada em 22 de julho de 1916, a qual serviu para mostrar
Fig. 2. Desembarque em Brest- B. Nationale de France, EI-13 (536) Rol, 48675
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No mesmo sentido, escrevia Nobre Martins, enviado especial do Século, na Revista Ilustração Portuguesa que «Simples montanhezes fizeram ali a sua aprendizagem de soldados; alguns d’eles, incultos e analfabetos, de lá saíram preparados para a vida, feitos já cidadãos a que o trabalho e as aventuras não poderão meter medo.». [8]
Divisão, registando grande número de baixas, entre mortos, feridos, desaparecidos e prisioneiros. [12] Em termos globais, entre 1914 e 1918, foram mobilizados para a guerra mais de 100.000 soldados portugueses, dos quais mais de 18.000 para Angola, cerca de 30.000 para Moçambique, e mais de 56.000 para França. No fim do conflito, em África, no Atlântico e na Europa, onde se travaram combates, estima-se que Portugal tenha perdido 7.760 homens, a que se somam mais de 16.000 feridos, incapazes ou mutilados, e mais de 13.000 prisioneiros e desaparecidos. [13]
O dia 26 de janeiro de 1917 assinala o início da participação portuguesa no teatro de guerra europeu, com o envio do primeiro contingente do Corpo Expedicionário Português (CEP) para França, chegando ao porto de Brest a 2 de fevereiro. O CEP, ao longo dos anos de 1917 e 1918, envolveu-se em diversos combates, que na maioria das vezes aconteceram sob a forma de raids, incursões de tropas de infantaria às trincheiras alemãs, ou defendendo as suas posições de raids alemães.[9]
Devemos, no entanto, ter alguma reserva relativamente a estes números, pois quando se trata de fazer o apuramento destes, a tarefa revela-se difícil, não só pelo elevado número dos efetivos envolvidos, como também pela ausência ou deficiência dos necessários registos documentais.
Américo Olavo, capitão de Infantaria, do 2º Regimento de Infantaria, comandante de Companhia, explicava assim como se realizavam essas ações de combate: «A incursão nas linhas inimigas faz-se em geral depois d’uma rápida preparação pela artilharia e morteiros que force a guarnição do ponto a atacar, a abrigar-se, de forma a serem os parapeitos assaltados com o mínimo de perdas possível.» [10]
O resultado desastroso decorrente de La Lys, não esmoreceu o entusiasmo com que a notícia do fim das hostilidades foi recebida em Oeiras. Em 1918, dois dias após a assinatura armistício de Compiègne, no dia 11 de novembro, assinalando a capitulação da Alemanha, a Comissão Administrativa (CA) do Concelho de Oeiras foi proposto e aprovado por aclamação o envio de um telegrama ao Presidente da República, com um «voto de congratulação pela vitória dos exércitos aliados», felicitando-o. [14]
Porém, a intervenção na linha da frente ficaria indelevelmente marcada pela batalha de La Lys, travada a 9 de abril de 1918 nas trincheiras da região em volta de Aire e ao longo do Lys, na Flandres, na qual os expedicionários portugueses, foram incumbidos de defender um extenso setor de 11 Km de trincheiras. O exército português encontravase depauperado por uma longa permanência nas trincheiras, sem licenças de campanha, o logro da promessa de rendição ao fim de um ano em França, afetado por uma extrema redução dos efetivos e falta de quadros, com a moral detiorada e com um comando e comunicações pouco eficazes. Estes fatores contribuíram sem surpresa para a derrocada do Corpo, que apesar de tudo resistiu como pôde, atrasando a progressão do exército alemão o tempo suficiente para as reservas aliadas serem mobilizadas para tapar a brecha.[11] Na sequência da batalha, o CEP foi desbaratado, e perdeu praticamente metade das suas forças, ficando reduzido a pouco mais de uma
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inválidos no campo de batalha», procurando dar uma resposta social e voltar à normalidade apesar das disrupções que surgiram como consequência.[15]
A constituição e ação da Liga dos Combatentes da Grande Guerra Fig.3 Excerto da Ata da sessão ordinária de 13/11/18 PT/MOER/MO/ORG-FOM/01/033, p.61V- AMO
A origem dos movimentos de veteranos em Portugal resulta da participação militar na Grande Guerra. Destinavam-se a auxiliar e defender os interesses dos ex-combatentes, dos inválidos de guerra, bem como ajudar as viúvas e os órfãos, dando continuidade à ação de algumas organizações criadas ainda durante a intervenção militar, como a Junta Patriótica do Norte criada a 8 de Abril de 1916 ou a Cruzada das Mulheres Portuguesas, instituída a 20 de março de 1916, por iniciativa de Elzira Dantas Machado, esposa de Bernardino Machado, ao tempo Presidente da República.
