Boletim para Professores

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BOLETIM PARA PROFESSORES 1ª edição



Essa é a 1ª edição do boletim para professores do Museu da Casa Brasileira (MCB), instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. A cada semestre, o MCB publicará notícias, artigos, entrevistas e curiosidades sobre suas áreas de vocação: usos e costumes da casa brasileira, arquitetura, design e temas correlatos como urbanismo e paisagismo. Nessa 1ª edição, destacamos a mostra em cartaz no MCB, Casas – a morada das almas, que traz imagens, vídeos e estruturas construtivas que abordam o uso de técnicas ancestrais de edificação presentes no território nacional. Dicas de programação e de eventos realizados no MCB complementam o conteúdo do boletim. A intenção desse boletim é criar mais um canal de comunicação do MCB com os professores, compartilhando conteúdos apresentados no Museu ou relacionados aos seus temas de vocação. Contamos com sua colaboração com sugestões, críticas ou elogios, que podem ser feitos por meio do e-mail comunicacao@mcb.org.br. Boa Leitura!



ENTREVISTA Reportagem: Filipe Bezerra - Fotos: Zaida Siqueira

Felipe Pinheiro, engenheiro civil especializado em bioconstruções e permacultura O engenheiro civil Felipe Pinheiro trabalha há mais 12 anos com técnicas construtivas ancestrais presentes no território brasileiro, tendo se especializado em bioconstruções e em permacultura. Ele participou da elaboração da mostra Casas – a morada das almas, em cartaz entre 18 de junho e 9 de agosto no Museu da Casa Brasileira. Nos dias 9 e 10 de junho, Felipe Pinheiro esteve no MCB para orientar oficinas sobre técnicas de bioconstrução como pau a pique, taipa de pilão e super adobe (taipa ensacada), quando conversou com a equipe do Museu sobre temas como integração da arquitetura ao ambiente, sustentabilidade e o emprego de saberes construtivos tradicionais nas diferentes regiões do país, suas variações e adaptações.


MCB: Como você teve contato com o universo das bioconstruções? Felipe Pinheiro: Sou engenheiro civil por formação e, no final da universidade, por gostar muito de praia e natureza, comecei a fazer uma reflexão mais profunda sobre a relação que temos com o ambiente em que vivemos, o ser humano e o planeta. Foi assim que descobri a permacultura, uma ciência de planejamento para autosustentabilidade e autonomia. Dentro desse universo, um dos aspectos é o do ambiente construído, da construção natural, da bioconstrução. Estudei isso durante muitos anos e passei a me apropriar de técnicas de plantio de florestas, fortalecendo a sucessão natural, manejo de água, alternativas de produção e geração de energia, mas a minha formação me puxou para uma especialização na área de técnicas construtivas e de habitação. Depois de quatro anos de estudo aprofundado em permacultura, comecei, após fazer muitos protótipos, a oferecer este tipo de serviço. Continuei lapidando o processo construtivo e a técnica para chegar ao nível de qualidade no qual posso falar de igual para igual com as construções que temos hoje, para mostrar às pessoas que podemos, sim, fazer habitação social, nossas próprias casas, com material natural e ter a consciência de que essa escolha vai gerar uma diminuição no impacto

"Não estamos falando em voltar a viver como se vivia há 100 anos, mas em resgatar um saber tradicional e utilizá-lo dentro da arquitetura atual." – Felipe Pinheiro

de extração de material e geração de entulho da obra que vai parar em um aterro sanitário. É um trabalho que fazemos pra ajudar as pessoas a adotarem uma postura consciente na hora de fazer sua casa. As bioconstruções têm capacidade de inserção na sociedade atual, no meio urbano? Há mais limites ou possibilidades? Tenho certeza que esse sonho está virando realidade. Passados 12 anos atuando nesse universo, desde o início da pesquisa e da minha interface com esses conhecimentos até hoje, a bioconstrução saiu do lugar onde havia um estranhamento. Hoje o que existe é um aprimoramento. Está se consolidando a possibilidade dessas técnicas, de fato, voltarem a ser aplicadas dentro da arquitetura contemporânea. Não estamos falando em voltar a viver como se vivia há 100 anos, mas em resgatar um saber tradicional e utilizá-lo dentro da arquitetura atual. O MCB realizou em junho, sob a sua supervisão, oficinas de bioconstrução que tiveram um público diversificado,


