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a voz da oposição

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dezembro

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2022 e o “O Movimento P’la Nossa Terra”

António Rodrigues

Eleito pelo O Movimento P’la Nossa Terra

Concluído que está o primeiro ano completo de exercício autárquico em representação do Movimento P’la Nossa Terra, quer na Câmara Municipal, quer na Assembleia Municipal, faz todo o sentido fazer uma súmula da percepção que temos de actividade autárquica Torrejana.

Vamos centrá-la em quatro vectores determinantes para o futuro, mais especificamente os seguintes:

1. Que estratégia tem o município para o desenvolvimento do concelho

No decorrer de todas as reuniões de Câmara e, também, das Assembleias Municipais, nunca ficou clara a existência de uma estratégia política que o Partido Socialista tenha para o desenvolvimento do concelho. Nem clara, nem obscura! Não existe!

Torres Novas vive tempos de gestão autárquica sem se saber qual o seu rumo colectivo. Não há um vector orientador dos objectivos que se pretendem para a qualificação da vida dos habitantes do concelho. Onde se aposta? Não se sabe?

2. Que estratégia para o bom aproveitamento dos Apoios Comunitários

Há oportunidades de investimento na vida das comunidades que são invulgares e únicas. Actualmente essas oportunidades ganham dimensão e contornos inequivocamente únicas e históricas que, perdê-las, soa a drama de incompetência política e social, com consequências irrecuperáveis no futuro.

No princípio deste milénio, essas oportunidades vindas da União Europeia foram aproveitadas pelo PS torrejano de então, em prol do desenvolvimento do concelho. Hoje, essas disponibilidades financeiras, são ainda mais e melhores, oferecendo condições de investimento estratégico para todos os municípios portugueses, fruto precisamente da gestão do governo socialista português.

E Torres Novas o que aproveita disso? Pouco ou nada!

3. Torres Novas perde com a gestão urbanística do concelho

Em qualquer parte do país, a gestão urbanística é determinante para o desenvolvimento quer das cidades, quer das áreas empresariais que as envolvem. Dessa gestão depende e de que maneira, não só a qualidade de vida do cidadão como, também, a capacidade de criação de riqueza económica e social. Aliás, uma vertente vive em função da outra. Ora, em Torres Novas, é opinião pública generalizada de que o urbanismo do município torrejano não torna apetecível o investimento como, ainda, é factor de problemas socias. A sua ineficácia e incapacidade de responder aos problemas dos cidadãos do concelho que precisam de licenciamentos para intervenções nos seus edifícios, sejam eles familiares, sejam empresariais, arrastam-se no tempo e geram complicadas situações de vária ordem. E este problema nada tem a ver com os serviços municipais, que são exactamente os mesmos de quando há meia dúzia de anos atrás, as respostas eram dadas atempadamente e cumprindo os prazos da lei.

4. Não há uma política cultural concelhia

Esta maioria socialista, decidiu acabar com a empresa Turrisespaços e com ela reduzir quase ao zero a dinâmica cultural do concelho, confundindo-a com a facilidade de contratação de artistas de renome nacional para actuação no Virgínia. Sim, estas contratações dão boas parangonas e provocam boas fotos. Mas isso não é trabalhar na cultura local. Por arrastamento, decidiram também acabar com a figura do Director Artístico do Teatro Virgínia, reduzindo quase a zero a qualidade da hipotética política cultural municipal.

E hoje o que temos? Nada, ou pouco mais que nada! Em síntese, é claro para o Movimento P’la Nossa Terra, que o concelho de Torres Novas não tem uma estratégia definida, que aposte nas várias vertentes do desenvolvimento, nomeadamente no económico e social, tirando proveito dos recursos financeiros que os programas comunitários colocam ao dispor dos municípios portugueses. A esta ausência se junta, ainda, o vazio de uma política cultural e educativa, em prol da formação da nossa Juventude e, em simultâneo, de uma dinâmica cultural dirigida aos mais velhos.

E quem não prepara e qualifica o presente, põe em causa a dinâmica e a qualidade do seu futuro!

Estratégias – a dor crónica de Torres Novas

Rui Alves Vieira

Deputado Municipal independente eleito pelo Bloco de Esquerda

No dia 30 de outubro de 2020, o Município de Torres Novas adquiriu, por 200 mil euros, à Caixa Geral de Depósitos, o edifício da sua antiga e emblemática sede torrejana, construído no centro histórico de Torres Novas nos anos 50 do século passado.