A Grande Guerra marcou de modo durável a sociedade portuguesa, deixando cicatrizes profundas no quotidiano nacional e local, impondo a sua marca na memória individual e coletiva. Foi com evidente felicidade e jubilo que Oeiras saudou o fim da guerra. Não obstante as complicações e privações inerentes às angústias vividas, a vila manteve-se resiliente procurando reencontrar o quotidiano que fora drasticamente alterado ou simplesmente procrastinado.
Atividades, como a venda da flor, eram organizadas a favor dos soldados mobilizados um pouco por todo o país, recolhendo donativos, organizando a confeção e distribuição de bens e agasalhos aos soldados, prestando auxílio às crianças mais carenciadas, e entre muitas outras ações, criaram um instituto cuja vocação primordial visava a inserção social dos mutilados regressados da frente de batalha. [16]
Os órgãos administrativos do concelho, cientes das dificuldades de muitas viúvas que perderam ou se viram limitadas no seu sustento, por morte ou invalidez dos militares oeirenses que combateram na Grande Guerra, logo em 19 de março de 1919 deliberaram tornar pública a criação de uma Escola Agrícola para «os filhos dos cidadãos mortos ou
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A criação de uma associação de combatentes partiu de João Jayme de Faria Affonso que nos finais de 1919, tomou a iniciativa de a constituir, tentativa que originalmente não foi coroada de sucesso. Contudo, em 1921, sendo, desta vez, apoiado pelo primeiro-tenente Horácio Faria Pereira e pelo tenente Joaquim de Figueiredo, Faria Affonso renova a sua intenção. Juntos constituíram-se em comissão contando também com o apoio dos tenentes-coronéis Ferreira do Amaral e Francisco Aragão. Foram então propostas as bases dos estatutos, desenvolvidas por Faria Pereira, e posteriormente apresentados e submetidos à análise pelos combatentes. Subsequentemente, no decorrer do ano de 1923 realizou-se uma reunião magna da qual saíram os primeiros corpos diretivos da associação, sendo esta oficializada a 29 de janeiro de 1924, com o nome de Liga dos Combatentes da Grande Guerra (LCGG).[17] Em 29 de janeiro de 1924, através da Portaria n.º 3888 é legitimada essa denominação [18]. Em 16 de março de 1929, é aprovado o estandarte da Liga e autorizado o seu uso em atos oficiais. Em Oeiras, seguiu-se o mesmo caminho. Em 5 de fevereiro de 1924, na residência do capitão miliciano do Serviço de Administração Militar, Manuel Gonçalves Monteiro, na Avenida da República, nº 109, em Algés, reuniram-se um conjunto de antigos combatentes «a fim de constituírem a delegação da Liga dos Combatentes da Grande Guerra no Concelho de Oeiras de harmonia com os estatutos publicados em Diário do Governo número vinte e dois (primeira série) de vinte e nove de janeiro findo».[19] A delegação de Oeiras foi oficialmente fundada nessa data, sendo o capitão Manuel Gonçalves Monteiro, o seu presidente, cargo que possuía oficiosamente, desde dezassete de fevereiro de 1923, por designação da Comissão Organizadora de Lisboa, e que coadjuvado pelo segundo sargento, Manuel dos Santos Pinto, organizaram e prepararam os trabalhos para a constituição da LCGG no concelho. [20]
Fig. 4 - Venda da Flôr, Algés, Ilustração Portuguesa, nº 597, 30-07-1917
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Hoje, a Liga dos Combatentes, designação atual, é considerada instituição de utilidade pública, de assistência e de beneficência, de carácter perpétuo, com personalidade jurídica e Pessoa Colectiva de Utilidade Administrativa Geral. [22]
A placa toponímica “Avenida Combatentes da Grande Guerra”: da inauguração ao restauro A placa que homenageia os oeirenses combatentes da Grande Guerra conserva-se colocada num dos pilares do muro do Palácio Anjos, em Algés, desde a sua inauguração a 9 de abril de 1929, data da evocação da batalha de La Lys, permanecendo intrinsecamente ligada àquela vila.
Fig. 5 - Ata nº1 da LCGG. 05/02/1924. Arquivo LC
Posteriormente à sua constituição, a delegação de Oeiras, desempenhou um importante papel social na assistência aos ex-combatentes e suas famílias. Organizou festas para obter fundos que permitissem atribuir pensões mensais a inválidos de guerra, viúvas e órfãos do concelho, e efetuou pedidos para a obtenção de emprego para os seus associados, tendo sido também uma grande impulsionadora da criação de lugares de memória, envidando grandes esforços para que na vila e no concelho existissem desde monumentos a designações toponímicas evocando o conflito e os seus intervenientes, que contribuíssem para a perpetuação na memória coletiva do concelho para as futuras gerações.[21]
Encontrava-se, no entanto, muito deteriorada, quer pelo tempo, quer por alguma falta de civismo, pelo que importava proceder à sua requalificação. O Município de Oeiras, ciente da sua importância artística e histórica, promoveu através da Unidade Orgânica competente em termos de toponímia, uma pesquisa para a reposição daquela com as caraterísticas que a compunham, o mais próximo possível do original com o intuito de devolver novamente a dignidade àquele marco toponímico.
