REVISTA
ED. 1 – I TRIMESTRE DE 2015
ABCSEM projeta ações estratégicas para 2015 ENTREVISTA Fernando Fiori de Godoy, prefeito de Holambra (SP)
LEGISLAÇÃO Setor busca avanços no registro de defensivos
ÍNDICE
NOTAS DA ASSOCIAÇÃO
CAPA
Confira os acontecimentos dos últimos meses
ABCSEM projeta ações estratégicas para 2015
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ENTREVISTA
LEGISLAÇÃO
Fernando Fiori de Godoy, prefeito de Holambra (SP)
Setor busca avanços no registro de defensivos
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EXPEDIENTE Conselho Editorial Marcelo Pacotte Jornalistas responsáveis Isabella Monteiro – MTB: 57224/SP Daniela Mattiaso – MTB: 47861/SP Projeto Editorial e Gráfico MyPress & Co.
A Revista da ABCSEM é uma publicação digital da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas, que tem como objetivo divulgar informações sobre o mercado de hortaliças e flores. Este veículo de comunicação possui periodicidade trimestral, com visualização gratuita e circulação livre na WEB. As opiniões aqui expressas não refletem necessariamente a visão da ABCSEM. © Todos os direitos são reservados. É proibida a reprodução total ou parcial de textos e imagens sem autorização prévia.
NOTAS
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Assembleias
DA ASSOCIAÇÃO FEV
Convênio Pecege - Esalq/USP A ABCSEM fechou um convênio com Pecege - Esalq/USP para 2015, que oferece um desconto de 10% aos associados da entidade para os cursos de MBA em Agronegócios e Gestão de Negócios, ambos certificados pela USP. Acesse: www.pecege.org.br
FEV
Foram realizadas as assembleias: Geral Ordinária (AGO) - para apresentação e aprovação do balanço financeiro 2014; projetos 2015; tabela de anuidades e orçamento financeiro para 2015 - e a Geral Extraordinária (AGE) - que aprovou a realização de uma AGO em dezembro de cada exercício para aprovação do orçamento e anuidades do ano seguinte.
MAR
Grupos de Trabalho 2015
Emissão da PTV
O Comitê Técnico de Hortaliças, Flores e Ornamentais já elegeu os principais temas como foco de atuação em 2015. As propostas serão apresentadas pelos coordenadores dos grupos de trabalho nas reuniões bimestrais do comitê, antes de serem encaminhadas ao Mapa.
MAR
Resposta à Portaria 380 A ABCSEM encaminhou ao Mapa, por meio da Abrasem, uma resposta à Consulta Pública 380, referente ao Projeto de Instrução Normativa que estabelece os requisitos fitossanitários para importação de sementes de diferentes espécies destinadas à propagação. O próximo passo será uma reunião junto ao Mapa para a estruturação da nova normativa.
Foto: AI - PMH
A ABCSEM esteve presente no lançamento do novo processo de emissão da Permissão de Trânsito Vegetal (PTV) – documento que é emitido ao final da certificação fitossanitária – no Estado de São Paulo. O processo ficou mais ágil e passou a ser realizado pelos produtores por meio eletrônico, via internet.
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CAPA
No ano em que celebra quase meio século, associação pretende somar esforços junto a seus associados e parceiros para angariar ainda mais melhorias e notoriedade ao setor
O ano de 2015 é mais um marco na história da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM), quando a entidade completa 45 anos de trajetória em prol do fortalecimento dos segmentos de Hortaliças, Flores e Ornamentais (HFO) no Brasil. Diante da importância da data, diversas ações estratégicas, bem como eventos relevantes para o setor de sementes foram programados e alinhados pela diretoria da entidade para realização ao longo deste ano comemorativo. Melhorias para o setor Segundo Steven Udsen, presidente da
ABCSEM, o plano de trabalho em 2015 contempla novos projetos que possam contribuir ainda mais para o crescimento, valorização e notoriedade do setor, resgatando também a história da associação. “Este ano queremos fazer da celebração dos 45 anos da ABCSEM, um marco também para a cadeia de HFO, promovendo novas oportunidades para a discussão de temas latentes no setor, com o intuito de conquistar melhorias e unir ainda mais associados e parceiros das esferas pública e privada. Além disso, pretendemos atualizar os materiais institucionais e os dados socioeconômicos da entidade, visando demonstrar e divulgar ainda mais a
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relevância do setor para o País”, explica. Novidades Uma das mudanças já realizadas no início deste ano foi a atualização do site e do logo da ABCSEM. Ambos ganharam novas versões, visando modernizar a imagem da entidade diante do seu público. A revista online da ABCSEM – que está em sua primeira edição – também é outra novidade que inaugura um novo canal de comunicação junto aos associados e parceiros. Rotina intensificada Vale destacar ainda que a ABCSEM deverá não apenas dar continuidade, como também intensificar em 2015 as demais ações estratégicas que fazem parte de sua agenda de trabalho, que envolvem: realização de visitas in loco aos associados e parceiros; publicação de artigos técnicos em revistas do setor; elaboração de ofícios; reuniões internas de comitês e de diretoria; fortalecimento da relação
“Conquistar melhorias e unir ainda mais associados e parceiros das esferas pública e privada", é umas das metas de 2015, segundo Steven Udsen com as embaixadas; participação efetiva em ações da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), do Instituto Brasileiro de Horticultura (Ibrahort) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), bem como em Câmaras Setoriais Federais e Estaduais; cobrança efetiva e contínua do governo, fiscalização de denúncias e irregularidades do setor.