No dia 17 de outubro, três dias antes da assinatura formal da aquisição desse imóvel, a página do FB do Município deixou-nos as seguintes palavras para a nossa memória presente e futura: “A Startup Torres Novas irá mudar brevemente de instalações, passando a ocupar no centro da cidade de Torres Novas o edifício da ex- CGD que irá ser adquirido pelo Município. Uma decisão estratégica do Município, para ajudar a revitalizar o centro histórico, mas, não menos importante, para apostar no apoio aos comerciantes ali localizados para ajudar a dinamizar o seu comércio.”

No dia 4 de janeiro de 2023, ou seja, cerca de 27 meses após as estratégicas palavras pronunciadas a 17 de outubro de 2020 e ainda sem startups no desativado edifício, a Câmara decide ceder, gratuitamente, as instalações da ex- CGD a uma empresa privada com sede em Braga, constituída em julho de 2020 com um capital social de 6 mil euros e que se apresenta com o pomposo nome de Medical Knowledge Academy Lda., uma empresa sem currículo e sem página institucional na internet.

O acordo de cedência de utilização do imóvel à MKA Lda. é válido por um período de três anos, eventualmente renováveis por períodos de um ano, para “criar em Torres Novas um Centro de Estudos de Observação em Saúde, independente do SNS, que tem como objetivo dinamizar, promover e desenvolver projetos de investigação clínica, incluindo a criação de um Centro de Referência no Tratamento da Dor Crónica.”

Esta alienação do património municipal à iniciativa privada, para o desenvolvimento de um projeto de elevada complexidade, por parte de uma empresa sem história, sem capital financeiro e humano e sem âncoras académicas sedimentadas que faz questão de ser independente do SNS, parece-nos um abuso do património municipal que coloca a nu as muitas fragilidades e alguma “ingenuidade” política da gestão municipal.

O benefício económico da cedência das instalações da ex- CGD à MKA Lda, por um período inicial de três anos, corresponderá a um apoio de cerca de 45 mil euros. Por isso, importa aqui recordar, que entre as várias propostas orçamentais que o Bloco de Esquerda tem vindo a apresentar à maioria socialista, consta uma proposta para o apoio de 50% às rendas durante 1 ano, para os novos comerciantes do centro histórico, proposta essa que tem sido sistematicamente recusada. Acresce ainda que toda a estratégia a montante, se encontra agora comprometida. A Câmara já desenvolveu o projeto de adaptação da ex- CGD para aí instalar as startups, que neste momento ocupam as antigas instalações municipais, e que iria libertar o antigo edifício camarário para a instalação da escola de música do Choral Phydellius.

O vento agora sopra do norte, e é necessário alterar a estratégia para nos adaptarmos ao clima. Por isso, à data de hoje, o edifício da ex- CGD deixará de albergar sartups e irá agora albergar a MKA Lda. que, na melhor das hipóteses, será uma unidade clínica privada.

Mudam-se os ventos, muda-se a estratégia. Acompanhemos as alterações do vento, para definirmos a nova estratégia municipal para a revitalização do Centro Histórico.

Prestamos contas –a actividade da CDU em 2022

Cristina Tomé

Para a CDU, o ano de 2022 não foi muito diferente dos anteriores. Como sempre, a prioridade da nossa atividade é a defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo.

A ação da CDU passa sempre pelo esforço de conhecer a realidade em que vivem as pessoas: no seu local de trabalho ou de residência, nas coletividades, a vida dos jovens nas escolas e demais fatores que influenciam as vidas e vivências das populações. É necessário conhecer para transformar. Não nos limitamos à atividade institucional nos órgãos autárquicos onde a CDU tem eleitos, mas procuramos (sempre!) combinar essa atividade com o contacto com os trabalhadores e as populações, para conhecer os problemas e lhes dar voz.

Passou o ano, mas as dificuldades não foram ultrapassadas. Assistimos (e sentimos!) a um agravamento profundo das situações económicas e sociais da maioria das famílias, e as lutas que foram travadas trazem novas exigências.