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o Arquivo Municipal de Oeiras, quer através das atas do Município, que consultámos para todo o período em estudo, quer através de correspondência da época trocada entre a Liga dos Combatentes da Grande Guerra e as várias comissões administrativas da Câmara Municipal de Oeiras, entre 1928 e 1933, referentes à atribuição de topónimos. A análise da informação recolhida, nomeadamente a correspondência, contribuiu para elaborar uma cronologia fidedigna relativa ao pedido de atribuição, autorização, manufatura e colocação da placa toponímica, em Algés. (Anexo 1) A escolha do local onde aquela foi colocada teve muito a ver, quer com o desenvolvimento urbanístico que estava em curso nos anos 20, do século passado, quer com a intenção da Liga de homenagear os combatentes numa artéria que fosse digna e que prestasse a justa homenagem aos «filhos deste concelho que comparticiparam no conflito europeu, denominado Grande Guerra». [23] A atribuição deste topónimo, iniciou-se com o envio do ofício nº 53 da LCGG, de 26 de dezembro de 1928 dirigido ao Presidente da Vereação da Câmara Municipal de Oeiras, onde esta solicita que «sejam de uma forma bem pública, patenteada pela consideração que lhes é devida, e bem assim que as gerações futuras lhe prestem a sua homenagem, perpetuando os seus feitos», denominando para esse efeito de «Avenida Combatentes da Grande Guerra - 1914/1918», a artéria sita em Algés, «com a atual designação de Avenida Central do Bairro Soares». Fig.6 - Estado da placa antes do restauro. Foto AC
Na metodologia seguida, procedeu-se a recolhas planeadas e sistemáticas em diversas instituições onde era previsível encontrar arquivos documentais, como por exemplo, na Liga dos Combatentes-Núcleo de Oeiras/Cascais, na Direcção Central da Liga dos Combatentes ou no Arquivo Municipal de Oeiras, que conduzissem à concretização desse intento. Para esta pesquisa muito contribuiu o acervo do núcleo de Oeiras/Cascais da Liga, no qual se consultaram atas, fotografias e revistas da época, com informação muito relevante para o tema, e também Avenida dos Combatentes da Grande Guerra: Restauro da placa toponímica
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Para esse desenvolvimento foi constituída uma sociedade por quotas intitulada “Bairro Soares, Lda.”, da qual fizeram parte mais de uma dezena de moradores de Algés. [24] Analisado o pedido, a Comissão Administrativa do Concelho de Oeiras aprova por unanimidade em 27 de dezembro de 1928, a alteração do topónimo “Avenida Central do Bairro Soares”, em Algés, para “Avenida dos Combatentes da Grande Guerra”, ficando registado em Ata, sendo comunicada essa deliberação ao Presidente da Delegação da LCGG através do ofício nº 945 da CA de Oeiras de 28 de dezembro de 1928. [25]
Fig. 8 – Excerto da Ata da sessão ordinária de 27/10/28 – PT/MOER/MO/ ORG-FOM/01/040, P.42v-AMO
Na sequência desta aprovação, a gerência do bairro Soares envia felicitações ao Presidente da CA, saudando-o por ter deliberado a alteração daquele topónimo, atitude assinalada com agrado. No expediente apresentado na mesma sessão de câmara, a CA toma conhecimento do teor do ofício nº 8 da LCGG de 9 de janeiro de 1929, no qual a LCGG, “com sincera gratidão(…) envia os seus melhores agradecimentos, pela satisfação do pedido daquela Delegação.”.[26]
Fig.7 - Projeto do Bairro Soares em Algés (anúncio no Jornal Debate de 4 de março de 1923). Demarcação a amarelo da localização da Avenida dos Combatentes da Grande Guerra feita pelo autor
A este respeito, vale a pena referir que o bairro Soares, em Algés, estava em pleno crescimento, formando-se à custa de terrenos que haviam pertencido ao lavrador Eduardo Augusto Pedroso e de outras parcelas de que era proprietário Manuel Matias e que ficaram adjacentes à “Vila Matias”, bem como de um talhão pertencente ao parque Ribamar.