CONFIRA OS PRINCIPAIS PROJETOS E EVENTOS DE 2015 • • • • • • • • • •
Atualização do site e logo da associação; Lançamento da Revista Eletrônica como novo Canal de Comunicação; Início do Projeto de Valorização do Segmento Hortícola e de Ornamentais; Elaboração de um novo Folder Institucional; Revisão do Manual Técnico de Hortaliças, lançando sua terceira edição; Pesquisa de Mercado de Sementes de Hortaliças (Ano-Base 2014); Celebração dos 45 anos da ABCSEM durante a Hortitec; Palestra da ABCSEM sobre Tecnologia de Sementes na abertura do XIX Congresso Brasileiro de Sementes; Realização do VI Seminário Nacional de Tomate de Mesa; Realização de dois Encontros com Viveiristas, prestigiando os viveiristas das regiões Sul e Centro-Oeste do País.
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ENTREVISTA
Fiori Foto: AI - PMH
A cidade de Holambra (SP) é referência no desenvolvimento de novas tecnologias para a agricultura, sobretudo para a produção de sementes e mudas de hortaliças, flores e ornamentais. Sede de algumas das principais empresas do setor, Holambra terá seu potencial ampliado por projetos que objetivam torná-la um Polo Tecnológico. Esta iniciativa teve início em 2013, quando a ABCSEM e a Prefeitura de Holambra firmaram um Termo de Cooperação Técnica para o desenvolvimento conjunto de projetos e programas relacionados ao ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico do setor, na cidade. Em entrevista à Revista ABCSEM, o prefeito de Holambra, Fernando Godoy, fala sobre os avanços deste processo.
Desde a assinatura do termo de cooperação, em 2013, diversas reuniões foram realizadas entre o poder público municipal, entidades de classe e a iniciativa privada, com o objetivo de estabelecer um cronograma de trabalho que permita o desenvolvimento do potencial agrícola local. Inicialmente, o trabalho vem sendo desenvolvido pela Prefeitura de Holambra, em parceria com produtores e empresários estabelecidos na região, câmaras setoriais e também entidades representativas do setor como a ABCSEM e o Ibraflor. Dentre os projetos, está a criação da primeira Faculdade Tecnológica (Fatec) de Flores do País é uma das metas desse esforço conjunto.
Quais ações e projetos estão previstos para o Polo Tecnológico? Além da ABCSEM, esta iniciativa também é apoiada por outras entidades públicas e privadas do setor?
Como está o processo de implantação da Fatec de Flores em Holambra, quanto à negociação com o governo estadual, etapas e prazos para sua efetivação?