No contexto torrejano, são de evidenciar as lutas da população pelo acesso e fruição do espaço envolvente à nascente do rio Almonda, a luta das populações de Parceiros de Igreja e Alcorochel por médicos de família, as várias lutas dos trabalhadores de várias empresas do concelho por melhores condições de trabalho, garantias de vida dignas e reposição de salários em atraso (como é o recente caso dos trabalhadores da CMG Cerâmicas).

O património natural, cultural, material e imaterial esteve sempre presente nas posições e reivindicações da CDU, como foi o caso das “Chaminés do Alves das Lãs”, sobre as quais esta força política se pronunciou pela sua reconstrução, tendo sido a sua destruição uma ação que não pode passar impune.

Também não se pode esquecer a luta, em curso, pela reposição de algumas freguesias do concelho, com o objetivo de alcançar o respeito institucional pela identidade cultural das populações – um compromisso eleitoral assumido pela CDU que, por enquanto, não foi possível concretizar devido à posição contrária do PS.

Estes são apenas alguns exemplos concretos, de uma luta que se faz todos os dias, com empenho e dedicação, nas ruas, nos locais de trabalho e de estudo, mas também nas declarações aos órgãos de comunicação social e em manifestações culturais diversas, como é o caso das associações e coletividades.

A CDU trabalha, tanto junto da população como nos órgãos autárquicos, em prol de uma vida melhor na nossa terra, vida essa livre do jugo que é imposto à maioria das pessoas constrangendo-as a pagar a crise provocada por uma minoria privilegiada. Não, não têm de ser os mesmos de sempre a pagar a crise!

janeiro

Em Agenda

7 de janeiro . 10h . Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes

Oficinas de histórias e música para bebés em Dia de Reis

Inscrições em: biblioteca@cm-torresnovas.pt ou 249 810 310

7 de janeiro . 21h30 . Teatro Virgínia

Música // Quinta do Bill, com participação da Banda Filarmónica da Sociedade Musical União e Trabalho e da Banda da Sociedade Filarmónica União Pedroguense

Público: M/6 anos | Bilhetes: 15€ (descontos aplicáveis)

Reservas: bilheteira.teatrovirginia@cm-torresnovas.pt

8 de janeiro .15h . Sede da Sociedade Filarmónica União Pedroguense Teatro de Proteção Civil // Queimas dos Queimados

14 de janeiro . 21h30 . Teatro Virgínia

Dança // Simulacro, Margarida Montenÿ e Carminda Soares

Público: M/12 anos | Bilhetes: 7,5€ (descontos aplicáveis)

Reservas: bilheteira.teatrovirginia@cm-torresnovas.pt

15 de janeiro . 10h30 . Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes

Aqui Há História...na Biblioteca | As novas espécies do Almonda

Destinatários: famílias e crianças dos 7 aos 8 anos

Inscrições gratuitas em: biblioteca@cm-torresnovas.pt ou 249 810 310

21 de janeiro . 18h . Igreja da Meia Via

Lançamento do livro «Do divino, um compromisso e uma capela na Meia Via»

21 de janeiro . 21h30 . Teatro Virgínia

Stand-Up Comedy // Diogo, Luís Franco-Bastos

Público: M/16 anos | Bilhetes: 14€

Reservas: bilheteira.teatrovirginia@cm-torresnovas.pt

22 de janeiro . 9h-13h . Praça dos Claras

Feira dos Produtos da Terra

22 de janeiro . 9h-17h . Avenida Dr. João Martins de Azevedo Feira de Antiguidades e Colecionismo

27 de janeiro . 21h30 . Teatro Virgínia

Teatro // Do deslumbramento, Teatro Meridional

Público: M/12 anos | Bilhetes: 7,5€ (descontos aplicáveis)

Reservas: bilheteira.teatrovirginia@cm-torresnovas.pt

28 de janeiro . 16h . Museu Municipal Carlos Reis

Ciclo de espetáculos Antiprincesas // Frida Kahlo

28 e 29 de janeiro . 8h-11h . Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Pafarrão Caminhada dos Pomares

Inscrições: https://www.queroir.pt/caminhadadospomares

29 de janeiro. 10h30 . Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes

Leituras para respirar e imaginar

Inscrições: biblioteca@cm-torresnovas.pt ou 249 810 310

Fevereiro

3 de fevereiro . 21h30 . Teatro Virgínia

Dança // Em dois, de Roberto Olivan para a Companhia Instável

Público: M/6 anos | Bilhetes: 7,5€ (descontos aplicáveis)

