Exposição virtual - Correia e Lança - um percurso exemplar

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Correia

1900

e Lanรงa


Correia C

e Lança

onselheiro Correia e Lança: De Santiago do Cacém a São Tomé e Príncipe, Um Percurso Exemplar é mais do que o título de uma exposição, é a

matriz que norteia o itinerário de vida de uma das grandes figuras da história do nosso Município.

A exposição que o Arquivo Municipal agora lhe dedica constitui uma pequena, mas merecida homenagem ao homem que, para lá da sua dimensão como administrador ultramarino, foi um importante autarca do século XIX santiaguense.

Joaquim da Graça Correia e Lança pertenceu à geração que despertou para a questão colonial com a Conferência de Berlim (1884-1885). Coube-lhe defender a guarda e a valorização das possessões ultramarinas contra as vozes

que advogavam a sua alienação. Considerava como fundamental o estudo da economia e da população autóctone para garantir o desenvolvimento dos territórios de uma forma sustentada. Esta visão está patente nos seus escritos, que constituem importantes fontes de investigação para este período histórico.

A sua capacidade de reflexão e de análise, aliada ao seu perfil metódico e pragmático, permitiram-lhe apresentar soluções práticas e objetivas para a resolução dos problemas reais com que se debatiam as províncias que administrou. Também em Santiago do Cacém a sua ação se pautou pelas mesmas linhas orientadoras, procurando

atingir o progresso e modernização do concelho, através de uma política de obras públicas e melhoramento da qualidade de vida das populações.

Joaquim da Graça Correia e Lança [Fotografia] Camacho. Lisboa, 1890. Fonte: Arquivo da Casa Pindela.

A presente exposição procura refletir a imagem maior do administrador, de modo nenhum ficou esquecido o carinho e a ligação afetiva a Santiago do Cacém, aqui representada pelo padrão de um mosaico da sua casa na Rua padre António de Macedo.


Correia

e Lança

1856 - Nasce, em Santa Luzia, concelho de Ourique, Joaquim da Graça Correia e Lança. 1875 - Ingressa na carreira militar como voluntário. 1879 - Promovido a Alferes do Regimento de Infantaria nº2. 1880 - Ajudante de Ordens do Governador da Província de São Tomé e Príncipe, Vicente Pinheiro Lobo de Melo e Almada, 2º Visconde de Pindela.

1881 - Sócio correspondente da Sociedade de Geografia de Lisboa a convite de Luciano Cordeiro. Neste mesmo ano é agraciado com o Grau de Cavaleiro da Ordem de Isabel, a Católica. 1882 - Casa, em Santiago do Cacém, com Maria Margarida Hidalgo de Vilhena, filha de Luís Augusto da Silva Bravo e de Maria das Dores Perez Hidalgo. 1883 - Eleito Provedor da Misericórdia de Santiago do Cacém. 1886 - Nomeado Administrador Substituto do Concelho. 1887 - Toma posse como Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém para um breve mandato. Em julho deste mesmo ano é nomeado secretário-geral da Província da Guiné. 1888 - Nomeado Governador Interino da Província da Guiné.

1889 - Assina o Relatório da Província da Guiné Portugueza (1888-1889), que remete ao ministro da Marinha e do Ultramar, Frederico Ressano Garcia. 1889 - Promovido a tenente do exército da África Ocidental. 1890 - Regressa à metrópole, após abandonar o cargo de governador interino da Província Guiné. 1891 - Transferido para o cargo de secretário-geral da Província de Macau e Timor. 1892 - Publica, em Macau, a obra Questões Actuais. Ano em que é transferido para o cargo de secretário-geral da Província de Moçambique.