inclusive com a presença de índios guaranis de uma aldeia de São Paulo. Como foi esse trabalho? Foi surpreendente, uma honra e uma grande satisfação. Nada mais natural e genuíno que o Museu da Casa Brasileira abrir as portas para a alma da habitação e do saber tradicional brasileiro. Fizemos diversas rodas de conversa ao longo dos dias das oficinas nas quais refletíamos sobre o mundo em que vivemos, as lembranças da infância e tudo o que ouvimos dos nossos antepassados; e discutimos sobre o período que estamos vivendo e o que queremos que fique para os nossos descendentes. Foi interessante ver a colaboração entre uma senhora de 70 anos e uma menina de sete

anos, vários jovens, estudantes, além da própria equipe do educativo do Museu, que se fez muito presente e foi bastante pró-ativa ao se apropriar da técnica, da linguagem e da visão. Dessa forma, o Museu pode dar continuidade a esse tipo de trabalho e mostrar que isso é algo viável e que faz parte da nossa história. Trazer a luz pra a reflexão sobre qual é a nossa pegada nesse planeta, o que estamos produzindo e o que deixaremos. Estou acostumado a trabalhar na zona rural, em comunidades tradicionais, lugares remotos e, pra mim, foi uma surpresa, uma grande alegria fazer este trabalho e receber a notícia que o Museu tem interesse na continuidade dele.

Em agosto serão construídas, em oficinas educativas abertas ao público, novas estruturas com as técnicas ancestrais para o Museu. Como você enxerga esta iniciativa? Eu acho que o grande desafio é pensar de que forma podemos contribuir com aquilo que o Museu já faz. O MCB tem uma dinâmica constante de recepção a escolas, alunos, pessoas que vêm aqui em busca de conhecimento. Queremos, junto com o Museu, possibilitar a criação de dispositivos pedagógicos a partir da construção com terra, para que o Museu fique com esse legado e continue este processo educativo. Porque, se demoramos algumas gerações para chegar nessa realidade


na qual, praticamente, não mais utilizamos esses saberes tradicionais, demoraremos algumas gerações para retomá-los. Acredito que isso será novamente parte do nosso dia a dia e, para isso, precisamos fomentar espaços educativos, comentar a disseminação desse conhecimento para qualquer pessoa que tenha interesse e, de repente, essas pessoas relembrarão conhecimentos esquecidos. Nada mais justo do que valorizar a nossa história, lembrar de onde viemos e manifestar isso em nossas casas e na nossa cultura. Acho que isso vai nos tornar cada vez mais brasileiros, nos fará cada vez mais dignos da magia que existe nessa terra, América Latina, onde vivemos.

As regiões do Brasil têm realidades ambientais e culturais diferentes. Os materiais usados nas construções refletem em parte as populações que constroem as casas. Viajando pelo Brasil, você vê mais disparidades ou semelhanças das tradições construtivas entre as regiões? Quanto mais conhecemos, mais percebemos as variações de cada tecnologia. Existe, por exemplo, uma utilização do pau a pique no Sul, no Centro-Oeste e no Nordeste que varia conforme o material. É a cultura que manifesta isso. Na exposição Casas - a morada das almas temos fotografias registradas pela Zaida Siqueira tanto de pau a pique no litoral, feito por

comunidades caiçaras, quanto o tradicional japonês. Cada cultura se apropria da técnica de sua maneira, usando o material disponível no entorno, e todas conseguem alcançar o mesmo objetivo que é fazer a parede de uma casa para uma família viver. Existe a pluralidade de técnicas e uma diversidade ainda maior de materiais para construir essas casas. Você tem um trabalho junto com as comunidades de ilhas, inclusive em Fernando de Noronha (PE). Pode falar um pouco sobre isso? Como enxerga essa comunidade daqui a alguns anos e qual o planejamento tem sido feito em torno da aplicação prática do trabalho que você desenvolve?