Posteriormente, a Liga, no seu ofício nº 68 de 7 de fevereiro de 1929, apontava o dia 9 de abril de 1929 como data para a inauguração da placa de homenagem aos combatentes oeirenses «cumprindo o dever que se impunha». [27]
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abril, com a colocação de uma lápide dando o nome de Avenida dos Combatentes da Grande Guerra - 1914 -1918 à antiga Avenida Central do Bairro Soares», com a presença do Presidente e Vice-Presidente da Comissão Administrativa do Concelho de Oeiras, José Moreira Rato e Carlos Vieira Ramos respetivamente, o Coronel Ferreira Martins, Administrador do Concelho, entre outras individualidades civis e militares, tendo posteriormente ocorrido um «cortejo, que se dirigiu para a Avenida Central, abrindo-o o terno de corneteiros, a que se seguiam os representantes da LCGG, as viúvas e órfãos, e os antigos combatentes naturais do concelho». [28] No que concerne à placa toponímica da Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, esta passou por várias alterações até ter a sua configuração final. Neste sentido, é de referir que segundo um ofício enviado ao Presidente da Vereação do Município, que incluía o projeto da placa inicialmente colocada, a mesma seria executada «em pedra, sendo o emblema da LCGG em ferro esmaltado, com as cores que o distinguem». [29] Embora o projeto da placa descrevesse o símbolo a colocar, a análise a uma fonte fotográfica do dia da inauguração existente no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (fig.11), sugere que o emblema não tenha sido inicialmente colocado na placa, tendo isso acontecido posteriormente. Na figura 12 podemos ver a placa colocada, mas não se descortina o símbolo na mesma. A nossa interpretação baseia-se na correspondência examinada, em concreto, a correspondente ao ano de 1932.
Fig. 9 - Ofício nº 8 da LCGG de 9 de janeiro de 1929. Arquivo Municipal de Oeiras
Efetivamente, nesse ano, a revista A Guerra, órgão oficial da Liga, noticiava que «em Algés, promovido pela Liga dos Combatentes da Grande Guerra (Delegação de Oeiras), foi comemorada a data 9 de Avenida dos Combatentes da Grande Guerra: Restauro da placa toponímica
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Fig. 10 – Inauguração da Avenida dos Combatentes da Grande Guerra. 09/04/1924 in revista A Guerra. Arquivo LC
Porém, e por razões que não foi possível apurar através das fontes consultadas, somente em 1932, concretamente em janeiro desse ano, o projeto com a ornamentação final, anteriormente enviado à CA, se concretiza com a recolocação da placa finalizada. A 6 de janeiro de 1932, a Delegação de Oeiras, comunica à Comissão Administrativa do Concelho de Oeiras que a moldura executada em bronze já se encontrava colocada. Nesse ofício, a Liga informa também que «a execução do molde e trabalho de fundição foram executados nas oficinas da Casa Pia de Lisboa por cedência do seu Diretor, o Exmº Sr.º Coronel Câmara Leme» e acrescenta que o «desenho é do nosso consócio Jaime Gomes, e o bronze aplicado foi ofertado por vários negociantes da especialidade», não especificando o nome dos mesmos. [30]
De facto, nesse ano, por iniciativa da LCGG, foram feitas diligências junto do diretor das oficinas da Casa Pia de Lisboa, que «autorizou a manufatura em bronze da moldura que deve circundar a placa», sendo esta alteração e consequente apeamento da mesma para se proceder à sua ornamentação, solicitada à Comissão Executiva do Concelho de Oeiras, através do ofício nº 95 de 2 de novembro. A realização do trabalho foi autorizada e comunicada à Liga, pelo ofício nº 754 da CA de Oeiras de 7 de novembro de 1930.
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Fig. 11 - Placa colocada na inauguração da Avenida dos Combatentes da Grande Guerra. 09/04/1924. ANTT
Fig.12- Placa com inscrição, mas sem o símbolo. Avenida dos Combatentes da Grande Guerra: Restauro da placa toponímica
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de exemplo, a Liga propõe, entre outros, a atribuição do nome “Praça de La Liz (1918)”,“Travessa Clarimde Naulila”ou ainda “Augusto Castilho (afundado no Mar)”.[32] O presidente da CA, através do ofício nº 398 de 15 de junho de 1933 responde «que tomou em devida consideração o alvitre, apresentado por V. Exs.», procurando desta forma dar continuidade à consagração através da toponímia, de referências e personalidades relacionadas com o conflito. No entanto, pela consulta feita às atas do município, verificamos que as denominações propostas naquela data, nunca chegaram a constituir-se efetivamente como topónimos do concelho.