1893 - Agraciado com o Grau de Comendador da Ordem de Cristo. 1893 - Assume por um breve período de tempo o governo interino do Distrito de Lourenço Marques. 1894 - Publica o Anuário de Moçambique, é condecorado com a medalha de prata de comportamento exemplar, e agraciado com o título de conselheiro de Sua Majestade Fidelíssima. 1895 - Assume o governo da Província da Moçambique após o regresso à metrópole do comissário régio António Enes. Neste ano é ainda condecorado com a Comenda da

Ordem da Estrela Brilhante de Zanzibar. 1896 - Dá conhecimento da prisão de Gungunhana, chefe dos Vátuas, ao secretário particular do rei, Conde de Arnoso. Em 21 de março, dá posse do cargo de governador da Província de Moçambique ao seu sucessor e rival, Mouzinho de Albuquerque, regressando à metrópole onde é agraciado com a Comenda da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e recebe a medalha da rainha D. Amélia pela participação nas Campanhas de África. 1897 - Nomeado governador da Província de São Tomé e Príncipe, após uma breve passagem pelo Distrito do Congo também como governador. Em 5 de junho, determina, através de 2 Portarias Provinciais, a criação de um posto de uma casa de saúde em São Tomé. Propondo ainda ao ministro da Marinha e do Ultramar a criação da capitania dos portos da Província. 1899 - É exonerado do cargo de governador da Província de São Tomé e Príncipe devido ao agravamento do seu estado de saúde.

1900 - Morre na cidade do Porto.


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e Lança

Placa de Comendador da Ordem de Cristo. 1 de Janeiro de 1893. Col. Maria Teresa Ferrão Monteiro.

Medalha “Rainha D. Amélia”, atribuída a Joaquim da Graça Correia e Lança pelas Campanhas de África (Moçambique). [1896]. PT/AMSC/PESS/CCL (Depósito Maria Filomena Correia e Lança).

D. Carlos e D. Amélia. Reprodução de duas fotografias autografadas. [1897]. PT/AMSC/PESS/CCL. (Doação: Maria Teresa Ferrão Monteiro).

Placa de Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. 4 de maio de 1896. Col. Maria Teresa Ferrão Monteiro.

1881-06-07 - Diploma de concessão do grau de cavaleiro da Ordem de Isabel a Católica a Joaquim da Graça Correia e Lança, por D. Afonso XII, rei constitucional de Espanha. PT/AMSC/PESS/CCL. (Doação: Maria Teresa Ferrão Monteiro).

1887-11-04, Paço da Ajuda em Lisboa Carta de nomeação do alferes do exército de África Joaquim da Graça Correia e Lança para secretário-geral do governo da província da Guiné, dada por D. Luís. PT/AMSC/PESS/CCL. (Doação: Maria Teresa Ferrão Monteiro).

1881-02-07, Lisboa - Diploma de sócio correspondente da Sociedade de Geografia dado a Joaquim da Graça Correia e Lança. PT/AMSC/PESS/CCL. (Doação: Maria Teresa Ferrão Monteiro).


Correia

e Lança Aspeto do Largo Conde Bracial e Rua da Sociedade Harmonia, antiga Rua do Hospício [Fotografia] Elmino Pereira Bento, 1930. Fonte: Col. Ivone Pereira Bento.

Joaquim da Graça Correia e Lança em bebé ao colo de sua avó [Daguerreotipo] [S.n., 1856] Fonte: Arquivo Municipal de Santiago do Cacém (Depósito: Maria Filomena Correia e Lança). PT/AMSC/PESS/CCL.

Maria Margarida Hidalgo de Vilhena Correia e Lança e Joaquim da Graça Correia e Lança [Fotografias] [S.n., s.d.] Fonte: Col. Maria Filomena Correia e Lança. Conde de Arnoso [Gravura] O Occidente: revista illustrada de Portugal e do estrangeiro. Lisboa: Empreza do Occidente. Vol. 25, N.º 839 (20 abr. 1902) p. 84. Fonte: Hemeroteca Municipal de Lisboa.

Mercedes e Lucília, as primeiras filhas do casal Correia e Lança [Fotografia] [S.n., s.d.] Fonte: Arquivo Municipal de Santiago do Cacém (Depósito: Maria Filomena Correia e Lança). PT/AMSC/PESS/CCL.

Rua Conde de Ferreira, antiga Rua da Aula, onde o casal Correia e Lança residiu em 1896 [Fotografia] [S.n., s.d.] Fonte: Col. Francisco Lobo de Vasconcellos.

Casa onde viveu o casal Correia e Lança [Fotografia] José Matias, [s.d.] Fonte: CMSC/GRUP.

