6 minute read
EDUCATIVO E MEDIAÇÕES 07
Assim como em 2020, quando o programa educativo e cultural foi afetado pelo fechamento da instituição (devido às obras e, posteriormente, à pandemia de covid-19), em 2021, salvo pequenas alterações, a situação foi semelhante. Parte da equipe seguiu em regime de teletrabalho até novembro – quando, finalmente, todos do Núcleo Educativo retornaram à atuação presencial.
Devido à essa situação, as ações do setor com o público externo continuaram de forma remota, seguindo o aprendizado do ano anterior e trazendo novas ideias que evoluíram as atividades com o público. Nesse sentido, a parceria com o Núcleo de Comunicação do Museu seguiu sendo primordial. As ações remotas apresentaram dificuldades técnicas e a precariedade dos equipamentos limitou um pouco as pretensões da equipe, que tiveram de ser adaptadas para melhor atender o público, sem perda de qualidade dos eventos.
Advertisement
Por outro lado, atividades online abriram portas para novas parcerias, gerando uma maior interação entre os museus da região do Campo das Vertentes. Ações online possibilitaram atuar com instituições de diversas cidades, com as quais não se tinham parcerias até então. Além disso, foi possível abordar temas locais de forma universal, como a atuação dos museus locais durante a pandemia, a situação ambiental da Serra do Lenheiro e Saberes e Ofícios da comunidade são-joanense, cujos debates, com transmissão online ao vivo, não tiveram limites geográficos.
Visando manter a tradição dos recitais de órgão de tubos e a musicalidade sempre abordada no museu como parte da identidade da cidade, foi proposta, pela primeira vez, a adaptação das apresentações para o meio virtual. Juntamente com o Núcleo de Comunicação, os recitais foram gravados e editados visando datas específicas para publicação, conforme o calendário de ações do Núcleo Educativo. De forma inédita, o órgão do Museu perdeu seus limites geográficos e foi ouvido por expectadores de diversos países do mundo (ver pág. 40).
Também houve uma tentativa vasta em retomar a parceria com escolas para realização de ações educativas online. No entanto, foi percebida uma resistência das instituições de educação, devido a suas próprias limitações técnicas e/ou dos alunos. Foi realizado uma única parceria, que rendeu uma série de vídeos intitulada “Interpretando o Acervo: Ofícios de Saberes” (ver pág. 38).
Após quase dois anos com ações remotas e seguindo com afinco as orientações dos órgãos competentes de saúde, o Museu se sentiu seguro em retomar suas atividades presenciais. Para tal, a última ação do ano, em dezembro, foi planejada para o público presente, como um fator teste para a retomada presencial do ano seguinte, com um recital de órgão dedicado ao aniversário da cidade (ver pág. 40).
CONSERVAÇÃO PREVENTIVA, CORRETIVA E RESTAURO
Ao longo de 2021, foram implementadas ações de conservação preventiva e algumas ações de conservação corretiva, visando a preservação da edificação e do acervo, bem como, ações restaurativas com vistas a reverter o processo de degradação de alguns elementos. Abaixo estão descritas algumas dessas obras e atividades.
Execução do Projeto Elétrico
Em tramitação desde 2019, a execução do projeto luminotécnico, de instalações elétricas, instalações de cabeamento estruturado, instalações de segurança-alarme, instalações de SPDA e instalações de sonorização foi enfim iniciada no primeiro semestre de 2020. Mesmo com as medidas de distanciamento social tomadas devido à pandemia de covid-19, o contrato de execução não foi interrompido e os trabalhos da reforma elétrica do Museu seguiram continuaram ao longo de 2021.
Revitalização do Jardim
O prédio do Museu possui, em seu interior, um jardim com área aproximada de 24m². O espaço nunca havia recebido um planejamento adequado, contando apenas com gramado e duas roseiras em idade avançada. Com a intenção de revitalizar o local e melhor acolher o público visitante, foi elaborado um projeto de jardinagem que incluiu o replantio do gramado e o plantio de dez espécies de plantas ornamentais, escolhidas por serem de fácil manutenção e sem influência no ambiente de salubridade da instituição. Além do jardim, o projeto também previa a alocação de vasos ao redor do jardim, na área do setor administrativo e no terraço do segundo andar. Em novembro, o projeto foi executado por empresa especializada, com tempo hábil para que o jardim estivesse estável para a reabertura do Museu – planejada para janeiro do ano seguinte.
Restauro do Chapéu Militar
Datado do final do Século XIX, esta peça de indumentária militar encontrava-se em avançado estado de deterioração. Segundo sua ficha museológica mais recente, de 2007, o chapéu encontrava-se em péssimo estado de conservação, necessitando de “restauração urgente”. Realizada de forma voluntária pela restauradora Eliane Marchesini Zanatta (diretora do Museu), a restauração do objeto retomou seu formato original, com higienização e diversas intervenções em sua estrutura interna e superficial, com a intenção de preservar a legitimidade da peça. Para melhor conservar o chapéu, foi também confeccionado um suporte com manta acrílica revestida com malha cirúrgica.