Reservas: bilheteira.teatrovirginia@cm-torresnovas.pt

4 de fevereiro . 15h30 . Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes Lançamento do romance «Um Cão no Meio do Caminho» (Caminho) de Isabela Figueiredo

4 de fevereiro . 09h30 . Reserva Natural do Paul do Boquilobo Passeio Interpretativo no Património Natural | Dia

Mundial das Zonas Húmidas

5 de fevereiro . 10h30 . Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes

Aqui Há História...na Biblioteca // H de HistóriaContributos da história local

Leitura, jogo e visita às Grutas de Lapas

Destinatários: famílias e crianças dos 6 aos 11 anos

Em fevereiro . Teatro Virgínia

Gala do Desporto

11 de fevereiro . 21h30 . Teatro Virgínia

Música // Fernando Daniel em acústico, Festival Montepio Às Vezes o Amor

Público: M/6 anos | Bilhetes: 15€ (descontos aplicáveis)

Reservas: bilheteira.teatrovirginia@cm-torresnovas.pt

13 a 17 de fevereiro . Piscinas Municipais Fernando Cunha Dia dos Namorados

18 de fevereiro . 11h . Teatro Virgínia

Teatro // Não há duas sem três, de e com Catarina Requeijo

Público: M/6 anos | Bilhetes: 3€

Reservas: bilheteira.teatrovirginia@cm-torresnovas.pt

18 de fevereiro . 21h30 . Teatro Maria Noémia (Meia Via)

Stand-Up Comedy // Tiago Almeida e convidados

Público: M/16 anos | Bilhetes: 5€

Reservas: bilheteira.teatrovirginia@cm-torresnovas.pt

18 de fevereiro a 25 de junho . Museu Municipal Carlos Reis

Comemorações e exposição sobre os 160 anos do nascimento de Carlos Reis

25 de fevereiro . 21h30 . Teatro Virgínia

Teatro // A Estudante e o Sr. Henrique

Público: M/12 anos | Bilhetes: 15€ (descontos aplicáveis)

Reservas: bilheteira.teatrovirginia@cm-torresnovas.pt

25 e 26 de fevereiro

Caminhada das Igrejas e Capelas

26 de fevereiro . 9h-13h . Praça dos Claras

Feira dos Produtos da Terra

26 de fevereiro . 9h-17h . Avenida Dr. João Martins de Azevedo

Feira de Antiguidades e Colecionismo março

2 e 4 de março . Praça do Peixe

Nas Asas da Ciência 4.0

4 de março . 21h30 . Teatro Virgínia

Música // Dan Livingstone

Público: M/6 anos | Bilhetes: 7,5€ (descontos aplicáveis)

Reservas: bilheteira.teatrovirginia@cm-torresnovas.pt

11 de março . 11h . Teatro Virgínia

Dança // Galochas, de Martina Griewank Ambrózio

Público: M/3 anos | Bilhetes: 3€ (descontos aplicáveis)

Reservas: bilheteira.teatrovirginia@cm-torresnovas.pt

17 de março a 2 de abril . junto ao viaduto

Feira de São Gregório

18 de março . 21h30 . Teatro Virgínia

Teatro // Virgínia, de Pedro Marujo

Público: M/12 anos | Bilhetes: 7,5€ (descontos aplicáveis)

Reservas: bilheteira.teatrovirginia@cm-torresnovas.pt

18 e 19 de março

Caminhada de Vargos

25 de março . 9h30 . PR5 TNV Fungalvaz

Percurso Pedestre Orientado Dia Mundial da Água

25 de março . 21h30 . Teatro Virgínia

Teatro // Duas pessoas & uma ilha sozinha, de Ondjaki - Grupo Teatro Juvenil do Virgínia

Público: M/12 anos | Bilhetes: 7,5€ (descontos aplicáveis)

Reservas: bilheteira.teatrovirginia@cm-torresnovas.pt

26 de março . 9h-13h . Praça dos Claras

Feira dos Produtos da Terra

26 de março . 9h-17h . Avenida Dr. João Martins de Azevedo

Feira de Antiguidades e Colecionismo

31 de março a 9 de abril . restaurantes aderentes

32.º Festival Gastronómico do Cabrito

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