Joaquim da Graça Correia e Lança no início da sua carreira militar [Documento Fotográfico] [S.n., s.d.] Fonte: Arquivo Municipal de Santiago do Cacém (Doação: Maria Teresa Ferrão Monteiro). PT/AMSC/PESS/CCL.


Luís Augusto da Silva Bravo de Vilhena b. 07-12-1823 m. 05-04-1872

Maria Mercedes Hidalgo de Vilhena Correia e Lança n. 03-01-1884 m. 16-09-1969

Maria das Dores Perez Hidalgo n. 17-11-1834 m. 30-10-1903

Correia

e Lança

Gertrudes Maria Isabel Correia Lança n. [c. 1825] m. 11-10-1921

João da Graça e Lança b. [04-061822?] m. 07-05-1891

Maria Margarida

Joaquim

Hidalgo de Vilhena

da Graça

Correia e Lança

Correia e Lança

n. 20-12-1862

n. 21-02-1856

m. 26-08-1941

m. 25-02-1900

Joaquim Pinto n. [1882 ou 1883] m. [?]

Lucília de Vilhena Lança Pinto

Joaquim de Vilhena Lança Pinto

n. [?] m. [ ?]

n. [?] m. [?]

João Luís Hidalgo de Vilhena Correia e Lança

Lucília de Vilhena Correia e Lança n. 12-01-1885 m. 18-04-1906

Maria Gamito Costa n. [1882 ou 1883] m. [?]

n. 17-05-1888 m. 11-06-1961

Carlos Alberto da Costa Hidalgo de Vilhena Correia e Lança n. 03-11-1919 m. 05-04-1994

Maria Madalena da Costa Correia e Lança n. 23-06-1921

Maria Filomena de Lourdes da Costa Correia e Lança n. 30-01-1923 m. 13-07-1942

Ester Hidalgo de Vilhena Correia e Lança n. 29-06-1898 m. 09-07-1977

João Gomes Egido

n. 1891 m. [?]

Maria das Dores Lança Egido n. [?] m. [?]

Mais quatro filhos falecidos na infância


Correia

e Lança

Edifício dos Paços do Concelho de Santiago do Cacém [Fotografia] [S.n.], 1942. Fonte: Arquivo Municipal de Santiago do Cacém. PT/AMSC/AL/CMSC

Brasão da Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém Fonte: STCMSC.

Cunho de sinete com brasão da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, séc. XIX Fonte: Arquivo Municipal de Santiago do Cacém. PT/AMSC/AL/CMSC.

Hospital Conde do Bracial [Fotografia] [S.n., s.d.] Fonte: Col. Ivone Pereira Bento.

Joaquim da Graça Correia e Lança [Fotografia] Henrique Goes, Lisboa, 1891. Fonte: Arquivo Municipal de Santiago do Cacém (Depósito: Maria Filomena Correia e Lança). PT/AMSC/PESS/CCL. Entrada da antiga vila de Santiago do Cacém [Postal Ilustrado] [S.n., meados do séc. XX]. Fonte: Arquivo Municipal de Santiago do Cacém.


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Correia

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omo Presidente da Câmara Municipal afirmou uma visão estratégica, que reflectiu a sua capacidade de planeamento e organização, patente no

desenvolvimento das acessibilidades e equipamentos urbanos concelhios.

O seu carácter visionário ficou evidente no lançamento de duas obras emblemáticas, o hospital Conde de Bracial e o arruamento que dava acesso à nova cadeia comarcã e aos Paços do Concelho, por forma a “(…) estabelecer uma avenida e embelezar o melhor possível aquella via de communicação”.

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Datam do seu breve mandato, à frente do pelouro das obras públicas, o arranjo da ponte da Rocha em Melides, das calçadas do Cercal do Alentejo, Alvalade e de Sines, bem como a construção da estrada entre a vila e a praia de Sines e do ramal de ligação da estrada distrital 91 à aldeia de S. Francisco. Na aldeia

do Cercal mandou ainda proceder ao arranque da iluminação pública, e na aldeia de S. Francisco iniciou o processo de construção do novo cemitério.