Como eu falei no começo, todo esse trabalho voltado para a construção com terra, para o resgate do saber tradicional da construção, se junta em uma visão mais ampla da permacultura, na qual buscamos recriar espaços, sistemas e os ciclos que a natureza faz por si só. O trabalho do permacultor é recriar ciclos de nutrientes, de resíduos, e ciclos energéticos que acontecem por si só na natureza, mas de uma forma que o ser humano esteja integrado. Nossa atuação em Noronha começou com educação e hoje está mais abrangente. Basicamente fomos à ilha para disseminar tecnologias que minimizem o impacto do ser humano no seu ambiente. Precisamos de casa, comida, água e energia, então, a partir desses quatro eixos e da realidade específica de Noronha - que assim como outras ilhas tem uma identidade singular -, avaliamos quais tecnologias eram de fácil aplicação e replicabilidade. A partir daí fizemos formações em permacultura abertas para vários públicos na ilha, implementando tecnologias ligadas à integração homem x ambiente: seja por manejo de água, seja para a reforma e construção de uma casa, ou para diminuir o consumo de energia, além de estratégias para produção de alimentos de uma forma que considere o ambiente. A alface, por exemplo, não é uma planta que vive na linha do equador, uma região

tropical. Buscar entender a realidade é o primeiro movimento para buscar se integrar e entender quais são as plantas que se desenvolvem bem naquele ambiente, qual é o ciclo hidrológico daquele lugar, quais são os materiais abundantes. Podemos suprir nossas necessidades com aquilo que a natureza nos dá. É muito óbvio, mas o óbvio hoje não é o simples, nem é o que se faz naturalmente. Então esse não é um resgate de uma técnica puramente dita; é o resgate de um olhar e de uma postura do ser humano perante a natureza, para efetivar uma relação de cooperação. O ser humano sempre viveu em cooperação com o ambiente natural; exercitamos isso até chegar ao ponto no qual as pessoas vejam resultado e que, de fato, elas sejam capazes de gerar efeitos benéficos. Falamos muito em diminuir o impacto, mas isso é uma visão de escassez. Somos capazes de gerar impacto positivo se buscarmos a relação com que os indígenas, os aborígenes, os povos ancestrais mantinham com o ambiente. Onde esse ser humano ocupou o planeta a natureza sempre foi muito mais abundante, diversificada, tinha alimentos em maior quantidade. Por que não podemos escolher ser assim? Os trabalhos realizados em Noronha e em diversos outros lugares são para empoderar as pessoas a fazerem um melhor uso da sua intuição sobre como se relacionar com o ambiente.

Não existe um grande conhecimento, existe uma postura, uma forma de se colocar em horizontalidade. Tudo que a gente tira, a gente põe. A partir do momento que criarmos essa troca e nos colocarmos dessa forma em todo movimento que fizermos, certamente começaremos a enxergar, sozinhos, um jeito de viver em harmonia no meio que estamos. Onde as pessoas podem conhecer mais sobre seu trabalho? Temos uma página no Facebook, a Eco Sapiens Soluções Para Sustentabilidade e o flickr ecosapiens. No viés educativo, que é essa porta que a abrimos pra trabalhar em Fernando de Noronha, temos o site vivenciasdaterra.com.

Sobre Felipe Pinheiro Engenheiro civil graduado pela Universidade de Mogi das Cruzes. Permacultor formado por Jorge Timmerman e André Soares. Participou de diversas iniciativas pioneiras ligadas ao movimento de Permacultura. Designer para Sustentabilidade pela Rede Educação Gaia Brasil. Atua nas áreas de construções ecológicas e facilitação de cursos e oficinas de permacultura.


SAIBA MAIS Permacultura A palavra permacultura foi criada pelos australianos Bill Mollison e David Holmgren em meados dos anos 70 para descrever uma metologia de agricultura que considerasse a recomposição da paisagem natural. À partir da observação dos padrões da natureza, a Permacultura busca reproduzir sistemas integrados e ecologicamente sustentáveis. A Permacultura é uma metodologia de design ecológico aplicado (planejamento, projeto, execução e manutenção), interdisciplinar, baseada e inspirada nos conhecimentos ancestrais de cuidado com a terra, com o objetivo de criar comunidades humanas sustentáveis integrando plantas, animais, água, edificações e energias renováveis. Aplicável no ambiente rural e urbano, mais recentemente vem sendo utilizada para redesenhar as cidades pelo mundo, através do movimento de cidades em transição. Fonte: site Vivências da Terra (www.vivenciasdaterra.com)