Fig.13 Major Beires Junqueira. Presidente da CA (1931/1933)
O conteúdo deste ofício oferece uma explicação para o facto de, na placa inicialmente colocada, não constar o símbolo esmaltado, conforme o projeto enviado à CA. A Liga, embora promovendo interessantes ações, era parca de recursos, e apesar de promover muitas iniciativas de angariação de fundos para dar continuidade à sua atividade, necessitou de ajuda para concretizar o desenho. No dia 18 de janeiro de 1932, o Presidente da Comissão Administrativa do concelho, o Major de Artilharia Manuel de Beires Junqueira, informa a Liga, que se tomou conhecimento, agradecendo a informação prestada, e aproveitando para felicitar a «patriótica Liga (…) pelo trabalho executado, que atesta o valor artístico, de quem executou e ultimou a placa.»[31] Nos anos de 1933-1934, podemos também analisar vários ofícios trocados entre as duas entidades, a fim de se proceder a outras atribuições toponímicas a futuras vias públicas no concelho, relacionadas com a participação portuguesa na Grande Guerra. A título Avenida dos Combatentes da Grande Guerra: Restauro da placa toponímica
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Procedimento de Restauro A placa toponímica com a designação Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, em Algés, como foi anteriormente referido, encontrava-se muito deteriorada, faltando na sua composição vários elementos, entre os quais letras e números, bem como o símbolo com as cores da Liga dos Combatentes, que originalmente a constituíam. Desde o início da nossa pesquisa, o pressuposto principal que orientou o processo de restauro, foi o de concretizar o mesmo, nos moldes e materiais mantendo tanto quanto possível as mesmas características da placa original inaugurada em 1929, conforme descrito na correspondência trocada entre a LCGG e as várias CA do concelho, preservando dessa forma a sua identidade na memória coletiva. A recuperação daquele marco toponímico foi proposta através da Informação INT- CMO/2019/19987 - DPGU/UAAA, de 20 de novembro de 2019, no âmbito da pesquisa sobre os combatentes oeirenses que incorporaram o Corpo Expedicionário Português na Primeira Grande Guerra, a cargo Técnico Superior, Augusto Cordeiro. A proposta obteve o despacho favorável do Sr. Presidente do Município, Dr. Isaltino Morais, em 3/12/2019, tendo sido posteriormente remetida, por decisão de 13/12/2019, da Srª Vereadora Joana Baptista, para que a Srª Arq. Gisela Duarte organizasse, mediante a informação histórica recolhida, o procedimento de restauro com a Fundição de Bronzes d´arte Lage, a quem se adjudicou o trabalho.
Fig. 14 - Modelo enviado pela Direcção CentraldaLC
A fundição executou a limpeza e reparação de todas as peças em bronze em falta que compunham a placa, bem como a elaboração do emblema circular da liga, em ferro esmaltado, que faltava na placa, seguindo a cor, o desenho e a inscrição conforme a chancela que sempre se utilizaram nos monumentos, talhões e cemitérios da Liga dos Combatentes, segundo informação prestada e modelo enviado pela Direcção Central da Liga dos Combatentes.
Fig. 15 –Símbolo restaurado Fundição de Bronzes d´arte Lage Avenida dos Combatentes da Grande Guerra: Restauro da placa toponímica
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No que concerne à base da placa em cantaria de lioz, que também se encontrava danificada, e onde foram fixados os vários componentes em bronze acima mencionados, a mesma foi executada pelo CIECentro Internacional de Escultura, pela mão do Escultor Moisés Paulo, coordenador das atividades do centro.
A placa toponímica completamente recuperada foi entregue à responsável pela coordenação do restauro, a 9 de abril de 2020, tendo sido reposta no seu lugar de origem pelo CIE, uma vez que a autorização para a sua recolocação já tinha sido dada em 8 de abril de 2020 pela Srª Vereadora Joana Baptista, concluindo-se assim o processo de restauro. A memória de um povo é essencial à construção da sua história anterior, presente e futura. Assim, esta iniciativa promovida pelo Município pretendeu evidenciar a toponímia como referência de valores históricos e culturais, englobando experiências individuais e coletivas do concelho. Neste sentido, a pesquisa efetuada e a recuperação executada contribuem de forma clara para a valorização do património cultural e identidade local, enaltecendo e preservando, para que não esqueçamos a memória de quem por Portugal lutou e por Portugal sofreu.