Aspeto da praça D. Manuel I em Alvalade [Fotografia] [S.n., s.d.] Fonte: Col. Maria Ângela de Atayde.

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Praça do Município [Fotografia] José Benedito Hidalgo de Vilhena, [s.d.] Fonte: Arquivo Municipal de Santiago do Cacém (Doação: Maria Teresa Ferrão Monteiro). PT/AMSC/Col. JBHV.

Ata de reunião de câmara de 1886. in PT/AMSC/AL/CMSC/B-C/002/87/f.30v

Vista parcial do Cercal do Alentejo [Fotografia] Policarpo Godinho, 1957. Fonte: Arquivo Municipal de Santiago do Cacém. PT/AMSC/FOT/PG.

Vista parcial de São Domingos [Fotografia] Matos e Matos, [início do séc. XX]. Fonte: Col. Francisco Lobo de Vasconcellos.


Correia

e Lança

João Luís Hidalgo de Vilhena da Graça Correia e Lança [Fotografia] A. Solas, [s.d.] Fonte: Col. Maria Filomena Correia e Lança.

Mulher da raça fula-forro [Fotografia] Brasil-Portugal: revista quinzenal illustrada. Lisboa: Typ. da Companhia Nacional Editora. N.º 164 (16 nov. 1905) p. 310. Fonte: Hemeroteca Municipal de Lisboa.

Rapazes e Raparigas Gentios Papeis, em trajo de festa [Gravura] Occidente: revista illustrada de Portugal e do estrangeiro. Lisboa: Empreza do Occidente. Vol. 14, N.º 449 (11 jun. 1891) p. 136. Fonte: Hemeroteca de Lisboa.

Vista do porto e ponte cais de Bissau [Fotografia] O Occidente: revista illustrada de Portugal e do estrangeiro. Lisboa: Empreza do Occidente. Vol. 30, N.º 1041 (30 nov. 1907) p. 261. Fonte: Hemeroteca Municipal de Lisboa.

Guiné – Bolama – O Palácio do Governo, visto do lado sul [Fotografia] O Império Português na Primeira Exposição Colonial Portuguesa: albumcatálogo oficial: documentário histórico, agrícola, industrial e comercial, paisagens, monumentos e costumes. Porto: Mário Antunes Leitão: Vitorino Coimbra Editores, 1934. p. 280. Fonte: Hemeroteca Municipal de Lisboa.


Correia Dançarino Bijagó da classe de idade dos Cabaros com máscara da baca macu [Fotografia] SCANTAMBURLO, Luigi – Etnologia dos Bijagós da ilha de Bubaque. Lisboa: Instituto de Investigação Científica Tropical; Bissau: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, 1991. p. [134].

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e Lança

Capa do Relatório da Província da Guiné Portugueza referido ao anno economico de 1888-1889 (1890). Fonte: Biblioteca Nacional de Portugal – Fundo Geral Monografias.TR-2607-V.

Mãe Bijagó [Fotografia] SCANTAMBURLO, Luigi – Etnologia dos Bijagós da ilha de Bubaque. Lisboa: Instituto de Investigação Científica Tropical; Bissau: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, 1991. p. [125].

relatório é considerado um documento de referência para o estudo da História da Guiné por muitos investigadores, entre os quais Veríssimo Serrão,

que, na sua História de Portugal, escreveu “Antes do Ultimatum, estivera ali um notável governador, o alferes Joaquim da Graça Correia e Lança (18881889), a quem se devem notáveis relatórios sobre o estado da Província.”

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O referido Relatório encontra-se organizado em torno de três questões estruturantes: a económica, a política e a administrativa. Nele, Correia e Lança explicou que, em primeiro lugar, havia que perceber a situação económica da Província, de modo a definir as políticas a aplicar ao “(…) problema do gentio e sua civilização”. Depois, debruçou-se sobre as finanças, defendendo o reequilíbrio das contas públicas, alimentado pelas exportações ao invés de sobrecarregar os povos com impostos. Constatou ainda que “(…) Na Guiné circula moeda de toda a espécie: portuguesa, francesa, inglesa, mexicana, da América do Norte, Brasil e Estados Unidos da América do Sul. Raro é o mês que não desembarca um caixote com pesos mexicanos, que os comerciantes 2

compram por 600 Reis, introduzindo no mercado da Guiné a 920 reis” ; constatação que contribuiu para a proibição de circulação de moeda estrangeira

(1896) e a instalação de uma sucursal do Banco Nacional Ultramarino (1903), como entidade emissora de moeda naquela Província.