Bioconstrução

O conceito de Bioconstrução engloba diversas técnicas da arquitetura vernácular mundial, algumas delas com centenas de anos de história e experiência, tendo como característica a preferência por materiais do local, como a terra, diminuindo gastos com fabricação e transporte e construindo habitações com custo reduzido e que oferecem excelente conforto térmico (SOARES, 1998). São geralmente técnicas simples que qualquer pessoa é capaz de fazer, coordenada ou não por profissionais, permitindo assim

de serem chamadas técnicas de autoconstrução. Assim, elas incluem grande dose de criatividade, vontade pessoal do proprietário e responsável pela obra e o uso de soluções ecológicas pontuais adaptadas à cada caso. As bioconstruções são um elemento importantíssimo da Permacultura, buscando a integração das unidades construídas com o seu ambiente, segundo o design permacultural estabelecido na área. Deste modo, a bioconstrução busca desde o planejamento, execução e utilização, o máximo aproveitamento dos recursos

disponíveis com o mínimo impacto. Algumas das técnicas de bioconstrução: Terra: Pau-a-pique, Adobe, SuperAdobre, Cob, Taipa de pilão, Solocimento, Ferrosolocimento, Fibras renováveis: Palha, Fardo Palha, Bambu Coberturas vegetais Ecossaneamento: Círculo de Bananeiras, Bacia de Evapotranspiração Mosaicos: reutilizando materiais disponíveis Fonte: site Ipoema - Instituto de Permacultura (www.ipoema.org.br)


ACONTECEU NO MCB:

Imagem da capa do livro: Projetos para Brasília 1927-1957

Lançamento de livros Projetos para Brasília 1927-1957 é uma publicação de Jeferson Tavares, resultado de sua pesquisa de mestrado no Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP São Carlos, em 2004. O livro analisa tanto as curvas e formas intrigantes do projeto urbanístico inovador do pioneiro da arquitetura modernista no Brasil e vencedor do Concurso do Plano Piloto de Brasília, Lucio Costa, como também os outros 26 projetos participantes. Com riqueza e profundidade, aborda ainda as origens das ideias e conceitos do ponto de vista histórico, político e urbanístico que influenciaram a localização e configuração urbana de Brasília. A pesquisa do autor já havia sido destacada no MCB, durante o cinquentenário de Brasília, em 2010. Na ocasião, foi realizada a exposição Outros Planos: Brasília, que permitiu a visualização de uma síntese das soluções apresentadas para o Plano Piloto da cidade, além da compreensão da parcialidade do júri em selecionar projetos com filiações modernistas. “Essa seleção permite que nos aproximemos das decisões do júri, compreendendo, assim, que a eleição dos finalistas esteve diretamente atrelada aos preceitos da vanguarda urbanística da época, ligada ao Movimento Moderno, embora a contribuição dos projetos vá além desses preceitos”, afirmou Jeferson Tavares à época. “Outros Planos sugere um olhar sobre a realidade urbana brasileira da primeira metade do século 20, cujas soluções – esquecidas ou ignoradas – ainda podem nos ensinar através de erros e acertos”.


GermaineBurchard - MilenaLeonel

Habitação social foi o tema do livro O Terceiro Território, do arquiteto e urbanista Héctor Vigliecca. A obra reúne os principais projetos de habitação de interesse social e de reurbanização de favelas de Vigliecca e sua equipe, revelando soluções para a construção de habitações coletivas em áreas críticas, seja em região de mananciais, cortiços ou favelas brasileiras. Neste livro, que apresenta os projetos segundo sua inserção urbana, é possível entender como ele cria condições de cidade – e, por consequência, de cidadania – onde não há. Em vez de núcleos habitacionais isolados, baseados

em fórmulas repetidas, seus projetos se diferenciam pela relação que mantêm com a cidade e pela originalidade de suas soluções, sem abrir mão da qualidade arquitetônica, além de trazer uma perspectiva de debate da habitação como política pública. Héctor Vigliecca convida o leitor a seu universo de reflexões não com respostas, mas com ainda mais questionamentos: “Habitação social não é um problema construtivo nem um problema de quantidade, a questão é como construímos a cidade, pois entendemos o âmbito urbano como principal fator que determina a qualidade do habitar. A

habitação deve estar sempre diretamente ligada à estrutura da cidade como um todo legível e indissolúvel – seja ele urbano ou suburbano”, diz. A arquitetura de São Paulo sempre foi emblemática e o livro Prédios de São Paulo exaltando a história da cidade e atrais a mostrar a história da arquitetura de São Paulo por meio de seus prédios mais representativos. Em 228 páginas, por meio de um acervo de 350 imagens dos fotógrafos Milena Leonel e Emiliano Hagge, retrata 42 construções paulistanas, como os edifícios Copan, Viaducto, Martinelli e Cinderella.