Texto por Augusto Carlos Cordeiro (Técnico Superior DMOTDU/UAAA) Agradecimentos: Liga dos Combatentes- Núcleo de Oeiras/Cascais Direcção Central da Liga dos Combatentes Arquivo Municipal de Oeiras Dr.ª Filomena Serrão
Fig. 16 – Placa recuperada colocada no local de origem. Foto AC
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NOTAS: 1. «Ordem do Exército», 19, I Série, 21 de Agosto de 1914. 2. Bobine Microfilme nº 86 do Arquivo Geral do Exército. 3. Cf. «A Capital», nº 2007, 6º Ano, de 10 de março de 1916, p.1. 4. Decreto nº 2407, 1ª Série, nº 102, de 24 de maio de 1916, p.489 5. Ofício nº 63 de 30 de maio de 1916 da Comissão de Recenseamento Militar do Concelho de Oeiras. (PT/CMC_C_A_002_0337_CX88) 6. Sobre este assunto ver, por exemplo Janeiro, Helena Pinto, 2018, Norton de Matos e o milagre de Tancos: entre o mito e a realidade, Ponte de Lima: do passado ao presente, rumo ao futuro, número 3, pp. 57-69; e também Piçarra, Maria do Carmo, “Irmãos de armas”: o CEP no cinema de propaganda da Primeira Guerra Mundial, in Análise Social, LIII (2.º), 2018 (n.º 227), pp. 441-452 7. Cf. «A parada de Tancos. Um dia memorável para o nosso exército», A Capital, 23/7/16, p.1 8. Cf., «Portugal na guerra», Ilustração Portuguesa, 2.ª Série, n.º 546, de 07/08/196, p. 106 9. Ver mais informação em Lopes, Carlos Jorge Alves, Os portugueses na grande guerra: uma experiência de combate e de cativeiro. Lisboa: [s.n.], 2012. 142 p. 10. Ver Olavo, Américo, «Na Grande Guerra» - Lisboa: Guimarães &C.ª, 1919, p.250 PDF 11. Para mais informação sobre a ação do CEP na batalha de La Lys existe ampla bibliografia, nomeadamente na Hemeroteca Digital de Lisboa, no AHM ou no Instituto de História contemporânea. Para este ponto ver, por exemplo, Ramalho, Miguel Nunes - As divisões da instituição militar portuguesa no contexto da Grande Guerra 1914-1918: David Magno, os dilemas de um militar português. Lisboa: ISCTE-IUL, 2016. Tese de doutoramento. Consultar também A Capital- Diário Republicano da Noite, que noticia em diversas edições, a insatisfação do CEP, sentindo-se abandoados pelos políticos, e a falta ou a demora de “Roulement” na frente. 12. Veja-se a este propósito as palavras do Major Vasco de Carvalho: “de cêrca de 700 oficiais e 20000 praças, que compunham o efectivo da 2.ª Divisão portuguesa reforçada com a 3.ª B. I., restavam aproximadamente 400 oficiais e 13400 praças. De entre os oficiais tinham lá ficado prisioneiros os três Comandantes das brigadas de 1.ª linha. A 2.ª Divisão estava de facto aniquilada pelo menos moralmente a ponto tal que não pôde mais levantar-se». Cf. «A 2.ª Divisão Portuguesa na Batalha de La Lys (9 de abril de 1918)», Major Vasco de Carvalho, Lisboa, 1924, Lusitânia Editora Limitada. p.408 13. No que concerne a estes números, optamos por seguir os dados providenciados pelo sítio Memória Virtual - AHM - Arquivo Histórico Militar. Sobre este assunto ver também: “O esforço militar português”, in O Instituto, Vol. 67. °, de 1920, pp. 118-124; Mendo Castro Henriques, António Rosas Leitão, «La Lys - 1918. Os soldados desconhecidos», Lisboa, Prefácio, 2001, pp. 9-14 e p. 79; Ferreira Martins (Direcção), «Portugal na Grande Guerra», Lisboa, Empresa Editorial Ática, 1934 - 1935, p. 337 (Vol. 2); Isabel Pereira Marques «1914 - 1918. Comportamentos de guerra», in Nova história militar de
Portugal (Direcção de Manuel Themudo Barata e Nuno Severiano Teixeira), Vol. 5. (Coordenação de Nuno Severiano Teixeira), Lisboa, Círculo de Leitores, 2004, p. 102; Fraga, Luís Alves de. (n.d.). Portugal e a grande guerra. Balanço estatístico. Portugal e a Grande Guerra (pp. 547–552). Diário de Notícias. 14. Ata da Sessão de Câmara de 13/11/1918, p.61V – Arquivo Municipal de Oeiras 15. Ata da Sessão de Câmara de 19/03/1919, p.88 - Arquivo Municipal de Oeiras 16. Sobre este assunto ver Lousada, Isabel, Pela Pátria: «A Cruzada das Mulheres Portuguesas» (1916-1938), 2011, Comissão Portuguesa de História Militar – Ministério da Defesa Nacional; Cf. «A venda da flor», Ilustração Portuguesa, 2.ª Série, n.º 636, de 29/04/1918, pp.323-327; Verbena dos Combatentes na Alameda de São Pedro de Alcântara - I Parte- Audiovisual-Secção Cinematográfica da Liga dos Combatentes da Grande Guerra. Disponível em linha: https://arquivo- ligacombatentes.defesa.gov.pt/ details?id=21999 17. Cf. sítio da Liga dos Combatentes em linha. 18. Cf. Diário do Governo, 1ª série, nº 22, Portaria n.º 3888 de 29 de janeiro de 1924, p.186 19. Ata nº 1 da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, de 5/02/1924, pp.1-2. 20. ibid. 21. Cf. Relatórios de Contas da Gerência da Direcção da Delegação de Oeiras da Liga dos Combatentes da Grande Guerra 22. Diário da República n.º 34/1999, Série I-B de 1999-02-10, Portaria n.º 119/99. pp. 746 - 750 23. Ofício nº 53 da LCGG de 26 de dezembro de 1928 24. Sobre este assunto vale a pena ler, ALVES, Maria Paula Picciochi, «Algés, metodologia para uma planificação arquitetónico-urbanística do núcleo urbano», Secretaria de Estado da Cultura, Lisboa, 1979, pp. 72-73 (cópia privada) 25. Livro de Atas nº 40 das reuniões da Câmara Municipal de Oeiras. p.43V 26. Livro de Atas nº 40 das reuniões da Câmara Municipal de Oeiras. p. 42V 27. Ofício nº 68 da LCGG de 7 de fevereiro de 1929 28. Cf. A Guerra- revista mensal, órgão da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, nº 4, ano de 1929.pp. 878-879 29. Descrito no mesmo ofício mencionado na nota 27 30. Ofício nº 2 da LCGG de 6 de janeiro de 1932 31. Ofício nº 64 da CA de Oeiras de 18 de janeiro de 1932 32. Nomeadamente no ofício 617 da LCGG de 8/6/1933 e ofício 32 da LCGG de 19/8/1933
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Cronologia da correspondência trocada entre a LCGG e a CMO sobre atribuição toponímica relacionada com a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra:
Ofício nº 53 da LCGG de 26 de dezembro de 1928 - Primeiro pedido da Liga dos Combatentes da Grande Guerra – delegação de Oeiras, para atribuição do topónimo “Avenida Combatentes da Grande Guerra”, descrevendo o nome a atribuir.