Correia e Lança defendeu, como necessários ao desenvolvimento da Província, o melhoramento dos portos principais (Bolama e Bissau) e uma ligação direta à Metrópole através de navios a vapor de grande tonelagem. Descreveu os povos que habitavam o território do ponto de vista etnográfico, político e social, demonstrando simpatia por algumas etnias, nomeadamente Mandingas e Bijagós.

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História de Portugal: A queda da monarquia. Joaquim Veríssimo Serrão. 2.ª edição, X vol., p. 236, Editorial Verbo, 1990. Relatório da Província da Guiné Portuguesa referido ao ano económico de 1888-1889. Joaquim da Graça Correia e Lança . Lisboa: Imprensa Nacional, 1890. pp. 7 , 35.


Correia

Timor – Um Régulo [Fotografia] O Império Português na Primeira Exposição Colonial Portuguesa: album-catálogo oficial: documentário histórico, agrícola, industrial e comercial, paisagens, monumentos e costumes. Porto: Mário Antunes Leitão: Vitorino Coimbra Editores, 1934. p. 393. Fonte: Hemeroteca Municipal de Lisboa.

Macau – Portas do Cerco [Fotografia] O Occidente: revista illustrada de Portugal e do estrangeiro. Lisboa: Empreza do Occidente. Vol. 36, N.º 1232 (20 mar. 1913) p. 65. Fonte: Hemeroteca Municipal de Lisboa.

e Lança Macau – Palácio do Governo [Gravura] O Occidente: revista illustrada de Portugal e do estrangeiro. Lisboa: Empreza do Occidente. Vol. 20, N.º 680 (20 nov. 1897) p. 252. Fonte: Hemeroteca Municipal de Lisboa.

Joaquim da Graça Correia e Lança com os filhos João Luís, Lucília e Mercedes [Fotografia ] [S.n., 1892]. Fonte: Arquivo Municipal de Santiago do Cacém (Depósito: Maria Filomena Correia e Lança). PT/AMSC/PESS/CCL.

1891-11-26, Paço – Extrato do registo da transferência de Joaquim da Graça Correia e Lança do cargo de secretáriogeral da Província da Guiné para cargo idêntico na Província de Macau e Timor por Decreto de 10 de abril de 1891. PT/AMSC/PESS/CCL. (Doação: Maria Teresa Ferrão Monteiro).

Timor – Comando Militar de Liquiçá (Costa Norte) [Fotografia] O Occidente: revista illustrada de Portugal e do estrangeiro. Lisboa: Empreza do Occidente. Vol. 36, N.º 1242 (30 jun. 1913) p. 189. Fonte: Hemeroteca Municipal de Lisboa.


Correia

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Anuário de Moçambique (1894) Fonte: Arquivo Municipal de Santiago do Cacém (Depósito: Sociedade Harmonia). PT/AMSC/ASS/SH.

António Enes, comissário régio, com a família em Lourenço Marques [Fotografia] [S.n., s.d.) Fonte: Arquivo Municipal de Santiago do Cacém (Depósito: Maria Filomena Correia e Lança). PT/AMSC/PESS/CCL.

Estojo em couro com duas cigarreiras em prata inglesa com monograma “CL” gravado. Finais do séc. XIX. PT/AMSC/PESS/CCL (Depósito Maria Filomena Correia e Lança).

Gungunhana com a coroa e o bastão VILHENA, Maria da Conceição – Gungunhana: grandeza e decadência de um império africano. Lisboa: Colibri, 1999. p. [Anexo imagens].

Vista Geral de Lourenço Marques [Gravura] O Occidente: revista illustrada de Portugal e do estrangeiro. Lisboa: Empreza do Occidente. Vol. 12, N.º 382 (01 ago. 1889) p. 172-173. Fonte: Hemeroteca Municipal de Lisboa.


