har o pai na venda, no mercado do Livramento, em Setúbal. destes espaços era da manhã descia a estrada da cobra, a pé. No regresso, por vezes, r. Ao entrar, impunha-se te de vir à boleia na bicicleta de outros vendedores. Ainda ação momentânea do olhar e, trabalhou numa oficina de carroças, em Quinta do Anjo. expositiva. Prateleiras, e febre tifóide fê-lo abandonar a profissão. Empregou-se, depois, na hão e teto estavam Mitra tendo, anos mais tarde, adquirido o espaço. Era uma importante dos mais variados artigos, Palmela onde se realizava, ao sábado, a «praça dos homens». rganização apenas
Os remédios conviviam comprou um armazém na Rua Mouzinho de Albuquerque, eiros, televisões, produtos e, ferragens, instalou aconjuntos drogaria. Durante cerca de meio século, acompanhou da vila; as portas fecharam-se em 2005. ara a casa, utensílios rodutos eram comprados a fornecedores que se deslocavam s. Tinham um cheiro exceto as loiças que eram adquiridas no armazém «Braz & Braz», s drogarias, e era possível A deslocação à capital era feita em motocicleta. quase tudo nestas lojas. XX, existiam três drogarias No século o, Gabriel prendia, por meio de cordas, os serviços de louça no centro da vila de Palmela: Drogaria a certeza de que chegariam inteiros a Palmela. tários e funcionários Paula, Drogaria «da Veva» - de Carlos um vasto conhecimento Martinho de Sousa - e a Drogaria referir-nos a uma época em que a drogaria estava ladeada ermitia, até, manipular Central, também conhecida por rbearia, uma carvoaria e armazém de carvão, tabernas, casa rar medicamentos. «do Amílcar». Eram estabelecimentos charcutarias,capitais mercearias e talho. na vida das comunidades. O interior destes espaços era e, a Drogariaavassalador. Central é a única testemunha desse outro tempo. Ao entrar, impunha-se Rua Hermenegildo Capelo, n.º 155, cabe a Fernando Ramos uma adaptação momentânea do olhar tarefa de garantir que assim se manterá, por mais anos. à panóplia expositiva. Prateleiras, paredes, chão e teto estavam revestidos dos mais variados artigos, numa desorganização apenas aparente. Os remédios conviviam com candeeiros, televisões, produtos de limpeza, ferragens, conjuntos de louças para a casa, utensílios domésticos. Tinham um cheiro peculiar, as drogarias, e era possível encontrar quase tudo nestas lojas.
Altino Bernardes, na sua oficina. Novembro de 2015.
Espaço Cidadão
Comércio Tradicional Drogaria
Os proprietários e funcionários possuíam um vasto conhecimento que lhes permitia, até, manipular e administrar medicamentos.
Máquina dispensadora de petróleo, primeira metade do século XX Esteve, durante décadas, a ocupar o seu lugar de sempre no balcão da Drogaria Paula. Utilizada para a venda avulsa deste combustível, usado essencialmente na iluminação e na confeção de alimentos.
Gabriel da Costa Paula. Primeira metade do século XX. Coleção do Museu Municipal de Palmela
Uma das drogarias mais importantes da vila, até pela sua posição geográfica, nas imediações do mercado municipal, era a Drogaria Paula. Gabriel da Costa Paula (n. 1927 - 2004) foi aluno da mestra telegrafista, tendo completado a 4.ª classe do ensino primário. Após o exame, passou a acompanhar o pai na venda, no mercado do Livramento, em Setúbal. Às 6 horas da manhã descia a estrada da cobra, a pé. No regresso, por vezes, tinha a sorte de vir à boleia na bicicleta de outros vendedores. Ainda adolescente, trabalhou numa oficina de carroças, em Quinta do Anjo. Um surto de febre tifóide fê-lo abandonar a profissão. Empregou-se, depois, na Taberna do Mitra tendo, anos mais tarde, adquirido o espaço. Era uma importante taberna de Palmela onde se realizava, ao sábado, a «praça dos homens». Mais tarde, comprou um armazém na Rua Mouzinho de Albuquerque, n.º 80, onde instalou a drogaria. Durante cerca de meio século, acompanhou a evolução da vila; as portas fecharam-se em 2005. Todos os produtos eram comprados a fornecedores que se deslocavam à drogaria, exceto as loiças que eram adquiridas no armazém «Braz & Braz», em Lisboa. A deslocação à capital era feita em motocicleta. No regresso, Gabriel prendia, por meio de cordas, os serviços de louça às costas, na certeza de que chegariam inteiros a Palmela. Estamos a referir-nos a uma época em que a drogaria estava ladeada por uma barbearia, uma carvoaria e armazém de carvão, tabernas, casa de roupas, charcutarias, mercearias e talho. Atualmente, a Drogaria Central é a única testemunha desse outro tempo. Situada na Rua Hermenegildo Capelo, n.º 155, cabe a Fernando Ramos a exigente tarefa de garantir que assim se manterá, por mais anos.