José Moreira Rato e Carlos Vieira Ramos respetivamente, entre outras individualidades civis emilitares. Ofício nº 345 da LCGG de 2 de novembro de 1930 – A Liga dos Combatentes da Grande Guerra – Delegação de Oeiras informa a Comissão Administrativa do Concelho de Oeiras que a placa em bronze que deve circundar a placa da “Avenida dos Combatentes da Grande Guerra”, em Algés, produzida pelas Oficinas da Casa Pia de Lisboa, está pronta e pede autorização para a mesma serapeada.
Ata da sessão camarária de 27 de dezembro de 1928 – A Comissão Administrativa do Concelho de Oeiras aprova a alteração topónimo “Avenida Central do Bairro Soares”, em Algés, para “Avenida dos Combatentes da Grande Guerra”, solicitado pela Liga dos Combatentes da Grande Guerra – Delegação de Oeiras.
Ata da sessão camarária de 6 de novembro de 1930 – A Comissão Administrativa do Concelho de Oeiras autoriza a colocação da moldura de bronze na “Avenida dos Combatentes da Grande Guerra”, em Algés.
Ofício nº 945 da CA de Oeiras de 28 de dezembro de 1928 - A Comissão Administrativa do Concelho de Oeiras comunica à Liga dos Combatentes da Grande Guerra – Delegação de Oeiras que aprovou por unanimidade o topónimo em Algés, “Avenida dos Combatentes da Grande Guerra”.
Ofício nº 754 da CA de Oeiras de 7 de novembro de 1930 – A Comissão Administrativa do Concelho de Oeiras comunica à Liga dos Combatentes da Grande Guerra – Delegação de Oeiras que foi autorizada a colocação da moldura de bronze na “Avenida dos Combatentes da Grande Guerra”, em Algés, conforme solicitado.
Ofício nº 8 da LCGG de 9 de janeiro de 1929 - A Liga dos Combatentes da Grande Guerra – Delegação de Oeiras agradece à Comissão Administrativa do Concelho de Oeiras a satisfação do pedido e louvam a celeridade com que trataram o pedido daquela, informando ainda que a placa irá ser inaugurada em 9 de abril de 1929. Ata da sessão camarária de 10 de janeiro de 1929 – A Gerência do Bairro Soares felicita a Comissão Administrativa do Concelho de Oeiraspor ter deliberado a alteração topónimo “Avenida Central do Bairro Soares”, em Algés, para “Avenida dos Combatentes da Grande Guerra”. Nesta mesma ata a CA toma conhecimento do teor do Ofício nº 8 da LCGG de 9 de janeiro de1929.
Ofício nº 2 da LCGG de 6 de janeiro de 1932 - Liga dos Combatentes da Grande Guerra – Delegação de Oeiras informa a Comissão Administrativa do Concelho de Oeiras que a moldura executada em bronze já se encontra colocada. Informa também sobre quem fez o molde artístico e quem executou o mesmo.
Ofício nº 68 da LCGG de 7 de fevereiro de 1929 – A Liga dos Combatentes da Grande Guerra – Delegação de Oeiras envia o projeto da placa com a descrição da mesma à Comissão Administrativa do Concelho de Oeiras, para ficar arquivado na câmara.
Ata da sessão camarária de 16 de janeiro de 1932 - Comissão Administrativa do Concelho de Oeiras louva a colocação da placa “Avenida dos Combatentes da Grande Guerra” pela Liga dos Combatentes da Grande Guerra – Delegação de Oeiras.
Ata da sessão camarária de 11 fevereiro de 1929 - A Comissão Administrativa do Concelho de Oeiras agradece e manda arquivar na câmara o projeto enviado pela Liga dos Combatentes da Grande Guerra.