Correia

Telegramas de Correia e Lança informando o Ministério e o secretário particular do rei, Conde de Arnoso, sobre a prisão de Gungunhana Diario Illustrado. Lisboa: Impr. de Souza Neves. Ano 25, N.º 8:187 (5 jan. 1896) p. [1]. Fonte: BNP – Biblioteca Nacional Digital.

e Lança

Prato em porcelana moldada. Decoração “retrato de Gungunhana”. Litografia a grisaille com filagem a ouro colocada à mão. Inscrição “4 de Janeiro de 1896 – Gungunhana”. PT/AMSC/PESS/CCL (Depósito Maria Filomena Correia e Lança).

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campanha dos Vátuas, principalmente o seu desfecho, e as intrigas que se

Telegrama de Correia e Lança informando Lisboa sobre a tomada do Krall de Chaimite e a organização da polícia de Gaza Diario Illustrado. Lisboa: Impr. de Souza Neves. Ano 25, N.º 8:188 (6 jan. 1896) p. [2]. Fonte: BNP – Biblioteca Nacional Digital.

faziam sentir em Moçambique, ao sabor das amizades e inimizades pessoais, de há muito que pareciam desgastar Correia e Lança; como se depreende de uma das cartas enviadas ao seu amigo Conde de Arnoso, em que expressou vontade em ser colocado na futura repartição de estatística do Ministério da Marinha e do Ultramar.

O patriotismo cívico de Joaquim da Graça forçou-o a tomar posição contra o movimento de ideias, surgido no pós-ultimato, que defendia a venda das possessões ultramarinas para equilibrar as contas públicas nacionais. Sobre este assunto publicou, pelo menos, dois desmentidos: um primeiro em Macau, enquanto secretário da Legação de Portugal na China, Japão e Sião (30.04.1892), e o outro em Telegrama do rei D. Carlos felicitando Correia e Lança e Mouzinho de Albuquerque Diario Illustrado. Lisboa: Impr. de Souza Neves. Ano 25, N.º 8:189 (7 jan. 1896) p. [2]. Fonte: BNP – Biblioteca Nacional Digital.

Moçambique (29.9.1894).

Binóculos forrados a pele. Séc. XIX. PT/AMSC/PESS/CCL (Depósito Maria Filomena Correia e Lança).

Artigo sobre a exibição da peça A Prisão do Gungunhana, no Cineteatro Harmonia Diario Illustrado. Lisboa: Impr. de Souza Neves. Ano 25, N.º 8:266 (25 mar. 1896) p. [3]. Fonte: BNP – Biblioteca Nacional Digital.


Correia

e Lança Alfândega e parte da ponte em São Tomé [Postal Ilustrado] Fonte: Fundação Mário Soares / Arquivo Histórico de São Tomé e Príncipe. Cota: 01.02/pt. 10134.003.062.

A. C. Ilha do Príncipe – Ponta da Mina: Residência do Governador [Postal Ilustrado] Fonte: Fundação Mário Soares / Arquivo Histórico de São Tomé e Príncipe. Cota: 01.02/pt. 10134.003.017.

África Portuguesa – Cabinda [Gravura] O Occidente: revista illustrada de Portugal e do estrangeiro. Lisboa: Empreza do Occidente. Vol. 7, N.º 216 (21 dez. 1884) p. 285. Fonte: Hemeroteca Municipal de Lisboa.

Espadim de corte português, com lâmina de corte losangular, guarda cruciforme em bronze com decoração vegetalista, escudo português encimado por coroa real. Punho em madeira com embutidos em madrepérola. Bainha em cabedal com guarnições em bronze séc. XIX. PT/AMSC/PESS/CCL (Depósito Maria Filomena Correia e Lança).

Joaquim da Graça Correia e Lança [Fotografia] [S.n.], 1898. Fonte: Arquivo Municipal de Santiago do Cacém (Depósito: Maria Filomena Correia e Lança) PT/AMSC/PESS/CCL.