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Buscamos um primeiro contato com o Governo do Estado em novembro de 2014, durante uma reunião em São Paulo (SP), que contou com a presença do secretário executivo da ABCSEM, Marcelo Pacotte. Em janeiro de 2015, recebemos em Holambra uma visita técnica da direção do Centro Paula Souza – autarquia responsável pelas escolas e faculdades técnicas do Estado de São Paulo. Na ocasião, apresentamos uma proposta inicial que, desde então, vem sendo aprimorada por educadores, representantes da sociedade civil e entidades de classe. A partir destes encontros, o município entregará um projeto definitivo ao Governo do Estado, que já vê com bons olhos esta iniciativa. A proposta do governador é investir em políticas públicas inovadoras e a Fatec de Flores se enquadra nesta intenção. É importante ressaltar que esta etapa inicial de discussão é necessária para a elaboração de um projeto que seja bem sucedido, duradouro e que atenda efetivamente às demandas do setor. Estamos trabalhando para finalizar o projeto antes do final do primeiro semestre deste ano. Os recursos para implantação da Fatec serão provenientes apenas do governo estadual ou também de instituições de ensino e pesquisa, entidades públicas e empresas do setor? O objetivo é que façamos um trabalho integrado: com investimento do Estado e
do próprio Município de um lado, e a participação da iniciativa privada de outro, garantindo assim a presença de profissionais do mercado no processo de formação dos estudantes, bem como a oferta de laboratórios e oportunidades de estágio. Como ainda estamos concluindo a elaboração da proposta, não há uma estimativa precisa de investimentos. Outros detalhes importantes, como local e capacidade de atendimento, também serão definidos futuramente. De que forma a Fatec em Holambra contribuirá para o desenvolvimento do agronegócio da região, de modo especial para o segmento HFO? Acredito que este desenvolvimento acontecerá por meio da formação de mão de obra qualificada, que é uma forte necessidade do setor, e também do incentivo e profissionalização da pesquisa para desenvolvimento de novas tecnologias de produção. A geração de conhecimento é um dos objetivos centrais do conceito de Polo Tecnológico com o qual estamos trabalhando. Com a consolidação da região enquanto referência no setor agrícola, Holambra e outros municípios próximos terão condições de atrair novos investimentos, criar novas vagas de trabalho, aumentar a renda e oferecer novas perspectivas à comunidade, ratificando sua condição de Polo Tecnológico.
Participantes da reunião sobre a implantação da Fatec em Holambra (SP)
Foto: AI - PMH
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LEGISLAÇÃO
Cerca de 130 culturas já foram incluídas no registro de 12 defensivos agrícolas
Segundo Prado, com a legalização desta situação, “não haverá mais nenhum produto usado sem ter o devido registro, o que trará benefícios também para o consumidor final, no
que se refere à confiança de que podem consumir com muita segurança todas as frutas, verduras e hortaliças produzidas no Brasil”, pondera. INC 01/2014 positivos
e
seus
impactos
Contudo, recentemente a questão teve um importante avanço com a publicação da Instrução Normativa Conjunta (INC) 01/2014, realizada pelo Ministério da Agricultura, Foto: Gustavo Froner - CNA
O registro de defensivos agrícolas específicos para utilização em minor crops é, atualmente, um dos principais entraves do setor, uma vez que a legislação exige que sejam feitos registros destes defensivos para cada cultura. De acordo com Tom Prado, presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), “como o processo de se fazer um registro de defensivo no Brasil, para cada cultura, é muito caro e demorado, as empresas que industrializam, importam e/ou comercializam estes produtos no País procuram fazer o registro somente para as culturas que tenham maior importância econômica e que, portanto, assim justifiquem o custo do investimento”, explica.
Tom Prado, presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA
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Pecuária e Abastecimento (Mapa), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Prado explica que a medida permitiu a solicitação de registro ou a extrapolação do uso de defensivos agrícolas, já registrados, por famílias e/ou grupos de culturas agrícolas minor crops semelhantes. Com isso, “não é mais necessário abrir milhares de processos individuais para cada cultura, o que não apenas reduz o custo de investimento no registro, como também permite a regularização do uso de vários defensivos agrícolas em minor crops”, esclarece. Até a
Marcelo Pacotte, secretário executivo da ABCSEM
atualidade, cerca de 130 culturas já foram incluídas no registro de 12 defensivos agrícolas. De acordo com Marcelo Pacotte, secretário executivo da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM), esta foi uma grande conquista para o setor que há muito tempo vem sendo pleiteada junto aos órgãos competentes, mas que ainda possui muitos desafios. Para ele, “a união e articulação do setor em prol da resolução de gargalos como este é fundamental para que os avanços aconteçam de forma mais ágil e efetiva”. Decreto de Agrotóxicos De acordo com Tom Prado, a revisão do Decreto de Agrotóxicos se faz necessária não apenas para uma maior agilidade nos processos, como também para estimular a industrialização e a ampliação da oferta dos defensivos genéricos, reduzindo custos e gerando empregos e renda para o País, além de aumentar a participação em pesquisas simultâneas de novos defensivos em conjunto com outros países, entre outros benefícios.
Foto: Gustavo Froner - CNA
Com o objetivo de reunir propostas para liberação e uso de defensivos agrícolas específicos para os segmentos de fruticultura, hortaliças e florestas plantadas, foi realizado em janeiro, na sede da CNA, em Brasília (DF), o III Encontro sobre Culturas de Suporte Fitossanitário Insuficiente (CSFI)
Todo o setor brasileiro de sementes e mudas de hortaliças, flores e ornamentais se reúne aqui