Ofício nº 64 da CA de Oeiras de 18 de janeiro de 1932 - A Comissão Administrativa do Concelho de Oeiras comunica à Liga dos Combatentes da Grande Guerra – Delegação de Oeiras que na última sessão camarária tomaram conhecimento e deliberaram agradecer e felicitar a Liga pelo trabalho executado.
Algés,9deabrilde1929 - Descerramento da placa toponímica “Avenida dos Combatentes da Grande Guerra - 1914 - 1918” com a presença do Presidente e Vice-Presidente da Comissão Administrativa do Concelho de Oeiras,
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FONTES:
A guerra: revista mensal, órgão da Liga dos Combatentes da Grande Guerra / dir. Sousa Carrusca; ed. e adm. Faria Afonso. - Lisboa: L.C.G.G., maio/junho de 1929, pp. 878 e 879 Nº 41/42
Arquivos
Projecto Memorias da I Guerra Mundial. Consultado em linha em 11/04/2020. Disponível em https://memorias.portugal1914.org/ Portugal e a I Grande Guerra. Consultado em linha em 14/06/2020. Disponível em \https://portugal1914.org/portal/pt/
Biblioteca Nacional de Portugal Biblioteca Nacional de França- Gallica/BNF Arquivo Histórico Parlamentar Arquivo Municipal da Câmara de Oeiras Arquivo Histórico Câmara Municipal de Cascais Arquivo da Direcção Central da Liga dos Combatentes/Biblioteca Arquivo da Liga dos Combatentes – Núcleo Oeiras/Cascais
Memória Virtual - AHM - Arquivo Histórico Militar. Consultado em linha em 30/05/2020. Disponível em http://www.memorialvirtual.defesa.pt
Jornais e revistas
Decretos do Governo. Consultado em linha em 05/09/2020. Disponível em https://dre.pt/application/file/266729
«A Capital - Diário Republicano da Noite» «Ilustração Portuguesa» «Revista A Guerra-revista mensal, órgão da Liga dos Combatentes da Grande Guerra»
VASCONCELOS, Luiz Teixeira de, Oeiras, de Ontem e de Amanhã, ed. Liga dos Interesses de Oeiras, p. 35 ALVES, Maria Paula Picciochi A, Algés, metodologia para uma planificação arquitectónico-urbanística do núcleo urbano, Secretaria de Estado da Cultura, Lisboa, 1979, pp. 72 e 73 (consultada cópia de coleção privada da edição)
Bibliografia:
FERREIRA, João José Brandão, Tenente-coronel PilAv, in Revista Militar nº 2553 - outubro de 2014. Consultado em linha em 04/04/2021. Disponível em https://www.revistamilitar.pt/artigo/965
Livro de Atas nº 30 das reuniões da Câmara Municipal de Oeiras, consultado no Arquivo do Município de Oeiras. Livro de Atas nº 31 das reuniões da Câmara Municipal de Oeiras, consultado no Arquivo do Município de Oeiras. Livro de Atas 32 das reuniões da Câmara Municipal de Oeiras, consultado no Arquivo do Município de Oeiras. Livro de Atas 33 das reuniões da Câmara Municipal de Oeiras, consultado no Arquivo do Município de Oeiras. Livro de Atas nº 40 das reuniões da Câmara Municipal de Oeiras, consultado no Arquivo do Município de Oeiras. Livro de Atas nº 45 das reuniões da Câmara Municipal de Oeiras, consultado no Arquivo do Município de Oeiras. Livro de Atas nº 46 das reuniões da Câmara Municipal de Oeiras, consultado no Arquivo do Município de Oeiras. Atas da Liga do Combatentes – Núcleo de Oeiras/Cascais, consultadas nas instalações da Liga dos Combatentes Pasta de correspondência entre a LCGG e a CMO, consultada no Arquivo do Município de Oeiras
LOUSADA, Isabel, Pela Pátria: A Cruzada das Mulheres Portuguesas (19161938), XIX Colóquio de História Militar - 100 anos de regime republicano: políticas, rupturas e continuidades, Comissão Portuguesa de História Militar – Ministério da Defesa Nacional, 2011. Consultado em linha em 8/06/2021. Disponível em https://run.unl.pt/bitstream/10362/7007/4/11_IX_sessao_10_ isabel_lousada.pdf LOUSADA, Abílio Pires e ROCHA, Jorge Silva (Coord). Portugal na 1.ª Guerra Mundial: Uma História Militar Concisa, pp.783-784 Lousada e), Comissão Portuguesa de História Militar, novembro de 2018 Consultado em linha em 06/06/2021. Disponível em https://research.unl.pt/ws/portalfiles/portal/12808406/Mortos_Feridos_e_ Desaparecidos.pdf FRAGA, Luís Alves de. (n.d.). Portugal e a grande guerra. Balanço estatístico. Portugal e a Grande Guerra (pp. 547– 552). Diário de Notíci
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