Grande leque com varetas em [baquelite] e penas de avestruz pertencente a Maria Margarida Hidalgo de Vilhena. Finais do séc. XIX. PT/AMSC/PESS/CCL (Depósito Maria Filomena Correia e Lança).


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Correia

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reocupado com a prestação de cuidados de saúde, o governador mandou publicar duas portarias provinciais: n.os 203 e 204, ambas de 5 de junho de

1897. A primeira criou um posto médico em São Tomé, diretamente relacionado com o hospital da ilha, e a segunda, em conformidade com a Lei de 28 de maio de 1896 que reorganizava o serviço de saúde no ultramar, determinou a construção da casa de saúde para os empregados públicos e restantes europeus, 1

afirmando que este estabelecimento demonstraria o “(…) quanto o paiz se interessa por melhorar as condições de existência nas colónias (…)” .

Relativamente à administração da justiça, Correia e Lança nomeou provisoriamente o escrivão do julgado municipal da ilha do Príncipe para exercer cumulativamente as funções de tabelião, pois a comunicação com a sede da comarca (S. Tomé) fazia-se apenas uma vez por mês. Ainda em 1897, por acordo com o presidente da Câmara Municipal de S. Tomé, Conde de Valle Flor, criou o corpo de polícia civil da dita cidade, que “(…) pelo seu desenvolvimento 2

progressivo, precisa de ser policiada por fórma mais consentanea com os modernos hábitos da civilisação, e não simplesmente por forças militares (…)” . Este corpo policial era composto por quarenta e seis praças e um oficial comandante. Na esfera da segurança pública, criou também, no ano seguinte, três postos militares na ilha do Príncipe, destinados a reprimir situações de criminalidade e vadiagem.

O desenvolvimento comercial e marítimo de São Tomé e Príncipe também esteve na agenda do governador, que propôs, ao ministro da Marinha e do Ultramar, a criação de uma

capitania dos portos naquela Província. O ministro, concordando Um dia de Festa na Vila Trindade [Postal Ilustrado] Fonte: Fundação Mário Soares / Arquivo Histórico de São Tomé e Príncipe. Cota: 01.02/pt. 10134.003.051.

com os fundamentos apresentados, e ouvidos a Junta Consultiva do Ultramar e o Conselho de Ministros, fundou a dita capitania por Decreto de 13 de setembro de 1897.

Em São Tomé e Príncipe, Correia e Lança viu morrer o seu filho Luís Estevão, cujas exéquias decorreram no palácio do Governo e na Catedral (11.01.1898), no entanto, no verão do mesmo ano (29.07), esta tristeza foi mitigada pelo nascimento de sua filha

Ester, na vila de Trindade, freguesia da ilha de S. Tomé. 1

Colecção de Legislação Novíssima do Ultramar – 1897. Lisboa,

Companhia Tipográfica, 1901, p.329, vol. XXV. 2

Idem, p.591.

Ester Hidalgo de Vilhena Correia e Lança com 4 meses de idade [Fotografia] [S.n.], 1898. Fonte: Arquivo Municipal de Santiago do Cacém (Doação: Maria Teresa Ferrão Monteiro). PT/AMSC/PESS/CCL.

Palácio do Governo [Fotografia] O Occidente: revista illustrada de Portugal e do estrangeiro. Lisboa: Empreza do Occidente. Vol. 30, N.º 1026 (30 jun. 1907) p. 140. Fonte: Hemeroteca Municipal de Lisboa.


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Agradecimentos

Ficha Técnica

Família

Propriedade

Maria Madalena da Costa Correia e Lança

Câmara Municipal de Santiago do Cacém

Maria Filomena Correia e Lança

Coordenação

Maria Teresa Ferrão Monteiro

Divisão de Cultura e Desporto /

Sérgio Rau e Silva

Arquivo Municipal

Particulares Francisco Lobo de Vasconcellos Ivone Pereia Bento Luís Manuel Rosário Pinela Maria Ângela de Atayde Instituições Biblioteca Nacional de Portugal

Hemeroteca de Lisboa Fundação Mário Soares / Arquivo Histórico de São Tomé e Príncipe Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém

União Pastoral de Santiago do Cacém

Câmara Municipal de Santiago do Cacém


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