6ª EDIÇÃO DO PROJETO CASAS DO BRASIL

Foto: João Wainer

Casas do Brasil é um projeto do MCB que propõe a formação de um inventário sobre a diversidade do morar no país. Em sua sexta edição apresentou a exposição SOBREVIVÊNCIAS/ uma exposição Sobre Vivências: Carandiru. Com curadoria de Maureen Bisilliat, a mostra revelou soluções encontradas pelos detentos para os obstáculos enfrentados no cotidiano do presídio. Peças do dia a dia formaram um recorte das ferramentas e utensílios improvisados pelos detentos: fornos, ferros, filtros, facas, que, na mostra, puderam ser vistos fisicamente e em imagens de Renato Soares. Os textos que descrevem a mostra foram produzidos pelo Dr. Drauzio Varella, médico oncologista, voluntário na Casa de Detenção por 13 anos, hoje atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, que também gravou uma entrevista especialmente para ocasião. Para assistir, clique aqui.





PROGRAMAÇÃO Casas - a morada das almas Visitação: até 9 de agosto Casas - a morada das almas revela técnicas construtivas ancestrais presentes no território brasileiro, suas variações e adaptações. Resultado de dez anos de pesquisa da fotógrafa Zaida Siqueira, a exposição reúne imagens e vídeos abordando diversas tipologias de habitações brasileiras, além de instalações - de taipa de pilão, super adobe e pau a pique - construídas sob a orientação do engenheiro Felipe Pinheiro em oficinas abertas ao público realizadas em junho no MCB. Em julho, haverá programação especial de palestras relacionadas à mostra (ver Palestras).

Cooperativas habitacionais no Uruguai – meio século de experiências Visitação: até 2 de agosto A mostra registra o trabalho das cooperativas habitacionais do Uruguai produzido na cidade de Montevidéu ao longo de 50 anos. Por meio de fotografias, desenhos e maquetes são apresentadas vinte obras que contemplam diversas modalidades de gestão, implantações urbanas e concepções de projeto.


Vilanova Artigas - A mão livre do Vovô Visitação: 18 de julho a 29 de outubro Em celebração ao centenário de nascimento do arquiteto Vilanova Artigas, o MCB e a Biblioteca Parque Villa-Lobos apresentam duas mostras: um painel expositivo no Museu com uma seleção de desenhos originais e brinquedos de papel que o arquiteto fazia como diversão junto com os netos e uma mostra na Biblioteca com ampliações e desenhos originais da mesma série. Ambas exposições foram selecionadas a partir da pesquisa feita por Michel Gorski e Sílvia Zatz para o livro “A mão livre do Vovô”, obra destinada a pequenos leitores.


PALESTRAS Casas - a morada das almas Gratuito Como parte da programação da mostra Casas - a morada das almas, especialistas compartilham com o público suas experiências com bioconstruções no Brasil.

22 de julho às 15h Com Zaida Siqueira e Felipe Pinheiro A fotógrafa Zaida Siqueira relata as experiências vividas nas diferentes regiões do Brasil durante a documentação de técnicas construtivas ancestrais. Na ocasião, o engenheiro Felipe Pinheiro fala sobre o uso de recursos locais nas edificações.

29 de julho às 19h Com Felipe Pinheiro Durante a abertura noturna do dia 29 de julho no MCB, Felipe Pinheiro apresenta palestra sobre a arquitetura vernacular e a integração com o ambiente: estratégias conforme o clima, tecnologias construtivas com terra crua, autoconstrução e a participação comunitária.



Museu da Casa Brasileira av. brigadeiro faria lima, 2705 - S達o Paulo (11) 3032 3727 | www.mcb.org.br


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