nº 36 março 2015
notícias do Museu Municipal de Palmela A NÃO PERDER...
MUSEUS PARA UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL
PEÇA DO MÊS
15 MARÇO | 9H30 | CASTELO DE PALMELA E ESPLANADA
Caça ao Tesouro da Ordem de Santiago - 2ª edição Por: INdiferentes Público-alvo: famílias com crianças entre os 3 e os 12 anos Equipas de 2 a 4 elementos. Inscs.: gratuitas (até 10 março) grupo.indiferentes@gmail.com | 919 616 673
26 MARÇO (6 aos 10 anos) 27 MARÇO (11 aos 14 anos)
Páscoa no Museu «Modos de ver e de escrever o mundo»
Vem ser investigador por um dia e descobrir o Património que diferentes religiões, com presença na história de Palmela, deixaram na vila. As atividades programadas incluem uma visita guiada à vila, oficina de grafia e muita alegria! É necessário trazer 2 lanches e almoço «piquenique» Horário: 10h00 às 17h00 Residentes no concelho: 3€ | Residentes fora do concelho: 6€ Pré-inscrição: patrimonio.cultural@cm.palmela.pt Pagamento prévio no Posto de Turismo (Castelo) até 24 março Insc./infos.: patrimonio.cultural@cm.palmela.pt | 212 336 640 Org.: Câmara Municipal de Palmela
28 MARÇO | 15H00
Visita ao Centro Histórico de Palmela
O Dia Nacional dos Centros Históricos foi instituído em 1983, e comemora-se a 28 de março, por ser a data de nascimento de Alexandre Herculano, historiador e político com um trabalho precursor na salvaguarda e valorização do património. Consulte programa próprio em www.cm-palmela.pt e http://centrohistorico.cm-palmela.pt/ Insc./infos.: patrimonio.cultural@cm.palmela.pt | 212 336 640 Org.: Câmara Municipal de Palmela
Espaço Cidadão
nº 36 março 2015
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MUSEUS PARA UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL
PEÇA DO MÊS
Museus para uma sociedade sustentável é o lema do ICOM para 2015 Sensibilizar públicos para a cooperação e sustentabilidade é função primordial dos Museus enquanto agentes operativos envolvidos no território. E, neste presente-futuro, é na sua missão da salvaguarda do património cultural que o Museu Municipal de Palmela atua, procurando e identificando as marcas que ilustram a dinâmica e a transitoriedade da sociedade exposta aos desafios naturais do desenvolvimento. E porque Março anuncia o fim dos rigores do Inverno e o despertar da natureza, preparam-se campos e solos para os trabalhos culturais que assistem a vinha. São as memórias do passado recente desse mundo rural «dobrado sobre si mesmo», longe de técnicas e da inovação, que aqui deixamos. Na época [anos 50/60 do século XX], centenas de jornaleiros, homens e mulheres, procuravam o sustento na vinha, pois segundo o aforismo «Quem poda em Março vindima no regaço». Íamos ao monte. E a gente ia lá pedir trabalho. Se tinha preciso, dava (…). Começou-se a podar. Podava-se a podão, hoje é a tesoura. Era muito perigoso para as crianças porque é uma ferramenta sempre a puxar para o corpo. Começávamos a cortar. A tesoura é mais simples. Deve-se começar a podar depois de vir as primeiras águas, as primeiras chuvas. Poda-se a vinha. Deixa-se as cepas armadas inteiras e depois corta-se a uma dada altura, e deixa-se a cepa com meio metro, que é para depois, mais tarde, (…), atarracar e dar as voltas, que é antes de começarem a rebentar. A vara principal leva uma argola. É dobrada e atada a fio próprio, e essa volta é onde vai dar maior quantidade de uva – fica com mais olhos. A outra é atarracada a três olhinhos, máximo, quatro. Tudo atarracado. Fernando Loureiro [1945]. Antigo trabalhador da Herdade de Algeruz (Palmela) Arquivo de Fontes Orais/ Museu Municipal, 2004
Caixa de transporte de alfaias agrícolas Século XX. Dim.: 15x45,5x30 cm. Inv. 2002.04.D 195/196 e 197 Caixa de transporte, em madeira, contendo ferramentas utilizadas nas operações de poda e de enxertia, nomeadamente, as duas tesouras que os podadores utilizavam para cortar as varas ou «talões» e para os arranjar, o podão que servia para cortar as varas, e o serrote para raspar a casca velha das videiras. Fotografia: Adelino Chapa, 2005
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MUSEUS PARA UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL
PEÇA DO MÊS
Designação: Trempe Proveniência: Rua de Nenhures (Forno) Matéria: Cerâmica Cronologia: Séculos XVII-XVIII Dimensões: alt. 80 mm; espessura: 40 mm; larg. 170 mm Inventário: R.NENH.88.13 (MATRIZ 1988.01.63) Recolhida no forno tardo-medieval e moderno da Rua de Nenhures, esta trempe tripartida ou em pé-de-galo, com superfícies irregulares tem um aspeto robusto e rude. Contém vestígios de vidrado melado nas superfícies, reminiscência da sua funcionalidade, uma vez que estas peças serviam como suporte e separador de cerâmicas vidradas, durante o processo de cozedura, impedindo que o vidrado se colasse às paredes do forno ou a outros recipientes. BIBLIOGRAFIA FERNANDES, I. C. F. e CARVALHO, A. R. (1998) - «Conjuntos cerâmicos pós-medievais de Palmela», in DIOGO, J. M. e ABRAÇOS, H. C. (coord.), Actas das 2.as Jornadas de Cerâmica medieval e Pós-Medieval, métodos e resultados para o seu Estudo. Tondela, 22 a 25 de Março de 1995. Porto: Câmara Municipal de Tondela, pp. 211-255 FERNANDES, I. C. F. e SANTOS, M. T. (2008) - Palmela Arqueológica. Espaços. Vivências. Poderes. Roteiro de Exposição. Palmela: Câmara Municipal/ Museu Municipal, pp. 69-71 ROSENDO, M. T. (coord.); PRATA, C. dos R.; FERNANDES, I. C. F.; SANTOS, M. T.; SAMPAIO, T. e SOUSA, Z. (2010) - Patrimónios. Centro Histórico da Vila de Palmela. Roteiro de Exposição, Palmela: Câmara Municipal/Museu Municipal, pp. 21
Fotografia: Bruno Damas, 2014