Higienização do acervo
Seguindo a mesma rotina adotada no ano anterior, buscou-se seguir com o trabalho de minimizar os processos de deterioração dos bens culturais preservados pelo Museu. Sabendo-se que toda degradação é irreversível, nenhuma obra conseguirá retornar ao estado original, mas se forem implementadas ações efetivas de conservação nos espaços físicos e diretamente nos objetos, os processos de degradação podem ser paralisados e controlados. Dessa forma, foi realizada a higienização mecânica e química de uma grande parte do acervo.
Tratamentos dos vidros das esquadrias
Os vidros da edificação do Museu, ao fim da década de 200, foram cobertos por uma película plástica, aparentemente não indicada para esse tipo de proteção. Com a ação do tempo, o material se deteriorou e enrugou, gerando péssima aparência para a edificação e dificultando a limpeza das esquadrias. As películas foram gradualmente removidas ao longo de 2021, gerando uma melhor imagem do prédio e facilitando no processo rotineiro de limpeza.
Leque de pluma
Confeccionado em madeira, tecido, metal e pluma, o leque encontrava-se em estado regular de conservação desde a década de 1990. Segundo sua ficha, havia desgaste pelo uso, o tecido encontrava-se amarelado, com as plumas acinzentadas e o douramento dos adornos esverdeados. Em 2021, uma ação de restauro foi realizada por Eliane Marchesini Zanatta, tratando o metal do douramento e fazendo a higienização mecânica nas plumas e química nas paletas em madeira pintadas de branco.
As relações institucionais do Museu visam ampliar sua presença na comunidade e aumentar seu leque de atividades. Em 2021, essas ações colaborativas ocorreram em todos os eventos realizados, principalmente durante o II Simpósio Virtual. Ao todo, foram 13 pessoas da sociedade envolvidas de alguma forma na organização das atividades, além de 25 instituições que colaboraram de forma direta ou indireta. A seguir, encontra-se a lista em ordem alfabética com todos que colaboraram com nossas ações ao longo do ano, sejam organizações ou pessoas físicas.
Antônio F. Giarola
Arquivo Público Mineiro
Arthur Marinho
César Reis Departamento de Ciências da Educação da UFSJ (Deced UFSJ)
Djalma Tarcísio de Assis
Elisa Freixo Produções Artísicas ME
Escola Estadual Iago Pimentel
Escola Estadual João dos Santos
Escola Municipal Bárbara Heliodora
Fernando Braga
Grupo a Antiga São João del-Rei
Inês Assis Mafra
Laboratório de Fotodocumentação Sylvio de Vasconcellos (Escola de Arquitetura da Ufmg)
Luiz Miranda
Marise Guimarães Nascimento
Museu Casa de Pe. Toledo / UFMG
Museu da Liturgia de Tiradentes
Museu da Loucura de Barbacena
Museu de Congonhas
Museu do Diamante / Ibram
Museu do Ouro / Ibram
Museu Regional Casa dos Ottoni / Ibram
Museu Regional de Caeté / Ibram
Museu Municipal Tomé Portes del Rei
Paulo Ferreira
Programa de Residência Pedagógica do Curso de História da UFSJ
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ)
Rodrigo Leandro Silva
Ronaldo Nascimento
Roosvelt Mairink dos Santos
Secretaria Municipal de Cultura de São João del-
-Rei
Schirley F. N. S. C. Alves
Universidade de Coimbra - Portugal
Universidade de São Paulo
Universidade Federal de Ouro Preto
Universidade Federal de São João Del-Rei
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Direção
Eliane Marchesini Zanatta
Chefe de Serviço
João Victor Vilas Boas Militani
Núcleo Administrativo
Tânia Maria de Freitas Barcelos
Lílian Maria Pereira
Walquimedes de Alcântara Moreira
Núcleo de Arquivo Histórico e Biblioteca
Maria de Fátima Loureiro Vasconcelos
Núcleo Educativo e Cultura
Ana Maria Nogueira Oliveira
Núcleo de Museologia
Andreia da Fonseca Rodriguez
Estagiários
Augusto Lemos da Silva
Brenda Guerra Ribeiro
Jéssica de Cássia Bento
Polyana de Almeida Firmino
Colaboradores
Alexandro Geraldo B. dos Santos
Aline Maria Rodrigues
Aline Nazarethe de Abreu
André de La Sávia Rios
Clebson Marcio da Cunha
Djalma dos Santos Souza
Edílson Reinaldo
Fátima Rodrigues Dias Silva
Franklim Augusto dos Santos
Jéssica Mariana Souza Oliveira
Magno de Souza Gomes
Marlon de Oliveira Gouvêa
Mark Lane Rios de Carvalho
Polyana de Almeida Firmino
Roberto Carlos Tavares
Rosane de Freitas Vieira
Rosimeire Conceição Silva Santos
Samuel Cláudio do Nascimento
Silvano Ribeiro dos Santos
Thaís Fernanda de Souza
Victor César Silva